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A infecção causa descompensação em cerca de 50% dos pacientes, podendo ser
de etiologia viral ou bacteriana. As bactérias mais comuns são: o Haemophilus
influenza, streptococcus pneumoniae e moraxella catarrhalis. Devem ser lembrados
que o H. Influenza apresenta resistência a betalactâmicos em 20% a 40% e a M.
catarrhalis pode chegar a 90% de resistência. Os antibióticos de ácido clavulânico,
eritromicina, cloranfenicol e sulfas. Em algumas ocasiões, podem ser utilizadas as
cefalosporinas e as quinolonas (KNOBEL, 2004).
O suporte ventilatório mecânico, não invasivo e invasivo, de modo geral, é
necessário nas exacerbações agudas de DPOC com hipoxemia grave e/ou hipercapnia
com acidose, que não respondem às medidas habituais (II CONSENSO BRASILEIRO
DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA, 2004).
A assistência ventilatória não invasiva é considerada um recurso terapêutico
bastante eficiente no tratamento da insuficiência ventilatória ao portador da DPOC. A
utilização da assistência ventilatória não invasiva abriu novas perspectivas para o
tratamento de pacientes com insuficiência respiratória, principalmente com relação ao
momento da intervenção e às condições da área física para sua prática. Por outro lado,
deve ser instituída mais precocemente, no curso da doença, antes mesmo do
desenvolvimento de acidose respiratória grave e da necessidade imprescindível de
assistência ventilatória invasiva (III CONSENSO BRASILEIRO DE VENTILAÇÃO
MECÂNICA, 2007).
Habitualmente, utiliza-se a pressão de suporte ou o suporte ventilatório com dois
níveis de pressão (conhecido como Bi Level), através de máscara facial ou nasal,
regulando-se os níveis pressóricos, para que se obtenha volume corrente satisfatório,
melhora gasométrica e conforto ao paciente. Para pacientes em estados mais graves,
que não respondem à assistência ventilatória não invasiva, se faz necessária a
intubação precoce e a assistência ventilatória invasiva. A indicação do suporte
ventilatório invasivo é, primariamente clínica, e o maior determinante é o nível de
consciência do paciente, não existindo qualquer valor absoluto de PaCO
2
ou pH que o
indique (III CONSENSO BRASILEIRO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA, 2007).
Com a ventilação mecânica invasiva visa-se a fornecer repouso muscular e a
manter uma PaCO
2
inicial entre 45 e 65mmHg, sem acidose respiratória. Medidas