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consumido álcool; 11% usaram tabaco; 7,8% solventes; 2% ansiolíticos e 1,8% utilizaram
anfetamínicos. Considerando todos os alunos da amostra, as taxas de prevalência de uso freqüente
(seis vezes ou mais por mês) para álcool e tabaco mostraram-se altas, 15% e 6,2%, respectivamen-
te, seguidas dos solventes (1,3%), maconha (1,1%), ansiolíticos (0,7%), anfetamínicos (0,7%) e
cocaína (0,4%).
Na mesma direção, estudo realizado, também em 1997, constatou que 88,1% das crianças
e adolescentes em situação de rua já haviam utilizado algum tipo de droga na vida
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, excluindo álcool
e tabaco. Destas, 71,7% foram classificadas na categoria do uso recente, ou seja, haviam consumi-
do as substâncias no mês anterior à pesquisa. A análise desses dados leva à suposição de que o uso
da droga é um comportamento muito presente no cotidiano dessas crianças e adolescentes, geran-
do problemas orgânicos, psicológicos e sociais que se somam à própria situação de rua.
Pesquisa realizada em 1999
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, com conscritos do Exército Brasileiro, constatou que 20%
deles já haviam experimentado maconha, sendo que 5% faziam uso regular. Sobre o consumo de
cocaína, em suas várias formas possíveis de uso, identificou-se que a mais utilizada era a cocaína
cheirada – sendo que 7,2% já haviam experimentado a droga e 1,5% faziam uso regular da droga.
Estes percentuais reduziram-se para 4% e 1,1% no que se refere ao consumo de crack, e para
1,9% e 0,7% em relação à cocaína injetada. Importante ressaltar que, em relação ao álcool, 50%
relataram uso constante.
Dados do primeiro estudo epidemiológico nacional
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, realizado em 2002, identificaram que
as drogas mais consumidas pela população brasileira são o álcool (67,9%) e o tabaco (42%). Em
seguida, tem-se, como drogas de consumo significativo, a maconha (6,3%), os solventes (5,4%), os
orexígenos (4,4%), os benzodiazepínicos (3,5%), a codeína (2,1%) e a cocaína (2,1%).
2
Os estudos foram realizados em crianças e adolescentes em situação de rua, abrangendo seis capitais brasileiras.
3
A pesquisa foi realizada pelo Ministério do Exército e pela Fundação Oswaldo Cruz do Ministério da Saúde, em uma
população de 29.373 servidores do Exército do Brasil, focalizando o consumo de substâncias psicoativas e suas relações
com o comportamento de risco à infecção pelo HIV.
4
A Secretaria Nacional Antidrogas, por meio do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID
promoveu, no ano de 2002, o I Levantamento Nacional Domiciliar sobre o Uso de Drogas, nas 107 maiores cidades
brasileiras.