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Presidente da República
João Baptista de Oliveira Figueiredo
Ministro da Educação e Cultura
Eduardo Mattos Portei Ia
Secretário-Geral
João Guilherme de Aragão
Secretária de Ensino de 1º e 2º Graus
Zilma Gomes Parente de Barros
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MINISTÉRIO DA EDUCACÃO E CULTURA
SECRETARIA DE ENSINO DE 1º E 2º GRAUS
SUPERVISÃO PEDAGÓGICA
E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
FATORES DA MELHORIA DA QUALIDADE DO ENSINO
Este documento foi elaborado por:
Dale Leo Kríapp
Naide Alves Prestes
Odette Pessoa Maciel
Romeu Antunes
Célia Pereira Maduro
Dylson Ramos Bessa
Tendo cooperado na sua confecção:
Maria Helena Silva O. Carvalho
Sônia Maria Ferreira
Yara Boulos
Ilma Passos de Alencastro Veiga
Amabile Pierroti
Ana Maria Severino Mendonça
3
a
Edição
Brasília - 1980
É proibida a reprodução total ou parcial
deste livro, salvo com autorização da Secretaria
de Ensino de 1? e 2? Graus do Ministério da
Educação e Cultura, detentora dos direitos
autorais.
Foram depositados cinco exemplares deste
volume no Conselho Nacional de Direitos Auto-
rais e cinco exemplares na Biblioteca Nacional.
Brasil. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de
Ensino de 1º e 2º Graus. Supervisão pedagógica e
orientação educacional; fatores da melhoria da qua-
lidade do ensino. 3ª ed. Brasília, 1980.
62 p. il (Série Ensino Regular, 17).
Elaboração de Leo Knapp e outros.
1. Ensino de 1º grau Supervisão e orientação.
I. KNAPP, Leo. II. Título. Série.
APRESENTAÇÃO
SUPERVISÃO PEDAGÓGICA E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Fatores de Melhoria da Qualidade do Ensino, reforça a necessidade de
criar e/ou ativar a integração das equipes de OE/SE, no âmbito da es-
colar, na procura de uma unidade de ação e melhor caracterização das
funções desses técnicos.
Assim, acredita-se que nesta 3
a
edição, o documento merecerá o
mesmo interesse, por parte dos técnicos das Secretarias de Educação
e das unidades escolares, atestado pela constante procura do mesmo.
Dado o seu grande valor como fonte inegável de pesquisa para a
criação, ativação e atualização dos serviços Supervisão Escolar e Orien-
tação Educacional, a abordagem feita torna mais viável o estabelecimen-
to de infra-estrutura de recursos humanos para agilizar o processo en-
sino-aprendizagem.
ZILMA GOMES PARENTE DE BARROS
Secretária de Ensino de 1º e 2º Graus
SUMÁRIO
I - CURRÍCULO
A - Conceito 9
B - Fases 10
C - Modelo 13
II - SUPERVISÃO PEDAGÓGICA
A - Conceito 17
B - Princípios 18
C Áreas de Ação 21
D Funções 22
III - ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
A - Conceito 29
B Princípios 30
C Áreas de Ação 33
D Funções 35
IV - AÇÃO INTEGRADA SP/OE NO PROCESSO DE PLANE-
JAMENTO CURRICULAR.
V - AÇÃO DOS ESPECIALISTAS NO SISTEMA DE INTE-
GRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA.
A Indicações para a participação da Supervisão Pedagó-
gica 53
B Indicações para a participação da Orientação Educa-
cional 58
I-CURRÍCULO
A-CONCEITO
"Um currículo é um programa educacional. Destina-se a realizar
certos alvos educacionais e usa certos meios educacionais para atingir
tais objetivos". (1)
Reduzida a esta simples forma, essa definição sugere que o desen-
volvimento de currículo inclui duas funções principais:
determinação de alvos mais comumente denominados co-
mo objetivos; e
a determinação de um programa necessário para alcançar tais
objetivos.
Essas duas funções estão diretamente relacionadas às quatro fases
do modelo de planejamento curricular do DEM: refletir, decidir, exe-
cutar e avaliar.
A determinação de objetivos ou alvos, logicamente está incluída
nas etapas iniciais do planejamento, reflexão e decisão.
As decisões do programa referem-se a planejamento, execução e
avaliação do currículo e, ao mesmo tempo, se relacionam com decidir,
executar e avaliar.
A definição de currículo dada reduz o desenvolvimento do currí-
culo a duas funções básicas (consistentes com o modelo de planejamen-
to curricular), exigindo muitas decisões importantes, necessárias para
compreender cada uma dessas funções.
As mais importantes dessas decisões serão discutidas a seguir:
(1) MEC/DEM/COPED - Um Modelo de Planejamento Curricular: Natureza, Pressupostos e
Formas de Execução. Publicação Interna Brasília, 1976, pág. 09.
B - FASES DO PROCESSO
1. Formulação de Objetivos
Provavelmente a mais importante situação com a qual se depara
aquele que deve tomar decisões é a da formulação de objetivos ou iden-
tificação de alvos de desempenho. Usando a terminologia do modelo de
planejamento curricular, deve-se, inicialmente, refletir sobre as premissas
básicas filosóficas e legais. Em seguida, considerar as necessidades e os
valores da Sociedade, do ponto de vista econômico-social e pesquisar
correntes psicopedagógicas que orientam a ação educacional. Finalmen-
te, formular objetivos de acordo com os resultados de uma cuidadosa
diagnose. Tal diagnose deve incluir:
o estudo das características da clientela à qual vai servir, incluin-
do sua facilidade para assimilar o conteúdo do currículo;
o grau que os objetivos alcançaram no presente momento e a di-
ferença entre o que existe e o que é desejado.
Depois de um período de reflexão e diagnose, o planejador de cur-
rículo pode decidir quais os alvos de desempenho ou os objetivos que
serão usados como base para todas as subseqüentes decisões relativas ao
programa.
2. Desenvolvimento do Programa
Uma vez que os períodos de reflexão e decisão tenham dado como
resultado a identificação dos objetivos do programa, decisões, tais como
as seguintes, se apresentam ao planejador de currículo:
a) Como Selecionar e Organizar Conteúdo
Observa-se que o conteúdo curricular serve a uma dupla função:
ele é tanto uma referência indispensável à formulação de objetivos,-
como também, uma parte dos meios ou processos, por meio dos quais
os objetivos serão atingidos.
Desde que todo o conteúdoo é igualmente relevante para os ob-
jetivos, decisões devem ser tomadas em relação a quais conceitos, prin-
cípios ou generalizaçõeso fundamentais para uma disciplina e que,
conseqüentemente, deverão ser pontos centrais nas decisões sobre o de-
senvolvimento do programa.
Além disso, tal conteúdo deve ser organizado da maneira mais
eficaz para facilitar a consecução dos objetivos do programa. Deste mo-
do, as decisões relativas ao conteúdo devem ser consideradas como
parte integral da seleção de uma metodologia, do uso de materiais e
assim por diante. Assim, no modelo de planejamento curricular, todas
essas consideraçõeso incluídas como parte de uma mesma etapa do
desenvolvimento do currículo: "Decidir".
b) Seleção de uma Metodologia
A seleção e implementação de uma metodologia deveria ser incluí-
da na decisão, execução e avaliação do modelo. A maioria das decisões
práticas, envolvidas no desenvolvimento do programa, deveriam ser in-
cluídas nessa área de decisão. Devem ser discutidas, pelo planejador de
currículo, indagações tais como:
como será organizado o conteúdo do currículo?
qual é a seqüência apropriada?
que atividades de aprendizagem serão mais reforçadoras para a
realização dos objetivos do programa?
como serão utilizados os profissionais?
qual será a mais eficaz e eficiente forma de usar o tempo, o es-
paço material, para que os objetivos do programa sejam alcan-
çados?
c) Execução das Decisões do Programa
A execução das decisões do programa envolve a testagem dos
pressupostos e a ação, a partir das decisões tomadas na etapa de "Deci-
dir". Isto exige um sistemático envolvimento de pessoas, a tomada de
decisões compartilhadas, o estabelecimento de programas de treinamen-
to para o alcance de novas habilidades e compreensões e uma efetiva in-
tegração de esforços de todos os membros da equipe de desenvolvimen-
to de currículo.
Desta maneira, os supervisores, orientadores educacionais, direto-
res de escolas e especialistas de vários tipos devem contribuir de acordo
com sua formação especial e com necessidades claramente especifica-
das. 0 modelo pretende fornecer um guia e uma fonte para tal esforço
coordenado, mas eleo é, eo pode ser, um substituto para a ação
humana interessada e comprometida.
É na etapa de execução do modelo que idéiaso testadas, rejei-
tadas, modificadas ou mantidas, dependendo do seu significado em ter-
mos humanos.
O conteúdo real do currículo (as pessoas) é de fato, ao mesmo tem-
po, o sujeito e o objeto de mudanças.
d) Avaliação
A avaliação é entendida como um processo contínuo. Assim, quan-
to ao modelo, inclui tanto avaliação formativa, como somativa.
Na verdade, a mudança é a constante e o desenvolvimento do cur-
rículo deve evoluir, para se manter afinado com a realidade sempre
em mutação.
Desse modo, a avaliação deve prover o tipo de "feedback" que
pode ser usado para testar a validade das decisões de planejamento do
currículo e uma realimentação de todas as etapas do modelo: refletir,
decidir, executar e avaliar. Por essa razão, a avaliação é incluída como
um processo integral em todas as partes mais importantes do modelo.
Em resumo, o DEM, no modelo de planejamento curricular, divide
o desenvolvimento curricular em dois segmentos principais: o conjunto
de alvos de desempenho e o desenvolvimento e implementação de um
programa dirigido para assegurar que estes alvos sejam alcançados. Den-
tro dessas duas áreas principais estão uma quantidade de decisões de
planejamento curricular. Estas decisões estão resumidas no modelo em
quatro etapas principais: refletir, decidir, executar e avaliar.
MODELO DE PLANEJAMENTO CURRICULAR
REFLETIR SOBRE ELEMENTOS
INFORMATIVOS
DECIDIR QUANTO A...
EXECUTAR
PLANO
AVALIAR OS RESULTADOS
II - SUPERVISÃO PEDAGÓGICA
II - SUPERVISÃO PEDAGÓGICA
A-CONCEITUAÇÃO
"É bastante recente a experiência brasileira de supervisão escolar,
desenvolvida como atividade profissional com características próprias e
desempenhada por especialistas treinados para tal.
Encontramo-nos, ainda, na fase de testes, de busca de alternativas
e de pesquisa em ação.
o obstante, como há inexistência de um consenso sobre a teoria e
a prática da supervisão em nosso país, há uma tendência sempre mais
acentuada no sentido de dotá-lo de características predominantemente
pedagógicas. Diferencia-se, assim, por um lado, das atividades exclusi-
vamente administrativas dos sistemas estaduais e dos estabelecimentos de
ensino. Por outro lado, valorizando a atuação entre profissionais na li-
nha de cooperação e de estímulo à criatividade, bem como de apoio a
inovações pedagógicas, a supervisão vai se distanciando sempre mais da
concepção estritamente fiscalizadora que marcou seu início em nosso
país.
Outro aspecto que vale a pena ressaltar, refere-se à incorporação
do espírito e da metodologia da pesquisa que vem regendo a ação super-
visora. A importância da utilização e interpretação de dados estatísticos
referentes à situação educacional, ou o levantamento de dados, ainda
que precários, sobre os problemas enfrentados pelas escolas e sobre
as necessidades de aperfeiçoamento e atualização dos profissionais
envolvidos na educação, vem tendo ênfase crescente na supervisão, im-
primindo um cunho mais científico à atuação do supervisor"
Baseando na experiência de algumas escolas pioneiras e nas ten-
dências nacionais quem sendo consagradas entre os profissionais
que atuam nesse campo, oferece-se à análise a seguinte definição para
a Supervisão Pedagógica, que se realiza no âmbito das unidades escola-
res.
"Supervisão Pedagógica é um processo técnico-pedagógico que visa
a promoção e manutenção da unidade da atuação docente com vistas à
realização dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, por
meio de um serviço planejado que possibilite a eficiência e a eficácia da
ação educativa. Sua finalidade básica é a promoção da melhoria do sis-
tema ensino-aprendizagem".
B-PRINCÍPIOS
A ação supervisora deve ser norteada por princípios decorrentes
dos valores educacionais. Na unidade escolar, o Supervisor poderá apli-
car os princípios, segundo as indicações a seguir:
1. Princípio Sistêmico
A Supervisão Pedagógica é um subsistema do sistema-escola.
Para que o sistema-escola possa processar eficientemente suas en-
tradas para transformá-las no produto desejado (ou seja, para que possa
alcançar seus objetivos), a Supervisão, visando otimizar o processo ensi-
no-aprendizagem, deve:
identificar e analisar todos os componentes internos do sistema;
organizá-los em subsistemas;
estabelecer relações fundamentais com os demais subsistemas
que coordenam atividades-fim. Ex: Orientação Educacional, De-
partamento de Ensino (Escolas Técnicas Federais), Coordenação
de Projetos Agro-Pecuários (Colégios Agrícolas);
manter interfaces com os subsistemas que coordenam ativida-
des-meio. Ex: Administração Escolar.
Sendo a escola um sistema aberto, a Supervisão deve participar do
planejamento das sistemáticas da lntegração Escola-Empresa-Comuni-
dade:
estabelecendo critérios de seleção das influências do meio-am-
biente sobre a escola;
mantendo um intercâmbio de informações, conhecimentos tec-
nológicos e serviços entre a escola e a comunidade;
introduzindo mudanças planejadas na comunidade.
2. Princípio Cooperativo
0 Supervisoro deve "impor diretrizes ou fornecer ao professor
um material pronto para uso, que nada exija de sua capacidade" (...)
"tais casosm como resultante uma aceitação aparente e uma aplica-
ção mecânica e estereotipada de regras sem significado" (1)
"Para que as iniciativas individuais possam ser coordenadas em
função dos objetivos educacionais, há necessidade de um trabalho co-
operativo entre os professores e o supervisor". "O princípio da coopera-
ção implica na participação dos professores em todas as fases do proces-
so de planejamento curricular, desde a fase de reflexão sobre os funda-
mentos do Currículo, passando pelas de decisões e implementação até a
de avaliação do Currículo". (2)
0 Supervisor "poderá agir eficientemente (...) quando for isento
de funções de mando e de obediência". (3)
De acordo com Rudolf Lenhard, o "Orientador Pedagógico" efi-
ciente será um líder, por força do que sabe, do que pode, do que crê.
O exercício de mando solapa a sua função, poiso se pode substituir
e coordenar, ao mesmo tempo ou alternadamente, as vontades indivi-
duais. (4)
O Supervisor deve ser encarado como um especialista em educa-
ção que, pela sua formação e devido à própria natureza dos objetivos da
instituto escolar, coordena e unifica a ação educacional dos professo-
(1) PRESTES, Naide A. Supervisão Pedagógica: uma abordagem teórica-prática. Ed. Cor-
tez & Moraes, SP. 1976.
(2) MEC/DEM/COPED Supervisão Pedagógica e Orientação Educacional: fatores de melho-
ria da qualidade do Ensino. IV Reunião de Diretores das Escolas Técnicas Federais Pelo-
tas-RS - 1976.
(3) Lenhard, Rudolf Um dilema da Administração Escolar - in Rev. Pesquisa e Planejamen-
to n? 12 - Out. 1970 - C.R.P.E. - SP.
(4) IDEM - op. cit.
res especialistas em áreas ou disciplinas. O Supervisor deve ser, portan-
to, um colaborador do corpo docente eo alguém que ocupa uma po-
sição hierárquica acima dos professores.
3. Princípio criativo-crítico
"A escola de 2º grau deve ajudar a sociedade brasileira a encontrar
soluções novas e arrojadas para os problemas enfrentados por uma so-
ciedade jovem, que deve encontrar seus próprios caminhos de desenvol-
vimento, pela utilização inovadora das conquistas da ciência, da tecnolo-
gia e da arte para responder aos desafios econômicos e sociais" (5)
O supervisor deve ser criativo, procurar soluções novas para os
problemas educacionais, criar condições que favoreçam o emergir da
criatividade dos professores e dos alunos, ser sensível às novas correntes
educacionais e aberto a novas idéias e procedimentos.
Entretanto, os valores mais elevados da educação devem servir co-
mo parâmetros que orientarão sua atividade crítica na seleção das ten-
dências que deverão ser absorvidas e incorporadas ao "fazer pedagógi-
co" e das que deverão ser rejeitadas.
4. Princípio científico
Os problemas que ocorrem nas situações de ensino e de aprendiza-
gem devem ser solucionados com base nos princípios da pesquisa em
ação. 0 Supervisor deve coletar dados que lhe permitam identificar as
possíveis causas dos problemas. Em conjunto com os professores, deve,
levantar alternativas de solução, que serão vistas como hipóteses de tra-
balho. "Todas as hipóteses devem ser avaliadas com a equipe docente
quanto à sua aplicabilidade à situação em estudo, prevendo-se tempo e
recursos necessários à sua concretização. A hipótese selecionada deverá
ser testada em situação real durante um tempo pré-determinado, sendo
sua validade verificada por meio de registros ou observações" (e outros
procedimentos) "que evidenciem, se as modificações se fazem de manei-
ra a resolver o problema" (6). Se as evidências coletadas demonstrarem
que as causas do problemao estão sendo removidas, "suspende-se o
procedimento e recomeçam-se as etapas anteriores" (7).
(5) MEC/DEM/COPED - Supervisão Pedagógica e Orientação Educacional - Documento citado.
(6) PRESTES, Naide A. - Supervisão Pedagógica: uma abordagem teórico-prática. Ed. Cortez
& Moraes, SP. 1976.
(7) IDEM -op. cit.
A aplicação do método científico imprime grande flexibilidade ao
processo de planejamento curricular transformando os objetivos educa-
cionais em hipóteses a serem confirmadas, imprimindo aos meios peda-
gógicos (conteúdos, técnicas e recursos didáticos) o sentido de cursos
prováveis de ação a serem revistos sempre que as evidências coletadas in-
dicarem sua inadequação ao contexto, fazendo da avaliação em proces-
so o mecanismo ideal para a eleição entre caminhos críticos.
C - ÁREAS DE AÇÃO
1. Coordenação do Processo de Planejamento Curricular
0 processo de planejamento curricular é constituído pelo conjunto
de operações necessárias à efetivação dos objetivos educacionais da
escola. Estas operaçõeso sintetizadas como se observa no Modelo de
Planejamento Curricular/DEM, nas ações de: refletir, decidir, executar
e avaliar.
A reflexão deve levar a:
definição dos fundamentos filosóficos, sócio-econômicos e bio-
psicológicos;
adequação das atividades-meio e das atividades-fim da Escola
aos parâmetros da legislação em vigor;
diagnose da clientela, da escola e da comunidade;
prognose do que a escola pretende alcançar em termos educa-
cionais.
As decisões referem-se a:
definição de objetivos educacionais;
seleção de habilitações e áreas prioritárias de ação;
indicação de critérios para seleção dos conteúdos e da metodo-
logia;
definição da sistemática de avaliação;
organização de planos de ensino.
A execução refere-se às operações de:
coordenação e acompanhamento da ação educacional;
desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
A avaliação refere-se ao processo de:
questionamento permanente das decisões adotadas;
acompanhamento e controle do processo educacional;
coleta de evidências sobre a eficiência e a eficácia da ação edu-
cacional.
Nesta avaliação permanente, distinguem-se quatro modalida-
des: avaliação diagnostica, avaliação do plano curricular, avaliação em
processo e avaliação final.
A coordenação do processo de planejamento curricular deve ser
feita pelo Supervisor Pedagógico, com a participação da equipe docen-
te da Coordenação de Área e de Disciplinas, da Orientação Educacional,
da Administração e de outros órgãos existentes na escola.
2. Coordenação do Processo Ensino-Aprendizagem
O processo ensino-aprendizagem abrange todas as operações que se
realizam para concretizar as decisões do plano curricular.
Estas operações organizam-se por meio de planos de ensino, que
constituem detalhamentos do plano curricular.
A coordenação do processo ensino-aprendizagem se faz por meio
de conselhos pedagógicos, reuniões interdisciplinares, programas de
treinamento em serviço para o pessoal docente, assistência a atividades
docentes e discentes, entrevistas e outros meios que permitam ao Super-
visor o acompanhamento, a avaliação e a revisão constantes do trabalho
docente.
D - FUNÇÕES DO SUPERVISOR PEDAGÓGICO
A realização da finalidade básica do Serviço de Supervisão de uma
Escola de 2º Grau se dá pelo desempenho das funções de planejamen-
to, coordenação, avaliação e assessoramento.
A partir destas funções amplas, podem ser definidas atividades es-
pecíficas do supervisor bem como aquelas queo desenvolvidas em in-
tegração com outros especialistas da escola.
Estas atividades poderiam ser assim explicitadas:
1. Planejamento
participar na elaboração do plano global da escola;
elaborar o Plano de atividades do Setor de Supervisão (vide ane-
xo I);
coordenar o processo de planejamento curricular;
adaptar as normas e diretrizes emanadas do MEC e dos órgãos
competentes da Secretaria de Educação do Estado, às peculiari-
dades locais;
participar da elaboração do plano de integração escola-empre-
sa-comunidade.
2. Coordenação
implementar e acompanhar o desenvolvimento do currículo;
orientar a elaboração e o desenvolvimento dos planos de ensino;
assistir atividades docentes, visando a manutenção de padrões de
desempenho predefinidos e a correção de possíveis desvios;
orientar os docentes no desenvolvimento de atividades discentes
que visem possibilitar-lhes maior conhecimento da comunidade;
coordenar programas de treinamento em serviço do pessoal do-
cente, visando o aperfeiçoamento do sistema ensino-aprendiza-
gem;
manter o fluxo permanente de informações, visando realimentar
a ação docente.
3. Avaliação
acompanhar e avaliar o Currículo;
controlar e avaliar o desempenho dos docentes;
constatar e interpretar dados referentes à produtividade do cor-
po docente;
avaliar os resultados do processo ensino-aprendizagem;
avaliar os resultados do plano de atividades do setor;
participar da avaliação das atividades de integração escola-em-
presa-comunidade;
participar da avaliação dos demais setores técnico-pedagógicos;
participar da avaliação da produtividade do sistema escolar, em
termos quantitativos e qualitativos.
4. Assessoramento
assessorar a administração escolar e outros órgãos responsáveis
pela definição de diretrizes pedagógicas e administrativas da es-
cola;
colaborar com o Serviço de Orientação Educacional no desen-
volvimento das atividades que visem ao aprimoramento das con-
dições de aprendizagem dos discentes. (Exemplos: definição de
critérios para a organização de classes e equipes discentes, pes-
quisa de causas de aproveitamento deficiente, estudo sobre en-
caminhamento de casos, orientação aos professores sobre estra-
tégias de trabalho escolar com alunos-problema, orientação aos
pais sobre programas de estudo para os filhos e outros aspectos
correlatos);
adaptar às condições da escola as diretrizes e normas traçadas
pelos órgãos de supervisão regional, estadual e nacional;
fornecer informações úteis ao planejamento e replanejamento
dos trabalhos das Equipes de Supervisão Regional, Estadual e
Nacional.
ANEXO I
PLANO DE ATIVIDADES DO SETOR DE SUPERVISÃO PEDA-
GÓGICA
(Sugestão de itens para um roteiro).
pressupostos teóricos: filosóficos, sócio-econômicos psicológicos;
princípios de trabalho;
diagnóstico dos diferentes setores;
caracterização da Clientela Escolar.
Atividades específicas:
diagnóstico do corpo docente;
plano de implementação, coordenação e avaliação do currí-
culo;
plano de orientação, acompanhamento e avaliação de planos
de ensino (que favoreçam a integração da aprendizagem com
referência a objetivos, conteúdos, métodos e técnicas, recur-
sos pedagógicos e avaliação);
plano de assistência a atividades docentes e discentes;
programa de treinamento em serviço do pessoal docente (com
base no diagnóstico);
plano da sistemática de recuperação de alunos: concomitante
e/ou paralela;
previsão de contatos com coordenadores de áreas e/ou disci-
plinas para garantir a coordenação horizontal e vertical do
currículo;
plano de integração escola-empresa-comunidade por meio de
atividades curriculares, com previsão de: a) estudos do meio a
serem realizados em empresas industriais, comerciais, agríco-
las, instituições educacionais e sócio-culturais, órgãos respon-
sáveis pela Administração Pública; b) participação dos alunos
em atividades comunitárias e previsão de outros meios que
possibilitem,o só o encaminhamento profissional do ado-
lescente, mas também a inserção ativa, crítica e construtiva
do jovem na sociedade de seu tempo;
previsão de projetos e atividades livres que favoreçam a criati-
vidade, o espírito científico e habilidades especiais dos jovens
e que forneçam subsídios para seu encaminhamento profissio-
nal;
projetos de estímulo e orientação de comemorações e demais
festividades de caráter educativo;
sistemática de avaliação das atividades curriculares e dos ele-
mentos envolvidos no processo educacional.
Atividades integradas
com o setor de Orientação Educacional;
com coordenadores de áreas e/ou disciplinas;
com outros setores técnico-pedagógicos;
junto aos pais dos alunos e outros elementos da comunidade
(plano de atuação);
plano de orientação e encaminhamento de estágios, a ser de-
senvolvido em colaboração com o Setor de Orientação Edu-
cacional e com outros Departamento da Escola.
Atividades de Assessoramento
à administração da escola;
aos órgãos superiores de supeivisão.
III - ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
III - ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
A - CONCEITUAÇÃO
A escola deve ser vista como o centro da educação sistemática inte-
grada na comunidade da qual faz parte, cabendo-lhe oferecer aos alunos
situação que lhes permita desenvolver potencialidades de acordo com a
fase evolutiva em que se situam e com os interesses que os impelem à
ação.
Nessas condições, a escola atual deve visar ao preparo de pessoas
com mentalidade flexível e adaptável para enfrentar as rápidas transfor-
mações do mundo.
Diante dessa concepção, a Orientação Educacional tem papel desta-
cado de atuação e deverá constituir-se num "processo científico e contí-
nuo, atuando junto ao educando em todos os graus e modalidades de
ensino, de forma integrada com os elementos responsáveis pela sua for-
mação, visando à atender os objetivos da educação". (1)
Deve ser exercida por elementos credenciados em condições de
"oportunizar aos alunos opções conscientes, baseadas no conhecimento
de suas potencialidades e limitações e propiciar os recursos indispensá-
veis ao ajustamento pessoal e social, a vivência dos verdadeiros valores e
a escolha adequada de uma profissão". (2)
(1) MEC/DEM/COPED Relatório do I Círculo de Estudos de Orientação Educacional.
(2) MEC/DEM/COPED - Bases de Ação.
Dentro desse contexto, a Orientação Educacional deve ser parte in-
tegrante do Plano Curricular da Escola e estar presente em suas quatro
etapas básicas: reflexão, decisão, execução e avaliação.
B - PRINCÍPIOS
Para o desenvolvimento do processo da Orientação Educacional, o
Orientador deverá sistematizar sua ação a partir dos seguintes princípios:
1. Princípio Sistêmico:
A Orientação Educacional é um subsistema do Sistema-Escola.
Para que a Escola possa alcançar seus objetivos, a Orientação deve-
rá estruturar-se levando em consideração necessariamente:
a identificação dos subsistemas internos da Escola e dos seus
componentes;
o estabelecimento das suas fronteiras e de suas relações com os
demais subsistemas da Escola;
a previsão de interfaces internas no Sistema-Escola e externas no
Sistema-Comunidade;
a efetividade e eficácia do processo educativo;
a determinação de condições para garantir a sua realimentação
em termos qualitativos, quantitativos e em tempo hábil.
2. Princípio Cooperativo:
O sucesso da Orientação Educacional reside principalmente no
bom grau de envolvimento, conseguido na Comunidade-Escola. A ação
e liderança do Orientador Educacional só poderão ser exercidas se a sua
situação na Escola se assentar no princípio da cooperação, que resulta-
rá em uma maior eficiência da ação integrada junto à Supervisão Peda-
gógica, a docentes, à administração escolar, a discentes e outros. Assim
o Orientador deverá cooperar com:
o Supervisor Pedagógico no planejamento curricular em todas as
suas fases, com vistas a um melhor entendimento das áreas espe-
cíficas de cada um, para que a execução dos seus planos de tra-
balho seja facilitada pela definição prévia da ação integrada;
o professor no planejamento de seus programas de ensino, na
definição de objetivos, no enriquecimento de conteúdos progra-
máticos e técnicas psicopedagógicas, de forma a atender melhor
ao planejamento da Orientação Educacional, voltado para a for-
mação integral do educando;
o corpo administrativo, participando na elaboração do plano
global da escola e na sua implementação, com vistas a prevenir
a boa disciplina e o estado de sanidade física e mental dos alu-
nos, contribuindo para que a Escola seja uma unidade educati-
va, isto é, atuando com os funcionários para que todos se cons-
cientizem de que também eles participam do processo educa-
tivo;
o aluno, por meio de uma ação que se efetiva, direta ou integra-
damente, revestindo-se de maior êxito quando, por iniciativa
dos próprios alunos, é envolvido em atividades sócio-culturais
(esporte, recreação, feiras, exposições, demonstrações, etc). O
Orientador Educacional cooperará também com o aluno, aten-
dendo a solicitações relativas à superação de dificuldades na ati-
vidade de estudo. A cooperação do Orientador nessas circuns-
tâncias poderá produzir resultados bem mais valiosos.
3. Princípio Criativo-Crítico:
A Orientação Educacional na escola brasileira tem tido nesse prin-
cípio a sua principal falha. A escassez de literatura, especialmente para a
Orientação no ensino de 2º grau, na maioria das vezes constando de ex-
periências importadas, vem demonstrar o grau insuficiente do senso
criativo-crítico e a tendência à acomodação.
Na atual conjuntura da educação brasileira, o ensino de 2º grau es-
tá a exigir do Orientador Educacional uma nova postura e um repensar
de situações; o senso criativo crítico deverá estar aguçado, para entrar
em ação e responder operacionalmente, visando às soluções dos nossos
problemas específicos.
Deve-se reconhecer que a Orientação Educacionalo vem conse-
guindo se firmar no contexto da Escola de 2ºgrau e, se esta situação es-
tá presente, nos indica que carece de formulação, o que se fez até o mo-
mento, É da responsabilidade dos Orientadores identificar as falhas exis-
tentes e partir para a definição de um modelo de Orientação Educacio-
nal compatível com as reais necessidades da escola e do momento his-
tórico brasileiro.
Se a estrutura administrativa do ensino tem sido um ponto de es-
trangulamento para a efetivação da Orientação Educacional, esse aspec-
to deve ser levado em conta para que se defina um modelo capaz de su-
perar esse problema.
E, ao que parece, uma das alternativas mais coerentes seria a
sistematização de uma ação integrada no planejamento curricular da
escola, quer na sua implantação, quer na sua implementação.
Dentro do princípio criativo-crítico, compete ao Orientador Edu-
cacional favorecer a emergência das potencialidades criativo-críticas de
toda a comunidade escolar, cujo centro é o aluno. Nessas condições te-
riam que ser revistas, inclusive, metodologias quem sendo adotadas,
em termos globais e específicos.
4. Princípio Científico
O Orientador Educacional, em seu trabalho regular ou mesmo ten-
do que atuar em qualquer momento, quando necessária a sua colabora-
ção,o pode agir improvisadamente. Urge que tenha segurança, que
sua atuação seja oportuna e produza os resultados esperados. Os meto
dos e técnicas da Orientação Educacional devem ser aplicados criterio-
samente, dentro do pressuposto de que o Orientador é um técnico,
seus instrumentoso eficazes e para isso deverá pautar-se pelo princí-
pio científico.
A Orientação Educacional deve ter em conta que a observação, a
experimentação dos fatos e a utilização de métodos próprioso ele-
mentos básicos para o êxito de sua atuação, concorrendo para marcar
positivamente a sua presença.
o se pode entender o princípio científico como uma limitação
do princípio criativo-crítico. Evidentemente, para se introduzir inova-
ções e modificações na forma de atuar, é necessário que essas inovações,
antes de serem validadas e generalizadas, passem pelas fases próprias do
método científico que envolve a observação, experiência dos fatos e
avaliação.
Esse princípio garantirá uma permanente melhoria na ação da
Orientação Educacional.
c - ÁREA DE AÇÃO:
1. Participação no Processo de Planejamento Curricular
O processo de Planejamento Curricular é constituído pelo conjun-
to de operações necessárias à efetivação dos objetivos educacionais da
escola. Estas operações sintetizam-se nas ações de: refletir, decidir, exe-
cutar e avaliar.
Reflexão
A ação de refletir é exercida sobre os elementos informativos do
processo decisório.
Nela a Orientação Educacional participa, levando à:
definição dos fundamentos filosóficos, sócio-econômicos e bio-
psicológicos;
diagnose da clientela escolar e da comunidade;
adequação das atividades-meio e das atividades-fim da escola às
necessidades e interesses do educando e do seu contexto social;
prognose do que a escola pretende alcançar em termos educa-
cionais.
Decisão
Com base na operação anterior, a Orientação Educacional define
sua posição e linha de ação no processo educativo e participa:
na definição de objetivos;
na seleção das habilitações e áreas prioritárias de ação;
na indicação de critérios para a seleção de conteúdos, com vistas
à orientação educativa;
na definição da sistemática de avaliação;
na organização de planos de ensino para garantir a consecução
dos objetivos da Orientação Educacional.
Execução
Na execução do Planejamento Curricular, a Orientação Educacio-
cional:
coordena e acompanha sua ação e colabora com os demais Seto-
res da Escola com vistas às ações e decisões que, direta ou indi-
retamente lhe dizem respeito.
Avaliação
A Orientação Educacional participa da operação da avaliação do
processo pedagógico e coordena a avaliação do processo específico de
Orientação Educacional.
Na avaliação, deve-se levar em conta as suas três modalidades:
avaliação antes do processo
avaliação no processo
avaliação no final do processo.
2. Coordenação do Processo de Orientação Educacional
O processo de Orientação Educacional é científico, contínuo e sis-
têmico. Sua função é propiciar ao educando condições de viver melhor,
por meio do conhecimento de si mesmo e do meio-ambiente, o que lhe
propicia opções mais acertadas e seguras. O conhecimento de si mesmo
inclui a consciência de suas aspirações, potencialidades e possibilidades
dentro do meio-ambiente, com o qual mantém interação.
Levando em conta as características desse processo, a Orientação
Educacional deverá:
Coordenar as atividades voltadas para a Orientação vital do edu-
cando, incluindo:
Orientação social
Orientação biopsicológica
Orientação escolar
Orientação vocacional
Orientação profissional
Orientação religiosa
Orientação cívica
Orientação familiar
D - FUNÇÕES DO ORIENTADOR EDUCACIONAL
A Orientação Educacional na Escola é um processo educativo que
se desenvolve concomitante e paralelamente ao processo ensino-apren-
dizagem. As atividades técnicas e psico-pedagógicas do Orientador Edu-
cacional podem ser agrupadas nas funções de: planejamento, coordena-
ção, avaliação e assessoramento.
Nessas funções podem ser definidas as atividades específicas do
Orientador Educacional, bem como aquelas queo desenvolvidas em
integração com professores e outros especialistas.
As atividades podem ser assim explicitadas:
Planejamento
participar no processo do Planejamento Curricular e na sua reali-
mentação;
definir e fazer pesquisa;
participar na elaboração do plano global da escola;
elaborar o Plano de Atividades da Orientação Educacional, le-
vando em consideração:
a) a ação integrada com a Administração Escolar, Supervisão Pe-
dagógica e demais setores da Escola;
b) as atividades de integração escola-comunidade;
c) as atividades de integração escola-empresa;
d) as atividades de integração escola-família.
Coordenação
implementar e acompanhar o desenvolvimento do Currículo na
parte relativa à Orientação Educacional;
Possibilitar a elaboração e desenvolvimento dos planos de ensi-
no, com vistas à consecução dos objetivos da Orientação Educa-
cional;
desenvolver atividades específicas de Orientação Educacional;
desenvolver procedimentos que orientem a aplicação de instru-
mentos e processamentos de informações relativas à caracteriza-
ção da comunidade e da clientela escolar;
participar na implantação do sistema informacional;
organizar arquivos de dados pessoais de alunos, necessários à
Orientação Educacional;
desenvolver atividades educativas: visitas, festas cívicas, recrea-
tivas e desportivas, programas preventivos de saúde, higiene e se-
gurança, atividades culturais, artísticas e outras;
promover as atividades de lntegração Escola-comunidade;
acompanhar alunos em estágio profissional;
manter um fluxo permanente de informações, visando à reali-
mentação do processo da Orientação Educacional.
Avaliação
constatar as superposições e espaços em branco na execução
curricular;
caracterizar o desempenho dos docentes, na parte específica de
participação no processo de Orientação Educacional;
adequar os resultados do processo ensino-aprendizagem aos ob-
jetivos educacionais;
identificar com os professores e com a Supervisão Pedagógica as
causas determinantes do baixo rendimento escolar de alunos;
constatar os resultados do plano de atividades da Orientação
Educacional;
interpretar para a comunidade e, em especial para pais e alunos,
os programas de ensino, esclarecendo o seu alcance, destinação e
significação;
identificar atividades de lntegração Escola-comunidade;
definir critérios para adequar o estágio profissional dos alunos às
possibilidades próprias e ao mercado;
estabelecer critérios para um bom desempenho dos demais seto-
res da escola;
obter a produtividade da escola como um todo.
Assessoramento
subsidiar a administração escolar com vistas à tomada de deci-
sões que dizem respeito direta ou indiretamente à Orientação
Educacional;
colaborar com a Supervisão Pedagógica durante o planejamento
a implementação e a avaliação das suas atividades, tendo em vis-
ta a ação integrada com a Orientação Educacional;
auxiliar os professores na elaboração, execução e avaliação dos
seus programas de ensino, em função da inserção de atividades
específicas de Orientação Educacional nesses programas;
fornecer informações úteis ao planejamento e replanejamento
dos trabalhos das Equipes de Orientação Educacional, em nível
de Unidade Escolar, Regional, Estadual e Nacional.
A Orientação Educacional atua junto ao educando por meio da:
1) "Ação Direta que se efetiva sobretudo por meio do trabalho
em grupo e objetiva fundamentalmente:
a preparação do aluno para uma participação ativa na sociedade,
refletindo e analisando padrões culturais, valores, exigências e
ofertas do mercado de trabalho, desafios colocados pelo mo-
mento histórico atual;
o conhecimento de si mesmo e do meio (das próprias potenciali-
dades e possibilidades, levando em conta o que o meio apresenta
em termos de oportunidades e fronteiras);
-- o treino de capacidade de optar, evoluindo desde a escolha de
companheiros de equipe, projetos, atividades, disciplinas, crédi-
tos, opção vocacional à capacidade global de se definir, se auto-
determinar, escolhendo as formas próprias de se realizar no de-
senvolvimento de suas potencialidades e no exercício pleno da
cidadania". (3)
2) Ação Integrada em qualquer área de trabalho em que concor-
ram várias equipes com vistas a objetivos comuns, há necessidade de in-
tegração entre as mesmas para evitar duplicidades, superposições, espa-
ços em branco, etc. e assegurar a validade desses objetivos.
Para se garantir a consecução dos objetivos da escola, necessário
se faz a integração em termos internos no sistema-escola e em termos
externos, no sistema-comunidade, com vistas à sua efetividade e efi-
cácia.
A integração do Orientador Educacional com os demais elementos
componentes da escola inicia-se na sua participação no planejamento
global das atividades escolares, para assegurar condições de atuação efe-
tiva na execução desse planejamento.
(3) MEC/DEM/COPED - Relatório do I Círculo de Estudos de Orientação Educacional.
O princípio da Ação Integrada permite a presença do Orientador
Educacional em todas as fases do processo do Planejamento Curricular:
reflexão, decisão, execução (implantação e/ou implementação) e avalia-
ção.
ANEXO II
Sugestões de Atividades que deverão ser consideradas para um Pla-
no de Orientação Educacional no Ensino de 2º Grau.
Planejamento
participar no processo de caracterização da comunidade;
participar no processo de caracterização das empresas;
caracterizar a clientela escolar;
participar na elaboração dos programas de ensino;
prever sistemática informacional com vistas à determinação
de programas de orientação vocacional;
elaborar programa de orientação vocacional;
programar atividades de complementação educativa;
programar atividades de integração escola-comunidade;
programar estudos de profissiografias;
programar atividades que possibilitem ajudar o aluno a esco-
lher a sua habilitação;
elaborar programas que levem o aluno a refletir sobre a opção
feita;
levantar informações sobre política e diretrizes de ação defini-
das por Confederações Nacionais de Empregadores e entidades
de representação de categorias profissionais;
levantar informações sobre o comportamento do mercado de
trabalho regional e local;
prever sistemática informacional com empresas, que permita
permanente atualização sobre novas linhas e/ou novos processos
de produção;
prever meios de participação da família na orientação profissio-
nal do aluno;
elaborar a programação de informação profissional;
programar atividades que possibilitem o aluno a tomar contato
com o mundo do trabalho;
programar prestação de serviços dos alunos à comunidade;
programar microestágios para alunos;
programar realizações de encontros de professores, profissionais
e alunos para debaterem problemas levantados sobre o exercício
profissional;
cadastrar empresas que admitem estagiários;
levantar vagas nas empresas para estagiários;
elaborar programas de preparação de alunos para o estágio pro-
fissional;
participar da elaboração dos programas de estágios;
participar da elaboração de programa de preparação de supervi-
sores de estágios;
participar da elaboração dos programas de acompanhamento de
estagiários;
participar da elaboração de instrumentos e programação de ati-
vidades que objetivem o intercâmbio de informações escola-em-
presa com vistas à realimentação de ambas;
prever contato com empresas interessadas em contratar os técni-
cos formados pela escola;
programar realização de encontros de professores, alunos, super-
visores de estagiários e representantes de empresas para debate-
rem problemas levantados durante os estágios;
estabelecer sistemática de acompanhamento e/ou controle pós-
escolar.
Coordenação
desenvolver procedimentos, aplicação de instrumentos e proces-
samento de informações relativas à caracterização da comunida-
de e da clientela escolar;
organizar arquivos de dados pessoais de alunos, necessários à
Orientação Educacional;
aplicar técnicas pedagógicas e manipular informações que possi-
bilitem a formação de classes e grupos de estudos;
promover intercâmbio de informações com a escola de 1º grau,
com objetivo de prosseguimento da orientação educacional no
2ºgrau;
V desenvolver a orientação vocacional por meio de programas de
J ensino ministrados pelos professores e de atividades específicas
da orientação educacional;
promover atividades de complementação educativa por intermé-
dio de visitas, festas cívicas, recreativas e desportivas, programas
preventivos de saúde, higiene e segurança, atividades culturais e
artísticas;
promover a realização dos estudos de profissiografias, adaptan-
do-as à realidade do mercado de trabalho local;
desenvolver atividades com a participação dos professores e da
família, com vistas a ajudar o aluno na escolha da habilitação
profissional que deseja cursar;
promover palestras e/ou conferências e outras atividades que
possibilitem refletir sobre a opção feita;
participar na implantação da sistemática de captação, tratamen-
to, armazenamento, realimentação e divulgação de informações
da comunidade e de empresas;
participar na realização de visitas a feiras de amostras, visitas a
empresas e manter assinaturas de publicações técnicas (visando
à permanente atualização sobre novas linhas e/ou novos proces-
sos de produção).
possibilitar aos professores o desenvolvimento de atividades de
orientação educativa e profissional nos seus programas de ensi-
no;
desenvolver atividades específicas de orientação profissional;
promover atividades específicas de orientação profissional, rea-
lizar encontros, seminários, etc, com pessoas de empresas, que
permitam ao aluno tomar conhecimento da realidade do mundo
de trabalho;
participar de experiências e/ou pesquisas que os professores de-
senvolvem com alunos;
manter cadastro atualizado de empresas que admitem estagiá-
rios;
informar a alunos sobre o número de estágios conseguidos, lo-
cal, condições e época de realização;
implementar a preparação dos alunos para o estágio, bem como
a preparação dos supervisores de estágios;
promover atividades que objetivem facilitar o ajustamento do
aluno no meio profissional;
participar na elaboração ou adequação do currículo da escola;
organizar encontros de professores, supervisores de estágios, re-
presentantes de empresas e alunos para debaterem problemas
levantados durante os estágios;
encaminhar os técnicos preparados pela escola às empresas in-
teressadas em contratá-los;
colher as informações de ex-alunos para realimentação do pro-
cesso educativo da escola.
Avaliação
analisar a caracterização da clientela escolar da empresa, da co-
munidade;
constatar o nível de integração dos alunos nas classes e nos gru-
pos de estudos;
analisar os conceitos dos alunos;
analisar as informações coletadas na comunidade;
interpretar os resultados da Orientação Vocacional dos progra-
mas educativos e os da integração escola-comunidade;
analisar a adaptação de profissiografias, frente às exigências do
mercado de trabalho local;
analisar os resultados do programa de ajuda ao aluno na escolha
de sua habilitação profissional;
analisar os fatores que determinam as necessidades dos estudos
de recuperação;
analisar o resultado do sistema de captação, tratamento, armaze-
namento, realimentação e divulgação da escola;
definir os instrumentos de medidas de aprendizagem com vistas
à realização de estudos comparativos que facilitem a elaboração
de novos instrumentos;
controlar os registros dos serviços de escolaridade;
participar na análise e seleção das informações recebidas da co-
munidade;
participar na seleção de matéria a ser divulgada pela escola;
adequar as atividades educativas promovidas pela escola aos ob-
jetivos predeterminados;
definir as atividades que objetivem a orientação profissional;
definir os microestágios de férias;
participar na análise das condições de estágios oferecidos pelas
empresas;
participar na seleção de alunos que serão encaminhados para o
estágio profissional;
estabelecer critérios para a supervisão de estágios e para contro-
le dos estágios profissionais;
analisar as causas das dificuldades encontradas pelos alunos no
decorrer do estágio;
participar da seleção de subsídios coletados junto a ex-alunos
e que serão utilizados pela escola.
Assessoria
informar sobre as características da comunidade e da clientela
escolar;
informar sobre os critérios utilizados para a composição de clas-
ses e grupos de estudos;
colaborar na determinação dos programas de ensino;
informar sobre as expectativas da comunidade, relacionadas
com as atividades da escola;
informar quanto às técnicas e procedimentos utilizados para de-
senvolver a orientação vocacional;
informar sobre os objetivos pretendidos com as programações
de atividades educativas;
colaborar na realização de atividades de integração escola-comu-
nidade;
auxiliar a Supervisão Pedagógica, fornecendo-lhe subsídios dos
estudos de profissiografias;
divulgar os fatores que influenciam os alunos na escolha de sua
habilitação profissional;
dar parecer sobre processos utilizados na avaliação e recupera-
ção de alunos;
informar sobre as influências que a escola exerce na comunidade
e esta na escola;
informar sobre a atuação da escola quanto às novas exigências
da comunidade e do mercado de trabalho;
favorecer a utilização de novos métodos, processos e técnicas na
escola;
informar sobre as atividades desenvolvidas na comunidade e
com pais de alunos;
informar sobre o intercâmbio de atividades mantidas com em-
presas e profissionais;
informar os resultados de encontros, seminários, etc, realizados
pela escola ou por outras entidades com a participação da esco-
la;
colaborar com os professores na identificação de causas determi-
nantes do baixo rendimento escolar de alunos;
informar sobre empresas cadastradas;
divulgar a programação de estágios que serão realizados;
informar sobre as principais dificuldades de ajustamento psicos-
social que os alunos sentem durante o estágio profissional;
auxiliar no processo de adequação curricular;
propor novos procedimentos para a melhoria do estágio profis-
sional;
divulgar as possibilidades das empresas em contratar os técnicos
formados pela escola;
colaborar na seleção dos técnicos que serão encaminhados às
empresas interessadas;
informar sobre subsídios coletados junto a ex-alunos da escola.
ANEXO III
Glossário
1. PLANEJAMENTO
É o processo que, partindo da reflexão teórica do conhecimento
de uma realidade existente, define os propósitos de um empreendimen-
to modificador dessa realidade, os meios para alcançá-los, para acompa-
nhar e/ou executar as decisões tomadas e para avaliar os resultados obti-
dos.
Nessa categoria, deverão ser incluídas aquelas atividades necessá-
rias à elaboração dos planos de trabalho das equipes (Central-Regional-
Unidade Escolar) incluindo estudo, definições de diretrizes, organização
de material, etc.
2. COORDENAÇÃO
É a ação de harmonizar os atos e buscar a consecução de objetivos
comuns dentro de um nível de atuação. Envolve a função de acompa-
nhamento que consiste na verificação constante, direta e/ou indireta, do
desenvolvimento e execução de uma tarefa, dentro de um prazo preesta-
belecido.
3. ASSESSORIA
É ação de prestar cooperação técnica especializada, a elemento
hierarquicamente superior ou do mesmo nível, dentro de uma organiza-
ção.
Nessa categoria deverão ser incluídas as atividades desenvolvidas
pela Equipe Central junto a outras Equipes da SEC, a Chefia, a Direção,
ao Secretário da Educação e/ou perito, a outras Secretarias de Estado
ou outras Instituições com o objetivo de fornecer subsídios para o tra-
balho dos mesmos.
4. AVALIAÇÃO
Em planejamento, é o processo de delinear, obter e prover infor-
mações para a tomada de decisões; envolve a função de controle que
consiste em manter dentro de limites permissíveis, as variações na exe-
cução da atividade educacional, de acordo com os objetivos estabeleci-
dos, requisitos para o Sistema Estadual de Ensino, em consonância com
os objetivos da educação nacional (requisitos). Numa abordagem sistê-
mica, o controle funciona como avaliação em processo.
Avaliação Diagnostica
É o processo pelo qual se determina a presença ou a ausência de
habilidades e/ou pré-requisitos para aprender algo novo e que identifi-
cam, discriminam, compreendem, caracterizam as causas determinantes
das repetidas dificuldades na aprendizagem.
5. IMPLEMENTAÇÃO
É o conjunto de operações de alocação e organização de recursos
humanos, materiais e financeiros necessários à execução de um Progra-
ma ou Plano de Trabalho. A implementação deve ocorrer após a elabo-
ração de um Plano e preceder sua execução. Entretanto, no decorrer do
processo de execução, poderão ser detectadas novas necessidades ou
ocorrer situaçõeso previstas que exijam providências de implementa-
ção. Por ex.: Para que o Programa de Treinamento Docente possa ser
executado, poderá haver necessidade de selecionar, escrever e multipli-
car material escrito; convidar especialistas; adquirir livros; organizar am-
bientes para estudo ou para demonstrações, etc.
IV - AÇÃO INTEGRADA DE SUPERVISÃO PEDAGÓGICA
E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO PROCESSO
DE PLANEJAMENTO CURRICULAR
AVALIAÇÃO DO
CURRÍCULO
EXECUÇÃO DO CURRÍCULO
DECISÕES DO PLANEJAMENTO
CURRICULAR
REFLEXÕES SOBRE FUNDAMENTOS
DO CURRÍCULO
1. Analisar
a siste-
mática de avalia-
ção, definida na
fase de decisões.
2. Operacionalizar
critérios de ava-
liação da eficiên-
cia e da eficácia
do plano curri-
cular mediante a
elaboração e apli-
cação do instru-
mental de avalia-
ção.
3. Montar sistemá-
tica de avaliação
formativa e so-
mativa,
4. Aplicar instru-
mentos de avalia-
ção adequados à
clientela.
5. Coletar, analisar
e interpretar evi-
dências sobre as
operações do
plano curricular,
suas entradas e
saídas e seus par-
ticipantes.
1. Realizar Conselhos Pedagógicos para:
orientar
o corpo docente;
acompanhar
o andamento das atividades
escolares;
introduzir
modificações nos planos;
garantir
as linhas de integração curricular;
analisar
resultados da aprendizagem:
discutir
a validade das técnicas adotadas
e a viabilidade de novos processos de
ensino;
informar
sobre perfil psicossocial de alu-
nos e classes;
sugerir
realização de atividades educati-
vas;
solicitar
relatos sôbre observações quan-
to a interesses, aptidões e habilidades de
alunos;
identificar
alunos com problemas, bem
como a natureza desses problemas a par-
tir do ponto de vista do professor;
propor
medidas de ação conjunta com os
professores para solução de problemas de
ajustamento de alunos;
orientar
professores sobre o desenvolvi-
mento de atividade de Integração-Escola-
Empresa -Comunidade.
2. Desenvolver Programas de Treinamento em
Serviço de Pessoal Docente para:
aprofundar
estudos sobre Filosofia e
Ciências da Educação tais como: Psicolo-
gia. Sociologia e outras;
orientar
a operacionalização de objeti-
vos;
introduzir
novas metodologias e recursos
de ensino;
aperfeiçoar
a sistemática de planejamen-
to;
aperfeiçoar
a sistemática de avaliação;
introduzir
modificações na relação pro-
fessor-aluno;
pesquisar
novas tendências no planeja-
mento Curricular;
introduzir
atividades da orientação edu-
cacional nas disciplinas do art.. da lei
5692/71;
introduzir
atividades sobre integração
Escola Empresa-Comunidade nas discipli-
Com base nos fundamentos teóricos e factuais
definidos na etapa anterior:
1. Coordenar
a elaboração do plano Curricular:
definir
áreas prioritárias de ação, a partir
da diagnose;
definir
as habilitações a serem oferecidas;
montar
o Currículo Pleno.
Objetivos
da
escola
da
Formação Geral e da Formação Especial
das
habilitações
das
séries
das
disciplinas.
Conteúdo
diretrizes
básicas para seleção e ordenação
de conteúdos;
das
disciplinas de formação geral;
das
disciplinas de formação especial;
das
atividades de Orientação Educacional;
das
atividades de lntegração Escola-Empresa-
Comunidade;
Metodologia
definir
a forma de organização das experiên-
cias curriculares: por unidades pedagógicas,
por projetos interdisciplinares, por experiên-
cias simuladas, etc;
critérios,
para seleção de técnicas e recursos
de ensino,
critérios
para definição da O. Educacional.
Avaliação
sistemática
de avaliação, promoção e recupe-
ração de alunos;
sistemática
de avaliação da produtividade da
Unidade Escolar (em colaboração com a
Administração Escolar e com outros setores
ou departamentos de Escola).
2. Coordenar
e orientar a elaboração dos Pla-
nos de Ensino anuais, semestrais e bimestrais,
com a colaboração de Coordenadores de áreas
e/ou disciplinas. Dos planos deverão constar,
no mínimo, 4 elementos: Objetivos, Conteú-
do Programático, Metodologia e Sistema de
Avaliação.
A. TEÓRICOS
1. Pressupostos
Filosóficos
discutir
com a equipe técnico-peda-
gógica, administrativa e docente as
tendências filosóficas contemporâ-
neas;
discutir
fins da educação brasileira;
coordenar
a definição das diretrizes
filosóficas que deverão alicerçar a
ação educacional da escola quanto a
valores, ideal de homem e visão de
mundo.
2. Pressupostos científicos
Biopsicológicos
analisar
as principais correntes teóri-
cas referentes às características bio-
psicofísicas da adolescência.
analisar
as principais teorias de
aprendizagem;
coordenar
a seleção de uma ou mais
teorias do desenvolvimento e da
aprendizagem.
definir
princípios que orientarão a
ação educacional, guardando coerên-
cia com as diretrizes filosóficas.
Sóciológicos
analisar
documentos (e/ou entrevis-
tar especialistas) onde sejam apren-
sentadas as caracteristicas da socie-
dade brasileira e as peculiaridades re-
gionais.
informar-se
e discutir sobre as carac-
terísticas sociais da comunidade utili-
zando publicações, entrevistas, relató-
rios de pesquisa, etc.
participar
com a equipe técnico-peda-
gógica administrativa e docente, na
identificação e seleção de aspectos
sociais significativos que intervém no
sistema educacional, e na previsão da
ação educacional da Escola, no aper-
feiçoamento ou na tentativa de trans-
formação de aspectos sociais da co-
munidade.
AVALIAÇÃO DO
CURRÍCULO
EXECUÇÃO DO CURRÍCULO
DECISÕES DO PLANEJAMENTO
CURRICULAR
REFLEXÕES SOBRE FUNDAMENTOS
DO CURRÍCULO
nas de formação geral e especial;
aperfeiçoar
técnicas de observação e re-
gistro de comportamento dos alunos.
3 Coordenar Reuniões de grupos de professo-
res de disciplinas afins para:
verificar
e melhorar a coordenação hori-
zontal do currículo;
adaptar
técnicas de ensino à natureza das
áreas;
discutir
e encaminhar problemas comuns;
estudar
assuntos de interesse comum,
que enriqueçam a atuação docente;
analisar
e encaminhar dificuldades espe-
cificas apresentadas pelos alunos nas dis-
ciplinas;
propor
desenvolvimento de experiência
e/ou pesquisa por solicitação de empresa
que atenda interesse da Escola.
4. Reunir
professores da mesma disciplina, das
diferentes séries, juntamente com o coorde-
nador da mesma para:
analisar
a coordenação vertical do currí-
culo;
verificar
as possíveis defasagens existen-
tes no encadeamento de conteúdos e
conceitos e definir soluções;
analisar
dificuldades diferenciais dos alu-
nos de séries distintas e encontrar estra-
tégias adequadas para superá-las;
analisar
o encadeamento das atividades
de Orientação Educacional no processo
educativo;
analisar
o desenvolvimento da programa-
ção global da Orientação Educacional e
da lntegração EscoIa-Empresa-Comuni-
dade;
discutir
medidas a serem tomadas visan-
do solucionar problemas específicos de
aprendizagem da disciplina.
5. Assistir
atividades docentes e discentes para:
acompanhar
o desenvolvimento do plano
curricular;
verificar
a adequação do Plano de Ensino
às condições concretas de cada classe;
As decisões a respeito dos planos de ensino
deverão ser tomadas inicialmente em grupos:
- Reuniões por série, previamente planeiadas
com Coordenadores de áreas para:
discussão e definição de Objetivos Especí-
ficos da série;
discussão e definição de temas, problemas
ou conceitos que unificarão a abordagem
dos conteúdos;
determinação da Estratégia Geral (Proje-
tos, Unidades, Estudos do Meio, etc);
definição das linhas gerais da Avaliação.
definição das atividades da Orientação
Educacional.
Reunião por disciplinas afins, objetivando:
identificar e definir os meios que serão uti-
lizados para efetivar a correlação entre as
disciplinas.
inserir nos programas de ensino atividades
de Orientação Educacional.
Reuniões
por disciplina da mesma série
com a participação do respectivo coordena-
dor, para:
definição dos objetivos específicos da dis-
ciplina e da Orientação Educacional;
definição dos conteúdos programáticos;
adaptação das técnicas à natureza da disci-
plina e das atividades;
definição das características de avaliação
dos conteúdos e da Orientação Educacio-
nal.
Reuniões por classe, para:
- elaboração final do Plano de Ensino com:
Objetivos Instrucionais;
Conteúdos Programáticos;
Métodos e Técnicas de Ensino;
Recursos Didáticos;
Instrumentos e Técnicas de Avaliação.
OBSERVAÇÃO
A elaboração dos Planos de Ensino deverá ini-
ciar-se após a aprovação do Plano Curricular,
uma vez que aqueles constituem instrumentos
Econômicos
discutir
documentos em que se caracteriza a
economia nacional e as tendências regionais
quanto aos setores primário, secundário e
terciário de produção;
informar-se
e discutir sobre as caracteristi-
cas econômicas da comunidade e analisar
sua influência no sistema educacional.
elaborar
documento sobre os fundamentos
filosóficos, biopsicológicos e sócio-econô-
micos do Currículo da Escola.
B. FACTUAIS
1. Legislação
coordenar
a análise da legislação na-
cional e estadual referente à educação
em geral e ao ensino de 2º grau em
particular;
participar
na elaboração e compatibi-
lização do Regimento Interno da
Escola com a legislação vigente.
2. Dados
supervisionar,
juntamente com os
coordenadores de áreas e/ou discipli-
nas, a elaboração de instrumentos e a
seleção de aspectos para:
caracterização da clientela escolar;
caracterização dos Pais dos alunos;
caracterização do Corpo Docente;
caracterização da Escola;
coordenação
da coleta de dados,
coordenação da elaboração da
diagnose da situação Escolar.
Elaborar uma prognose da situação,
com base nos dados levantados e con-
siderando as direções prováveis a se-
rem imprimidas ao processo educa-
cional: por meio da aplicação das de-
terminações legais, pela ação das for-
ças sociais e econômicas presentes na
comunidade; pela interação entre gru-
pos humanos de adultos e adolescen-
tes envolvidos no processo ensino-
AVALIAÇÃO DO
CURRÍCULO
EXECUÇÃO DO CURRÍCULO
DECISÕES DO PLANEJAMENTO
CURRICULAR
REFLEXÕES SOBRE FUNDAMENTOS
DO CURRÍCULO
coletar
subsídios para orientação indivi-
dual dos docentes;
verificar
o funcionamento de grupos de
estudo ou de trabalho;
verificar
a relação professor-aluno;
coletar
subsídios quanto a dificuldades de
docentes no que se refere à orientação
educativa;
coletar
subsídios para as atividades de
ação direta com o aluno.
para consecução das metas e dos objetivos curri-
culares.
aprendizagem, orientado por princí-
pios teóricos de aprendizagem e ilu-
minado pela filosofia educacional
adotada.
V - AÇÃO DOS ESPECIALISTAS NO SISTEMA
INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA.
V - AÇÃO DOS ESPECIALISTAS NO SISTEMA
INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA
A. INDICAÇÕES PARA A PARTICIPAÇÃO DA
SUPERVISÃO PEDAGÓGICA NAS ATIVIDADES
DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA.
O Sistema Escolar, sendo um sistema aberto, está inserido num
ambiente social com o qual deve manter uma estreita relação a fim de
receber energias e informações necessárias à iniciação, manutenção e
renovação de seu ciclo de atividades. Para que tal interação se pro-
cesse de maneira vantajosa para o sistema escolar, é necessário que este
crie mecanismos de obtenção e fornecimento de informações relevantes
sobre o meio e sobre a utilização dessas informações pela Escola.
Com a finalidade acima, as escolas devem montar sistemas que via-
bilizem sua integração com a comunidade.
1. Utilização do Sistema Mestre Informacional
Como parte desse sistema, o Projeto de lntegração Escola-Empre-
sa, especialmente planejado para nossas Escolas de 2º Grau, prevê como
um dos mecanismos de obtenção e fornecimento de informações o Sis-
tema Mestre Informacional.
A utilização desse mecanismo pela Supervisão Pedagógica deve
possibilitar a avaliação contínua do desempenho da escola-quanto à sua
eficiência interna e quanto à sua adequação ao ambiente.
Esta avaliação poderá trazer como conseqüência a necessidade de
reajustes no Plano Curricular da Escola. Poderão ser questionados:
1.1. Seus Elementos de Entrada:
Quanto aos Fundamentos Teóricos e Factuais, o Supervisor deverá
verificar se:
em fase às novas informações coletadas no mundo da empresa,
devem ser modificadas a filosofia educacional e/ou a opção
quanto à corrente psicológica adotada;
seus fundamentos sócio-econômicos levaram em consideração
a dinâmica da ação profissional. Em caso negativo, devem ser
feitas as adequações convenientes;
no diagnóstico da clientela, os pré-requisitos de escolaridade
apresentados pelos alunos eram adequados às habilitações ofere-
cidas. Em caso negativo, se as atividades docentes previstas per-
mitiram a superação dessas falhas. Se necessário, planejar novas
atividades;
os professores das disciplinas de formação especial tinham o
preparo e a experiência exigidos para orientar os alunos nas ati-
vidades específicas das habilitações. Em caso negativo, se as me-
didas adotadas pela escola foram suficientes para modificar a si-
tuação. Se necessário, tomar novas providências para aperfeiçoa-
mento;
os Coordenadores de áreas e/ou disciplinas apresentavam os
pré-requisitos de competência e iniciativa necessários à orienta-
ção dos professores em seu campo específico. Se necessário,
adotar novas medidas para aprimorar a atuação dos Coordena-
dores;
as instalações e equipamentos da escola tinham condições de
possibilitar as experiências necessárias às habilitações profissio-
nais dos estudantes. Em caso negativo, as instituições com que
se estabeleceram convênios oferecem condições pedagógicas sa-
tisfatórias para desenvolver a parte específica. Se é que modifi-
cações devem ser introduzidas.
1.2. Quanto às Decisões do Plano Curricular, verificar se:
os objetivos selecionadoso valiosos e relevantes para a for-
mação profissional requerida.o adequados às exigências do
mercado de trabalho e às expectativas do sistema de produção,
e em que direção devem ser reformuladas;
os critérios para seleção de conteúdo foram adotados, consi-
derando tanto os assuntos de interesse permanente, como os
emergentes quem enriquecendo a formação profissional do
técnico de nível médio e quais as modificações necessárias:
se foram previstas jornadas de atualização dos docentes em
seu campo específico para maximizar sua competência na
formação profissional dos estudantes;
e em que aspectos deve haver revisão;
as decisões quanto à metodologia de ensino foram adequadas
às necessidades de formação geral e especial dos alunos. Então:
se os projetos de livre escolha propostos ofereceram oportu-
nidades de verificar as preferências profissionais dos estu-
dantes. Caso contrário, que modificações devem ser feitas;
se as previsões do Plano de Supervisão para atualização meto-
dológica dos professores levaram ou devem levar em conta as
experiências que se realizam nos estabelecimentos industriais,
comerciais e de prestação de serviços e agro-pecuários;
se foi prevista a colaboração dos Coordenadores de Áreas
e/ou Disciplinas com o Supervisor no treinamento em servi-
ço do corpo docente. Medidas para melhoria do trabalho
conjunto;
a avaliação foi definida e utilizada como um sistema permanente
de realimentação do Currículo. Verificar se:
as informações do Sistema de lntegração Escola-Empresa
foram utilizadas para avaliação do Currículo;
houve evidências de elevação dos índices de aproveitamento
discente decorrentes de atividades de lntegração Escola-
Empresa;
a avaliação do aproveitamento dos Estágios dos alunos nas
Empresas apresentou resultados. Meios para maximização.
além dos professores, coordenadores, pessoal técnico e admi-
nistrativo foi prevista a participação de representantes de empre-
sas e de outras instituições da comunidade no processo de plane-
jamento e avaliação curricular da escola?
se esta participação reverteu em benefícios para a aprendiza-
gem, deve a mesma ser aperfeiçoada?
1.3. Seu processo de transformação
0 Currículo da Escola se desenvolve por meio das operações do
processo ensino-aprendizagem decorrentes da dinamização dos Planos
de Ensino.
Os dados coletados pelo Sistema Mestre Informacional devem ser
utilizados para checar sua eficácia no atendimento às demandas do
mundo empresarial.
A sistemática proposta anteriormente para avaliação das decisões
do Plano Curricular pode ser utilizada para avaliar a implementação dos
Planos de Ensino.
O resultado obtido pode apontar necessidades de reestruturação
do sistema ensino-aprendizagem. Esta reestruturação visará corrigir pos-
síveis falhas na formação geral dos estudantes e/ou imprimir novas dire-
ções ao desenvolvimento das disciplinas de Formação Especial, a fim de
possibilitar a formação de um profissional que melhor atenda às deman-
das de uma sociedade em mudança.
Para superar as falhas detectadas, o Supervisor em colaboração
com os Coordenadores, deve reformular seu plano de orientação aos
professores, dinamizando o treinamento em serviço e reorientando os
planos de ensino de acordo com direções consideradas desejáveis pela
escola.
2. Utilização do Sistema Mestre de Intercâmbio Técnico
Outro mecanismo do Projeto de lntegração Escola-Empresa locali-
za-se no Sistema Mestre de Intercâmbio Técnico, mediante o qual devem
ser estabelecidas permutas de conhecimentos tecnológicos entre a em-
presa escolar e as empresas dos setores primário, secundário e terciário
da comunidade.
Esse sistema de trocas pode ser altamente positivo para a escola e
para a empresa.
2.1. Uma das formas de utilização do mesmo vem se fazendo, mediante
a prestação de serviços nos dois sentidos: algumas escolasm pes-
quisas de laboratório sobre processos de obtenção de determinados
produtos por solicitação das empresas; por ex.: testando novas téc-
nicas no cultivo de leguminosos e cereais ou na criação de aves e
de outros animais, a pedido de empresas do setor primário. Por
seu lado, profissionais das empresas têm-se disposto a fazer de-
monstrações, nas escolas, de novos procedimentos industriais, bem
como a ministrar cursos rápidos sobre novas tecnologias descober-
tas no setor empresarial.
As possibilidades dessa permutao imensas e podem ser muito es-
timulantes para a renovação curricular mas, evidentemente, devem
ser criteriosamente selecionadas de acordo com os objetivos educa-
cionais, bem como planejadas, acompanhadas e avaliadas pelo Su-
pervisor com os professores.
2.2. Outra possibilidade a ser explorada reside na utilização das empre-
sas para atualização do pessoal docente e técnico.
Sabe-se que, devido ao alto custo dos equipamentos e ao acentua-
do desgaste que os mesmos sofrem com a manipulação pelo aluno-
aprendiz, mesmo as escolas melhor aquinhoadasom condi-
ções financeiras de adquirir os mais modernos equipamentos.
Considerando as necessidades de permanente aperfeiçoamento do-
cente, as escolas poderiam beneficiar-se com um sistema de está-
gios dos professores nas melhores empresas da comunidade, naque-
les setores que possibilitassem um enriquecimento na abordagem
das disciplinas do currículo.
Entretanto, essa atualização dos docenteso deve ser feita alea-
toriamente, mas deve fazer parte de um Programa de Treinamento
"out service" previamente planejado. Este, paralelamente ao Pro-
grama de Treinamento "in service" coordenado pelo Supervisor,
deverá reverter, em última análise, em um aperfeiçoamento do sis-
tema ensino-aprendizagem.
O próprio Supervisor e também o Administrador Escolar poderiam
realizar estágios de observação e, se possível, participar nos
Setores Gerenciais ou nas Divisões de Treinamento de Pessoal das
Empresas, onde poderiam descobrir novos sistemas de comunica-
ção, formas mais eficientes de planejamento, novas técnicas de
treinamento e, inclusive, novos procedimentos de organização de
pessoal e de material.
Entretanto, é precisoo perder de vista que, se os objetivos das
empresaso necessariamente diferentes dos das escolas, a transfe-
rência do conhecimento adquiridoo pode se fazer mecanica-
mente. Há necessidade de espírito crítico, discernimento e sensibi-
lidade pedagógica para selecionar as experiências e realizar as devi-
das adaptações à situação educacional. Tomando-se a necessária
precaução, tais estágios poderão funcionar como dinamizadores
do Sistema Escolar.
Pergunta-se então: 0 que as escolas poderiam oferecer em troca às
empresas? Estarão as escolas devidamente aparelhadas quanto a
recursos materiais e preparadas quanto a recursos humanos gabari-
tados para oferecer estágios ao pessoal das empresas, sem truncar
a formação dos jovens estudantes e sem distorcer seus objetivos?
Ou deveriam os objetivos abranger novas dimensões, de forma a
possibilitar um verdadeiro intercâmbio técnico escola-empresa?
Contudo, nunca é demais insistir: o Supervisor Escolar deve estar
permanentemente alerta,o para bloquear essa integração que
pode ser extremamente frutífera, mas parao seguir caminhos
prejudiciais ao trabalho educacional. É necessário considerar, aci-
ma de tudo, que existem valores que devem nortear a educação do
adolescente e que nunca devem ser postergados em benefício de
exigências episódicas das empresas. 0 sistema escolar tem seus
próprios valores educacionais que devem funcionar como parâme-
tros para a ação do Supervisor em sua participação nas atividades
de lntegração Escola-Empresa.
B. INDICAÇÕES PARA A PARTICIPAÇÃO DA
ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NAS ATIVIDADES
DE INTEGRAÇÃO ESCOLA-EMPRESA
A Escola é um Sistema aberto, inserido no ambiente social. Para
que receba energias e informações necessárias à iniciação, manutenção
e renovação de seu ciclo de atividades, deve manter com o ambiente es-
treita relação.
Para que o sistema escolar se beneficie da interação com o meio-
ambiente, torna-se necessária a criação de mecanismos de obtenção e
fornecimento de informações relevantes sobre esse meio-ambiente e so-
bre a utilização dessas informações pela Escola.
1. Utilização do Sistema Informacional
0 Projeto lntegração Escola-Empresa-Governo para o Ensino de
2º grau, que visa à melhoria desse grau de ensino, define o Sistema In-
formacional como um mecanismo que absorve as ações de captação e
divulgação de informações que impulsionam o próprio sistema de inte-
gração da escola com o meio-ambiente.
A Orientação Educacional utiliza esse sistema, visando a eficácia
da ação educativa da escola, analisando e avaliando continuamente o
grau de coerência entre as evidências do meio e a preparação do edu-
cando face a essas evidências.
Dentre os especialistas da escola, muito particularmente o Orien-
tador Educacional utiliza e participa do Sistema Informacional pela pró-
pria natureza de seus objetivos, queo atingidos por meio do conheci-
mento das potencialidades do educando e do mundo exterior.
1.1. Na ação de refletir, deve o Orientador Educacional verificar quan-
to ao Planejamento Curricular da Escola se:
face às informações colhidas na Empresa devem ser introduzidas
modificações na filosofia educacional vigente e/ou quanto à
corrente psicológica adotada,
as evidências sócio-econômicas estão sendo levadas em conta na
dinâmica da formação profissional;
no diagnóstico da clientela, os pré-requisitos de escolaridade e
biopsicológicos dos alunoso adequados às habilitações pelas
quais optaram;
os professores possuem preparo e experiência necessários para
orientarem os alunos nas suas atividades específicas integradas
no processo global educativo;
as equipes técnicas da escola e demais setores estão devidamen-
te integrados, atingindo racionalmente os objetivos;
a escola como um todo está equipada de recursos materiais e
humanos para levar a bom termo suas tarefas;
a escola oferece habilitações, tendo em vista os parâmetros da
legislação em vigor e as políticas governamentais;
os objetivos visados pela escola estão coerentes com as evidên-
cias do meio ambiente.
1.2. Quanto às Decisões do Plano Curricular, verificar se:
os objetivos selecionados que conduzem à formação integral do
educando,o coerentes com o estágio social da comunidade;
os objetivos selecionadoso valiosos e relevantes para a forma-
ção profissional requerida.o adequados às exigências do mer-
cado de trabalho e às expectativas do sistema de produção;
os critérios para seleção de conteúdoo adotados, consideran-
do, tanto assuntos de interesse permanente, como temas emer-
gentes quem enriquecendo a formação profissional do técni-
co de nível médio, a formação integral do educando;
foram previstas atividades integradas com docentes em seu cam-
po específico, com vista aos objetivos da orientação educacio-
nal, para a formação profissional do aluno;
as decisões quanto à Metodologia da Orientação Educacional
o adequadas ao desenvolvimento de suas ações com vista à for-
mação geral e especial dos alunos;
os projetos de livre escolha propostos ofereceram oportunidades
de verificar as preferências profissionais dos estudantes;
as previsões do Plano de Orientação para acompanhamento de
alunos e estágio levaram ou devem levar em conta as experiên-
cias que se realizam nos estabelecimentos industriais, comerciais,
de prestação de serviços e agropecuários;
foi prevista a colaboração dos Coordenadores de Áreas e/ou Dis-
ciplinas com o Orientador, visando a ação integrada para atingir
objetivos da Orientação Educacional na melhoria do trabalho
conjunto.
a Avaliação foi definida e utilizada como um sistema perma-
nente de realimentação do Currículo:
as informações do Sistema de lntegração Escola-Empresa fo-
ram utilizadas para avaliação do currículo;
houve evidências de elevação dos índices de aproveitamento
discente decorrentes de atividades de integração escola-em-
presa;
a avaliação nos estágios dos alunos nas empresas apresentou
aproveitamento satisfatório;
os mecanismos de acompanhamento e avaliação dos estágios,
de parte da Orientação Educacional estão atendendo satisfa-
toriamente os seus fins;
além dos Professores, Coordenadores, Pessoal Técnico e Admi-
nistrativo, é prevista a participação de representantes de Empre-
sas e de outras instituições da comunidade no processo de plane-
jamento e avaliação curricular da Escola.
2. Utilização do Sistema Mestre de Intercâmbio Técnico
Objetiva propiciar condições para o desenvolvimento e aperfeiçoa-
mento de "know-how" e "know-why" da escola e da empresa, enquan-
to entidades de formação e de absorção de recursos humanos com ca-
pacitação para o trabalho.
As atividades deste Sistema Mestre devem figurar nas fases do pla-
nejamento curricular, reflexão e decisão, para garantir o aperfeiçoamen-
to contínuo da escola, bem como um nível de formação de seus alunos,
mais próximo daquele exigido pela empresa ou vice-versa; propiciar à
pequena empresa condições de desenvolvimento, seguindo as novas con-
quistas tecnológicas e as atuais necessidades da comunidade, face aos
programas desenvolvimentistas existentes. E ainda, propiciar à média e
grande empresa condições de entender que a empresa é continuação da
escola, exigindo portanto, cuidados Psicopedagógicos que se observa-
dos, quer para o treinamento ou aperfeiçoamento, quer para o relacio-
namento dirigente-dirigido, resultarão com certeza, em maior e melhor
produtividade da empresa.
Desse modo, na fase de reflexão do planejamento curricular, deve-
rá ser prevista:
a caracterização das empresas locais e se possível, regionais;
as posições do nível científico e tecnológico das empresas em
operação nos setores da economia local e/ou regional;
a posição também da escola nesse contexto;
o conhecimento dos programas políticos, situando qual deve ser
a participação da escola no processo desenvolvimentista local;
a identificação de qual intercomplementaridade escola-empresa-
escola, pode ser realizada na comunidade;
o tipo de apoio psicopedagógico que a escola poderá colocar em
disponibilidade das empresas locais;
a identificação nas empresas de que tipo de apoio tecnológico e
psico-administrativo ela pode levar à escola.
A fase de decisão de planejamento curricular deverá conter:
plano de caracterização das empresas locais e/ou regionais;
programa de orientação profissional com vistas a situar as habili
tações oferecidas pela escola no contexto científico e tecnológi-
co local, regional, nacional e se possível, mundial;
programa de visitas, entrevistas, excursões, microestágios, pales-
tras, conferências, seminários, promoção de feiras. A programa-
ção de todas essas atividades deverá objetivar aos alunos o co-
nhecimento melhor de sua comunidade, bem como a obtenção
de subsídios para a orientação profissional e educativa;
programa de prestação de serviço à empresa em orientação edu-
cacional, social, higiene e segurança;
participação nas programações de análise ocupacional nas em-
presas locais com vista à melhor identificação das características
biopsicológicas para as habilitações oferecidas na escola;
programa de adaptação e/ou elaboração de profissiografias de
profissões existentes na comunidade.
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