A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL NO ÂMBITO DO ESTADO BRASILEIRO
no seu Ql é, justamente, o aprendizado da língua.
Por ser difícil, a criança desde cedo se debruça nos
seus estudos, dando-se, por conseguinte o aprimo-
ramento muito grande da inteligência, do raciocínio
da criança que se transforma no adolescente, no
homem do amanhã, de maneira que é muito impor-
tante nós dos Estados entendermos que o pré-esco-
lar possa acontecer.
Quanto ao apelo dos Secretários de Educação
com relação aos Municípios, eu tenho a dizer tam-
bém, a bem da verdade, neste ensejo não fala o se-
cretáno de um Estado, fala um representante, até
onde eu posso ser fiel, porque, aqui, eu tenho de
transmitir uma média de postura de comportamento
dos Estados brasileiros. De fato, essa aproximação
é considerada ainda pequena, parca, falha, diga-se
das secretarias estaduais com as universidades, das
Secretanas Estaduais com os Municípios, embora
devesse haver uma mão dupla de reciprocidade.
Não incumbe apenas à Secretaria do Estado pro-
curar essa via dupla. Há Estados onde isso aconte-
ce mais aguçadamente, outros menos. De qualquer
forma, é um ponto que precisa ser trabalhado, esti-
mulado. Eu não sei se daqui não deveríamos formar
vários secretários multiplicadores nos Estados, reu-
nindo-os enquanto Secretaria de Educação e Muni-
cípios, convocando a representação das ONGs, pois
em vários Estados há uma aproximação, em outros
não. Ainda entendemos, como média, que essa
interação deve ser aprofundada, essa parceria
precisa ser procurada, tem de ser estabelecida à
margem de qualquer outra facção, de qualquer outra
postura que, de súbito, possa gerar o afastamento.
Porque todos nós sabemos das filosofias de traba-
lho, mas todos têm como ponto de busca a mesma
coisa: o aprimoramento, o aperfeiçoamento do pro-
cesso educacional. Então, confessadamente, os Es-
tados brasileiros em média, não estão tendo uma
boa aproximação, pois ela é parca, é falha, não por
ser má e por ser briguenta, oposicionista, acirrada e
açodada, mas poderia ser muito maior esse dar-de-
nós, essa conjuminação de idéias, de forças, de pro-
postas e outras ações comuns que precisam ser da-
das para que haja o atingimento de um ensino melhor,
de uma educação maior. Eu lamento a burocracia,
ela existe, os vírus "burocráticos" estão sempre ati-
rando contra nós. A nível de Estado, a nível Muni-
cipal, o tempo que se perde na prestação de contas
de projetos! E, agora, eu abro um parêntese para
louvar - sem que isso possa parecer uma tentativa
de agrado, não faz o meu estilo - mas a gestão atual
do Governo Federal, do Ministro Professor Murílio
Hingel, é realmente profícua, importante, democrá-
tica que vem abrindo uma série de seminários, de
foros, de debates, de aperfeiçoamentos, de compe-
tência em liberações, também de recursos. Todavia,
não se pode mentir. Primeiro, o tempo dele é curto
de apenas um ano e pouco, com um horizonte de 5
meses. Isso é muito pequeno, diminuto, numa polí-
tica educacional,lamentavelmente, porque, sem dú-
vida nenhuma, ele, na condição de professor com-
prometido com a educação, se tivesse um pouco mais
de tempo, culminaria sua gestão com um grande
espaço, além dos inúmeros. O plano decenal é
qualquer coisa de extraordinário o quanto estamos
debruçados, Escola por Escola, Município, entida-
des Não-Governamentais, isso eu posso dizer, em
nível de Estado, posto que atingimos médias
alviçareiras, importantes a uma boa política educa-
cional.
Ainda restam-me dois minutos. Se a nossa coor-
denadora permitir, eu vou esgotar esse tempo di-
zendo que, realmente, eu trago do CONSED, do
presidente Marcos Guerra, uma mensagem de cren-
ça, de confiança, parabenizando o MEC, a Comis-
são Nacional de Educação Infantil, todos quantos
aqui vieram, lamentando as dificuldades, os recur-
sos, porque vimos, mal começou o Seminário, uma
manhã e um pedaço da tarde, quantas idéias, quantas
dificuldades! Vem de imediato a pergunta: E os re-
cursos? Por que são parcos? Os Estados, os Muni-
cípios não estão de todos satisfeitos com as arreca-
dações. O próprio Governo Federal - veja-se que
hoje é o dia 9 de agosto - ainda não aprovou o orça-
mento nacional. Isso preocupa. O que está sendo
destinado à educação infantil é pouco, o problema
merenda, que é algo importante à nutrição, melho-
rou no ano passado e neste também. Portanto, há
um crescer de melhoria, mas é um programa ainda
com bastante falhas.
Eu concluo as minhas palavras depositando a
minha crença, em nome dos colegas do CONSED,