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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO UMESP
ROSANA PIRES RUSSO BIANCO
ANSIEDADE E ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE
TRABALHAM EM UNIDADES DE PACIENTES GRAVES
São Bernardo do Campo
2007
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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO UMESP
ROSANA PIRES RUSSO BIANCO
ANSIEDADE E ESTRESSE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE
TRABALHAM EM UNIDADES DE PACIENTES GRAVES
Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em
Psicologia da Saúde, da Universidade Metodista de São
Paulo-UMESP, como requisito parcial para a obtenção do
título de Mestre em Psicologia da Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Renato Teodoro Ramos
Linha de Pesquisa: Processos Psicossociais.
São Bernardo do Campo
2007
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FICHA CATALOGRÁFICA
Bianco, Rosana Pires Russo
Ansiedade e estresse dos profissionais de enfermagem que trabalham em
unidades de pacientes graves. / Rosana Pires Russo Bianco. -- São Bernardo
do Campo, 2007.
112 p.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Metodista de São Paulo. Faculdade
de Psicologia e Fonoaudiologia, Curso de Pós Graduação em Psicologia da
Saúde.
Orientação : Renato Teodoro Ramos.
1. Ansiedade (Psicologia) 2. Estresse (Psicologia) 3. Enfermagem I.
Título.
CDD 157.9
DEDICATÓRIA
Agradeço primeiramente a Deus, de onde tirei forças para me manter
no caminho.
Ao meu marido, amigo e meu AMOR, Bianco!!!!
Muito obrigada por seu apoio, seu incentivo, e sua compreensão nos
momentos de tensão.
Aos meus pais, Ana Maria e Armando, obrigada pela minha
existência, pela força e por propiciarem que eu chegasse até aqui.
AGRADECIMENTOS
Agradeço imensamente ao Prof. Dr. Renato Teodoro Ramos, não apenas pela orientação, mas
também pela generosidade e paciência.
À minha irmã Ana Cristina, por sua amizade, suas preces e dedicação aos meus pais.
À minha querida amiga Adriana Pedrolo pela amizade, despreendimento e generosidade.
À minha querida amiga Ana Paula Zanelatto, obrigada pelo incentivo, dicas e pela grande
força.
À Marlene, misto de amiga, irmã e mãe, por sua constante presença em nossas vidas.
A Sonia Maria Campos Pintigliani Ferreira, por sua amizade, e auxílio para o
desenvolvimento deste trabalho.
À Beth, secretária da pós-gradução, por sua competência, paciência e palavras consoladoras
nos momentos mais difíceis.
Aos Profs Drs Rafaela Larsen Ribeiro e Antonio de Padua Serafim pelas orientações na
utilização do instrumento de avaliação de respostas emocionais IAPS.
Aos Profs. Dr. Manuel Morgado Rezende e Dr. Luis Fernando Hindi Basile pela participação
e orientações oferecidas no momento da qualificação.
Agradeço a Diretora de Enfermagem do Complexo Hospitalar Heliópolis Silvia Tamae que
permitiu a coleta de dados desta pesquisa.
E finalmente aos profissionais que aceitaram participar deste estudo.
BIANCO, R.P.R. Ansiedade e estresse dos profissionais de enfermagem que trabalham em
unidades de pacientes graves [Dissertação de Mestrado]. São Bernardo do Campo. Programa de
Pós-Graduação em Psicologia da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo - UMESP: 2007.
112 p.
RESUMO
Permeando o exercício da profissão de enfermagem existem vários fatores que podem elevar os
níveis de ansiedade e estresse. Nesse estudo, buscou-se identificar os níveis de ansiedade traço-
estado e estresse e também a resposta emocional a estímulos visuais em profissionais das equipes
de enfermagem que atuam em Centro Cirúrgico (CC), Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Emergência (UE) em um hospital da cidade de São Paulo, Brasil. Participaram da pesquisa 81
sujeitos sendo 35,8% do CC, 23,5% da UTI e 40,7% da UE. A amostra foi constituída por
auxiliares e técnicos de enfermagem do sexo feminino, com a idade predominante entre 41 e 50
anos. Os instrumentos utilizados para coleta dos dados foram: Inventário de Ansiedade Traço e
Estado de Spielberger (IDATE), Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL), International
Affective Picture System (IAPS) e Self-Assessment Manikin (SAM). Os resultados segundo
categorização do IDATE demonstraram haver elevada incidência de indivíduos com moderada
ansiedade traço (81,5%) e estado (76,6%), dado que apresentou significância estatística
(+0,502;p<0,001) ao utilizar o Teste Pearson. Os sintomas de estresse estavam presentes em 29
(35,8%) dos sujeitos da amostra, dos quais 27 (93,1%) estavam na fase de resistência, com
predomínio de sintomas fisiológicos (79,3%). Observou-se que os sujeitos com escores mais
elevados de ansiedade traço (p=0,001) e estado (p=0,050) apresentavam sintomas de estresse.
Ressalta-se que a UE foi o setor que apresentou maior incidência de estresse (45,5%) e níveis
altos de ansiedade traço (15,2%) e estado (18,3%). Os profissionais que apresentavam
experiência na área demonstraram ser ela fator predisponente para o aparecimento de sintomas de
estresse (p=0,048), e os que tinham atividades de lazer estavam entre os que não possuíam tais
sintomas (p=0,008) e estavam com menores escores de ansiedade traço (p=0,019) e estado
(p=0,025). Quanto a resposta emocional frente a estímulos visuais de conteúdo emocional
(IAPS), os profissionais com carga horária superior a 40 horas semanais (p=0,048) e da UE
(p=0,011) apresentaram pontuações maiores no SAM ao visualizarem imagens desagradáveis na
dimensão prazer, sugerindo serem menos afetados por elas, talvez em função de desgaste físico e
emocional intenso. Conclui-se que estes achados corroboram a idéia de uma correlação entre
níveis de estresse e ansiedade, estado este que parece estar associado a qualidade de vida.
Esta análise preliminar não permite aprofundar a questão de um possível efeito na atividade
profissional pelo fato de prolongada exposição a estes ambientes. O risco potencial de problemas
emocionais destes profissionais de enfermagem sobre o ato de cuidar, merece uma atenção
particular.
Palavras-chave: ansiedade, estresse, enfermagem.
BIANCO, R.P.R. Anxiety and stress of nursing professionals working at critical patient units
[Masters dissertation]. São Bernardo do Campo. Universidade Metodista de São Paulo - UMESP
Health Psychology Graduate Program: 2007. 112 p.
ABSTRACT
The exercise of the nursing profession is permeated with several factors that can increase anxiety
and stress levels. In this study, the author aimed to identify state-trait anxiety and stress levels, as
well as emotional response to visual stimuli in Operating Room (OR), Intensive Care Unit (ICU)
and Emergency Room (ER) nursing staff members working at a hospital in the city of Sao Paulo,
Brazil. The 81 subjects who participated in the study were distributed as follows: OR, 35.8%;
ICU: 23.5%; ER: 40.7%. The sample was composed of female nurses aides and nursing
technicians predominantly between the ages of 41 and 50 years. The tools used for data collection
were: Spielberger State-Trait Anxiety Inventory (STAI), Lipp Stress Symptom Inventory (LSSI),
International Affective Picture System (IAPS) and Self-Assessment Manikin (SAM). The results
as per the STAI categorization showed a high incidence of individuals with moderate trait anxiety
(81.5%) and moderate state anxiety (76.6%), which data were shown to be statistically significant
(+0.502;p<0.001) by using Pearsons Test. Stress symptoms were present in 29 (35.8%) of the
sample subjects, of which 27 (93.1%) were in the resistance phase, with a predominance of
physiological symptoms (79.3%). The subjects with the highest trait anxiety (p=0.001) and state
anxiety (p=0.050) scores were observed to show stress symptoms. It is important to emphasize
that the ER was the department showing the highest incidence of stress (45.5%) and high trait
anxiety (15.2%) and state anxiety (18.3%) levels. Those professionals with experience in the area
showed that experience is a predisposing factor for the appearance of stress symptoms (p=0.048),
whereas those who engaged in leisurely activities were among the subjects who did not show
stress symptoms (p=0.008) and obtained the lowest trait anxiety (p=0.019) and state anxiety
(p=0.025) scores. As for emotional response to visual stimuli with emotional content (IAPS),
professionals with a work load above 40 hours per week (p=0.048) and ER professionals
(p=0.011) obtained higher SAM scores when shown unpleasant pictures for the pleasure
dimension, suggesting that they were less affected by these pictures, maybe due to intense
physical and emotional fatigue. The author concludes that these findings corroborate the idea of a
correlation between stress and anxiety, a condition that seems to be associated with poor quality
of life. This preliminary analysis does not permit a deeper examination of a possible effect on
professional activity due to extended exposure to these environments. The potential risk posed by
these nursing professionals emotional problems to the act of caring warrants special attention.
Keywords: anxiety, stress, nursing.
SUMÁRIO
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
1.
Introdução
1.1 Considerações Gerais....................................................................................... 1
1.2 Referêncial Teórico.......................................................................................... 5
2.
Objetivos
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 37
2.2 Objetivos Específicos...................................................................................... 37
3.
Metodologia
3.1 Local da Pesquisa............................................................................................. 38
3.2 Amostra ........................................................................................................... 38
3.3 Instrumento...................................................................................................... 39
3.4 Procedimento.................................................................................................... 46
3.5 Análise Estatística............................................................................................. 48
3.6 Aspectos Éticos................................................................................................ 49
4.
Resultados
4.1 Caracterização da Amostra ................................................................................... 50
4.2 Instrumento de Avaliação...................................................................................... 54
4.2.1
Ansiedade (Inventário de Ansiedade Traço e Estado) IDATE.................... 55
4.2.2
Estresse ( Inventário de Sintomas de Estresse de Adulto de LIPP)................ 60
4.2.3
Self Assessment Maninkin (SAM)…………………………………………. 63
5.
Discussão ................................................................................................................... 68
6.
Conclusão.................................................................................................................... 84
7.
Referências ................................................................................................................. 86
8.
Anexos
Apêndice 1 Questionário de Identificação ........................................................... 98
Anexo 1
Inventário de Ansiedade Traço (IDATE)........................................ 99
Anexo 2
Inventário de Ansiedade Estado (IDATE)………………………….. 100
Anexo 3 Inventário de Sintomas de Stress de para Adulto de Lipp (ISSL).... 101
Anexo 4 International Affective Picture System (IAPS)................................... 102
Anexo 5 Self-Assessment Manink (SAM)........................................................ 111
Anexo 6 Termo de consentimento livre e esclarecido.......................................
112
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Curva de Yerkes-Dodson ……................................................................ 8
Figura 2 Esquema proposto por Spielberger……………………………………...
17
Figura 3 Modelo Trifásico de Selye adaptado por Lipp........................................... 23
Figura 4 Escores das Figuras do International Affective Picture System (IAPS)
no Self-Assessment Manink (SAM)
45
Figura 5 Ilustração de como o sujeito de pesquisa deve marcar sua escolha no
Self-Assessment Manink (SAM)
46
LISTA DE TABELAS
Tabela 1
Distribuição da amostra de profissionais da equipe de enfermagem, segundo as
váriáveis demográficas: formação profissional, idade, tempo de formação e de
atuação na área específica
51
Tabela 2 - Distribuição da amostra de profissionais da equipe de enfermagem, segundo as
váriáveis demográficas: carga horária, manter outro vínculo empregatício e
morar próximo ao local de trabalho
52
Tabela 3 - Distribuição da amostra de profissionais da equipe de enfermagem, segundo as
váriáveis demográficas: manutenção de atividade regular de lazer, atividade
física e estar estudando
53
Tabela 4 - Resultados do Inventário de Ansiedade Traço-Estados (IDATE) na amostra
estudada.
55
Tabela 5 - Comparação entre escores no IDATE-Traço (Gorenstein et al.,1995) e os
grupos de profissionais conforme suas áreas de atuação: Centro Cirúrgico
(CC), Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidade de Emergência (UE)
56
Tabela 6 - Comparação entre escores no IDATE-Traço (Gorenstein et al.,1995) e os
grupos de profissionais conforme suas áreas de atuação: CC, UTI e UE
58
Tabela 7 - Comparação entre escores no IDATE-Estado (Gorenstein et al.,1995) e os
grupos de profissionais conforme suas áreas de atuação: CC, UTI e UE
59
Tabela 8 - Comparação entre escores no IDATE- Traço e Estado (Gorenstein et al.,1995)
e as variáveis demográficas
60
Tabela 9 - Comparação entre a presença de estresse avaliada pelo Inventário de Sintomas
de Estresse para Adulto de Lipp ISSL e os grupos de profissionais conforme
suas áreas de atuação: CC, UTI e UE
61
Tabela 10 - Comparação da avaliação pelo Inventário de Sintomas de Estresse para Adulto
de Lipp ISSL e as variáveis IDATE T e E
62
Tabela 11 - Correlação das médias de Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer
e alerta em relação à área de atuação
63
Tabela 12 - Correlação das médias dos profissionais no Self Assessment Maninkin (SAM),
dimensão prazer e alerta em relação à ansiedade traço - IDATE T
64
tabela 13 - Correlação das médias no Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer
e alerta em relação ansiedade estados - IDATE E
65
Tabela 14 - Correlação das médias no Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer
e alerta em relação à estresse (Inventário de Sintomas de Estresse para Adulto
de Lipp ISSL)
65
Tabela 15 - Correlações das médias obtidas no Self Assessment Maninkin (SAM),
dimensão prazer em relação as variáveis de interesse
66
Tabela 16 - Correlações da média obtida no Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão
prazer em relação à variável categórica carga horária
67
INTRODUÇÃO
1. Introdução
1.1 Considerações gerais
Os avanços científicos e tecnológicos nas últimas décadas são responsáveis por
importantes mudanças na sociedade, particularmente na vida das pessoas, gerando
transformações nas crenças, valores e modo de vida. Como conseqüência, ocorre o aumento da
ansiedade, insegurança e tensão; logo, desperta a necessidade de reavaliar formas de pensar,
sentir e agir, em todos âmbitos da atividade humana.
Nas últimas décadas, a evolução tecnológica médico-hospitalar teve um grande
incremento. Surgem, rapidamente, equipamentos sofisticados e complexos com funções
terapêuticas e diagnósticas, medicamentos são testados, protocolos de atendimento são revisados
e atualizados; sistemas de qualidade e atendimento padronizado são implantados. Estas ações
vêm ao encontro das novas tendências do mercado econômico, que exige qualidade para
manutenção da clientela.
A maior parte do aparato tecnológico desenvolvido para atividades em unidades de
pacientes graves, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Unidade de Emergência (UE) e Centro
Cirúrgico (CC), necessita de cuidados complexos e observação constante. Esta situação gera
maior ansiedade e tensão nos profissionais envolvidos nas atividades laboriais.
A rotina em UTI, CC e UE se caracteriza por um intenso e ininterrupto ritmo de
atividades. Segundo Dejours (1992) estas condições de trabalho podem fazer com que o
indivíduo evolua ou adoeça. Cargas psíquicas são geradas principalmente por variáveis que
intervem no processo de trabalho, tais como:
condições físicas (temperatura, ambiente seco, ruídos, setor fechado, iluminação artificial);
condições biológicas (vírus, fungos, bactérias), estrutura organizacional (hierarquia, divisão de
atividades, comando, submissão) e condições do próprio paciente e dos familiares (sofrimento,
angústia, perda). Esses indicadores podem afetar tanto as relações interpessoais como levar ao
surgimento de doenças psicossomáticas descritas sob o termo ansiedade e estresse (DEJOURS,
1992).
Dentre os profissionais da equipe multidisciplinar das instituições hospitalares, a
enfermagem é considerada uma das profissões que mais sofre o impacto imediato do estresse,
especialmente, por estar diretamente ligada ao cuidado contínuo de pessoas doentes (MENZIES,
1970). Compartilhar emoções, responsabilidades, situações imprevisíveis e conflitos, somados às
suas atribuições torna as atividades deste profissional muito peculiar e geradora de grandes
conflitos. O prazer, a insegurança, a angústia e o estresse são vivenciados diariamente em
diferentes intensidades.
Quando estes profissionais não conseguem controlar ou equilibrar esses fatores,
utilizando mecanismos de transferência, pode desenvolver-se um alto estado de ansiedade,
levando-o à diminuição em sua capacidade de tomada de decisões e alteração no seu estado
emocional (MENZIES, 1970).
Alguns estudos na área de saúde sugerem uma alta prevalência de estresse nas equipes de
enfermagem que atuam em unidades de pacientes graves (LAUTERT, et al, 1999). De Martino e
Misko (2004) identificaram que o desgaste gerado durante o turno de trabalho pode levar a
alterações no perfil emocional desses profissionais, principalmente por desgaste e necessidade de
respostas imediatas.
De acordo com Chaves (1994), o profissional de enfermagem tem pouca ou nenhuma
consciência do estresse que enfrenta diuturnamente, o que tornaria necessário a orientação e
informação, para que possa identificar e aliviar os desgastes físicos e emocionais gerados nestes
ambientes.
Frente a esta situação, existe uma preocupação constante das organizações de saúde
quanto aos aspectos psicológicos relativos à interação do indivíduo com o trabalho. Isto é objeto
de vários estudos e investigações. As organizações têm responsabilidades perante os
profissionais, devem procurar medidas para diminuir o sofrimento humano, considerando que o
espaço interno (empresa) e o espaço externo (família), são indissociáveis na análise
psicopatológica. Clara é a influência que um exerce sobre o outro (DEJOURS, 1992).
Outros estudos procuram identificar o foco do estresse, se está somente na característica
das unidades em que as atividades são desenvolvidas, ou se ele existe em qualquer outra área.
Este tipo de comparação tem por objetivo conhecer os diversos estímulos para o aparecimento de
estresse nas diferentes unidades.
Diversas teorias administrativas têm se voltado para esta temática. Os enfoques e
intenções variam, desde a abordagem do aumento da produtividade e adaptação passiva ao
trabalho, até a investigação de aspectos motivacionais ligados à dimensão subjetiva da relação
indivíduo/ trabalho/ organização (SHIMIZU; CIAMPONE, 1999).
A identificação de estressores no trabalho possibilita ações no sentido de minimi-los e a
realização de mudanças buscando tornar o profissional mais produtivo e valorizado.
Considerando-se que a maioria dos trabalhos de investigação em relação à ansiedade,
estresse e resposta emocional tem estudado somente ao profissional enfermeiro, que a atividade
do profissional de nível médio também exige comprometimento e que a responsabilidade junto ao
paciente, se divide em igual proporção entre estes profissionais, procurou-se desenvolver esta
pesquisa com os auxiliares e técnicos de enfermagem que atuam em unidades que atendem
pacientes graves, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Emergência (UE) e Centro Cirúrgico
(CC).
Pelo exposto, pôde-se apresentar os seguintes questionamentos como norteadores deste
estudo:
Os profissionais que trabalham em unidades com pacientes graves como: Centro
Cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva e Unidade de Emergência apresentam alta
incidência de ansiedade e estresse?
Os profissionais que trabalham com pacientes graves têm alteração de sua resposta
emocional frente a estímulos visuais de conteúdos emocionais selecionados do
International Affective Picture System (IAPS)?
1.2 Referencial Teórico
1.2.1 - Ansiedade
Desde a antiguidade, varios autores já estudavam a ansiedade. Os filósofos preocupavam-
se principalmente com conflitos e crises existênciais dos seres humanos (MAY,1980).
O conceito de ansiedade é permeado por várias nuances, e para uma melhor compreensão
buscamos as origens etimológicas desse termo: a raiz angh é vem do grego e significa apertar,
estreitar e no latim duas palavras, angor e anxietas, deram origem aos termos angústia e
ansiedade, todas portanto tem em comum o significado de estreitamento. A literatura
psiquiátrica latina descreve ansiedade como manifestações psíquicas, enquanto a angústia as
manifestações físicas derivadas da primeira. Não possibilitando portanto, determinar quando
inicia uma, e termina a outra. Por fim, considera-se a ansiedade e angústia como sinônimos
(LEWIS,1967).
Na França, em meados do século XVIII, o termo anxieté foi aplicado para definir os
estados de inquietude e pertubação (LEWIS,1997).
Freud (1894) contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento das pesquisas
sobre ansiedade, conferindo-lhe posição científica de destaque na época. Baseado em
fenômenos clínicos, Freud considerou ansiedade como parte do instinto de conservação do ser
humano, e herdada filogenéticamente e o problema central das neuroses.
Para May (1980), a ansiedade é um estado ou condição emocional desagradável, que
inclui componentes comportamentais e fisiológicos, acompanhados por descargas motoras,
conseqüentes à pecepção de situação de perigo, seja em nível biológico ou psicológico.
Para Nardi (1998), a ansiedade apresenta um lado positivo. É considerado um sinal de
alerta, que permite ao indivíduo aumentar sua atenção frente a uma situação de perigo iminente.
Facilita a tomada de decisão, é uma emoção útil, pois sem sua existência, todos estariam
vulneráveis ao perigo e ao desconhecido. Faz faz parte do desenvolvimento normal do ser
humano.
Algumas teorias comportamentais sugerem que a ansiedade é uma resposta condicionada à
estímulos ambientais específicos (KAPLAN; SADOCK, 1993). Um indivíduo pode apreender a
manifestar uma resposta interna, após uma experiência negativa ou até imitar respostas ansiosas
de seu meio social.
Portanto pode-se compreender que a modulação do estado de ansiedade relaciona-se com
a interpretação que o indivíduo à situação estimuladora, o que determinará a emoção que irá
experimentar (MAY, 1980). A natureza indefinida da ansiedade surge da percepção de
fragilidade da identidade do sujeito em relação aos objetos, portanto fica claro o papel da cultura
que se está inserido para referenciar a resposta ao estímulo oferecido (MAY,1980). Então
observa-se que a ansiedade e a angústia são emoções experimentadas por todo ser humano ao
longo de sua existência, tendo formas de expressão e seus agentes desencadeadores relacionados
a cultura e a época em que ocorre (SANTOS; PÉREZ; BULBENA, 2000).
Então, conforme Rosamilha, (1971) quando o indivíduo adquire a capacidade de prever
eventos desencadeadores de ansiedade e os evita, tem-se a ansiedade sinal, que é uma
característica nova no conceito de ansiedade, e muito importante para sua sobrevivência. A
possibilidade de resposta antecipada a situações interpretada como ameaçadora, revalida a
significação etimológica da palavra pré-ocupação.
Dractu e Lader (1993) colocam que a ansiedade enquanto resposta funcional, corresponde
à ativação do organismo como um todo, frente a certos estímulos ambientais, comparada com a
reação de luta e fuga dos animais. Simultaneamente ocorrem nos indivíduos, mudanças
fisiológicas e comportamentais, como tentativa de um processo de adaptação.
No entanto, esta relação entre pessoa e ambiente ameaçador pode gerar o sentimento de
impotência e conflito ocasionados pelos seus processos neurofisiológicos (MAY, 1980).
A lei de Yerkes-Dodson (1908), proposta no início do século XX, postula que
determinados graus de ansiedade podem ser considerados benéficos ao indivíduo, pois prepara-o
para uma infinidade de atividades. Segundo este princípio, existe um ponto adequado de
ansiedade necessário para a melhor execução de cada uma das tarefas (Figura 1).
A relação entre ansiedade e desempenho, quando delineada graficamente, toma a forma de
uma curva em U invertido, demonstrando que em até um determinado ponto, a elevação da
ansiedade tem a capacidade de aumentar o desempenho, porém seu aumento acima de um
determinado nível leva à diminuição do desempenho. Este conceito também considera a
ansiedade como emoção necessária para otimizar ou potencializar recursos do indivíduo para
seu processo de adaptação frente aos estímulos ameaçadores, resumindo assim a idéia entre
ansiedade normal e patológica (TEIGEN, 1994).
A
D
DESEMPENHO
níveis de ANSIEDADE
Fonte: (DRATCU, L. 1993)
Figura 1. Curva de Yerkes-Dodson. Relação entre níveis de ansiedade e desempenho. Níveis
crescente de ansiedade relacionam-se ao aumento do desempenho até o ponto ideal AD, além deste a
relação torna-se negativa.
Fonte: DRATCU et al (1993)
No Dictionary of Psychology and Psychiatry (1984 apud DRATCU; LADER, 1993),
ansiedade se refere a um conjunto de manisfestações física e psicológicas, que podem ocorrer
em indivíduos sadios ou acompanhar e caracterizar enfemidades.
Pode-se concluir que o propósito ou a função da ansiedade é provavelmente facilitar a
detecção do perigo ou ameaça em potencial (EYSENCK, 1992).
O componentes de resposta à ansiedade diferenciam-se amplamente. Eysenck (1992)
identificou três sistemas de respostas: a) a comportamental, b) a fisiológica e c) a verbal. Buss
(1966) distinguiu quatro sistemas, são eles: sistema somático (suor, palpitação cardíaca,
ruborização), sistema afetivo (agitação, pânico, irritabilidade), sistema cognitivo (inquietude,
distração, esquecimento) e sistema motor (tensão muscular, tremores, calafrios). Ao analisar-se
tais diferenciações, percebe-se que podem ser englobados em três componentes principais:
cognitivo, somático e comportamental.
Quanto ao aspecto biológico, a ansiedade é um estado de estimulação central, que envolve
alterações metabólicas e os neurotransmissores sinápticos.
1.2.1.1 - Fisiologia da ansiedade
Dentre os vários mecânismos envolvidos com a ansiedade, os de geração, transmissão e
interpretação dos estímulos nervosos são os relacionados com o comportamento emocional
(DAMÁSIO, 1996).
As bases anatômicas do comportamento emocional estão localizadas no sistema límbico, o
qual elabora o processo subjetivo da ansiedade, portanto a percepção e interpretação dos
estímulos sensoriais.
O sistema límbico esta ligado aos fenômenos de emoção, comportamento e controle do
sistema nervoso autônomo. È ele o responsável por comportamentos instintivos filogenéticos
para o controle da preservação da espécie. Determina a ação do animal seja humano ou não para
alimentação, reações de luta e fuga, respostas sexuais e maternais, sendo considerado o
responsável pelo elo essencial entre a mente e o corpo.
As respostas fisiológicas além da influência do sistema límbico também são
desencadeadas pelo eixo neuroendócrino hipotálamo-hipófise-adrenal, onde o hipotálamo, tem
enorme destaque na coordenação das emoções. Para que ocorra a resposta à um estímulo ele
utiliza-se de duas vias: o sistema nervoso autônomo e o eixo hipotálamo-hipófise-córtex
adrenal. O sistema nervoso autônomo utiliza as vias simpáticas e parassimpáticas para controlar
as funções vegetativas do organismo. A via simpática é a maior responsável pela ação
excitatória. A cascata de eventos tem como mais importante finalidade preparar o indivíduo para
reação de luta ou fuga (GUYTON, 1988).
Toda cascata de eventos será melhor explicada na definição das fases do estresse, logo a
seguir.
Os tipos de manifestação fisiológicas mais comuns na ansiedade, são: secura na boca,
sudorese, palpitações, vômito, arrepios, tremores, dores abdominais e aterações biológicas e
bioquímicas detectáveis por métodos diagnósticos, no caso análises laboratoriais (LEWIS,
1979).
Além das reações motoras e viscerais existem os efeitos da ansiedade sobre o pensamento,
percepção e o aprendizado. Pode levar o indivíduo a desenvolver quadros confusionais e de
distorção perceptiva, em relação a tempo e espaço, de pessoas e significado de eventos. Estes
agravos podem comprometer o aprendizado, diminuir a concentração, a memória e alterar a
capacidade de associação de eventos (KAPLAN; SADOCK; GREBB, 1997).
Portanto, a ansiedade é compreendida como quadro patológico, quando: a função
adaptativa original do indivíduo passa a se perder, a sua intensidade ou duração ultrapassam o
nível necessário de resposta ao estímulo gerador, podendo chegar a um ponto de total
desequilíbrio da homeostase (DRACTU; LADER, 1993; KAPLAN; SADOCK; GREBB, 1997).
A resposta pode apresentar-se desproporcional à situação que a desencadeia ou inexiste um
objeto específico que a justifique (ANDRADE; GORENSTEIN, 1998).
1.2.1.2 - Etiologia dos transtornos de ansiedade
Vários são os fatores pessoais (genéticos) e ambientais que podem levar ao transtorno de
ansiedade, dentre eles, os que apresentam-se como os mais citados na literatura pesquisada são:
Genético
Conforme um conjunto de traços geneticamente determinados ocorre maior
probabilidade do indivíduo selecionar situações que envolvam um alto risco para se tornarem
eventos de vida estressores. Portanto, a variabilidade individual para identificar como negativo o
evento, talvez, deva-se a uma suscetibilidade genética que influência a forma de enfrentamento
da situação exposta (MARGIS et al, 2003).
Sexo
Conforme pesquisas epidemiológicas realizadas junto a população geral dos EUA, as
mulheres possuem duas vezes maior probabilidade de desenvolver transtornos de ansiedade
generalizada (TAG) ao longo de suas vida do que os homens (WITTCHEN apud KINRYS;
WYGANT, 2005).
As mulheres com transtornos de ansiedade além de geralmente apresentarem diferenças
clínicas na manifestação do quadro quando comparadas aos homens, também desenvolvem
maior número de comorbidades (transtornos psiquiátricos) como por exemplo a depressão
(WITTCHEN et al apud KINRYS; WYGANT, 2005). Segundo Pigott (2003), estas diferenças
podem ser causadas, segundos alguns estudos na área, em função de fatores genéticos e
hormonais (hormônios sexuais femininos).
Vários estudos demonstraram que as mulheres apresentam alterações nos níveis de
ansiedade conforme curva de progesterona, elevando-se no período pré-menstrual e diminuindo
no pós-menstrual (ANTUNES; RICO; GOUVEIA JUNIOR, 2004). No estudo de Antunes,
Rico e Gouveia Junior (2004), os autores identificaram a presença de variações maiores da
ansiedade traço do que a ansiedade estado, ao longo do ciclo menstrual. Este achado foi
atribuído as alterações de auto-percepção gerados pelas oscilações hormonais.
Silove e colaboradores (1995) corroboram com este pressuposto propondo que as
mulheres em função de fatores genéticos e pelo fato de definirem sua personalidade muitos mais
voltadas para preservação da integridade da vida e das relações interpessoais, na fase adulta
estam mais exposta a agentes estressores ambientais pela necessidade de competitividade no
mercado de trabalho.
Lembrando principalmente que é necessário a mulher desdobrar-se em várias outras,
considerando sua inserção em outras posições sociais como etnia, raça, classe, religião,
sexualidade, necessidades humanas básicas, concepção, anticoncepção, gravidez, a dor, o prazer
e a lactação, fatores que por si só complicam seu processo de adaptação (MEYER, 1999).
Conceitos sobre si mesmo
A auto-estima desempenha importante papel na proteção do self (identidade pessoal), é
um dos recursos para o processo do enfrentamento, e consegue influenciar a avaliação de
eventos e comportamentos elaborados como resposta aos agentes estressores (TAMAYO, 2001).
Portanto, ela age como filtro selecionando informações pertinentes ao indivíduo, e caso ela se
apresente baixa, pode fazer com a resposta frente ao estressor manifeste-se de forma mais
passiva, tornando-o mais suceptível ao estresse (JEX; ELACQUA apud PASCHOAL;
TAMAYO, 2005).
Idade
Alterações nos níveis de ansiedade ocorrem com maior freqüência no final da
adolescência e no início da idade adulta (KAPLAN; SADOCK, 1998), mais precisamente entre
20 e 30 anos de idade sendo precipitados por life events (DRATCU; LADER, 1993).
Durante a adolescência o indivíduo vivência constantes desafios, que permeiam de
problemas reais à situações imáginárias, situação que torna-o mais vulnerável a alterações no
nível de ansiedade, o medo gerado frente a estes eventos é direcionado à perigos subjetivos
atribuídos a chamada crise de identidade (SERRA et al apud BATISTA, 2005).
Nível sócio-econômico
Vários estudos sobre ansiedade mostram que indivíduos de nível sócio-econômico mais
baixo tem maiores níveis de ansiedade tanto traço como estado, a maioria dos autores atribuem
este achado ao fato destes sujeitos enfrentarem jornadas de trabalho extenuantes e baixa
remuneração que não permite satisfazer as necessidades básicas de sobrevivência (moradia,
alimentação, saúde, educação) e por estarem diante de um horizonte incerto (LA ROSA, 1998).
Prioridade axiológica
Alguns estudos, como de Tamayo (2001), demostraram que quanto maior valor atribuído
a realização pessoal e o hedonismo, mais sucetível torna-se o indivíduo ao estresse. Nesta
pesquisa o autor identificou maior nível de desgaste nos sujeitos com estes tipos de prioridade
axiológica.
Eventos de vida estressores
Poucos dados são encontrados na literatura relacionado a exposição a eventos de vida
estressores e o surgimento de sintomas e transtorno de ansiedade. O estudo de Rueter e
colaboradores (1999) demonstrou existir associação positiva entre a alteração no padrão de
estresse e manifestação da sintomatologia, demonstrando que os eventos estressores estiveram
indiretamente relacionados ao surgimento de transtornos de ansiedade.
São diversos os eventos potencialmente estressores na vida do indivíduo adulto, como
exemplo temos: criação dos filhos, perda de pessoas significativas ou do emprego,
relacionamento interpessoal, ameaça de separação, agressões físicas, envolvimento em situações
ou relação humilhante e a aposentadoria (MARGIS et al, 2003).
Frente a estes achados é pertinente imaginar que a interação de fatores ambientais
(eventos de vida estressores) com predisposição genética para transtornos de ansiedade
associada a forma como o indivíduo avalia e enfrenta os eventos de vida estressores, poderia
gerar transtornos de ansiedade.
1.2.1.3 - Dados epidemiológicos da ansiedade
Os transtornos de ansiedade são o quadro mais comum entre os transtornos psiquiátricos
na população geral, cuja prevalência é de 28,8% ao longo da vida, 12% ao ano (KESSIER et
all; KESSIER et all; apud KINRYS; WYGANT, 2005).
Vários estudos demonstram que os sintomas ansiosos estão entre os mais freqüentes
motivos de procura de serviços primários de saúde, podendo ser encontrados em qualquer
pessoa em determinados períodos de sua existência, e a maioria dos casos de ansiedade não é
diagnosticada ou tratada adequadamente, fato que gera um elevado custo médico-social e grande
sofrimento para o indivíduo acometido (BERNIK; LOTUFO-NETO In: GENTIL; LOTUFO-
NETO, 1994).
Em documento emitido pela Comissão das Comunidades Européias (2000) sobre fatores
responsáveis por afastamento do ambiente de trabalho, a ansiedade, o estresse, a depressão, a
violência no trabalho, o assédio e a intimidação aparecem como responsáveis por 18% (quarta
parte) de todos os problemas de saúde que podem gerar este processo, o que implica em duas
semanas ou mais de ausência laboral.
No Brasil, os transtornos ansiosos encontram-se em primeiro lugar entre os diagnósticos
psiquiátricos, constituindo-se assim um problema de saúde mental. Em estudo realizado há
alguns anos nas cidades de Brasília, São Paulo e Porto Alegre, identificou ser Brasília (12%) a
cidade com maior número de casos de ansiedade e fobia. Pesquisas como esta indicam para
onde também devem se direcionar os serviços de saúde (BERNIK; LOTUFO-NETO In:
GENTIL; LOTUFO-NETO, 1994).
1.2.1.4 - Ansiedade Traço e Ansiedade Estado
Spielberger (1979) em estudo realizado com um grupo de voluntários, ele e colaboradores
conseguiram elaborar formas distintas de mensurar as duas formas de ansiedade
(SPIELBERGER; GORSUCH; LUSHENE ,1979). Formula, então, o Inventário de Ansiedade
Traço-Estado de Spielberger, integrando estudos anteriores de Carttell e Scheier, assim como as
concepções teóricas de Freud.
Essa diferenciação foi bastante relevante para o desenvolvimento de investigações
posteriores sobre ansiedade e pode ser utilizada em indivíduos normais e com doentes.
A diferenciação da ansiedade é definida da seguinte maneira (SPIELBERGER et al,
1979):
estado de ansiedade (A-estado) estado ou condição emocional transitória e temporária
do organismo humano de intensidade variável e caracterizada por sentimentos
subjetivos, conscientemente percebidos, de: desagrado, apreensão e tensão
acompanhados pela ativação do sistema nervoso autônomo, perante uma situação que
aparente ameaça. Os escores para este tipo de ansiedade podem variar em intensidade
conforme o perigo percebido.
traço de ansiedade (A-traço) refere-se a diferenças individuais na disposição de
perceber uma ampla escala de situações estimuladoras como perigosas ou ameaçadoras e
na tendência a responder a tais ameaças com reações de estado de ansiedade. Os
indivíduos que possuem alto traço de ansiedade tendem a perceber maior número de
situações como perigosas, ou ameaçadoras em relação aos que apresentam baixa
ansiedade traço (ANASTASI; URBINA, 2000), principalmente nas situações que
envolvem as relações interpessoais e que apresentam ameaça à auto-estima
(SPIELBERGER; GORSUCH; LUSHENE ,1979). Os escores deste tipo de ansiedade
são menos sensíveis às mudanças decorrentes de situações ambientais e permanecem
relativamente constantes no tempo.
traço
de
ansiedade
estímulo
interno ou
externo
estado
de
ansiedade
comportamento
avaliação
cognitiva
mecânismo
de defesa
Figura 2: Esquema apresentado segundo o proposto por Spielberger
Fonte: PENICHE e CHAVES (2000)
A figura 2 ilustra a complexa relação entre estímulos internos e externos, a ansiedade
traço e estado e o comportamento gerado. Ela é desencadeada apartir de um estímulo interno ou
externo que ao ser avaliado cognitivamente como perigo ou ameaça, gera uma reação de
ansiedade como estado, que será modulada pelo nível da ansiedade como traço.
O instrumento gerado no estudo, acima citado, tornou-se uma importante ferramenta para
o desenvolvimento de investigações posteriores sobre os tipos de ansiedade, podendo ser
utilizado tanto em indivíduos normais como doentes.
1.2.2 - Estresse
1.2.2.1 - Conceito de estresse
Apesar de amplamente utilizado nas ciências humanas e biológicas, o termo estresse foi
extraído da Física, no século XVII por Robert Hooke, possuindo originalmente significado de
pressão ou tensão (LAZARUS, 1993; BAUK, 1985).
A palavra estresse deriva do latim stringere, significando apertar, cerrar, comprimir.
(HOUAISS, 2001).
A sua inserção inicial nas ciências biológicas deu-se em 1956, por intermédio de Hans
Selye, médico endocrinologista, quando publicou o livro The stress of life. (GASPARINI;
RODRIGUES, 1992).
Nesta publica
ção o autor definiu o termo estresse como uma reação inespecífica do
organismo a qualquer demanda. Em outra publicação do mesmo autor, Síndrome da Adaptação
Geral (SAG) ou do Estresse Biológico, ele apresenta uma análise das reações fisiológicas,
como reação defensiva fisiológica do organismo em resposta a qualquer estímulo aversivo
(SELYE, 1986).
Posteriormente, outros autores definiram o estresse como: reação tensional frente à
mudança imposta pelo ambiente externo (HELMAN, 1994); situação que coloca em perigo o
equilíbrio do indivíduo e, para enfrentá-la produz esforço orgânico, que pode envolver
distúrbios emocionais, quando não se conta com suficiente recurso fisiológico para superar a
crise (PUSTIGLIONE; COCCHIOLA, 1999).
Enquanto a ansiedade é considerada por alguns autores como um mecanismo
mobilizador de recursos físicos e psicológicos para lidar com as situações de alta demanda, o
estresse, por sua vez, é definido como uma conseqüência direta dos esforços persistentes e
adaptativos da pessoa à sua situação existencial que acabam por perturbar a homeostase do
indivíduo (COUTRIN; FREUA; GUIMARÃES, 2003).
No entanto, ainda existe uma dificuldade conceitual em relação ao termo estresse, ligada
ao fato de ser utilizado para designar uma condição, causa ou estímulo desencadeante de uma
reação e, ao mesmo tempo, para descrever um quadro clínico (LIPP, 2003).
Frente a isto, alguns autores acreditam que pressupostos essenciais devem ser
observados nas diferentes definições da palavra estresse.
Lazarus (1993), descreve quatro desses pressupostos: a) agente causal interno ou externo
que pode ser denominado de estressor; b) avaliação que diferencia tipos de estresse (dano,
ameaça e desafio); c) processos de coping que são estratégias e esforços cognitivos e
comportamentais que os indivíduos utilizam para lidar com as demandas específicas decorrentes
de situações de estresse e avaliadas como excedendo seus recursos pessoais e d) padrão
complexo de efeitos na mente ou no corpo.
Para alguns autores, o estresse pode ter origem em fontes externas e internas. As fontes
internas relacionam-se com a maneira de ser do indivíduo, tipo de personalidade e seu modo de
reagir aos eventos da vida. Em algumas situações, o estímulo estressor, não é o fato ocorrido,
mas sim a maneira como é interpretado. os estressores externos podem relacionar-se com as
exigências do dia-a-dia como: problemas de trabalho, familiares, sociais, morte, doença, perda
de posição na empresa, dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, assaltos e violências das
grandes cidades, dentre outras (LIPP, 1984).
Sendo assim, ele é considerado uma reação que pode ocorrer por diversos fatores, dentre
eles: aspectos individuais, a maneira como cada um reage às pressões cotidianas, aspectos
culturais e sociais aos quais os sujeitos estão submetidos. Situações como problemas familiares,
acidentes, doenças, mortes, conflitos pessoais, dificuldade financeira, desemprego,
aposentadoria, problemas no ambiente de trabalho, guerras e inúmeros outros, podem ser
vivenciados de maneira diversa por indivíduos diferentes, em um mesmo contexto histórico,
cultural e social (LADEIRA, 1996).
Segundo Pustiglione e Cocchiola (1999), na prática encontram-se reações ou sinais
indicativos do estado de estresse. Entre eles, taquicardia, dores de cabeça, dermatites,
perturbação do sono, transtornos alimentares, impotência, diminuição da libido, problemas
gastrintestinais, alterações no estado emocional como, ansiedade e/ou depressão, além de
problemas cognitivos como dificuldade de memória e concentração.
O conjunto de respostas não específicas, que Selye chamou de Síndrome de Adaptação
Geral (SAG), compõe-se por três fases: reação de alarme, fase de resistência e fase de exaustão;
todas gerenciadas pelo sistema nervoso autônomo, via sistema límbico e sistema nervoso
central, via hipotálamo (GASPARINI; RODRIGUES, 1992).
Bianchi (1990), ressalta que, o estresse, para Selye, faz parte do funcionamento normal
do corpo, sendo conseqüência do ato de viver. Portanto, a SAG faz parte do cotidiano do ser
humano.
1.2.2.2 - Fases do estresse
A seguir segue-se cada uma destas fases:
Reação de alarme corresponde á resposta inicial do organismo ante um estressor.
Nesta fase ocorre a tentativa de adaptação do organismo ao mecanismo de luta ou fuga. A
principal resposta do indivíduo neste momento é a estimulação da hipófise pelo hipotálamo,
levando ao aumento da secreção do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). Portanto as supra-
renais são estimuladas a aumentarem a produção de adrenalina e corticóides (GUYTON, 1988).
Frente a esta cascata de reações o indivíduo apresenta grande desgaste.
Dentre as manifestações clínicas mais freqüentes, temos: aumento na freqüência cardíaca
e na pressão arterial, para permitir que o sangue circule mais rapidamente e, portanto oferte mais
oxigênio e nutrientes aos tecidos; contrações do baço, disponibilizando mais glóbulos vermelhos
a corrente sangüínea; liberação de açúcar armazenado no fígado para a corrente sanguínea, com
aumento na oferta de energia para músculos e cérebro; redistribuição sanguínea, com
decréscimo do fluxo para a pele e vísceras, e aumento para músculos e cérebro; aumento na
freqüência respiratória e dilatação brônquica visando captar mais oxigênio; dilatação pupilar
com aumento na eficiência visual; aumento do número de linfócitos na corrente sanguínea, para
reparar possíveis danos tissulares.
Se o agente estressor for afastado os parâmetros biológicos alterados retornam ao
normal, caso ele permaneça inici-se a fase seguinte.
Fase de resistência se instala com a manutenção do agente estressor e é adaptativa.
Nesta fase as resposta mais evidentes são de ordem fisiológica, psicológica e social, mantendo o
indivíduo em estado de alerta.
Caracteriza-se pela reação de hiperatividade córtico-supra-renal, sob mediação
diencéfalo-hipofisária. aumento do córtex da supra renal, atrofia do baço e de estruturas
linfáticas, leucocitose, diminuição de eosinófilos. Os sintomas característicos desta fase são:
sensação de desgaste em função do grande consumo de energia, medo, nervosismo, apetite
oscilante, bruxismo, roer unha, isolamento social, ansiedade, impotência sexual. Podendo até
chegar o momento em que evolui para diminuição na concentração, memória e da
produtividade.
Fase de exaustão ocorre quando o estímulo estressor permanece, e os mecanismos de
defesa falham. Há dificuldade de manter os mecanismos adaptativos, levando ao aparecimento
de doenças cardiovasculares, gastrointestinais, respiratórias, endócrinas (Diabetes Mellitos),
depressão, bruxismo, envelhecimento precoce, alteração do padrão de sono, perda de dentes e
outras. O quadro evolui com os mesmos sinais e sintomas da fase de alerta, só que de maneira
exacerbada e irreversível, levando o indivíduo perda de suas reservas, com diminuição
significativa da resposta imunológica, podendo culminar com sua morte (GASPARINI;
RODRIGUES, 1992; LIPP, 1996).
Lipp (2002) ao buscar padronizar um Inventário de Sintomas de Estresse para indivíduos
adultos, utilizando como referencial o constructo de Selye identifica de modo clínico e
estatístico, uma quarta fase do estresse, a fase de quase exaustão, representando assim, por um
modelo quadrifásico, as manisfestações do estresse.
Fase de quase-exaustão de Lipp quando o indivíduo não consegue mais se adaptar ou
resistir ao agente eestresseor, apresentando fraqueza e manifestações clínicas que ainda não se
demonstram com gravidade, embora enfraquecido a pessoa consegue trabalhar e manter suas
relações interpessoais (LIPP,2002).
Quebra
resistência
RESPOSTA
estado original
organismo
alarme
Resistência
Quase-
exaustão
Repouso
Performance
Antecipação
resposta
Resposta
repercussão
Inicio do processo
agora com
experiência prévia
Registrado
material
genético
(Potencial)
Exaustão
LUTA - FUGA
Fonte: www.rtv.unicamp.br
Figura 3: Modelo Trifásico de Syle adaptado por Lipp
Fonte: www.rtv.unicamp.br
Voltando ao modelo de equílíbrio orgânico, na atualidade, dois conceitos melhor
elaborados procuram compreender o estresse:
homeostase manutenção do equilíbrio orgânico, mediante processos adaptativos, em
relação ao ambiente, que mantém o ser vivo num estado de equilíbrio dinâmico;
entropia é o estado de oscilação do sistema, a quantidade de desorganização existente.
Quando falha a homeostase começa o predomínio da entropia.
Associando estes dois conceitos, compreende-se que um estado crônico de estresse pode
levar o indivíduo a uma desorganização física e psíquica, e até a morte (MELLO FILHO, 1992).
Fica evidente que doses excessivas de situações estressoras, podem trazer sérios agravos
à saúde, interferindo nas atividades diárias, produtividade e relacionamentos interpessoais.
Portanto, o estresse é considerado como um problema de Saúde Pública, que implica em gastos
para o governo, as empresas e o próprio indivíduo, principalmente por tratar-se de um fenômeno
complexo pesquisado sob diversas abordagens.
Os conceitos de ansiedade e estresse vistos até o momento referem-se à algumas das
possíveis reações emocionais diante das situações do dia-a-dia. Como este estudo aborda outros
aspectos das emoções, como respostas a estímulos visuais (figuras do IAPS), torna-se necessária
uma breve introdução sobre conceitos mais amplos ligados aos estados emocionais.
1.2.3 - Emoção
1.2.3.1 Conceito de emoção
Apesar de não existir um consenso quanto ao conceito das emoções, a maioria dos
autores concorda que são fenômenos multifatoriais complexos que execem uma poderosa
influência sobre o comportamento das pessoas. Elas envolvem respostas múltiplas, são
altamente variáveis na sua composição psicofisiológica e possibilitam a adaptação ao meio
(MOLTÓ et all In: RIBEIRO, 2003).
As respostas às estimulações do meio externo, durante a evolução do Homem, sempre
apresentaram um movimento positivo em direção as coisas apetitivas, agradáveis, bem como
movimento de fuga frente às coisas desagradáveis. Portanto, para Bradley e Lang (2000), as
emoções são consideradas fenômenos biológicos que se desenvolveram a partir de
comportamentos funcionais que possibilitavam a sobrevivência dos indivíduos e espécies.
Não são recentes os estudos sobre o conceito da emoção. No final do século XIX, Lange
e James propuseram que a cada resposta emocional que o indivíduo apresentasse, ele teria
alterações fisiológicas diferentes (GROSS; McCLLVEEN, 1998). Logo, explicitando que a
resposta emocional precederia a experiência emocional, fato que demonstra limitação neste
modelo, pois não incorporavam a experiência emocional em termos de memória e pensamento
(cognição).
Em 1928, Cannon e Bard sugeriram que a experiência emocional era resultado da
ativação do sistema nervoso central (SNC) independente das respostas fisiológicas e
comportamentais produzidas. Estes pesquisadores concluiram que as respostas fisiológicas,
separadamente da emoção, sempre caracterizariam as respostas de luta e fuga, não importando o
estado emocional experimentado.
A teoria cognitiva-fisiológica de Schachter é a mais aceita na atualidade, pois concilia as
teorias de James-Lang e Cannon-Bard, na qual ele propõe que a resposta emocional resulta de
mecanismos periféricos e centrais associados à cognição.
Nesta teoria, a cognição representada pela memória, realizaria a interpretação dos
eventos que ocorrem no meio interno (reações fisiológicas) e externo (estímulos) e geraria um
estado emocional. Portanto, independentemente de como as emoções são geradas, fica claro, que
elas constituem elemento essencial da existência humana, pois todos nossos movimentos
ocupam um espaço psicológico onde a emoção estabelece os pontos cardeais (OHMAN e
BIRBAUMER, 1993).
Dalgleish e Power (1999, apud SERAFIM, 2005) baseados na teoria de Schachter,
propuseram ser a experiência emocional modulada por três mecanismos integrados:
intensidade do sentimento: refere-se ao grau de resposta que o indivíduo pode
apresentar frente a uma emoção. Exemplo: a raiva pode variar de uma leve irritação a
fúria violenta;
nível de tensão: significa o grau de tensão e excitação que pode ser gerado no
indivíduo frente a um estímulo, levando em consideração suas experiências anteriores
e interpretações;
caráter hedonista: variação nas sensações de prazer e desprazer que podem alterar a
experiência emocional, em que as diferentes respostas cursam com interpretações
socialmente adequadas ou não.
Já Mayer e Salovey (2000), apresentam o processamento de informações emocionais,
dividindo-os em um sistema de quatro níveis, que variam de acordo com a complexidade dos
processos psicológicos, são eles: 1) percepção, avaliação e expressão da emoção; 2) a emoção
como facilitadora do pensamento; 3) compreensão e análise de emoções; emprego do
conhecimento emocional e 4) controle reflexivo de emoções para promover o crescimento
emocional e intelectual.
1. percepção, avaliação e expressão da emoção: engloba desde a capacidade de identificar
emoções em si mesmo, nas outras pessoas, nos objetos ou condições físicas até a
capacidade de expressar essas emoções e as necessidades a elas relacionadas, e ainda, a
capacidade de avaliar a autenticidade de uma expressão emocional, detectando
veracidade, falsidade ou tentativa de manipulação;
2. emoção como facilitadora do ato de pensar: utilização da emoção como um sistema
alerta que dirige a atenção e o pensamento para informações mais importantes, internas
ou externas;
3. compreensão e análise de emoções: inclui tanto a capacidade de rotular emoções,
identificar diferenças entre elas (amar e gostar) e compreender tanto a possibilidade de
sentimentos complexos, amar e odiar uma mesma pessoa, como as transições de um
sentimento para o outro,por exemplo de raiva para vergonha;
4. controle reflexivo das emoções para promover o crescimento emocional e intelectual:
capacidade de tolerar reações emocionais, agradáveis ou desagradáveis, comprendê-las
sem exagero ou diminui-las em sua importância, controlá-las ou descarregá-las no
momento adequado.
Em decorrência a estudos fatoriais de validade do constructo, posteriormente esse
modelo de quatro níveis foi reduzido a três, correspondentes a percepção, compreensão e
controle de informações (MAYER; SALOVEY; CARUSO, 2000).
1.2.3.2. Dimensões da emoção
De acordo, com o já posto, o comportamento humano estaria totalmente atrelado a como
cada um apresenta suas respostas emocionais, frente a estímulos internos e externos, baseados
em experiências anteriores e com o propósito de adaptação.
Conforme Bradley e Lang, (2000), no indivíduo, as emoções são organizadas
hierarquicamente, tendo um pólo positivo para estados agradáveis, como alegria, e um pólo
negativo para estados desagradáveis como tristeza; modulando assim, a resposta mais adequada
a cada estímulo.
Para Lang et all (1997), a expressão emocional está ancorada em sistemas neurais que
respondem a duas classes fundamentais de estímulo: apetitivos e aversivos, denominada
organização bifásica das emoções. Osgood et all (1957) apud Volchan et al (2003) utilizando
diferenciais semânticos, apresentam a descrição das emoções em duas dimensões dentro de um
sistema motivacional:
dimensão prazer: dimensão bipolar de valência afetiva, que varia de apetitivo/agradável
a aversivo/desagradável;
dimensão alerta: refere-se ao nível de ativação (metabólico e neural) frente tanto ao
sistema aversivo como apetitivo.
A ativação de uma das dimensões dentro deste sistema motivacional e a intensidade de sua
resposta é a base para os efeitos associados à valência e ao alerta emocional.
Segundo Bradley e Lang (2000), a resposta emocional interna, frente ao estímulo, ativa os
sistemas motivacionais (prazer e alerta) e possibilita a adaptação à situação. Para estes autores,
três sistemas são responsáveis pela organização da emoção no processo de adaptação:
comportamento, linguagem e reações fisiológicas.
comportamento: relacionadas às ações para sobrevivência da espécie e modulações do
comportamento pela emoção, como por exemplo o declínio de desempenho induzido pelo
estresse;
linguagem: inclui comunicação verbal e a não verbal, que é responsável por 93% do
processo de comunicação: sinais paraliguísticos (entonação de voz), sinais do corpo
(EDWARDS; BRILHART apud SILVA, 1996) e também relatos afetivos (sentimentos e
atitudes);
reações fisiológicas: são as mudanças que ocorrem nos músculos somáticos, a exemplo
de resposta de comportamento afetivo ativação de músculos faciais e rubor.
Mesmo partindo do pressuposto que as emoções podem ser avalidas por estes três
sistemas acima, é muito difícil descrever todos seus aspectos, visto existirem uma série de
limitações, como por exemplo as variações de sensibilidade frente ao mesmo contexto
(BRADLEY; LANG, 2000).
1.2.4 - Ansiedade e estresse na equipe de enfermagem
No exercício da profissão de enfermagem existem vários fatores que podem levar a
diferentes estados de ansiedade e de estresse. O ambiente tenso associado às condições
inadequadas de trabalho, limitações de recursos humanos e físicos, instabilidade do mercado,
longa jornada de trabalho, incertezas quanto à sobrevivência dos pacientes e a ocorrência de
eventos catastróficos durante suas atividades são fatores que tornam o local de trabalho
potencialmente gerador de estresse (MASLACH, 1998). Ortiz e Patiño (1991) por meio de
estudo realizado com enfermeiros e auxiliares de enfermagem em um hospital de Medellín, na
Colômbia, identificaram outras situações que poderiam gerar estresse, são elas: o exercício
profissional não corresponder à preparação acadêmica, nem ao tempo dedicado a ela, o tipo de
paciente, a violência do meio e a submissão com pouca participação na tomada de decisões.
Outros autores acrescentam ainda a esta relação, o desgaste gerado pela necessidade de
autocontrole que estes profissionais são obrigados a demonstrar (COUTRIN; FREUA;
GUIMARÃES, 2003).
Estas condições insalubres além de conduzir o profissional à frustração, à ansiedade e
à depressão (AIKEN et al, 2001), podem desencadear respostas inadequadas, tais como:
agressividade com os familiares, com o grupo de trabalho e, em algumas ocasiões, com o
próprio paciente (ORTIZ; PATIÑO, 1991). Este comportamento é reforçado principalmente por
estes indivíduos não poderem canalizar sua agressividade com atividades reacreativas ou
aprendizagem, principalmente porque a jornada de trabalho não lhes pemite.
A ansiedade, o estresse e a sua cronicidade afetam diretamente o desenvolvimento das
atividades profissionais, geram experiências negativas com conseqüências graves e irreparáveis
para a saúde e bem-estar biopsicossocial.
A Health Education Authority há alguns anos classificou a enfermagem como a quarta
profissão mais estressante, no setor público (COOPER; MITCHEL, 1990), relacionando-a
principalmente a necessidade de vários empregos e o convívio direto com o sofrimento.
Beck (2000) mostra em estudo sobre o sofrimento no trabalho, que ao adotar atitudes
defensivas o trabalhador nega o sofrimento, banalizando-o. Durante este processo de
banalização, coloca uma venda nos olhos que não permite ver o sofrimento com seu real
significado, como um tipo de anestesia dos sentidos.
Estudo realizado, com enfermeiros, em cinco países, Estados Unidos da América,
Canadá, Inglaterra, Escócia e Alemanha, demonstrou elevado percentual de descontentamento
profissional, o qual variou de 32 a 41%, relacionado particularmente às condições de trabalho
inadequadas (AIKEN et al, 2001).
Recentes pesquisas apontam que a insatisfação encontra-se
intimamente ligada as condições do ambiente (CULLEN, 1995).
Frente a isto, torna-se constante o aparecimento de fragilidade emocional, muitas
vezes potencializada pela falta de suporte afetivo e social. Tendo o profissional sua tensão
emocional elevada, por sentir-se em vários momentos sem possibilidade de compartilhar seus
temores e dificuldades, situação que gera elevado nível de estresse ocupacional (DE
MARTINO; MISKO, 2004).
A profissão, por si já contribui para o estresse ocupacional, por apresentar como
normais, situações em que a maioria das pessoas consideraria desconfortáveis e
amedrontadoras. Nas outras profissões, poucas pessoas são diretamente responsáveis pela vida
do outro. Os profissionais da área de enfermagem, entretanto, carregam esta responsabilidade
sobre seus ombros cotidianamente (CULLEN, 1995).
A maioria das instituições não oferece preparo adequado de sustentação para ão
profissional em situações extraordinárias, e encoraja o indivíduo a resignar-se frente a situações
insalubres como impossíveis de serem resolvidas. Tal resignação compromete imagem pública
do profissional (CULLEN, 1995).
Há mais de uma década foi observado que o profissional de enfermagem apresenta o
mesmo comportamento de grupos oprimidos como negros, latino-americanos e judeus na
Alemanha nazista. Este comportamento se manifesta quando um grupo social é controlado por
outro que é tido como possuidor de maior poder e influência. A opressão leva a certos padrões
comportamentais no grupo de menor poder, que inclui: baixa auto-estima, violência horizontal e
comportamento passivo-agressivo (CULLEN, 1995; COUTRIN; FREUA; GUIMARÃES,
2003).
No processo de cuidar, a autonomia dos profissionais está submetida à autoridade
técnica do médico (CASTELLANOS, 1989), situação que reforça estes sentimentos.
A preocupação com aspectos psicológicos relativos à interação do indivíduo com o
trabalho e com a organização é objeto de vários estudos e investigações. Diferentes teorias
administrativas voltam-se para esta temática com enfoques e intenções que variam desde a
abordagem do aumento da produtividade e adaptação passiva ao trabalho, até investigação de
aspectos motivacionais relacionados à dimensão subjetiva da relação indivíduo/
trabalho/organização.
1.2.5 - Ansiedade e estresse na equipe de enfermagem que trabalha com paciente
grave
O corpo clínico de um hospital, independente das funções desempenhadas experimenta
níveis variados de estresse, seja por pressão gerada pela organização, ou pela área de atuação
(BIANCHI; SALZANO, 1991; BUENO, 1997).
Vários autores classificaram e agruparam em categorias os estressores relacionados à
equipe de enfermagem e seu trabalho. De uma maneira geral os que aparecem na literatura
relacionados às unidades fechadas, são (MANGOLIN et al 2004; COUTRIN et al, 2003; FARIA
et al, 2005; SANTINI et al, 2005; GATTI et al 2004; LAUTERT et al 1999; DUARTE;
LAUTERT, 2006; BATISTA; BIANCHI, 2006):
inerentes ao ambiente: aparecem como geradores de desconforto, a luminiosidade, o
ruído e a sensação térmica. Se a iluminação não for constante e bem distribuída gera variações da
intensidade da luz, necessitando de sucessiva de acomodação visual, causando fadiga
(CHIAVENATO, 2000). A exposição prolongada a ruídos produzidos pelos equipamentos, como
ventiladores mecânicos e monitores pode levar a diminuição da acuidade auditiva ou até perda da
audição (CARVALHO et al, 2005). As alterações de temperatura, pela necessidade imposta de
manutenção de ambiente frio (preconizado 24
o
C) para manuteção de nível bacteriostático eficaz,
e controle mínimo de odor (KNOBEL, 2006) interferem na produtividade do profissional.
condições de trabalho para o desempenho das atividades: divisão fragmentada de
tarefas, rígida estrutura hieráquica, jornadas prolongadas, ritmo acelerado de trabalho para
finalização de tarefas pré-determinadas, automação por ações repetitidas, necessidade de atenção
constante, insuficiência de pessoal e material, turnos diversos e complexidade das ações,
exposição a fatores de risco (manipulação de excretas corporais e exposição a microoganismos
patogênicos), relações interpessoais, na equipe multisdisciplinar, por muitas vezes conflituosa,
baixa remuneração e absenteísmo.
A ausência destes profissionais, por sua vez, traz sobrecarga de trabalho aos demais
componentes da equipe, gerando um ciclo vicioso de desgaste e desajuste mental para todos
(CARVALHO; LIMA, 2004).
Por restringir a interação social, os setores fechados propiciam desgaste físico e mental,
fatores que contribuem para o aumento da ansiedade e aparecimento de estresse (CARVALHO;
LIMA, 2004).
sobrecarga psíquica: citada em praticamente toda literatura, está relacionada
principalmente a necessidade de lidar com a morte e o sofrimento, tanto do paciente quanto
familiares. O fato do sofrimento e a morte ocorrer com indivíduos estranhos, não deveria gerar
pertubação, porém faz com que estes profissionais lembrem-se da finitude da vida (ORTIZ;
PATINÔ, 1991; MARTINS; FARIA, 2002).
condições pessoais: considera-se o modo de vida do profissional, em que temos; o
duplo fazer (mãe/profissional) lembrando haver alta prevalência do gênero feminimo nesta área, a
situação financeira, necessidade de duplo vínculo empregatício, pouco ou nenhum tempo para
atividades de lazer, física ou estudo. Por ser mulher, mãe e profissional a carga de trabalho
duplica ou até triplica podendo levá-las ao estresse (SPÍNDOLA, 2000).
O relacionamento familiar na maioria das vezes encontra-se bastante comprometido, pois
existe grande limitação no tempo para poder estar com a família, gerados principalmente pela
necessidade de plantões de final de semana, feriados e a dificuldade de conciliar suas férias com
as dos filhos, levando-a sofrimento por antecipação e medo de falhar no papel de mãe (SANTOS;
TREVISAN, 2002).
Em vários estudos, o nível sócio-econômico baixo aparece como preditor para altos níveis
de ansiedade, esta situação é vivenciada por estes profissionais em função de uma organização
política frágil, implicando em baixa remuneração salarial e pouca autonomia (SPINDOLA, 2000;
STACCIARINI; TROCCOLI, 2001).
A somatória deste vários fatores leva a frustração e baixa auto-estima, principalmente pela
necessidade de manutenção da própria existência na vigência de um futuro incerto e com poucas
chances de ascensão social (SILOVE apud LA ROSA, 1998).
Na tentativa de adaptar-se a estas situações podem aparecer sentimentos de culpa, de
perda, de impotência e incapacidade para garantir e manter a vida dos pacientes. Portanto, a
necessidade de desenvolver os mecanismos de enfrentamento leva muitas vezes a realizar atos
mecânicos, tais como fuga da ansiedade sentida (MARTINS FARIA, 2002), formando uma
couraça que aparentemente os protege de tais sofrimentos.
Esta couraça dificulta ou não permite a expressão de sentimentos e impulsos
expontâneos, levando-os agir de forma fria e impessoal, pois sua sensibilidade esta sempre
contida (BOYESEN apud HOGA, 2004), comportamento este que traz prejuízo à integridade
psíquica do individuo (DEJOURS, 1989).
Couraça muscular foi um termo criado por Reich (1995) que ao trabalhar com análise de
caráter percebeu ser possível ler no corpo do indivíduo suas resistências e defesas, pois ele revela
as expressões emocionais vividas até o momento, então, deduziu que todas as experiências
traumáticas, dolorosas e ameaçadoras provocam uma tensão muscular, com a intenção de
proteger o indivíduo.
Frente a todos estes agentes estressores que permeiam as atividades do profissional de
enfermagem nestas áreas específicas (CC, UTI e UE) e o fato de estudos comprovarem a
presença de elevação de níveis de ansiedade e estresse frente as atividades laboriais, supõe-se
que os mesmos possam vir a apresentar alteração em sua resposta emocional.
OBJETIVOS
3.1 - Objetivo Geral
O objetivo principal deste estudo foi identificar se ocorrem alterações da resposta
emocionais em indivíduos da equipe de enfermagem (técnicos de enfermagem e auxiliares de
enfermagem), que trabalham com pacientes graves no Centro Cirúrgico (CC), Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) e Unidade de Emergência (UE).
3.2 - Objetivos Específicos
1. Avaliar quantitativamente o nível de ansiedade dos profissionais de Enfermagem que
trabalham com pacientes graves em CC, UTI e UE;
2. Investigar nível de sintomas de estresse dos profissionais de Enfermagem que
trabalham com pacientes graves em CC, UTI e UE;
3. Avaliar resposta emocional, dos profissionais de Enfermagem do CC, UTI e UE, ao
observarem estímulos visuais do banco de dados de imagens do International Affective
Picture System (IAPS);
4. Correlacionar os níveis de ansiedade, de estresse e a resposta emocional aos estímulos
visuais (IAPS) destes profissionais.
MÉTODO
3.1 - Local da pesquisa
O presente estudo foi desenvolvido na Unidade de Terapia Intensiva, Emergência e
Centro Cirúrgico de um hospital público, geral e de grande porte, localizado na cidade de São
Paulo, SP.
3.2 - Amostra e critérios de inclusão e exclusão
A amostra deste estudo foi composta por 81 profissionais da equipe de enfermagem, 24
(29,63%) Técnicos de Enfermagem e 57 (70,37%) Auxiliares de Enfermagem. Todos exerciam
suas atividades nas unidades que envolviam cuidados ao paciente grave, sendo 29 (35,80%) do
Centro Cirúrgico (CC), 19 (23,46%) da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 33 (40,74%) da
Unidade de Emergência (UE).
Critérios de inclusão:
Para a composição da amostra foi realizado levantamento junto as enfermeiras
responsáveis pelas unidades, dos sujeitos que realmente faziam parte do quadro de pessoal, e não
estavam só fazendo cobertura por férias ou absenteísmo. Foi realizado no período diuno pois,
representa o maior percentual de profissionais e neste horário concentram-se o maior número de
atividades assistências.
Critérios de inclusão: ser do sexo feminino, independente do tempo de formação, com
experiência prévia ou não, ter efetuado um tempo mínimo de cinco da horas de jornada de
trabalho e aceitação em participar da pesquisa com assinatura do Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido.
O gênero feminino aparece como critério de inclusão, pois alguns instrumentos aplicados
neste estudo apresentam diferenças nos resultados conforme o gênero, mesmo não se
demonstrando significância estatística na maioria dos trabalhos pesquisados, optou-se por só
trabalhar com este sexo. Além disso, haviam somente seis sujeitos do sexo masculino no local e
turno da realização da pesquisa, fato ligado à alta prevalência de mulheres nesta profissão.
Critérios de exclusão:
Os sujeitos não deveriam possuir déficit visual e estar sem lentes corretivas, ter histórico
de uso de fármacos psicoativos que pudessem interferir em seu estado alerta.
3.3 - Instrumentos:
Foi aplicada a esta amostra: questionário de identificação, Inventário de Ansiedade
Traço-Estado (IDATE), Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), Teste de
emoção e atenção, International Affective Picture System (IAPS) e o Self Assessment Maninkin
(SAM), escala para medir relatos afetivos provocados pelas figuras IAPS com teor emocional.
- Questionário de Identificação: (Apêndice1)
Contém variáveis que serão posteriormente relacionadas aos achados da aplicação do
Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE), Inventário de Sintomas de Stress para Adultos
de Lipp (ISSL) e Teste de Emoção e Atenção (IAPS), sendo elas: idade, tempo de formação,
tempo de atuação na área específica, experiência prévia na área, outro vínculo empregatício,
número de leitos sob seu cuidado, carga horária semanal, distância entre moradia e trabalho, usa
óculos, uso de fármacos psicoativos ou alcoól, atividade de lazer, exercício físico e estudo.
- Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE):
Foi projetado por Spielberger em 1970, sendo a tradução e adaptação ngua portuguesa
realizada por Biaggio e Natalício, para ser auto-aplicável podendo ser aplicado individulamente
ou em grupo.
Em levantamento realizado por Keedwell e Snaith (1996) o IDATE é uma das escalas de
ansiedade de auto-avaliação mais utilizadas. Consegue-se com ela medidas de tendências gerais
de resposta emocional (ANDRADE, 1998).
O IDATE é composto de duas escalas distintas, estruturadas para mensurar dois conceitos
de ansiedade: estado ansiedade (A-estado) e traço de ansiedade (E-traço)
(SPIELBERGER,1979).
Traço de Ansiedade representa dados da personalidade do indivíduo, os escores de
ansiedade-traço são menos sensíveis a mudanças decorrentes de situações ambientais. Este
inventário possui 20 afirmações onde pede-se que o sujeito da pesquisa descreva como
geralmente se sente (Anexo 1).
Estado de Ansiedade refere-se ao estado emocional transitório, podendo variar seus
escores em intensidade quando ocorrerem alterações no ambiente, Geralmente caracteriza-se por
sentimentos de tensão e apreensão, conscientemente percebidos e aumento na atividade do
sistema nervoso autônomo (ANDRADE, 1998). Já na avaliação do estado de ansiedade
prentende-se avaliar como o indivíduo se sente em determinada situação. Também possui 20
afirmações (SPIELBERGER,1979). (Anexo1)
As opções de resposta para escala A- estado são: 1. absolutamente não; 2. um pouco; 3.
bastante e 4. muitíssimo. Para a escala A-traço são: 1. quase nunca; 2. as vezes; 3.
frequentemente. 4. quase sempre.
Constituí-se em escala de auto-avaliação, sendo sua aplicação individual ou coletiva.
Foi aplicado em primeiro lugar a escala de A-estado e posteriormente A-traço para não ocorrer
influência nas respostas em função de um clima gerado pelo procedimento (BIAGGIO,
NATALÌCIO, 1979).
Pensando, também, em não possibilitar vício de resposta foi aplicado sistema de
pontuação invertida, conforme o sentido da frase. Portanto, para a correção, foram invertidos os
valores (1=4, 2=3, 3=2 e 4=1) de acordo com a padronização do IDATE e o tipo de ansiedade
(BIAGGIO, NATALÌCIO, 1979).
As alterações foram efetuadas nas respostas das seguintes afirmações:
IDATE Traço 1
6
7
10
13
16
19
IDATE
Estado
1
2
5
8 10
11
15
16
19
20
Para a classificação dos níveis de ansiedade, os valores atribuídos a cada ítem das escalas
foram somados e definidos como se segue (DELA COLETA, DELA COLETA,1996; STUART,
LARAIA, 2002):
CLASSIFICAÇÃO - NÍVEL
ESCORES
Baixa 20 - 34
Moderada 35 - 49
Alta 50 - 64
Altíssima 65 - 80
A realização da somatória dos pontos deve encontrar-se entre vinte e oitenta pontos.
Ansiedade baixa ou branda: situação de alerta, aumenta percepção. Quando presente é
capaz de motivar o aprendizado e a criatividade, e produzir crescimento.
Ansiedade moderada; foco nas preocupações imediatas e bloqueio das periféricas, ocorre
estreitamento do campo de visão aumentando a capacidade de focalização de áreas necessárias,
gerando desatenção seletiva.
Ansiedade alta: importante redução do campo de percepção, foco em área específica, sem
atentar para outros fatos, procura obtenção de alívio, necessita de muita atenção para chamar sua
atenção.
Ansiedade altíssima: presença de pavor, terror e medo, ocorre perda do controle, sendo
incapaz de desenvolver atividades mesmo com orienação direta. Com o pânico aparece a
desorganização da personalidade, aumento da atividade motora, diminuição da capacidade de
comunicação, distorção da percepção e perda do pensamento racional, o que resulta em exaustão.
- Inventário de Sintomas de Stress de para Adulto de Lipp (ISSL):
Este instrumento foi validado em 1994 e tem sido utilizado em várias pesquisas e
trabalhos clínicos quando se deseja avaliar estresse (PAFARO, 2002). Ele permite identificar se a
pessoa tem estresse, em qual fase se encontra e se o estresse manifesta-se por meio de
sintomatologia na área física ou psicológica (LIPP,2002).
Segundo o manual, o ISSL é de fácil aplicação e apresenta um modelo quadrifásico do
estresse, baseado, inicialmente, no modelo trifásico de Selye (SELYE in GOLDBERGER, 1986).
Mesmo tendo identificado três fases (alerta, resistência e exaustão) Lipp, no decorrer da avaliação
do instrumento, considerou uma nova fase, à qual deu o nome de quase-exaustão (LIPP,2002).
O ISSL apresenta três quadros que contém sintomas físicos e psicológicos das quatro
fases do estresse (alerta, resistência, quase exaustão e exaustão).
O quadro 1, corresponde à fase de alerta, o quadro 2 é utilizado para avaliar a resistência e
quase exaustão e, o quadro 3 identifica a exaustão (LIPP,2002).
No total o ISSL inclui 34 ítens de natureza somática e 19 de psicológica. O número de
sintomas físicos é maior do que os psicológicos e varia de fase para fase (LIPP,2002).
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia, na utilização do ISSL é necessaria a
participação de um psicólogo para correção e interpretação dos achados. Para tanto solicitou-se
auxílio e orientação da Psicóloga Sonia Maria Campos Pittigliani Ferreira, CRP 14188, para
adequada aplicação e leitura dos resultados encotrados. (Anexo 2)
- International Affective Picture System (IAPS):
Foi desenvolvido com o objetivo de padronizar um instrumento dotado de estímulos
emocionais que pudessem ser empregados em experimentos de investigação de emoção e
atenção.
A idéia central deste todo é ter um grande volume de fotos coloridas estandardizadas,
capazes de evocar emoções, acessíveis internacionalmente e que tivesse um grande volume de
categorias semânticas percebíveis pelo homem. Para isto o IAPS inclui centenas de fotografias
coloridas de alta resolução que representam vários aspectos da vida real (esportes, moda,
paisagens, violência, entre outras) capazes de induzir uma gama de estados emocionais que
podem ser facilmente apresentados no contexto experimental de um laboratório, permitindo,
desta forma, um controle preciso sobre o momento e a duração da exposição (RIBEIRO, 2003).
O método foi validado no Brasil, por Ribeiro (2003), em estudo realizado com 1062
universitários. Demonstrou-se um instrumento confiável e válido para evocar respostas afetivas,
portanto, utilizado como referência na realização desta pesquisa.
As respostas emocionais a esses e outros estímulos podem ser avaliadas subjetivamente
com uso de escalas, ou então graduadas objetivamente através de medidas fisiológicas, tais como
expressão facial, reação visceral (oximetria de pulso: freqüência cardíaca e saturação de
oxigênio) ou respostas comportamentais. A avaliação afetiva utilizada para a classificação
subjetiva das emoções em resposta às fotografias do IAPS consiste na avaliação de valência ou
dimensão prazer (prazeroso/não-prazeroso) e dimensão alerta (alerta/relaxado)
Escolheu-se somente as dimensões prazer e alerta por serem capazes de descrever de
forma não redundante nossas emoções frente a diferentes situações (BRADLEY; LANG, 1994).
Foram selecionada 54 figuras do IAPS com base em sua classificação, agradáveis (
paisagens), neutras (secador de cabelo) e desagradáveis (criança com cancer na face).
As figuras foram apresentadas em monitor 15 polegadas, com programa Windows, e em
formato Power Point.
- Self-Assessment Manink (SAM):
É um sistema de escores afetivos criado por Lang em 1980, que servem para classificar
subjetivamente os estímulos do IAPS. Este escore inclui cinco caracteres ou figuras para cada
dimensão, na dimensão PRAZER o indivíduo submetido ao IAPS escolhe uma figura após a
apresentação da fotografia que pode variar de uma expressão alegre/sorridente a outro extremo
correspondente a uma expressão descontente, com variações nos níveis de alegria entre estes
extremos. Já na ALERTA o sujeito da pesquisa poderá escolher a figura que poderá variar da
expressão alerta a relaxada (BRADLEY, LANG, 1994). (Anexo 4)
Os escores das figuras valem de 1 a 9 tanto na dimensão prazer como alerta:
AGRADÁVEL DESAGRADÁVEL
ALERTA RELAXADO
8 6 4 2
8 6 4 2
9 7 15 3
9 7 5 13
Figura 4. Escores das figuras do International Affective Picture System (IAPS) no Self-
Assessment Manink (SAM)
1.
2.
3.
5.
4.
6.
7.
8.
AGRADÁVEL DESAGRADÁVEL
ALERTA RELAXADO
9.
123456789 8 9
FIGURA 1
DIMENSÃO PRAZER DIMENSÃO ALERTA
5 seg
6 seg
Figura 5. Ilustração de como o sujeito de pesquisa deve marcar sua escolha no Self-Assessment
Manink (SAM)
3.4 - Procedimento:
Após autorização das enfermeiras responsáveis os sujeitos foram abordados no próprio
local de trabalho, foi explicado o objetivo do estudo e instrumentos a serem aplicados. Todos os
auxiliares e técnicos de enfermagem foram convidados a fazer parte da pesquisa.
Local de aplicação dos instrumentos:
O questionário de identificação e os Inventários de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e
Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL) foram preenchidos durante o período de pausa
no plantão.
Foi selecionada a sala de repouso da enfermagem para aplicação do Teste de emoção e
atenção, International Affective Picture System (IAPS) e o Self Assessment Maninkin (SAM),
por se tratar de local próximo de todos os setores (CC,UTI e UE), silencioso e adequado para
instalação da tela do computador.
Os profissionais eram liberados dos setores conforme completassem cinco horas ou mais
de atividade ou tivessem a possibilidade de saída. O enfermeiro foi comunicado a cada saída para
que não houvesse comprometimento da rotina
A aplicação do questionário de identificação e os demais instrumentos necessitaram de
aproximadamente 45 minutos para sua realização: 5 minutos para responder questionário e 15
para cada inventário.
Para visualização das imagens o tempo estimado foi de aproximadamente 26 minutos. Os
slides foram formatados de maneira seqüencial e com tempo programado, estavam dispostos da
seguinte forma: antes de cada imagem, foi projetado por cinco segundos um slide de fundo preto
que indicava o número da mesma, logo após a imagem era mostrada por seis segundos, então os
sujeitos tinham 15 segundos para seu registro no SAM. Os tempos estabelecidos neste estudo
estam de acordo com a literatura (LANG et al 1995; GARAVAN et al, 2001).
Para projeção das figuras os sujeitos permaneceram sentados em cadeira confortável, na
frente do monitor de projeção à uma distância de 40 centímetros, foi fornecido prancheta e caneta
contendo os impressos com escore SAM para pontuação. A luz ambiente foi reduzida para
melhor visualização das figuras.
Antes da projeção os sujeitos receberam orientações de como fazer sua identificação e
escolha no escore SAM, no próprio monitor em formato Power Point. Foram orientados à não
conversar durante a exposição e se caso não conseguissem pontuar alguma figura, elas seriam
repetidas posteriormente.
3.5 - Análise Estatística
Os dados foram organizados e armazenados em planilha eletrônica, no programa EXCEL,
para posteriormente serem analizados estatísticamente com auxílio de Programa Data set SPSS
(data Editor) para Windows, versão 8.0.
Para a análise dos dados, usou-se a distribuição de freqüências, com números absolutos e
porcentagens para a caracterização da amostra estudada. O nível de significância estatística
considerado para este estudo foi de 5% (p<0,05).
Na análise das comparações e correlações de variáveis, para verificação de grupos
variáveis, foram aplicados os seguintes testes:
Testes t de Student ou ANOVA para duas variáveis - para comparar médias entre
as variáveis númericas e categóricas;
Coeficiente de Correlação de Pearson para verificar o grau de correlação entre
duas variáveis;
Teste de Tukey para análise de Post-hoc de variância.
3.6 - Aspectos Éticos
Atendendo à resolução n
o
196/10/1996, que visa assegurar os direitos e deveres que dizem
respeito á comunidade científica, aos sujeitos das pesquisas e ao Estado, o projeto foi submetido
e aprovado pelo Comite de Ética em Pesquisa do Complexo Hospitalar Heliópolis situado na
cidade de São Paulo (projeto de pesquisa registrado sob n
o
455, aprovado em 14/02/2006).
Após contato com a diretoria de enfermagem e sua anuência, o convite para a entrevista
foi realizado no ambiente de trabalho quando foi explicado o objetivo do estudo, garantido o
anonimato e a livre participação. O Termo de Consentimento Livre Esclarecido foi entregue aos
sujeitos da pesquisa para sua assinatura (Anexo5).
RESULTADOS
4.1 - Caracterização da amostra
A Tabela 1 mostra os valores numéricos de freqüência e porcentagem para as variáveis
sócio-demográficas: formação profissional, idade e tempo de formação profissional e atuação na
área específica.
Os sujeitos desta pesquisa foram na sua totalidade do gênero feminino, sendo a maioria
Auxiliares de Enfermagem (70,4%), com idade predominante entre 41 a 50 anos (40,7%).
Estavam distribuídos da seguinte maneira, 29 (35,80%) no Centro Cirúrgico (CC), 19
(23,46%) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 33 (40,74%) na Emergência (UE).
O tempo médio de formação encontrado nestes profissionais foi de 10,8 (dp=5,40) anos,
sendo que mais da metade (54,3%) têm entre 11 a 20 anos de formado, seguindo-se de 40,8%
entre 1 e 10 anos. Os dados relacionados a faixa etária e tempo de formação, mostraram-se
coerentes neste estudo.
Verifica-se também que 53,1% destes indivíduos estavam à um longo período nestas
áreas específicas, sendo a média de 7,2 (dp=5,18) anos.
Tabela 1 - Distribuição da amostra de profissionais da equipe de enfermagem, segundo as variáveis
sócio-demográficas: formação profissional, idade, tempo de formação e de atuação na área
específica
Variáveis n %
Formação profissional
Técnico de Enfermagem
Auxiliar de Enfermagem
24
57
29,6
70,4
Idade
20 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
mais de 50 anos
10
22
33
16
12,3
27,2
40,7
19,8
Tempo de formação
menos de 01 ano
01 a 10 anos
11 a 20 anos
21 a 30 anos
1
33
44
3
1,2
40,8
54,3
3,7
Tempo de atuação na área específica
menos de 01 ano
01 a 05 anos
06 a 17 anos
18 a 29 anos
8
25
43
5
9,9
30,9
53,1
6,1
n=freqüência; %=porcentagem
A carga horária de trabalho diária, nestes setores, é de 12 horas com descanso de 36
hora, perfazendo um total de 30 horas semanais, considerando-se o número de folgas.
Ao observar a Tabela 2 identifica-se que 63% destes profissionais cumprem uma jornada
de 30 horas semanais, e 37% têm incremento em suas horas, em função de dupla jornada
empregatício. O fato de 74,1% não morar próximo ao local de trabalho, demorando um tempo
médio 60 (dp=38,8) minutos, pode colaborar com o desgaste laborial.
Tabela 2 - Distribuição da amostra de profissionais da equipe de enfermagem, segundo as variáveis
sócio-demográficas: carga horária, manter outro nculo empregatício e morar próximo ao local
de trabalho
Variáveis n %
Carga horária de trabalho/semana
30 horas
mais de 40 horas
51
30
63,0
37,0
Outro vínculo empregatício
sim
não
30
51
37,0
63,0
Mora próximo ao local de trabalho
sim
não
21
60
25,9
74,1
Verifica-se na Tabela 3 a baixa incidência de sujeitos que realizam atividades física,
possuem lazer ou estudam.
Tabela 3 - Distribuição da amostra de profissionais da equipe de enfermagem, segundo as variáveis
sócio-demográficas: manutenção de atividade regular de lazer, atividade física e estar estudando
Variáveis n %
realiza atividade regular de lazer?
sim
não
26
55
32,1
67,9
realiza atividade física regular
sim
não
13
68
16,1
83,9
estuda
sim
não
15
66
18,5
81,5
4.2 Instrumentos de Avaliação
4.2.1 - Ansiedade (Inventário de Ansiedade Traço e Estado IDATE)
A Tabela 4 expressa os resultados da avaliação dos níveis de ansiedade traço (T) e
estado (E) na amostra em geral, sem distinção do setor à que pertenciam os sujeitos. Quanto a
classificação da ansiedade traço e estado foram considerados os dados normativos apresentados
em estudo de DELA COLETA (1996), para se calcular o percentual e estabelecer seu nível.
Não foi apresentado, na tabela 4, o nível altíssimo (51 - 80) pois nenhum dos sujeitos
apresentou tal escore.
Ao analizar a Tabela 4 e trabalhando com os escores, sem distinguí-lo em níveis de
gravidade, encontramos correlação significativa (Teste de Pearson) no fato da maioria dos
profissionais apresentarem níveis moderados de ansiedade traço e também estado (+0,502;
p<0,001).
Tabela 4 - Resultados IDATE -Traço (T) -
Estado (E) na amostra estudada
Variáveis IDATE -T IDATE - E
dados normativos n % n %
Baixa
20 - 34 10 12,3 10 12,3
Moderado
35 - 49 66 81,5 62 76,6
Alta
50 - 64 5 6,2 9 11,1
TOTAL
81 100 81 100
P<0,05
Ansiedade Traço (IDATE T)
O dados da Tabela 5 mostram uma maior incidência de ansiedade traço de intensidade
moderada nos profissionais de todas unidades (CC, UTI, UE). Pode-se observar também, que
somente os profissionais da Unidade de Emergência apresentavam níveis mais altos de
ansiedade traço. O Teste Qui-quadrado, utilizando-se categorização dos escores do IDATE,
mostrou relação significativa (p<0,018) entre local de trabalho e a presença de níveis moderados
e altos de ansiedade traço, fato corroborado principalmente pelos escores encontrados no grupo
da Unidade de Emergência.
Tabela 5 - Comparação entre escores no IDATE-Traço (DELA COLETA; DELA COLETA,
1996) e os grupos de profissionais conforme suas áreas de atuação: Centro Cirúrgico (CC),
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidade de Emergência (UE) - Qui-quadrado
IDATE -Traço
dados normativos
Grupo n %
Baixa
20 - 34
CC
UTI
UE
5
4
1
17,2
21,1
3,0
Moderada
35 - 49
CC
UTI
UE
24
15
27
82,8
78,9
81,8
Alta
50 - 64
CC
UTI
UE
0
0
5
0
0
15,2*
÷
2
= 11,343; p = 0,018*
P<0,05
Ansiedade Estado (IDATE E)
Na Tabela 6 podemos observar que ao comparar níveis de ansiedade com local de
atuação, a maioria dos sujeitos tanto do CC, como da UTI e UE apresentavam níveis moderados
de ansiedade estado.
Os profissionais da Unidade de Emergência tinham o maior índice de níveis altos de
ansiedade estado (18,2%). Porém não foi encontrada significância estatística quando aplicado o
Teste Exato de Fischer para relacionar área específica de atuação e nível menor ou maior de
ansiedade estado.
Tabela 6 - Comparação entre IDATE - estado e os grupos de profissionais conforme suas áreas de
atuação: Centro Cirúrgico (CC) , Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidade de Emergência
(UE) - Teste Qui-quadrado
IDATE - estado
dados normativos
Grupo n %
Baixa
20 - 34
CC
UTI
UE
5
1
4
17,2
5,3
12,1
Moderada
35 - 49
CC
UTI
UE
23
16
23
79,3
84,2
69,7
Alta
50 - 64
CC
UTI
UE
1
2
6
3,4
10,5
18,2
÷
2
= 4,737; p = 0,334
P<0,05
Na análise estatística das variáveis estudadas através de médoto específico, ao utilizar-se
os escores do IDATE, houve presença de significância o fato do indivíduo possuir atividades de
lazer e a presença de menor nível de ansiedade traço (p=0,019) e estado (p=0,025) (Tabela 7).
Tabela 7 - Comparação entre escores no IDATE - Traço e Estado (DELA COLETA, DELA
COLETA, 1996) e a variável realizar atividade de lazer - Teste t de Student
Variável com lazer sem lazer t df p
média (ep) média (ep)
IDATE - T
37,35 (7,56)
40,94 (5,66)
-2,390
76
0,019*
IDATE - E
36,85 (7,64)
40,87 (7,32)
-2,279
79
0,025*
P<0,05
4.2.2 - Estresse (Inventário de Sintomas de Estresse de Adulto de LippISSL)
Entre os 81 indivíduos estudados, 29 (35,8%) tiveram o diagnóstico de estresse pelo
ISSL. Nestes 29 sujeitos, 27 (93,1%) encontravam-se na fase de resistência e dois (6,9%) na
fase de quase exaustão, sendo que, os sintomas fisiológicos foram predominantes em 79,3%
(23) deles.
A tabela 8 aponta predomínio de estresse na Unidade de Emergência quando comparada com os
demais setores, porém o Teste Qui-quadrado não revelou significância estatísitica (p=0,216).
Tabela 8 - Comparação entre a presença de estresse avaliada pelo ISSL e os grupos de
profissionais conforme suas áreas de atuação -Teste Qui-quadrado
Estresse Grupo n %
com estresse
CC
UTI
UE
7
7
15
24,1
36,8
45,5
sem estresse
CC
UTI
UE
22
12
18
75,9
63,2
54,5
Legenda: CC = Centro Cirúrgico; UTI = Unidade de Terapia Intensiva; UE = Unidade de Emergência
÷
2
= 3,063; p = 0,216
p<0,05
Como demonstrado na Tabela 9 observamos que houve alteração significativa da média
de ansiedade traço (p=0,001) e estado (p=0,050) quando relacionada a presença de estresse.
Tabela 9 - Comparação da avaliação pelo Inventário de Sintomas de Estresse para Adulto de Lipp
ISSL e as variáveis IDATE T e E - Teste t de Student
Variável com estresse sem estresse t p
média (ep) média (ep)
IDATE - T
42,93 (5,58)
38,04 (6,38)
3,457
0,001*
IDATE - E
41,79 (8,18)
38,35 (7,06)
1,989
0,050*
Legenda: ep = erro padrão; t = valor do teste t
P<0,05
Ao observar a Tabela 10, houve associação estatísticamente significatica entre as
variáveis lazer (p=0,008), experiência na área (p=0,048) em relação à estresse.
Tabela 10 - Comparação da avaliação pelo Inventário de Sintomas de Estresse para Adulto de
Lipp ISSL e as variáveis lazer, experiência na área - Teste Qui-quadrado
Variáveis categóricas com estresse sem estresse
n % n %
p
experiência na área
sim
não
20
9
45,5
24,3
24
28
54,5
75,7
0,048*
atividade regular de lazer
sim
não
4
25
15,4
45,5
22
30
84,6
54,5
0,008*
p<0,05
4.2.3 - Self Assessment Maninkin (SAM)
Nas médias obtidas pelos profissionais, no Self Assessment Maninkin (SAM), ao
observarem imagens de conteúdo emocional, a análise de variância mostrou diferença
significativa na comparação entre os três grupos (CC, UTI e UE) na variável imagens
desagradáveis dimensão prazer. A análise Post-hoc (Teste de Tukey) mostrou que esta
diferença está na comparação: CC (2,04±0,55) e UE (2,39±0,65); p=0,043 e na comparação UE
(2,35±0,65) e UTI (1,95±0,33); p=0,01. (Tabela 11)
Tabela 11 - Médias de Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer e alerta em relação à
área de atuação - ANOVA
Legenda: ep = erro padrão
p<0,05
Ao analizar os valores m
édios, expressos na Tabela 12, 13 e 14, da resposta dos
profissionais no Self-Assessment Manink (SAM), à visualização das imagens agradáveis,
CC (n=29) UTI (n=19)
UE (n=33)
média (ep) média (ep) média (ep)
p = valor
ANOVA
Prazer
7,78 (0,16)
8,28 (0,12)
8,08 (0,13)
0,078
Imagens
Agradáveis
Alerta
3,04 (0,21)
2,44 (0,15)
3,09 (0,19)
0,072
Prazer
5,47 (0,15)
5,35 (0,11)
5,55 (0,14)
0,662
Imagens
Neutras
Alerta
5,00 (0,16)
4,55 (0,13)
4,76 (0,15)
0,205
Prazer
2,05 (0,10)
1,96 (0,09)
2,40 (0,11)
0,011*
Imagens
Desagradáveis
Alerta
7,88 (0,10)
7,82 (0,12)
7,59 (0,14)
0,187
neutras e desagradáveis, relacionando-as com a presença de nível baixo, moderado e alto de
ansiedade traço e estado, e estresse, não identificou-se significância estatística em nenhum dos
resultados.
Tabela 12 - Médias dos profissionais no Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer e
alerta em relação à ansiedade traço (IDATE T) - ANOVA expresso com média (erro padrão)
p<0,05
baixa (n=10)
moderada
(n=66)
alta
(n=5)
média (ep) média (ep) média
(ep)
p = valor
ANOVA
Prazer
8,38 (0,91)
8,00 (0,92)
7,52
(0,63)
0,119
Imagens
Agradáveis
Alerta
2,65 (0,21)
2,96 (0,14)
3,01
(0,35)
0,683
Prazer
5,42 (0,18)
5,51 (0,97)
5,09
(0,26)
0,474
Imagens
Neutras
Alerta
4,59 (0,27)
4,80 (0,99)
5,00
(0,35)
0,616
Prazer
1,90 (0,15)
2,18 (0,70)
2,60
(0,40)
0,091
Imagens
Desagradáveis
Alerta
7,88 (0,10)
7,82 (0,12)
7,59
(0,14)
0,195
Tabela 13 - Médias no Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer e alerta em relação
ansiedade estados (IDATE E) - ANOVA
p<0,05
Tabela 14 - Médias no Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer e alerta em relação à
estresse (Inventário de Sintomas de Estresse para Adulto de Lipp ISSL) - ANOVA
baixa (n=10)
moderada
(n=62)
alta
(n=9)
média (ep) média (ep) média
(ep)
p = valor
ANOVA
Prazer
7,67 (0,38)
8,10 (0,78)
7,85
(0,37)
0,200
Imagens
Agradáveis
Alerta
3,12 (0,36)
2,90 (0,14)
2,86
(0,26)
0,825
Prazer
5,43 (0,32)
5,56 (0,98)
4,93
(0,20)
0,059
Imagens
Neutras
Alerta
5,06 (0,22)
4,68 (0,99)
5,28
(0,31)
0,057
Prazer
2,02 (0,17)
2,16 (0,72)
2,44
(0,25)
0,278
Imagens
Desagradáveis
Alerta
7,88 (0,15)
7,75 (0,79)
7,61
(0,34)
0,671
p<0,05
Apesar da existência de relação significativa (p=0,020) entre as variáveis morar próximo
ao local de trabalho com resposta dos profissionais as imagens neutras, esse dado não mostrou
relevância no estudo em questão (Tabela 15).
Não foi encontrada correlação significativa entre as variáveis: idade, tempo de formação e
tempo de setor em relação as médias das imagens.
Tabela 15 - dias obtidas no Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer em relação as as
variáveis de interesse - ANOVA
com estresse
(n=29)
sem estresse
(n=52)
média (ep) média (ep)
p = valor
ANOVA
Prazer
8,02 (0,14)
8,02 (0,11)
0,973
Imagens
Agradáveis
Alerta
2,89 (0,15)
2,94 (0,16)
0,857
Prazer
5,58 (0,18)
5,42 (0,85)
0,363
Imagens
Neutras
Alerta
4,73 (0,16)
4,82 (0,11)
0,618
Prazer
2,22 (0,13)
2,14 (0,71)
0,594
Imagens
Desagradáveis
Alerta
7,64 (0,14)
7,82 (0,80)
0,238
*p<0,05
experiência
na área
(p)
outro
vínculo
(p)
carga
horária
(p)
morar
próximo
(p)
lazer
(p)
exercício
físico
(p)
estudar
(p)
Prazer
0,977
0,548
0,352
0,635
0,932
0,325
0,702
Imagens
Agradáveis
Alerta
0,860
0,995
0,291
0,056
0,397
0,082
0,902
Prazer
0,858
0,465
0,207
0,444
0,550
0,470
0,371
Imagens
Neutras
Alerta
0,179
0,092
0,147
0,020*
0,699
0,192
0,335
Prazer
0,071
0,191
0,048*
0,962
0,751
0,705
0,366
Imagens
Desagradáveis
Alerta
0,156
0,909
0,801
0,248
0,399
0,462
0,683
Verificou-se presença de relação significativa entre as variáveis carga horária e as médias
obtidas no Self Assessment Maninkin (SAM) na visualização de imagens desagradáveis
(dimensão prazer), demonstrando que os sujeitos que possuíam carga horária maior que 40 horas
(p= 0,048) apresentaram média maior que o demais ao observarem tais imagens (Tabela 16).
Tabela 16 - Média obtida no Self Assessment Maninkin (SAM), dimensão prazer em relação à
variável categórica carga horária- ANOVA
* p<0,05
Carga horária
30 h semanais
(n=58)
média (ep)
mais de 40 h semanais
(n=23)
média (ep)
p
Imagens
Desagradáveis
Prazer
2,09 (0,07)
2,37 (0,14)
0,048*
DISCUSSÃO
A ansiedade e o estresse interferem decisivamente no rendimento profissional (BIANCHI,
1991) e, nesse estudo, buscou-se identificar os fatores e a presença de estresse e níveis de
ansiedade traço-estado em profissionais da equipe de enfermagem que atuam na Unidades de
Centro Cirúrgico, Terapia Intensiva e Emergência; locais com elevado estímulo estressor.
Sequencialmente foi averiguado se a presença de diferentes veis de ansiedade e estresse
produzem alterações na resposta emocional desses profissionais através da observação de
estímulos visuais de conteúdo emocional, retirados do banco de imagens do International
Affective Picture System (LANG et al apud RIBEIRO, 2003).
A metodologia adotada permitiu a compreensão de tais eventos, suprindo de maneira
satisfatória os dados obtidos neste estudo.
De uma maneira geral os agentes estressores citados na literatura, relacionam-se com
maior frequência, ao ambiente, fatores de ordem pessoal e com relações interpessoais, entre a
equipe multidisciplinar, pacientes e familiares.
Sugere-se que as unidades críticas provoquem alterações no estado emocional dos
trabalhadores, expondo-os a uma maior carga psíquica pela extrema necessidade de organização,
cumprimento de horários, e no caso dos auxiliares e técnicos de enfermagem, pela sua
subordinação aos enfermeiros e médicos, situação esta, que gera conflitos (GLINA et al 2001).
Faria et al (2005) ao pesquisarem o absenteísmo por transtornos mentais, na enfermagem,
destacou o Centro Cirúrgico (17,4%), a Unidade de Terapia Intensiva (15,3%) e Unidade de
Emergência (16%), como locais potencialmente geradores deste tipo de afastamento.
As atividades dos auxiliares e técnicos de enfermagem se caracterizam como
simplesmente ergonômicas, com ações básicamente fisícas e pouco esforço mental. Essa
sobrecarga física leva a insatisfação quanto ao seu potencial e, o sofrimento gerado reverte-se em
desajuste, com prejuízo profissional e pessoal (HELOANI, CAPITÃO, 2003). Além disso, uma
menor autonomia profissional relaciona-se com maior possibilidade de gerar transtornos mentais
(GLINA et al 2003). O auxiliar de enfermagem é o profissional que mais apresenta afastamento
por este motivo (FARIA et al, 2005; ARAUJO et al, 2003), com predomínio de transtorno afetivo
(FARIA et al, 2005).
Caracterização da Ansiedade Traço-Estado e Estresse
Neste estudo, observou-se que os profissionais dos três setores (CC, UTI e UE)
apresentavam elevada incidência de níveis moderados de ansiedade traço e estado. Este fato
corrobora com a suposição que os indivíduos com escores mais elevados de ansiedade traço
tendem a apresentar elevações da ansiedade estado. Ao ser análisado estatísticamente (Teste de
Pearson) apresentou correlação significativa (+0,502; p<0,001).
A incidência de níveis altos de ansiedade traço, quando analisada comparativamente, foi
superior nos profissionais da Unidade de Emergência em relação aos profissionais da UTI e CC.
Este fato revela uma correlação entre setor, Emergência, e a incidência de níveis altos de
ansiedade traço (p=0,020).
Os achados encontrados nos profissionais da UTI e CC divergem daqueles relatados por
Gatti et al (2004) que identificaram uma maior incidência de níveis baixos de ansiedade traço na
maioria dos sujeitos estudados por eles. Entretanto, os dados obtidos nos profissionais da UE
corroboram os resultados prévios destes autores, ou seja, a presença de alta ansiedade traço neste
grupo em específico.
Relaciona-se este dado a um senso comum, pois percebe-se um direcionamento natural de
indivíduos mais agitados e dinâmicos para esta área de atuação (GATTI, 2004). Lembrando,
como já citado anteriormente, que deve-se considerar que os indivíduos com ansiedade traço
mais elevada tendem a buscar situações que os exponham a eventos estressantes.
Analisando a incidência de ansiedade estado através do IDATE nos três setores (CC, UTI
e UE) foi identificada elevada incidência de níveis moderados de ansiedade estado em todos eles,
porém sem significância estatítica.
Ferreira (1998), Gatti (2004) e Farina (2004) divergindo de alguns achados deste estudo,
observaram que a maioria dos profissionais da Unidade de Terapia Intensiva apresentavam baixa
ansiedade estado. Este dado sugeriu aos autores que estes profissionais utilizavam melhor as
estratégias de enfrentamento para com eventos estressores e, talvez, conforme Andrade (2000)
haviam desencadeado defesas rigidamente estruturadas, reprimindo assim, emoções, ou negando
sua própria fragilidade.
Notou-se também o predomínio da incidência de níveis altos de ansiedade estado nos
profissionais da Unidade de Emergência. Este achado vem de encontro a dados já relatados por
outros autores. Pode-se citar, o estudo de Farina (2004) sobre a presença de sofrimento psíquico
entre médicos e enfermeiros de UTI e UE, o mesmo, identificou maior incidência de níveis
elevados de ansiedade estado nos profissionais da Unidade de Emergência atribuindo este fato a
estrutura organizacional do setor.
A elevação da ansiedade estado geralmente está presente em indivíduos expostos à
agentes estressores. Em geral os indivíduos que apresentam altos escores em ansiedade traço
experimentam elevações mais freqüentes e intensas da ansiedade estado. Isto ocorre pois sua
percepção quanto ao agente estressor é amplificada, identificando-o como altamente ameaçador
(ANDRADE, GORESTREIN, 1998).
Neste estudo, foi identificada maior incidência de sintomas de estresse nos indivíduos
com maiores níveis de ansiedade traço e estado. Portanto esta peculiaridade, nestes sujeitos
(níveis moderados de ansiedade traço), poderia facilitar a manutenção de moderada ansiedade
estado, levando ao desgate e conseqüentemente ao estresse.
Waldron apud Carvalho et al (2004) coloca que a exposição as atividades da profissão de
enfermagem, ao longo dos anos, leva o indivíduo a desenvolver algum grau de estresse.
Dos sujeitos estressados (n=29), 93,1% encontravam-se na fase de resistência, com
predomínio de sintomas fisiológicos; achado que se encontra em consonância com estudos
similares (MIQUELIM et al 2004,MANGOLIN et al 2003).
Na fase de resistência o indivíduo utiliza toda a energia disponível para se adaptar ao
estresse. Quando os agentes estressores prolongam-se ou são demasiados, pode evoluir para a
fase de quase-exaustão e exaustão, com manifestações de ordem física e psicológica levando ao
agravamento do quadro.
A cascata de reações hormonais geradas pelo estresse, pode levar à várias respostas
emocionais como: depressão, desânimo, irritabilidade, ansiedade e hipersensibilidade emotiva; e
nos casos mais graves pode desencadear surto psicótico ou crises neuróticas (LIPP, 2003).
Trabalhos realizados com profissionais de CC, UTI e UE, que aplicaram escalas de
avaliação de estresse e, outros instrumentos que o caracterizava por auto-avaliação do
profissional (subjetiva), demonstraram que: 29% dos profissionais destas áreas percebiam-se
estressados (GATTI, 2004); um número elevado de profissionais do CC, consideram-o um local
gerador de estresse (MASSARONI, 2001; GUIDO, 2003) e uma maior incidência de estresse na
UE quando comparada com a UTI (BRITO E CARVALHO, 2004). Isto deve-se, segundo
Wolfgand (1988 apud CARVALHO et al , 2004) ao fato de a equipe de enfermagem que
trabalha em setores fechados estar constantemente envolvida em situações de urgência, estando
portanto, mais sujeita ao esgotamentos físico e emocional.
Souza e Lisboa (2005) também colocam, que as mudanças no prognósticos dos paciente
(gravidade), nestes setores, aumentam o quantitativo de procedimentos a serem inseridos na
prática diária, mobilizam maior número de pessoal, material, energia e tempo, elevando como
conseqüência o rítmo de trabalho. Observaram que no coletivo profissional, a equipe de
enfermagem é mais valorizada quando trabalha sob elevado ritmo, em condições insalubres, nas
quais o mérito está no sacrifício, na abnegação e doação incondicional, similar as condições
deste profissional na Idade Média.
Quanto a menor incidência de estresse nos profissionais do CC (24,1%), identificada nesta
amostra, pode se justificar pelo fato do contato breve com pacientes e seus familiares,
desfavorecendo a formação de vínculo afetivo, eliminando o tempo para vivenciarem plenamente
seu sofrimento e perda.
Bianchi (1999) ao comparar presença de estresse entre áreas fechadas e abertas, não
identificou diferença entre as duas. Observou um número similar de indivíduos estressados em
ambas, não discernindo diferença na geração do estresse, embora sejam potencialmente geradoras
de agentes estressores.
Acredita-se que a maior incidência de estresse nos profissionais com elevados escores de
ansiedade traço e estado não se deva somente ao fato de trabalharem em área crítica, expostos à
vários agentes estressores, mas também por ser uma profissão onde o predomínio de
indivíduos do gênero feminino. Em vários estudos sobre ansiedade as mulheres demonstraram
escores mais elevados de ansiedade traço e estado em comparação aos homens (SIVONE apud
LA ROSA, 1998; GUIDA, LUDLOW, 1989).
O conceito de gênero, é enfatizado como necessidade de estudo, apartir da década de 70,
com os movimentos feministas, quando, é voltada enorme atenção sobre as diferenças sociais
entre os sexos. Busca-se neste período, compreender a construção histórica e social e de vários
campos de conhecimento. O que significa, considerar que em torno do gênero existe uma
amplitude de divisões e marcadores sociais, podendo o mesmo indivíduo viver situações de
subordinação e/ou dominação. Construções sócio-históricas que precisam ser discutidas e
questionadas (MEYER, 1999).
La Rosa (1998) sugere que as mulheres são mais ansiosas por possuírem vel mais
elevado de expectativas éticas, e a cultura, particularmente latina, ser mais condencendente com o
homem e restritiva com elas. Outra situação concerne ao ingresso da mulher no mercado de
trabalho, onde a busca por afirmação pessoal e independência econômica, implica no
desenvolvimento de um comportamento competitivo intrinsecamente estressante.
A mulher define uma personalidade voltada para as relações interpessoais, em
conseqüência da evolução histórica direcionada para a responsabilidade com a prole, doentes e
idosos. O homem, por sua vez, saia à caça em busca de alimento. Portanto, a mulher vive em
constante conflito, administrando a necessidade de competitividade profissional e o seu papel no
meio familiar (SILOVE et al apud LA ROSA , 1998).
Alguns fatores intrínsecos as mulheres, também podem alterar os níveis de ansiedade,
tanto traço como estado. É o que sugerem vários estudos, entre eles, temos o de Kendler (1996
apud KINRYS; WYGANT, 2005) que postula sobre a influência que os fatores genéticos podem
ter no desenvolvimento de transtornos de ansiedade.
Também, os hormônios sexuais femininos e seu ciclo podem auxiliar neste processo, em
pesquisa com mulheres em uso de pílulas anticoncepcionais, Antunes, Rico e Gouveia Junior
(2004) observaram que o uso da mesma não suprimiu a manifestação de ansiedade, mas a
deslocou, elevando-a na fase de sangramento em relação à fase pré-menstrual. Outro dado
interessante deste trabalho, refere-se ao fato do ciclo menstrual alterar a percepção da ansiedade
traço, ficando a mesma instável durante este período, e com maior alteração que a ansiedade-
estado.
E ainda pode-se citar a diferença de absorção, biodisponibilidade e distribuição que as
mulheres apresentam em relação a alguns fármacos psicoativos (POLLOCK, 1996 apud
KINRYS; WYGANT, 2005).
Compreende-se, então, que um conjunto de traços geneticamente influenciados associados
a fatores ambientais e intrínsecos as mulheres, podem elevar a possibilidade do indivíduo
(ansiedade traço) expor-se a situações de alto risco que se constituam em evento de vida
estressor, propiciando elevação da ansiedade estado e aparecimento de sintomas de estresse.
Ao avaliar a relação das variáveis idade, tempo de formação, tempo de atuação em área
específica, experiência na área, presença de outro vínculo empregatício, carga horária, moradia
próxima ao local de trabalho, realizar atividade física e estudar, com ansiedade traço e estado não
foi encontrada significancia estatísticativa.
Destas mesmas variáveis, quando relacionadas ao estresses, a única que apresentou
significância estatística (p= 0,048) foi o fato de o sujeito apresentar experiência na área de
atuação, sugerindo que quanto maior a experiência na área específica, maior seria possibilidade
de manifestar estresse. É interessante ressaltar que tal relação inexistiu quando relacionada ao
tempo de formação. Dos 29 profissionais com sintomas de estresse, a maioria (n=20) possuía um
tempo médio de atuação na área de 6,64 ±5,22 anos.
Contradizendo este achado, Miranda (1998) ao estudar estresse em unidade de paciente
aidéticos, com cuidados complexos, identificou que a maior incidência deste agravo acometia
indivíduos com tempo de formação inferior à cinco anos ou superior à dez anos.
Vários estudos comprovam a existência de fatores externos e internos estresse nos
indivíduos que trabalham em vários turnos, caracterizando-se como agravo maior, as alterações
emocionais advindas desta exposição (DE MARTINO; MISKO,2004).
É curioso notar que, embora os profissionais de uma maneira geral, ao lidarem com os
agentes estressores do ambiente de trabalho, adotem estratégias centradas na emoção, o fator
tempo de formação parece influênciar na escolha de alternativas a serem utilizadas. Os indivíduos
com menor tempo de formação recorrem ao distanciamento e a atenção seletiva, enquanto os com
maior tempo, procurando manter-se otimistas, atenuam a impôrtância de fatores contextuais o
que tende a aumentar o desgaste emocional (TAMAYO, 2002).
Miquelin et al (2004) avaliando a presença de estresse em um grupo de profissionais da
equipe de enfermagem, observaram uma diminuição na presença do mesmo conforme aumentava
o tempo de trabalho no local. Atribuiu isto, ao fato do grande número de recém- formados que
eram admitidos naquela instituição.
A existência de atividades de lazer na rotina diária dos sujeitos de pesquisa, revelou-se
como situação atenuante tanto para ansiedade traço (p=0,019) como estado (p=0,025) e estresse
(p=0,008).
Para melhor compreenção sobre a influência do lazer na diminuição de ansiedade e
estresse, vê-se a necessidade de explorar seu significado. A palavra lazer vem do latim licere,
referindo-se a ser lícito, ser permitido, poder-se fazer (ROLIM In: ALMEIDA et al, 2005).
Há muitos anos o lazer vem sendo considerado um importante fator para mobilizar
mudanças comportamentais nos indivíduos, sendo elas em todos sentidos: de ordem moral,
cultural e social (MARCELLINO, 1996).
Nas sociedades pré-industriais o trabalho adaptava-se aos ciclos naturais da vida, como:
as estações do ano, o dia e a noite, os quais eram interrompidos por cerimônias, festas, jogos , que
não necessariamente significavam tempo de lazer (MARCELLINO, 1996).
Para Dumazedier (1980), sociólogo francês, o lazer nasce da evolução da sociedade
principalmente durante a revolução industrial, nela o processo de industrialização desenvolveu-se
com alteração do modo rural e artesanal de viver, modificando as relações do indivíduo com o
trabalho, com a família e com a sociedade.
As longas jornadas e condições insalubres de trabalho geravam intenso desgaste nos
indivíduos, não sobrando tempo, nem condições de terem entretenimento ou prazer, como
solução, surgem os sindicatos com a intenção de melhoria das condições laboriais, as greves e
manifestações aparecem para demonstrar o descontentamento geral que existia (DUMAZEDIER,
1980).
Com a instituição das primeiras leis trabalhistas, ocorre a redução da carga horária de
trabalho, e surge o tempo livre, tornando-se preciosa mercadoria (SANTOS, 1999). Portanto, o
lazer, para Marcellino (1996) surge como resposta a reivindicações sociais pela melhor
distribuição do tempo e do trabalho.
A evolução tecnológica, no início da década de 50, diminuiu as oportunidades de
interação social com a criação de meios de interação eletrônica (computador e televisão),
iniciando, assim, a era das atividades de lazer de natureza passiva. Compreende-se por lazer
passivo: atividades que não exigem esforços físicos mais intensos, envolvendo tarefas
predominantemente intelectuais em repouso, sentado ou em pé, sem deslocamento (EDGINTON
et al. In: ALVAREZ, 2002).
Neste estudo o conceito de lazer adotado é o mesmo sugerido por Barros (1999), o qual
define-o por atividades recreativas desenvolvidas fora e além das horas de trabalho, e segundo
Iwasaki e Mannell (2000), que caracteriza-o por liberdade e a capacidade de construção de
sentido através de ações individuais (IWASAKI, MANNELL, 2000).
A crença de que comportamentos de lazer o livremente escolhidos e diretamente
controlado pelo indivíduo, leva-o a disposição para autovalorização e a crer que ele é um direito
adquirido e facilitador da auto-expressão (SANTOS; RIBEIRO; GUIMARÃES, 2003).
Outra crença valorizada, refere-se a dimensão da amizade e companheirismo desenvolvida
nas atividades de lazer agindo como forma de apoio social, principalmente quando frente aos
agentes estressores, ocore a busca por ajuda.
Conforme Camargo e Bueno (2003), o ser humano necessita ser aceito, reconhecido,
receber atenção e afeto, e o estabelecimento de vínculos de amizade com o grupo de trabalho,
favorece oportunidade para que estas trocas ocorram. Estes autores acreditam que a valorização
do trabalho é determinada pelas relações interpessoais e pela satisfação das necessidades
materiais.
Diante destas considerações, evidencia-se que o lazer possui importante papel na
mobilização de mecanismos de enfrentamento frente aos problemas advindo do cotidiano do
indivíduo, tanto a nível pessoal, quanto profissional. Ele favorece o nível de saúde integral, com a
canalização da energia para aspectos saudáveis da vida, melhora o humor positivo e reduz o
humor negativo (SANTOS; RIBEIRO; GUIMARÃES, 2003), diminuindo assim, a ansiedade e
o estresse (BUENO apud PEREIRA, BUENO,1997).
Iwasaki e Mannell (2000) também corroboram que a manutenção de atividades de lazer e
a crença na sua eficácia, age como um moderador eficaz para a ansiedade e o estresse, ajudando a
manter o equilíbrio do indivíduo.
Enquanto agente para promoção de saúde integral, o lazer, então, possui três funções
primordiais, e são elas: descanso, divertimento (entretenimento) e desenvolvimento da
personalidade (DUMAZEDIER apud BUENO, 1981).
No estudo de Pereira e Bueno (1997), os profissionais de enfermagem de UTI
demonstraram reconhecer a importância da existência de momentos de lazer no ambiente de
trabalho, principalmente por propiciar um meio de comunicação e alíviar de tensões. Este mesmo
grupo de profissionais estudados reconhece que as atividades são desgastantes (50%), com longa
jornada (60%) e coloca os problemas referentes à comunicação, como um dos principais
responsáveis pela desmotivação profissional.
Em pesquisa realizada com 24 homens que trabalhavam em Associação de Funcionários
de Hospital Escola (entre eles, auxiliares de enfermagem e um enfermeiro), Camargo e Bueno
(2003) demonstraram que o lazer era compreendido pelo grupo, como essência e parte integrante
da vida na busca de liberação e prazer. Ou ainda, o lazer é uma ocupação à qual o indivíduo pode
entregar-se espôntaneamente, queira ele repousar, divertir-se, entreter-se ou cultivar o convívio
social, sem a pressão das obrigações profissionais, familiares e/ou sociais.
Diante da complexicidade das ações da equipe de enfermagem que trabalha com paciente
grave, torna-se primordial, que eles reconheçam seus sentimentos e necessidades para o
desenvolvimento de atividades de lazer que favoreçam o alívio de tensões.
Os sujeitos desta pesquisa deram relevância ao significado real do lazer, quando
demonstraram que os que realizavam atividades de lazer apresentavam menores níveis de
ansiedade e estresse.
Resposta Emocional identificada através do IAPS (International Affective Picture
System)
As correlações das médias obtidas no Self-Assessment Manink (SAM) pelos sujeitos ao
observarem as imagens, nas dimensões prazer e alerta, com a variável ansiedade traço estado
(IDATE T e E) e estresse (Inventário de Sintomas de Estresse para Adulto de Lipp ISSL),
quando avaliadas por ANOVA não apresentaram significância estatística. Ao contrário do
esperado, não houve alteração na resposta emocional a estímulos visuais de diferentes conteúdos
emocionais: agradáveis, desagradáveis ou neutra, independentemente da presença de estresse e
escores elevados de ansiedade.
Observou-se, que os profissionais com jornada superior a 40 horas semanais assim como
aqueles da Unidade de Emergência, tendiam a apresentar uma correlação significativa na
pontuação das imagens desagradáveis (violência, doença, catastrofes) na dimensão prazer. Isso
sugeriu que sua sensibilidade afetiva encontrava-se comprometida, pois não consideravam as
imagens desagradáveis tanto quanto os profissionais do Centro Cirúrgico e Unidade de Terapia
Intensiva (ANOVA p=0,011).
Aventa-se a possibilidade que a resposta alterada dos profissionais da Unidade de
Emergência esteja relacionada a outros fatores estressores como; o inesperado das situações
(parada cardiorespiratória, instabilidade hemodinâmica dos pacientes), frustação da perda após
tanto investimento (morte do paciente), insuficiência de recursos humanos e materiais (aparato
tecnológico) quando comparado com os outros setores, jornadas extenuantes e ininterruptas
(particularmente para os que possuem outro emprego), violência oriunda de uma população
inconformada com a assistência prestada e, por muitas vezes, a presença de pacientes extra-
numerários ultrapassando sua capacidade prevista de ocupação.
Como já salientamos, tal resposta alterada parece ser intensificada pela sobrecarga de
trabalho, visto que os sujeitos da pesquisa que possuem carga horária superior a 40 horas
semanais tem propensão para a mesma.
O estudo de De Martino e Misko (2004), avaliou o estado emocional de enfermeiros
durante seu desempenho profissional em unidades críticas, e observou que na Unidade de
Emergência, alguns dos profissionais, demonstravam-se fortemente cansados e não estar
confomados principalmente pela ausência de resoluções referentes á assistência ao paciente, ao
final de sua jornada de trabalho. As necessidades físicas específicas como cansaço, sono e
fome foram frequentes em todos.
Na tentativa de não haver diferenças nas respostas aos estímulos visuais, frente início,
meio e fim de jornada de trabalho, os sujeitos desta pesquisa observaram as imagens após um
período mínimo de 5 horas de atividade laborial.
A falta de alteração na resposta as imagens desagradáveis nas dimensões prazer e alerta,
por parte dos profissionais do CC e UTI pode estar ligada as diferenças estruturais e rotineiras
destes ambientes.
Procurando-se compreender os achados, buscou-se mais algumas referências e
correlações; cujos tópicos relevantes serão citados a seguir.
A emoção tem por função primordial a preparação do indivíduo para ação. É necessária
uma extração adequada das informações sobre o ambiente e um processamento sensorial ajustado
dos estímulos ambientais.
A estimulação visual no homem é uma das fontes sensoriais mais importante na
modulação do comportamento e, uma enorme porção do sistema nervoso é dedicada ao seu
processamento, ou seja é a maior área cortical dentre os sistema sensoriais. (FELLEMAN et al
apud VOLCHAN et al 2003)
Este fato, motivou a escolha do International Affective Picture System (IAPS),
instrumento dotado de estímulos emocionais que investigam emoção e atenção e Self-Assessment
Manink (SAM), sistema de escores afetivos que serve para classificar subjetivamente os
estímulos do IAPS.
Os métodos que utilizam instrumentos que permitem a percepção de figuras, costumam
ser eficazes para avaliar a psicofisiologia cognitiva da emoção. Para a indução de estados
emocionais, estes instrumentos devem ser padronizados e, sua eficácia comprovada
científicamente (RIBEIRO, 2003). Isto já ocorreu com os intrumentos utilizados através de
aplicações prévias.
Bradly e Lang (2000), ao utilizarem o IAPS, identificaram diferenças nas respostas aos
estímos na dimensão prazer relacionadas ao gênero. As mulheres, assinalaram reações altamente
desagradáveis à figuras ameaçadoras, ou que demonstravam a presença de vítimas. Ribeiro
(2003) em seu estudo para a validação do instrumento, identificou o mesmo fenômeno, embora
sem significância estatística.
Canli et al (2002 apud SCHULTZ, 2003) observaram diferenças entre os gêneros, quanto
a memória para experiências e estímulos emocionais, que ocorreriam devido ao fato das mulheres
evocarem mais eventos autobiográficos que os homens, com maior conteúdo emocional e com
uma retratação mais real.
Segundo Bradly e Lang (2000), isso seria originado de uma orientação altamente
defensiva ou de proteção e, uma disposição primária para evitar o perigo. Estes autores
articularam a teoria de que isto justificaria uma maior incidência de desordens ansiosas nas
mulheres em comparação aos homens.
Justificaria-se baseado nestas evidências, de uma maneira geral, a não ocorrência de
alterações significativas da resposta emocional frente as imagens desagradáveis, agradáveis ou
neutra, na maioria dos sujeitos, mesmo na presença de elevada incidência de níveis moderados de
ansiedade (traço e estado) e estresse.
Pereira et al (2001) em sua investigação sobre reatividade motora, após indução de um
estado emocional através de imagens agradáveis desagradáveis e neutras, observaram que os
indivíduos apresentavam lentificação da resposta motora, após a vizualização de imagens
desagradáveis, sugerindo que ao observar tais imagens, foram mobilizadas respostas como,
ativação de atenção seletiva natural, que opera em níveis precoces do processamento sensorial.
Moll et al (2001), também observou em seu estudo, maior produção de efeito modulatório
nos indivíduos ao observarem imagens desagradáveis, os quais se mostraram muito mais intensos
em relação a visualização de imagens agradáveis.
Mesmo inexistindo diferença estatíticamente significativa entre os veis de ansiedade e,
presença ou não de estresse, quando da observação das imagens por estes profissionais, pode-se
pensar que as alterações percebidas nos profissionais com carga horária acima de 40 horas e
locados na Unidade de Emergência, estejam ligadas ao desgate físico e emocional; que poderiam
alterar suas respostas as imagens desagradáveis, não por menor sensibilidade, visto que as
respostas na dimensão alerta foram similares aos demais.
CONCLUSÃO
De acordo com os objetivos propostos para esta pesquisa, conclui-se que:
Houve elevada presença de níveis moderados de ansiedade traço e estado em todas as
unidades, sendo que, a Unidade de Emergência foi o setor que apresentou maior incidência de
sujeitos com estresse e níveis altos de ansiedade traço e estado.
A incidência de profissionais com sintomas de estresse não foi tão significativa como se
imaginava, a maioria estava na fase de resistência com predomínio de sintomas fisiológicos.
Ocorreu relação significativa entre a presença de elevados níveis de ansiedade traço/ estado e
estresse;
Notou-se ainda que quanto maior o tempo de experiência na área de atuação mais
sintomas de estresse o indivíduo apresentava, fato que mostrou significância estatística.
A prática de atividades de lazer mostrou-se como atenuante para ansiedade e estresse.
Os profissinais que possuíam carga horária superior à 40 hora semanais e os que
trabalhavam na Unidade de Emergência apresentaram respostas menos intensificadas ao
observarem figuras desagradáveis na dimensão prazer, fato que não necessariamente esta ligado a
ansiedade ou estresse, já que não foi identificada significância estatística nesta relação.
Talvez a elevada exigência física, mental e emocional associada a privação emocional e
social fora de sua ocupação, principalmente, em função da longa jornada de trabalho e o cansaço
físico imposto por ela, leve os invíduos a apresentarem alterações de suas respostas emocionais,
sem isto significar que à diminuição de sua sensibilidade frente ao paciente ou familiar.
Para que se consiga melhorias nos cuidados de saúde destes profissionais seriam
necessárias ações frente as estruturas organizacionais, sócio-econômicas e culturais, com a
intenção de lhes fornecer instrumentos que facilitem a prevenção e reabilitação dos agravos
impostos pela sobrecarga de trabalho.
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setor fechado - estresse ocupacional. REME - Rev Min Enf. 2004; 8(2):290-294.
APÊNDICE 1
ROTEIRO DE ENTREVISTA
Iniciais:_______________________Idade: ____Sexo:_______________
Formação: _________________________________________________
Tempo de formação (anos): ____________________________________
Número de leitos sob seu cuidado:_______________________________
Experência prévia na área? sim não
Quantos anos?______________________________________________
Tem outro vínculo empregatício? sim não Setor:__________
Horário de trabalho: manhã tarde noite
Carga horária total por semana: 30 h 36 h 40 h mais de 40 h
Mora próximo do local de trabalho: sim não
Quanto tempo leva para chegar:______
Mantém atividade regular de lazer? sim não Quantas horas/semana:________
Mantém atividade física regular? sim não Quantas horas/semana:_________
Está estudando fora do local de trabalho? sim não
Apresenta deficiência visual? sim não
Usa: óculos lente contato cirurgia ocular
Dormiu bem? sim não
Sem efeito de calmante ou alcoól? sim não
ANEXOS
ANEXO 1
INVENTÁRIO DE ANSIEDADE TRAÇO:
IDATE T
QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO
Leia cada pergunta e faça um X no número que melhor indicar:
COMO VOCÊ GERALMENTE SE SENTE. LEGENDA
quase nunca 1
às vezes 2
frequentemente 3
quase sempre 4
concordo
1 sinto-me bem. 1
2
3
4
2 canso-me facilmente. 1
2
3
4
3 tenho vontade de chorar. 1
2
3
4
4 gostaria de ser tão feliz quanto os outros parecem ser. 1
2
3
4
5 perco oportunidades porque não consigo tomar decisões rapidamente. 1
2
3
4
6 sinto-me descansado (a). 1
2
3
4
7 sou calmo(a), ponderado(a) e senhor (a) de mim mesmo. 1
2
3
4
8
sinto que as dificuldades estão se acumulando de tal forma que não consigo
resolver. 1
2
3
4
9 preocupo-me demais com coisas sem importância. 1
2
3
4
10
sou feliz. 1
2
3
4
11
deixo-me afetar muito pelas coisas. 1
2
3
4
12
não tenho muita confiança em mim mesmo(a). 1
2
3
4
13
sinto-me seguro(a). 1
2
3
4
14
evito ter que enfrentar crises ou problemas 1
2
3
4
15
sinto-me deprimido(a).. 1
2
3
4
16
estou satisfeito(a). 1
2
3
4
17
idéias sem importância me entram na cabeça e ficam me preocupando. 1
2
3
4
18
levo os desapontamentos tão a sério que não consigo tirá-los da cabeça. 1
2
3
4
19
sou uma pessoa estável. 1
2
3
4
20
fico tenso(a) e perturbado(a) quando penso em meus problemas do momento. 1
2
3
4
TOTAL:
ANEXO 2
INVENTÁRIO DE ANSIEDADE ESTADO:
IDATE E
QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO
Leia cada pergunta e faça um X no número que melhor indicar:
COMO VOCÊ SE SENTE AGORA . LEGENDA
não 1
um pouco 2
bastante 3
totalmente 4
concordo
o
1 sinto-me calmo(a). 1
2
3
4
2 sinto-me seguro(a). 1
2
3
4
3 estou tenso(a). 1
2
3
4
4 estou arrependido(a). 1
2
3
4
5 sinto-me a vontade. 1
2
3
4
6 sinto-me perturbado(a). 1
2
3
4
7 estou preocupado(a) com possíveis infortúnios.
1
2
3
4
8 sinto-me descansado(a). 1
2
3
4
9 sinto-me ansioso(a). 1
2
3
4
10
sinto-me em casa. 1
2
3
4
11
sinto-me confiante. 1
2
3
4
12
sinto-me nervoso(a). 1
2
3
4
13
estou agitado(a). 1
2
3
4
14
sinto-me uma pilha de nervos. 1
2
3
4
15
estou descontraído(a). 1
2
3
4
16
sinto-me satisfeito(a). 1
2
3
4
17
estou preocupado(a). 1
2
3
4
18
sinto-me superexcitado(a) e confuso(a). 1
2
3
4
19
sinto-me alegre. 1
2
3
4
20
sinto-me bem. 1
2
3
4
TOTAL:
ANEXO 3
INVENTÁRIO DE SINTOMAS DE ESTRESSE
PARA ADULTO - LIPP:
ISSL
ANEXO 4
INTERNATIONAL AFFECTIVE PICTURE SYSTEM:
IAPS
INSTRUÇÕES
Nós agradecemos sua participação neste
experimento.
A seguir, você olhará para diferentes figuras
projetadas, e deverá classificá-las em termos
de:
Como fizeram você se sentir enquanto as
olhava.
NÃO EXISTE RESPOSTAS CERTAS OU ERRADAS.
então responda o mais sinceramente possível
Esta figura por exemplo, será um dos tipos de
figuras que você estará vendo e classificando.
Essa será sua folha de resposta
.
Você irá usar uma linha para classificar cada figura
que você observar. O mero do slide projetado
deve corresponder a linha numerada.
1.
2.
3.
5.
4.
6.
7.
8.
AGRADÁVEL DESAGRADÁVEL
ALERTA RELAXADO
9.
10.
Ex. se o slide for o
n
o
4 suas respostas
deverão ser
marcadas na linha 4
Observando cada linha ampliada notamos que 2
conjuntos de 5 desenhos cada, arranjados numa
seqüência.
DIMENSÃO PRAZER
AGRADÁVEL DESAGRADÁVEL
DIMENSÃO ALERTA
ALERTA
RELAXADO
Você podefazer suas classificações marcando um X sobre
um dos desenhos de cada escala ou ainda entre estes
desenhos.
Voltando ao EXEMPLO DE FIGURA 1:
Se a figura te deixou muito FELIZ, ALEGRE, SATISFEITO, isto é, se a
figura foi agradável para você, faça um X sobre o desenho mais feliz de
todos, à esquerda, assim:
Se a figura te deixou muito RELAXADO, TRANQÜILO, SERENO, isto é,
se você ficou completamente relaxado enquanto estava vendo a figura,
faça um X sobre o desenho da direita, assim:
EXEMPLO DE FIGURA - 2
Se você fica completamente neutro, isto é, se a figura não foi nem
agradável, nem desagradável, faça um X sobre o desenho do
meio, assim:
Se você não se sentiu nem alerta nem relaxado enquanto estava
olhando a figura, faça um X sobre o desenho do meio, assim:
EXEMPLO DE FIGURA - 3
Se a figura apresentada te deixa muito INFELIZ, ABORRECIDO,
INSATISFEITO, MELANCÓLICO OU ENFADADO, isto é,
se a figura foi muito desagradável para você, faça um X sobre o
desenho mais infeliz de todos, à direita, assim:
Se a figura te deixa muito ALERTA, VIGILANTE, AGITADO,
ESTIMULADO, IRRIQUIETO OU NERVOSO, isto é, se você
ficou completamente ligado enquanto estava vendo a figura,
faça um X sobre o desenho da esquerda, assim:
As escalas também permitem que você faça uma classificação
intermediária entre os desenhos extremos, bastando colocar
um X entre os desenhos que representam melhor o que você
sentiu ou mesmo no quadrado entre os desenhos, assim:
Por favor, classifique as figuras de acordo com o que você sentiu enquanto
as via, tente se concentrar e seja sincero. Se você o conseguir classificar
alguma figura deixe a linha correspondente em branco.
Cada figura será apresentada inicialmente por um slide com o seu número
por 5 segundos, logo após aparecerá a imagem por 5 segundos e você terá 15
segundos para responder. Após este tempo será apresentada a próxima.
Durante a apresentação é importante que você se concentre na figura e não
mova os olhos para fora da tela. Faça a classificação após a figura ter sido
removida da tela.
Lembre-se sempre de checar se está fazendo a classificação na linha certa.
Qualquer dúvida adicional pergunte ao experimentador que o está
acompanhando antes do início do experimento.
Não deverá ocorrer nenhuma interrupção durante a apresentação das figuras.
A interferência de uma única pessoa pode invalidar todo experimento.
NOVAMENTE, GOSTARÍAMOS DE AGRADECER SUA
COLABORAÇÃO E PACIÊNCIA NA REALIZAÇÃO DESTE TESTE.
Antes de começarmos, gostaríamos que você
praticasse sua classificação das figuras a serem
apresentadas a seguir, nas três primeiras linhas da
folhas de exemplos ( SLIDE 1, 2 e 3)
SLIDE 1
SLIDE 2
SLIDE 3
ANEXO 5
SELF ASSESSMENT MANINKIN:
SAM
1.
2.
3.
5.
4.
6.
7.
8.
AGRADÁVEL DESAGRADÁVEL
ALERTA RELAXADO
9.
10.
ANEXO 6
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE
e
ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE PSICOLOGIA E FONOAUDIOLOGIA
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, ______________________________________________________, consinto em participar
do estudo sobre ANSIEDADE, ESTRESSE E RESPOSTA EMOCIONAL DE PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM QUE TRABALHAM EM UNIDADES DE PACIENTES CRÍTICOS.
Fui orientado(a) que os questionários do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE),
Inventário de Sintomas de Stress de para Adulto de Lipp (ISSL) e teste de emoção e atenção serão arquivados
respeitando as condições de sigilo e anonimato, não havendo nenhum tipo de implicação para minha vida
profissional, assim como nenhum risco.
Tenho conhecimento que possuo a liberdade de recusar-me a participar da pesquisa, em qualquer
momento, sem que haja qualquer prejuízo ou penalidade, assim como poderei ter acesso aos dados em qualquer fase
do estudo.
Concordo que os resultados obtidos sejam utilizados para apresentação em eventos científicos e
publicações em periódicos.
O estudo será realizado pela pesquizadora Rosana Pires Russo Bianco e coordenado pelo Prof.
Dr. Renato Teodoro Ramos, Professor da Universidade Metodista de São Paulo.
Declaro, portanto, que recebi informações detalhadas sobre a natureza e objetivos do estudo e
sobre as solicitações que me serão feitas.
São Paulo, ____ de __________________de 2006.
______________________________________________________ _________________________________
Assinatura RG
________________________________________ __________________________________
Rosana Pires Russo Bianco Prof. Dr. Renato Teodoro Ramos
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