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Universidade de São Paulo
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Departamento de Fisiologia
Alterações Hemodinâmicas e Neuro-humorais na
Hipertensão Um Rim, Um Clipe (1R1C) do Camundongo
Giulianna da Rocha Borges
Ribeirão Preto
2008
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Giulianna da Rocha Borges
Alterações Hemodinâmicas e Neuro-humorais na
Hipertensão Um Rim, Um Clipe (1R1C) do Camundongo
Orientador: Prof. Dr. Helio Cesar Salgado
Ribeirão Preto
2008
Tese apresentada ao Programa de Pós-
graduação do Departamento de Fisiologia
da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo, para
obtenção do título de doutor(a) em Ciências.
Área de concentração: Fisiologia.
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AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA
FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Borges, Giulianna da Rocha
Alterações hemodinâmicas e neuro-humorais na hipertensão um
rim, um clipe (1R1C) do camundongo.
Ribeirão Preto, 2008. 183p.
Tese de Doutorado apresentada à Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto/USP. Área de concentração: Fisiologia.
Orientador: Salgado, Helio Cesar
1. Camundongo. 2. Hipertensão renovascular. 3. Tono simpático.
4. Tono vagal. 5. Barorreflexo.
FICHA CATALOGRÁFICA
3
Folha de Aprovação
Giulianna da Rocha Borges
Alterações hemodinâmicas e neuro-humorais na hipertensão um rim, um clipe
(1R1C) do camundongo.
Aprovado em: ______/______/______
Banca Examinadora
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________
Prof. Dr. ____________________________________________________________
Instituição: _________________ Assinatura: _______________________________
Tese apresentada ao Programa de Pós-
graduação do Departamento de Fisiologia
da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo, para
obtenção do título de doutor(a) em Ciências.
Área de concentração: Fisiologia.
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O que realmente enriquece um homem não é a
experiência: é a observação.
(1HHenry L. Mencken)
5
minha avó querida e segunda mãe, Benedita.
Luís Felipe, amado marido, amigo e companheiro
de todas as horas.
minha família, Maria Carmem, René, Diego,
Hernando, Sissianne e Sebastião, exemplos de
amor, carinho, alegria e luta.
Dedico esse trabalho às pessoas mais
importantes da minha vida:
6
Agradecimentos
ÒAgradeço a Deus por nunca me abandonar e por sua misericórdia infinita,
por me dar saúde e força sempre;
ÒAgradeço ao Prof. Dr. Rubens Fazan Jr, meu orientador no mestrado e de
grande parte no doutorado, por sua acolhida e confiança, pela clareza de idéias e
pela amizade dispensada;
ÒAo Prof. Dr. Helio Cesar Salgado, meu atual orientador, pessoa ímpar. Por
sempre arranjar tempo na sua agenda para encaixar correções de artigos e teses e,
principalmente, pelas ótimas partidas de tênis com essa “pangaré”;
ÒAgradeço eternamente meu marido, Luís Felipe (Tatu), por sempre estar ao
meu lado, pela grande ajuda na discussão dos meus dados, por suportar os dias de
mau humor e “troca de projeto”. Agradeço mais do que nunca o amor, carinho,
amizade, companheirismo e cumplicidade. Amo você;
ÒGostaria de agradecer a Profa. Dra. Terezila Machado Coimbra e Cleonice
Silva pelo imenso auxílio na marcação da angiotensina II renal, a Profa. Dra. Dulce
Elena Casarini e Zaíra Palomino pela realização da medida da atividade da renina
plasmática, e também ao Prof. Dr. Marcos A. Rossi e à Dra. Cibele M. Prado pela
análise morfológica; vocês são partes fundamentais desse trabalho;
ÒAos membros dessa banca examinadora, Profa. Dra. Dulce Elena Casarini,
Profa. Dra. Maria Urbana Pinto Brandão Rondon, Prof. Dr. Fernando Morgan de
Aguiar Corrêa e Prof. Dr. José Eduardo Tanus dos Santos pela grande contribuição
e sugestões para a conclusão deste trabalho;
ÒAgradeço também a minha família pelo apoio e, principalmente, meu pai,
René, e minha mãe, Maria Carmem, que sempre prezaram pela minha educação;
7
ÒÀ minha segunda família, Maria Inêz, Bruna e Fabrício que me abraçaram e
fizeram me sentir parte de tudo;
ÒÀ minha irmã de coração, (Profa. Dra!!!) Maria Ida, que me acolheu de
braços abertos (duas vezes!!!). Por todos os dias de alegria, amizade e “BBB” (ops!).
Amo você minha amiga-irmã-madrinha;
ÒAos meus grandes amigos, aos quais levarei pra sempre no fundo do
coração: Patrícia e Leandro Marques, Manuela e Márcio Coutinho, Flávia e Mateus,
Josiane e Flávio, Poliana e Daniel Zoccal. Que a distância nunca atrapalhe tudo o
que construímos esses anos com tanto amor e amizade;
ÒAo meu grande amigo, Carlos Alberto (Beto), pela amizade e pela imensa
ajuda na realização deste trabalho. Obrigada pra sempre!!!
ÒAos amigos que deixam saudades, Valter e Josi. Obrigada por tudo,
sempre. Obrigada por serem tão fraternos e gentis. Obrigada por cuidarem do Tatu;
ÒPela amizade e companhia no dia-a-dia, agradeço meus amigos de
laboratório, mesmo que alguns deles já estejam tocando suas vidas pelo mundo
afora: Renata, Daniel Penteado, Jussara, Fernanda Luciano, Fernandinha Machado,
Marina, João Paulo, Ricardo, Patrícia Fidelis, Géssica (Keka), Álvaro, Domitila, Ana
Patrícia;
ÒAo grande amigo, Rubens Fernando, por ser essa pessoa incrível e alegre;
ÒAgradeço a Leni, Mauro e Jaci pelas conversas, cafezinhos e apoio técnico
durante todos esses anos;
ÒAos amigos do Departamento de Fisiologia: Mirela, Lígia, Lys, Miriam,
Jalile, Renato, Carlos Eduardo, Fabiana Luca, Valéria Ernestânia, Danúbia, Érica,
João Henrique, Bruno, Waldeci, Lílian, Andréia, Angelita (obrigada por cuidar do
8
Hermeto), Viviana, Paula, Fabiana, Glauber, Ernane, Augusto, Ana Catarina, Luiz
Artur, Terence, Renato Soriano, Carlos Giovani, Gisela, Dawit, Eduardo Lira;
ÒÀ todos os professores dos departamentos de Fisiologia e de Farmacologia
que tanto contribuíram para minha formação;
ÒEm especial, gostaria de agradecer a Profa. Dra. Leda Menescal de
Oliveira, por ser muito mais que uma professora, por ser uma mãe, amiga,
companheira e, acima de tudo, humana. Obrigada por tudo;
ÒA amiga Maria Luíza (Lô) por toda sua gentileza como pessoa, por manter
nossos laboratórios limpos e pelo cafezinho de todo dia;
ÒAos amigos da secretaria deste departamento: Elisa, Cláudia, Fernando e
Carlos que sempre cuidaram tão bem e com tanta competência de seus alunos;
ÒAos bioteristas e amigos, Eduardo e Leonardo, pela alegria e pelo cuidado
com nossos animais experimentais;
ÒE por falar em animais experimentais, agradeço aos camundongos e todos
os animais que são submetidos aos protocolos experimentais em nome da ciência;
ÒAo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
pelo suporte financeiro oferecido para a realização desse trabalho;
ÒObrigada a todos que de certa maneira fazem ou fizeram parte da minha
vida. Obrigada, porque de alguma forma vocês são responsáveis pela pessoa que
me tornei.
9
Lista de Abreviaturas
1R1C .................................................................................................. um rim, um clipe
2R1C ................................................................................................ dois rins, um clipe
SRA ................................................................................. sistema renina-angiotensina
ANGII .................................................................................................... angiotensina II
PA ........................................................................................................ pressão arterial
PAM .......................................................................................... pressão arterial média
PAS ........................................................................................ pressão arterial sistólica
PAD ..................................................................................... pressão arterial diastólica
FC ................................................................................................. freqüência cardíaca
ECA ..................................................................... enzima conversora de angiotensina
ARP .............................................................................. atividade da renina plasmática
FIMP .................................................................. freqüência intrínseca de marcapasso
bpm ............................................................................................. batimento por minuto
mmHg ........................................................................................ milímetro de mercúrio
EPM ........................................................................................... erro padrão da média
g ......................................................................................................................... grama
mg ................................................................................................................. miligrama
μg .............................................................................................................. micrograma
kg ................................................................................................................ quilograma
mm ................................................................................................................. milímetro
μm .............................................................................................................. micrômetro
nm ............................................................................................................... nanômetro
Hz ......................................................................................................................... Hertz
10
min ................................................................................................................. minuto(s)
mL ..................................................................................................................... mililitro
μL ................................................................................................................... microlitro
mM .................................................................................................................... milimol
PE ................................................................................................................. polietileno
i.p. ......................................................................................................... intra-peritoneal
C ....................................................................................................................... Celcius
CN ................................................................................................ controle normotenso
i.v. ............................................................................................................. endovenoso
rpm ................................................................................................ rotações por minuto
HPLC ......................................................... High Performance Liquid Chromatography
v/v ................................................................................................... volume por volume
HE ................................................................................................. hematoxilina-eosina
PBS ..................................................................................... phosphate buffered saline
11
Lista de Figuras
Figura 1 .................................................................................................................... 22
Figura 2 .................................................................................................................... 36
Figura 3 .................................................................................................................... 39
Figura 4 .................................................................................................................... 42
Figura 5 .................................................................................................................... 50
Figura 6 .................................................................................................................... 51
Figura 7 .................................................................................................................... 53
Figura 8 .................................................................................................................... 55
Figura 9 .................................................................................................................... 57
Figura 10 .................................................................................................................. 59
Figura 11 .................................................................................................................. 63
Figura 12 .................................................................................................................. 64
12
Lista de Tabelas
Tabela 1 .................................................................................................................... 61
Tabela 2 .................................................................................................................... 62
Apêndice ................................................................................................................. 107
Tabela 1 ....................................................................................................... 107
Tabela 2 ....................................................................................................... 107
Tabela 3 ....................................................................................................... 108
Tabela 4 ....................................................................................................... 108
Tabela 5 ....................................................................................................... 109
Tabela 6 ....................................................................................................... 109
Tabela 7 ....................................................................................................... 110
Tabela 8 ....................................................................................................... 110
Tabela 9 ....................................................................................................... 111
Tabela 10 ..................................................................................................... 111
Tabela 11 ..................................................................................................... 112
Tabela 12 ..................................................................................................... 112
Tabela 13 ..................................................................................................... 113
Tabela 14 ..................................................................................................... 114
Tabela 15 ..................................................................................................... 115
Tabela 16 ..................................................................................................... 116
Tabela 17 ..................................................................................................... 118
Tabela 18 ..................................................................................................... 120
Tabela 19 ..................................................................................................... 121
Tabela 20 ..................................................................................................... 122
Tabela 21 ..................................................................................................... 123
Tabela 22 ..................................................................................................... 124
Tabela 23 ..................................................................................................... 125
Tabela 24 ..................................................................................................... 126
Tabela 25 ..................................................................................................... 126
Tabela 26 ..................................................................................................... 127
Tabela 27 ..................................................................................................... 127
13
Tabela 28 ..................................................................................................... 128
Tabela 29 ..................................................................................................... 128
Tabela 30 ..................................................................................................... 129
Tabela 31 ..................................................................................................... 129
Tabela 32 ..................................................................................................... 130
Tabela 33 ..................................................................................................... 131
Tabela 34 ..................................................................................................... 132
Tabela 35 ..................................................................................................... 132
Tabela 36 ..................................................................................................... 133
Tabela 37 ..................................................................................................... 134
Tabela 38 ..................................................................................................... 135
Tabela 39 ..................................................................................................... 136
Tabela 40 ..................................................................................................... 137
Tabela 41 ..................................................................................................... 137
Tabela 42 ..................................................................................................... 138
Tabela 43 ..................................................................................................... 138
Tabela 44 ..................................................................................................... 139
Tabela 45 ..................................................................................................... 139
Tabela 46 ..................................................................................................... 140
Tabela 47 ..................................................................................................... 140
Tabela 48 ..................................................................................................... 141
Tabela 49 ..................................................................................................... 141
Tabela 50 ..................................................................................................... 142
14
Sumário
RESUMO .................................................................................................................. 16
ABSTRACT .............................................................................................................. 18
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 19
O Camundongo como Animal de Experimentação ........................................ 19
O Modelo de Hipertensão 1 Rim, 1 Clipe e suas Implicações Humorais e
Neurais ........................................................................................................... 20
O Barorreflexo e o Modelo de Hipertensão 1 Rim, 1 Clipe ............................ 27
A Variabilidade de Parâmetros Cardiovasculares, Risco Cardiovascular e
Lesão de Órgão Alvo ..................................................................................... 30
OBJETIVOS ............................................................................................................. 33
MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................ 34
1. Animais ..................................................................................................... 34
2. Cirurgia para Desenvolvimento da Hipertensão 1R1C ............................. 34
3. Medidas da Pressão Arterial .................................................................... 37
Medida Indireta ................................................................................... 37
Medida Direta ...................................................................................... 37
4. Protocolos e Grupos Experimentais ......................................................... 40
5. Análise dos Dados .................................................................................... 43
Parâmetros Hemodinâmicos Basais ........................................................ 43
Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca ......... 43
Tono Autonômico e FIMP ......................................................................... 43
Sensibilidade do Barorreflexo Espontâneo .............................................. 44
6. Análise da Atividade da Renina Plasmática ............................................. 44
7. Estudo Imuno-histoquímico para Marcação de Angiotensina II Renal ..... 45
8. Análise Morfológica .................................................................................. 46
9. Análise Estatística .................................................................................... 47
RESULTADOS ......................................................................................................... 49
1. Desenvolvimento da Hipertensão 1R1C .................................................. 49
15
2. Freqüência Cardíaca, Balanço Simpato-vagal e Freqüência Intrínseca de
Marcapasso .............................................................................................. 52
3. Sensibilidade do Barorreflexo Espontâneo .............................................. 54
4. Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca no
Domínio do Tempo ................................................................................... 56
5. Atividade da Renina Plasmática e Análise Imuno-histoquímica ............... 58
6. Pesos e Análises Morfológicas ................................................................. 60
DISCUSSÃO ............................................................................................................ 65
SUMÁRIO E CONCLUSÕES ................................................................................... 84
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 86
APÊNDICE ............................................................................................................. 107
ANEXO (ARTIGO) .................................................................................................. 143
16
RESUMO
O balanço simpato-vagal e o controle barorreflexo da freqüência cardíaca
(FC) foram avaliados durante o desenvolvimento (1 e 4 semanas) da hipertensão um
rim, um clipe (1R1C) em camundongos não-anestesiados. O desenvolvimento de
hipertrofia cardíaca e fibrose também foi examinado. A variabilidade da pressão
arterial (PA) sistólica e da FC no domínio do tempo (desvio padrão) e a sensibilidade
do barorreflexo foram calculados a partir dos registros basais. Metil-atropina e
propranolol permitiram a avaliação do balanço simpato-vagal e da freqüência
intrínseca de marcapasso (FIMP). A marcação de angiotensina II renal e a atividade
da renina plasmática (ARP) também foram avaliadas. Uma e 4 semanas após o
clampeamento da artéria renal, os camundongos estavam hipertensos e
taquicárdicos e exibiram tono simpático elevado e tono vagal reduzido. A FIMP
estava elevada apenas nos camundongos 1R1C de 1 semana. A variabilidade da PA
sistólica estava elevada, enquanto a variabilidade da FC e a sensibilidade do
barorreflexo estavam reduzidas nos hipertensos de 1 e 4 semanas. A marcação da
angiotensina II renal e a ARP estavam elevadas apenas 1 semana após o
clampeamento. Hipertrofia cardíaca concêntrica foi observada nos hipertensos de 1
e 4 semanas, enquanto que fibrose cardíaca foi observada apenas após 4 semanas
de hipertensão. Concluindo, o desenvolvimento da hipertensão 1R1C em
camundongos revelou taquicardia, tono simpático aumentado e tono vagal reduzido
para o coração. Além disso, redução da sensibilidade do barorreflexo cardíaco,
aumento da variabilidade da PA sistólica, diminuição da variabilidade da FC,
hipertrofia concêntrica e fibrose também foram observados. Aumento da FIMP e
hiperatividade do sistema renina-angiotensina foram observados apenas nos
camundongos hipertensos de 1 semana.
17
Palavras-chave: hipertensão renovascular, tono simpático, tono vagal, FIMP,
barorreflexo.
18
ABSTRACT: HEMODYNAMIC AND NEURO-HUMORAL CHANGES IN ONE KIDNEY,
ONE CLIPE (1K1C) HYPERTENSION IN MICE
Sympathovagal balance and baroreflex control of heart rate (HR) were
evaluated during the development (1 and 4 weeks) of one kidney, one clip (1K1C)
hypertension in conscious mice. The development of cardiac hypertrophy and fibrosis
was examined as well. Variability of systolic arterial pressure (AP) and HR in the time
domain (standard deviation), and baroreflex sensitivity were calculated from basal
recordings. Methyl atropine and propranolol allowed the evaluation of the
sympathovagal balance to the heart and the intrinsic HR. Staining of renal
angiotensin II in the kidney and plasma renin activity (PRA) were also evaluated. One
and 4 weeks after clipping the mice were hypertensive and tachycardic and exhibited
elevated sympathetic and reduced vagal tone. The intrinsic HR was elevated only at
1 week after clipping. Systolic AP variability was elevated while HR variability and
baroreflex sensitivity were reduced 1 and 4 weeks after clipping. Renal angiotensin II
staining and PRA were elevated only 1 week after clipping. Concentric cardiac
hypertrophy was observed at 1 and 4 weeks, while cardiac fibrosis was observed
only at 4 weeks after clipping. In conclusion, the development of 1K1C hypertension
in mice revealed tachycardia, increased sympathetic and decreased vagal tone to the
heart. In addition, attenuated baroreflex sensitivity of HR, increased AP variability,
decreased HR variability and concentric cardiac hypertrophy and fibrosis were
observed as well. An increase of the intrinsic HR and overactivity of the renin-
angiotensin system were observed only at 1 week after clipping.
Key Words: renovascular hypertension, sympathetic tone, vagal tone, FIMP,
baroreflex.
19
INTRODUÇÃO
O CAMUNDONGO COMO ANIMAL DE EXPERIMENTAÇÃO
Parte do conhecimento da fisiopatologia da hipertensão arterial foi obtido por
meio de estudos realizados em diversas espécies, como o cão (
GOLDBLATT ET AL.,
1934
), o coelho (HEAD; BURKE, 2001) e o rato (HEAD; ADAMS, 1988; CABRAL; VASQUEZ,
1991; DIBONA; JONES; SAWIN, 1997; SALGADO ET AL., 2007
). Entretanto, as últimas
décadas foram marcadas por avanços tecnológicos que permitiram maior
conhecimento do genoma humano e de outras espécies animais, gerando a
expectativa de que a manipulação individual de genes pudesse ser um passo
decisivo para o tratamento de diversas doenças (FINKEL, 1999; FRANCIS ET AL., 2001).
No âmbito experimental, o camundongo foi a espécie que apresentou maior
susceptibilidade à manipulação genética, tornando-se referência em estudos dos
fatores moleculares e genéticos envolvidos na regulação de funções fisiológicas e na
fisiopatogenia de doenças (BECKER; GOTTSHALL; CHIEN, 1996; CHRISTENSEN; WANG;
CHIEN, 1997; GASSMANN; HENNET, 1998
), incluindo as doenças do sistema
cardiovascular (BADER ET AL., 2000; CVETKOVIC; SIGMUND, 2000; DALLOZ; OSROBBINS,
2001; MA; ABBOUD; CHAPLEAU, 2003
), como por exemplo, a hipertensão arterial
(
CERVENKA ET AL., 2002; LAZARTIGUES ET AL., 2004). Por se tratar de espécie
geneticamente manipulável, inúmeros estudos em camundongos geneticamente
manipulados foram desenvolvidos com o objetivo de investigar o papel de genes
específicos relacionados com a instalação e desenvolvimento da hipertensão
(CERVENKA ET AL., 2002; LAZARTIGUES ET AL., 2004); porém, são poucos os trabalhos
que avaliam a fisiopatogenia da hipertensão arterial em camundongos não
20
manipulados geneticamente (WIESEL ET AL., 1997; PEOTTA ET AL., 2007; STEC ET AL.,
2008
).
O MODELO DE HIPERTENSÃO 1 RIM, 1 CLIPE E SUAS IMPLICAÇÕES HUMORAIS E
NEURAIS
Os modelos de hipertensão renovascular têm fornecido consideráveis
contribuições para o estudo da fisiopatogenia da hipertensão arterial (GOLDBLATT ET
AL., 1934; KATHOLI; WINTERNITZ; OPARIL, 1981; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987;
CABRAL; VASQUEZ, 1991; MOYSES ET AL., 1994
). O primeiro modelo foi desenvolvido por
Goldblatt et al. (1934) em experimentos realizados em cães e, posteriormente, foram
adaptados para pequenos animais, como o rato (SCHAFFEMBURG, 1959) e o
camundongo (JOHNS ET AL., 1996; WIESEL ET AL., 1997). É amplamente aceito na
literatura que a instalação e o desenvolvimento dos modelos de hipertensão
renovascular do tipo 1 rim, 1 clipe (1R1C) e 2 rins, 1 clipe (2R1C) envolvem
mecanismos humorais e neurais complexos (GOLDBLATT ET AL., 1934; MACHADO;
SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987; CABRAL; VASQUEZ, 1991;
DE SIMONE ET AL., 1993; WIESEL ET AL., 1997
).
Quanto aos mecanismos humorais, encontra-se bem estabelecido que o
sistema renina-angiotensina (SRA) exerce um papel fundamental na fase de
instalação dos modelos 1R1C e 2R1C (
GOLDBLATT ET AL., 1934; SCHAFFEMBURG, 1959,
WIESEL ET AL., 1997
). O hormônio biologicamente ativo, angiotensina II (ANGII),
possui uma ação significativa na elevação da pressão arterial (PA) (REID; MORRIS;
GANONG, 1978; SWALES, 1979
). Assim como no modelo 2R1C, a fase precoce da
hipertensão 1R1C é caracterizada por uma pronta elevação da atividade da renina
plasmática (ARP) em resposta à baixa pressão de perfusão renal. A renina é uma
21
enzima proteolítica sintetizada, armazenada e secretada pelas células do aparelho
justaglomerular do rim (TIGERSTEDT; BERGMAN, 1898 apud BOUCHER; ROJO-ORTEGA;
GENEST, 1977
). Por meio de digestão tríptica, o angiotensinogênio, uma α-globulina
sintetizada no fígado, gera um tetradecapeptídeo. A renina desencadeia uma
cascata de eventos que se inicia com a hidrólise específica da ligação Leu
10
-Leu
11
do seu substrato natural (angiotensinogênio) ou do tetradecapeptídeo, para formar o
decapeptídeo angiotensina I (SKEGGS ET AL., 1957). Entretanto, a angiotensina I não
possui ação significativa no sistema cardiovascular (OPARIL, 1977). Por fim, a
angiotensina I sofre ação da enzima conversora de angiotensina, uma peptidil-
dipeptidase abundante no endotélio vascular, principalmente nos pulmões, que por
meio da quebra da ligação Phe
8
-His
9
, é convertida no octapeptídeo ANGII (Figura 1)
(MUNOZ ET AL., 1939; SKEGGS ET AL., 1957; OPARIL, 1977; CAMPBELL, 1987). A ANGII
medeia numerosas respostas comportamentais e fisiológicas como o aumento da
ingestão de água e sódio, liberação de aldosterona e vasopressina, e constrição do
músculo liso vascular, por ação direta em receptores AT
1
, ou por ativação do
sistema nervoso simpático (
MUNOZ ET AL., 1939; FERRARIO; CARRETERO, 1984).
Portanto, a maioria das ações da ANGII contribui, coletivamente, para a expansão
do volume extracelular e aumento da resistência periférica total (
FERRARIO;
CARRETERO, 1984
) produzindo alterações hemodinâmicas como a elevação da PA
(SWALES, 1979; FERRARIO; CARRETERO, 1984; JOHNSON; THUNHORST, 1997; FITZSIMONS,
1998
). O aumento do volume plasmático e do fluido extracelular promove aumento do
débito cardíaco elevando ainda mais os níveis pressóricos. Em geral, nos modelos
de hipertensão 1R1C e 2R1C, o aumento da PA se inicia poucos minutos após a
redução do fluxo renal, atingindo um platô em 2 a 3 semanas (FERRARIO;
CARRETERO, 1984
).
22
Figura 1: Vias clássicas de produção de angiotensina II. ECA: enzima conversora de
angiotensina (Modificado de Boucher; Rojo-Ortega; Genest, 1977).
23
Os mecanismos da fase crônica da hipertensão renovascular diferem entre os
dois modelos. No modelo 1R1C ocorre retenção de volume devido à ausência de um
dos rins, cessando, dessa forma, o estímulo para a liberação de renina no rim com a
artéria clampeada. Portanto, cronicamente, esse é um modelo de hipertensão
renovascular volume-dependente com baixa-renina plasmática (DE SIMONE ET AL.,
1993; CORBIER ET AL., 1994
). Nesse sentido, Wiesel et al. (1997) mostraram em um
estudo detalhado que o padrão de instalação e desenvolvimento da hipertensão
1R1C em camundongos é semelhante ao de outras espécies já descritas na
literatura. Nesse estudo, os autores (WIESEL ET AL., 1997) demonstraram que a
expressão renal, assim como a ARP nos camundongos hipertensos 1R1C, é
semelhante à do grupo normotenso 2 a 4 semanas após o clampeamento da artéria
renal e nefrectomia contralateral.
A avaliação da atividade do SRA tem sido realizada utilizando-se várias
abordagens, como por exemplo, a análise da ARP (DE VITO; FASCIOLO, 1965;
BOUCHER; GENEST, 1966; FREITAS ET AL., 2007
). Com esse método a atividade do SRA
pode ser avaliada por meio da transformação, in vitro, do angiotensinogênio ou
tetradecapeptídeo exógeno, em angiotensina I, sendo que, quanto maior a
concentração de angiotensina I gerada, maior a quantidade de renina presente no
plasma e, consequentemente, maior a atividade do SRA (BOUCHER; GENEST, 1966;
FREITAS ET AL., 2007
). Além do método da ARP, estudos demonstraram que o rim é
capaz de captar ANGII proveniente do plasma ou gerada no próprio tecido renal
(ZOU ET AL., 1996, 1998; NAVAR; HARRISON-BERNARD, 2000; NAVAR ET AL., 2002; ZHUO ET
AL., 2002
), permitindo, assim, que a marcação tecidual para ANGII possa ser utilizada
como um índice para a avaliação da atividade do SRA. Nesse contexto, Zou et al.
(1996) mostraram que ratos submetidos à infusão crônica de ANGII apresentaram
24
níveis plasmáticos, desse hormônio, progressivamente aumentados, e após 10 dias
de infusão apresentaram aumento da captação de ANGII no rim. Além disso,
estudos mostraram que esse aumento ocorre por captação mediada por endocitose
por meio do acoplamento da ANGII a receptores AT
1
(ZHUO ET AL., 2002). Portanto, os
métodos para a medida da atividade do SRA descritos acima serão empregados no
presente trabalho.
Evidências sugerem que o aumento do volume extracelular é um fator
relevante para o aumento da PA durante a fase crônica do modelo 1R1C, porém,
sabe-se que aspectos neurais também contribuem, amplamente, para a elevação
dos níveis pressóricos nesse modelo (KATHOLI; WINTERNITZ; OPARIL, 1981;
WINTERNITZ; KATHOLI; OPARIL, 1982; OPARIL, 1986; CABRAL; VASQUEZ, 1991
). No início da
década de 80 Katholi et al. (1981) demonstraram, em ratos com hipertensão 1R1C,
que a desnervação renal farmacológica com fenol promoveu redução dos níveis
pressóricos dos animais hipertensos, sugerindo que a interrupção da atividade
aferente renal poderia diminuir o tono simpático por meio de um mecanismo de
retroalimentação direto. Além disso, esse mesmo grupo de pesquisadores
(WINTERNITZ; KATHOLI; OPARIL, 1982) demonstrou que o conteúdo de noradrenalina
hipotalâmica está aumentado em ratos com hipertensão 1R1C e que ratos
submetidos à desnervação renal apresentavam níveis de noradrenalina hipotalâmica
normais. Esse conjunto de dados forneceu importantes evidências do envolvimento
do sistema nervoso central na manutenção da hipertensão, além de indicar que a
participação dos nervos renais, especificamente as aferências renais, exercem papel
modulatório sobre a atividade noradrenérgica hipotalâmica (KATHOLI; WINTERNITZ;
OPARIL, 1981; WINTERNITZ; KATHOLI; OPARIL, 1982
).
Estudos de bloqueio farmacológico de receptores para ANGII mostraram que
25
a PA diminui em ratos hipertensos 2R1C, enquanto que esse efeito não foi
observado em ratos hipertensos 1R1C, indicando que a fisiopatologia da hipertensão
na fase crônica difere entre os dois modelos (BRUNNER ET AL., 1971). O sistema
nervoso simpático participa da regulação da PA e exerce papel significativo na
fisiopatologia da hipertensão. Vários estudos mostraram que o aumento da atividade
simpática parece contribuir de maneira eficaz na manutenção dos altos níveis de PA
na fase crônica da hipertensão 1R1C (SCROOP; LOWE, 1969; REID ET AL., 1976;
ESTRUGAMOU; DE LA RIVA, 1977; DEQUATTRO ET AL., 1978; CABRAL; VASQUEZ, 1991
).
Inúmeros achados suportam essa hipótese mostrando aumento dos níveis
plasmáticos de catecolaminas, principalmente noradrenalina (REID ET AL., 1976),
aumento do seu metabolismo (TANAKA ET AL., 1982), aumento dos níveis de
metabólitos no plasma e coração (REID ET AL., 1976; VLACHAKIS ET AL., 1984),
acentuada redução da PA após bloqueio ganglionar (TARAZI; DUSTAN, 1973; BELLINI ET
AL., 1979
), reversão ou prevenção da hipertensão por meio da destruição seletiva de
regiões do hipotálamo anterior (HAYWOOD ET AL., 1983), e depleção dos estoques
centrais de catecolaminas (GORDON ET AL., 1979). Além disso, o modelo de
hipertensão 1R1C apresenta grande incidência de complicações cardiovasculares,
fato que é observado com menos freqüência no modelo 2R1C, o qual não apresenta
tantas alterações no sistema nervoso simpático de mesma magnitude que o modelo
1R1C (IKEDA; FUJII; SEKI, 1973).
Ainda com relação à caracterização dos aspectos neurais envolvidos na
hipertensão 1R1C, Cabral e Vasquez (1991) mostraram que o desenvolvimento da
hipertensão 1R1C em ratos está relacionado a um aumento significativo do tono
simpático e, mais tardiamente (30 dias), a uma diminuição do tono vagal; além disso,
o desenvolvimento da hipertensão foi acompanhado por aumento da freqüência
26
cardíaca (FC). Estudos prévios realizados em nosso laboratório já haviam
demonstrado a ocorrência de taquicardia transitória durante a fase precoce da
hipertensão 1R1C em ratos, sendo que essa taquicardia foi acompanhada,
temporalmente, por elevação da freqüência intrínseca de marcapasso (FIMP)
(MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987). Tendo em
vista a importância do envolvimento do sistema nervoso simpático na fisiopatologia
da hipertensão arterial, inclusive no modelo 1R1C, faz-se necessária a
caracterização desse sistema em camundongos hipertensos 1R1C, uma vez que
esse assunto não foi, ainda, abordado na literatura. Por outro lado, visto que existem
relatos do comprometimento do sistema nervoso parassimpático para o coração na
hipertensão 1R1C, e dada a interatividade de ambos os componentes do sistema
nervoso autônomo (simpático e parassimpático), o estudo do componente vagal
nesses animais também é entendido como altamente pertinente.
Do ponto de vista metodológico, diversas abordagens têm sido utilizadas para
avaliação do controle autonômico cardiovascular, dentre elas, o uso de
bloqueadores farmacológicos de receptores autonômicos (VASQUEZ; KRIEGER, 1982;
CABRAL; VASQUEZ, 1991; FAZAN ET AL., 2005; PEOTTA ET AL., 2007
). A modulação
autonômica cardíaca pode ser avaliada pela administração de bloqueadores
autonômicos, os quais permitem uma apreciação da ação vagal e/ou simpática sobre
o coração. Desse modo, a taquicardia observada após a administração de
metilatropina (bloqueador muscarínico) pode ser considerada como um índice do
tono vagal cardíaco, enquanto que a bradicardia observada após a administração de
propranolol (bloqueador β-adrenérgico) representa um índice do tono simpático
cardíaco (
VASQUEZ; KRIEGER, 1982). Após a administração de ambos bloqueadores
autonômicos a FC observada representa a ritmicidade espontânea cardíaca
27
desprovida de qualquer modulação autonômica, conhecida como FIMP (VASQUEZ;
KRIEGER, 1982; MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO,
1987
). Desse modo, no presente estudo, a avaliação do tono autonômico e da FIMP
será realizada por meio de bloqueadores farmacológicos, como o propranolol e a
metilatropina.
Vale a pena ressaltar, também, que as diferentes classes de anestésicos
alteram de maneira apreciável a modulação autonômica eferente para o coração e
vasos sangüíneos (
TABORSKY ET AL., 1984). Observa-se na literatura que, de uma
maneira geral, é preconizado que nos estudos de controle reflexo da PA
e FC sejam
utilizados, preferencialmente, animais acordados, desprovidos dos efeitos
indesejáveis da anestesia. Assim, no presente estudo, os protocolos propostos no
modelo de hipertensão 1R1C em camundongos serão desenvolvidos com os
animais já recuperados dos efeitos da anestesia, ou seja, 24 a 48h após a cirurgia
para canulação dos vasos sangüíneos.
O BARORREFLEXO E O MODELO DE HIPERTENSÃO 1 RIM, 1 CLIPE
O sistema nervoso central controla, reflexamente, a atividade eferente
autonômica para o coração e vasos sangüíneos na determinação da homeostase
cardiocirculatória. O barorreflexo arterial é o principal responsável pela manutenção
da PA em uma faixa de variação relativamente estreita. Barorreceptores localizados
no seio carotídeo e na crossa da aorta detectam alterações na PA, desencadeando
ajustes autonômicos com a finalidade de restaurar, imediatamente, os níveis normais
de pressão (
KRIEGER; SALGADO; MICHELINI, 1982).
O barorreflexo consiste em uma porção aferente que envia informações
28
relacionadas às alterações da PA para o sistema nervoso central, o qual, por sua
vez, integra essas informações, e por meio de vias eferentes autonômicas (simpática
e parassimpática), promove ajustes na PA. O componente simpático do sistema
nervoso autônomo é o principal determinante do tono vasomotor, atuando
diretamente na resistência periférica. Entretanto, a atividade cardíaca é modulada
por ambas as divisões, simpática e parassimpática do sistema nervoso autônomo
(KIRCHHEIM, 1976; KRIEGER; SALGADO; MICHELINI, 1982; CHAPLEAU; ABBOUD, 2001).
Assim, a ação simpática, por meio da noradrenalina, promove vasoconstrição
periférica, e respostas inotrópicas e cronotrópicas positivas. Já a ação
parassimpática sobre o sistema cardiocirculatório se expressa, fundamentalmente,
por meio de seu mediador químico acetilcolina, o qual promove uma resposta
cronotrópica negativa e, também, embora menos expressiva, uma resposta
inotrópica negativa (KIRCHHEIM, 1976; BROWN, 1980; KRIEGER; SALGADO; MICHELINI,
1982
). Desta forma, ao serem ativados por um aumento da PA, os barorreceptores
induzem uma diminuição da atividade simpática para o coração e os vasos, e um
aumento da atividade vagal cardíaca, promovendo uma redução da FC, da
resistência periférica total e, também, do débito cardíaco, contribuindo para o retorno
da PA aos níveis normais. Por outro lado, uma queda na PA promove uma redução
da atividade dos barorreceptores, a qual induz um aumento da atividade simpática
para o coração e os vasos, e uma redução da atividade vagal cardíaca, para que a
PA retorne aos níveis normais (SHEPHERD; VANHOUTTE, 1979; KRIEGER; SALGADO;
MICHELINI 1982
).
Estudos mostram que a redução da sensibilidade do barorreflexo cardíaco é
uma característica da hipertensão arterial clínica (
MILAN ET AL., 2007), assim como,
experimental (
MOYSES ET AL., 1994; HEAD; BURKE, 2001; OLIVEIRA ET AL., 2005; SALGADO
29
ET AL., 2007). Sabe-se que em ratos 1R1C ocorre a atenuação da sensibilidade do
barorreflexo nas fases de instalação e manutenção da hipertensão (MOYSES ET AL.,
1994; OLIVEIRA ET AL., 2005
). Moyses et al. (1994) mostraram que ratos com
hipertensão 1R1C apresentam atenuação da sensibilidade do barorreflexo a partir
do primeiro dia após o clampeamento da artéria renal e nefrectomia contralateral,
sendo o maior comprometimento observado após 30 dias de hipertensão. Além
disso, estudo realizado em nosso laboratório (OLIVEIRA ET AL., 2005) mostrou que
ratos que desenvolveram hipertensão 1R1C durante 4 semanas apresentaram
redução da bradicardia e taquicardia reflexas. Alguns trabalhos realizados em
camundongos hipertensos (MADEDDU; SALIS; EMANUELI, 1999; XUE; PAMIDIMUKKALA;
HAY, 2005
), inclusive trabalho recente realizado em camundongos hipertensos 2R1C
(PEOTTA ET AL., 2007), também apresentaram esse tipo de comprometimento
barorreflexo. Porém, até o momento, nenhum estudo foi realizado com o objetivo de
caracterizar a função barorreflexa em camundongos hipertensos 1R1C.
O componente cardíaco do barorreflexo é freqüentemente determinado pela
magnitude das alterações reflexas da FC em resposta a alterações na PA induzidas
por drogas vasoativas, como por exemplo, a fenilefrina e o nitroprussiato de sódio
(
MOYSES ET AL., 1994; OLIVEIRA ET AL., 2005; CHEN ET AL., 2008). Entretanto,
camundongos não toleram injeções endovenosas repetidas, devido ao seu pequeno
volume sangüíneo e, provavelmente, uma certa dificuldade para a diluição de drogas
nesse pequeno volume sangüíneo, o que dificulta a avaliação do barorreflexo
nesses animais (
PATON; BUTCHER, 1998; MA; ABBOUD; CHAPLEAU, 2003). Assim,
métodos alternativos para o estudo da sensibilidade do barorreflexo são
especialmente interessantes quando o animal experimental em questão é o
camundongo. Um método comumente utilizado para se avaliar a sensibilidade do
30
barorreflexo é o método da seqüência (BERTINIERI ET AL., 1985; LEGRAMANTE ET AL.,
1999; LAUDE; BAUDRIE; ELGHOZI, 2008
), descrito por Bertinieri et al. (1985). Esse método
consiste na identificação de oscilações espontâneas da PA e FC em direções
opostas, ou seja, na presença de aumentos espontâneos da PA, tem-se,
reflexamente, bradicardia e, em presença de quedas na PA, a desativação
barorreceptora promove, reflexamente, taquicardia (BERTINIERI ET AL., 1985;
LEGRAMANTE ET AL., 1999; LAUDE; BAUDRIE; ELGHOZI, 2008
). Recentemente, Laude et
al. (2008) demonstraram a eficácia desse método de análise espontânea em
camundongos, comparando-o ao método de análise do barorreflexo por análise
espectral cruzada. Esses autores mostraram que o método da seqüência aplicado
para a análise do barorreflexo espontâneo é, perfeitamente, aplicável ao
camundongo, e apresenta valores de sensibilidade semelhantes àqueles obtidos
quando foram utilizados outros métodos de análise da sensibilidade do barorreflexo.
A VARIABILIDADE DE PARÂMETROS CARDIOVASCULARES, RISCO CARDIOVASCULAR E
LESÃO DE ÓRGÃO ALVO
A variabilidade de parâmetros cardiovasculares como a PA e FC tem se
revelado excelente ferramenta para a inferência de risco cardiovascular (
PARATI ET
AL., 1987; PAGANI ET AL., 1986; CERUTTI ET AL., 1991
). O conhecimento de que flutuações
da FC e PA refletem a interação do sistema nervoso simpático e/ou parassimpático
tem instigado, com certa freqüência, o estudo da função autonômica a partir da
variabilidade da FC e PA (AKSELROD ET AL., 1981; PAGANI ET AL., 1986; CERUTTI ET AL.,
1991
). Sabe-se que o organismo é capaz de corrigir variações súbitas de parâmetros
fisiológicos. Todavia, está bem descrito que existe certa variabilidade da PA e FC em
torno dos níveis normais (PARATI ET AL., 1987; CERUTTI ET AL., 1991). A análise da
31
variabilidade espontânea da PA e FC tem permitido examinar a modulação
autonômica sobre o sistema cardiovascular, e pode ser facilmente mensurada por
métodos estatísticos, como pelo cálculo do desvio padrão ou variância de séries
temporais da PA ou FC (variabilidade no domínio do tempo) (DIAS DA SILVA ET AL
2006
). Apesar de que estudos realizados em outras espécies mostraram a
importância relativa do sistema nervoso autônomo e da regulação barorreflexa da
FC durante a instalação e manutenção da hipertensão 1R1C, bem como a
importância da avaliação da variabilidade da PA e FC (AKSELROD ET AL., 1981; PAGANI
ET AL., 1986; MOYSES ET AL., 1994; CABRAL; VASQUEZ, 1991
), não foi encontrado, na
literatura, nenhum estudo avaliando esses parâmetros em camundongos com
hipertensão 1R1C.
Complicações associadas com a hipertensão arterial, as quais incluem
acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e infarto do
miocárdio são, frequentemente, letais. As lesões em órgão alvo, como por exemplo,
hipertrofia cardíaca, aterosclerose e lesões renais ocorrem durante a fase precoce
dessas complicações decorrentes da hipertensão arterial (SU; MIAO, 2005). Portanto,
julga-se imperativo realizar a avaliação do comprometimento em órgãos, como o
coração, durante a instalação e desenvolvimento da hipertensão 1R1C em
camundongos. Vale ressaltar que com o desenvolvimento da hipertensão o nível de
PA é um fator importante para a indução de lesão em órgão alvo, como o coração,
tanto em pacientes (PARATI ET AL., 1987) como em animais de experimentação (SU;
MIAO, 2005
). Entretanto, a elevação da PA não é o único determinante de lesões em
órgãos alvo (SHAN; DAÍ; SU, 1999; SU; MIAO, 2001, 2005; XIE ET AL., 2006). Consistente
com achados clínicos (
PARATI ET AL., 1987; PARATI; MANCIA, 2001), o desenvolvimento
de lesão em órgão alvo em ratos SHR correlacionou-se positivamente ao aumento
32
da variabilidade da PA (SU; MIAO, 2001, 2005). Dessa maneira, foi proposto que o
aumento da variabilidade da PA pode ser um dos principais determinantes de lesão
tecidual na hipertensão arterial, tais como, hipertrofia e fibrose cardíaca (PARATI ET
AL., 1987; SHAN; DAÍ; SU, 1999; SU; MIAO, 2001, 2005; PARATI; MANCIA, 2001; XIE ET AL.,
2006
). Assim, Parati et al. (1987) demonstraram a primeira evidência sobre a relação
entre o aumento da variabilidade da PA e a severidade da lesão em órgão alvo.
Estudos mais recentes correlacionaram não somente o aumento da PA, como
também o aumento da variabilidade da PA sistólica (PAS) às lesões de órgãos alvo
(SU; MIAO, 2001, 2005; PARATI; MANCIA, 2001; XIE ET AL., 2006). Apesar da contribuição do
aumento da variabilidade da PA para o aumento da morbidade e mortalidade estar
bem estabelecido, o(s) mecanismo(s) pelo(s) qual(is) o aumento da variabilidade da
PA causa(m) lesões em órgãos alvo na ausência de hipertensão ainda
permanece(m) aberto(s). Visto que o aumento da variabilidade da PA possui boa
correlação com o desenvolvimento de lesão em órgão alvo em outros tipos de
hipertensão arterial (PARATI ET AL., 1997; PARATI; MANCIA, 2001; SU; MIAO, 2001, 2005)
julga-se oportuna a avaliação desse tipo de comprometimento na hipertensão 1R1C
em camundongos. Além disso, alguns trabalhos relatam, especificamente, o
desenvolvimento de hipertrofia cardíaca em camundongos hipertensos (
WIESEL ET
AL., 1997; PEOTTA ET AL., 2007
), entretanto, uma avaliação mais detalhada desse tipo
de lesão no coração, como o estudo da morfologia (medida do menor diâmetro do
miócito e espessura da parede do miocárdio) e quantificação do volume relativo de
colágeno (presença de fibrose), bem como do aumento da variabilidade da PA e
diminuição da variabilidade da FC, ainda não foram abordados no camundongo com
hipertensão 1R1C.
33
OBJETIVOS
Caracterizar do ponto de vista hemodinâmico e neuro-humoral o modelo de
hipertensão 1R1C em camundongos durante as fases de instalação (1 semana) e
desenvolvimento (4 semanas). Para tanto serão avaliados:
1. Hemodinâmica (PA e FC);
2. Controle barorreflexo da FC;
3. Variabilidade da PAS e da FC no domínio do tempo;
4. Balanço simpato-vagal cardíaco (tono simpático, tono vagal e FIMP);
5. Atividade do SRA (ARP e marcação renal de angiotensina II);
6. Grau de lesão cardíaca (hipertrofia e fibrose).
34
MATERIAL E MÉTODOS
1. Animais
Os experimentos foram realizados utilizando-se camundongos machos
adultos, da linhagem Swiss, pesando em torno de 30 g, provenientes do Biotério
Central da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP. Nos dias que
precederam os experimentos, os animais foram mantidos no Biotério do
Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP em
estantes ventiladas (Alesco Indústria e Comércio LTDA, modelo 9902-001, Monte
Mor, SP, Brasil), sob temperatura controlada (21 ± 2°C). Os camundongos foram
mantidos em ciclo claro/escuro de 12 horas, com livre acesso a água e ração
(Nuvilab CR-1, Nuvital, Colombo, PR, Brasil). Os protocolos experimentais utilizados
no presente estudo estão de acordo com os Princípios Éticos na Experimentação
Animal e aprovados pelo Comitê de Ética de Pesquisa Animal da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto, USP (protocolo n° 054/2006).
2. Cirurgia para Desenvolvimento da Hipertensão 1R1C
Os camundongos foram anestesiados com tribromoetanol (250 μg/g, i.p.,
Johnson Metthey Company, Heysham, Lancs, EUA) e posicionados em uma mesa
cirúrgica sob ampliação visual por meio de um microscópio cirúrgico (DF
Vasconcellos S.A., modelo MC-A186, São Paulo, SP, Brasil). A cirurgia para produzir
a hipertensão 1R1C foi realizada como descrita por Wiesel et al. (1997). Para isso, a
artéria renal direita foi isolada através de uma incisão no flanco do animal, e um clipe
de prata (abertura interna de 0,15 mm) foi colocado ao redor da artéria renal. O clipe
utilizado no presente estudo está apresentado na Figura 2 e foi construído com prata
35
pura, rígida, e sua abertura interna foi cuidadosamente mensurada utilizando-se o
microscópio óptico. Para a nefrectomia contralateral foram realizadas ligaduras ao
redor do pedículo vascular renal e ureter. O rim esquerdo foi removido deixando-se a
glândula adrenal intacta. Camundongos controles foram submetidos ao mesmo
protocolo com exceção do clampeamento da artéria renal. Ao final da cirurgia todas
as incisões foram suturadas e os camundongos foram mantidos em caixas de
plásticos nas mesmas condições iniciais (5 animais por caixa), para recuperação
pós-cirúrgica durante 1 ou 4 semanas.
36
Figura 2: Fotografia de um clipe de prata confeccionado à mão, cuja abertura
interna (0,15 mm) foi estabelecida por meio de um microscópio óptico.
1 mm
162,16
m
148,65
m
37
3. Medidas da Pressão Arterial
Medida Indireta: o desenvolvimento da hipertensão 1R1C foi acompanhado
por meio de medidas indiretas da pressão arterial sistólica (PAS) realizadas ao redor
da cauda dos camundongos. Para isso os animais foram contidos (contendor modelo
306, IITC Life Science, Woodland Hills, CA, EUA) e colocados em uma câmara
aquecida (modelo 306, IITC Life Science, Woodland Hills, CA, EUA) mantida a 31-
33°C. Um cone construído com papel escuro foi colocado na extremidade onde se
encontrava a cabeça do camundongo com a finalidade de proteger os olhos do
animal e tranqüilizá-lo. O aparato formado por um oclusor integrado a um sensor
fotoelétrico (B60-1/4, IITC Life Science, Woodland Hills, CA, EUA) foi acoplado ao
contendor, fazendo com que a cauda dos animais passasse por dentro do oclusor. O
sensor-oclusor foi operado para interromper as pulsações da artéria caudal quando
inflado, e para detectar o retorno das pulsações quando desinflado. Os valores
mensurados são próximos da PAS dos camundongos, e foram coletados antes e
periodicamente (semanalmente) após a cirurgia de clampeamento (ou fictícia).
Medida Direta: os experimentos foram realizados 1 e 4 semanas após a
cirurgia fictícia ou de clampeamento. Vinte e quatro horas antes dos experimentos,
os camundongos foram novamente anestesiados com tribromoetanol (250 μg/g, i.p.,
Johnson Metthey Company, Heysham, Lancs, EUA) e cateteres de polietileno (PE-
10 soldado ao PE-50, Intramedic, Clay Adams, Parsippany, NJ, EUA) foram
inseridos na carótida esquerda e jugular direita, para registro direto da PA e
administração de drogas, respectivamente. Os cateteres foram exteriorizados na
região posterior (entre as escápulas) dos camundongos, e as incisões foram
suturadas. Após a cirurgia, os camundongos foram colocados em caixas individuais,
38
e levados novamente ao Biotério do Departamento de Fisiologia da FMRP, USP,
onde permaneceram em condições semelhantes às já descritas anteriormente, para
recuperação pós-cirúrgica por no mínimo 24 horas.
No dia do experimento, sem o efeito indesejável da anestesia, os
camundongos foram levados à sala de registro cerca de 30 minutos antes do início
dos experimentos, para adaptação ao laboratório, e um ambiente tranqüilo foi
mantido para minimização do estresse. O catéter arterial foi conectado a um
transdutor de pressão (modelo P23XL, Statham, Valley View, OH, EUA). O sinal
elétrico do transdutor foi amplificado (CL-6 615422-1, Gould Instruments Systems
Inc., Valley View, OH, EUA) e a PA pulsátil foi continuamente amostrada (4 kHz)
utilizando-se um microcomputador equipado com uma interface de conversão
analógico-digital (Di 220, Dataq, Akron, OH, EUA). Os arquivos gerados foram
armazenados e os dados foram analisados posteriormente.
Na Figura 3 estão representados os traçados típicos do registro direto da PA e
FC de um camundongo do grupo controle normotenso (CN), e de um camundongo
do grupo hipertenso 1R1C de 4 semanas.
39
Pressão Arterial
(mmHg)
0
100
200
300
Freqüência Cardíaca
(bpm)
500
600
700
800
10 s
CN
1R1C
Figura 3: Traçados típicos do pulso arterial e freqüência cardíaca de um
camundongo normotenso (CN) e de um hipertenso 1R1C de 4 semanas. No registro
da pressão arterial a linha branca representa a pressão arterial média. Destacam-se
a hipertensão e a taquicardia desenvolvidas pelo hipertenso 1R1C.
40
4. Protocolos e Grupos Experimentais
Os experimentos foram realizados em camundongos acordados, e com livre
movimentação em caixas individuais, pelo menos 24 horas após os procedimentos
de canulação. Após o período de adaptação, a PA basal foi registrada
continuamente durante 30 minutos. Com o intuito de calcular o tono vagal, após o
período de registro basal, administrou-se metil-atropina (2 mg/kg, i.v., Sigma
Chemical Co., St. Louis, MO, USA) em bolus. A seguir, após um período de 15
minutos de registro contínuo da PA foi realizada uma injeção de propranolol (4
mg/kg, i.v., Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, USA), em bolus, para determinação
da FIMP. O tono simpático foi calculado em outros camundongos que não foram
submetidos à determinação do tono vagal. Para o cálculo do tono simpático realizou-
se o protocolo inverso, ou seja, após o período de registro basal foi administrado
propranolol, também em bolus, seguido do registro contínuo da PA por mais 15
minutos. Nesses animais também foi registrada a FIMP após a administração de
metil-atropina. A Figura 4 ilustra os protocolos experimentais realizados. Após os
registros hemodinâmicos, os camundongos foram mortos por sobredose de
anestésico (tiopental sódico, 50 mg/kg, Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, USA) e
o coração e o rim foram rapidamente removidos, banhados em solução salina (NaCl
0,9%) gelada, e pesados para o cálculo do índice de peso cardíaco e índice de peso
renal por meio das fórmulas abaixo:
(A) Índice de Peso
Cardíaco
Peso Cardíaco (mg)
Peso Corporal (g)
=
(B) Índice de Peso
Renal
Peso Renal (mg)
Peso Corporal (g)
=
41
Grupos distintos de CN e hipertensos 1R1C tiveram seus componentes
mortos por decapitação, após o registro da PA para verificar o desenvolvimento da
hipertensão (1 e 4 semanas), com o sangue sendo imediatamente coletado para a
medida da ARP. Nestes mesmos animais o rim foi coletado para análise imuno-
histoquímica (angiotensina II renal), e o coração coletado para análise morfológica
(hipertrofia cardíaca e fibrose).
Os grupos experimentais estão descritos a seguir:
¾ CN de 1 Semana: camundongos que foram submetidos apenas à
nefrectomia esquerda, e que se apresentaram normotensos após 1
semana;
¾ Hipertensos 1R1C de 1 Semana: camundongos que foram submetidos
à cirurgia para implantação do clipe, e se apresentaram hipertensos
após 1 semana;
¾ CN de 4 Semanas: camundongos que foram submetidos apenas à
nefrectomia esquerda, e que se apresentaram normotensos após 4
semanas;
¾ Hipertensos 1R1C de 4 Semanas: camundongos que foram
submetidos à cirurgia para implantação do clipe, e se apresentaram
hipertensos após 4 semanas.
42
A
B
Figura 4: Protocolo experimental. Em (A) protocolo experimental utilizando-se a
administração de metil-atropina para a determinação do tono vagal; em (B) protocolo
utilizando-se propranolol para a determinação do tono simpático. Em ambos os
protocolos, a freqüência cardíaca calculada após o duplo bloqueio farmacológico foi
considerada como a freqüência cardíaca intrínseca.
30 min
15 min
15 min
Registro Basal
da PA
Metil-atropina
(2 mg/kg, iv)
Propranolol
(4 mg/kg, iv)
30 min
15 min
15 min
Registro Basal
da PA
Propranolol
(4 mg/kg, iv)
Metil-atropina
(2 mg/kg, iv)
Tono vagal
FIMP
Tono simpático
FIMP
43
5. Análise dos Dados
Parâmetros Hemodinâmicos Basais: os registros de PA pulsátil foram
analisados por um programa de computador apropriado para detectar pontos de
inflexão em sinais periódicos. Uma interface gráfica no programa de análise permitiu
inspeção visual e edição manual de eventos detectados erroneamente. As séries
temporais batimento-a-batimento de PAS, PA diastólica (PAD) e PA média (PAM)
foram geradas. A FC foi derivada de sucessivos intervalos de PAD.
Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca: o cálculo
da variabilidade da PAS e da FC foi realizado utilizando-se em torno de 10
4
batimentos cardíacos inferidos do registro da PA basal. Foi realizado o cálculo do
desvio padrão a cada 100 batimentos, e a média dos resultados representa a
variabilidade dos parâmetros no domínio do tempo.
Tono Autonômico e FIMP: o tono simpático e tono vagal foram determinados
pelo bloqueio autonômico produzido pela injeção de propranolol e metil-atropina,
respectivamente. A diferença entre a bradicardia registrada após 15 minutos da
administração de propranolol e a FC basal foi considerada como índice do tono
simpático. Já a diferença entre a taquicardia registrada após 15 minutos da
administração de metil-atropina e a FC basal foi considerada como índice do tono
vagal. Ao final de mais 15 minutos de registro, após a administração de ambos os
bloqueadores autonômicos, a FC registrada representa a ritmicidade espontânea
cardíaca, desprovida de modulação autonômica, e conhecida como FIMP do marca
passo cardíaco.
44
Sensibilidade do Barorreflexo Espontâneo: o controle barorreflexo da FC foi
investigado utilizando-se as alterações espontâneas da PA e da FC. Para atingir
esse objetivo um período contendo 10
4
batimentos cardíacos foi selecionado, de
cada registro basal da PA, e a sensibilidade do barorreflexo foi calculada por meio
do método da seqüência descrito por Bertinieri et al. (1985). Para esse cálculo as
séries temporais de PAS e de FC foram analisadas por um programa de computador
(HemoLAB) capaz de identificar a ocorrência de seqüências espontâneas de 3 ou
mais batimentos consecutivos, nos quais a PAS e a FC estivesse variando em
direções opostas, por exemplo, elevação da PA e bradicardia. Após a identificação
das seqüências barorreflexas, regressões lineares foram aplicadas para cada
seqüência individual detectada, semelhante à técnica de Oxford (ΔFC/ΔPA) a qual
utiliza injeção em bolus de drogas vasoativas. A média das inclinações das
regressões lineares (ganho) foi considerada como índice da sensibilidade do
barorreflexo e apenas as seqüências que apresentaram inclinação com r
2
>0,85
foram consideradas. O número de seqüências encontradas foi normalizado para
cada 1000 batimentos.
6. Análise da Atividade da Renina Plasmática
Para se avaliar a atividade do SRA foi realizado um ensaio para determinação
da ARP. Para isso, após o registro da PA, os camundongos foram mortos por
decapitação e o sangue foi coletado em tubos gelados contendo EDTA (7,5%) e um
coquetel de inibidores enzimáticos: p-OHHBz (1mM), PMSF (1mM), pepstatina
(1mM), O-Fenantrolina (30mM). O sangue foi centrifugado a 4°C e 3000 rpm durante
15 minutos. 30 μL de plasma juntamente com 970 μL de Tris/HCl (50mM, pH7,5) e
20 μL de tetradecapeptídeo (2,0 nmol/mL) foram incubados durante 2 horas.
45
Alíquotas foram coletadas nos tempos 0, 2h e 24h após a incubação. A reação foi
interrompida com 10 μL de ácido ortofosfórico (50%) para quantificação em HPLC. O
substrato de hidrólise foi analisado por fase reversa em HPLC usando uma coluna
aquapore ODS 300 equilibrada com 0,1% de ácido fosfórico contendo 5% de
acetonitrilo (v/v). A angiotensina I gerada foi separada do tetradecapeptídeo por
eluição isocrática durante 5 minutos seguida por um gradiente linear de 20 minutos
de 5-35% de acetonitrilo em 0,1% de ácido fosfórico (v/v) a 1,5 mL/min. O perfil
cromatográfico de cada amostra foi comparado com o obtido por amostras padrão
contendo tetradecapeptídeo (tempo de retenção = 21,7 minutos) e angiotensina I
(tempo de retenção = 18,98 minutos) com absorbância de 240 nm. Os fragmentos
dos peptídeos foram identificados por posição de eluição e quantificados pela área
de integração usando injeções repetidas de solução de peptídeo padrão para corrigir
pequenas diferenças no tempo de retenção (<6%) e altura do pico (<5%)
[Experimentos realizados no laboratório da Professora Dra. Dulce Elena Casarini da
Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Medicina, Departamento de
Nefrologia].
7. Estudo Imuno-histoquímico para Marcação de Angiotensina II Renal
O total de 5 rins coletados de cada grupo experimental foram submetidos à
análise imuno-histoquímica para a marcação de angiotensina II no córtex renal. Em
seguida, os rins foram seccionados transversalmente e armazenados em solução
contendo 60% de metanol, 30% de clorofórmio e 10% de ácido acético. Após 12
horas, os tecidos foram transferidos para solução de álcool 70% para posterior
inclusão em parafina. Posteriormente, as secções de 5 μm de tecido renal dos
animais foram desparafinizadas e inicialmente incubadas (overnight) com anticorpo
46
policlonal (Peninsula Laboratories Inc., San Carlos, USA) para angiotensina II
(1/500) à 4°C. A reação do produto foi detectada por complexo avidina-biotina-
peroxidase (Vector Laboratories, Burlingame, CA, USA). A cor da reação foi revelada
com 3,3’-diaminobenzidina (DAB) (Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, USA) e o
material foi contra-corado com metilgreen, desidratado e montado. A ligação de
proteínas não-específicas foi bloqueada pela incubação prévia com soro de cabra a
20% em PBS durante 20 min. Controles negativos consistiram na substituição do
anticorpo primário por concentrações equivalentes de IgG de coelho normal. Foram
avaliados em torno de 10 campos com área de 0,245 mm
2
cada e a média do
número de células positivas para angiotensina II por área foi calculada.
[Experimentos realizados no laboratório da Professora Dra. Terezila Machado
Coimbra da da Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto, Departamento de Fisiologia].
8. Análise Morfológica
Para a análise morfológica realizamos um corte transversal na porção
medioventricular, eqüidistante entre o ápice e a base dos corações, os quais foram
fixados em formol tamponado 10% e devidamente preparados em blocos de
parafina. Dos blocos compostos foram obtidos cortes seriais de 6 μm em micrótomo
(DuPont Co., Wilmington, DE, EUA) desde a base até o ápice. As secções foram
devidamente coradas com hematoxilina eosina (HE) ou picrosirius vermelho. Para a
análise morfométrica do coração utilizamos os cortes corados com HE, os quais
foram submetidos à análise através do programa ImageJ (desenvolvido pelo U. S.
National Institute of Health e disponível na Internet http://rsb.info.nih.gov/nih-image/).
Foram avaliadas a espessura da parede livre do ventrículo esquerdo e septo. O
47
menor diâmetro dos miócitos da parede livre do ventrículo esquerdo e septo foi
avaliado utilizando o programa Leica Qwin (Leica Imaging Systems Ltd, Cambridge,
Inglaterra) em conjunto com um microscópio Leica (Leica DMR, Leica Microsystems
Wetzlar GmbH, Wetzlar, Inglaterra), videocâmera (Leica DC300F, Leica
Microsystems AG, Heerbrugg, Suiça) e um computador on-line. Foram obtidos,
aproximadamente, 30 valores por região por animal, obtendo-se um valor médio. As
medidas foram realizadas na porção mediana do miocárdio.
A quantidade relativa de colágeno na parede livre do ventrículo esquerdo e
septo foi avaliada morfometricamente em lâminas de material parafinado coradas
com picrosirius vermelho. Foram medidos 15 campos por região e por animal,
selecionados aleatoriamente. O aumento usado foi de 400x e a quantidade de
colágeno expressa em porcentagem de área medida. Para a análise foram excluídas
áreas de fibrose perivascular. Foi utilizado o programa Leica Qwin para a realização
das medidas. [Experimentos realizados no laboratório do Professor Dr. Marcos A.
Rossi da Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto,
Departamento de Patologia].
9. Análise Estatística
Os resultados do presente estudo estão apresentados como média ± EPM. As
comparações entre as médias das medidas indiretas da PAS foram realizadas
utilizando-se a análise de variância (ANOVA) de duas vias corrigida para medidas
repetidas seguida pelo pós-teste de Tukey. As médias das medidas diretas da PAM,
FC, tono simpático, tono vagal, FIMP, variabilidade da PAS, variabilidade da FC,
marcação para angiotensina II renal, pesos, análises morfológicas e atividade da
renina plasmática foram comparadas através da análise de variância (ANOVA) de
48
duas vias seguida pelo pós-teste de Tukey. Para as comparações entre os períodos
antes e depois da administração de propranolol ou metil-atropina foi utilizado o teste
t de Student pareado. As diferenças entre as comparações foram consideradas
diferentes estatisticamente quando o valor de P apresentou-se menor que 0,05.
49
RESULTADOS
Os resultados são apresentados sob a forma de figuras e tabelas contendo a
média ± EPM. Os valores individuais estão apresentados em tabelas no apêndice.
1. Desenvolvimento da Hipertensão 1R1C
O desenvolvimento da hipertensão 1R1C está demonstrado na Figura 5 pelo
aumento da PAS ao longo de 4 semanas. Nota-se que os animais partiram de
semelhante nível de PAS (105 ± 2 vs 107 ± 1 mmHg). A PAS dos hipertensos 1R1C
apresenta um aumento significativo na primeira semana e alcança um platô na
terceira e quarta semanas. Os CN exibiram níveis estáveis de pressão arterial
sistólica entre 107 ± 1 (semana 0) e 115 ± 2 mmHg (semana 4), ao longo do
protocolo experimental.
Os resultados da PAM obtidos pela canulação da carótida estão apresentados
na Figura 6. A exemplo das medidas indiretas, a PAM em ambos os grupos
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas, é maior que a dos CN. Além disso, os
hipertensos 1R1C de 4 semanas apresentam níveis hipertensores de maior
magnitude que os hipertensos 1R1C de 1 semana.
50
Semanas
01234
Pressão Arterial Sistólica
(mmHg)
100
120
140
160
180
CN
1R1C
*
*
*
*
(35)
(35)
(22)
(22) (22)
(35) (17)
(17)
(17)
(35)
Figura 5: Pressão arterial sistólica medida na cauda de camundongos normotensos
(CN) e hipertensos 1R1C, antes (semana 0) e após a cirurgia. Entre parênteses o
número de observações. Após 1 semana, parte dos camundongos foi submetida ao
protocolo experimental. Os valores representam média ± EPM.
*P<0,05 comparado ao CN.
51
Pressão Arterial Média
(mmHg)
0
50
100
150
200
1 Semana 4 Semanas
13 18 22 17
**
*
*
Figura 6: Pressão arterial média dos camundongos normotensos (CN) e hipertensos
1R1C de 1 e 4 semanas. O número de observações se encontra dentro das barras.
Os valores representam média ± EPM.
*P<0,001 comparado ao CN; **P<0,001.
CN
1R1C
52
2. Freqüência Cardíaca, Balanço Simpato-vagal e Freqüência Intrínseca de
Marcapasso
Nota-se na Figura 7 que a FC basal (barra preta horizontal), está elevada nos
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas quando comparados aos CN. A taquicardia
(elevação da barra preta horizontal) dos hipertensos 1R1C de 1 semana é de maior
magnitude do que os hipertensos 1R1C de 4 semanas. Observa-se, ainda, na Figura
7, que a bradicardia (magnitude do retângulo branco) induzida pela administração do
propranolol, é maior que a taquicardia (magnitude do retângulo cinza) induzida pela
metil-atropina em ambos os CN. O tono simpático (magnitude do retângulo branco)
dos hipertensos 1R1C é maior do que o tono vagal (magnitude do retângulo cinza).
O tono simpático dos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas é maior do que o tono
simpático dos CN também de 1 e 4 semanas. A Figura 6 mostra, ainda, que o maior
tono simpático dos hipertensos 1R1C de 1 semana é comparável ao tono simpático
dos hipertensos 1R1C de 4 semanas. O tono vagal dos hipertensos 1R1C de 1 e 4
semanas é menor do que o tono vagal dos CN. A redução do tono vagal dos
hipertensos 1R1C de 1 semana é comparável ao tono vagal dos hipertensos 1R1C
de 4 semanas. O dublo bloqueio farmacológico realizado combinação de metil-
atropina e propranolol revelou que a FIMP (linha tracejada) está elevada nos
camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana quando comparada aos demais
grupos experimentais.
53
Figura 7: Respostas da freqüência cardíaca ao propranolol e à metil-atropina nos
camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. A barra
preta horizontal representa a freqüência cardíaca basal. O retângulo branco
representa o tono simpático enquanto que o retângulo cinza o tono vagal. A linha
tracejada representa a freqüência intrínseca de marcapasso após o duplo bloqueio
com propranolol e metil-atropina. O número de observações das respostas à
atropina/propranolol se encontra entre parênteses (tono vagal/tono simpático). O
número de observações da FC basal e FIMP é representado pela somatória do
número de observações do tono vagal e simpático. Os valores representam média ±
EPM.
+
P<0,001 comparado aos outros três grupos; *P<0,001 comparado ao tono vagal;
**P<0,001 comparado ao grupo CN.
400
500
600
700
800
550 ± 13
454 ± 13
443 ± 16*
630 ± 15
695 ± 14
689 ± 11
+
515 ± 11*
521 ± 10
+
622 ± 25
547 ± 16
443 ± 23*
470 ± 17
671 ± 14
487 ± 10
462 ± 10*
643 ± 12
+
Freqüência Cardíaca
(bpm)
CN
1R1C
CN 1R1C
1 Semana 4 Semanas
**
*
*
**
*
*
Tono Simpático
Tono Vagal
400
500
600
700
800
550 ± 13
454 ± 13
443 ± 16*
630 ± 15
695 ± 14
689 ± 11
+
515 ± 11*
521 ± 10
+
622 ± 25
547 ± 16
443 ± 23*
470 ± 17
671 ± 14
487 ± 10
462 ± 10*
643 ± 12
+
Freqüência Cardíaca
(bpm)
CN
1R1C
CN 1R1C
1 Semana 4 Semanas
**
*
*
**
*
*
Tono Simpático
Tono Vagal
(7/6) (9/9) (11/11) (9/8)
54
3. Sensibilidade do Barorreflexo Espontâneo
Pode ser observado na Figura 8 (painel A), que o número de seqüências
barorreflexas espontâneas encontrado nos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas é
menor do que seus respectivos CN. Além disso, verifica-se na Figura 8 (painel B),
que a redução do número de seqüências barorreflexas é acompanhada de uma
atenuação significativa da sensibilidade do barorreflexo espontâneo nesses mesmos
animais.
55
Ganho
(bpm/mmHg)
0,0
0,5
1,0
1,5
1 Semana 4 Semanas
*
*
13 18 22 17
0
A
B
Número de Seqüências
/1000 Batimentos
0
2
4
6
8
10
1 Semana 4 Semanas
*
*
13 18 22 17
CN
1R1C
Figura 8: Número de seqüências barorreflexas por 1000 batimentos (painel A) e a
sensibilidade barorreflexa (painel B) de camundongos normotensos (CN) e
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. O número de observações se encontra
dentro das barras. Os valores representam média ± EPM.
*P<0,001 comparado ao CN.
56
4. Variabilidade da Pressão Arterial Sistólica e Freqüência Cardíaca no
Domínio do Tempo
A Figura 9 (painel A) mostra que a variabilidade da PAS está elevada nos
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas, quando comparada aos CN. Além disso, os
hipertensos 1R1C de 4 semanas apresentam uma variabilidade da PAS de maior
magnitude que os hipertensos 1R1C de 1 semana. Na Figura 9 (painel B), observa-
se que a variabilidade da FC dos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas apresentam
redução desse parâmetro quando comparado aos CN.
57
Figura 9: Variabilidade da pressão arterial sistólica (PAS, painel A) e da freqüência
cardíaca (FC, painel B) de camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C, 1 e
4 semanas após as cirurgias. Os números dentro das barras representam o número
de observações. O número de observações se encontra dentro das barras. Os
valores representam média ± EPM.
*P<0,001 comparado ao CN; **P<0,001.
A
B
Variabilidade da PAS
(mmHg)
0
2
4
6
8
**
13 18 22 17
1 Semana 4 Semanas
* *
CN
1R1C
Variabilidade da FC
(bpm)
0
5
10
15
20
25
*
13 18 22 17
*
1 Semana 4 Semanas
58
5. Atividade da Renina Plasmática e Análise Imuno-histoquímica
A ARP dos hipertensos 1R1C de 1 semana (0,53 ± 0,09 nmol/mL/h)está
elevada quando comparada aos CN de 1 semana (0,25 ± 0,06 nmol/mL/h).
Entretanto, a ARP dos hipertensos 1R1C de 4 semanas (0,22 ± 0,04 nmol/mL/h) é
semelhante a dos CN de 4 semanas (0,30 ± 0,04 nmol/mL/h).
A Figura 10 mostra à esquerda fotomicrografias de imunorreações para a
angiotensina II no córtex renal de CN e hipertensos 1R1C representativos dos
grupos de 1 e 4 semanas. Observa-se o grande número de células marcadas
positivamente (setas) para angiotensina II no compartimento tubular do córtex renal
dos hipertensos 1R1C de 1 semana. Ainda na Figura 10, à direita, estão
representadas os números de células positivas para angiotensina II no córtex renal
por área de 0,245 mm
2
dos 4 grupos estudados. O número de células positivas para
angiotensina II no córtex renal dos hipertensos1R1C de 1 semana foi maior
(aproximadamente 8 vezes maior) que o número dos demais grupos.
59
Figura 10: Fotomicrografias de imunorreações para angiotensina II no córtex renal
de animais representativos dos camundongos normotensos (CN) e hipertensos
1R1C de 1 e 4 semanas. O hipertenso 1R1C de 1 semana apresenta maior número
de células angiotensina II-positivas no compartimento tubular do córtex renal
(Ampliação: 280x). No gráfico de barras à direita é apresentada a contagem (média
± EPM) de células positivas para angiotensina II (AII) por campo (0,245mm
2
) do
córtex renal de CN e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. *P<0,001 comparado aos
outros três grupos.
60
6. Pesos e Análises Morfológicas
A Tabela 1 mostra que tanto os CN como os hipertensos 1R1C exibem pesos
corporais semelhantes durante o desenvolvimento dos protocolos experimentais. Os
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas apresentam aumento do índice de peso
cardíaco. O índice de peso renal não é diferente entre os grupos estudados.
A Tabela 2 mostra nos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas aumento do
menor diâmetro dos miócitos e espessura da parede do ventrículo esquerdo e septo
interventricular. A Figura 11 ilustra por meio de fotomicrografias, o menor diâmetro
dos miócitos do ventrículo esquerdo de animais representativos dos CN e
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. Na Figura 11 estão representados ainda,
gráficos de barras com os valores do menor diâmetro dos miócitos e o volume
relativo de fibrose do ventrículo esquerdo em CN e hipertensos 1R1C de 1 e 4
semanas. Observou-se por meio da análise das secções coradas com picrosirius
vermelho presença de fibrose intersticial apenas no ventrículo esquerdo de
camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas (Figura 11).
Nota-se na Figura 12 um nítido desenvolvimento de hipertrofia do tipo
concêntrica no ventrículo esquerdo dos hipertensos 1R1C, melhor evidenciada 4
semanas após o clampeamento.
61
Tabela 1: Peso corporal (g), índice de peso cardíaco (IPC, mg/g) e índice de peso
renal (IPR, mg/g) de camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4
semanas.
1 SEMANA 4 SEMANAS
CN
(n = 13)
1R1C
(n =18)
CN
(n = 15)
1R1C
(n =16)
Peso (g)
30 ± 0,5 31 ± 0,7 34 ± 0,6** 35 ± 0,6**
IPC (mg/g)
4,1 ± 0,13 5,3 ± 0,14* 4,2 ± 0,09 5,3 ± 0,14*
IPR (mg/g)
9,3 ± 0,40 9,8 ± 0,30 9,7 ± 0,21 9,0 ± 0,34
Valores apresentados como média ± EPM; *P<0,001
comparado ao CN; **P<0,05 comparados aos grupos de 1
semana.
62
Tabela 2: Menor diâmetro dos miócitos e espessura da parede do ventrículo
esquerdo (VE) e septo interventricular de camundongos normotensos (CN) e
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. O número de observações é apresentado
entre parênteses.
VE Septo VE Septo
CN
(n = 5) 13,5 ± 0,47 10,9 ± 0,22 1,3 ± 0,03 1,0 ± 0,06
1R1C
(n = 7) 15,3 ± 0,41* 13,1 ± 0,34* 1,5 ± 0,07* 1,4 ± 0,03*
CN
(n = 7) 13,4 ± 0,28 10,4 ± 0,22 1,2 ± 0,06 1,1 ± 0,03
1R1C
(n = 5) 15,7 ± 0,54* 12,3 ± 0,10* 1,5 ± 0,08* 1,4 ± 0,08*
1 Semana
4 Semanas
Diâmetro dos Miócitos Espessura da Parede
(μm) (mm)
Valores apresentados como média ± EPM; *P<0,05 comparado ao CN.
63
Figura 11: Fotomicrografias do menor diâmetro dos miócitos do ventrículo esquerdo
de camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas (barra
preta = 50 μm). Os gráficos de barras indicam os valores do menor diâmetro dos
miócitos e o volume relativo da fibrose intersticial do ventrículo esquerdo de CN e
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. O número de observações se encontra dentro
das barras. Os valores representam média ± EPM.
*P<0,05 comparado ao CN.
64
Figura 12: Fotografias de secções transversais de corações representativos dos
camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas (barra preta
= 2 mm).
65
DISCUSSAO
Os camundongos hipertensos 1R1C apresentaram taquicardia,
aumento do tono simpático e redução do tono vagal para o coração durante o
desenvolvimento da hipertensão arterial. Além disso, apresentaram, também,
atenuação da sensibilidade do barorreflexo cardíaco, aumento da variabilidade da
PAS, diminuição da variabilidade da FC e hipertrofia cardíaca concêntrica e fibrose
intersticial miocárdica. Aumento da FIMP e hiperatividade do SRA foram detectados
apenas 1 semana após o clampeamento da artéria renal.
O processo de desenvolvimento da hipertensão 1R1C foi acompanhado por
medidas semanais da PAS ao redor da cauda dos camundongos (artéria caudal).
Por meio dessas medidas foi verificado um aumento rápido e progressivo da PAS,
na primeira semana após o clampeamento, o qual atingiu um platô na terceira e
quarta semanas. Esses resultados estão de acordo com dados da literatura
realizados em diversas espécies utilizando esse mesmo modelo de hipertensão
renovascular, como cães, coelhos, ratos, e até mesmo camundongos (KATHOLI;
WINTERNITZ; OPARIL, 1981; MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER;
SALGADO, 1987; FERRARIO; CARRETERO, 1984; CABRAL; VASQUEZ, 1991; WIESEL ET AL.,
1997; ANDERSON ET AL., 2007
). Além disso, a exemplo das medidas indiretas, as
medidas diretas realizadas na carótida dos camundongos após 1 e 4 semanas do
clampeamento também apresentaram aumento significativo e progressivo da PAM.
Os resultados (medida direta e indireta) indicam que o aumento da PA no modelo de
hipertensão 1R1C no camundongo possui padrão semelhante, descrito na literatura,
a outras espécies (
KATHOLI; WINTERNITZ; OPARIL, 1981; MACHADO; SALGADO; KRIEGER,
1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987; FERRARIO; CARRETERO, 1984; CABRAL;
VASQUEZ, 1991; WIESEL ET AL., 1997; ANDERSON ET AL., 2007
).
66
Está bem estabelecido que o SRA circulante exerce papel fisiopatológico
significativo na instalação da hipertensão renovascular (PALS ET AL., 1971; COLEMAN;
GUYTON, 1975; HAYWOOD ET AL., 1983; FERRARIO; CARRETERO, 1984; CORBIER ET AL.,
1994; NAVAR ET AL., 1998
). Após o clampeamento da artéria renal e nefrectomia
contralateral, a liberação de renina determina a geração de ANGII. A ANGII medeia
numerosas respostas comportamentais e fisiológicas como o aumento da ingestão
de água e sódio, liberação de aldosterona e vasopressina, e constrição do músculo
liso vascular, por ação direta, ou por ativação do sistema nervoso simpático (REID;
MORRIS; GANONG, 1978; SWALES, 1979; FERRARIO, 1983, TREADWAY; SLATER, 1984;
FERRARIO; CARRETERO, 1984
). A maioria das ações da ANGII contribui coletivamente
para a expansão do volume extracelular e aumento da resistência periférica total
(FERRARIO; CARRETERO, 1984), o que produz alterações hemodinâmicas como a
elevação da PA (SWALES, 1979; FERRARIO; CARRETERO, 1984; JOHNSON; THUNHORST,
1997; FITZSIMONS, 1998
).
No presente estudo, a atividade do SRA foi avaliada por meio da ARP e
também marcação renal para ANGII. Os resultados obtidos por meio desses
protocolos indicaram que o SRA estava hiperativo durante a primeira semana de
hipertensão 1R1C em camundongos. O aumento da ARP durante a fase precoce
(até 1 semana) de instalação da hipertensão 1R1C, descrita anteriormente
(FERRARIO; CARRETERO, 1984; SANTOS; GREENE; KRIEGER, 1989; DE SIMONE ET AL.,
1992
), não havia sido descrita ainda, em camundongos hipertensos 1R1C. O
aumento da marcação de ANGII no rim dos camundongos hipertensos 1R1C de 1
semana também sugeriu maior atividade do SRA, a qual pode refletir uma maior
captação plasmática da ANGII pelo rim, ou aumento da produção renal desse
hormônio (ZOU ET AL., 1996, 1998; NAVAR; HARRISON-BERNARD, 2000; NAVAR ET AL., 2002;
67
ZHUO ET AL., 2002). Esses resultados mostraram a significativa participação do SRA
durante a fase precoce de instalação da hipertensão 1R1C em camundongos.
Após 4 semanas do desenvolvimento da hipertensão 1R1C, o SRA
apresentou atividade semelhante à dos CN. Vários autores descreveram o perfil da
atividade do SRA na fase tardia (acima de 2 semanas) da hipertensão 1R1C em
outras espécies (COLEMAN; GUYTON, 1975; HAYWOOD ET AL., 1983; FERRARIO;
CARRETERO, 1984
), inclusive no camundongo (WIESEL ET AL., 1997). Wiesel et al. (1997)
demonstraram que camundongos com hipertensão 1R1C apresentavam níveis de
expressão renal de renina e ARP semelhantes aos valores controles após 2 ou 4
semanas de hipertensão 1R1C. Dessa forma, apesar da hiperatividade do SRA
durante a fase de instalação da hipertensão 1R1C em camundongos, a fase tardia
de desenvolvimento do estado hipertensor, certamente, prescinde da atividade
desse sistema. Características semelhantes são claramente observadas no modelo
de hipertensão 1R1C desenvolvido no presente estudo, no qual se verifica redução
da ARP e redução da marcação da ANGII renal para valores normais após 4
semanas de hipertensão 1R1C.
Um outro resultado interessante do presente estudo é que a instalação e o
desenvolvimento da hipertensão 1R1C no camundongo foram acompanhados por
taquicardia, a qual foi de maior magnitude na primeira semana. A taquicardia é um
achado usual durante o desenvolvimento da hipertensão 1R1C (
MACHADO; SALGADO;
KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987; MENANI ET AL., 1988; MACHADO;
BRODY, 1989; CABRAL; VASQUEZ, 1991
). Dados semelhantes foram observados em
outros estudos realizados em ratos hipertensos 1R1C em nosso laboratório, porém,
com a taquicardia se restringindo somente à fase precoce (3 a 7 dias) de instalação
da hipertensão (MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER; SALGADO,
1987
). Visto que a atividade do SRA encontra-se elevada na primeira semana de
68
instalação da hipertensão 1R1C no camundongo, presume-se que esse aumento de
atividade possa estar relacionado à gênese da taquicardia. Estudos têm
demonstrado que a ANGII é capaz de promover efeito cronotrópico positivo
(MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987). Esse efeito parece ser mediado por meio de
sua ação sobre a estimulação do sistema nervoso simpático (HIROOKA; POTTS;
DAMPNEY, 1997; FERGUSON; WASHBURN; LATCHFORD, 2001
), da redução do tono vagal
(SCROOP; LOWE, 1969; LEE ET AL., 1980), da supressão central do barorreflexo (GUO;
ABBOUD, 1984; GAO ET AL., 2005; POLSON ET AL., 2007
) e por meio de uma ação direta
em receptores AT
1
das células marcapasso (MORI; HASHIMOTO, 2006). Assim,
resultados da literatura mostrando que a ANGII tem efeito cronotrópico positivo,
combinados com os resultados do presente estudo, que mostram taquicardia
associada com hiperatividade do SRA, sugerem que o aumento da atividade desse
sistema em camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana pode ser um fator
desencadeador de taquicardia nesses animais.
A avaliação do balanço autonômico nos camundongos normotensos indicou
que os mesmos são simpatotônicos, ou seja, o componente simpático predomina
sobre o componente vagal (relação simpato-vagal deslocada para o componente
simpático). Esses resultados corroboram estudos realizados em camundongos da
mesma linhagem que a utilizada no presente estudo (JANSSEN; LEENDERS; SMITS,
2000
) bem como em camundongos da linhagem C57B do nosso laboratório (FAZAN
ET AL., 2005
). É interessante ressaltar a diferença entre o balanço autonômico
encontrado no camundongo e o balanço autonômico do rato. Trabalhos mostram
que o rato (MACHADO; KRIEGER; SALGADO, 1987; CERUTTI ET AL., 1991), a exemplo do
homem (PAGANI ET AL., 1986; MONTANO ET AL., 1994), possui o componente vagal
predominando sobre o componente simpático. Por outro lado, a avaliação do
69
balanço autonômico dos camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas
mostrou que o tono simpático é maior, enquanto que o tono vagal é menor, quando
comparado aos camundongos normotensos. É importante lembrar que os grupos
hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas apresentaram acentuada taquicardia; assim, o
aumento da atividade do componente acelerador (tono simpático) e, praticamente, a
retirada do componente frenador (tono vagal) do coração podem, em conjunto, ser
responsáveis pelo aumento da FC observado após 1 e 4 semanas de hipertensão
1R1C no camundongo. Entretanto, o aumento do tono simpático foi de mesma
magnitude nos dois períodos de hipertensão (178 ± 15 vs 173 ± 9 bpm), assim como
a redução do tono vagal (24 ± 14 vs 27 ± 9 bpm). Dessa maneira, é de se supor que
a taquicardia observada seria de mesma magnitude em ambos os grupos
hipertensos 1R1C. Porém, o que se observou foi uma taquicardia de maior
magnitude durante a primeira semana de hipertensão, sugerindo que algum outro
fator, além do desequilíbrio autonômico, poderia também estar contribuindo para o
aumento da FC. A propósito, os resultados do duplo bloqueio farmacológico com
metilatropina e propranolol nos hipertensos 1R1C de 1 semana, mostraram que a
FIMP se encontra elevada paralelamente à taquicardia observada na fase precoce
da hipertensão 1R1C (1 semana). Isto posto, sugere-se que a elevação da FIMP
combinada com o aumento do tono simpático e redução do tono vagal podem,
conjuntamente, ser responsáveis pela taquicardia de maior magnitude observada
nos camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.
Apesar da abordagem metodológica do presente estudo não prover nenhum
mecanismo para explicar o aumento da FIMP, dados da literatura dão suporte à
hipótese de que a hiperatividade do SRA estaria associada ao aumento da FIMP em
ratos hipertensos 1R1C (MACHADO; SALGADO; KRIEGER, 1983; MACHADO; KRIEGER;
70
SALGADO, 1987; MENANI ET AL., 1988). No estudo de Machado et al. (1987) foi
demonstrado, por meio do duplo bloqueio farmacológico com atropina e propranolol,
que na primeira semana de hipertensão 1R1C, em ratos, ocorre taquicardia, a qual
foi acompanhada por aumento da FIMP. Nesse mesmo estudo experimentos
realizados em ratos normotensos mostraram que a infusão de ANGII foi capaz de
aumentar a FC, enquanto que após o duplo bloqueio farmacológico promoveu
aumento da FIMP nesses animais, dando suporte ao efeito cronotrópico positivo da
ANGII. Também foi demonstrado que esse aumento da FIMP induzido pela infusão
de ANGII não poderia ser dependente da ação desse hormônio em receptores β-
adrenérgicos, visto que a infusão de isoproterenol promoveu aumento da FC sem
alterar a FIMP. A taquicardia induzida pela ANGII também não foi dependente do
aumento da PA, uma vez que a infusão de noradrenalina promoveu aumento da PA
e, em paralelo, taquicardia; porém sem alteração na FIMP (MACHADO; KRIEGER;
SALGADO, 1987
).
Por outro lado, tem sido dada ênfase ao papel da ANGII circulante sobre as
alterações que ocorrem na relação simpático/parassimpático, principalmente sobre o
coração. Existem fortes evidências de que a ANGII desempenha um papel
importante no sistema nervoso central, sendo capaz de modular direta, e
indiretamente, as atividades parassimpática (LUMBERS; MCCLOSKEY; POTTER, 1979;
LEE; ISMAY; LUMBERS, 1980
) e, particularmente, simpática (FERRARIO; GILDENGERG;
MCCUBBIN, 1972; FABER; BRODY, 1983; FERRARIO, 1983; GUO; ABBOUD, 1984; HIROOKA;
POTTS; DAMPNEY, 1997; BEALER, 2002; GAO ET AL., 2005
). Uma das possíveis
explicações para o aumento da atividade simpática sobre o coração, sobretudo
durante a fase de hiperatividade do SRA na hipertensão 1R1C, é a ação central da
ANGII circulante nos tecidos periventriculares da região AV3V, a qual é desprovida
71
de barreira hemato-encefálica (JOHNSON ET AL., 1981; FABER; BRODY, 1983).
Receptores AT
1
estão amplamente distribuídos no sistema nervoso central, desde o
córtex até o tronco encefálico (LENKEI ET AL., 1997, 1998). A região AV3V contém uma
alta densidade de receptores AT
1
, os quais medeiam as principais ações da ANGII
(ALLEN ET AL., 1998). No rato, a microinjeção de ANGII na região AV3V causa
aumento da PA (MANGIAPANE; SIMPSON, 1980), enquanto que lesões eletrolíticas
dessa região afetam o desenvolvimento da hipertensão arterial em vários modelos
experimentais (GOTO ET AL., 1982; SANDERS; KNARDAHL; JOHNSON, 1989), incluindo
aqueles que dependem, significativamente, do SRA para seu desenvolvimento, por
exemplo, o 2R1C (HAYWOOD ET AL., 1983) e o 1R1C (MENANI ET AL., 1988). Menani et
al. (1988) mostraram em ratos 1R1C que após a lesão da região AV3V o
desenvolvimento da hipertensão arterial ocorreu, porém, de forma mais atenuada.
Nesse mesmo estudo, a taquicardia anteriormente detectada durante a fase de
instalação da hipertensão 1R1C não foi observada após a lesão da região AV3V.
Isso indica que a integridade dessa região é importante para o aparecimento da
taquicardia na fase precoce da hipertensão 1R1C, quando é observada
hiperatividade do SRA (FERRARIO; CARRETERO, 1984; MENANI ET AL., 1988; SANTOS;
GREENE; KRIEGER, 1989; DE SIMONE ET AL., 1992
). Além disso, observações realizadas
por Bealer (
2002) foram consistentes com a hipótese de que a ANGII promove efeito
cronotrópico positivo associado ao aumento da FIMP, mediado pela ação sobre a
região AV3V, visto que após a lesão da mesma a infusão de ANGII não promoveu
aumento da FC e FIMP em ratos normotensos.
Está bem estabelecido na literatura que o tono simpático cardíaco e
vasomotor são mantidos, primordialmente, pela atividade de neurônios localizados
na região bulbar rostro ventro-lateral (RVLM) (GUYENET; HASELTON; SUN, 1989). Além
72
disso, é possível produzir hipertensão arterial fulminante por meio de lesões do
núcleo do trato solitário (NTS) ou da região bulbar caudal ventro-lateral (CVLM).
Esse tipo de hipertensão tem sua origem por meio da desinibição de neurônios pré-
motores da RVLM, mostrando que essa é capaz de gerar aumento substancial da
atividade simpática e da PA (DOBA; REIS, 1974; BLESSING; REIS, 1982). Por outro lado, a
ANGII também pode promover simpato-excitação por meio de sua ação em núcleos
responsáveis pela modulação cardiovascular como a RVLM (HIROOKA; POTTS;
DAMPNEY, 1997; GAO ET AL., 2005; DAMPNEY ET AL., 2007
). A exemplo da região AV3V, a
RVLM apresenta alta densidade de receptores AT
1
(ALLEN ET AL., 1998), e é um dos
principais sítios onde a resposta à administração central de ANGII promove simpato-
excitação (
DAMPNEY ET AL., 2007). Além disso, a RVLM é parte essencial da via
central barorreflexa (DAMPNEY; MOON, 1980; GRANATA ET AL., 1983). Nesse sentido,
Hirooka; Potts e Dampney (1997) já haviam demonstrado que a ANGII promove
simpato-excitação por meio de sua ação em receptores AT
1
na RVLM de coelhos
normotensos. Gao et al. (2005) demonstraram que a infusão intra-cérebro-venticular
de ANGII, também em coelhos, promoveu simpato-excitação e prejuízo da função
barorreflexa, enquanto que a infusão de losartan, um antagonista seletivo para
receptores AT
1
, promoveu diminuição da atividade simpática e melhora do controle
barorreflexo. Além disso, a ação central da ANGII poderia ser mediada pela geração
de espécies reativas de oxigênio no RVLM de coelhos (
GAO ET AL., 2005). Dessa
maneira, presume-se que a ação da ANGII sobre a atividade do sistema nervoso
simpático poderia contribuir com as alterações observadas no tono desse sistema,
nos camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. Porém, na hipertensão
1R1C de 4 semanas no camundongo o tono simpático e o tono vagal continuaram
comprometidos em relação aos camundongos normotensos, mesmo com a atividade
73
do SRA circulante em níveis normais. Isso indica que a ativação do SRA circulante
não exerce um papel relevante no desequilíbrio autonômico dos camundongos
hipertensos 1R1C de 4 semanas. Além disso, a ANGII circulante não atravessa a
barreira hemato-encefálica, o que impede sua ação direta em núcleos como a RVLM
e o NTS, protegidos por esta barreira (JOHNSON ET AL., 1981; FABER; BRODY, 1983).
Estudo realizado em ratos hipertensos 1R1C mostrou que a hipertensão
desenvolvida ao longo de 60 dias é caracterizada por taquicardia, aumento do tono
simpático e, mais tardiamente (30 dias), por redução do tono vagal (CABRAL;
VASQUEZ, 1991
). Os resultados do presente estudo indicam que a hipertensão 1R1C
no camundongo tem, do ponto de vista autonômico, um padrão de
comprometimento, em parte, semelhante ao descrito em ratos. É importante
ressaltar que os camundongos hipertensos 1R1C apresentaram um
comprometimento autonômico associado à redução da sensibilidade do controle
barorreflexo cardíaco. Apesar de não ter sido utilizado um protocolo com o objetivo
de se elucidar as causas do comprometimento autonômico, dados da literatura
(
MOYSES ET AL., 1994) aliados aos obtidos no presente estudo sugerem, fortemente,
que a atenuação da sensibilidade do controle barorreflexo cardíaco observada nos
camundongos hipertensos 1R1C pode ser justificada pelas alterações autonômicas
encontradas nesse modelo de hipertensão. Moyses et al. (
1994) avaliaram, em ratos
hipertensos 1R1C, o papel dos componentes simpático e vagal sobre a redução da
sensibilidade barorreflexa. Estes autores sugeriram que a progressiva atenuação da
sensibilidade barorreflexa, durante o desenvolvimento da hipertensão 1R1C no rato,
pode ter sido mediada pela hiperatividade do componente simpático observada
desde o primeiro dia do clampeamento. Assim, após o bloqueio muscarínico com
metilatropina verificaram que a taquicardia reflexa evocada pela queda da PA
74
decorrente da administração de nitroprussiato de sódio, e mediada pelo componente
simpático, estava diminuída. Verificaram, também, que mais tardiamente (30 dias) a
diminuição da atividade do componente vagal estava envolvida, ou seja, após o
bloqueio β-adrenérgico com atenolol, a bradicardia reflexa evocada pela elevação da
PA em decorrência da administração de fenilefrina, e mediada pelo componente
vagal, também estava diminuída.
Por outro lado, tanto o desequilíbrio autonômico, como também a taquicardia
registrada nos camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas, podem ser
conseqüência da redução da sensibilidade do barorreflexo cardíaco (MOYSES ET AL.,
1994; POLSON ET AL., 2007
). É importante ressaltar que esse tipo de alteração
barorreflexa é observado em diversos modelos de hipertensão experimental
(GORDON; MATSUGUCHI; MARK, 1981; SHAN; DAI; SU, 1999; HEAD; BURKE, 2001; XIE ET AL.,
2006
), como também em humanos (GAO ET AL., 2002), e poderia contribuir, pelo
menos em parte, com a elevação e manutenção da hipertensão arterial. Essa
hipótese é bastante controvertida, uma vez que há estudos mostrando que o
barorreflexo, aparentemente, não exerce papel importante no controle a longo-prazo
da PA (
KRIEGER, 1984, BROOKS; OSBORN, 1995; MALPAS, 2004). Primeiro, os
barorreceptores têm a capacidade de se adaptar às variações sustentadas de PA
(
KRIEGER; SALGADO; MICHELINI, 1982); segundo, a desnervação sinoaórtica não
produz um aumento crônico da PA (KRIEGER; SALGADO; MICHELINI, 1982; CHAPLEAU;
HAJDUCZOK; ABBOUD, 1991
), suportando a hipótese de que os barorreceptores não
participam, efetivamente, do controle a longo-prazo da PA. Vários trabalhos têm
mostrado que alterações do controle cardiovascular barorreflexo podem ser
decorrentes da ação central da ANGII (JONES; FLORAS, 1980; BROOKS; ELL; WRIGHT,
1993; WONG; CHOU; REID, 1993; GAO ET AL., 2005; POLSON ET AL., 2007
). Admite-se,
75
ainda, que esse hormônio pode atenuar, centralmente, o reflexo barorreceptor,
principalmente por meio da sua ação sobre o NTS, agindo tanto no componente
vagal, como no componente simpático (POLSON ET AL., 2007). O NTS também está
intimamente relacionado com a regulação da PA por meio de projeções para núcleos
relacionados ao controle autonômico cardiovascular como o núcleo ambíguo (NA),
responsável pelo componente vagal do barorreflexo e o CVLM, que envia projeções
inibitórias para o RVLM, o qual excita tonicamente neurônios pré-simpáticos na
coluna intermédio-lateral da medula (SAPRU 1991). Vários trabalhos mostraram que o
componente barorreflexo da FC é atenuado pela ANGII exógena microinjetada no
NTS (CASTO; PHILLIPS, 1986; MICHELINI; BONAGAMBA, 1990; LUOH; CHAN, 1998; PATON ET
AL., 2001; POLSON ET AL., 2007
). Estudo recente de Polson et al. (2007) revelou que a
atenuação barorreflexa mediada pela ANGII ocorre devido à simpatoinibição do
componente barorreflexo do NTS e que a atividade do sistema nervoso simpático é
heterogênea, possuindo controle específico dos órgãos efetores. Assim, esses
resultados mostram que a regulação barorreflexa das diversas eferências simpáticas
poderia ser modificada, desigualmente, pela ANGII no NTS. A atenuação
barorreflexa dada pela ANGII, em alguns casos, como por exemplo, para o coração,
seria importante para a manutenção de um débito cardíaco maior. Porém, altos
níveis de ANGII no NTS e as subseqüentes alterações na sensibilidade do
barorreflexo podem ser fatores ontogênicos ou de progressão de doenças
cardiovasculares como a hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca. Entretanto,
mais estudos se fazem necessários para o entendimento da seletividade de ativação
do sistema nervoso simpático. Vale ressaltar que Peotta et al. (2007) demonstraram
que camundongos hipertensos 2R1C de 4 semanas, modelo experimental que
apresenta hiperatividade do SRA, apresentaram diminuição da resposta taquicárdica
76
à queda da PA pela administração de nitroprussiato de sódio, combinado com o
aumento do tono simpático. Porém, apesar desses animais apresentarem
taquicardia, a FIMP não foi alterada.
Vale ressaltar que, mesmo após 4 semanas de hipertensão 1R1C, os
camundongos apresentaram diminuição da sensibilidade barorreflexa também
associada ao comprometimento autonômico. Todavia, nessa fase de
desenvolvimento da hipertensão a atividade do SRA se encontra em níveis normais
(PRA e ANGII renal). Logo, presume-se que a redução da sensibilidade barorreflexa
observada 4 semanas após o clampeamento da artéria renal poderia ser justificada
por alterações mais complexas, tanto centrais como periféricas, que ainda estariam
influenciando o equilíbrio da relação simpato-vagal, responsável pela regulação da
FC. Nos últimos anos, tem sido obtidas evidências sugerindo que o clássico conceito
sobre o SRA circulante requer revisão (GANTEN ET AL., 1971; FERGUSON ET AL., 2001).
Inúmeros estudos têm indicado a existência de sistemas locais geradores de ANGII,
os quais operam, inteiramente ou em parte, independentemente do SRA circulante
(GANTEN ET AL., 1971; CAMPBELL, 1987; FERGUSON; WASHBURN; LATCHFORD, 2001;
VARAGIC; FROHLICH, 2002
). O conceito de sistema SRA local surgiu por meio de
estudos que mostraram que os inibidores da enzima conversora de angiotensina
(ECA) promoviam efeitos anti-hipertensivos em pacientes com hipertensão
essencial, que apresentavam níveis normais ou baixos de ARP (
WAEBER ET AL.,
1982
). Nesses sistemas locais, como no coração (VARAGIC; FROHLICH, 2002), rins
(CELIO; INAGAMI, 1981; MENDELSOHN, 1982), parede dos vasos (SWALES, 1979; GANTEN
ET AL., 1983b; SWALES ET AL., 1983
), adrenais (AGUILERA ET AL., 1981; GANTEN ET AL.,
1983b), testículos (PANDEY; MISONO; INAGAMI, 1984) e encéfalo (OKAMURA; CLEMENS;
INAGAMI, 1981; INAGAMI, 1982; GANTEN ET AL., 1983a, 1983b; CAMPBELL, 1987
) foram
77
detectados todos os componentes do SRA. Particularmente no encéfalo, estudos
sugerem que a ANGII é produzida, primariamente, por meio de angiotensinogênio
sintetizado dentro dos neurônios (LIND; SWANSON; GANTEN, 1985). Nesse contexto, a
formação local de ANGII em núcleos específicos do sistema nervoso central,
protegidos pela barreira hemato-encefálica e relacionados com a regulação da PA,
tais como o núcleo paraventricular (PVN), CVLM, RVLM, NTS e NA, poderia
contribuir para o desequilíbrio da atividade autonômica e, consequentemente, da
sensibilidade do barorreflexo (LENKEI ET AL., 1997; HIROOKA; POTTS; DAMPNEY, 1997;
TAGAWA; DAMPNEY, 1999; SAKAI; SIGMUND, 2005; ZHOU ET AL., 2006; POLSON ET AL., 2007
).
Este conceito poderia ser aplicado no presente estudo nos camundongos
hipertensos 1R1C de 4 semanas, os quais apresentaram níveis circulantes de
atividade do SRA normais, porém, experimentos adicionais se fazem necessários
para sustentar essa hipótese.
Ainda no presente estudo, outro fenômeno interessante encontrado nos
camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas foi o aumento da variabilidade
da PAS e a nítida redução da variabilidade da FC no domínio do tempo. Sabe-se
que a variabilidade espontânea de parâmetros cardiovasculares, tais como FC e PA,
reflete uma interação de diversos fatores, os quais, em sua maioria, envolvem a
influência do sistema nervoso autônomo sobre o sistema cardiovascular (AKSELROD
ET AL., 1981; PAGANI ET AL., 1986; CERUTTI ET AL., 1991; MONTANO ET AL., 1994
). No
presente estudo, observou-se que o aumento da variabilidade da PAS é
acompanhado por diminuição da variabilidade da FC devido, provavelmente, à
atenuação da sensibilidade barorreflexa. Existe uma forte correlação entre a
variabilidade da PA e/ou FC e a modulação autonômica sobre o sistema
cardiovascular (PAGANI ET AL., 1986; PARATI ET AL., 1987; CERUTTI ET AL., 1991; MONTANO
78
ET AL., 1994). Dessa maneira, flutuações na PA induzem, reflexamente, flutuações na
FC (barorreflexo) (PAGANI ET AL., 1986; CERUTTI ET AL., 1991). Portanto, o
comprometimento do barorreflexo observado nos camundongos hipertensos 1R1C
de 1 e 4 semanas, justifica o porquê das oscilações da PA não serem
acompanhadas por oscilações na FC.
Os camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas apresentaram
corações mais pesados que seus respectivos camundongos normotensos, indicando
o desenvolvimento de hipertrofia cardíaca. Essa hipótese foi confirmada por meio da
abordagem histológica, a qual mostrou aumento do menor diâmetro dos miócitos e
espessamento da parede do ventrículo esquerdo e septo interventricular, nos
corações dos camundongos hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas. Estudos
experimentais e clínicos mostram que a hipertensão arterial está associada ao
desenvolvimento de hipertrofia do ventrículo esquerdo (SARAGOÇA; TARAZI, 1981;
GREENWOOD ET AL., 2001; SCHLAICH ET AL., 2003; BURNS ET AL., 2007; PEOTTA ET AL.,
2007
), e tem sido correlacionada ao aumento da mortalidade devido a diversas
causas, como acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência
renal e infarto do miocárdio (
LEVY ET AL., 1990; KANNEL, 1992; SU; MIAO, 2001, 2005). A
hipertrofia concêntrica é um achado usual tanto na clínica (TOMIYAMA ET AL., 2007;
MILAN ET AL., 2007; GRANDI ET AL., 2008; DE SIMONE ET AL., 2008
) como em modelos de
hipertensão (
TAKENAKA ET AL., 2006; PEOTTA ET AL., 2007; SHINZATO ET AL., 2007). Do
ponto de vista experimental, a hipertrofia cardíaca concêntrica ainda não havia sido
descrita para o camundongo com hipertensão 1R1C. O desenvolvimento de
hipertrofia do ventrículo esquerdo é atribuído a diversos fatores como alterações
hemodinâmicas, humorais e ativação do sistema nervoso simpático (
SARAGOÇA;
TARAZI, 1981; DE SIMONE ET AL., 1992; GIBBONS, 1998; GREENWOOD ET AL., 2001;
SCHLAICH ET AL., 2003; BURNS ET AL., 2007
). Sabe-se que a manutenção dos níveis
79
elevados de PA requer respostas adaptativas, como por exemplo, alterações na
árvore arterial e também aumento na geração de força cardíaca (DE SIMONE ET AL.,
1992
). No presente estudo observa-se que o ventrículo esquerdo dos camundongos
hipertensos 1R1C apresentou essa capacidade de adaptação, evidenciada pelo
aumento do menor diâmetro dos miócitos cardíacos e da espessura da parede do
ventrículo esquerdo e septo. Segundo De Simone et al. (1992) a hipertrofia
observada na hipertensão 1R1C em ratos ocorre devido à necessidade de
compensar o aumento da pós-carga (aumento da PA), sendo que uma hipertrofia
cardíaca compensatória permitiria um balanço entre a pós-carga do miocárdio e a
função sistólica do ventrículo esquerdo, sem necessidade de um mecanismo
compensatório adicional. Por outro lado, a contribuição de estímulos não-
hemodinâmicos para o desenvolvimento de hipertrofia cardíaca como o aumento da
atividade simpática para o coração e ação local da ANGII também são bastante
discutidos na literatura (GREENWOOD ET AL., 2001; SCHLAICH ET AL., 2003; TAKENAKA ET
AL., 2006; BURNS ET AL., 2007
). Estudos clínicos revelam que tanto a ativação central
como a periférica do sistema nervoso simpático está relacionada com o aumento de
noradrenalina no tecido cardíaco e ao desenvolvimento de hipertrofia cardíaca
(GREENWOOD ET AL., 2001; SCHLAICH ET AL., 2003; BURNS ET AL., 2007); porém, estudos
mais detalhados devem ser realizados para determinar a relação causa-efeito entre
essas variáveis. No âmbito experimental Vlachakis et al. (
1984) demonstraram que
ocorre uma redução na densidade de receptores β-adrenérgicos em corações de
ratos hipertensos 1R1C de 4 semanas, sendo estas alterações atribuídas à
exposição crônica desses receptores ao excesso de catecolaminas. Já a ANGII,
além de promover elevação da PA, exerce efeitos mitogênicos e de crescimento nos
miócitos cardíacos e em elementos não-miocíticos (fibroblastos); efeitos que
80
contribuem para o desenvolvimento e progressão da doença cardíaca hipertensiva
(VARAGIC; FROHLICH, 2002). Dessa maneira, a ativação do SRA circulante na fase
precoce (1 semana) da hipertensão 1R1C e, talvez, até mesmo a ativação do SRA
cardíaco neste tipo de hipertensão em camundongos, poderia ser um fator adjuvante
no desenvolvimento de hipertrofia cardíaca e fibrose intersticial observados no
presente estudo. Além disso, está bem descrito na literatura a interação entre SRA e
ativação simpática, o que poderia, conjuntamente, contribuir para o desenvolvimento
de hipertrofia e fibrose cardíaca nos camundongos hipertensos 1R1C.
Por outro lado, está descrito na literatura que a diminuição da variabilidade da
FC é um preditor independente do aumento de risco cardiovascular (KLEIGER ET AL.,
1992; LANZA ET AL., 1998; WATANABE ET AL., 2007
). Além disso, o aumento da
variabilidade da PA, isolada ou associada ao aumento dos níveis de PA, possui boa
correlação com o desenvolvimento de lesão em órgão alvo, aumentando o risco
cardiovascular (PARATI ET AL., 1987; SHAN; DAI; SU, 1999; SU; MIAO, 2001, 2005; XIE ET AL.,
2006
). Estudos realizados em ratos SHR correlacionaram, positivamente, o
desenvolvimento de lesão em órgão alvo com o aumento da variabilidade da PA.
Porém, a correlação entre lesão em órgão alvo e o aumento da variabilidade da PA
foi realizado em função de um componente hipertensivo presente nos SHR (SU;
MIAO, 2001
). Apesar da contribuição do aumento da variabilidade da PA para a
morbidade e mortalidade estar bem estabelecido, o mecanismo pelo qual o aumento
da variabilidade da PA causa lesão em órgão alvo na ausência de hipertensão ainda
não foi elucidado. Nesse sentido, Su e Miao (
2001) descreveram, em elegante
revisão, que o desenvolvimento de lesão em órgão alvo nem sempre está associado
à elevação da PA, dando como exemplo animais sinoaórtico desnervados. Esses
autores demonstraram que ratos com desnervação sinoaórtica apresentavam
81
aumento da variabilidade da PAS, enquanto a PA de 24 horas se apresentava
dentro de uma faixa normal. Nesse estudo a hipertrofia cardiovascular se
correlacionou, positivamente, com o aumento da variabilidade da PA. Além disso, os
animais com desnervação sinoaórtica apresentavam, cronicamente, sinais evidentes
de lesão em órgão alvo, tais como, dilatação de cardiomiócitos, cicatrizes fibróticas
localizadas, fibrose intersticial no miocárdio, espessamento da parede de arteríolas
coronárias intramiocárdicas e aumento de colágeno perivascular. Também foram
descritas lesões renais como aumento da matriz mesangial associado com
proliferação leucocitária e espessamento da cápsula de Bowman, além de fibrose
intersticial, hialinização glomerular e diminuição do lúmen e espessamento da
parede de vasos renais. Há evidências sugerindo que os mecanismos que
contribuem para o desenvolvimento de lesão em órgão alvo devido ao aumento da
variabilidade da PA em ratos com desnervação sinoaórtica incluem: lesão endotelial
arterial (MIAO ET AL., 2001; SU; MIAO, 2001), aumento dos níveis de ANGII (MIAO ET AL.,
2001
), resposta inflamatória tecidual (ZHANG ET AL., 2003) e apoptose de
cardiomiócitos (TAO ET AL., 2004). Além disso, publicação recente em ratos SHR
mostrou que o desenvolvimento de hipertrofia da parede da aorta e de
glomeruloesclerose possui alta correlação com a redução da sensibilidade do
barorreflexo e aumento da variabilidade da PAS (
XIE ET AL., 2006).
Martinka et al. (2005) propuseram a hipótese, por meio de estudo em
camundongos com desnervação sinoaórtica, de que os mecanismos envolvidos no
desenvolvimento de lesão em órgão alvo (como por exemplo, a hipertrofia cardíaca)
por meio do aumento da variabilidade da PA, sem elevação desta última, seriam os
mesmos relacionados com o aparecimento de lesão em órgão alvo na hipertensão
arterial. O embasamento para essa hipótese seria que durante o aumento da
82
variabilidade da PA ocorrem muitos episódios onde a mesma oscila acima da PAM,
e episódios onde a mesma oscila abaixo da PAM; as elevações e quedas da PA,
portanto, não resultariam em alteração da PAM. Dessa maneira, mais do que uma
proteção ao coração, os episódios de quedas da PA poderiam ser prejudiciais
devido à hipoperfusão coronariana (PETRETTA ET AL., 1994; SHORTT ET AL., 1997). Os
resultados de Martinka et al. (2005) mostraram que o aumento da variabilidade da PA
causa hipertrofia cardíaca e prejuízo da função miocárdica verificada por meio da
diminuição da dP/dt máxima e aumento da pressão diastólica final do ventrículo
esquerdo. Além disso, a exacerbação dos episódios de elevação da PA poderia
ativar vias mecanossensitivas e autócrinas que levariam à hipertrofia cardíaca e
disfunção miocárdica. Nesse sentido, Martinka et al. mostraram que camundongos
com aumento da variabilidade da PA possuem vias mecanossensitivas ativadas, as
quais foram demonstradas pela indução de uma quinase protéica ativada por mitose
(MAPK), a p38 e por uma quinase de adesão focal (FAK), a p125; ambas quinases
são preditivas de crescimento celular, como por exemplo, hipertrofia cardíaca. O fato
a ser considerado é que sinais mecânicos, como o aumento da variabilidade da PA,
parecem capazes de ser transmitidos aos miócitos e induzir hipertrofia cardíaca.
Apesar das vias envolvidas nesse processo não estarem, ainda, bem estabelecidas,
a visão atual é de que integrinas (p38, p125), localizadas na matriz extracelular, são
capazes de perceber o sinal mecânico e promover a ativação da cascata de
sinalização mecanossensitiva. Além disso, o TGF-β, o qual é considerado um dos
mais importantes fatores de crescimento capazes de promover hipertrofia cardíaca
em resposta à sobrecarga de pressão, também está aumentado nos camundongos
com desnervação sinoaórtica (MARTINKA ET AL., 2005). O TGF-β tem sua secreção
aumentada pela ANGII (FISHER; ABSHER, 1995) e os dados de Martinka et al. (2005)
83
dão suporte à hipótese de que o aumento da variabilidade da PA ativa o SRA
cardíaco, evidenciado pelo aumento em 3 vezes da imunorreatividade para a renina,
a qual, por sua vez, seria responsável pelo aumento da secreção de renina no tecido
cardíaco de camundongos com desnervação sinoaórtica. Assim, apesar do objetivo
do presente estudo não envolver a elucidação de mecanismos responsáveis pelo
desenvolvimento de hipertrofia e fibrose cardíaca, é possível que as lesões em
órgão alvo, encontradas nos camundongos hipertensos 1R1C, possam ser
decorrentes de causas multifatoriais; ou seja, não somente devido ao aumento da
PA, mas, também, devido à ativação simpática, aumento da variabilidade da PAS e
redução da sensibilidade do barorreflexo; fenômenos observados nos hipertensos
1R1C de 1 e 4 semanas.
84
SUMARIO
1. Os camundongos apresentaram aumento da PA desde a primeira semana
após o clampeamento, o qual foi progressivo e alcançou um platô entre a terceira e
a quarta semana;
2. O aumento da PA na primeira semana de hipertensão 1R1C estava
associado a uma acentuada taquicardia, enquanto que após 4 semanas de
hipertensão 1R1C a taquicardia observada foi de menor magnitude;
3. A taquicardia observada 1 semana após o clampeamento estava associada
ao aumento da FIMP e hiperatividade do SRA;
4. Do ponto de vista autonômico, o tono simpático estava aumentado e o tono
vagal reduzido em ambos períodos da hipertensão 1R1C;
5. Verificou-se também que o controle barorreflexo da FC estava atenuado nos
camundongos hipertensos 1R1C;
6. A variabilidade da FC estava diminuída e da PAS aumentada durante o
desenvolvimento da hipertensão 1R1C;
7. Os camundongos hipertensos 1R1C apresentaram lesão em órgão alvo,
como por exemplo, hipertrofia cardíaca e fibrose intersticial miocárdica.
85
CONCLUSAO
Baseado nos resultados discutidos anteriormente foi possível concluir que o
desenvolvimento da hipertensão 1R1C em camundongos é caracterizado por
aumento rápido e progressivo da PA, o qual é acompanhado por taquicardia. Além
disso, a fase precoce de instalação da hipertensão 1R1C está associada à
hiperatividade do SRA e aumento da FIMP, o que poderia contribuir para a
taquicardia exacerbada observada na primeira semana de hipertensão arterial.
Também foi possível verificar que nesse tipo de hipertensão arterial prevalece o
comprometimento do componente autonômico caracterizado por aumento do tono
simpático, redução do tono vagal para o coração e diminuição da sensibilidade
barorreflexa. Além disso, a variabilidade da PA estava aumentada e as oscilações
normalmente verificadas na FC estavam significativamente reduzidas,
provavelmente devido à atenuação da sensibilidade do barorreflexo. Finalizando, as
alterações hemodinâmicas e neuro-humorais observadas durante o desenvolvimento
da hipertensão 1R1C em camundongos foram acompanhadas por alterações na
morfologia cardíaca, como por exemplo, hipertrofia cardíaca concêntrica e fibrose
intersticial miocárdica. Cada componente desse conjunto de alterações, por sua vez,
é considerado fator de risco independente para o aumento da morbidade
cardiovascular e mortalidade na hipertensão arterial.
86
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107
APENDICE
Tabela 1: Valores individuais dos parâmetros cardiovasculares basais de
camundongos controle normotensos de 1 semana.
PAS PAM PAD FC
N1
129 107 92 532
N2
105 94 85 607
N3
120 104 90 535
N4
114 103 92 452
N6
140 120 104 550
N7
121 108 96 599
N9
119 108 99 597
N10
100 88 77 497
N11
127 115 103 560
N12
123 110 98 499
N13
121 103 84 564
N14
127 112 100 570
N18
132 119 108 582
Média 121 107 94 550
EPM 3 3 2 13
Tabela 2: Valores individuais dos parâmetros cardiovasculares basais de
camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.
PAS PAM PAD FC
H1
170 151 133 731
H2
170 146 123 709
H3
187 153 128 671
H4
185 153 129 688
H5
162 146 132 643
H6
191 163 142 692
H7
186 157 138 636
H8
158 142 127 748
H9
186 160 138 617
H10
179 160 144 648
H11
172 156 141 613
H12
151 135 118 640
H13
183 157 137 747
H14
182 159 139 712
H15
176 157 140 770
H16
154 140 128 719
H17
203 165 141 676
H18
146 133 122 733
Média 175 152 133 689
EPM 4 2 2 11
108
Tabela 3: Valores individuais dos parâmetros cardiovasculares basais de
camundongos controle normotensos de 4 semanas.
PAS PAM PAD FC
N1
135 118 102 590
N2
149 127 108 589
N3
102 87 70 561
N4
125 97 110 629
N5
122 108 94 613
N6
144 124 108 527
N7
135 118 102 586
N8
134 122 111 488
N9
140 127 114 615
N10
127 113 102 447
N11
131 115 101 523
N12
119 100 82 600
N13
122 108 94 504
N14
146 126 110 461
N15
113 101 91 577
N16
122 101 84 617
N17
141 118 100 422
N18
110 97 83 590
N19
117 101 87 537
N20
129 116 102 518
N21
159 133 112 524
N22
146 124 104 520
Média 130 113 99 547
EPM 3 3 2 13
Tabela 4: Valores individuais dos parâmetros cardiovasculares basais de
camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.
PAS PAM PAD FC
H1
181 147 119 650
H2
186 165 146 637
H3
180 161 142 718
H4
171 157 144 639
H5
154 142 130 635
H6
190 167 146 577
H8
218 204 189 625
H9
210 185 166 595
H10
198 170 148 625
H11
202 173 152 656
H12
225 178 145 626
H13
174 153 135 736
H14
182 159 139 638
H15
208 188 170 715
H16
203 177 157 646
H17
188 156 134 558
H18
178 154 132 654
Média 191 167 147 643
EPM 4 4 4 11
109
Tabela 5: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração
de propranolol de camundongos controle normotensos de 1 semana. O tono
simpático está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a
administração do propranolol.
FC Basal FC Propranolol
Δ FC
N2
607 455 -152
N4
452 429 -23
N6
550 477 -73
N7
599 483 -116
N9
597 411 -186
N10
497 368 -129
N18
582 475 -107
Média 555 443 -112
EPM 22 16 20
Tabela 6: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração
de propranolol de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana. O tono simpático
está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração do
propranolol.
FC Basal FC Propranolol
Δ FC
H3
671 501 -170
H5
643 489 -154
H7
636 479 -157
H10
648 517 -131
H13
747 551 -196
H15
770 512 -258
H16
719 582 -137
H17
676 516 -160
H18
733 491 -242
Média 694 515 -178
EPM 17 11 15
110
Tabela 7: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração
de propranolol de camundongos controle normotensos de 4 semanas. O tono
simpático está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a
administração do propranolol.
FC Basal FC Propranolol
Δ FC
N2
589 479 -110
N3
561 403 -158
N4
629 498 -131
N5
613 527 -86
N8
488 352 -136
N9
615 455 -160
N11
523 444 -79
N14
461 372 -89
N15
577 417 -160
N16
617 505 -112
N18
590 446 -144
Média 569 445 -124
EPM 17 17 9
Tabela 8: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração
de propranolol de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas. O tono simpático
está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração do
propranolol.
FC Basal FC Propranolol
Δ FC
H1
650 487 -163
H3
718 512 -206
H4
639 476 -163
H5
635 441 -194
H6
577 460 -117
H9
595 423 -172
H10
625 443 -182
H11
656 466 -190
H16
646 477 -169
Média 638 465 -173
EPM 13 9 9
111
Tabela 9: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração
de metil-atropina de camundongos controle normotensos de 1 semana. O tono vagal
está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração de
metil-atropina.
FC Basal FC Metil-Atropina
Δ FC
N1
532 655 123
N3
535 573 38
N11
560 623 63
N12
499 656 157
N13
564 667 103
N14
570 607 37
Média 543 630 87
EPM 11 15 20
Tabela 10: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração
de metil-atropina de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana. O tono vagal
está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração de
metil-atropina.
FC Basal FC Metil-Atropina
Δ FC
H1
731 687 0
H2
709 719 10
H4
688 714 26
H6
692 666 0
H8
748 742 0
H9
617 600 0
H11
613 737 124
H12
640 698 58
H14
712 692 0
Média 683 695 24
EPM 16 14 14
112
Tabela 11: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração
de metil-atropina de camundongos controle normotensos de 4 semanas. O tono
vagal está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a
administração de metil-atropina.
FC Basal FC Metil-Atropina
Δ FC
N1
590 705 115
N6
527 549 22
N7
586 705 119
N10
447 562 115
N12
600 678 78
N13
504 657 153
N17
422 558 136
N19
537 559 22
N20
518 586 68
N21
524 630 106
N22
520 550 30
Média 525 613 88
EPM 17 19 14
Tabela 12: Valores individuais da freqüência cardíaca basal e após a administração
de metil-atropina de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas. O tono vagal
está representado pela variação (Δ) da freqüência cardíaca após a administração de
metil-atropina.
FC Basal FC Metil-Atropina
Δ FC
H2
637 649 12
H8
625 633 8
H12
626 642 16
H13
736 700 0
H14
638 664 26
H15
715 735 20
H17
558 631 73
H18
654 715 61
Média 649 671 27
EPM 20 14 9
113
Tabela 13: Valores individuais da freqüência cardíaca intrínseca registrada após o
duplo bloqueio farmacológico com propranolol e metil-atropina em camundongos
controle normotensos e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas.
1 SEMANA 4 SEMANAS
CN 1R1C CN 1R1C
1
475 500 551 459
2
444 570 473 466
3
504 470 388 487
4
480 588 480 483
5
- 497 546 472
6
469 490 486 448
7
465 467 531 -
8
- 549 380 521
9
397 496 450 404
10
341 517 423 438
11
506 532 497 469
12
489 610 544 480
13
480 503 486 523
14
399 493 361 542
15
- 551 492 550
16
- 586 511 455
17
- 493 420 503
18
453 469 499 544
19
- - 350 -
20
- - 497 -
21
- - 524 -
22
- - 433 -
Média 445 518 469 490
EPM 17 10 13 12
114
Tabela 14: Valores individuais e média dos valores individuais das medidas indiretas
da pressão arterial sistólica antes (Semana 0) e 1 semana após a cirurgia controle
(Grupo controle normotenso de 1 semana).
Semana 0 Semana 1
Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média
N1
28 109 98 -
104 26 107 90 - 99
N2
31 105 119 -
112 27 97 116 - 107
N3
28 101 116 -
109 32 106 121 107 111
N4
27 96 94 -
95 31 113 107 - 110
N6
27 106 100 -
103 29 95 97 - 96
N7
39 98 95 -
97 35 117 112 - 115
N9
31 110 113 -
112 25 115 100 - 108
N10
30 98 100 -
99 31 103 90 - 97
N11
29 100 97 -
99 28 121 107 109 112
N12
28 89 92 -
91 29 112 98 - 105
N13
27 95 99 -
97 27 106 111 - 109
N14
27 100 103 -
102 27 104 103 - 104
N18
28 111 109 -
110 33 86 90 - 88
MÉDIA 29
102 29
104
EPM 0.9
1.9 0.8
2.1
115
Tabela 15: Valores individuais e média dos valores individuais das medidas indiretas
da pressão arterial sistólica antes (Semana 0) e 1 semana após a cirurgia 1R1C
(Grupo hipertenso 1R1C de 1 semana).
Semana 0 Semana 1
Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média
H1
30 84 87 -
86 33 156 148 - 152
H2
27 85 84 -
85 30 122 129 - 126
H3
29 100 99 -
100 35 115 134 132 127
H4
27 81 85 -
83 31 134 129 - 132
H5
29 113 98 -
106 30 138 151 - 145
H6
28 108 97 -
103 29 150 150 - 150
H7
29 118 95 -
107 27 120 125 - 123
H8
28 97 93 -
95 25 127 141 124 131
H9
27 68 78 -
73 27 113 119 - 116
H10
28 91 96 -
94 27 140 174 - 157
H11
28 101 103 -
102 29 143 150 - 147
H12
27 114 103 -
109 29 164 182 154 167
H13
28 98 98 -
98 32 110 124 - 117
H14
26 117 129 -
123 32 107 109 - 108
H15
26 97 99 -
98 28 103 117 - 110
H16
27 91 107 -
99 28 151 159 - 155
H17
25 106 100 -
103 29 225 211 - 218
H18
28 99 120 101
107 29 117 117 - 117
MÉDIA 28
98 29
139
EPM 0.3
2.7 0.6
6.3
116
Tabela 16: Valores individuais e média dos valores individuais das medidas indiretas
da pressão arterial sistólica antes (Semana 0) e semanalmente (Semana 1, 2, 3 e 4)
após a cirurgia controle (Grupo controle normotenso de 4 semanas) (tabela continua
na próxima página).
Semana 0 Semana 1
Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média
N1
30 105 124 -
115 29 123 117 - 120
N2
28 104 93 -
99 29 117 121 - 119
N3
31 106 107 -
107 33 111 113 - 112
N4
35 120 118 -
119 34 115 120 - 118
N5
35 108 114 -
111 36 116 109 - 113
N6
36 109 109 -
109 37 115 125 120 120
N7
36 120 121 -
121 34 120 122 - 121
N8
29 112 111 -
112 33 116 118 - 117
N9
25 109 124 121
118 30 118 119 - 119
N10
36 117 118 -
118 33 121 121 - 121
N11
27 98 112 -
105 31 106 109 - 108
N12
34 110 106 -
108 36 110 112 - 111
N13
27 118 104 -
111 28 100 104 - 102
N14
31 112 113 -
113 32 135 137 - 136
N15
30 102 99 -
101 28 106 105 - 106
N16
30 116 114 -
115 34 116 114 - 115
N17
30 104 107 -
106 29 132 126 - 129
N18
34 115 101 -
108 32 109 107 - 108
N19
28 117 95 -
106 26 108 105 - 107
N20
31 117 119 -
118 31 111 121 115 116
N21
35 99 97 -
98 34 99 102 - 101
N22
31 103 90 -
97 33 121 119 - 120
MÉDIA 31
110 32
115
EPM 0.7
1.5 0.6
1.8
117
Semana 2 Semana 3 Semana 4
Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média
N1
36 124 119 - 122 38 120 98 125 114 39 123 126 - 125
N2
31 109 112 - 111 32 105 111 - 108 32 98 102 - 100
N3
34 120 122 - 121 35 120 117 - 119 37 123 123 - 123
N4
36 131 109 120 120 35 123 120 - 122 38 131 100 111 114
N5
37 108 102 - 105 39 131 108 111 117 41 120 118 - 119
N6
37 123 134 126 128 39 128 123 - 126 42 122 121 - 122
N7
35 118 121 - 120 38 115 111 - 113 39 118 113 - 116
N8
35 113 111 - 112 35 122 103 - 113 39 121 111 - 116
N9
33 125 122 - 124 37 111 110 - 111 40 115 119 - 117
N10
33 101 99 - 100 36 121 119 - 120 40 124 127 - 126
N11
34 113 128 111 117 37 102 106 - 104 39 109 115 - 112
N12
38 114 103 - 109 40 109 113 - 111 41 111 119 - 115
N13
30 97 93 - 95 29 96 118 92 102 33 117 118 - 118
N14
33 108 106 - 107 36 111 109 - 110 37 107 121 121 116
N15
31 102 100 - 101 36 88 90 - 89 36 100 108 - 104
N16
38 109 127 113 116 39 109 108 - 109 41 127 117 - 122
N17
30 124 144 133 134 29 115 125 124 121 32 121 142 125 129
N18
36 109 106 - 108 37 110 121 124 118 39 119 123 - 121
N19
30 121 113 103 112 33 104 102 - 103 35 111 109 - 110
N20
38 111 107 - 109 39 103 96 - 100 38 100 98 - 99
N21
33 101 107 - 104 27 114 94 - 104 30 99 109 - 104
N22
33 111 115 - 113 35 100 122 104 109 35 130 126 114 123
MÉDIA 34
113 36
111 37
116
EPM 0.6
2.0 0.8
1.8 0.7
1.8
118
Tabela 17: Valores individuais e média dos valores individuais das medidas indiretas
da pressão arterial sistólica antes (Semana 0) e semanalmente (Semana 1, 2, 3 e 4)
após a cirurgia 1R1C (Grupo hipertenso 1R1C de 4 semanas) (tabela continua na
próxima página).
Semana 0 Semana 1
Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média
H1
26 106 109 -
108 32 137 137 - 137
H2
26 93 97 -
95 28 133 127 - 130
H3
34 98 103 -
101 32 146 158 - 152
H4
28 121 120 -
121 27 127 120 - 124
H5
29 111 118 -
115 27 124 137 122 128
H6
27 116 122 -
119 34 154 168 - 161
H8
30 117 121 -
119 33 153 154 - 154
H9
27 101 - -
101 27 132 140 - 136
H10
29 125 124 -
125 29 136 135 - 136
H11
34 143 158 136
146 39 173 187 - 180
H12
28 131 103 -
117 29 124 124 - 124
H13
32 107 104 -
106 33 123 123 - 123
H14
33 106 104 -
105 29 127 120 - 124
H15
34 111 100 -
106 32 123 127 - 125
H16
28 120 117 -
119 27 139 133 - 136
H17
27 115 111 -
113 29 129 142 130 134
H18
30 131 101 103
112 30 133 122 - 128
MÉDIA 30
113 30
137
EPM 0.7
2.8 0.8
3.9
119
Semana 2 Semana 3 Semana 4
Animal Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média Peso Md1 Md2 Md3 Média
H1
35 131 136 -
134 35 151 153 - 152 36 162 155 159 159
H2
30 138 141 -
140 36 142 148 - 145 38 145 147 - 146
H3
30 140 121 147
136 35 129 138 140 136 36 133 149 141 141
H4
36 165 167 -
166 30 150 151 - 151 32 154 158 - 156
H5
34 143 151 -
147 34 171 170 - 171 32 171 171 - 171
H6
28 144 143 -
144 27 173 173 - 173 30 179 180 - 180
H8
34 162 143 -
153 34 162 150 139 150 27 181 169 172 174
H9
43 117 120 -
119 45 160 163 - 162 46 184 148 137 156
H10
35 140 111 145
132 37 116 135 124 125 37 163 174 - 169
H11
34 147 148 -
148 33 181 169 179 176 34 153 149 139 147
H12
31 154 161 -
158 33 163 159 - 161 32 161 162 - 162
H13
33 137 132 -
135 37 152 157 - 155 38 151 173 159 161
H14
22 133 133 -
133 25 145 148 - 147 27 153 163 - 158
H15
34 130 120 125
125 34 132 135 - 134 34 160 163 - 162
H16
28 140 141 -
141 30 149 153 - 151 32 163 168 - 166
H17
31 136 137 -
137 32 155 161 - 158 33 170 175 - 173
H18
32 135 135 -
135 34 150 139 151 147 36 165 168 - 167
MÉDIA 32
140 34
152 34
161
EPM 1.1
2.8 1.1
3.3 1.1
2.5
120
Tabela 18: Valores individuais do peso corporal no dia da cirurgia controle (peso
inicial), peso corporal no dia do experimento (peso exp), peso cardíaco, índice de
peso cardíaco (IPC), peso renal e índice de peso renal (IPR) de camundongos
controle normotensos de 1 semana.
Peso
Inicial
Peso
Exp
Peso
Cardíaco IPC
Peso
Renal IPR
N1
30 29 130 4,48 330 11,38
N2
31 29 110 3,79 270 9,31
N3
27 27 120 4,44 230 8,52
N4
31 30 130 4,33 320 10,67
N6
30 30 140 4,67 300 10,00
N7
30 32 130 4,06 290 9,06
N9
31 30 120 4,00 270 9,00
N10
27 27 80 2,96 240 8,89
N11
28 29 100 3,45 200 6,90
N12
32 30 120 4,00 270 9,00
N13
30 31 140 4,52 370 11,94
N14
30 31 140 4,52 220 7,10
N18
32 34 140 4,12 300 8,82
Média 29,9 29,9 123,1 4,10 277,7 9,28
EPM 0,5 0,5 5,0 0,13 13,3 0,40
121
Tabela 19: Valores individuais do peso corporal no dia da cirurgia 1R1C (peso
inicial), peso corporal no dia do experimento (peso exp), peso cardíaco, índice de
peso cardíaco (IPC), peso renal e índice de peso renal (IPR) de camundongos
hipertensos 1R1C de 1 semana.
Peso
Inicial
Peso
Exp
Peso
Cardíaco IPC
Peso
Renal IPR
H1
31 30 170 5,67 300 10,00
H2
31 30 180 6,00 310 10,33
H3
33 32 180 5,63 380 11,88
H4
32 28 130 4,64 210 7,50
H5
33 26 150 5,77 300 11,54
H6
32 30 160 5,33 250 8,33
H7
32 31 130 4,19 240 7,74
H8
32 34 190 5,59 350 10,29
H9
32 35 180 5,14 400 11,43
H10
30 27 170 6,30 230 8,52
H11
32 35 160 4,57 390 11,14
H12
30 30 170 5,67 300 10,00
H13
31 33 180 5,45 360 10,91
H14
33 29 150 5,17 280 9,66
H15
32 31 170 5,48 310 10,00
H16
30 32 140 4,38 290 9,06
H17
33 32 150 4,69 290 9,06
H18
28 25 150 6,00 240 9,60
Média 31,5 30,6 161,7 5,31 301,7 9,83
EPM 0,3 0,7 4,2 0,14 13,3 0,30
122
Tabela 20: Valores individuais do peso corporal no dia da cirurgia controle (peso
inicial), peso corporal no dia do experimento (peso exp), peso cardíaco, índice de
peso cardíaco (IPC), peso renal e índice de peso renal (IPR) de camundongos
controle normotensos de 4 semanas.
Peso
Inicial
Peso
Exp
Peso
Cardíaco IPC
Peso
Renal IPR
N1
29 33 140 4,24 350 10,61
N2
33 35 130 3,71 370 10,57
N3
29 32 130 4,06 270 8,44
N4
34 35 130 3,71 330 9,43
N5
30 34 160 4,71 350 10,29
N6
34 38 160 4,21 340 8,95
N7
30 32 140 4,38 340 10,63
N8
30 29 130 4,48 280 9,66
N9
31 33 130 3,94 310 9,39
N10
32 33 150 4,55 320 9,70
N11
29 30 140 4,67 290 9,67
N12
31 37 140 3,78 340 9,19
N13
32 38 140 3,68 450 11,84
N14
32 36 150 4,17 300 8,33
N15
30 38 150 3,95 360 9,47
N16
30 36 140 3,89 380 10,56
N17
32 35 150 4,29 380 10,86
N18
31 34 180 5,29 270 7,94
N19
30 32 130 4,06 330 10,31
N20
32 38 140 3,68 330 8,68
N21
34 31 140 4,52 270 8,71
N22
27 33 130 3,94 310 9,39
Média 31,0 34,2 142,3 4,18 330,5 9,66
EPM 0,4 0,6 2,7 0,09 9,3 0,21
123
Tabela 21: Valores individuais do peso corporal no dia da cirurgia 1R1C (peso
inicial), peso corporal no dia do experimento (peso exp), peso cardíaco, índice de
peso cardíaco (IPC), peso renal e índice de peso renal (IPR) de camundongos
hipertensos 1R1C de 4 semanas.
Peso
Inicial
Peso
Exp
Peso
Cardíaco IPC
Peso
Renal IPR
H1
30 35 190 5,43 330 9,43
H2
28 35 150 4,29 310 8,86
H3
30 35 190 5,43 310 8,86
H4
28 32 190 5,94 320 10,00
H5
30 34 170 5,00 240 7,06
H6
31 37 170 4,59 290 7,84
H8
29 34 170 5,00 300 8,82
H9
31 34 190 5,59 310 9,12
H10
28 35 180 5,14 290 8,29
H11
31 34 200 5,88 310 9,12
H12
29 33 180 5,45 310 9,39
H13
29 34 170 5,00 270 7,94
H14
31 35 210 6,00 290 8,29
H15
30 34 190 5,59 420 12,35
H16
30 35 180 5,14 280 8,00
H17
29 44 180 4,09 530 12,05
H18
29 33 200 6,06 250 7,58
Média 29,6 34,9 182,9 5,27 315,3 9,00
EPM 0,3 0,6 3,5 0,14 16,4 0,34
124
Tabela 22: Valores individuais do número de batimentos utilizados para a análise do
barorreflexo espontâneo de camundongos controle normotensos (CN) e hipertensos
1R1C de 1 semana. De cada série foram calculados o número de seqüências
barorreflexas e o ganho (ou sensibilidade) do barorreflexo.
1 SEMANA
CN 1R1C
ANIMAL
Batim.
Seq.
Ganho
Seq.
Batim.
Seq.
Ganho
Seq.
1
9844 33 1,33 10177 46 0,17
2
9599 142 0,47 9955 5 0,19
3
10132 11 1,35 10047 4 0,24
4
9839 46 2,01 9480 12 0,31
5
- - - 10461 50 0,65
6
10041 5 1,17 9583 44 0,18
7
10175 7 0,40 6255 9 0,41
8
- - - 9671 18 0,24
9
10189 30 0,61 9846 4 0,64
10
9992 73 0,76 9687 15 0,67
11
10003 42 1,37 9992 33 0,96
12
9937 263 2,41 10662 13 0,49
13
10035 11 1,25 9517 8 0,21
14
9791 99 0,25 10001 9 0,22
15
- - - 10030 12 0,34
16
- - - 9577 11 0,49
17
- - - 10053 0 0,00
18
9952 5 0,71 10078 43 0,43
MÉDIA 9964 59 1,08 9726 19 0,38
EPM 46 20 0,18 217 4 0,06
125
Tabela 23: Valores individuais do número de batimentos utilizados para a análise do
barorreflexo espontâneo de camundongos controle normotensos (CN) e hipertensos
1R1C de 4 semanas. De cada série foram calculados o número de seqüências
barorreflexas e o ganho (ou sensibilidade) do barorreflexo.
4 SEMANAS
CN 1R1C
ANIMAL
Batim.
Seq.
Ganho
Seq.
Batim.
Seq.
Ganho
Seq.
1
10093 66 0,67 10115 3 0,26
2
10395 78 0,35 10083 80 0,11
3
10174 36 0,69 10358 17 0,18
4
10004 23 0,56 10182 59 0,24
5
10021 23 0,41 10142 56 0,58
6
10548 30 0,68 9979 6 0,19
7
9868 63 0,63 - - -
8
9807 146 1,45 9630 41 0,30
9
9402 15 0,67 10169 12 0,21
10
7968 121 0,77 9899 65 0,17
11
9455 83 0,73 9652 5 0,72
12
10084 21 2,08 10124 7 0,44
13
10082 41 0,92 10467 142 0,27
14
10071 135 0,35 10209 34 0,19
15
9839 14 0,84 9858 16 0,45
16
9957 10 0,79 9666 56 0,10
17
10005 29 2,16 9928 27 0,57
18
10141 214 0,66 9823 4 0,47
19
10042 78 0,97 - - -
20
10088 42 1,40 - - -
21
10059 257 0,83 - - -
22
10371 54 0,87 - - -
MÉDIA 9931 72 0,89 10017 37 0,32
EPM 109 14 0,10 59 9 0,04
126
Tabela 24: Valores individuais da variabilidade (desvio padrão – DP) da pressão
arterial sistólica (PAS) e da freqüência cardíaca (FC) em camundongos controle
normotensos de 1 semana.
PAS FC DP PAS DP FC
N1
130 513 3,9 15,9
N2
106 603 4,3 15,1
N3
120 527 2,6 13,7
N4
114 453 3,5 35,7
N6
138 557 1,9 6,9
N7
120 601 3,0 9,9
N9
120 601 2,7 11,2
N10
101 500 2,1 7,4
N11
127 562 3,4 17,5
N12
123 502 2,2 24,9
N13
120 558 2,9 18,9
N14
127 593 5,2 19,6
N18
130 587 2,8 13,6
MÉDIA 121 551 3,1 16,2
EPM 3 13 0,3 2,1
Tabela 25: Valores individuais da variabilidade (desvio padrão – DP) da pressão
arterial sistólica (PAS) e da freqüência cardíaca (FC) em camundongos hipertensos
1R1C de 1 semana.
PAS FC DP PAS DP FC
H1
170 731 4,6 9,0
H2
170 710 3,1 7,2
H3
187 671 3,2 5,5
H4
186 633 4,9 14,1
H5
162 633 3,3 11,1
H6
191 690 6,1 9,8
H7
187 638 6,7 11,5
H8
161 740 5,4 11,1
H9
187 618 4,8 9,7
H10
179 647 2,7 10,8
H11
172 610 2,8 13,4
H12
148 636 3,0 12,1
H13
186 733 3,7 10,8
H14
180 708 3,9 11,9
H15
175 772 3,8 14,7
H16
165 699 7,5 15,3
H17
205 672 3,7 6,6
H18
144 724 3,5 15,8
MÉDIA 175 681 4,3 11,1
EPM 4 11 0,3 0,7
127
Tabela 26: Valores individuais da variabilidade (desvio padrão – DP) da pressão
arterial sistólica (PAS) e da freqüência cardíaca (FC) em camundongos controle
normotensos de 4 semanas.
PAS FC DP PAS DP FC
N1
136 593 3,5 19,8
N2
151 600 3,5 6,5
N3
105 570 3,6 16,4
N4
125 631 3,3 21,9
N5
118 598 5,9 16,8
N6
139 621 4,7 14,1
N7
136 586 3,8 20,7
N8
135 502 4,1 17,2
N9
141 600 4,0 18,2
N10
127 449 5,3 18,6
N11
132 507 5,2 18,0
N12
116 601 3,8 34,0
N13
123 500 3,8 24,5
N14
148 462 3,6 5,3
N15
112 580 1,9 7,2
N16
113 625 2,4 7,8
N17
142 424 4,1 28,0
N18
111 597 4,1 23,0
N19
117 540 4,8 17,6
N20
129 523 2,5 16,2
N21
159 523 4,3 20,6
N22
146 522 3,9 16,2
MÉDIA 129 564 3,9 16,7
EPM 3 16 0,2 1,7
Tabela 27: Valores individuais da variabilidade (desvio padrão – DP) da pressão
arterial sistólica (PAS) e da freqüência cardíaca (FC) em camundongos hipertensos
1R1C de 4 semanas.
PAS FC DP PAS DP FC
H1
181 651 3,1 7,0
H2
193 618 9,4 7,2
H3
207 741 5,7 7,6
H4
170 642 4,8 12,4
H5
153 638 3,1 20,2
H6
180 588 3,3 7,0
H8
218 625 5,9 11,3
H9
211 601 4,6 6,8
H10
197 628 9,1 11,4
H11
200 645 3,6 12,0
H12
225 633 5,4 8,9
H13
172 745 4,8 10,5
H14
184 619 6,9 7,6
H15
211 704 3,7 11,8
H16
201 645 9,3 8,6
H17
190 569 6,1 13,8
H18
178 655 3,8 11,0
MÉDIA 192 644 5,4 10,3
EPM 5 12 0,5 0,8
128
Tabela 28: Valores individuais do número de células positivas para angiotensina II
por campo de córtex renal (área = 0,245 mm
2
) de camundongos controle
normotensos de 1 semana.
ÁREA 0,245 mm2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
2 1 5 0 0 0 0 1 0 0
2
1 0 3 0 0 1 0 0 5 0
3
0 0 0 0 0 5 3 0 0 0
4
0 2 5 0 3 0 5 0 1 3
ANIMAL
5
0 3 0 1 0 0 1 0 0 0
MÉDIA 0.6 1.2 2.6 0.2 0.6 1.2 1.8 0.2 1.2 0.6
EPM 0.40 0.58 1.12 0.20 0.60 0.97 0.97 0.20 0.97 0.60
Tabela 29: Valores individuais do número de células positivas para angiotensina II
por campo de córtex renal (área = 0,245 mm
2
) de camundongos hipertensos 1R1C
de 1 semana.
ÁREA 0,245 mm2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
15 10 8 7 7 5 2 6 10 11
2
12 10 10 5 9 7 3 3 5 8
3
8 9 10 10 11 10 5 8 10 9
4
5 7 8 4 7 8 9 9 8 8
ANIMAL
5
11 12 11 10 11 13 15 17 10 10
MÉDIA 10.2 9.6 9.4 7.2 9.0 8.6 6.8 8.6 8.6 9.2
EPM 1.71 0.81 0.60 1.24 0.89 1.36 2.37 2.34 0.98 0.58
129
Tabela 30: Valores individuais do número de células positivas para angiotensina II
por campo de córtex renal (área = 0,245 mm
2
) de camundongos controle
normotensos de 4 semanas.
ÁREA 0,245 mm2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
0 3 0 1 1 0 0 1 4 5
2
1 1 4 0 0 1 0 3 0 0
3
4 0 3 0 3 1 0 0 0 3
4
1 2 1 0 3 0 4 1 0 5
ANIMAL
5
5 5 3 0 0 0 5 0 0 0
MÉDIA 2.2 2.2 2.2 0.2 1.4 0.4 1.8 1.0 0.8 2.6
EPM 0.97 0.86 0.73 0.20 0.68 0.24 1.11 0.55 0.80 1.12
Tabela 31: Valores individuais do número de células positivas para angiotensina II
por campo de córtex renal (área = 0,245 mm
2
) de camundongos hipertensos 1R1C
de 4 semanas.
ÁREA 0,245 mm2
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1
2 0 0 4 1 0 2 1 1 2
2
4 2 0 4 0 3 2 4 2 0
3
3 3 1 2 1 2 5 2 1 3
4
0 2 0 2 0 0 1 1 0 3
ANIMAL
5
4 4 2 2 3 5 2 2 1 0
MÉDIA 2.6 2.2 0.6 2.8 1.0 2.0 2.4 2.0 1.0 1.6
EPM 0.75 0.66 0.40 0.49 0.55 0.95 0.68 0.55 0.32 0.68
130
Tabela 32: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do ventrículo
esquerdo por campo de camundongos controle normotensos de 1 semana.
ANIMAL
1 5 6 7 8
1
14.74 16.95 19.36 12.00 14.04
2
14.40 11.76 21.20 13.56 14.09
3
14.55 12.05 17.81 11.26 13.36
4
19.85 11.31 16.49 13.84 13.69
5
14.40 14.12 18.37 13.60 11.21
6
14.14 11.80 18.43 10.03 12.00
7
12.62 11.52 18.25 14.97 12.00
8
15.54 15.34 10.69 10.74 12.19
9
13.34 9.22 15.70 14.42 12.73
10
14.29 12.67 14.75 8.05 12.31
11
16.44 13.19 10.77 12.08 11.52
12
12.70 11.26 17.62 9.74 12.95
13
12.09 16.59 17.48 11.73 13.03
14
17.82 14.82 12.80 9.45 14.75
15
13.51 13.65 12.52 12.78 10.32
16
16.46 15.28 12.26 9.74 12.73
17
14.45 12.70 18.07 11.26 15.19
18
15.48 14.13 16.36 11.06 12.61
19
13.56 12.73 14.82 14.01 9.59
20
13.29 12.78 11.72 12.04 14.36
21
15.20 12.71 11.28 9.40 12.62
22
15.23 9.40 14.61 11.80 10.64
23
14.49 12.80 18.35 11.45 11.43
24
14.04 15.12 16.66 10.56 14.76
25
13.42 12.04 14.13 11.21 12.37
26
13.52 11.76 14.13 13.60 15.52
27
12.48 10.64 12.00 14.36 11.06
28
13.36 10.48 20.16 14.40 10.32
29
11.78 13.68 14.93 13.42 14.42
30
17.20 11.94 12.71 14.92 13.68
31
11.48 13.77 18.08 17.79 13.40
32
12.54 10.70 11.96 14.61 16.36
33
15.20 13.09 11.05 15.33 13.69
34
11.82 13.09 17.00 13.30 13.88
35
10.33 13.36 13.07 14.75 14.52
36
14.42 12.71 12.37 11.43 12.84
37
14.34 11.09 13.72 14.04 13.88
38
12.56 12.80 14.45 13.19 11.58
39
12.54 11.15 15.59 13.82 15.40
40
11.72 10.54 14.82 12.58 14.84
41
11.80 10.33 12.71 12.16 13.84
42
13.35 9.56 17.19 13.69 14.23
43
10.43 11.44 11.52 13.36 12.67
44
13.64 12.12 12.91 16.01 14.68
45
19.38 11.54 14.72 13.28 16.01
46
15.92 14.34 12.08 13.54
47
17.17 14.94 11.05 16.33
48
17.39 14.52 13.72 13.69
49
13.34 16.96 11.91 16.96
CAMPO
50
15.52 14.36 14.84 16.01
MÉDIA 14.19 12.48 15.01 12.69 13.40
EPM 0.29 0.26 0.38 0.27 0.24
131
Tabela 33: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do ventrículo
esquerdo por campo de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.
ANIMAL
1 2 3 5 7 9 10
1
15.70 13.24 15.69 17.02 19.40 12.54 20.06
2
9.93 15.86 13.50 15.75 13.70 19.72 19.99
3
12.41 12.36 12.09 15.40 18.14 21.64 17.21
4
11.20 14.95 13.97 15.54 14.04 14.01 18.26
5
11.85 12.35 13.34 20.12 14.75 14.86 12.90
6
12.50 14.74 15.64 16.63 13.53 20.12 13.99
7
12.87 15.38 14.22 15.20 16.43 15.90 15.48
8
13.06 14.20 14.68 14.38 13.64 19.20 15.18
9
15.14 12.56 18.36 18.84 15.48 17.52 15.49
10
14.12 13.01 14.84 21.28 15.96 15.72 14.53
11
13.72 13.34 12.22 16.22 13.99 16.63 14.91
12
13.35 15.29 13.99 14.40 12.37 13.29 14.93
13
13.46 12.22 13.11 15.20 16.07 16.74 10.27
14
13.24 11.37 14.03 17.82 12.32 13.32 13.36
15
12.41 10.40 12.95 12.71 15.16 15.65 18.64
16
13.82 13.41 12.87 17.47 14.03 16.92 17.84
17
16.28 13.03 17.36 19.94 13.65 15.86 12.44
18
18.43 15.37 16.92 15.41 11.23 14.88 16.01
19
14.64 11.24 14.97 16.59 17.28 15.38 16.19
20
17.98 13.35 20.31 19.54 12.22 14.93 14.01
21
14.18 13.84 15.04 14.04 12.17 14.83 17.59
22
15.12 11.47 16.16 13.72 13.82 16.02 17.24
23
16.33 14.38 12.44 19.76 16.76 15.04 16.44
24
13.57 13.07 17.33 21.13 14.36 11.73 15.84
25
13.08 12.39 17.73 15.49 17.28 16.98 13.70
26
14.03 11.36 14.01 17.40 14.03 11.09 14.68
27
14.61 14.86 15.56 19.23 16.89 14.04 13.80
28
14.01 12.39 12.82 22.64 18.26 12.90 15.78
29
13.72 12.70 18.80 19.91 13.65 12.54 13.72
30
15.51 14.12 15.66 20.44 14.45 17.04 15.96
31
15.12 14.11 14.04 16.48 14.86 15.59 15.88
32
16.71 11.57 15.97 18.47 19.96 15.49 14.86
33
16.07 12.52 16.66 21.39 12.84 13.03 17.31
34
15.64 15.16 13.88 17.73 17.33 17.48 15.86
35
18.30 12.05 18.56 14.75 15.44 19.54 17.20
36
16.13 15.56 20.36 16.61 19.64 15.13 20.81
37
14.46 15.13 17.79 15.92 16.43 13.56 19.08
38
13.56 13.60 17.59 17.88 17.15 15.83 17.02
39
12.04 15.37 18.16 17.48 20.61 14.68 15.17
40
13.60 13.27 24.75 20.31 14.61 16.44 17.40
41
13.54 14.18 21.02 18.43 15.44 16.13 15.92
42
12.84 14.50 21.40 14.01 17.76 16.82 16.53
43
15.75 11.90 16.46 14.83 14.75 16.43 15.70
44
14.86 13.60 18.30 15.34 16.43 15.52 15.76
45
11.66 14.59 18.96 13.84 14.40 15.51 19.95
46
14.38 12.52 12.84 12.71 16.71 19.14 12.09
47
11.44 16.48 20.96 15.55 14.45 11.76 17.98
48
15.62 16.01 15.24 12.04 15.97 13.88 14.23
49
16.66 16.67 17.48 13.90 14.36 12.48 14.38
CAMPO
50
14.40 14.40 19.74 16.21 17.49 12.97 15.00
MÉDIA 14.26 13.63 16.22 16.86 15.43 15.49 15.89
EPM 0.26 0.21 0.40 0.36 0.30 0.32 0.31
132
Tabela 34: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do ventrículo
esquerdo por campo de camundongos controle normotensos de 4 semanas.
ANIMAL
14 15 16 17 18 19 20
1
16.49 13.10 14.99 11.64 12.41 13.72 12.51
2
15.83 15.64 13.85 15.79 18.05 12.11 13.67
3
15.71 16.24 11.85 16.22 14.03 10.70 14.31
4
11.65 12.22 17.61 13.94 17.59 10.70 12.09
5
15.00 12.45 12.67 16.73 16.49 14.44 14.99
6
12.87 15.73 16.72 16.26 15.44 11.75 11.37
7
14.68 15.79 11.93 17.58 14.64 10.30 12.91
8
12.13 13.22 16.07 16.46 14.48 12.73 12.01
9
11.91 12.27 12.60 14.41 15.20 11.64 11.30
10
12.54 13.75 12.62 11.33 11.29 11.36 10.90
11
12.46 14.91 12.89 12.14 14.26 13.53 11.48
12
11.62 12.39 11.50 13.85 11.99 12.00 13.82
13
13.88 14.31 12.86 10.19 12.00 10.85 12.11
14
13.24 13.62 10.60 12.73 14.16 13.35 14.55
15
11.31 10.03 12.11 11.50 11.41 12.14 13.84
CAMPO
16
12.17 12.91 15.29 14.96 12.00 11.50 13.12
MÉDIA 13.34 13.66 13.51 14.11 14.09 12.05 12.81
EPM 0.42 0.42 0.51 0.57 0.53 0.30 0.32
Tabela 35: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do ventrículo
esquerdo por campo de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.
ANIMAL
12 13 14 15 16 17
1
15.86 15.54 18.05 17.28 17.38 16.04
2
15.99 15.06 17.29 14.31 14.26 18.19
3
13.87 14.12 13.85 16.11 17.25 18.16
4
12.43 18.22 16.79 16.15 17.04 12.44
5
12.79 14.40 12.91 18.40 13.24 16.79
6
16.45 21.08 13.22 17.59 13.50 14.26
7
17.30 24.66 12.89 15.23 15.75 13.82
8
13.40 19.53 13.22 17.08 14.15 17.55
9
17.25 18.19 16.24 16.38 13.02 16.43
10
18.57 25.26 18.97 13.89 12.37 13.97
11
14.01 21.02 12.31 11.89 15.79 16.78
12
16.71 18.18 12.95 16.11 13.92 16.02
13
12.56 17.64 14.83 17.82 12.35 17.29
14
18.21 16.83 14.05 16.43 11.96 13.75
15
14.51 17.10 13.99 14.15 12.35 13.63
CAMPO
16
15.00 15.89 16.83 15.64 11.57 13.85
MÉDIA 15.31 18.30 14.90 15.90 14.12 15.56
EPM 0.50 0.83 0.53 0.42 0.49 0.46
133
Tabela 36: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do septo
interventricular por campo de camundongos controle normotensos de 1 semana.
ANIMAL
1 5 6 7 8
1
12.06 11.01 12.18 10.65 9.82
2
10.42 10.98 10.23 11.29 12.16
3
11.09 10.15 10.15 10.11 9.90
4
10.57 10.50 11.81 10.84 10.11
5
10.42 10.50 10.36 10.31 11.15
6
10.42 10.79 12.80 8.70 11.53
7
11.86 11.03 12.01 9.76 11.90
8
9.90 10.98 13.94 10.33 11.90
9
13.10 10.48 11.33 9.90 10.52
10
10.53 10.37 11.04 9.23 10.81
11
12.66 11.31 10.11 9.73 9.76
12
12.31 11.05 10.28 8.71 11.88
13
12.95 12.65 11.15 9.32 10.50
14
9.99 10.79 11.83 9.76 9.84
15
10.63 10.78 11.61 10.34 11.55
16
11.45 11.03 9.64 8.77 11.45
17
12.06 12.41 10.42 10.53 11.15
18
11.55 12.27 9.32 10.63 8.99
19
11.05 11.53 10.21 9.50 11.25
20
11.53 10.42 10.52 11.45 12.32
21
10.41 10.84 11.76 13.38
22
11.62 9.29 9.29 10.41
23
12.27 10.52 9.56 10.41
24
11.15 10.28 11.18 10.01
CAMPO
25
11.18 10.81 9.84 11.00
MÉDIA 11.33 11.11 10.91 10.06 10.95
EPM 0.22 0.14 0.22 0.17 0.20
134
Tabela 37: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do septo
interventricular por campo de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.
ANIMAL
1 2 3 5 7 9 10
1
12.27 15.82 12.43 16.24 11.99 10.94 11.16
2
11.92 12.11 15.06 16.70 12.38 11.95 11.92
3
15.62 13.19 15.82 16.00 12.38 11.58 12.27
4
12.66 15.28 13.56 17.14 11.58 13.84 13.06
5
12.27 13.53 12.05 13.08 12.36 13.18 10.04
6
14.58 12.72 13.19 13.33 12.38 12.29 10.78
7
11.55 14.21 13.94 13.14 11.86 12.84 11.90
8
10.84 11.48 14.31 14.71 14.80 11.21 9.67
9
13.40 11.48 13.18 14.01 12.20 12.29 13.40
10
13.01 12.82 13.94 12.79 12.04 13.14
11
11.45 10.58 11.89 13.10 12.29 13.80
12
12.84 13.76 11.80 12.43 14.13 11.54
13
12.62 14.91 12.34 11.76 11.92 12.91
14
13.78 13.53 14.12 10.23 14.13 12.72
15
10.98 13.57 13.85 11.55 12.64 12.10
16
12.01 14.30 10.12 11.99 13.01 13.10
17
15.99 15.61 13.41 11.67 13.48 13.01
18
12.91 15.24 13.18 13.63 13.72 11.90
19
13.99 14.37 13.05 11.40 12.62 11.15
20
13.44 13.39 11.67 12.01 13.08 13.99
21
12.97 13.76 11.88 14.00 11.18 11.97
22
13.64 12.64 11.35 14.61 14.35 13.43
23
13.18 13.39 11.31 11.67 14.03 14.35
24
13.35 13.63 10.34 11.09 13.53 12.43
CAMPO
25
12.80 13.71 12.64 11.58 11.40 14.07
MÉDIA 12.96 13.56 12.82 14.93 12.30 12.71 12.39
EPM 0.25 0.26 0.28 0.54 0.21 0.21 0.24
135
Tabela 38: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do septo
interventricular por campo de camundongos controle normotensos de 4 semanas.
ANIMAL
14 15 16 17 18 19 20
1
8.61 9.22 12.22 8.30 10.91 7.36 12.06
2
9.20 9.65 13.82 9.45 10.91 10.76 11.18
3
9.10 7.79 13.00 8.58 10.36 9.45 13.01
4
10.67 10.40 13.48 11.87 10.91 10.46 11.03
5
9.62 11.09 12.87 8.40 9.10 9.59 9.77
6
10.35 11.06 10.04 9.19 12.04 8.95 12.36
7
10.76 9.19 10.52 11.40 11.18 9.57 10.86
8
10.66 10.46 9.79 8.53 11.33 8.89 9.79
9
10.53 9.19 11.21 9.26 10.17 9.20 11.06
10
10.24 8.49 8.38 8.74 10.93 9.01 10.04
11
9.81 10.12 8.98 10.67 11.18 11.68 10.72
12
11.42 9.30 8.62 11.40 9.81 10.53 11.63
13
9.93 9.40 11.84 10.81 10.86 10.54 13.29
14
9.93 9.01 8.95 10.54 11.87 10.66 9.56
15
9.57 10.72 12.65 9.13 10.10 9.87 9.81
16
11.40 10.10 11.84 10.17 10.38 11.18 10.66
17
12.17 7.39 12.58 9.28 11.13 9.62 12.50
18
11.51 10.04 9.40 10.22 9.42 12.35 12.89
19
10.72 9.56 9.65 10.41 10.74 10.86 12.52
20
9.81 8.95 9.71 9.79 11.04 10.00 9.56
21
11.54 9.01 10.45 9.71 9.22 12.00 12.16
22
10.72 9.71 9.37 10.35 11.36 11.77 11.82
23
13.80 8.95 8.98 10.53 9.22 13.16 12.99
24
12.35 9.65 11.70 10.46 9.62 11.84 11.28
25
11.93 8.22 9.79 8.77 8.68 10.30 10.24
26
9.93 8.38 9.59 10.35 10.14 9.93 11.49
27
9.79 9.22 8.26 10.20 10.61 13.53 11.87
28
9.59 10.10 10.14 10.53 10.17 9.89 12.04
29
11.73 10.35 10.14 8.90 9.37 10.41 11.69
CAMPO
30
8.90 11.77 11.18 10.97 9.87 12.74 11.54
MÉDIA 10.54 9.55 10.64 9.90 10.42 10.54 11.38
EPM 0.29 0.25 0.40 0.24 0.21 0.35 0.28
136
Tabela 39: Valores individuais do menor diâmetro de miócitos do septo
interventricular por campo de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.
ANIMAL
12 13 14 15 16 17
1
11.40 13.28 10.54 11.55 14.00 10.97
2
11.42 14.58 10.41 14.49 11.97 14.41
3
10.89 10.81 13.46 11.18 12.16 14.71
4
14.19 11.84 14.07 12.70 10.30 11.55
5
12.66 9.93 13.60 11.18 10.61 11.55
6
12.50 11.84 13.18 15.13 12.87 14.00
7
12.57 13.32 9.87 11.04 12.16 12.36
8
10.38 12.06 10.24 14.13 14.71 10.72
9
12.44 10.04 10.32 11.73 13.20 10.91
10
12.00 12.24 12.14 11.97 12.51 10.24
11
13.50 9.49 12.68 11.52 12.50 11.86
12
14.68 12.84 11.42 13.65 11.03 11.40
13
12.00 11.28 13.82 13.65 12.79 11.22
14
12.65 12.57 12.18 11.75 10.35 11.75
15
12.83 12.22 10.97 12.27 13.14 10.72
16
13.33 13.73 9.57 12.84 14.34 11.20
17
11.84 11.35 11.16 11.54 9.93 12.09
18
12.35 12.51 12.40 12.84 11.42 13.04
19
12.36 12.51 10.04 10.53 17.34 12.84
20
11.77 12.24 14.36 11.84 12.50 12.66
21
11.70 11.36 12.76 10.20 13.24 12.99
22
12.49 10.04 11.06 12.91 11.40 10.66
23
11.18 13.65 12.92 12.99 11.40 11.82
24
12.75 13.78 10.72 10.86 11.77 11.77
25
16.92 11.42 11.20 11.55 15.15 11.40
26
12.87 11.55 13.18 15.13 12.13 11.06
27
12.95 14.00 11.84 11.33 11.40 11.40
28
14.60 13.28 13.00 12.16 12.51 12.40
29
11.70 11.93 12.22 11.77 12.87 11.52
CAMPO
30
13.48 12.84 14.00 14.89 13.06 13.78
MÉDIA 12.61 12.15 11.98 12.38 12.49 11.97
EPM 0.24 0.23 0.26 0.25 0.29 0.21
137
Tabela 40: Valores individuais da espessura da parede do ventrículo esquerdo de
camundongos controle normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas.
1 Semana 4 Semanas
Animal CN 1R1C Animal CN 1R1C
1
1.33 1.39
12
- 1.50
2
- 1.64
13
- 1.60
3
- 1.34
14
1.21 1.26
4
- -
15
1.13 1.73
5
1.33 1.36
16
1.40 -
6
1.27 -
17
1.11 1.36
7
1.30 1.69
18
1.44 -
8
1.18 -
19
1.02 -
9
- 1.39
20
1.28 -
10
- 1.83
21
- -
Média 1.28 1.52 Média 1.23 1.49
EPM 0.03 0.07 EPM 0.07 0.08
Tabela 41: Valores individuais da espessura da parede do septo interventricular de
camundongos controle normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas.
1 Semana 4 Semanas
CN 1R1C Animal CN 1R1C
1
1.01 1.61
12
- 1.60
2
- 1.43
13
- 1.43
3
- 1.39
14
1.12 1.19
4
- -
15
1.00 1.55
5
1.16 1.32
16
1.09 -
6
0.82 -
17
1.12 1.21
7
1.12 1.42
18
1.01 -
8
1.14 -
19
- -
9
- 1.42
20
- -
10
- 1.37
21
- -
Média 1.05 1.42 Média 1.07 1.40
EPM 0.06 0.03 EPM 0.03 0.08
138
Tabela 42: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no ventrículo
esquerdo de camundongos controle normotensos de 1 semana.
ANIMAL
6 7 10 12 13
1
0.48 0.35 0.46 0.38 0.48
2
0.45 0.22 0.16 0.22 0.26
3
0.12 0.29 0.36 0.26 0.28
4
0.35 0.25 0.13 0.30 0.23
5
0.34 0.51 0.41 0.24 0.28
6
0.37 0.32 0.10 0.40 0.20
7
0.17 0.40 0.26 0.32 0.41
8
0.25 0.23 0.12 0.26 0.29
9
0.23 0.33 0.36 0.24 0.26
10
0.31 0.25 0.14 0.24 0.34
11
0.14 0.37 0.12 0.32 0.33
12
0.40 0.44 0.28 0.30 0.25
13
0.39 0.42 0.32 0.26 0.21
14
0.29 0.40 0.14 0.20 0.39
CAMPO
15
0.21 0.37 0.30 0.40 0.22
MÉDIA 0.30 0.34 0.24 0.29 0.30
EPM 0.03 0.02 0.03 0.02 0.02
Tabela 43: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no ventrículo
esquerdo de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.
ANIMAL
2 3 4 5 7 9
1
0.20 0.27 0.11 0.20 0.26 0.10
2
0.10 0.51 0.27 0.37 0.17 0.10
3
0.34 0.37 0.28 0.30 0.21 0.18
4
0.14 0.51 0.21 0.21 0.21 0.35
5
0.44 0.39 0.21 0.16 0.36 0.30
6
0.08 0.34 0.19 0.39 0.32 0.32
7
0.18 0.56 0.26 0.20 0.24 0.21
8
0.52 0.57 0.17 0.32 0.09 0.33
9
0.51 0.50 0.35 0.49 0.20 0.42
10
0.19 0.33 0.34 0.15 0.17 0.36
11
0.11 0.62 0.16 0.22 0.22 0.31
12
0.22 0.39 0.24 0.27 0.15 0.20
13
0.42 0.53 0.34 0.21 0.32 0.18
14
0.27 0.21 0.13 0.17 0.23 0.47
CAMPO
15
0.23 0.30 0.26 0.17 0.35 0.26
MÉDIA 0.26 0.43 0.23 0.26 0.23 0.27
EPM 0.04 0.03 0.02 0.03 0.02 0.03
139
Tabela 44: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no ventrículo
esquerdo de camundongos controle normotensos de 4 semanas.
ANIMAL
11 12 13 14 17 18 19 21
1
0.23 0.08 0.08 0.26 0.13 0.14 0.22 0.16
2
0.27 0.38 0.18 0.24 0.08 0.28 0.16 0.19
3
0.16 0.07 0.27 0.18 0.40 0.41 0.31 0.08
4
0.31 0.08 0.06 0.15 0.09 0.13 0.45 0.23
5
0.23 0.14 0.14 0.25 0.12 0.18 0.12 0.23
6
0.11 0.16 0.26 0.26 0.11 0.13 0.16 0.40
7
0.14 0.28 0.20 0.15 0.19 0.17 0.28 0.15
8
0.24 0.19 0.23 0.20 0.19 0.16 0.34 0.13
9
0.16 0.21 0.15 0.09 0.22 0.23 0.19 0.20
10
0.12 0.09 0.22 0.17 0.18 0.31 0.19 0.24
11
0.27 0.23 0.20 0.39 0.26 0.33 0.18 0.25
12
0.25 0.11 0.14 0.36 0.20 0.20 0.25 0.15
13
0.27 0.18 0.21 0.24 0.37 0.11 0.13 0.20
14
0.18 0.39 0.17 0.17 0.18 0.21 0.23 0.18
CAMPO
15
0.21 0.35 0.31 0.22 0.09 0.20 0.17 0.34
MÉDIA 0.21 0.20 0.19 0.22 0.19 0.21 0.23 0.21
EPM 0.02 0.03 0.02 0.02 0.02 0.02 0.02 0.02
Tabela 45: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no ventrículo
esquerdo de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.
ANIMAL
11 13 14 15 16 18
1
0.20 0.20 4.48 0.28 0.47 0.28
2
0.31 0.17 2.23 0.27 0.08 0.84
3
0.18 0.19 0.39 0.39 0.10 0.57
4
0.12 0.13 1.10 0.13 0.07 0.56
5
0.24 0.08 0.34 0.29 0.12 0.39
6
0.13 0.14 0.21 0.29 0.06 1.61
7
0.18 0.24 3.64 0.26 0.19 0.06
8
0.08 0.08 0.86 0.28 0.23 0.34
9
0.35 0.19 0.53 0.36 0.24 0.28
10
0.64 0.09 0.15 0.47 0.09 0.47
11
0.07 0.16 0.23 0.34 1.07 0.14
12
0.24 0.39 0.18 0.13 0.17 0.08
13
0.09 0.40 1.09 0.52 0.27 0.17
14
0.23 0.29 0.14 0.20 0.07 0.16
CAMPO
15
0.11 0.14 0.30 0.14 0.15 0.13
MÉDIA 0.21 0.19 1.06 0.29 0.23 0.41
EPM 0.04 0.03 0.35 0.03 0.07 0.10
140
Tabela 46: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no septo
interventricular de camundongos controle normotensos de 1 semana.
ANIMAL
6 7 10 12 13
1
0.40 0.22 0.21 0.40 0.17
2
0.28 0.56 0.24 0.32 0.18
3
0.26 0.34 0.20 0.46 0.31
4
0.39 0.41 0.22 0.62 0.36
5
0.42 0.22 0.38 0.36 0.18
6
0.29 0.37 0.34 0.19 0.44
7
0.35 0.35 0.89 0.27 0.14
8
0.43 0.54 0.33 0.25 0.31
9
0.32 0.50 0.38 0.72 0.09
10
0.15 0.42 0.54 0.44 0.24
11
0.25 0.33 0.31 0.58 0.12
12
0.57 0.54 0.42 0.48 0.34
13
0.41 0.32 0.28 0.22 0.95
14
0.57 0.39 0.35 0.30 0.27
CAMPO
15
0.61 0.38 0.42 0.22 0.16
MÉDIA 0.38 0.39 0.37 0.39 0.28
EPM 0.03 0.03 0.04 0.04 0.05
Tabela 47: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no septo
interventricular de camundongos hipertensos 1R1C de 1 semana.
ANIMAL
2 3 4 5 7
1
0.51 0.36 0.18 0.36 0.27
2
0.88 0.17 0.44 0.44 0.35
3
1.88 0.16 0.18 0.08 0.31
4
0.88 0.12 0.19 0.18 0.34
5
0.51 0.20 0.22 0.13 0.21
6
0.26 0.15 0.09 0.42 0.29
7
0.33 0.14 0.13 0.26 0.41
8
0.18 0.21 0.99 0.63 0.17
9
0.24 0.18 0.16 0.57 0.27
10
0.41 0.13 0.17 0.35 0.15
11
0.25 0.28 0.26 0.33 0.62
12
0.19 0.19 0.24 1.26 0.30
13
0.42 0.07 0.35 0.7 0.39
14
0.22 0.14 0.11 0.42 0.18
CAMPO
15
0.28 0.19 0.15 0.63 0.29
MÉDIA 0.50 0.18 0.26 0.45 0.30
EPM 0.11 0.02 0.06 0.07 0.03
141
Tabela 48: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no septo
interventricular de camundongos controle normotensos de 4 semanas.
ANIMAL
11 12 13 14 17 18 19
1
0.43 0.07 0.12 0.05 0.12 0.15 0.14
2
0.19 0.06 0.11 0.11 0.14 0.23 0.31
3
0.18 0.11 0.24 0.07 0.08 0.10 0.13
4
0.13 0.12 0.26 0.12 0.16 0.07 0.08
5
0.17 0.15 0.24 0.13 0.16 0.13 0.25
6
0.11 0.13 0.25 0.19 0.12 0.13 0.14
7
0.08 0.16 0.16 0.08 0.18 0.12 0.14
8
0.04 0.19 0.29 0.10 0.11 0.20 0.10
9
0.07 0.08 0.24 0.16 0.05 0.13 0.15
10
0.10 0.08 0.06 0.17 0.06 0.09
11
0.14 0.11 0.30 0.12 0.06 0.13
12
0.19 0.19 0.14 0.10 0.08 0.16
13
0.09 0.23 0.14 0.24 0.04 0.17
14
0.25 0.19 0.18 0.17 0.19 0.20
CAMPO
15
0.19 0.12 0.17 0.13 0.14 0.20
MÉDIA 0.16 0.13 0.19 0.13 0.11 0.14 0.16
EPM 0.02 0.01 0.02 0.01 0.01 0.01 0.02
Tabela 49: Valores individuais da fibrose intersticial quantificada no septo
interventricular de camundongos hipertensos 1R1C de 4 semanas.
ANIMAL
13 14 15 16 18
1
0.08 0.70 0.34 0.24 0.1
2
0.13 0.20 0.35 0.06 0.07
3
0.19 1.18 0.07 0.10 0.07
4
0.09 0.26 0.18 0.07 0.1
5
0.14 0.11 0.21 0.07 0.1
6
0.14 0.11 0.16 0.10 0.16
7
0.10 0.11 0.18 0.34 0.08
8
0.14 0.13 0.13 0.24 0.11
9
0.13 0.08 0.27 0.21 0.07
10
0.04 0.14 0.16 0.13 0.11
11
0.16 0.10 0.20 0.06 0.28
12
0.13 0.75 0.15 0.20 1.44
13
0.06 0.08 0.26 0.07 0.49
14
0.10 0.20 0.13 0.04 0.31
CAMPO
15
0.14 0.19 0.28 0.05 0.3
MÉDIA 0.12 0.29 0.20 0.13 0.25
EPM 0.01 0.08 0.02 0.02 0.09
142
Tabela 50: Valores individuais das medidas da atividade da renina plasmática em
camundongos normotensos (CN) e hipertensos 1R1C de 1 e 4 semanas.
1 Semana
4 Semanas
Animais CN 1R1C
CN 1R1C
1
0,11 0,44 0,51 0,21
2
0,11 0,28 0,23 0,27
3
0,41 0,26 0,32 0,21
4
0,38 0,59 0,24 0,32
5
0,11 0,26 0,19 0,24
6
0,36 0,91 0,19 0,02
7
0,97 0,58 0,29
8
0,54 0,36
9
0,15
10
0,25
11
0,17
12
0,46
Media 0,25 0,53
0,30 0,22
EPM 0,06 0,09
0,04 0,04
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