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Tabela 3. Participação de Investimentos na capacidade - de 1952 a 1962
PÚBLICO PRIVADO AUTOPRODUTOR TOTAL
ANOS
Potência
Part (%) Potência
Part (%)
Potência Part (%)
Potência
1952 135,6 6,8 1.635,5 82,4 213,7 10,8 1.984,8
1953 171,1 8,1 1.631,3 77,5 302,5 14,4 2.104,9
1954 303,2 10,8 2.159,6 77,0 342,7 12,2 2.805,5
1955 538,5 17,1 2.248,4 71,4 361,6 11,5 3.148,5
1956 657,1 18,5 2.551,9 71,9 341,0 9,6 3.550,0
1957 681,0 18,1 2.696,2 71,6 390,2 10,4 3.767,4
1958 824,5 20,6 2.742,8 68,7 425,8 10,7 3.993,1
1959 968,5 23,5 2.724,0 66,2 422,7 10,3 4.115,2
1960 1.098,9 22,9 3.182,2 66,3 519,0 10,8 4.800,1
1961 1.341,5 25,8 3.242,1 62,3 621,6 11,9 5.205,2
1962 1.791,9 31,3 3.161,4 55,2 775,5 13,5 5.728,8
Fonte: Gonçalves Jr, 2002.
No início dos anos 60 o governo brasileiro passou a ter dificuldade para a
promoção do desenvolvimento econômico, culminando com a perda do controle do
processo inflacionário e sofrendo pressão das classes trabalhadoras mais
politizadas, lutando pela recomposição do seu poder aquisitivo (GONÇALVES JR.,
2002).
Uma crise se estabeleceu, com o insucesso nas tentativas de controle da
inflação, com aumento dos preços dos produtos, frustrando a classe trabalhadora, os
comerciantes e os setores agrícolas, que reagiram buscando a garantia da correção
dos salários e preços dos seus produtos, respectivamente. Os constantes aumentos
dos custos de produção com a redução do lucro tornaram os investimentos externos
menos atraentes, aumentando mais ainda a crise. (GONÇALVES JR., 2002).
Durante o período dos chamados governos militares, a
intervenção estatal permitiu a tomada de iniciativas fortes, que
proporcionaram, particularmente, a continuidade da política
implantada nos anos 30, com a liquidação do monopólio
estrangeiro que se implantara no Setor Elétrico Brasileiro. Os
militares, nacionalistas e desenvolvimentistas por natureza,