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tes, com materiais diferentes (três metalocerâmicas, duas veneers, uma em liga áureo-
galvânica e duas em cerâmica pura), formas diferentes (dois incisivos, três pré-molares e três
molares) e términos distintos (quatro em chanfro, dois em ombro de 90º e dois em ombro bi-
selado). Já as seis coroas do outro experimento (ombro de 135º), foram escolhidas, de forma
randomizada, sendo duas em liga nobre, duas eletroformadas e duas em liga composta
(composite alloy). A adaptação marginal das quatorze restaurações foi analisada microscopi-
camente por um dispositivo mecânico com um software acoplado para medir os gaps margi-
nais. Uma restauração feita sob medida e uma do experimento foram reavaliadas para deter-
minar o número mínimo de medidas de gaps requerido para produzir resultados significativos
para a análise da desadaptação. Os resultados mostraram que a precisão obtida com as coroas
do experimento (média de 10 a 46 µm) foi diferente da obtida com as feitas sob medida
(média de 35 a 98 µm); O número mínimo de medidas requerido para produzir um valor mé-
dio da amostra dentro de 5µm, calculado sobre 360 medidas, era 18 para as do experimento e
90 para coroas feitas sob medida. Diferenças na adaptação entre os dois tipos de espécimes
mostraram que os resultados das coroas do outro experimento nem sempre foram obtidos na
prática clínica. As medições das margens das coroas do outro experimento, em menos de 18
pontos, provocaram equívocos.
Shiratsuchi et al. (2006) avaliaram a influência de três tipos de término de preparos
para coroas totais na adaptação marginal de copings galvanizados e coroas metalocerâmicas.
Três troquéis em aço foram preparados, no formato de coroa total, simulando um incisivo
central superior (8 mm de altura, 7 mm de largura e 6º de convergência axial) com três dife-
rentes tipos de término: ombro, ombro arredondado e chanfro largo. Foram fabricadas para
cada grupo, oito coroas totais galvanizadas padronizadas. A espessura de todos os copings foi
de 200 µm. Sobre eles foi aplicada porcelana feldspática (VMK95; VITA Alemanha) com
auxílio de um guia padronizado, totalizando cinco ciclos de cocção. Um único examinador foi
responsável por realizar todas as medições antes e depois da aplicação de porcelana. As dis-
crepâncias marginais foram medidas em 60 pontos para cada espécime ao longo da margem,
nas quatro faces (vestibular, palatina, mesial e distal) com 15 pontos em cada uma, através de
um microscópio a laser, antes e após aplicação de cerâmica. Diferenças significantes foram
achadas na discrepância marginal entre os copings galvanizados e as coroas metalocerâmicas
em todos os grupos. A escala mais baixa da discrepância marginal média (p < 0,5) nas quatro
faces, antes e após a cocção, ocorreu no término em chanfro largo (17,64- 21,78 µm e 23,96-
25,72 µm, respectivamente). Já a escala mais alta foi observada no término em ombro (38,13-
49,89 µm e 73,87- 89,44 µm, respectivamente). Em todas as situações, a discrepância margi-