mortes obtidas na fotossensibilização letal podem ser atribuídas apenas ao
efeito tóxico do corante azul de toluidina. Já para A.a, e F.nucleatum, a
toxicidade do corante foi responsável por 8,1% e 16,2%, respectivamente, das
mortes atribuídas à combinação laser/corante. Azul de toluidina causou
redução estatisticamente significativa, na ausência do laser, somente no A.a,
mas azul de metileno, na ausência do laser, não causou redução das colônias
de P.gingivalis, A.a, F.nucleatum. Na ausência do fotossensibilizador, a
exposição ao laser não teve efeito significativo na viabilidade das colônias. Já
os corantes ftalociacina dissulfonada de alumínio e dihematoporfirina éster,
associados ao laser de baixa intensidade, tiveram efeito letal somente para o
P.gingivalis. Entretanto o corante ftalociacina dissulfonada de alumínio foi
tóxico para esta bactéria e para o A.a, na ausência do laser, mas não para o
F.nucleatum.
É importante destacar que, de acordo com o estudo de Wilson,
Dobson e Sarkar (1993), azul de toluidina e azul de metileno foram os
fotossensibilizadores mais efetivos, permitindo reduções apreciáveis nas
colônias de P.gingivalis, A.actinomycetemcomitans e F.nucleatum. Entretanto,
outros aspectos da técnica precisam de mais estudos, como os relacionados
com concentração do corante, doses do laser e freqüência do tratamento.
Wilson e Dobson (1993) investigaram in vitro o potencial de três tipos
de compostos, azul de toluidina, derivados de hematoporfirina e ftalociacina
dissulfonada de alumínio, todos com concentração de 25µg/ml, agindo na
fotossensibilização letal do P.gingivalis e do F.nucleatum, ambos relacionados
com a patogênese da periodontite. Foi usado um laser de HeNe com uma
potência de 7,3mW e uma densidade de 22J/cm
2
(292mJ). O comprimento de
onda emitido foi de 632,8nm. Os autores chegaram aos seguintes resultados:
exposições dos microrganismos somente ao laser, mesmo durante mais de 80
segundos, não tiveram efeito significativo; azul de toluidina ou os derivados de
hematoporfirina, isolados, não apresentaram resultados; ftalociacina
disulfonada de alumínio, sem o laser, causou decréscimo no P.gingivalis, o que
não ocorreu com o F.nucleatum; grandes quantidades de ambos os
microrganismos foram eliminados (49,8 x 10
6
cfu/ml e 54,72 x 10
6
cfu/ml,
respectivamente para P.gingivalis e F.nucleatum), com o uso de pequenas