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Por exemplo, são os eixos de... Nós trabalhamos com eixos na pré-escola. Então, são
seis eixos: autonomia, identidade, eh... sociedade, natureza... Daí, tem a matemática, o
português, música, movimento, eh... entre outras, né! Então, o que que eu sempre
trabalho? O movimento com a criança. O corpo! A criança é o ponto de partida dela
mesma. Então, eu trabalho o corpo, o nome, quantas vezes tem o nome. Daí, eu
trabalho ooo, como se diz, ooo... o corpo da criança, as partes dos membros da criança.
Eu vou partindo e assim a gente vai desenvolvendo. Eu comecei agora, essa semana,
aliás, inclusive, né, eu dei umm, eu dei ummm, assiimm, um pouquinho, só início da
Páscoa, mas essa semana eu comecei assim. A criançada gosta muito de brincar, né!
Eu dei uma folha de jornal pra cada criança e trabalhei a higiene corporal e trabalhei
também, o esquema corporal. Essa folha serviu de... eh... primeiramente, de tapete.
Primeiro eles pegaram pra sentir a textura do jornal. Tapete! Aí, leque, porque estava
calor, comecei a desenvolver assim, né! Fomos tomar banho. Daí, eles amassaram
virou um sabonete. Virou uma toalha. Daí, virou um prato. Daí, virou um pano de
prato pra enxugar o prato. Daí, virou o travesseiro, a coberta. Daí, teve tudo! Daí, nós
fizemos uma... dividimos o tempo, assim, da criança, né! Eles tomaram banho. Em
todos os aspectos, em todas as idéias, entraram os assuntos de higiene, eh... a divisão
do tempo em casa, né, das atividades que são feitas, então, enfim... Depois, foi o
primeiro momento. Aí, essas bolas, esses jornais viraram bolas. As crianças
amassaram. Eu coloquei em cores, com verde claro, verde escuro, rosa claro, rosa
escuro eee um laranja lá! Eu cobri com papel crepom. Daí, eu trabalhei a relação
número e quantidade primeiro... Não estou ainda no número e na quantidade. Primeiro
eu trabalhei o movimento, né! Trabalhei ao vivo e manual com eles, pra tirar no alvo,
no outro dia, no outro momento. Eles pegaram a bola, cada um jogava pra acertar, e ali
nós fazíamos as contagens. Daí, no balde. Aí, nós contávamos. “Quantas bolas caíram
no balde? Quantas que ficaram fora do balde? Qual a equipe que jogou mais no
balde?” Depois, nós trabalhamos também eh... quais cores ficaram em maior número
no balde... menor número... Então, trabalhar menos e mais também! Daí, nós
trabalhamos classificação, né, de cores. E daí, também fizemos a seriação. Só ali foi
eh... segundo momento. Terceiro momento eu vou trabalhar, daí, vou fazer a relação
quantidade com eles. Vou trabalhar com dados. Esse dado vai ter cada parte uma bola,
né! Dados. Que ali a criança vai... E eu vou desenvolver assim, um número constante.
E: Você coloca que fazem adaptações, aqui, no currículo, né!
G: É! Exato.
E: É isso uma adaptação, isso que você está falando ou não? Ou adaptação só se dá
com projetos?
G: Faz muito tempo que eu respondi essas perguntas. Eu posso dar uma olhadinha?
E: Pode!
G: (Lê o que respondeu no questionário) Ah! Onde que está isso?
E: É que eu notei na sua fala que você fala de adaptação, né! Você acabou de falar que
tem que adaptar à realidade do aluno.
G: Exato! Ah, tá! Dentro da realidade. Isso seria uma adaptação.
E: Isso seria uma adaptação?
G: Seria, seria, seria adaptação. Exato!
E: Por que isso caracteriza uma adaptação?