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sintomas de deficiência mineral, clorose, redução e deformação do sistema radicular,
decréscimo da eficiência das raízes em absorver e translocar água e nutrientes e menor
crescimento da parte aérea, culminando com menor produção, comprometendo ou até
mesmo inviabilizando o cultivo em áreas com infestações mais severas (TIHOHOD,
2000). M. incognita geralmente é um sério problema em áreas cultivadas anteriormente
com algodão ou café.
Heterodera glycines é um dos principais agentes que limitam a produção de soja
no mundo (WRATHER, 1992). Até 1992, não havia sido detectado no Brasil a espécie
H. glycines parasitando culturas de soja. Até então, nenhuma variedade comercial
possuía resistência ao NCS. A partir desta data, o NCS dispersou rapidamente para os
principais estados produtores de soja, devido a facilidade de agregação ás sementes,
aos implementos agrícolas, por pássaros, pelos ventos, pelo homem e outros meios
(SILVA et al, 2006).
No Brasil já foram identificadas cerca de 50 doenças em soja causadas por
diversos patógenos como bactérias, fungos, vírus e nematóides (GAZZONI &
YORINORI, 1995). Estas doenças podem ser consideradas como um dos diversos
fatores limitantes à obtenção de incrementos na produtividade média nacional, que
poderia ser superior a 3.200 kg/ha caso fossem manejadas corretamente (ALMEIDA,
2001). Dentre os fungos de solo patogênicos à cultura, podem ser citados Fusarium
solani f. sp. glycines, causador da podridão vermelha das raízes, doença que já é
motivo de grande preocupação e perdas nas regiões onde já foram constatadas
(FRONZA, 2003) e Rhizoctonia solani, fungo, pertencente ao grupo de anastomose 1 IA
(AG-1 IA) que também é um dos patógenos mais importantes afetando a cultura da soja
no Brasil, causando queima da folha e/ou mela em soja (BASSETO et al., 2006).
No manejo integrado de doenças e nematóides devemos utilizar várias
estratégias combinadas, como medidas de exclusão, utilização de plantas antagonistas,
controle químico, adubação verde, cultivares resistentes, rotação de culturas, pousio e
controle biológico (BARKER & KOENNING, 1998). No caso do nematóide do cisto e
galhas da soja onde não ocorre controle químico eficiente, o controle biológico assume
muita importância (ARAÚJO et al., 2002).