Secretaria de Vigilância em Saúde/MS
Anais da 5ª EXPOEPI • Resumos
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Curitiba, capital do estado do Paraná, e 13 cidades do estado de Santa Catarina.
Os casos de EARH foram de crianças de 1-4 anos de idade, vacinadas com VTV-A
entre os dias 16 e 23 de agosto daquele ano e que apresentaram manchas verme-
lhas pelo corpo e/ou edema de face e/ou de extremidades e/ou de órgãos genitais
em até 24h pós-vacinação. Controles assintomáticos foram obtidos na vizinhança
– mesma faixa etária, vacina e período de vacinação. Questionário com informa-
ções demográficas, clínicas e vacinais foram respondidos pelos responsáveis. A
Odds Ratio (OR) ou a OR ajustada (ORa) foram utilizadas [significância p<0,05;
intervalo de confiança de 95% (IC95%)] como medidas de associação. Um estudo
sobre dados do Sistema de Informação de EAPV (SI-EAPV) no período de 2000
a 2004 comparou proporções de EARH por doses distribuídas de VTV de dife-
rentes laboratórios. Foram utilizados o qui-quadrado e o t student como testes
estatísticos. Amostras de diferentes lotes da VTV-A foram analisadas pelo Institu-
to Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Estudos laboratoriais
complementares para quantificação de anticorpos IgE contra componentes vaci-
nais [radioallergosorbent test (RAST)] e verificação da resposta imunológica à va-
cina (teste Elisa) foram realizados com amostras de soro dos casos e controles. In-
vestigaram-se 234 crianças (49 casos e 185 controles). Dados demográficos como
sexo, raça/cor e renda familiar mostraram-se homogêneos entre casos e controles.
A média de idade, em meses, foi de 30 (DP±15) para casos e 36 (DP±14) para con-
troles (p=0,007). A mediana do tempo de início dos sintomas pós-vacinação foi
de 42 minutos (intervalo: 5min-24h), 75% em até duas horas. Manchas vermelhas
apareceram em 96% dos casos; hiperemia ocular, edema de face, prurido/coceira
pelo corpo e febre foram citadas em mais de 50%. Procuraram atendimento médi-
co 94% dos casos, 6% ficaram internados e 79% receberam medicamentos – entre
os quais, mais freqüentes os anti-histamínicos (71%), os antitérmicos (35%) e os
corticóides (15%). Um percentual superior a 90% dos casos e controles recebeu a
segunda dose da VTV na campanha, sem diferença significativa com relação ao
laboratório fabricante da primeira dose; contudo, houve diferença entre casos e
controles no intervalo de tempo médio da primeira para a segunda dose, de 16
meses (DP±14) para casos e de 22 (DP±13) para controles (p=0,005). Ajustada
para idade na análise de regressão logística, um intervalo <6 meses entre 1ª e 2ª
doses mostrou uma ORa de 3,2 (β=1,17; IC95%=1,2-8,8; p=0,02). Outras vari-
áveis avaliadas não mostraram diferenças significativas, estatisticamente. Entre
os anos de 2000 e 2003, a proporção de EARH da VTV-A foi de 0,95/10
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doses
distribuídas; maior que a proporção correspondente de todos os demais labora-
tórios juntos, de 0,08/10
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(p<0,001). Em 2004, a VTV-A apresentou proporção de
15,28/10
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doses distribuídas, mais que a VTV-B (1,16/10
5
) e a VTV-C (0,64/10
5
)