ao José. Acho que a prmeira questão seria qual o princfpio, qual o instrumento, se a
Ciência é princípio, se a técnica é instrumento ou se técnica seria meio e fim. Dentro
disso acho que nós podemos resgatar, tentando pegar uma visão mais abrangente da
DEMEC e da supervisão, que estão juntas. Acho que, no primeiro dia,ficamos um
pouco preocupados com o problema da legislação. Fazemos, na DEMEC, por
injunções da própria indefinição da supervisão, uma tarefa que trata uma parte no
geral, que seria uma função executiva, uma parte no particular, ainda na legislação,
que é uma função legislativa de ajudar casos particulares e uma função legislativa de
criar a própria legislação, que é uma função ainda do CFE. Ora, se ficarmos com as
três funções, vamos ficar atolados de legislação, com essa hipertrofia de funções,que
nos limita a uma visão de campo mais abrangente. Acredito que temos que pensar se
faremos um trabalho no geral, quer dizer, vamos ser generalistas, ou vamos nos es-
pecializar, vamos ser especialistas em legislação, especialistas em avaliação ou es-
pecialistas em outra área qualquer que a dinâmica da vida vai nos pedir. Parece um
ponto importante. A DEMEC vai fazer as leis, através do CFE, vai ajudar casos parti-
culares, através de processos, de decisões, de pareceres, a nível de judiciário, dentro
ainda do âmbito do MEC, enquanto instituição? A DEMEC vai trabalhar uma legisla-
ção no geral das instituições, como uma função executiva, ou a DEMEC vai simplifi-
car isto e não vai fazer as três funções - legislativa, executiva e judiciária, que a faria
ficar no cipoal legislativo? Acho que este ponto é fundamental e foi muito discutido no
trabalho de grupo, onde tivemos uma ênfase na parte legislativa. Não que ela não seja
essencial e não deva ser feita com refinamento e com critério. Ê preciso saber se a
DEMEC trabalha exclusivamente com legislação ou se a DEMEC tem uma dimensão
mais generalista. Que aliados teremos se formos ficar no âmbito oficial e que
aliados teremos se formos trabalhar mais com a sociedade? Temos que ver como
poderíamos harmonizar uma intervenção nas instituições, junto aos seus dirigentes,
aos seus departamentos, aos seus alunos, aos elementos que abrangem pesquisa,
estágio e extensão ou se então ficaríamos limitados puramente a um trabalho de
ensino. Se ficarmos dentro dos objetivos estratégicos do Estado, ficaremos
trabalhando a DEMEC enquanto instituição pública dentro de um circuito interno
público, mais ou menos fixados no próprio mundo nosso, corporativo, público,
exclusivo. Nós, então, pensamos que daria para harmonizar um trabalho depois de
bem avaliadas as possibilidades e trabalhar com órgãos de classe, trabalhar com
associações, inclusive divulgando na imprensa como produtividade alguns resultados,
algumas falhas, alguns sucessos do nosso trabalho e usando a sociedade como um
canal de comunicação, essa porosidade que a DEMEC poderia ter junto à sociedade,
quais os recursos, quais os limites, se isso é viável e se for viável qual a nossa
decisão para que isso seja feito de maneira bem consistente, continuada e objetiva.
Então me parece que esse é um ponto importante e hoje estamos retomando o
problema da Ciência de novo. Voltamos ao problema do público e do particular, ao
problema do poder e ao problema do saber. Quando falamos em supervisão falamos
na técnica mas a supervisão é uma ciência. Acho que as DEMECs devem estar
muito atentas ao trabalho com a universidade para que o referencial teórico, a base, a
metodologia científica seja buscada na universidade porque a supervisão é uma téc-
nica, a avaliação é uma técnica. Um planejamento de trabalho é um instrumento de
trabalho, é uma técnica. Queremos saber quais os critérios, qual a visão descritiva da
realidade, qual a visão validada da realidade que a Ciência nos deu, qual o universo
que atuamos, o universo físico, social, económico. Então temos que buscar, atrás de
uma metodologia de supervisão, um embasamento teórico, um referencial teórico, o