6 Discussão
médios de 83,4±75,39µV para o lado direito e de 50±29,4 µV para o lado esquerdo, contudo
valores menores e maiores foram relatados na literatura: 39µV (Haraldson et al), 160µV para
overdenture e 190µV para protocolo (Jacobs et al 1995), 112µV para overdenture (Ferrario et
al 2004) e ±246 µV para indivíduos dentados (Van der Bilt 2008). Valores menores para a
amplitude da CVIM para a prótese protocolo também foram relatados por Félix (2005a) que
justificou esta diminuição devido à faixa etária de sua amostra (mediana de 64 anos). Isto
pode ser explicado parcialmente, pelo fato de que a precisão do exame se dá pela condução do
operador, direcionando o paciente a realizar o apertamento com força, visto que há receio de
fraturar a prótese ao desenvolver força intensa e pela amostra, que no caso deste estudo, foi
realizado em pacientes com arco antagonista reabilitados por prótese total.
Para as medidas da amplitude durante a MH (p<0,031) e MUE (p<0,001) ocorreu uma
diferença estatisticamente significante apenas para o fator instante (T2-T1). A duração da
medida da amplitude durante a MH aumentou em 9µV e durante a MUE aumentou em 19µV
após um ano, para os dois tipos de próteses. Para a medida da amplitude durante a MUD
(p<0,006) ocorreu um aumento estatisticamente significante para prótese overdenture em
média de 19µV com intervalo de confiança de 8 a 30µV após um ano (Tabelas 13, 14 e 15 e
Figuras 16 e 17). Não foram encontrados dados na literatura que pudessem ser comparados,
mas podemos explicar este aumento como uma melhora do desempenho muscular após um
ano de uso das próteses.
Os resultados das ANOVAS e post hoc neste estudo, para a duração do ato
mastigatório durante a MH, MUD e MUE relataram um aumento estatisticamente significante
apenas para o fator instante (T2-T1) com p<0,001, p<0,033, p<0,001, respectivamente
(Tabelas 19 e 20 e Figura 18). Isto significa que houve um aumento médio de 0,13s, 0,06s e
0,12s para a duração do ato mastigatório durante a MH, MUD e MUE após um ano, para os
dois tipos de próteses. O aumento detectado na duração do ato mastigatório pode ser
explicado como conseqüência da melhora funcional do sistema estomatognático frente à
reabilitação oral promovida pelas próteses implantossuportadas. Os valores médios da
duração do ato mastigatório para a prótese protocolo estão de acordo com os dados relatados
por Lopes (2006) que reportou valores médios para a duração do ato mastigatório durante a
MH de 0,52s, durante a MUD de 0,59s e de 0,56s durante a MUE (Tabelas 16, 17 e 18). Os
valores encontrados neste estudo superaram a maioria dos valores encontrados para
indivíduos com fissura labiopalatina com dentição normal variando entre 0,30s (Barco 2002)