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Quadro 11. Proposições do paradigma da complexidade e
características do Ambiente de Comunicação Assistida de Realidade
Aumentada
Proposições do Paradigma da Complexidade
apresentado por Moraes (1996)
Ambiente de Comunicação Assistiva
de Realidade Aumentada - AMCARA
“O ato de observar altera a natureza do objeto. O
conhecimento do objeto depende do sujeito, de seus
processos internos”.
⇒
A observação conduz a ação que determina
alteração do objeto real ou virtual
“A subjetividade no processo de observação está
relacionada à interligação, interatividade e
independência de todos os fenômenos. O mundo
como rede de relações”.
⇒
O sujeito a partir de sua ação escolhe e
compõe o ambiente, com base em
sentimentos, conhecimentos e
experiências.
“O conhecimento resulta da relação do sujeito e
Objeto, uma interação solidária, recíproca, e
complementar, na qual ambos são partes do mesmo
todo”.
“O foco é a relação entre Sujeito –Objeto que atuam
juntos no processo de conhecer”.
⇒
O ambiente é composto com a interação
direta do sujeito com os objetos reais e
virtuais, o sujeito participa do ambiente
que constrói, assim objetos e sujeito
fazem parte do mesmo ambiente
construído.
“O conhecimento não se transmite, se constrói por
força da ação do sujeito sobre o objeto, meio físico e
social e pelo retorno ou repercussão dessa sobre o
sujeito”.
“O sujeito é ativo”.
“A ênfase está na aprendizagem, na construção e não
na instrução. Prioriza as atividades do sujeito
inserido num determinado contexto, mas com
diferenças”.
⇒
O ambiente é formado pela ação do sujeito
com os objetos, podendo ser transformado e
construído, não existe regras previamente
estabelecidas ou critérios que determinam
novas possibilidades. As novas construções
ocorrem a partir da interação pautada no
desejo. O sujeito é responsável pelas
transformações, ações e reações.
“O individuo aprende mediante a cooperação dos
dois hemisférios cerebrais, não apenas com a razão,
mas também usando a sensação, o sentimento, a
emoção e a intuição”.
⇒
A composição do ambiente é
determinada pelo indivíduo a partir do
desejo, do pensamento e da necessidade
de externalizar o seu eu.
“Metodologia de investigação, voltada para
experimentação, para a invenção e descoberta, onde
o erro e o acerto são secundários e relativos. Fazem
parte do processo de construção do conhecimento.
As soluções ocorrem por ensaio e erro, por
tentativas”.
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O individuo compõe o ambiente com
ações determinadas pelo interesse ou
necessidade, não são oferecidas dicas ou
reforçadores específico pela ação. A
ação determina construção e possibilita
nova ação. O processo é cíclico, e
depende do indivíduo na interação com
o ambiente.
“No paradigma educacional emergente, a escola é
aberta, com mecanismos de participação e de
descentralização mais flexíveis e regras de controle
discutidas pela comunidade, com decisões tomadas
por grupos interciscipinares mais próximos possível
dos alunos”.
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Os temas dos ambientes são definidos
pelos sujeitos, utilizando o ambiente
natural e incluindo objetos virtuais
escolhidos pelos usuários. No ambiente
pode ser incluído ou retirado estímulos
tornando aberto para ação que se faz na
interação em tempo real.