Download PDF
ads:
CRISTIANO DAISSUKE HIGO
AMELOBLASTOMA: PERFIL BIODEMOGRÁFICO COMPARATIVO
POR CONTINENTE
São Paulo
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Cristiano Daissuke Higo
Ameloblastoma: perfil biodemográfico comparativo por continente
Dissertação apresentada à Faculdade de
Odontologia da Universidade de São
Paulo, para obter o título de Mestre, pelo
Programa de Pós-Graduação em
Odontologia.
Área de Concentração: Semiologia
Orientador: Prof. Dr. Fernando Ricardo
Xavier da Silveira
São Paulo
2007
ads:
FOLHA DE APROVAÇÃO
Higo CD. Ameloblastoma: perfil biodemográfico comparativo por continente
[ Dissertação de Mestrado] São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2007.
São Paulo, / /2008
Banca Examinadora
1) Prof(a). Dr(a).____________________________________________________
Titulação: _________________________________________________________
Julgamento: __________________ Assinatura: __________________________
2) Prof(a). Dr(a).____________________________________________________
Titulação: _________________________________________________________
Julgamento: __________________ Assinatura: __________________________
3) Prof(a). Dr(a).____________________________________________________
Titulação: _________________________________________________________
Julgamento: __________________ Assinatura: __________________________
DEDICATÓRIA
À minha família, com amor, admiração e gratidão por sua compreensão, carinho,
presença e incansável apoio ao longo do período de elaboração deste trabalho e da
minha vida. Sem eles o mundo seria uma escuridão.
A Bianca Delizio pelo seu companheirismo, carinho e amor e a sua luz.
Ao meu amigo Milton Meszberg por sua eterna amizade e companheirismo.
Aos Professores da Disciplina de Estomatologia Clínica a Faculdade de Odontologia
da Universidade de São Paulo, pela amizade e convivência científica compartilhada.
Ao meu orientador Prof. Dr. Fernando Ricardo Xavier da Silveira minha eterna
admiração.O seu legado estará presente em toda minha vida.
Aos colegas do Curso de Pós-Graduação em Diagnóstico Bucal pela sua amizade e
companheirismo.
Higo CD. Ameloblastoma: perfil biodemográfico comparativo por continente
[Dissertação de Mestrado] São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2007.
RESUMO
O ameloblastoma é uma das neoplasias odontogênicas mais freqüentes
universalmente. Seu estudo se reveste de grande importância porque, não obstante
benigna, é localmente agressiva, com alto índice de recorrências, sendo o
tratamento cirúrgico radical, com margem de segurança, freqüentemente
preconizado, e tido, por boa parcela de especialistas, como única alternativa efetiva
para seu tratamento. Em decorrência, observam-se, muitas vezes, seqüelas
importantes, do ponto de vista funcional e estético, para os pacientes acometidos
por essa neoplasia. O objetivo do presente trabalho foi revisar a literatura, traçando
um perfil comparativo, por continente, da biodemografia do ameloblastoma, com
ênfase na discussão de suas possíveis diferenças e similitudes regionais. As
informações coletadas na literatura disponível para consulta indicaram ter sido a
segunda neoplasia de origem odontogênica mais prevalente universalmente,
ressalvada a consideração sobre os odontomas serem ou não, classificados como
neoplasias. Foi mais freqüente no gênero masculino. A localização mais comum do
ameloblastoma foi no segmento posterior da mandíbula, sendo essa, uma
unanimidade nos trabalhos consultados. Houve diferenças regionais quando se
comparou aspecto relativo aos itens estudados (freqüência do ameloblastoma em
relação às neoplasias odontogênicas; incidência do ameloblastoma em relação ao
gênero). Foi encontrada, na revisão de literatura pesquisada, uma freqüência
significativa de informações incompletas
com relação aos itens estudados, sendo exceções, os trabalhos referentes aos
continentes, europeu e africano
Palavras-Chave: Neoplasia odontogênica, Ameloblastoma
Higo CD. Ameloblastoma: a continental comparative biodemographic profile
[Dissertação de Mestrado] São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2007
ABSTRACT
Ameloblastoma is one of the universally most prevalent odontogenic neoplasias. Its
correct knowledge has great importance in view of its local aggressiveness potential,
although being a benign neoplasia, with a high number of recurrences. The elective
treatment for ameloblastoma is the surgical radical resection with safety margins,
being in the opinion of many specialists, the only correct method for its management.
Notwithstanding of this fact, functional and aesthetical damage has been frequently
observed after treatment, among the patients suffering from this neoplasia. The
purpose of the present study was to perform a literature review, building a
comparative continental profile of ameloblastoma biodemographics, emphasizing the
discussion of its possible regional differences and similarities. The information
collected from the literature indicated ameloblastoma as the second most frequent
odontogenic neoplasia, despite of the consideration on the odontoma classification
as a true neoplasia or not. Ameloblastoma was more frequent among male gender
and the most common location was in the posterior segment of the jaw, being this
data unanimous among the literature. There were regional differences regarding
some of the studied variables (freqüency of ameloblastoma related to odontogenic
neoplasias and related to gender). Incomplete data was an important occurrence
during the literature reviewing, with exception of the papers from European and
African continents.
Keywords: odontogenic neoplasia, ameloblastoma
SUMÁRIO
. p.
1 INTRODUÇÃO....................................................................................8
2 PROPOSIÇÃO .................................................................................10
3 REVISÃO DA LITERATURA............................................................11
3.1 Generalidades e aspectos clínicos...............................................................11
3.2 Aspectos radiográficos..................................................................................13
3.3 Aspectos hitopatológicos..............................................................................14
3.4 Tratamento......................................................................................................16
3.5 Aspectos biodemográficos do Ameloblastoma...........................................17
3.5.1 Ásia................................................................................................................18
3.5.2 Américas........................................................................................................22
3.5.3 Europa...........................................................................................................28
3.5.4 África………………………………………………………………………….........31
4 DISCUSSÃO.....................................................................................34
4.1 Ásia..................................................................................................................35
4.2 Américas…………………………………………………………………………….37
4.3 Europa..............................................................................................................39
4.4 África................................................................................................................40
4.5 Considerações finais......................................................................................41
5 CONCLUSÕES.................................................................................44
REFERÊNCIAS...................................................................................45
8
1 INTRODUÇÃO
As neoplasias odontogênicas são originadas de remanescentes e derivados
do epitélio odontogênico sem a participação do respectivo ectomesenquima,
exibindo uma considerável variável histológica e podem ser benignas e malignas
(NEVILLE; ALLEN; BOUQUOT,1995).
Dentre as benignas, o ameloblastoma é o tumor mais freqüentemente
encontrado de origem do epitélio odontogênico derivado de restos epiteliais do órgão
do esmalte maduro, do órgão do esmalte em formação e também de células basais
do epitélio estratificado que recobre a mucosa bucal (REGEZI; KERR; COURNEY,
1978).
Foi descrito pela primeira vez na literatura por Broca em 1827, não obstante
Gusack em 1827 tenha registrado uma neoplasia de maxilares que para alguns
representaria a primeira descrição. Falksson em 1879 foi quem primeiro apresentou
uma descrição completa da lesão. Malasses em 1885 introduziu o termo
adamantinoma, modificado por Churchill em 1934, que adotou a termo
ameloblastoma, justificando que a primeira denominação não era pertinente, pois
conotava formação de tecido duro, o que não ocorre com essa lesão (SMALL;
WALDRON, 1955).
Seu estudo se reveste de grande importância porque, não obstante benigna,
é localmente agressiva, com alto índice de recorrências, sendo o tratamento
cirúrgico radical, com margem de segurança, freqüentemente preconizado, e tido,
por boa parcela de especialistas, como única alternativa efetiva para seu tratamento.
9
Em decorrência, observam-se, muitas vezes, seqüelas importantes, do ponto de
vista funcional e estético, para os pacientes acometidos por essa neoplasia.
Com o avanço da tecnologia referente ao diagnóstico, consegue-se
atualmente uma delimitação precisa, quer seja do ponto de vista histológico,
geográfico e de relações com estruturas adjacentes, abrindo uma perspectiva para
novas discussões com respeito à aplicação de alternativas terapêuticas mais
conservadoras no manuseio do ameloblastoma. Em conseqüência, nota-se um
aumento de casos dessa neoplasia, tratados de maneira menos radical, causando,
ainda, controvérsias, no meio especializado.
10
2 PROPOSIÇÃO
Foi nosso objetivo, no presente trabalho, revisar a literatura, traçando um
perfil comparativo, por continente, da biodemografia do ameloblastoma, com ênfase
na discussão de suas possíveis diferenças regionais.
11
3 REVISÃO DA LITERATURA
3.1 Generalidades e aspectos clínicos
O Ameloblastoma inicia-se como uma lesão central, lentamente destrutiva,
com tendência maior a expandir o osso em vez de destruí-lo. Normalmente é indolor,
a menos que infectado secundariamente, não produzindo com freqüência os sinais e
sintomas comuns ao comprometimento das terminações nervosas. A evolução às
vezes dura anos e embora nesses casos a expansão possa causar desfiguração
facial, não ocorre ulceração, pois usualmente não se nota solução de continuidade
da mucosa, a não ser em estágios avançados, quando pode apresentar dor,
parestesia, fraturas e profileração intrabucal. Mobilidade e deslocamento dos dentes
da região não são incomuns, podendo ocorrer, em alguns casos, reabsorções
radiculares (SHAFFER, 1985; FREITAS ,1984).
Com relação à incidência, o ameloblastoma é quatro vezes mais freqüente na
mandíbula do que na maxila (CHAUDHURI, 1975) e raramente afeta tecidos
adjacentes, sendo a maior ocorrência durante terceira e quarta décadas (JOSEPH;
SAVAGE, 1992), igualmente com relação ao gênero. (REICHART; PHILIPSEN,
1999). Representa aproximadamente 1% de todos os cistos e neoplasias da
mandíbula, ocorrendo com maior freqüência nas regiões de molares e ramo. Na
maxila, sua incidência é de 47% na região de molares, 33% na região anterior e
12
parede inferior da região nasal, 9% na região de pré-molares e caninos e 2% no
palato (SMALL; WALDRON, 1955).
13
3.2 Aspectos radiográficos
Os aspectos radiográficos dos Ameloblastoma são muito variáveis,
dependendo da duração, da localização e da extensão da lesão. Podem apresentar
aspecto radiográfico uni e multicular; no caso de ser unilocular, a lesão se apresenta
de forma arredondada, com uma área radiolúcida de tamanho variável, centralmente
localizada.
Nos estágios iniciais, o trabeculado ósseo pode-se apresentar expandido
pelo tumor, sem comprometimento da cortical óssea. As lesões mais características
se apresentam de forma irregular, com áreas radiolúcidas multiloculares, sendo
esses lóculos parcialmente separados por um delgado septo ósseo, apresentando
variáveis graus de densidade. Nos casos em que os compartimentos são pequenos,
apresentam o aspecto conhecido como “favos de mel” e quando os compartimentos
são maiores assumem a imagem descrita como “bolhas de sabão” (FREITAS ,1984;
SHAFFER, 1985).
Normalmente, a cortical óssea é bem definida, mas às vezes pode-se
apresentar difusa, sugerindo uma maior invasividade da neoplasia.
Na mandíbula, a lesão pode se estender da região mentoniana até o ramo
ascendente, sendo a localização mais freqüente na região de terceiros molares.
Apresentam comportamento mais agressivo, quando localizados na maxila e podem
invadir o seio maxilar e o assoalho da cavidade nasal. Quando localizados na região
do túber, podem se estender até a base do crânio.
14
Com a evolução da doença, ocorrem progressivo adelgaçamento e expansão
das corticais ósseas, mas raramente essa neoplasia destrói o periósteo e aflora na
cavidade bucal.
Em alguns casos, ocorre destruição da lâmina dura, da membrana periodontal
e reabsorção radicular.
De maneira geral, os ameloblastomas causam grande deformidade
assimétrica, lobulada e não-ulcerada dos maxilares, especialmente quando
localizados na região posterior da mandíbula, apresentando áreas radiolúcidas
multiloculares e corticais ósseas bem definidas, principalmente quando associadas a
dentes inclusos (FREITAS ,1984; SHAFFER, 1985; SILVEIRA;SIMONE, 1988).
15
3.3 Aspectos histopatológicos
Histologicamente o ameloblastoma apresenta consideráveis variações sendo
o padrão folicular e o padrão plexiforme os mais comuns ( WALDRON; El-MOFTY,
1987). O padrão folicular consiste de ilhas de epitélios que lembra o epitélio do
órgão do esmalte em um estroma de tecido conjuntivo fibroso. Essas células se
dispõem de maneira a formar ninhos, lembrando o retículo estrelado do órgão do
esmalte, circundados de uma camada de células colunares altas semelhantes ao
ameloblasto. O núcleo destas células localiza-se no pólo oposto à membrana basal.
No padrão plexiforme encontramos células de epitélio odontogênico, dispondo-se
em forma de cordões ou lençóis que se anastomasam. Estes cordões são
circundados por células colunares ou cuboidais semelhantes a ameloblastos. O
estroma tem o mesmo padrão do subtipo anterior apenas um pouco mais
vascularizado (NEVILLE; ALLEN; BOUQUOT,1995). Podemos também encontrar
outros padrões histológicos, como o ameloblastoma acantomatoso, desmoplásico,
de células granulares e de células basais (GARDNER; CORIO, 1984).
16
3.4 Tratamento
Via de regra, o tratamento cirúrgico radical dos ameloblastomas é a
alternativa preferencial, preconizada por grande número de especialistas
Os ameloblastomas unicísticos, são tratados através de enucleação,
enucleação seguida de curetagem, enucleação seguida de curetagem e remoção
das bordas, variando de um mm a 1,5mm de espessura e caso ocorra o rompimento
da cortical, também a remoção dos tecidos adjacentes, sendo consideradas essas
alternativas, bastante conservadoras.
No que tange aos ameloblastomas multicísticos, a simples curetagem e
enucleação são consideradas alternativas com um alto índice de recidivas. A maioria
dos autores preconiza, nesses casos, um tratamento mais radical que consiste em
ressecção cirúrgica extensa, com margem de segurança. Nos ameloblastomas
periféricos, a remoção de toda a lesão, juntamente com os tecidos adjacentes
constitui o tratamento cirúrgico de escolha (D´AGOSTINO;FIOR; PACINO, 2001; ;
GARDNER, 1984; GUNHAN; ERSEVEN; RUACAN, 1990).
17
3.5 Aspectos biodemográficos do Ameloblastoma
No presente estudo procuramos avaliar a biodemografia do Ameloblastoma,
agrupando a literatura à qual tivemos acesso por blocos constituídos por continentes
(Ásia, Américas, Europa e África), traçando, na medida do possível, um perfil
comparativo dos aspectos biodemográficos, quanto às possíveis diferenças e
similitudes regionais. Procuramos realizar nossa busca, utilizando-nos do serviço
PubMed, para iniciarmos nossa pesquisa bibliográfica, a partir da palavra-chave,
ameloblastoma, que nos forneceu 2676 referências bibliográficas sobre o tema.
Dentre estas, pesquisamos as revisões de literatura, o que reduziu nosso universo
de busca a 213 referências. Destas, descartamos os relatos de casos, bem como
referências que tratavam exclusivamente de aspectos terapêuticos, atingindo o
número de referências utilizado na Revisão de Literatura da presente monografia as
quais foram agrupadas por continente. Não nos foi possível encontrar trabalhos
referentes à Oceania (Austrália, Nova Zelândia), sendo, por isso apresentada
literatura pertinente à Ásia, Américas, África e Europa.
18
3.5.1 Ásia
Wu e Chan (1985) analisaram 204.583 biopsias em chineses, no período de
1963 a 1982. Destas, 82 casos eram de tumores odontogênicos, dos quais, 51 eram
ameloblastomas (62%), seguidos pelos cementomas 16 (20%). Dos 51
ameloblastomas, 28 casos foram em homens com a idade de maior incidência aos
35 anos. Em mulheres foram registrado 23 casos com a idade de maior incidência
aos 30 anos. Entretanto, somente em 36 casos foi possível localizar a lesão. Em
mandíbula 20 ameloblastomas se localizavam em região de pré-molar e molar e 50
% destes invadiram o ramo da mandíbula. Em 5 casos houve extensa destruição da
metade da mandíbula. 2 casos incidiram na região da sínfise, 4 casos envolveram
bilateralmente o corpo da mandíbula. Na maxila, houve 2 casos na região de
molares e 3 casos ocorreram com crescimento extenso ipsilateralmente, invadindo o
palato. Os sintomas mais comuns diziam respeito à expansão da mandíbula e
tecidos bucais associados. Em apenas 3 casos foi relatada dor. Dos 51
ameloblastomas, houve 38 multiloculares ou sólidos, com 8 recorrências. A
variedade unilocular ocorreu em 13 casos, com 5 casos de recorrências. O tipo
histológico mais comum foi o follicular com 32 casos.
Sato, Tanaka e Sato (1997), no período 1965 a 1992, analisaram 2747
biopsias, procurando indivíduos de faixa etária abaixo dos 15 anos, encontrando 250
pacientes. Destes 232 (93%) eram diagnósticos de neoplasias benignas. Dentre
estas, 79 se referiam a neoplasias odontogênicas, das quais 47 eram odontomas
seguidas de 27 ameloblastomas. A incidência ocorreu somente na mandíbula. A
19
faixa etária de maior incidência foi dos 12 aos 15 anos, com 25 casos e 2 casos
ocorreram na faixa etária de 1 aos 5 anos.
Lu, Xuan e Takata (1998), analisaram 759 casos de tumores odontogênicos,
correspondentes ao período de 1952 a 1994. Destes, 713 eram neoplasias benignas
(93.9%) e 46 neoplasias malignas (6.1%). A mais freqüente das neoplasias
odontogênicas benignas foi o ameloblastoma (58,6%), seguida do mixoma (8,4%),
do tumor odontogênico adenomatóide (8,3%) e do odontoma (6,7%). Dos 445 casos
de ameloblastoma, 264 casos ocorreram em homens e 179 em mulheres, sendo que
em 2 casos não houve registros. As idades de maior ocorrência foram dos 20 aos 29
anos (127 casos) e dos 30 aos 39 anos (93 casos). Do total, 398 ameloblastomas
acometeram a mandíbula, com maior incidência na região de molares (144 - 36,1%),
região do ângulo (115 - 28,8%), região anterior (70- 17,58%), região de pré-molares
(61 - 15,3%), e região de ramo (8 - 0,2%). Na maxila foram registradas 31
ocorrências, sendo 14 na região de molares (45%), 13 na região de pré-molares
(42%) e 4 casos em região anterior (12%). Em 16 casos não foi registrada a
localização da lesão.
Kuyama, Yamamoto e Morimoto (2000), avaliaram 4052 biopsias, efetuadas
no período de 1957 a 1987 encontrando 146 neoplasias odontogênicas (3,6%) das
quais 141 eram benignas. Destas, 118 (80,8%) eram ameloblastomas, seguidas do
odontoma (8 casos) e fibroma cementificante (8 casos).
Em trabalho recente, Okada , Yamamoto e Tilakaratne (2007) analisaram 226
neoplasias odontogênicas, ocorridas no período de 1996 a 2002, em pacientes de
Sri Lanka, encontrando 220 (97,3%) benignas. As mais freqüentes foram, o
ameloblastoma com 157 casos (69,8%) seguidos pelo tumor odontogênico
adenomatóide com 21 ocorrências (9,3%) e mixoma odontogênico com 11 casos
20
(4,9%). A freqüência de ameloblastoma por gênero foi de 78 casos para o masculino
e 79 casos para o feminino. A faixa etária com maior freqüência compreendeu o
período dos 30 aos 39 anos com 42 casos, seguida do período dos 20 aos 29 anos
com 36 casos. Com relação à localização, 148 (94,3%) estavam na mandíbula, 30
na região anterior,10na região de pré-molares,101 na região de molares e 7 não
especificadas. Na maxila 8 casos (5,7%), no qual 4 casos na região anterior, 2 casos
na região pré-molar e 3 casos na região posterior. Os tipos histológicos mais
freqüentes foram, 44 casos de follicular e 44 casos de plexiforme.
Jing, Xuan e Lin (2007) revisaram 1642 neoplasias odontogênicas, no período
compreendido entre 1952 a 2004, encontrando 1592 (97%) neoplasias benignas. O
ameloblastoma foi a mais freqüente com 661 casos (40,3%), seguida pelo
queratocisto com 558 casos (35,8%), odontoma complexo 58 casos (3,5%),
odontoma composto 20 casos (1,2%) e o mixoma odontogênico com 76 casos
(4,6%). Com relação ao gênero, o ameloblastoma foi mais freqüente em homens
(387) do que em mulheres (272), sendo que em dois casos não foi relatado a qual
gênero pertenciam. A faixa etária de maior incidência foi no período dos 20 aos 29
anos (183), seguida do período dos 30 aos 39 anos (152), dos 10 aos 19 anos (112)
e dos 40 aos 49 (100). A maior incidência foi na mandíbula, com 595 casos
distribuídos da seguinte forma: 197 casos em região de molares, 194 casos em
região de ângulo, 105 casos em região de pré-molar, 83 casos em região anterior e
16 casos na região do ramo mandibular. Na maxila foram registrados 50 casos
distribuídos desta forma: 22 casos na região de pré-molares, 20 casos na região de
molares e 8 casos na região anterior, sendo que em 16 casos não foram
especificadas as localizações.
21
Apresentamos a seguir, nos Quadros 3.1, 3.2 e 3.3 os dados asiáticos
agrupados.
Período considerado Neoplasias
odontogênicas
Ameloblastoma
1963-1982 (20 anos) 82 51(62,20%)
1965-1992 (28 anos) 79 27(34,17%)
1952-1994 (43 anos) 759 445 (58,66%)
1957-1987 (31 anos) 146 118 (80,82%)
1996-2002 (07 anos) 226 157(69,47%)
1952-2004(52 anos) 1642 661(40,25%)
Total 2934 1459 (49,73%)
Quadro 3.1 – Freqüência do ameloblastoma em relação à freqüência de
neoplasias odontogênicas no continente asiático
Ameloblastoma Gênero feminino Gênero masculino Não referenciado
51 23 – 45,10% 28 – 54,90% 0 - 0
27 0 - 0 0 - 0 27 – 100 %
445 179 – 40,22% 264 – 59,32% 2 – 0,46%
118 0 - 0 0 - 0 118 - 100 %
157 79 – 50,32% 78 - 49,68% 0 - 0
661 272 – 41,15% 387 – 58,55% 2 - 0,3 %
1459 553 – 37,90% 757 – 51,88% 149 – 10,22%
Quadro 3.2 – Freqüência do ameloblastoma em relação ao gênero no continente
asiático
Localização N - %
Mandíbula 1199 – 82,18
Maxila 94 – 6,45
Sem referência 166 – 11,37
Total 1459 - 100
Quadro 3.3 – Localizações mais freqüentes do ameloblastoma no continente
asiático
22
3.5.2 Américas
Regesi, Kerr e Courtney (1978) analisaram 54.534 biopsias no período
compreendido entre 1934 a 1975, nos arquivos do Departamento de Patologia Oral
da Universidade de Michigan, das quais 706 se referiam a neoplasias odontogênicas
(1.3%). Destas, 473 ocorrências foram devidas a odontomas (67%), sendo 214
odontomas complexos (45,25%) e 259 odontomas compostos (54,75%). Os
restantes 78 se referiam a ameloblastomas (11%). Dentre estes, 29 ocorreram em
homens e 40 em mulheres, sendo nove casos não referenciados com relação ao
gênero. A maior freqüência no gênero feminino foi na faixa etária dos 40 aos 50
anos, enquanto no masculino, na faixa etária dos 30 aos 50 anos. Com relação ao
local de incidência, 51 casos estavam localizados em mandíbula (31 em região de
molares, corpo e ramo, 10 em região de pré-molares, 10 em sínfise) e 10 em maxila
(9 em região de molares, 1 em região de pré-molares) e 17 casos com localização
não referenciada. Foram relatadas recorrências em 17 casos (22%), sendo que o
tipo histológico mais encontrado foi o follicular.
Daley, Wysocki, Pringle (1994), pesquisando os resultados do serviço de
Diagnóstico de Patologia Oral da Universidade Western Ontário, no período de
1953 a 1967, analisaram 40.000 biopsias orais, nas quais identificaram 392
neoplasias odontogênicas (0.38%).Destas, 202 se referiam aos odontomas (74
complexos e 128 compostos) correspondendo a 51,53 % dos casos. Em seguida,
encontraram os ameloblastomas com 53 ocorrências (13,52%).
Buchner, Murrel e Carpenter (2006) no período de 1984 a 2004 analisaram
91.178 laudos de biopsias do laboratório de Patologia Oral da Faculdade de
23
Odontologia de São Francisco encontrando 1.088 (1,2%) casos de neoplasias
odontogênicas. Destas, 826 eram odontomas (75,9%) e 127 eram ameloblastomas
(11,7%), sendo 69 sólidos ou multicísticos (54%) e 58 (46%) do tipo unicístico. Os
sólidos ocorreram mais em homens (59%) do que em mulheres (41%), com maior
freqüência na faixa etária dos 40 aos 49 anos (27,5%). A maioria dos casos (80%)
incidiu em mandíbula sendo 20% na maxila. Dos 69 ameloblastomas sólidos, 55
possuíam registro de localização (47% na região posterior, 29% na região anterior
no caso da mandíbula) e 20% na região posterior e 1% na região anterior, quando
na maxila. Dos 58 unicísticos, a maior prevalência com relação à faixa etária foi no
período dos 10 aos 19 anos (34,5%) e dos 20 aos 29 anos (24,3%). Com relação ao
gênero, ocorreram com maior freqüência em mulheres (59%) em relação aos
homens (41%). A localização mais freqüente foi na mandíbula (93%) em relação à
maxila (7%). Os mandibulares se localizaram na região posterior (84%) e 9% na
região anterior. Os maxilares se situaram na região posterior de maxila (7%), não
tendo sido registradas lesões na região anterior.
Taylor, Montes e Sandoval (1997), analisaram 126.247 biopsias no México,
nas quais encontraram registros de 349 neoplasias odontogênicas. Essas
informações foram compiladas de diversos laboratórios, a saber: Departamento de
Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade Nacional Autônoma do
México - 8106 biopsias e 203 neoplasias odontogênicas correspondentes ao
período de 1960 a 1996;
Laboratório de Patologia Oral da Universidade Autônoma Metropolitana –
Xochimilco - 2310 biopsias e 60 neoplasias odontogênicas, no período de 1979 a
1996.
24
Laboratório Peribact - 1363 biopsias e 51 neoplasias odontogênicas, no
período de 1989 a 1996.
Departamento de Patologia do Instituto Nacional de Cancerologia - 4300
biopsias e 35 neoplasias odontogênicas, no período de 1975 a 1996.
Do total de neoplasias odontogênicas registradas nos citados serviços, 345
correspondiam a neoplasias benignas (98,9%) e 4 eram malignas (1,1%). A lesão
mais freqüente foi o odontoma (34,6%) seguida do ameloblastoma (23,7%). A maior
incidência foi em mulheres com 46 casos (55,4%), sendo 37 casos (44,5%) no
gênero masculino. A localização mais freqüente foi na mandíbula com 66 casos (50
na região posterior, 4 na região de pré-molares, um na região anterior e 11 não
especificados), sendo 14 ocorrências registradas na maxila ( 6 na região de molares,
três na região de pré-molares, um na região anterior e 4 não especificados).
Montes, Taylor e Bregni (2007) analisaram em nove instituições mexicanas,
34.307 laudos correspondentes a biópsias, dos quais 742 correspondiam a
neoplasias odontogênicas (2,16%). O Ameloblastoma esteve presente com
freqüência de 163 casos (22%) dos quais 103 (63,2%) eram do tipo unicístico (50 em
homens e 53 em mulheres, com incidência maior na terceira década de vida), 58
(33,7%) eram do tipo sólido (32 em homens, 23 em mulheres e três sem registro,
com incidência maior na quarta década de vida) três periféricos (1,8% - todos em
homens, com incidência mais freqüente aos 60 anos) e dois desmoplásicos (1,2% -
um em homem e um em mulher, com maior freqüência aos 40 anos).
Ochsenlus, Ortega e Godoy (2002), revisaram resultados de 28.041 biopsias,
no Instituto Referencial de Patologia Oral da Universidade do Chile em Santiago do
Chile, no período de 1975 a 2000. Do total analisado, 362 laudos correspondiam a
neoplasias odontogênicas (1,29%), sendo que dentre estas, 360 eram benignas e
25
dois eram malignas. O odontoma foi a neoplasia benigna mais encontrada, com 162
referências sendo 91 complexos e 71 compostos, correspondendo a 45% dos casos.
Em seguida, registrou-se 74 casos de ameloblastoma (20,6%) seguido pelo mixoma
com 32 casos (8,9%). O ameloblastoma foi mais freqüente em mulheres - 40 casos
(54,9%). A maior faixa etária de incidência foi entre 3ª e 5ª décadas. Com relação à
localização, o maior número de casos 60 (81,1%) ocorreu na mandíbula, distribuídos
da seguinte maneira: 46 casos na região posterior, 9 casos na região de pré-
molares, 5 casos na região anterior. Na maxila registrou-se 11 casos (14,9%) assim
distribuídos: 9 em região de molares, um em região de pré-molares, um em região
anterior e três casos sem especificação de localização.
Santos, Pinto e Figueiredo (2001) analisaram 5.289 registros de laudos de
biopsias do Departamento de Patologia Oral da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte, correspondendo ao período de 1959 a 1970. Destes, 127 se referiam a
tumores odontogênicos. A lesão mais freqüente foi o odontoma com 50,4% dos
casos, seguida do ameloblastoma com 39 ocorrências (30,7%). A freqüência por
gênero foi maior no feminino - 22 casos e 17 casos ocorreram em homens, sendo a
maior freqüência na terceira e quinta décadas. Do total de ameloblastomas
registrados, 35 eram sólidos ou multicísticos e três eram unicísticos, tendo havido
um ameloblastoma periférico. Do ponto de vista dos registros histológicos, houve 8
casos do tipo follicular, 10 casos do tipo plexiforme, 12 casos follicular-plexiforme, 1
caso do tipo acantomatoso, 2 casos do tipo granular, 1 caso periférico, 1 caso
desmoplásico. A totalidade das lesões localizou-se em mandíbula, com 6 casos na
região anterior e 31 casos na região posterior. Não havia registro de dois casos.
Souza, Etges e Corrêa (2002) analisaram registros de 2.356 biopsias no
Serviço de patologia cirúrgica da Faculdade de Odontologia da Universidade de São
26
Paulo, Brasil correspondendo ao período de 1985 a 2000 e verificou o registro de
161 tumores odontogênicos, dos quais 112 correspondiam a odontomas (69%) e 27
eram ameloblastoma (17%).
Fernandes et al. (2005), analisaram 19123 biopsias no Departamento de
Patologia Oral da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas
Gerais, no período de 1954 a 2004. Encontraram 340 registros de tumores
odontogênicos, dentre estes, 154 (45,3%) ameloblastomas seguidos do odontoma
com 85 registros (52 complexos -15,3% e 33 compostos - 9,7%) e mixoma com 31
casos (9,1%). O ameloblastoma sólido ou multicístico ocorreu na freqüência de
81,6%; o unicístico com a freqüência de 17% e o periférico, 1,4 %. A maior
incidência por gênero foi em mulheres com 84 casos (54,5%). Histologicamente
55,3% dos ameloblastomas eram do tipo plexiforme, 37,6% do tipo follicular, 3,5%
do tipo basalóide, 1,4% do tipo de células granulares, 1,4% do tipo acantomatoso e
0,8% do tipo desmoplásico. A localização mais freqüente foi na mandíbula com 131
casos - 85% (79 na região de molares, 30 na região de pré-molares e 22 na região
anterior) Na maxila foram registrados 23 casos (seis na região anterior, quatro na
região de pré-molares, três na região de molares e 10 casos sem especificação de
localização).
27
Os Quadros 3.4, 3.5 e 3.6 ilustram a casuística resumida para o continente
americano.
Período considerado Neoplasias
odontogênicas
Ameloblastoma
N - %
1934 - 1975 (42 anos) 706 78 (11,05%)
1953 - 1967 (15 anos) 392 53 (13,52%)
1984 - 2004 (20 anos) 1088 127 (11,67%)
1960 - 1986 (26anos) 349 83 (23,78%)
Sem referência 742 163 (21,97%)
1975 - 2000 (26 anos) 362 74 (20,44%)
1959 -1970 (12 anos) 127 39 (30,71%)
1985 - 2000 (15 anos) 161 27 (16,77%)
1954 –2004 (51 anos) 340 154 (45,29%)
Total 4267 798 (18,70%)
Quadro 3.4 – Freqüência do ameloblastoma em relação à freqüência de
neoplasias odontogênicas no continente americano
Ameloblastoma Gênero feminino Gênero masculino Não referenciado
78 40 – 51,28% 29 – 37,18% 9 – 11,54%
53 0 - 0 0 - 0 53 – 100 %
127 53 – 41,73% 74 – 58,27% 0 - 0
83 46 – 55,42% 37 – 44,58% 0 - 0
163 77 – 47,24% 83 - 50,92% 3 –1,84%
74 40 – 54,05% 34 – 45,95% 0 - 0
39 22 – 56,41% 17 – 43,59% 0 - 0
27 0 – 0 0 – 0 27 – 100%
154 84 – 54,54% 70 - 45,46% 0 - 0
798 362 – 45,36% 344 – 43,11% 92 – 11,53%
Quadro 3.5 – Freqüência do ameloblastoma em relação ao gênero no continente
Americano
Localização N - %
Mandíbula 443 – 82,18
Maxila 89 – 6,45
Sem referência 266 – 11,37
Total 798 - 100
Quadro 3.6 – Localizações mais freqüentes do ameloblastoma no continente
Americano
28
3.5.3 Europa
Tamme, Soots e Kulla (2004) no Departamento de Cirurgia e Patologia do
Hospital Universitário de Tarter, Estonia, revisaram 4089 biopsias relativas ao
período de 1979 a 2001, encontrando 42 (11,03%) casos de tumores odontogênicos
e no Departamento de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Patologia do Hospital de
Mustamae Tallinn, analisaram 6052 biopsias referentes ao período de 1981 a 2001,
registrando 33 casos de tumores odontogênicos. Dos 75 casos, 74 se referiam a
neoplasias benignas (98,6%) e apenas um caso a neoplasia maligna (1,3%).O
odontoma foi a neoplasia benigna mais freqüente com 26 (34,3%) ocorrências (14
complexos e 12 compostos), seguida do ameloblastoma com 19 casos (25,3%).
Destes, 10 casos incidiram em homens e 9 em mulheres. Foram relatados, 13
ameloblastoma sólidos ou multicísticos e 6 ameloblastomas unicísticos , com maior
incidência na 5ª década de vida (7), seguido da 1ª década de vida (3), sendo a
localização mais freqüente, na mandíbula, com 14 casos distribuídos da seguinte
forma: 6 na região de molares, 4 na região de ângulo, 2 na região de ramo, 1 na
região anterior e 1 na região de pré-molares. Na maxila ocorreram 5 casos com a
seguinte distribuição: 1 na região anterior, 1 na região de pré-molares e 3 na região
de molares.
Olgac, Koseoglu e Asakalli (2005), verificaram os registros do Departamento
de Patologia do Instituto de Oncologia da Universidade de Istambul, na Turquia,
relativos ao período de 1971 a 2003, analisaram 62.565 laudos de biópsias, dos
quais 527 referiam-se a neoplasias odontogênicas. Destas 521 eram benignas e 6
eram malignas. O ameloblastoma foi a neoplasia mais freqüente, com 133 casos
29
(25%), seguido do mixoma odontogênico com 83 casos. A freqüência por gênero
indicou 58 em homens (44%) e 75 em mulheres (65%). A maior incidência por faixa
etária se deu no período dos 20 aos 39 anos. Na mandíbula ocorreram 118 casos
(11 na região anterior, 21 na região de pré-molares e 86 na região posterior). Na
maxila houve 15 casos (4 na região anterior, 3 na região do pré-molares, 7 na região
posterior e 1 na região de palato). Histologicamente o tipo plexiforme foi o mais
encontrado, com 59 casos, seguido do acantomatoso com 35 casos.
30
Os Quadros 3.7, 3.8 e 3.9 em seguida apresentam as informações agrupadas
do continente europeu.
Período considerado Neoplasias
odontogênicas
Ameloblastoma
1979-2001 (23 anos) 75 19(25,33%)
1971-2003 (33 anos) 527 133(25,24%)
Total 602 152 (25,25%)
Quadro 3.7 – Freqüência do ameloblastoma em relação à freqüência de neoplasias
odontogênicas no continente europeu
Ameloblastoma Gênero feminino Gênero masculino Não referenciado
19 09 – 47,37% 10 – 52,63% 0 - 0
133 75 - 56,39% 58 – 43,61 0 - 0
152 84 – 55,26% 68 – 44,74% 0 - 0
Quadro 3.8 – Freqüência do ameloblastoma em relação ao gênero no continente europeu
Localização N - %
Mandíbula 132 - 86,84
Maxila 20 - 13,16
Sem referência 0 – 0
Total 152 -100
Quadro 3.9 – Localizações mais freqüentes do ameloblastoma no continente europeu
31
3.5.4 África
Odukoya (1995) avaliando os registros de 1511 biopsias, no período
compreendido entre 1971 e 1991, do Departamento de Biologia Oral e Patologia
Oral da Universidade de Lagos, Nigéria, encontraram referência a 289 tumores
odontogênicos. Dentre estes, os benignos registraram a maior freqüência, com 274
casos (94,8%) e os malignos, 15 casos (5,2%). O ameloblastoma foi a neoplasia
mais freqüente com 169 casos (58,47%), seguida do mixoma com 34 (11,76%). Na
biodemografia dos 169 casos de Ameloblastoma verificou-se uma incidência, dos 10
aos 81 anos com maior freqüência aos 30 anos. Com relação ao gênero, houve 112
casos (66,3%) em homens, e quanto à localização, uma maior incidência na
mandíbula, com 142 casos (sendo 74% na região posterior e 26% na região
anterior). O ameloblastoma follicular (55,1%) foi o tipo histológico mais comum,
seguido do plexiforme (33,3%) e do acantomatoso (11,6%).
Arotiba, Ogunbiyi e Obiechina (1997), analisaram os registros relativos a 423
biopsias nos Departamentos de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Patologia Oral da
Universidade Ibadan College, Nigéria no período de 1980 a 1994, encontrou 128
neoplasias odontogênicas. O ameloblastoma foi a mais freqüente com 76 casos
(59,3%), com maior incidência no gênero masculino (45 casos) frente ao feminino
(31 casos), com incidência maior na terceira década de vida 23 casos. Em relação
à localização, a maioria dos casos ocorreu em mandíbula (15 na região anterior, 19
na posterior, 8 na região de pré-molares, 17 em ramo e 10 não especificados). Na
maxila ocorreram 7 casos, sendo três na região posterior, dois na região anterior e
dois não especificados. Os multiloculares ou sólidos apareceram com a maior
32
freqüência (68 casos) e os uniloculares, com 8 casos. Foram referidas recidivas em
13 casos.
Ladeinde, Ayayi e Ogunlewe (2005), revisaram os arquivos dos
Departamentos de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e Patologia e Biologia da
Universidade de Lagos Hospital-Escola, Nigéria no período de 1980 a 2003,
analisaram 3.337 biopsias nos quais 319 (9,6%) se referiam a neoplasias
odontogênicas, das quais 96,6% eram benignas. O ameloblastoma foi a lesão mais
freqüente com 201 casos, seguida do tumor odontogênico adenomatóide com 24
casos e do mixoma com 21 casos. Co relação à faixa etária, a maior incidência se
deu na terceira década de vida. Com referência à incidência por gênero, houve 95
casos em homens e 106 em mulheres. A localização apontou 177 casos na
mandíbula e 95 casos na maxila.
Adebayo, Ajike e Adekeye (2005) analisaram 990 lesões na Universidade
Alimadu Bello Hospital-Escola, na unidade maxilo-facial, no período de 1979 a 1998,
encontrando 318 neoplasia odontogênicas. Destas 314 (99%) eram benignas. O
ameloblastoma foi a de maior freqüência com 233 casos seguido do mixoma com 38
casos. A faixa etária mais prevalente foi a terceira década de vida com 84 casos. Os
registros indicaram uma incidência maior no gênero masculino (152 casos). Quanto
à localização, esta foi mais incidente na mandíbula, com a seguinte distribuição: 37
na região anterior, 17 na região de ramo, 58 na região de pré-molares, 66 na região
de molares, 16 em região posterior, 8 no pré-molar e 8 na região de molares. Nas
radiografias foram analisadas 123 casos, nos quais verificaram que 96 casos eram
de lesões multiloculares, 16 casos de lesões uniloculores e 16 casos não foram
especificados. Histológicamente foram analisados 100 casos, nos quais 48% eram
folliculares, 38% eram plexiformes e 6% eram de outros tipos não especificados.
33
Dados comparativos do continente africano estão expostos nos Quadros
3.10, 3.11 e 3.12.
Período considerado Neoplasias
odontogênicas
Ameloblastoma
1971-1991 (21 anos) 289 169(54,47%)
1980-1994 (15 anos) 128 76(59,37%)
1980-2003 (24 anos) 319 201(63,00%)
1957-1987 (31 anos) 318 233(73,27%)
Total 944 679(71,93%)
Quadro 3.10 – Freqüência do ameloblastoma em relação à freqüência de
neoplasias odontogênicas no continente africano
Ameloblastoma Gênero feminino Gênero masculino Não referenciado
169 57 – 33,73% 112 – 66,27% 0 - 0
76 31 - 40,79% 45 – 59,21% 0 - 0
201 106 – 52,74% 95 – 47,26% 0 - 0
233 81 – 34,76% 152 - 65,24% 0 - 0
679 275 – 40,50% 404 – 59,50% 0 - 0
Quadro 3.11 – Freqüência do ameloblastoma em relação ao gênero no
continente africano
Localização N - %
Mandíbula 598 – 88,07
Maxila 81 – 11,93
Sem referência 0 – 0
Total 679 - 100
Quadro 3.12 – Localizações mais freqüentes do ameloblastoma no continente
africano
34
4 DISCUSSÃO
No presente estudo, como foi ressaltado na Revisão de literatura, procurou-se
traçar uma biodemografia do ameloblastoma, por continente, buscando suas
possíveis diferenças regionais e suas similaridades. Assim, escolhemos, dentro do
extenso número de trabalhos disponíveis a respeito do ameloblastoma, recorrer
somente àqueles que diziam respeito à pesquisa de casuística em Serviços de
Patologia Oral, mais condizentes, portanto, com os objetivos do presente estudo, o
que reduziu consideravelmente nosso universo de busca.
Uma questão bastante interessante e merecedora de comentário refere-se ao
fato de termos encontrado, em diversos trabalhos, informações incompletas, quer
em relação à incidência por gênero, localização da lesão e outras variáveis
importantes, levando-nos a refletir bastante sobre o assunto. É uma queixa comum
em nosso meio, principalmente quando se pesquisa prontuários, em busca de
informações clínicas, sendo, talvez, um, dos maiores obstáculos encontrados no
desenvolvimento de pesquisas de epidemiologia e casuística. Tal fato foi quase
uma constante em nossa pesquisa na literatura, a ponto de termos incluído como um
dos itens nos quadros comparativos elaborados para o presente trabalho a notação
sem referência”, evidenciando uma incorreção de ocorrência universal e não
apenas dos nossos serviços, como muitos poderiam supor.
35
4.1 Ásia
Nos trabalhos agrupando-se a casuística do continente asiático verificou-se
que o ameloblastoma apareceu como o mais freqüente (49,73%) entre as neoplasias
odontogênicas com mostra, o Quadro 3.1, seguido, respectivamente, da neoplasia
odontogênica queratocística, odontoma, cementoma, mixoma e tumor odontogênico
adenomatóide. Há que se ressaltar, aqui, que até pouco tempo a neoplasia
odontogênica queratocística era considerada um cisto odontogênico, o que faria
mudar consideravelmente o quadro de neoplasias mais freqüentes. O mesmo pode-
se dizer em relação ao odontoma ser classificado ou como neoplasia ou como um
hamartoma, objeto, ainda de alguma controvérsia, motivo pelo qual, no presente
trabalho, foi considerado uma neoplasia.
Com relação à freqüência por gênero (Quadro 3.2), houve uma
predominância de casos em homens (51,88%), em relação aos casos incidentes no
gênero feminino ( 37,90%). Houve uma discrepância em relação à literatura geral,
que relata um equilíbrio em relação às freqüências entre os gêneros (JING; XUAN;
LIN, 2007; LU; XUAN TANAKA,1998; MORIMOTO, 2000; OKADA; YAMAMOTO;
TILAKARATNE, 2007; WU; CHAN, 1985).
A localização mandibular teve a maior incidência no continente asiático
(82,18%) sendo a maioria dos casos na região posterior, enquanto na maxila
ocorreram apenas 6,45% dos casos, como mostra o Quadro 3.3. Ressalte-se a alta
porcentagem (11,37%) de casos sem referência, quase o dobro em relação aos
36
casos localizados na maxila (JING; XUAN; LIN, 2007; LU; XUAN TANAKA,1998;
MORIMOTO, 2000; OKADA; YAMAMOTO; TILAKARATNE, 2007; WU; CHAN,
1985).
37
4.2 Américas
No continente americano verificamos que o ameloblastoma apareceu com
uma baixa incidência (18,70%) dentre as neoplasias odontogênicas como apresenta,
o Quadro 3.4, permanecendo, quase sempre com uma freqüência menor que a do
odontoma (BUCHNER; MERRELL; CARPENTER, 2006; DALEY; WYSOCKI;
PRINGLE ,1994; FERNANDES; DUARTE; PIMENTA; SOUZA, 2005;; MONTES;
TAYLOR; BREGNI, 2007; OCHSENIUS; ORTEGA; GODOY, 2002; REGEZI; KERR;
COURTNEY, 1978;; SANTOS; PINTO; FIGUEIREDO, 2001; SOUZA; ETGES;
CORRÊA, 2002; TAYLOR; MONTES; SANDOVAL, 1970; WYSOCKI; PRINGLE
,1994).
Quanto à freqüência do ameloblastoma em relação ao gênero no continente
americano verificamos uma predominância ligeiramente maior para o gênero
feminino (45,36%), em relação ao masculino (43,11%) como mostra os Quadro 3.5.
Entretanto, houve uma porcentagem muito grande de 11,53% de dados não
referenciados, mostrando mais uma vez, ser o preenchimento do prontuário, um item
bastante negligenciado (BUCHNER; MERRELL; CARPENTER, 2006; DALEY;
WYSOCKI; PRINGLE ,1994; FERNANDES; DUARTE; PIMENTA; SOUZA, 2005;;
MONTES; TAYLOR; BREGNI, 2007; OCHSENIUS; ORTEGA; GODOY, 2002;
REGEZI; KERR; COURTNEY, 1978;; SANTOS; PINTO; FIGUEIREDO, 2001;
SOUZA; ETGES; CORRÊA, 2002; TAYLOR; MONTES; SANDOVAL, 1970;
WYSOCKI; PRINGLE ,1994).
38
A localização mais freqüente do ameloblastoma no continente americano foi
na mandíbula (82,18%) sendo a maioria dos casos na região posterior. Apenas
6,45% dos ameloblastomas acometeram a maxila (Quadro 3.6).
39
4.3 Europa
Os dados coligidos para o continente europeu (Quadro 3.7) mostraram uma
freqüência de 25,25% em relação às neoplasias odontogênicas, bem mais baixa,
comparada à do continente asiático, mas mais alta comparada ao continente
americano. O odontoma foi a lesão com maior freqüência nesse continente.
Em relação à incidência por gênero no continente europeu, o ameloblastoma
incidiu mais no feminino, com uma diferença 10,52% maior em relação ao masculino
(Quadro 3.8). Esses dados foram discrepantes com relação ao que estabelece a
literatura geral (OLGAC;KOSEOGLU; AKSAKALLI, 2005; TAMME; SOOTS; KULLA,
2004).
No continente europeu a mandíbula foi o local com maior incidência (86,84%)
e a maioria dos casos acometeram a região posterior. Apenas 13,26% dos casos
ocorreram na maxila (Quadro 3.9).
40
4.4 África
O ameloblastoma ficou com a mais alta incidência (71,93%) dentre as
neoplasias odontogênicas com mostrado no Quadro 3.10, comparativamente aos
outros continentes. Neste caso, o odontoma ficou em terceiro lugar na freqüência
dentre as neoplasias odontogênicas, tendo sido esse fato, outro diferencial
interessante quando se comparam esses dados da epidemiologia do ameloblastoma
em relação aos outros continentes (ODUKOYA, 1995; AROTIBA; OGUNBIYI;
OBECHINA, 1997; LADEINDE; AJAYI; OGUNLEWE, 2005; ADEBAYO; AJIKE;
ADEKEYE, 2005).
A neoplasia incidiu com mais freqüência no gênero masculino (59,60%),
bastante maior em comparação ao gênero feminino, com 40,50% (Quadro 3.11).
No que se referem à localização, os dados acompanharam o que nos relata a
literatura geral, ou seja, a mandíbula foi o local com maior freqüência de casos
(88,07%), sendo a maioria na região posterior, e apenas 11,93% na maxila (Quadro
3.12).
41
4.5 Considerações finais
Ao agruparmos os dados continentais, o ameloblastoma apresentou uma alta
incidência (35,30%) dentre as neoplasias odontogênicas (Gráfico 4.1). Se
considerarmos como muitos autores consideram, o odontoma como um harmatoma
ou uma malformação, o ameloblastoma seria a lesão neoplásica odontogênica mais
freqüente. Se considerarmos aquela como uma verdadeira neoplasia, o
ameloblastoma figura como a segunda neoplasia odontogênica mais prevalente.
Gráfico 4.1 – Freqüência do ameloblastoma dentre as neoplasias
Odontogênicas
42
Em relação ao gênero, nos homens ocorreu em 50,9% dos casos e nas
mulheres, em 41,25% (Gráfico 4.2), evidenciando ser o ameloblastoma mais
freqüente no gênero masculino, divergindo do que postula a literatura, que cita cifras
semelhantes para ambos os gêneros.
Gráfico 4.2 – Incidência do ameloblastoma por gênero
43
Quanto à localização (Gráfico 4.3), a mandíbula foi a região com maior
incidência, a exemplo do que se verifica na literatura geral.
Gráfico 4. 3 – Localização do ameloblastoma no complexo maxilo-mandibular
Do ponto de vista histopatológico os tipos, plexiforme e folicular foram os mais
encontrados e com relação às alternativas terapêuticas o tratamento radical foi
praticamente uma unanimidade, com um alto índice de recidivas, embora não
tenham sido estes, tópicos, de interesse específico para o presente trabalho.
44
5 CONCLUSÕES
Com base na proposição e à luz da revisão de literatura que nos foi possível
obter, pareceu-nos lícito concluir que:
5.1 - O ameloblastoma foi a segunda neoplasia de origem odontogênica, mais
prevalente universalmente, ressalvada a consideração sobre os odontomas serem
ou não, classificados como neoplasias.
5.2 – A incidência do ameloblastoma foi mais prevalente no gênero masculino.
5.3 - A localização mais freqüente do ameloblastoma foi no segmento posterior da
mandíbula, sendo essa, uma unanimidade nos trabalhos consultados.
5.4 – Houve diferenças regionais quando se compara aspecto relativo aos itens
estudados (freqüência do ameloblastoma em relação às neoplasias odontogênicas;
incidência do ameloblastoma em relação ao gênero).
5.5 – Foi encontrada, na revisão de literatura pesquisada, uma freqüência
significativa de informações incompletas com relação aos itens estudados, sendo
exceções, os trabalhos referente aos continentes, europeu e africano.
45
REFERÊNCIAS¹
Adebayo ET,Ajike SO, Adekeye EO. A Review of 318 Odontogenic Tumors in
Kaduna, Nigeria. J Oral Maxillofac Surg 2005;63:811-9.
Arotiba JT, Ogunbiyi JO, Obiechina AE. Odontogenic tumours: a 15-year rewiew
from Ibadan, Nigeria. Br J of Oral and Maxillofacial Sugery 1997;35:363-7.
Buchner A, Merrell PW, Carpenter WM. Relative Frequency of Central Odontogenic
Tumors: A Study fo 1,088 Cases from Northern California and Comparsion to Studies
from Other Parts of the World. J Oral Maxillofac Surg 2006; 64:1343-52.
Chaudhuri P. Ameloblastoma of upper jaw. J Laryngol Otol 1975;89:457-65.
D´Agastino A, Fior A, Pacino A: Restropective evaluation on the surgical treatment of
jawbones ameloblástico lesions. Minerva Stomatol 2001;50:1-7.
Daley TD, Wysocki GP, Pringle GA. Relative incidence of odontogenic tumors and
oral and jaw cysts in a Canadian population. Oral Surg Oral Med Oral Pathol, 1994;
77:276-80.
Fernandes AM, Duarte ECB, Pimenta FJGS,Souza LN. Odontogenic tumors: a study
of 340 cases in a Brazilian population. J Oral Pathol Med 2005;34:583-7.
Freitas A: Radiologia Odontológica. 3ºed. São Paulo: Artes Médicas; 1984.
Gardner DG, Corio RL: Plexiform unicystic ameloblastoma: A variant of
ameloblastoma with a low-recurrence rate after enucleation. Cancer 1984;53:1730.
Gardner DG: A pathologist´s approach to the treatment of ameloblastoma. J Oral
Maxillofac Surg 1984;42:161.
Gunhan O, Erseven G, Ruacan S: Odontogenic tumors: Series of 409 cases. J Aust
Dent 1990;35:518-22.
Jing W, Xuan M, Lin y. Odontogenic tumours: a retrospective study of 1642 cases in
Chinese population. J Oral Maxillofac. Surg 2007;36:30-5.
_____________
¹ De acordo com Estilo Vancover . Abeviatua de periódcos segundo bases de dado MEDLINE.
46
Joseph BK, Savage NW. Maxillary ameloblastoma: Case a report and review of
literature. J Aust Dent 1992;37:98-102.
Kuyama K, Yamamoto H, Morimoto M. Comparison of occurrence of oro-maxillo-
facial tumor types in different regions of the people`s Republic of China. J of Oral Sci
2000; 42(2): 57-62.
Ladeinde AL, Ajayi OF, Ogunlewe MO. Odontogenic tumors: A review of 319 cases
in a Nigerian teaching hospital. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod
2005;99: 191-5.
Lu Y, Xuan M, Takata T. Odontogenic tumors: Ademographic study of 759 cases in
a Chinese population. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod , 1998;
86:707-14.
Montes CL, Taylor AM, Bregni RC. Ameloblastomas: a regional Latin- American
multicentric study. Oral Diseases 2007;13:303-7.
Neville BW, Allen CM, Bouquot JE : Oral and maxillofacial pathology. 4ºed.
Philadelphia : Sauders; 1995.
Ochsenius G, Ortega A, Godoy L. Odontogenic tumors in Chile: a study of 362
cases. J Oral Pathol Med 2002;31:415-20.
Odukoya O. Odontogenic tumors: analysis of 289 Nigerian cases. J Oral Pathol Med
1995;24:454-7.
Okada H, Yamamoto H, Tilakaratne WM. Odontogenic Tumors in Sri Lanka: Analysis
of 226 Cases. J Oral Maxillofac Surg 2007;65: 875-82.
Olgac V. Koseoglu BG. Aksakalli N. Odontogenic tumours in Istanbul: 527 cases.Br J
Oral Maxillofac Surg 2006;44:386-8.
Regezi JA, Kerr DA, Courtney RM. Odontogenic tumors: analysis of 706 cases. J
Oral Surg 1978;36(8):771-8.
Reichart PA, Philipsen HP. Odontogene Tumoren: Ameloblastone. Oralpathologic
1999;3:223-8.
47
Santos JN, Pinto LP, Figueiredo CRLV, Odontogenic tumors: analysis of 127
cases.Pesqui Odontol Bras 2001;15(4):308-13.
Sato M, Tanaka N, Sato T. Oral and maxillofacial tumours in children: a review. Br J
Oral Surg 1997;35:92-5.
Shaffer WG. Tratado de Patologia Bucal. 4º ed. Rio de Janeiro. Interamericana;
1985.
Silveira FRX, Simone JL: Ameloblastoma; revisão de interesse clínico. Rev Inst
Odont Paulista 1988 6(2):15-6.
Small IA, Waldron CA. Ameloblastoma of the jaws. Oral Surg Oral Med Oral Pathol
1955;8:281-97.
Souza FB, Etges A, Corrêa L. Pediatric oral lesions: a 15year review from São
Paulo,Brazil. J Clin Pediatr Dent 2002;26 4:413-8.
Tamme T, Soots M, Kulla A. Odontogenic tumours, a collaborative retrospective
study of. 75 cases covering more than 25 years from Estonia. J of Craniomaxillofac
Surg 2004;32:161-5.
Taylor AM, Montes CL, Sandoval SC. Odontogenic tumors in Mexico. Oral Surg Oral
Med Oral Pathol Oral Radiol 1997:84:672-5.
Waldron CA, El-Mofty SK. A histopathological study of 116 ameloblastomas with
special referente to the desmoplaplastic variant. Oral Surg Oral Med Oral Pathol
1987, 63:441-51.
Wu PC, Chan KW. A Survey of the Jawbones in Hong Kong Chinese. Br J of Oral
and Maxillofac Surg 1985; 23: 92-102.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo