1.1 um p ouco da hist
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oria 2
em aplica¸c˜oes m´edicas [2]. At´emeadosdad´ecada de sessenta era considerado imposs´ıvel
utilizar fibras de vidro como meio f´ısico de transmiss˜ao, principalmente devido aos altos
n´ıveis de perdas inseridos pelos vidros existentes na ´epoca, capazes de atingir milhares
de dB/km de atenua¸c˜ao na transmiss˜ao da luz. Foi ent˜ao que, em 1966, os pesquisadores
Kao e Hockman apresentaram um trabalho mostrando que os altos n´ıveis de perdas
introduzidos pelas fibras ´opticas era devido principalmente `apresen¸ca de impurezas e
n˜ao devido ao material do vidro utilizado, podendo, assim, atrav´es da purifica¸c˜ao do
material b´asico da fibra, chegar a perdas de 20 dB/km [2, 4]. Com a id´eia da utiliza¸c˜ao de
fibras ´opticas como guias de sinais ´opticos, come¸cou uma corrida em busca da purifica¸c˜ao
do vidro e o estudo dos problemas de transmiss˜ao em fibras ´opticas. Assim, em 1972,
a Corning Glass Works anunciou a fabrica¸c˜ao de fibras ´opticas multimodo com perdas
inferiores a 4 dB/km,ej´a no ano seguinte, a Bell Laboratories alcan¸ca perdas menores
que 2,5 dB/km. No fim dos anos setentas, fibras com perdas pr´oximas do limite das
perdas intr´ınsecas foram reportadas, perdas estas em torno de 0,46 dB/km na regi˜ao de
1200 nm. Em 1979 foi anunciada, no Jap˜ao, uma fibra monomodo com atenua¸c˜ao de 0,2
dB/km na regi˜ao de 1550 nm [2].
Paralelamente `as pesquisas em fibras ´opticas, surgiu, no in´ıcio da d´ecada de sessenta, o
processo de gera¸c˜ao de luz coerente que tornaria vi´aveis as comunica¸c˜oes ´opticas. Primeiro
veio o MASER (Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation), inven-
tado pelo americano C. H. Townes e colaboradores. Depois veio o LASER (Light Amplifi-
cation by Stimulated Emission of Radiation), primeiramente constru´ıdo por T. Maiaman
em 1960, usando um bast˜ao de rubi. Mas foi M. Nathan, R. N. Hall e seus colaboradores,
que, em 1962, anunciaram a gera¸c˜
ao de luz coerente usando diodos de GaAs, operados
sobre polariza¸c˜ao direta. O problema foi que estes primeiros lasers de diodo, chamados
de lasers de homojun¸c˜ao, s´o funcionavam a temperaturas muito baixas. Ap´os, veio a
tecnologia de camadas epitaxiais sobre um substrato, dando in´ıcio, assim, a uma nova
gera¸c˜ao de lasers de diodo, os chamados lasers de heteroestrutura, que funcionava a cor-
rente de opera¸c˜ao baixa. Z. I. Alferov foi o pai dos lasers de heteroestrutura [2, 4, 6].
Estes lasers de heteroestrutura s˜ao os lasers utilizados atualmente nas telecomunica¸c˜oes,