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DANIELLE TUPINAMBÁ EMMI
ANÁLISE COMPARATIVA DA EFICÁCIA DE EVIDENCIADORES DE
PLACA DENTAL A BASE DE CORANTES NATURAIS X SINTÉTICOS
Belém
2006
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1
Danielle Tupinambá Emmi
Análise Comparativa da Eficácia de Evidenciadores de Placa Dental
a base de Corantes Naturais x Sintéticos
Dissertação apresentada ao Curso de
Odontologia da Universidade Federal do Pará,
para obter o título de Mestre, pelo Programa de
Pós-Graduação em Odontologia.
Orientadora: Profª Drª Regina Fátima Feio Barroso
Belém
2006
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Catalogação-na-Publicação
Biblioteca Prof. Dr. Francisco Gemaque Álvaro
Curso de Odontologia da UFPA
Emmi, Danielle Tupinambá
Análise comparativa da eficácia de evidenciadores de placa dental a base de
corantes naturais x sintéticos. / Danielle Tupinambá Emmi; orientadora:
Regina Fátima
Feio Barroso. – Belém, 2006.
55p.; fig.; 30cm
Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Odontologia) – Curso
de
Odontologia da Universidade Federal do Pará.
1. Saúde Bucal 2. Boca – Cuidado e higiene 3. Placas Dentárias
CDD 617.601
3
FOLHA DE APROVAÇÃO
Emmi DT. Análise comparativa da eficácia de evidenciadores de placa dental a base
de corantes naturais x sintéticos. [Dissertação de Mestrado]. Belém: Curso de
Odontologia da Universidade Federal do Pará, 2006.
Belém, 02/05/2006
Banca Examinadora
1) Profa. Dra. Ana Cláudia Braga Amoras Alves
Titulação: __________________________________________________________
Julgamento: ____________________________ Assinatura: __________________
2) Profa. Dra. Isabela Almeida Pordeus
Titulação: __________________________________________________________
Julgamento:___________________________ Assinatura: ___________________
3) Prof. Dr. Wagner Luiz Ramos Barbosa
Titulação: __________________________________________________________
Julgamento: _____________________________ Assinatura: _________________
4
DEDICATÓRIA
À DEUS, presença constante em minha vida, me permitindo a realização de
mais um sonho;
A minha MÃE, Ida Carmen, alicerce de minha vida, fonte inesgotável de amor,
carinho, dedicação, incentivo e apoio, indispensáveis para transformação de meu
sonho em realidade;
Ao meu PAI, Domingos, pelo apoio e incentivo;
Ao meu IRMÃO e segundo PAI, Domenico, por seu carinho, dedicação,
incentivo e proteção, não medindo esforços para me proporcionar sempre o melhor,
minimizando todas as dificuldades;
A minha IRMÃ, Isabella, pelas palavras de força e incentivo, que me fizeram
acreditar que meu sonho era possível;
Aos meus SOBRINHOS, José Augusto, Fernanda e Giovanna, por fazerem
parte de minha vida e pelas inúmeras alegrias e sorrisos proporcionadas, mesmo
nos momentos de desânimo.
5
AGRADECIMENTOS
À minha orientadora Profª Drª Regina Feio Barroso, por sua competência,
dedicação, confiança, amizade e incentivo para que meus sonhos se tornassem
novas conquistas. Dizer obrigada é pouco. Serei grata eternamente.
À EMBRAPA, nas pessoas dos Srs. Sérgio de Mello Alves e Ana cia, pela
disponibilidade, colaboração e por viabiliazarem a fase laboratorial desta pesquisa;
À Profª Drª Regina Madruga Tavares pela atenção e colaboração na análise
estatística da pesquisa;
Ao Rogério que apesar da distância, esteve sempre ao meu lado, torcendo
por meu sucesso;
A todos os colegas da turma de mestrado 2004/2006, companheiros de lutas,
pela gratificante convivência e valiosas informações e conhecimentos trocados no
decorrer desses dois anos;
Às amigas Elane Aquino e Cláudia Rothbarth pela amizade e incentivo e cujo
objetivo comum pelo título de Mestre em Odontologia nos aproximou em longas
tardes e noites de estudo;
À Ana Cássia Reis e Eliana Lago, colegas de turma, pela convivência e
aprendizagem trocada;
A eterna professora e hoje grande amiga Beth Gemaque, pela imensa
colaboração para realização deste estudo durante a seleção da amostra;
6
A todos os alunos da graduação em Odontologia da Universidade Federal do
Pará (UFPA), que se dispuseram a participar e colaborar com todas as fases da
pesquisa que se fizeram necessárias, viabilizando sua realização;
Às alunas, Cleysiane Farias, Giovana Santos e Gisele Roza, que
disponibilizaram seu tempo para colaborar como anotadoras dos dados da pesquisa;
Aos professores da disciplina de Odontologia em Saúde Coletiva da UFPA,
principalmente Profs. Izamir e Marizeli Araújo pelo incentivo, atenção e colaboração;
A todos os funcionários do Curso de Odontologia da UFPA, principalmente à
bibliotecária D. Yêda, secretários Mara Gorett e Cley e à auxiliar da clínica
odontológica 1, Aninha por mostrarem-se sempre atenciosos e dispostos a colaborar
em tudo que se fez necessário para o sucesso deste trabalho;
À Capes pelo incentivo à pesquisa e bolsa de estudo do Mestrado, permitindo
me dedicar integralmente a esta pesquisa;
Aos eternos amigos e aos novos amigos conquistados, por estarem sempre
ao meu lado incentivando e torcendo pela minha vitória;
A todos que direta ou indiretamente, seja com palavras ou atitudes,
colaboraram para o sucesso deste estudo.
7
“A sabedoria não nos é dada; é preciso
descobri-la por nós mesmos depois de uma
viagem que ninguém nos pode poupar ou fazer
por nós.”
(Marcel Proust)
8
Emmi DT. Análise comparativa da eficácia de evidenciadores de placa dental a base
de corantes naturais x sintéticos. [Dissertação de Mestrado]. Belém: Curso de
Odontologia da Universidade Federal do Pará, 2006.
RESUMO
O mérito comprovado dos evidenciadores de placa dental como agentes
motivadores para realização da higiene bucal faz com que seu uso seja cada vez
mais difundido para educação e orientação do paciente no que se refere a remoção
eficaz dos depósitos microbianos, prevenindo assim, a instalação e progressão das
doenças cárie e periodontal. Os corantes sintéticos utilizados nos evidenciadores de
placa existentes no mercado apresentam-se com vários efeitos colaterais que
desagradam não pacientes como também cirurgiões-dentistas, levando a
restrições no seu uso. Atualmente, é grande a tendência à utilização de corantes
naturais em substituição aos sintéticos, em todos os segmentos industriais, por
oferecerem melhor qualidade ao consumidor. Assim sendo, esta pesquisa
experimental foi realizada, com o objetivo de analisar comparativamente a eficácia
de evidenciadores de placa dental com corantes naturais (açaí e urucum) e
sintéticos (Replak® e Plakstesim®). Para análise, foram testadas 4 corantes:
antocianinas (açaí), bixina/norbixina (urucum), fucsina básica (Plakstesim®) e
corante azul/vermelho alimentício (Replak®) que foram aplicadas com intervalo de 7
dias cada uma, em 42 alunos de graduação do Curso de Odontologia da
Universidade Federal do Pará. A análise comparativa se deu através do índice de
placa visível, antes da aplicação do evidenciador e o índice de placa com corante,
após a aplicação da substância corante, utilizando-se os testes t-Student e ANOVA.
Pôde-se verificar que o evidenciador com corante de açaí (antocianinas) apresentou
9
eficácia superior na identificação da placa dental quando comparado com o
evidenciador com corante de urucum, Replak® e Plakstesim®, com nível de
significância menor que 0,01. A pesquisa conclui que o evidenciador a base das
antocianinas (corante do açaí) apresentou eficácia superior quando comparado com
o evidenciador com corante do urucum, Replak® e Plakstesim®, tornando-se uma
alternativa viável para a Odontologia, como substância evidenciadora do biofilme
dental.
Palavras-chave: Evidenciador de placa dental, eficácia, corantes naturais, corantes
sintéticos.
10
Emmi DT. Comparative analysis of the effectiveness of dental plaque disclosing the
base of natural dye x synthetic dye. [Dissertação de Mestrado]. Belém: Curso de
Odontologia da Universidade Federal do Pará, 2006.
ABSTRACT
The proven merit of the dental plaque disclosing as a motivation agent for buccal
hygiene accomplishment makes its use each time more spread out for education and
orientation of the patient as for efficient removal of the microbial deposits, thus
preventing the installation and progression of the caries and periodontal diseases.
The synthetic dyes in the existing plaque disclosing agents used in the market have
presented some collateral effects that do not only disturb patients but also dentists,
leading to restrictions in their use. Currently, the trend to the use of natural dye in
substitution to the synthetic ones is great, in all the industrial segments, for offering
better quality to the consumer. Hence, this experimental research was carried, with
the objective to compare the effectiveness of dental plaque disclosing with natural
dye (açaí and urucum) and synthetic dye (Replak® and Plakstesim®). For analysis, 4
disclosing agents had been tested, where the dyes were: anthocyanin (açaí),
bixina/norbixina (urucum), basic fucsin (Plakstesi) and dye blue/red nourishing
(Replak®) that had been applied with interval of 7 days each one, in 42
undergraduate students of Dentistry from Federal University of Pará. The
comparative analysis was performed through the visible plaque index before the
application of the disclosing agents and the plaque index with dye, after the
application of a dye substance, using t-Student and ANOVA tests. It could be verified
that disclosing with dye of açaí (anthocyanin) has presented superior effectiveness in
the identification of the dental plaque when compared with the disclosing with dye of
urucum, Replak® and Plakstesim®, with significance level less a 0.01. This research
11
concludes that the dental plaque disclosing agents based on anthocyanin (dye of
açaí) have presented superior effectiveness when compared to the disclosing with
dye of urucum, Replak® and Plakstesim®, becoming a viable alternative for
Dentistry, as a disclosing substance of dental biofilm.
Key-words: Dental plaque disclosing agents, effectiveness, natural dye, synthetic
dye.
12
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Material utilizado para confecção dos evidenciadores com corantes
de açaí (antocianinas) e urucum (bixina/norbixina).............................
32
Figura 2 Evidenciadores de placa dental naturais e sintéticos utilizados na
pesquisa..............................................................................................
33
Figura 3 - Diferenças médias dos IPV’s e IPC’s por evidenciadores de
placa....................................................................................................
36
Figura 4 - Visualização da placa dental identificada com o evidenciador com
corante de açaí (antocianinas).........................................................
37
Figura 5 Visualização da placa dental identificada com o evidenciador com
corante de urucum (bixina e norbixina)............................................
37
Figura 6 – Visualização da placa dental identificada com o evidenciador
Replak® (corante azul/ vermelho alimentício)..................................
38
Figura 7 – Visualização da placa dental identificada com o evidenciador
Plakstesim® (fucsina básica)............................................................
38
13
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Média e desvio-padrão das diferenças dos IPV’s e IPC’s dos
evidenciadores de placa dental. Belém, 2006.............................
34
Tabela 2 Medidas descritivas para o IPV e o IPC do evidenciador com
corante antocianinas (açaí). Belém, 2006......................................
36
Tabela 3 Medidas descritivas para o IPV e o IPC do evidenciador com o
pool de corantes bixina e norbixina (urucum). Belém, 2006..........
37
Tabela 4 Medidas descritivas para o IPV e o IPC do evidenciador
Replak®. Belém, 2006................................................................
38
Tabela 5 Medidas descritivas para o IPV e o IPC do evidenciador
Plakstesim®. Belém, 2006.............................................................
38
Tabela 6 - Estatística para o teste t-Student pareado e I.C.(99%) para as
diferenças. Belém, 2006...................................................................
39
Tabela 7 - ANOVA para o modelo de medidas repetidas entre os 4 corantes.
Belém, 2006...................................................................................
40
Tabela 8 Contraste entre os corantes naturais x sintéticos. Belém,
2006............................................................................................
40
14
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 15
2 REVISÃO DA LITERATURA......................................................................... 17
3 PROPOSIÇÃO............................................................................................... 28
4 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................. 29
4.1 Cálculo do erro amostral.......................................................................... 29
4.2 Grupo de estudo....................................................................................... 30
4.3 Aspectos Éticos........................................................................................ 30
4.4 Índices utilizados para análise comparativa.......................................... 31
4.4.1 Índice de placa visível (IPV)..................................................................... 31
4.4.2 Índice de placa com corante (IPC)........................................................... 31
4.5 Experimento.............................................................................................. 32
4.6 Análise estatística.................................................................................... 34
5 RESULTADOS.............................................................................................. 35
5.1 Fase I: Efeito individual para cada corante............................................ 36
5.2 Fase II: Comparação entre os 4 corantes............................................... 39
6 DISCUSSÃO.................................................................................................. 41
7 CONCLUSÃO................................................................................................ 44
REFERÊNCIAS.................................................................................................
45
APÊNDICES......................................................................................................
49
ANEXOS........................................................................................................... 53
15
1 INTRODUÇÃO
Existem evidências suficientes que comprovam que um dos fatores
etiológicos determinante das doenças cárie e periodontal é o biofilme dental. A
remoção deste biofilme através da escovação dentária é o método mais conhecido e
acessível à população para prevenção e controle dessas doenças, mostrando-se
eficaz, desde que seja utilizado com qualidade.
Na maioria das vezes, a população não tem acesso a informações sobre os
efeitos da placa acumulada e encontram dificuldade na sua visualização,
principalmente em seu estágio inicial. Devido a isso, as substâncias evidenciadoras
devem fazer parte do arsenal de combate à placa dental, pois o fundamentais na
orientação da escovação, que identificam as áreas envolvidas pelos depósitos
microbianos, atuando, então, como agentes motivadores.
O fator motivação é a mola propulsora para se obter resultados positivos nos
trabalhos de educação em saúde junto ao paciente, individual ou coletivo, pois
indivíduos altamente motivados, colaboram com eficiente controle da placa, podendo
praticamente sustar a evolução das doenças cárie e periodontal.
A partir da determinação dos locais de maior incidência de depósitos
microbianos, identificados através de substâncias evidenciadoras, pode-se
determinar as deficiências da escovação de cada paciente e com isso, elaborar
programas específicos de higiene bucal, a fim de suprir as necessidades individuais.
O aproveitamento da biodiversidade da flora amazônica, cujas espécies
possuem considerável variedade de corantes naturais, propiciou o emprego da
matéria-prima extraída dos frutos de açai (Euterpe oleracea) e urucum (Bixa
orellana), como alternativa aos corantes sintéticos dos evidenciadores de placa
16
existentes no mercado e obtenção de um novo produto produzido por Emmi e Rocha
(2001).
Sabe-se hoje que há uma forte tendência à utilização de corantes naturais em
substituição aos sintéticos, não só na indústria alimentícia, mas também em outros
segmentos industriais como o farmacêutico e o de cosméticos, para atender os
desejos do consumidor quanto a melhor qualidade e menores riscos quanto à
toxicidade.
Os evidenciadores formulados com corantes naturais de açaí (antocianinas) e
urucum (bixina e norbixina), demonstraram sua eficácia na evidenciação da placa
bacteriana em pesquisa desenvolvida por Emmi e Rocha (2001).
Assim sendo, para complementar o estudo realizado por Emmi e Rocha
(2001), se faz necessário analisar comparativamente a eficácia dos evidenciadores
de placa com corantes naturais em relação às soluções evidenciadoras com
corantes sintéticos.
17
2 REVISÃO DE LITERATURA
Para Lascala e Moussalli (1997), a deficiência de higiene bucal é responsável
pela instalação da maioria das doenças gengivais e periodontais, em que o controle
da placa dental é a chave principal para prevenção dessas doenças, onde sem ela,
os resultados da terapia odontológica não podem ser alcançados.
Estudos clássicos com metodologia experimental em humanos, realizados por
Löe e Theilade (1965) e Theilade (1966), mostraram evidências claras de que a
placa dental é a causa direta da inflamação periodontal. Lindhe, Hamp e Löe
1
(1973,
apud BARROS; PEREIRA; LOFFREDO, 1999) em pesquisa experimental com cães
Beagle, verificaram o desenvolvimento da periodontite após um período de
exposição de longa duração à placa e cálculo.
Corbet e Davies (1993) relatam a inflamação gengival como pré-requisito para
o desenvolvimento da destruição periodontal, onde o controle da inflamação através
da remoção de placa levará à redução da prevalência e da progressão da doença
periodontal.
Rodrigues, Cruz e Campos (1994) afirmam que o controle da formação da
placa nas superfícies dentárias parece ser a principal meta da prevenção, pois
determinando os locais de maior incidência de depósitos de placa dental é possível
elaborar programas específicos de higiene bucal para suprir as necessidades de
cada paciente.
Murrah (1985) acredita que a influência de fatores sistêmicos não causa, por
si só, doença periodontal na ausência de placa bacteriana.
--------------------------
1
Lindhe J; Hamp SE, Löe R. Experimental periodontitis in Beagle dog. J Periodontol Res 1973; 8: 1-10
18
Medeiros (1991) considera que grande parte das pessoas que é afetada por
doença periodontal deve-se única e simplesmente aos pobres cuidados de higiene
bucal, porque não foram educadas e motivadas para tal.
De acordo com Buischi e Axelsson (2003), para que se estabeleçam novos
hábitos de higiene bucal que atendam as necessidades individuais de controle de
placa, é fundamental que o indivíduo seja educado para saúde, pois somente assim
teremos um paciente bem informado e motivado, já que a motivação é a força
propulsora de nossos atos, e o sentimento de adquirir maior responsabilidade tem
sido descrito como o fator mais eficaz de motivação.
A realização não satisfatória do controle da placa bacteriana, para Medeiros
(1991), está ligada a fatores culturais (pouca valorização da saúde bucal), a fatores
educacionais (falta de conhecimento adequado ou ausência de motivação) e a
fatores econômicos (dificuldade de aquisição dos meios para a realização das
práticas).
Segundo Duarte, Lascala e Muench (1990) o fundamento do controle de placa
bacteriana se assenta na capacidade do profissional motivar o paciente para
aceitação dos recursos clínicos para remoção desse depósito. Sendo assim, é
conveniente observar o impacto visual produzido pelos evidenciadores de placa
dental, quando submetidos ao controle de placa através de supervisão e orientação
direta.
De todos os métodos ou artifícios empregados, seja ele controle ou alteração
da dieta do paciente, substâncias químicas para dissolução da placa ou uso de
agentes farmacológicos, para Guimarães (1993), o mais eficaz é a remoção
mecânica da placa bacteriana pelo uso de escova e fio dental, necessitando para
isso de uma substância que evidencie a presença de placa bacteriana.
19
Storino (1994) considera que a escovação e o uso do fio dental são
componentes essenciais para higiene bucal diária, a qual tem grande progresso
quando o paciente usa evidenciadores de placa.
Para Azevedo (1982), o hábito de usar o evidenciador de placa na prevenção
de periodontopatias ou após tratamento periodontal, torna o paciente mais
habilidoso na higienização dental. Sendo assim, as substâncias evidenciadoras de
placa não devem estar ausentes para uma perfeita higiene dental, sendo
imprescindíveis na orientação da escovação ou uso do fio dental, pois revelam as
áreas envolvidas pelos depósitos microbianos, constituindo um complemento ideal
para higiene bucal eficaz.
Brito, Silva e Freitas (1999) pesquisaram as técnicas de escovação e meios
auxiliares adotados pela disciplina de Periodontia em 13 faculdades de Odontologia
do Nordeste do Brasil, e verificaram, quanto à utilização de evidenciadores de placa
bacteriana, que os mais utilizados pelas faculdades pesquisadas, são a fucsina
básica e o Replak (53,8%), sendo recomendados para utilização, uma vez por
semana em 30,8% dessas Instituições.
A limpeza dentária de acordo com as necessidades, observadas através do
uso de evidenciadores de placa, talvez seja a maneira mais eficaz de remoção da
placa bacteriana, além de agir como fator motivacional (AXELSSON, 1981).
Rodrigues, Ramires-Romito e Zardetto (2002) afirmam que é importante
oferecer aos pacientes “auto-suficiência odontológica”, no sentido de torná-los
capazes de se auto-diagnosticarem e se cuidarem. Com isso, excelentes resultados
têm sido obtidos após evidenciação da placa bacteriana, pois assim, o paciente
reconhece as áreas que necessitam serem limpas e sente-se responsável por sua
saúde bucal.
20
Pesquisa realizada por Almeida et al (2003) com relação à promoção de
saúde bucal através da orientação, motivação e controle de placa em 132 crianças
em creches de Alfenas (MG), verificou que as crianças ao fazerem uso da solução
evidenciadora de placa bacteriana podiam visualizar a placa e demonstravam
grande expectativa e interesse em aprender a removê-la, havendo com isso
significativa redução do índice de placa inicial, comprovando que a orientação e
motivação da criança são essenciais para promoção de saúde bucal.
A motivação do paciente é muito mais importante do que apenas o
aprendizado de uma técnica de escovação, pois é preciso que o paciente esteja
consciente de que a higienização é importante para si (LASCALA; MOUSSALLI,
1997).
Walsh (1979) admite que o grande agente motivador do paciente é sua
própria doença, que age como gatilho para ação preventiva.
De acordo com Arnim e Williams
2
(1959, apud DUARTE; LASCALA;
MUENCH, 1990), o ser humano tende a acreditar naquilo que e, assim, uma
demonstração visual da presença de depósitos microbianos sobre a superfície
dentária com o uso de soluções evidenciadoras, permitiria uma subseqüente
informação de técnicas de higiene bucal com bons resultados.
Couto, Couto e Duarte (1992) afirmam que o profissional deve fazer da
motivação uma atitude constante nas suas atividades, pois só poderá se obter
melhoria da saúde bucal com um plano de motivação em longo prazo, sendo de
pouco valor uma única sessão de instrução ou mesmo um programa de curta
duração.
------------------------------
2
Arnim SS, Williams QE. How to educate patients in oral hygiene. Dent Radiogr Photogr 1959;
32(4):61-65
21
Duarte, Lascala e Muench (1990) consideram que a motivação à higiene
bucal se fundamenta na capacidade de persuasão do profissional e no interesse do
paciente.
Segundo Toassi e Petry (2002), os reforços motivacionais em programas
educativos-preventivos atuam positivamente para redução do biofilme dental e
sangramento gengival, sendo muito mais efetiva se acompanhada por sessões de
reforço continuado.
Estudo experimental realizado por Ando e Pannunzio (2000) em escolares de
Bragança Paulista (SP) em que foi analisado o índice de higiene oral simplificado
(IHOS) em 100 estudantes, sendo 50 do grupo teste (receberam informações e
orientações sobre higiene bucal) e 50 do grupo controle (não receberam nenhuma
informação sobre cuidados com a saúde bucal) mostra uma redução significativa do
IHOS no grupo teste, identificando os efeitos da educação para saúde bucal e
importância do sistema motivacional, a partir da mudança de comportamento dos
escolares ao fim do programa educativo aplicado.
Para testar diferentes métodos de motivação à higiene bucal, com relação aos
índices de placa e gengival, Barros, Pereira e Loffredo (1999) aplicaram, com 200
adolescentes em 4 escolas de Jaú (SP), técnica de motivação indireta, técnica de
motivação direta e técnica de motivação direta e indireta associadas, concluindo que
todos os métodos de motivação aplicados promoveram, nos respectivos grupos,
redução no índice de placa e índice gengival, mostrando que a motivação e o
aumento de conhecimentos em higiene bucal foram determinantes para redução
destes índices na população testada.
22
Para facilitar a remoção de placa, tanto pelo profissional quanto pelo paciente,
segundo Milanezi, Rulli e Bosco (1985), podem-se utilizar substâncias chamadas de
evidenciadores, corantes ou reveladores, que tingem o grupo bacteriano, conferindo
a este a cor inerente do produto usado, podendo ser verde, azul, vermelho, marrom,
ouro velho, amarelo ou cor de vinho.
Petry e Pretto (2003) relatam dois objetivos principais para os evidenciadores
de biofilme dental que são o estímulo visual de motivação e a identificação de áreas
onde deve ser aprimorada a higiene bucal.
Pesquisa realizada por Silva et al (2004) em que avaliaram a influência do
emprego de diferentes formas de apresentação de agentes evidenciadores de placa
bacteriana com relação a redução do índice de placa em 62 estudantes de uma
escola pública de Piracicaba (SP), pôde verificar que independente da forma de
apresentação que é empregado, seja o evidenciador em pastilhas ou em dentifrício,
houve redução estatisticamente significante do índice de placa (IHOS), mostrando
que o evidenciador exerceu um forte impacto motivador na população estudada.
Duarte, Lascala e Muench (1990) através de estudo clínico comparando a
utilização de diferentes colorações de evidenciadores (azul de metileno, fucsina
básica, marrom bismark, verde malaquita, violeta genciana) com relação à influência
na motivação de pacientes sob orientação direta, observaram que independente da
coloração aferida à placa bacteriana, os reveladores se comportaram de maneira
semelhante em relação à motivação dos pacientes à higiene bucal.
Pesquisa realizada por Milanezi et al (1987) com acadêmicos de Odontologia
quanto à utilização de soluções evidenciadoras de placa, mostra que a população
pesquisada o está se beneficiando desses auxiliares da higiene oral por
negligência ou falta de ensinamentos anteriores sobre medidas preventivas. Além
23
disso, afirmam que a utilização de reveladores de placa atua como fator de
motivação imediato para a prática de higiene bucal, sendo que certas
particularidades inerentes aos reveladores influenciam na escolha e emprego por
parte dos acadêmicos pesquisados.
Para avaliar a conduta de cirurgiões-dentistas, quanto a indicação e aplicação
das soluções evidenciadoras de placa, Milanezi et al (1996) aplicaram um
questionário para 51 cirurgiões-dentistas clínicos gerais de Araçatuba e Birigui (SP)
e verificaram que é grande o número de profissionais que negligenciam o uso das
soluções, tanto na clínica quanto em indicações para uso caseiro pelos pacientes. E,
entre os que as utilizam, a preferência de escolha recai para soluções a base de
fucsina básica.
Santos Filho et al (1975) fizeram um estudo clínico comparativo entre
algumas substâncias evidenciadoras de placa bacteriana (eritrosina a 1%, 2%, 3%,
4% e 5%, além de azul de metileno e iodo) com a finalidade de comparar o maior ou
menor grau de evidenciação da placa, concluindo que, das substâncias testadas
aquela que apresentou melhor grau de evidenciação foi a eritrosina a 5% seguido da
eritrosina a 4% e do azul de metileno.
Para Guimarães (1993), Nazaré et al (1996), Santos Filho et al (1975) e Vivo
e Anauate Netto (2001), alguns corantes artificiais como a fucsina básica e eritrosina
podem se constituir num possível fator de indução carcinogênica. Além disso,
Guimarães (1993) afirma que a fucsina não resulta em um bom evidenciador, por
sua falta de seletividade com a placa bacteriana, colorindo mucosas e por sua
dificuldade de eliminação.
24
Milanezi, Rulli e Bosco (1985) analisaram histologicamente a reação do tecido
conjuntivo subcutâneo de ratos ao implante de soluções evidenciadoras de placa
(fucsina básica, eritrosina, verde malaquita, marrom Bismark), constatando que a
solução de marrom Bismark foi a que mostrou-se menos irritante. Dois anos mais
tarde, Milanezi e Rulli (1987) realizaram análise histológica da mucosa lingual de
ratos após aplicação tópica das mesmas soluções evidenciadoras, e observaram
que nenhuma alteração tissular foi encontrada em nível da mucosa lingual, seja no
tecido epitelial ou na lâmina própria, porém não descartam as contra-indicações
devido aos efeitos sistêmicos que podem ser induzidas por estas substâncias.
Nazaré et al (1996) realizaram estudo para identificação de vegetais da flora
amazônica produtores de corantes e nele, observaram que a United Kingdom
publicou o boletim BS-2450/54, contendo uma advertência de âmbito mundial,
quanto às características que os produtos corantes de origem mineral ou sintética
apresentam, haja vista possuírem elevado teor tóxico, tratando-se, portanto, de
substâncias nocivas à saúde. Sobre o assunto, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) também manifestou repúdio ao consumo de corantes sintéticos pelas
mesmas razões.
Segundo Guimarães (1996), os corantes artificiais possuem desvantagens
que os corantes naturais não apresentam. Alguns corantes artificiais provocam
doenças da tireóide, lesões no fígado, hiperacidez e alergias tipo asma, rinite e
urticária.
Vivo e Anauate Netto (2001) consideram que as diversas substâncias
existentes na Odontologia com o propósito de corar a placa dental possuem o
inconveniente de poderem causar efeitos colaterais locais e sistêmicos. Por isso, o
profissional deve optar por evidenciadores destituídos desses efeitos e basear sua
25
escolha nas características físicas e químicas dessas substâncias corantes
(DUARTE; LASCALA; MUENCH, 1990).
Segundo Milanezi et al (1996), os corantes evidenciadores em uso
atualmente, satisfazem apenas parte dos requisitos propostos, o que leva o
cirurgião-dentista a considerar que está privado de um que preencha as qualidades
exigidas de uma solução evidenciadora ideal (ser atóxica, ter gosto agradável, ser
facilmente removida, não manchar tecidos moles).
A toxicidade apresentada por vários corantes artificiais utilizados por largo
período, fez destes pigmentos uma espécie de aditivo indesejável ao consumidor,
sendo esta uma das grandes vantagens que os corantes naturais têm sobre os
artificiais. Com isso, cada vez mais os corantes artificiais têm sido substituídos pelos
pigmentos naturais como forma de atender o apelo mercadológico (CARVALHO,
1992).
Para Silva e Franco (2000), embora os corantes naturais sejam mais caros
que os sintéticos, as grandes indústrias acreditam que há uma tendência visível para
o consumo dos corantes naturais.
De acordo com Emmi e Rocha (2001), a elaboração de um evidenciador de
placa bacteriana onde a população conheça seus componentes e estes sejam
naturais e façam parte do seu cotidiano, como é o caso do açaí e urucum, deva
favorecer sua utilização como agente motivador à higiene bucal, podendo levar a
uma opção de consumo mais saudável.
Azevedo (1982), Katz (1982), Rodrigues, Cruz e Campos (1994) e Santos e
Guedes-Pinto (1998) sugerem que a criação do hábito de uso domiciliar dessas
soluções traria muitos benefícios para o paciente para melhor controle da placa e
eficiência da escovação.
26
Pesquisa realizada por Emmi e Rocha (2001), verificou que a placa
evidenciada pelo corante de açaí (antocianina) adquire coloração vermelha,
enquanto que o corante de urucum (bixina e norbixina), torna-se, em contato com a
placa, com nuances que variam do laranja ao amarelo claro.
Para Carvalho (1992), os pigmentos artificiais são mais estáveis que os
naturais. A força de pigmentação é geralmente mais forte nos pigmentos artificiais
que nos naturais. O matiz de cor fornecido pelos pigmentos artificiais é maior que o
fornecido pelos pigmentos naturais, entretanto, estes últimos apresentam coloração
mais natural.
Guimarães (1996) afirma que os frutos de açaí produzem corantes do tipo
antocianinas que pertencem ao grupo de pigmentos hidrossolúveis e que o
responsáveis pelas cores azul, violeta e quase todas as tonalidades de vermelho.
Segundo Oliveira (2000), o consumo direto dos frutos de açaí, devido a
presença acentuada de corantes antocianinas, deixa nos lábios, dentes e gengivas
manchas de coloração arroxeada bem acentuadas, embora facilmente removíveis.
Para Zimber (1991), as sementes de urucum apresentam dois corantes:
bixina e norbixina. A bixina apresenta coloração amarelo-alaranjada, enquanto que a
norbixina varia de coloração do amarelo ao laranja-avermelhado. A coloração das
soluções aquosas desses corantes varia em função do pH e a solubilidade diminui
com o pH decrescente.
Emmi e Rocha (2001) em pesquisa experimental para elaboração de
evidenciador de placa bacteriana com corantes naturais, testaram a eficácia dos
corantes antocianina (açaí) e bixina e norbixina (urucum) em 48 estudantes da
graduação em Odontologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) através da
análise do Índice de Placa Visível (IPV) obtido antes da aplicação do corante,
27
comparado com o índice de placa obtido após o uso dos referidos corantes.
Concluíram que os pigmentos naturais antocianina e bixina e norbixina foram
eficazes na evidenciação da placa bacteriana. Entretanto, a comparação dos dois
corantes mostrou que o corante antocianina (açaí) corou 1,93 dentes a mais que o
método visual (IPV), enquanto o pool bixina e norbixina (urucum) deixou de corar em
média 0,93 dente.
28
3 PROPOSIÇÃO
A pesquisa se propõe a:
Analisar in vivo e comparar a eficácia dos evidenciadores quanto a presença
ou ausência de placa dental corada com reveladores a base dos corantes naturais
antocianina (açaí) e bixina e norbixina (urucum), com evidenciadores de placa dental
a base de corantes sintéticos: vermelho e azul alimentício Replak® (Dentsply) e
fucsina básica - Plakstesim® (Probem).
29
4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Cálculo do erro amostral
Para o cálculo do erro amostral no modelo de ANOVA com um fator,
considerando que o interesse consiste em estimar os contrastes referentes a
comparações pareadas dos 4 níveis de corante, utilizou-se a fórmula (NETER;
KUTNER; NACHTSHEIM, 1996):
2
)
ˆ
( SLVar ×=
ε
onde:
2)
ˆ
(
2
×=
n
LVar
σ
: variância antecipada de um contraste pareado estimado;
),1;1()1(
2
rnrFrS
T
×=
α
: estatística do procedimento de comparação múltipla;
com:
= 0,15: representando o maior desvio padrão encontrado nos dados;
n = 42 : tamanho amostral para cada corante;
r = 4 : número de corantes (níveis do fator) considerado;
α = 0,01: nível de significância adotado;
n
r
= n x r = 42 x 4 = 168 : número total de observações;
F(0,99; 3,164) = 3,90, representando o 99
o
percentil da Distribuição F-snedecor com
graus de liberdade 3 e 164.
Assim, tem-se:
71,1190,33001071,02
42
15,0
)
ˆ
(
2
2
=×==×= SeLVar
_____________
ε = 0,001071 x 11,71 = 0,11
30
4.2 Grupo de estudo
Foram selecionados através de amostra aleatória e simples, 42 voluntários,
com 99% de nível de confiança e 0,11 de erro amostral. Todos os voluntários eram
estudantes da graduação em Odontologia da Universidade Federal do Pará (UFPA),
que foram convidados a participar da pesquisa.
A escolha do grupo de estudo se justifica por ser um público capaz de ser
sensibilizado com o assunto, bem como, fácil de ser controlado devido a
necessidade dos retornos semanais para execução dos testes, evitando possíveis
perdas na amostra.
Foram excluídos do grupo de estudo os estudantes portadores de aparelho
ortodôntico, gestantes e aqueles que não possuíam os dentes a serem analisados.
4.3 Aspectos éticos
Por envolver a participação de seres humanos, a pesquisa foi analisada e
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da
UFPA, segundo parecer em anexo (Carta 027/CEP-CCS/UFPA Anexo 1) sendo
conduzida no sentido de garantir exposição mínima a riscos e proteção à integridade
dos indivíduos.
Os voluntários da pesquisa foram devidamente esclarecidos e informados
sobre os aspectos gerais, objetivos e metodologia do trabalho, dando seu livre
consentimento por escrito (Apêndice 1), de acordo com modelo do Comitê de Ética
preconizado pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), comprometendo-
se a colaborar com todas as fases da pesquisa que se fizessem necessárias.
31
4.4 Índices utilizados para análise comparativa
4.3.1 Índice de placa visível (IPV)
Descrito por Silness e Löe (1963) e simplificado por Axelsson e Lindhe
(1974) preconiza a análise de todas as superfícies lisas dos dentes 16, 12, 24, 36,
32 e 44 de forma que o reconhecimento da placa seja feita sem o auxílio de
substâncias evidenciadoras, considerando-se, portanto, apenas a presença ou
ausência de placa visível à secagem. No caso de algum dos referidos dentes estar
ausente, ele não é substituído.
Assim, determina-se o IPV por:
4.3.2 Índice de placa com corante (IPC)
Adaptado por Emmi e Rocha (2001) ao uso de corantes, que
precisavam ser analisados os mesmos dentes. Dessa forma, foram aplicados os
corantes naturais e sintéticos em todas as superfícies lisas dos dentes 16, 12, 24,
36, 32 e 44. No caso de algum dos referidos elementos estar ausente, ele não é
substituído.
Assim, determina-se o índice de placa com corantes, por:
IPV = Número de superfícies com placa
Número de superfícies examinadas
IPC = Número de superfícies coradas
Número de superfícies examinadas
32
4.5 Experimento
As substâncias evidenciadoras de placa com corantes naturais de açaí e
urucum utilizados na pesquisa foram elaboradas no laboratório de corantes naturais
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro de Pesquisa
Agropecuária do Trópico Úmido (EMBRAPA CPATU), na forma líquida e
concentrada. Os corantes foram extraídos mecanicamente a partir de frutos maduros
de açaí e sementes de urucum, através da maceração, filtração e concentração em
evaporador rotativo.
Após a extração dos corantes, procedeu-se a elaboração do evidenciador de
placa dental com os corantes naturais antocianina (açaí) e bixina e norbixina
(urucum). Utilizou-se para isso, além dos corantes concentrados, uma substância
fixadora e um agente flavorizante (EMMI; ROCHA, 2001).
Figura 1 Material utilizado para confecção dos evidenciadores com corantes de açaí (antocianinas)
e urucum (bixina e norbixina).
Os reveladores com corantes sintéticos usados para análise comparativa
foram os que utilizam o corante azul e vermelho alimentício (Replak® - Dentsply) e a
33
fucsina básica (Plakstesim® - Probem), por serem os de forma líquida e concentrada
mais utilizados, bem como os mais facilmente encontrados no mercado.
Figura 2 - Evidenciadores de placa dental naturais e sintéticos, utilizados na pesquisa.
Os testes comparativos da eficácia dos corantes foram realizados no mesmo
estudante em um intervalo de 7 dias entre uma análise e outra, devendo o voluntário
não realizar a higiene oral por um período de, no mínimo, 6 horas antes do exame,
podendo ocorrer a ingestão de alimentos nesse período. Todos os estudantes que
participaram da pesquisa, receberam por escrito, uma semana antes do início dos
testes, instruções quanto a higiene oral e alimentação a ser executada no período
em que estavam participando do estudo (Apêndice 2).
Primeiramente, antes do início dos testes, foi realizado um sorteio para
determinar a ordem de utilização dos evidenciadores. Assim, primeiramente foram
realizados os testes com o Plakstesim® nos 42 voluntários. Após 7 dias foi utilizado,
na mesma amostra, o evidenciador com corante de açaí. Depois de um período de
mais 7 dias, os 42 estudantes utilizaram como evidenciador o Replak® e finalmente
após mais 7 dias, foi aplicado como teste então, o evidenciador com corante de
urucum. O estudo foi do tipo “cego”, onde os participantes o sabiam qual era o
corante que estava sendo testado.
34
Como controle, inicialmente, antes da utilização de qualquer um dos corantes,
foi obtido o IPV nas superfícies vestibular, lingual ou palatina, distal e mesial dos
dentes 16, 12, 24, 36, 32 e 44. Após a obtenção do IPV foi pincelado nas
superfícies dos referidos dentes a solução evidenciadora, com o auxílio de um pincel
Ultrabrush™ (Optimum), descartado após o uso, sendo aguardado 1 minuto, para
então ser feita a verificação do IPC.
Após a aplicação dos corantes, o voluntário realizou a higienização bucal, não
sendo preconizada nenhuma técnica específica de escovação.
Para obtenção dos resultados, foi feita uma comparação dos índices obtidos
através do IPV e do IPC entre os 4 evidenciadores que estavam sendo testados
(açaí, urucum, Replak® e Plakstesim®).
Os dados obtidos para a análise comparativa foram registrados em ficha
especificamente elaborada (Apêndice 3).
4.6 Análise estatística
Para análise comparativa da eficácia de evidenciadores de placa dental
naturais e sintéticos, os dados coletados a partir do IPV e do IPC foram submetidos
a testes estatísticos com nível de significância de p=1%, utilizando-se o programa
SPSS 13.0 for Windows. A análise estatística compreendeu duas fases: uma para
testar o efeito individual de cada corante, sendo utilizado para isso, o teste t-Student
para amostras pareadas, e a outra para analisar comparativamente os 4 corantes,
sendo utilizado a Análise de Variância (ANOVA).
35
5 RESULTADOS
Os dados coletados medem o IPV e o IPC de cada um dos 4 corantes
testados: Açaí, Urucum, Replak® e Plakstesim®, dados por :
e
A fim de estudar o efeito dos 4 corantes, obteve-se a diferença entre os IPV’s
e o IPC’s de cada um dos 4 corantes nos 42 indivíduos da amostra, ou seja:
DIFA = diferença entre o IPC e o IPV do Açaí = IPCA - IPVA
DIFU = diferença entre o IPC e o IPV do Urucum = IPCU – IPVU
DIFR = diferença entre o IPC e o IPV do Replak® = IPCR – IPVR
DIFP = diferença entre o IPC e o IPV do Plakstesim® = IPCP – IPVP
A Tabela 1 apresenta a média e o desvio-padrão das diferenças para cada
corante e a Figura 3 faz a representação gráfica dessas médias. Observa-se que o
corante de Açaí possui a maior diferença média no IPV e o Urucum possui a menor
diferença média. Posteriormente serão utilizados alguns testes estatísticos a fim de
detectar se há diferenças estatisticamente significativas entre essas médias.
Tabela 1 Média e desvio-padrão das diferenças dos IPV’s e IPC’s dos evidenciadores de placa
dental. Belém, 2006.
Evidenciadores Média Desvio-padrão N
Açaí .178595
.1113908
42
Urucum .014119
.1011464
42
Replak® .040905
.1013535
42
Plakstesim® .060881
.1487424
42
A análise estatística dos dados coletados compreendeu 2 fases:
FASE I: Efeito individual para cada corante
FASE II: Comparação entre os 4 corantes
IPV = Número de superfícies com placa
Número de superfícies examinadas
IPC = Número de superfícies coradas
Número de superfícies examinadas
36
5.1 Fase I: Efeito individual para cada corante
As Tabelas 2, 3, 4 e 5 apresentam medidas descritivas do IPV e do IPC para
os evidenciadores aí, urucum, Replak® e Plakstesim®, respectivamente. A fim de
comparar o IPV e o IPC de cada evidenciador, utilizou-se o teste T-Student para
dados pareados. Os resultados do teste e os intervalos com 99% de confiança para
a diferença entre o IPC e o IPV são apresentados na Tabela 6.
Tabela 2 – Medidas descritivas para o IPV e o IPC do evidenciador com corante antocianinas (açaí).
Belém, 2006.
Média N Desvio-padrão Erro-padrão da média
IPVA .36926
42
.115672
.017849
IPCA .54786
42
.130001
.020060
Plakstesim®
Replak®
Urucum
Açaí
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
Diferenças médias
Corantes
Figura 3 - Diferenças médias dos IPV’s e IPC’s por evidenciadores de placa. Belém, 2006.
37
Figura 4 Visualização da placa dental identificada com o evidenciador com corante de açaí
(antocianina).
Tabela 3 – Medidas descritivas para o IPV e o IPC do evidenciador com o pool de corantes bixina e
norbixina (urucum). Belém, 2006.
Média N Desvio-padrão Erro-padrão da média
IPVU .32452
42
.073694
.011371
IPCU .33864
42
.100030
.015435
Figura 5 Visualização da placa dental identificada com o evidenciador com corante de urucum
(bixina e norbixina).
38
Tabela 4 – Medidas descritivas para o IPV e o IPC do evidenciador Replak®. Belém, 2006.
Média N Desvio-padrão Erro-padrão da média
IPVR .36940
42
.085313
.013164
IPCR .41031
42
.117454
.018124
Figura 6 – Visualização da placa dental identificada com o evidenciador Replak® (corante azul/
vermelho alimentício).
Tabela 5 – Medidas descritivas para o IPV e o IPC do evidenciador Plakstesim®. Belém, 2006.
Média N Desvio-padrão Erro-padrão da média
IPVP .42800
42
.117933
.018197
IPCP .48888
42
.150973
.023296
Figura 7 – Visualização da placa dental identificada com o evidenciador Plakstesim® (fucsina básica).
39
Tabela 6 - Estatística para o teste T-Student pareado e I.C.(99%) para as diferenças entre os
corantes. Belém, 2006.
IPC - IPV t Graus de
liberdade
p-valor I.C. (99%)
Açai 10,391 41 0,000 (0,132 ; 0,225)
Urucum 0,905 41 0,371 (-0,028 ; 0,056)
Replak® 2,616 41 0,012 (-0,001 ; 0,083)
Plakstesim® 2,653 41 0,011 (-0,001 ; 0,123)
Observa-se na Tabela 6, que ao nível de significância de 1%, detecta-se
diferenças estatisticamente significativas apenas no corante Açaí (p-valor inferior a
0,01). O Intervalo de Confiança indica que essa diferença é positiva com 99% de
confiança, ou seja, o IPV com o corante açaí é maior que o IPV sem o corante.
5.2 Fase II: Comparação entre os 4 corantes
A fim de comparar os 4 corantes, utilizou-se o modelo de Análise de Variância
(ANOVA) com medidas repetidas, uma vez que as medidas do IPV e IPC foram
tomadas no mesmo indivíduo nos 4 corantes. O modelo utilizado comparou as
médias dos 4 corantes, apresentadas na Tabela 1, a fim de detectar se houve
diferença estatisticamente significativa entre as mesmas. Na Tabela 7 apresentamos
a tabela de ANOVA, indicando que há diferenças estatisticamente significativas entre
os 4 corantes, ao nível de significância de 1% (p-valor < 0,01).
40
Tabela 7 - ANOVA para o modelo de medidas repetidas entre os 4 corantes. Belém, 2006.
Fonte de
Variação
Soma de
quadrados
Graus de
liberdade
Quadrado
médio
F p-
valor
Entre indivíduos 0,215 41 0,005
Dentro dos
indivíduos
2,061 126 0,016
Corante
0,663
3
0,221
19,459 0,000
Erro
1,398
123
0,011
Alguns testes de contrastes foram realizados para detectar em quais corantes
havia diferença, resultando na Tabela 8. Observa-se na Tabela 8 que, ao nível de
significância de 1%, os evidenciadores com corante de Urucum, Replak® e
Plakstesim® são estatisticamente iguais, enquanto o evidenciador com corante de
Açaí difere estatisticamente dos três.
Tabela 8 – Contraste entre os corantes naturais x sintéticos. Belém, 2006.
Evidenciadores p-valor Conclusão a 1%
Açaí x Urucum 0,000 Há diferenças significativas
Urucum x Replak®
0,191 Não há diferenças significativas
Replak® x Plakstesim®
0,420 Não há diferenças significativas
No estudo realizado para comparação dos 4 corantes (tratamentos), o mesmo
grupo de indivíduos foi submetido aos diferentes tratamentos. Por conta disto, os
contrastes testados não foram realizados para cada par de tratamento (Teste de
Tukey), pois não é necessário testar se diferenças significativas entre todos os
pares de tratamento, já que são realizados no mesmo indivíduo.
41
6 DISCUSSÃO
A utilização de evidenciadores de biofilme dental é tida por quase a totalidade
dos autores como um método de motivação e orientação à higiene bucal
extremamente importante para um efetivo controle dos depósitos microbianos
presentes na superfície dentária (AXELSSON, 1981; AZEVEDO, 1982; BUISCH e
AXELSSON, 2003; DUARTE, LASCALA e MUENCH, 1990; GUIMARÃES, 1993;
PETRY e PRETTO, 2003; STORINO, 1994), e com isso prevenir e controlar a
prevalência e progressão das doenças cárie e periodontal (CORBET e DAVIES,
1993; LASCALA e MOUSSALLI, 1997).
A literatura é rica em estudos realizados, principalmente com escolares,
(ALMEIDA et al, 2003; ANDO e PANNUNZIO, 2000; BARROS, PEREIRA e
LOFFREDO, 1999; SILVA, 2004) que mostram redução dos índices de higiene oral e
sangramento gengival após efetivo programa educativo-preventivo administrado,
independente das diferentes formas de apresentação das soluções evidenciadoras
ou técnicas de motivação utilizadas, ressaltando, com isso, a importância da
orientação, motivação e educação, como métodos essenciais para promoção de
saúde, tornando o paciente responsável por sua saúde bucal. Porém, apesar de
toda ênfase motivacional do paciente através da utilização de substâncias
evidenciadoras, pesquisas realizadas por Milanezi et al (1987) com acadêmicos de
Odontologia e por Milanezi et al (1996) com cirurgiões dentistas, constataram que
esse público negligencia a utilização desses auxiliares da higiene oral, talvez por
necessidade de conhecimentos quanto à segurança de aplicabilidade e
comprovação de sua inocuidade aos tecidos bucais.
42
Em pesquisa experimental, Emmi e Rocha (2001) comprovaram a eficácia dos
corantes de açaí (antocianinas) e urucum (bixina e norbixina) como evidenciadores
de placa bacteriana - produto sob pedido de patente no Brasil, PI 0202465-9 e
Estados Unidos da América com registro 10/173844. Essa proposta de
elaboração baseou-se na inserção da pesquisa odontológica no contexto da
biodiversidade amazônica, onde a população conhecendo seus componentes, e
estes fazendo parte de seu cotidiano, possa favorecer sua utilização como agente
motivacional para higiene bucal, podendo levar a uma opção de consumo mais
saudável, pois segundo Guimarães (1993), Nazaré et al (1996), Santos Filho et al
(1975) e Vivo e Anauate Netto (2001) alguns corantes artificiais podem se constituir
num possível fator de indução carcinogênica, assim como podem provocar doenças
da tireóide, lesões no fígado, hiperacidez e alergias tipo asma, rinite e urticária
(GUIMARÃES, 1996). Apesar disso, Milanezi e Rulli (1987) constataram, que
nenhuma alteração tissular foi encontrada em nível de mucosa lingual de ratos,
porém, não descartou as contra-indicações devido aos efeitos sistêmicos que podem
ser induzidas por estas substâncias, que Milanezi et al (1985) verificaram irritação
no tecido subcutâneo de ratos às substâncias evidenciadoras de placa testadas.
A proposta de analisar comparativamente a eficácia das soluções
evidenciadoras de placa dental com corantes naturais em relação à evidenciadores
com corantes sintéticos se fez necessária, uma vez que não foram encontrados na
literatura nacional e internacional, trabalhos que relatem a eficácia dos corantes
sintéticos como evidenciadores de placa, assim como, os experimentos com
corantes naturais se concentram, geralmente, no âmbito da indústria alimentícia.
A escolha dos evidenciadores com corantes sintéticos Replak® (corante azul/
vermelho alimentício) e Plakstesim® (fucsina básica) para utilização na pesquisa, se
43
respalda nos estudos de Brito, Silva e Freitas (1999) e Milanezi et al (1996), em que
mostra que são esses os corantes mais utilizados por Faculdades de Odontologia do
Nordeste do Brasil e por cirurgiões-dentistas de Araçatuba e Birigui (SP) e também
por serem os mais facilmente encontrados no mercado na forma líquida e
concentrada.
Os resultados da pesquisa mostraram clara superioridade na eficácia, quanto
a identificação da placa dental, pelo evidenciador com corante de açaí
(antocianinas), quando comparado estatisticamente aos evidenciadores com corante
de urucum (bixina/ norbixina), Replak® (corante azul/ vermelho alimentício) e
Plakstesim® (fucsina básica), com nível de significância menor que 0,01. Além
disso, pôde-se observar que os evidenciadores urucum, Replak® e Plakstesim® são
estatisticamente iguais ao nível de significância de 1%, porém, Replak® e
Plakstesim® poderiam mostrar diferença significativa com relação ao urucum, se
fosse utilizado nível de significância de 5%.
Com esses resultados, pode-se dizer que o evidenciador com corante de açaí
é uma alternativa promissora para o mercado odontológico, levando em
consideração que existe uma tendência, na atualidade, à maior utilização dos
corantes naturais, visto os efeitos colaterais e toxicidade provocada pelos pigmentos
artificiais, que surgiria então, como nova opção e de consumo mais saudável para a
população, aproveitando a biodiversidade amazônica, bem como a disponibilidade
das fontes naturais regionais.
44
7 CONCLUSÃO
Com base nos resultados encontrados, conclui-se que:
O evidenciador com corante de açaí (antocianinas) apresentou eficácia superior
na identificação da placa dental quando comparado com o evidenciador com
corante de urucum (bixina/norbixina), Replak® e Plakstesim®.
O evidenciador com corante de urucum apresentou menor eficácia na
identificação dos depósitos microbianos em relação ao evidenciador com corante
de açaí, Replak® e Plakstesim®, o sendo, portanto, um corante natural
eficiente para este fim.
Replak® e Plakstesi apresentaram-se estaticamente iguais ao urucum, ao
nível de significância de 0,01, porém, diferiram significativamente do
evidenciador com corante de açaí.
Baseado nos resultados, conclui-se que a tendência à utilização de
substâncias naturais em substituição às sintéticas oferece melhor qualidade e
menores danos à saúde. A pesquisa mostrou que o evidenciador de placa dental a
base das antocianinas (corante do açaí) é uma excelente alternativa para ser
utilizada na Odontologia, na promoção e prevenção da cárie dentária e da doença
periodontal.
45
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1991; 265-267.
49
APÊNDICES
50
APÊNDICE 1 Termo de consentimento livre e esclarecido para participação na
pesquisa experimental.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO
Eu, ______________________________________, aluno(a) do curso de
graduação em Odontologia da Universidade Federal do Pará, matrícula nº
____________, abaixo assinado, concordo em participar como sujeito da pesquisa
“Análise Comparativa da Eficácia de Evidenciadores de Placa Dental a base de
Corantes Naturais x Sintéticos” em todas as fases que se fizerem necessárias. Fui
devidamente informado e esclarecido pela pesquisadora Danielle Tupinambá Emmi
sobre o estudo, os procedimentos envolvidos, assim como os possíveis riscos e
benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar
meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade.
Por estar de acordo assino o presente termo.
Belém, de de 2006
___________________________________
Assinatura do aluno(a)
51
APÊNDICE 2 - Instruções a serem seguidas pelos voluntários da pesquisa “Análise
Comparativa da Eficácia de Evidenciadores de Placa Dental a base
de Corantes Naturais x Sintéticos”.
1. Serão realizados 4 testes com os evidenciadores, cada um em uma semana.
(Ex: Se você faz o primeiro teste em uma 4ª feira, os outros 3 testes serão
realizados nas outras 4ª feiras das semanas seqüentes).
2. Os testes serão realizados a partir das 12 horas.
3. Para participar, você não deve escovar os dentes por um período de, no
mínimo, 6 horas antes do teste. (Ex: Se você for fazer o teste às 12h e estiver
desde às 8h na Faculdade, você o deve realizar a escovação pela manhã.
Você deve tomar café e sair de casa sem escovar os dentes). Porém, não
impede que você, no espaço de tempo entre o café e o horário que vai se
submeter aos testes, se alimente normalmente.
4. O que você deve evitar comer no dia que se submeter ao teste dos
evidenciadores: maçã, pêra, mascar chicletes, alimentos fibrosos.
5. Evite no mês que estiver participando da pesquisa, utilizar cremes dentais
“Proteção Total” (proteção por 12h), assim como soluções antimicrobianas
para bochechos.
6. Não esqueça de trazer ESCOVA e CREME DENTAL para fazer a
higienização dental logo após os testes com os evidenciadores.
7. Os testes não irão demorar mais que 10 minutos, pois serão analisados
apenas 6 dentes.
8. Qualquer dúvida, entre em contato com a pesquisadora Profa. Danielle
Emmi.
52
APÊNDICE 3 – Ficha elaborada para coleta de dados.
Universidade Federal do Pará
Centro de Ciências da Saúde
Curso de Odontologia
ANÁLISE COMPARATIVA DA EFICÁCIA DE EVIDENCIADORES DE PLACA DENTAL A BASE DE
CORANTES NATURAIS X SINTÉTICOS.
Nome: ________________________________________________________
Idade: _________ anos
Semestre: ___________
1. CORANTE DE AÇAÍ (Data: ___/___/___ )
IPV IPV COM CORANTE
16 12 24 16 12 24
44 32 36 44 32 36
2. CORANTE DE URUCUM (Data: ___/___/___)
IPV IPV COM CORANTE
16 12 24 16 12 24
44 32 36 44 32 36
3. REPLAK® (CORANTE AZUL E VERMELHO ALIMENTÍCIO) (Data: ___/___/___)
IPV IPV COM CORANTE
16 12 24 16 12 24
44 32 36 44 32 36
4. PLAKSTESIM® (CORANTE FUCSINA BÁSICA) (Data: ___/___/___)
IPV IPV COM CORANTE
16 12 24 16 12 24
44 32 36 44 32 36
Legenda: X - presença de placa
A - dente ausente
- ausência de placa
M
D
M
D
M
D
M
D
V
V
V
V
L
L
L
L
53
ANEXOS
54
ANEXO 1: Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa.
55
Livros Grátis
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