Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA
ADAPTAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
HUMANO PARA CÃES
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Daniel Curvello de Mendonça Müller
Santa Maria, RS, Brasil
2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
2
ADAPTAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL
HUMANO PARA CÃES
por
Daniel Curvello de Mendonça Müller
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-
Graduação em Medicina Veterinária, Área de Concentração em
Cirurgia de Pequenos Animais, da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Cirurgia Veterinária
Orientador: João Eduardo Wallau Schossler
Santa Maria, RS, Brasil
2007
ads:
3
Universidade Federal de Santa Maria
Centro de Ciências Rurais
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária
Departamento de Clínica de Pequenos Animais
A Comissão Examinadora, abaixo assinada,
aprova a Dissertação de Mestrado
ADAPTAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL HUMANO
PARA CÃES
elaborada por
Daniel Curvello de Mendonça Müller
Como requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Cirurgia Veterinária
Comissão Examinadora
________________________
João Eduardo Wallau Schossler, Dr., UFSM
(Presidente/Orientador)
________________________
Claudete Schmidt, Dr., UFSM
________________________
Darkson Spreckelsen da Cunha, Dr., UFSM
Santa Maria, 25 de janeiro de 2007
4
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, que possibilitaram a realização de mais esta conquista na minha
vida. Sempre presentes, mesmo tão distantes, continuaram sendo exemplos de
vida a serem seguidos.
Ao meu orientador, presença marcante na minha vida acadêmica, pela
competência profissional, amizade e exemplo de um verdadeiro mestre.
Aos meus amigos, que direta ou indiretamente contribuíram para o sucesso deste
trabalho.
5
RESUMO
Dissertação de Mestrado
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária
Universidade Federal de Santa Maria
ADAPTAÇÃO DO INDICE DE MASSA CORPORAL HUMANO PARA
CÃES
AUTOR: DANIEL CURVELLO DE MENDONÇA MÜLLER
ORIENTADOR: JOÃO EDUARDO WALLAU SCHOSSLER
Santa Maria, 22 de dezembro de 2006
O índice de massa corporal (IMC) é largamente utilizado por médicos para
quantificar a massa corporal de pessoas adultas. Índice elevado de gordura está
relacionado com problemas cardiovasculares, infertilidade, diabetes, artrite,
dificuldade em se locomover ou respirar e prejuízos na cicatrização de feridas.
Apesar de todo o estudo que se tem a respeito desses problemas, não um
método preciso e objetivo para se quantificar o excesso de peso em cães. A
proposta deste trabalho foi determinar um índice de massa corporal canino
(IMCC), a partir do IMC existente para humanos. Foram medidos e pesados 246
animais, sem raça definida e com diferentes condições corporais. Para dar
validade ao índice de massa corporal obtido, os animais também foram avaliados
por dois veterinários segundo os padrões subjetivos, existentes. Verificou-se
que valores do IMCC entre 11,8 e 15 kg/m² refletem o peso ideal para cães de
porte médio, cujo tipo físico possui média de peso entre 10 e 25 kg.
Palavras-chave: cães; IMC; obesidade.
6
ABSTRACT
Master´s Dissertation
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária
Universidade Federal de Santa Maria
ADAPTATION OF HUMAN BODY MASS INDEX FOR DOGS
AUTHOR: DANIEL CURVELLO DE MENDONÇA MÜLLER
ADVISER: JOÃO EDUARDO WALLAU SCHOSSLER
Santa Maria, December, 22
th
, 2006
The index of corporal mass (ICM) is broadlly used to measure the corporal mass
of adults. A high fat index is related to heart and circulation problems, infertility,
diabetes, arthritis, difficulty to move around or breathe and problems with
cicatrization. Even though there are several studies about these problems, there is
no specific method to evaluate weight excess in dogs objectively and precisely.
The purpose of this research was to determine an index of corporal mass for dogs
based on the existing IMC for human beings. Two hundred and forty six animals
of no specific breed and different body conditions were analysed. They were not
only measured and weighed, but also evaluated by two distinct veterinarians
based on real subjective patterns, which can determine the corporal score. These
procedures enabled the acknowledgement of the attained index. The conclusion
was that IMCC between 11,8 and 15 kg/m² represent the ideal pattern for dogs of
average size that weigh between 10 and 25 kilos.
Key words: dogs, IMC, obesity.
7
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Obtenção da estatura do cão para o cálculo do IMCC. (A linha preta
representa o trajeto da trena sobre a coluna até o limite plantar do membro
posterior). .................................................................................................18
8
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – Valores médios, indicativos de massa relacionada à condição
corporal, em pessoas adultas, utilizado pela organização mundial de saúde......14
QUADRO 2 Graduação de condição corporal para caninos, proposta por
Laflamme (1997)..................................................................................................16
QUADRO 3 Exemplificação do cruzamento de dados obtidos em cães adultos
de diferentes raças e sexos..................................................................................19
QUADRO 4 Demonstração do agrupamento das avaliações dos cães, dentro
das quatro condição propostas pelo IMC de humanos. .......................................20
QUADRO 5 – Índice de massa corporal de cães de médio porte (11 a 25 kg). ...21
QUADRO 6 – Análise do perfil da população estudada.......................................22
9
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A Página do programa THE SAS SYSTEM, demonstrando a análise
estatística da correlação entre a condição corporal e o IMCC e seu grau de
significância..........................................................................................................32
10
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................5
ABSTRACT............................................................................................................6
LISTA DE FIGURAS..............................................................................................7
LISTA DE QUADROS............................................................................................8
LISTA DE ANEXOS...............................................................................................9
SUMÁRIO ............................................................................................................10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................14
3. MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................18
4. RESULTADOS.................................................................................................20
6. CONCLUSÃO..................................................................................................27
REFERÊNCIAS....................................................................................................28
11
1. INTRODUÇÃO
O diagnóstico de doenças em veterinária, assim como o tratamento e os
procedimentos cirúrgicos são extremamente dependentes de dados técnicos que
sirvam de parâmetros para comparação e análise.
No caso de cães, os dados comparativos são muito ligados à raça, e pela
grande diversidade e mistura, são universalizados para facilitar o uso. Em muitas
áreas não existem estudos detalhados, razão pela qual são utilizados parâmetros
empregados na medicina para humanos.
O índice de massa corporal (IMC) é um índice simples e fácil de usar que
indica o número de quilos de peso por metro quadrado de superfície corporal que
cada pessoa tem. É muito usado por médicos e pesquisadores humanos para
avaliar a “normalidade” do peso corporal de uma pessoa e é obtido da divisão da
massa corporal (peso) pelo quadrado da estatura (ANJOS, 1992; MCARDLE,
2003). A importância deste índice está na sua relação curvilínea com a
mortalidade, ou seja, à medida que o IMC aumenta devido ao peso excessivo, o
mesmo ocorre com o aumento do risco para complicações cardiovasculares,
cânceres, diabetes, cálculos vesiculares, osteoartrite e doença renal (MONTEIRO
et al., 2000; MCARDLE, 2003).
Além de detectar o excesso de peso, o IMC alerta para os riscos de
doenças ocasionadas pela desnutrição. A anorexia é uma delas e quando não
diagnosticada a tempo, pode levar à morte do indivíduo. Recentemente foi
publicado na revista VEJA o caso da modelo Ana Carolina Reston, que faleceu
vítima de insuficiência de múltiplos órgãos, septicemia e infecção urinária. A
modelo sofria de anorexia e antes de morrer, pesava apenas 40 kg, medindo
1,72m de altura. Após o acontecido, os organizadores da semana de moda de
Madri, proibiram o desfile de modelos com IMC abaixo de 18 o parâmetro
mínimo tido como saudável (NEIVA, 2006).
O acúmulo excessivo de gordura corpórea é a condição que caracteriza a
obesidade, acometendo não somente os seres humanos como também os
animais de companhia, principalmente os cães. A obesidade provoca em seus
portadores variadas disfunções fisiológicas e, diante disto, é evidente o prejuízo à
qualidade de vida do animal (BURKHOLDER et al., 2000). Assim como a
12
obesidade, a desnutrição (atendimento energético inferior às necessidades) pode
provocar alterações relevantes na fisiologia do paciente (MONDINI &
MONTEIRO, 1998).
A alimentação excessiva, rica em gorduras e carboidratos, tais como bolo,
doces e variados tipos de restos da alimentação humana mostram-se como o
principal fator de manifestação excessiva de peso em pequenos animais.
O hábito alimentar do cão, influenciado pelo relacionamento do homem
com o animal, passou por alterações nas últimas décadas. Uma variedade de
tipos e marcas de ração foram lançadas no mercado e passaram a ser
amplamente recomendadas pelos veterinários, visando a saúde do cão, mas a
obesidade continua a ser uma manifestação real entre animais de companhia.
É comumente presenciada a alimentação de cães com petiscos e
guloseimas pelos respectivos proprietários. Nesta ação está implícita a idéia de
recompensa ao seu animal. Ainda que esta alimentação seja prejudicial, é difícil
convencer o dono sobre os malefícios que ela provoca, pois em inúmeras vezes,
lhe dará a sensação de quebra de confiança com cão. Em geral, os cães
assediam os humanos para receber alimentos e exercem forte influência afetiva
para serem atendidos.
A domesticação de cães e gatos é datada de 15 a 20 mil anos, quando o
homem passou a conviver com animais visando o auxílio laboral, na defesa,
fornecimento de alimentos ou a simples companhia (TARDIN & POLLI, 2001).
Em situação de co-habitação o alimento recebido pelo animal doméstico
difere do obtido na vida selvagem, constituindo-se então de dieta similar à do
homem, composta muitas vezes de sobras da alimentação humana. Desta forma,
quantidades crescentes de carboidratos foram adicionadas à dieta do animal de
companhia. Entretanto, não são essenciais aos caninos e muito menos ao felinos.
Em conseqüência disto, os animais passaram a manifestar alterações
semelhantes às de seus proprietários, sendo a obesidade uma das afecções
observadas com freqüência.
Numa pesquisa norte americana, comparando doenças de cães com as
doenças de humanos, verificou-se a semelhança nos índices de obesidade e de
doenças cardíacas. Enquanto as doenças cardíacas acometiam 31,6% das
pessoas avaliadas e 30% dos caninos, a obesidade foi observada em 35% de
pessoas e 34% de cães (TARDIN & POLLI, 2001).
13
O sobrepeso ou a desnutrição em cães, geralmente, não são difíceis de
serem reconhecidos, mas o diagnóstico correto requer a identificação dos níveis
de risco, e isto necessita de algumas formas de quantificação para maior exatidão
do diagnóstico. Sobretudo, busca-se uma maneira de determinar de fato, quantos
quilos o animal necessita perder ou ganhar.
Segundo Nelson & Couto (2001), as costelas devem ser facilmente
palpáveis, e quando visto de cima o animal deve apresentar forma de ampulheta,
o que caracterizaria o porte ideal. Por sua vez, abdômen aumentado a partir da
última costela, gradil costal de difícil palpação e depósitos de gorduras evidentes
bilateralmente à inserção da cauda, bacia, região inguinal, são indicativos de
excesso de peso. Laflamme (1997) registrou um sistema para avaliação de
condição corporal em caninos, também baseado na inspeção e palpação do
paciente.
Laflamme (1997) afirma que um animal está acima do peso quando é
impossível palpar as costelas e estas estão situadas sob cobertura muito densa
de gordura. Afirma, ainda, que não está no peso ideal quando pesado
depósito de gordura sobre a área lombar e sobre a base da cauda, quando a
cintura inexiste e quando não reentrância abdominal, podendo existir
distensão abdominal evidente.
Apesar dos estudos existentes a respeito de problemas ocasionados pelo
excesso de peso no homem, um evidente descaso com os animais de
companhia. uma total ausência de métodos precisos e objetivos para
determinar qual é o peso ideal e se o animal está acima ou abaixo deste peso.
O propósito maior de saber identificar o grau da obesidade do cão é evitar
o comprometimento da função fisiológica normal e os problemas metabólicos,
cirúrgicos e/ou mecânicos acarretados pelo excesso de peso (CARAM, 1999).
Neste trabalho propõe-se a adaptação para cães, do índice de massa
corporal utilizado em humanos, buscando-se obter um critério simples e objetivo
de quantificação de massa corporal para esta espécie. Foi utilizada a
nomenclatura estatura para referir-se ao comprimento da coluna e dos membros
posteriores. Por fim, realizou-se uma correlação com o peso e assim foram
obtidas informações numéricas de cada faixa de condição corporal do cão.
14
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O índice de massa corporal (IMC) é um método simples, estabelecido em
humanos e reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, no qual uma
pessoa adulta pode obter uma indicação, com bom grau de acuidade, se está
abaixo do peso, no peso ideal, acima do peso ou obeso. A fórmula para calculá-lo
é dividir o peso pelo quadrado da altura (IMC=peso/altura
2
) e a sua interpretação
está demonstrada no quadro 1. Cabe salientar que este índice é apenas um
indicador e não determina de forma inequívoca a obesidade de uma pessoa, pois
desconsidera diferenças raciais e étnicas. Mais recentemente, tem sido notado
que a mensuração da distribuição de gordura é mais preditiva de saúde,
conforme Lean et al. (1998) e Rankinen et al. (1999).
A combinação de índice de massa corporal e mensuração da distribuição
de gordura é, provavelmente, a melhor opção para preencher a necessidade de
uma avaliação clínica em humanos (MOLARIUS et al., 1999). Contudo, o IMC
tem sido o indicador mais utilizado para a triagem de adiposidade em
adolescentes (MONTEIRO et al., 2000).
QUADRO 1 – Valores médios, indicativos de massa relacionada à condição corporal, em
pessoas adultas, utilizado pela Organização Mundial de Saúde.
Condição IMC
abaixo do peso
peso normal
acima do peso
Obeso
abaixo de 18,5
entre 18,5 e 25
entre 25 e 30
acima de 30
Fonte: Stella (2002); Montilla (2003).
Deve ser notado, a princípio, que não há avaliação perfeita para sobrepeso
e obesidade. que se distinguir o diagnóstico da desnutrição e da obesidade.
No caso da desnutrição, o emprego da relação peso/altura, expressa por meio do
IMC, encontra sustentação no fato de que ambos os compartimentos da massa
corporal o tecido adiposo e a massa magra são afetados pela desnutrição.
15
Ademais, a relação entre baixos valores de IMC e maior ocorrência de morbi-
mortalidade e de alterações da função reprodutiva tem sido demonstrada em
estudos empíricos (GARCIA & KENNEDY, 1994; MONDINI & MONTEIRO, 1998).
O fato de que valores elevados de IMC, em tese, não façam distinção
entre acúmulo de tecido adiposo (obesidade) e aumentos na massa magra, torna
menos seguro o emprego desse índice no diagnóstico da obesidade. Ainda
assim, recomenda-se o seu uso diante das dificuldades operacionais
relacionadas ao emprego de medidas diretas da composição corporal (MONDINI
& MONTEIRO, 1998)
Na medicina humana, existem, na atualidade, diversas formas de avaliar a
massa gordurosa corporal e sua distribuição. Dentre elas, estão a bioimpedância
(ECKERSON et al., 1996), a medição da espessura das pregas cutâneas, pois
segundo Peterson et al. (2003), existe uma relação entre a gordura localizada nos
depósitos da pele e a gordura interna ou a densidade corporal. Há ainda a
utilização da ultra-sonografia, que para Liu et al. (2003) é um bom método de
quantificação do tecido adiposo intra-abdominal, bem como a sua espessura. A
tomografia computadorizada (RANKINEN et al., 1999) e a ressonância magnética
(ROSS et al., 1993) são métodos de imagem precisos e confiáveis para
quantificar o tecido adiposo intra-abdominal, porém o custo elevado não permite o
uso na rotina humana e é inviável como diagnóstico de obesidade em cães.
Em animais, a literatura registra um único sistema para avaliação de
condição corporal de caninos, elaborado por Laflamme (1997), baseado na
inspeção e palpação do paciente, conforme apresentado no quadro 2.
Saliola (2001) sugere pegar a pele entre os dedos, na região das costelas.
Agarrando uma prega muito grossa, o animal está acima do peso. Segundo este
autor, o aumento da massa de gordura ao redor do pescoço do cão também é um
parâmetro usado para diagnosticar o acúmulo de adiposidade.
Mentzel et al. (2006) sugerem a utilização de uma fita métrica na aferição
do perímetro torácico de forma a conscientizar o proprietário do animal, que o cão
aumentou ou perdeu peso. Contudo, essa informação apenas serve de
acompanhamento para um mesmo indivíduo e não quantifica o excesso ou a falta
de massa corporal deste paciente.
16
QUADRO 2 – Graduação de condição corporal para caninos, proposta por LAFLAMME (1997).
Condição Grau Características
Subalimentado 1 - costelas, vértebras lombares, ossos pélvicos e saliências
ósseas visíveis à distância
- não há gordura corporal
- perda evidente de massa muscular
2 - Costelas, vértebras e ossos pélvicos facilmente visíveis
- Não há gordura palpável
- Algumas saliências podem estar visíveis
- Perda mínima de massa muscular
3 - Costelas facilmente palpáveis podem estar visíveis sem
gordura palpável
- Visível o topo das vértebras lombares
- Ossos pélvicos começam a ficar visíveis
- Cintura e reentrâncias abdominais evidentes
Ideal 4 - Costelas facilmente palpáveis com mínima cobertura de
gordura
- Vista de cima, a cintura é facilmente observada
- Reentrância abdominal evidente
5 - Costelas palpáveis sem excessiva cobertura de gordura
- Abdômen retraído quando visto de lado
Sobrealimentado
6 - Costelas palpáveis com leve excesso de cobertura
- Cintura é visível quando vista de cima, mas não é acentuada
- Reentrância abdominal aparente
7 - Costelas palpáveis com dificuldade
- Pesada cobertura de gordura
- Depósito de gordura evidente sobre a área lombar e base da
cauda
- Ausência de cintura ou apenas visível
- Reentrância abdominal pode estar presente
8 - Impossível palpar as costelas situadas sob cobertura muito
densa ou palpável somente com pressão acentuada
- Pesado depósito de gordura sobre área lombar e base da
cauda
- Cintura inexistente
- Não há reentrância abdominal, podendo existir distensão
abdominal evidente
9 - Maciços depósitos de gordura sobre o tórax, espinha e base
da cauda
- Depósitos de gordura no pescoço e membros
- Distensão abdominal evidente
17
Segundo Mentzel et al. (2006) um animal obeso tem risco cinco vezes
maior de transtornos articulares. Além disso, a obesidade pode ser considerada
como um fator de risco significativo para as seguintes doenças: diabetes mellitus,
doenças pulmonares, doenças hepáticas, hiperlipidose, artrose e complicações
na cicatrização de feridas.
Na Europa e Estado Unidos, foram realizados estudos epidemiológicos,
que revelaram índices de prevalência de obesidade oscilando entre 24 e 30% nas
populações de cães avaliadas. Tais estudos apontaram maior predisposição à
obesidade em alguns subgrupos, como aqueles constituídos por animais
gonadectomizados, adultos e pertencentes a raças como Labrador, Cocker
Spaniel, Daschshund e Beagles (MASON, 1970, EDNEY & SMITH, 1986,
ARMSTRONG & LUND, 1996).
Jericó & Scheffer (2002) realizaram um estudo epidemiológico na cidade
de São Paulo, analisando 107 cães, observaram que a maioria dos obesos eram
fêmeas, sem raça definida, adultas, que consumiam petiscos freqüentemente e
tinham atividade física discreta, embora regular.
Em relação ao exercício físico, evidências científicas consistentes de
que sua prática regular traz amplos benefícios para a saúde física. A atividade
física influencia positivamente a composição corporal, pois promove o aumento
do gasto energético total, equilíbrio na oxidação dos macronutrientes e
preservação da massa magra. Os efeitos no metabolismo energético vão
depender do tipo, da intensidade, da duração e da freqüência do exercício
desempenhado (MONTEIRO et al., 2004).
18
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Foram utilizados 246 cães domésticos, machos ou fêmeas, adultos, de
diversas raças ou mesmo os mestiços. Inicialmente, apenas os recebidos para
consulta no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal de Santa
(UFSM) RS. Posteriormente, também foram coletados dados durante a
campanha de vacinação anti-rábica realizada nas cidades de São Sepé/RS e São
Pedro do Sul/RS, ao longo do ano de 2006.
Todos os animais tiveram registrado na respectiva ficha clínica, o peso, o
comprimento da coluna adicionado ao comprimento dos membros posteriores e a
raça (ou tipo físico daqueles sem raça definida - SRD). Juntamente a esta ficha,
adicionou-se um campo, referente à condição corporal do cão, proposta por
Laflamme (1997), a qual avalia o animal com escores de 1 à 9.
Para a mensuração da estatura do cão (referente à altura utilizada na
fórmula do IMC humano), utilizou-se uma trena flexível. Considerou-se como
pontos de referência a extensão entre a base da nuca (articulação atlânto-
occipital) e o solo imediatamente atrás dos membros posteriores, passando e
apoiando a trena sobre a base da cauda (última vértebra sacral), ficando a trena
exatamente medial às tuberosidades ilíacas sobre o dorso do animal, conforme
figura 1.
Figura 1 – Obtenção da estatura do cão para o cálculo
do IMCC. (A linha preta representa o trajeto
da trena sobre a coluna até o limite plantar
do membro posterior).
19
Para a aferição do peso, foi utilizada uma balança digital com capacidade
de pesar até 200 quilos. Todos os animais deste experimento foram pesados na
mesma balança e medidos com a mesma fita métrica, por dois integrantes do
projeto. Depois de obtidos os dados, fez-se uma equação aritmética a partir do
índice de massa corporal humano:
Índice de Massa Corporal Canino (IMCC) = peso corporal (Kg)
(estatura em m)
²
O resultado obtido em cada animal foi registrado, juntamente com a
condição corporal proposta por Laflamme (1997), avaliada por dois profissionais
da área que utilizaram sempre os mesmos critérios apresentados anteriormente
no quadro 2. Cabe ressaltar, que a avaliação clínica foi realizada por dois
avaliadores para que fosse diluída qualquer tendência na obtenção dos dados
subjetivos, ainda esclarecendo que estes desconheciam qualquer dado sobre
peso, estatura ou qualquer outra proposta de avaliação. Desta forma, foi possível
realizar um cruzamento de dados, correlacionando o IMCC obtido e a avaliação
subjetiva, conforme exemplificado no quadro 3.
QUADRO 3 – Exemplificação do cruzamento de dados obtidos em cães adultos de
diferentes raças e sexos.
Raça Avaliação da
condição física
(Laflamme)
Peso (kg) Coluna (m) IMCC
srd 2 6,7 0,85 9,273
srd 3 10,4 0,98 10,829
srd 3 7,3 0,86 9,870
srd 3 17 1,17 12,419
20
4. RESULTADOS
Considerando o cruzamento de dados entre a equação do IMCC e a
condição corporal do animal, avaliada clinicamente, chegou-se a um quadro dos
246 animais. No IMC de humanos existem apenas quatro grupos principais que
informam a condição física, sendo eles: abaixo do peso, peso ideal, acima do
peso e obeso. Dentro deste raciocínio, optou-se por também agrupar as
avaliações dos cães nas mesmas quatro condições, conforme demonstrado no
quadro 4.
QUADRO 4 Demonstração do agrupamento das avaliações dos cães, dentro das quatro
condição propostas pelo IMC de humanos.
Condição Avaliação
(Laflamme)
Média do
IMCC da
avaliação*
IMCC médio
da condição*
1 06,470 10,527
2 08,115
1- Abaixo do peso
3 11,693
4 11,867 13,4972- Peso ideal
5 14,304
6 15,951 16,3783- Acima do peso
7 17,594
8 19,695 20,1774- Obeso
9 25,000
* Resultados obtidos pelo programa THE SAS SYSTEM
Todos os cães foram classificados dentro de uma das nove avaliações
sugeridas no quadro 2. Aqueles pertencentes ao grupo 1, 2 ou 3, conforme
avaliação de Laflamme (1997), foram agrupados na condição 1, que refere-se
aos cães abaixo do peso ideal. Da mesma forma, cães avaliados como
pertencentes aos grupos 4 e 5, formaram a condição 2 (dentro do peso ideal); 6 e
7 compuseram a condição 3 (acima do peso ideal) e 8 e 9 a condição 4 (obesos).
21
Através do programa estatístico THE SAS SYSTEM, os dados foram
analisados e se chegou ao IMCC referente a cada uma das quatro condições
(quadro 5). Correlacionando a coluna “condição” com a coluna “IMCC”,
observou-se que o grau de correlação foi altamente significativo, conforme
observado no anexo 1.
QUADRO 5 – Índice de massa corporal de cães de médio porte (11 a 25 kg).
Condição IMCC Faixa de variação
10,527 abaixo de 11,71- Abaixo do peso
13,497 entre 11,8 e 152- Peso ideal
16,378 entre 15,1 e 18,63- Acima do peso
20,177 acima de 18,74- Obeso
O IMCC médio do peso ideal (13,497) será a base do cálculo para a
obtenção da massa corporal ideal ou o peso ideal para cada animal ou ainda, a
meta a ser atingida no tratamento, em função de sua altura medida.
A partir da estatura de um animal e do IMCC ideal, chega-se à massa
corporal ou ao peso ideal que esse animal deveria ter, e compara-se com o seu
peso atual para aconselhamento de seus proprietários.
Observando a população estudada (246 cães), foi possível avaliar a taxa
da condição corporal desta população, representando o que deverá ser
encontrado em uma população saudável (quadro 6).
22
QUADRO 6 – Análise do perfil da população estudada.
Perfil da população estudada
Condição % da população
Subalimentado 7,1 %
Normais 53,4 %
Acima do peso 33,6 %
Obesos 5,9 %
Esses dados podem diferir da realidade de clínicas ou hospitais
veterinários, uma vez que tais locais recebem, basicamente, animais doentes.
Desta forma, estudar apenas estes cães poderia resultar em um dado incorreto a
respeito da população geral.
23
5. DISCUSSÃO
O IMC é um índice simples e fácil de usar que indica o número de quilos
de peso por metro quadrado de superfície corporal que cada pessoa tem. A sua
importância como indicador de excesso de peso foi demonstrada em estudos
que avaliaram a relação entre mortalidade e obesidade. Nesses trabalhos foi
demonstrado um aumento da mortalidade total, em humanos, associado a um
IMC elevado, conforme Moreira et al. (1998).
O grande benefício do IMC na medicina veterinária é saber quantos quilos
de fato o animal deve perder ou ganhar. Diante disso, torna-se mais palpável
para o proprietário a meta da dieta. para o veterinário, o acompanhamento do
animal passa a ter um dado matemático e não sujeito a interpretações subjetivas.
Os dados do quadro 5 apresentam um resumo do trabalho estatístico para
os animais de porte médio e podem ser um guia prático para o veterinário. O
IMCC considerado ideal (13,497) passa a ser uma meta ou o dado base para
qualquer animal. Basta o veterinário medir o peso corporal e a estatura do animal
e utilizar a fórmula mencionada na página 19 para achar o ser peso ideal, como
se segue:
Peso corporal ideal (Kg) = IMCC ideal x (estatura medida em m)
2
O resultado obtido, quando comparado com o peso corporal medido na
balança pode ser um argumento concreto para a orientação ao proprietário. Foi
constatado que estará fora da margem de peso ideal aquele cão cuja massa
corporal é maior ou menor que 20% da ideal.
Contudo, o uso do IMC deixa de levar em conta a composição proporcional
do corpo ou a distribuição de gordura corporal. Mais especificamente, outros
fatores além do excesso de gordura corporal osso, massa muscular e até
mesmo o aumento de volume plasmático induzido pelo treinamento com
exercícios - afetam os números da equação para o IMC. Um IMC alto poderia dar
origem a uma interpretação incorreta de gordura excessiva em indivíduos
magros, porém com musculatura excessiva, em virtude da constituição genética
ou treinamento com exercícios. Um exemplo disso são os atletas fisiculturistas,
24
que possuem um IMC elevado, caracterizando obesidade, porém apresentam
porcentagens de gordura corporal abaixo dos níveis normais (MCARDLE, 2003).
Da mesma forma, em cães, observou-se grande dificuldade em agrupar
animais de raças tão distintas e com área corporal tão variada. Entretanto, os
resultados obtidos foram considerados extremamente válidos por serem dados
médios objetivos de uma população de cães, que é tão subjetivo o diagnóstico
de obesidade na clínica de pequenos animais, especificamente no cão.
De acordo com o porte, podemos observar nos cães, as diferenças na
necessidade energética, peso ao nascimento e o tamanho da ninhada,
velocidade e duração do crescimento, tamanho relativo do trato digestivo,
expectativa de vida, predisposição a algumas doenças (distocia, obesidade,
dilatação gástrica e volvo) e estilo de vida. Estas diferenças tornam possível
dividir os cães em raças pequenas (1-10kg), médias (10-25kg) e grandes (>
25kg) e explicar as variações das necessidades dietéticas entre as raças
(BIOURGE & PIBOT, 2005).
O quadro 5 apresenta dados de IMCC obtidos deste trabalho, e referem-se
exclusivamente àqueles cães cujas raças pertencem ao porte médio, ou seja,
tipos físicos cuja média de peso varia entre 10 e 25 Kg. Entretanto, pôde-se
observar nesse estudo, com boa margem de segurança, que o IMCC para as
raças de grande porte apresenta um acréscimo de 20% do IMCC daqueles de
médio porte. Percebeu-se, ainda, que para os tipos físicos miniaturas (até 10 kg),
ocorre uma diminuição em 10% no IMCC daqueles de médio porte.
Para exemplificar a situação citada acima, basta imaginar um cão da raça
boxer (grande porte), medindo 1,07m de estatura (coluna + altura dos
posteriores) e pesando 25 kg. Aplicando a fórmula IMCC=peso/estatura²,
obtemos um valor de IMCC=17,25. Deste valor, basta diminuir 20% e comparar à
tabela 5 para observar em qual condição o animal se encontra. Neste exemplo,
ao se diminuir 20% no IMCC, obtêm-se o valor de 13,80, o que significa que o
animal está no peso ideal.
Sendo o animal um cão de pequeno porte, bastaria aumentar 10% (ao
invés de diminuir 20%) para chegar aos valores do quadro 5.
Poderão eventualmente existir pacientes com IMCC relativamente fora dos
dados encontrados neste trabalho, porém caberá ao clínico, interpretar os
resultados considerando fatores do animal que possam diferir do padrão normal à
população. Como exemplo, cita-se raças como Pit Bull, a qual apresenta um grau
25
de musculatura avantajado quando comparado com outras raças. Isso pode
resultar em IMCC compatível com obesidade (situação idêntica àquelas pessoas
fisiculturistas, antes citadas). Da mesma forma, cães da raça Galgo Espanhol,
poderão apresentar IMCC baixo, mesmo estando dentro de um padrão aceitável
para a raça.
Fazendo um paralelo, o IMC de humanos foi desenvolvido para indivíduos
americanos, o que acarreta em diferenças consideráveis quando aplicado em
asiáticos.
O valor final do IMCC corresponde à unidade kg/m², ou seja, o quanto de
massa corporal existe em um metro quadrado daquele animal.
Inicialmente, adotou-se como substituto da altura, utilizada em humanos, o
comprimento da coluna do cão, que todos os animais dessa espécie possuem
o mesmo número de vértebras e elas representam o eixo central do quadrúpede.
Desta forma, coletou-se os dados de 50 animais e foram realizados os estudos
estatísticos. Os resultados demonstraram certo grau de correlação, porém
excluíram algumas raças que apresentaram desproporcionalidade entre tamanho
de coluna e peso, quando comparadas com a maioria das raças. Desta forma,
optou-se por buscar outras medidas que padronizassem o IMCC.
Considerando que a mensuração da altura em humanos inclui o ponto
mais elevado da calota craniana até o chão, o ponto de escolha que convertesse
a altura para o cão, foi o comprimento da coluna adicionado ao comprimento do
membro posterior. Adicionar os membros ao cálculo foi fundamental para agrupar
animais com padrão morfológico diferenciado, como os cães das raças Teckel e
Basset Hound. Cães destas raças possuem o tamanho da coluna semelhante às
demais raças, porém suas pernas são curtas, o que acarreta numa diminuição
significativa do peso e conseqüentemente, elevação do IMCC.
A inclusão do comprimento dos membros em todos os animais avaliados
garantiu a homogeneidade das amostras. Convencionou-se a base da nuca (por
ser um processo anatômico de fácil identificação) como ponto inicial, percorrendo
toda a coluna vertebral, passando a trena entre as tuberosidades ilíacas (sobre o
dorso do animal) e pela base da cauda, direcionando-se de forma reta até o solo,
conforme já demonstrado na figura 1.
A obtenção do IMCC reduziu a quase nula a subjetividade do diagnóstico
de obesidade ou desnutrição. Esta subjetividade é percebida na avaliação
sugerida por Saiola (2001). Este autor cita a palpação de pregas cutâneas para
26
tal informação. Cabe lembrar que a própria variação do tamanho da mão do
avaliador, pode interferir no diagnóstico, assim como a interpretação dessa
palpação. Não há para cães, uma escala numérica avaliando o tamanho de
pregas cutâneas, sendo este mais um exame complementar e passível de
interpretações variadas.
No estudo realizado por Jericó & Scheffer (2002), chama a atenção que a
obesidade foi diagnosticada por meio de palpação e inspeção clínica, o que,
segundo os autores, permitiu constatar depósitos de gordura nas regiões
abdominal, inguinal e costelas, além das regiões dorsal da bacia e base da
cauda. Contudo, percebe-se a ausência de dados precisos sobre a técnica
utilizada para tal procedimento, ou mesmo a sua interpretação.
A atividade física é operacionalmente definida como os movimentos
corpóreos produzidos pelos músculos esqueléticos que resultam em gasto
energético (BARBOSA et al., 2001). Estudos têm demonstrado que o exercício
pode ser muito eficiente em reduzir a gordura corporal com ou sem restrição
específica da dieta (FERNANDEZ, 2004). Contudo, não existem programas de
treinamento físico em medicina veterinária bem como parâmetros para determinar
o nível de condicionamento físico de um animal. Dessa forma, os treinamentos
são realizados de forma empírica e muitas vezes levam o animal à exaustão ou
fadiga muscular.
Desta forma, o IMCC poderá servir também como parâmetro ao
desenvolvimento de atividades fisícas controladas para cães, sendo estas com
fins de condicionamento físico a animais atletas ou aqueles que necessitem do
exercício como terapia.
Para tanto, o quadro 5 apresenta o resultado final deste trabalho com as
faixas aceitáveis de IMCC em cada condição corporal e permite ao médico
veterinário, chamar a atenção do proprietário do animal para o estado nutricional
do mesmo, e a necessidade de acompanhamento
27
6. CONCLUSÃO
O IMCC pode ser utilizado como um dado médio de cálculo para
tratamentos e para orientar treinamentos físicos de caninos.
Diante dos dados obtidos, é permitido concluir que:
A medida da coluna adicionada ao comprimento do membro posterior é um
parâmetro viável em cães para substituir a altura, utilizada em humanos.
O IMCC ideal para cães cujo tipo físico é de médio porte (peso médio entre
10 e 25 kg) compreende valores entre 11,8 e 15 kg/m².
No momento em que o IMCC encontra-se abaixo de 11,7 kg/m², o cão é
considerado como estando abaixo do peso ideal.
Quando o IMCC obtido está entre 15,1 e 18,6 kg/m² o animal é
considerado acima do peso.
Aqueles com o IMCC igual ou maior a 18,7 kg/m² são caracterizados como
obesos.
Um animal que possua massa corporal (peso) mais de 20% acima ou
abaixo da sua massa corporal ideal, pode ser considerado fora do peso,
necessitando cuidados.
28
REFERÊNCIAS
ANJOS, L. A. Índice de massa corporal (massa corporal, estatura
-2
) como
indicador do estado nutricional de adultos. Revista Saúde
Pública. v.26, n.6, p.431-436, 1992.
ARMSTRONG, P. J.; LUND, E. M. Changes in body composition and energy
balance with aging. Veterinary clinical nutrition. v.3, n.1, p.83-87, 1996.
BIOURGE, V.; PIBOT, P. A nutrição sob medida. Paris: Royal Canin, 2005.
BURKHOLDER, W. J.; TOLL, P. W. Obesity. In: HAND, M.S. et al. Small animal
clinical nutrition.
4th.ed. Topeka: Mark Morris Institute, 2000. p.401-430.
CARAM, A. L. G. "Obesidade" cães e gatos. São Paulo: Palo Verde, 1999.
Capturado em 10 mai. 2006. Online. Disponível na Internet
http://www.paloverde.com.br/dicas/dicas30.htm.
GARCIA, M.; KENNEDY, E. Assessing linkages between body mass index and
morbidity in adults: evidences from four developing countries.
Eur J Clin Nutr; 48
Suppl. 3: p.90-97. 1994.
GOMES, V. B.; SIQUEIRA, K. S.; SICHIERI, R. Physical activity in a probabilistic
sample in the city of Rio de Janeiro.
Cad. Saúde Pública, v.17, n.4, p.969-976,
2001.
ECKERSON, J. M. et al. Validity of bioelectrical impedance equations for
estimating percent fat in males. Med Sci Sports Exerc, v.28, n.5, p.523-530,
1996.
EDNEY, A. T. B.; SMITH, P. M. Study of obesity in dogs visiting veterinary
practices in the United Kingdon.
Veterinary Record, v.118, n.14, p.391-396,
1986.
FERNANDEZ, A. C. et al. Influência do treinamento aeróbio e anaeróbio na
massa de gordura corporal de adolescentes obesos. Rev Bras Med
Esporte, v.10, n.3, 2004.
JERICO, M. M.; SCHEFFER, K. C. Aspectos epidemiológicos dos cães obesos
na cidade de São Paulo. Revista clínica veterinária, v.7, n.37, p.25-29, 2002.
29
LAFLAMME, D. P. Development and validation of a body condition score system
for dogs.
Canine practice, v.22, p.10-15, 1997.
LEAN, M. E. et al. Impairment of health and quality of life in people with large
waist circumference.
Lancet, v.351, p.853-856, 1998.
LIU, K. H. et al. Sonographic measurement of mesenteric fat thickness is a good
correlate with cardiovascular risk factors: comparison with subcutaneous and
preperitoneal fat thickness, magnetic resonance: imaging and anthropometric
indexes.
Int J Obes Relat Metab Disord, v.27, n.10, p1267-1273, 2003.
MASON, E. Obesity in pet dogs. Veterinary record, v.86, p.612-616, 1970.
MENTZEL, R. E. et al. Obesidade no cão e no gato: abordagem
comportamental, Paris: Royal Canin, 2006.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia,
nutrição e desenvolvimento humano, 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003. 1113 p.
MOLARIUS, A. et al. Varying sensitivity of waist action levels to identif y subjects
with overweight or obesity in 19 populations of the WHO MONICA Project. J Clin
Epidemiol, v.52, n.12, p.1213–1224, 1999.
MONDINI, L.; MONTEIRO, C. A. Relevância epidemiológica da desnutrição e da
obesidade em distintas classes sociais: métodos de estudo e aplicação à
população brasileira. Revista bras. Epidemiol, v.1, n.1, p.28-39, 1998.
MONTEIRO, P. O. A. et al. Diagnóstico de sobrepeso em adolescentes: estudo
do desempenho de diferentes critérios para o Índice de Massa Corporal. Revista
de Saúde Pública, v.34, n.5, p.506-513, 2000.
MONTEIRO, R. C. A.; RIETHER, P. T. A.; BURINI, R. C. Efeito de um programa
misto de intervenção nutricional e exercício físico sobre a composição corporal e
os hábitos alimentares de mulheres obesas em climatério. Rev.
Nutr, v.17, n.4, p.479-489, 2004.
MONTILLA, R. N. G. et al. Avaliação do estado nutricional e do consumo
alimentar de mulheres no climatério. Rev. Assoc. Med. Bras, v.49, n.1, p.91-
95, 2003.
30
MOREIRA, L. B. et al. Associação entre Diferentes Indicadores de Obesidade e
Prevalência de Hipertensão Arterial
Arq Bras Cardiol, v.70, n.2, p.111-114,
1998.
NEIVA. P. para casa e emagreça.
VEJA, São Paulo, v.39, n.46, p.82-83,
2006.
NELSON, R.; COUTO, C. G.
Medicina interna de pequenos animais, 2.ed. Rio
de Janeiro, Guanabara Koogan, 2001. 1324 p.
PETERSON, M. J. et al. Development and validation of skinfold-thickness
prediction equations with a 4-compartment model. Am J Clin Nutr, v.77, n.5,
p.1186-1191, 2003.
RANKINEN, T. et al. The prediction of abdominal visceral fat level from body
composition and anthropometry: ROC analysis. Int J Obes Relat Metab Disord,
v.23, n.8, p.801-809, 1999.
ROSS, R. et al. Adipose tissue distribution measured by magnetic resonance
imaging in obese women. Am J Clin Nutr, v.57, p.470-475, 1993.
SALIOLA, M. Gordinhos não saudáveis. mar 2001. Capturado em 12 mai. 2006.
Online, Disponível na Internet http://www.dogtimes.com.br/obesidade.htm
STELLA, R. Índice de massa corporal (IMC), mar. 2002. Capturado em 01 dez.
2006. Online, Disponível na Internet
http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/020309_nut_x_conhecer_imc.htm
TARDIN, A. C.; POLLI, S. R. Evolução na Alimentação de Cães. Nutron
Pet, nº1, 2001.
31
ANEXOS
32
ANEXO A – Página do programa The SAS System, demonstrando a análise estatística da
correlação entre a condição corporal e o IMCC e seu grau de significância.
The SAS System 21
10:19 Monday, September 11, 2006
The GLM Procedure
Least Squares Means
Standard LSMEAN
cond imcc LSMEAN Error Pr > |t| Number
1 10.5272143 0.7018997 <.0001 1
2 13.4978537 0.2368026 <.0001 2
3 16.3784026 0.2992910 <.0001 3
4 20.1772727 0.7918497 <.0001 4
Least Squares Means for effect cond
Pr > |t| for H0: LSMean(i)=LSMean(j)
Dependent Variable: imcc
i/j 1 2 3 4
1 <.0001 <.0001 <.0001
2 <.0001 <.0001 <.0001
3 <.0001 <.0001 <.0001
4 <.0001 <.0001 <.0001
Standard LSMEAN
cond colm LSMEAN Error Pr > |t| Number
1 0.89857143 0.06243270 <.0001 1
2 0.91674797 0.02106316 <.0001 2
3 0.91636364 0.02662139 <.0001 3
4 1.04454545 0.07043359 <.0001 4
Least Squares Means for effect cond
Pr > |t| for H0: LSMean(i)=LSMean(j)
Dependent Variable: colm
i/j 1 2 3 4
1 0.7829 0.7935 0.1224
2 0.7829 0.9910 0.0835
3 0.7935 0.9910 0.0901
4 0.1224 0.0835 0.0901
NOTE: To ensure overall protection level, only probabilities associated with
pre-planned comparisons should be used.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo