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Atualmente, o setor de Tecnologia da Informação é um dos que mais se
desenvolve no Brasil, a exemplo do que vem ocorrendo em muitos mercados
internacionais. Em relação aos programas de computador, o Brasil era, em 2002, o
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o
mercado do mundo, crescendo, desde 1995, a uma taxa média anual de 11% (a
maior do setor de Tecnologia da Informação (TI), três vezes maior do que a de
hardware e cerca de cinco vezes maior do que a taxa de crescimento do PIB). Entre
1991 e 2001, a participação do segmento de software como percentual do PIB mais
do que triplicou, passando de 0,27% para 0,71% (FENAINFO, 2003).
Apesar do crescimento do setor, alguns fatos devem ser levados em
consideração: de acordo com artigo do IDG Now de março de 2005 (SOFTEX,
2005), o Brasil caiu da 39ª para 46ª posição (em relação a 2003) no ranking que
indica o impacto das tecnologias da informação no desenvolvimento dos países,
divulgado pelo Fórum Econômico Mundial. Já a indústria de software, apesar de ter
apresentado, segundo artigo da mesma fonte publicado em novembro de 2004,
projeção de crescimento de 7,1% para 2004 (acima dos 6,9 projetados para o
crescimento global), contrasta com o crescimento de países considerados
“emergentes”. A Índia, por exemplo, movimentou no mercado doméstico,
aproximadamente, US$ 2 bilhões em 2001 e as vendas no exterior alcançaram US$
6,2 bilhões no mesmo ano. A título de comparação, vale destacar que o Brasil tinha
em 2003 um mercado total estimado em US$ 7,7 bilhões, sendo o valor exportado
estimado em US$100 milhões (ROSELINO & JUNIOR, 2003).
Por fim, o tamanho e a sofisticação do mercado brasileiro, bem como a
criatividade e competência dos técnicos locais, podem ser considerados pontos
positivos para o desenvolvimento do setor de software no país. Contudo, a carência
de uma estratégia industrial específica, a falta de reconhecimento do software