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Como controles, podem ser utilizados DNA obtido de linfócitos ou de outras células
corporais de machos e fêmeas (controle de sexos); DNA obtido de células humanas (controle
de contaminação); controle de especificidade, que leva todos os reagentes, menos o DNA, e o
controle marcador de pesos moleculares conhecidos (ALMEIDA e ALVAREZ, 2003).
Outra forma de fazer controles para ambos os sexos é realizar simultaneamente duas
reações para cada amostra: uma para o cromossomo Y e outra (usando o outro par de primers)
para o cromossomo X, ou então para algum gene autossômico. Nesse caso, o aparecimento de
uma única banda indica que o embrião é fêmea, e o de duas bandas, macho (ALMEIDA e
ALVAREZ, 2003).
Na técnica de sexagem de embriões direta em tubos, os reagentes, repartidos em duas
soluções, são colocados em dois momentos diferentes. Ao final dos ciclos da PCR, a cor rosa,
corado com brometo de Etídio, é observada apenas nos tubos com DNA do Y. As vantagens
dessa técnica em comparação com a convencional incluem uma maior velocidade na obtenção
dos resultados de sexagem, maior praticidade e menor custo por não ter que realizar
eletroforese, e menores possibilidades de presença de DNA contaminante, decorrente da
menor manipulação das amostras, que permanecem fechadas durante o processo
(BREDBACKA et al., 1995). O principal inconveniente desta técnica é que as eventuais
reações inespecíficas não são diferenciáveis por não poder ser incluídos outros “primers”
(controles) dentro dos tubos das amostras (ALMEIDA e ALVAREZ, 2003).
Com relação à eficácia da sexagem embrionária por intermédio da PCR, um total de
110 embriões Bos taurus e Bos indicus foi submetido à micromanipulação para amostragem
embrionária, tendo sido alcançado um índice de 89,8% de amplificações. A acuidade da
técnica foi avaliada por meio de exame ultra-sonográfico das 44 prenhezes obtidas, realizado
aos 55 dias pós-transferência, onde foi observada uma confirmação de 100% de sexagem
correta (GARCIA, 1995).
Em ovinos, foram realizadas biópsias de embriões produzidos através de fertilização in
vitro para a realização de sexagem e em seguida a transferência destes embriões. Foi obtida
uma taxa de prenhez de 60% com uma taxa de sobrevivência embrionária de 33%, mas a
sexagem por PCR foi correta em 100% dos carneiros nascidos (KOCHHAR, et al., 2000).
As técnicas não invasivas de diagnóstico podem ser por imagem de ultra-som (NAN et
al., 2001; BÜRSTEL, 2002) ou por métodos laboratoriais baseados em amostras biológicas.
Em humanos, por exemplo, existe a possibilidade da determinação do sexo fetal pela análise
do sangue materno em função da placenta hemocorial permitir a passagem de um pequeno
número de células da circulação fetal para a materna (HONDA et al., 2001; RIJNDERS et al.,