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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
ADAPTAÇÃO DO TESTE A-D PARA SUA APLICAÇÃO EM ÁGUAS E
SEDIMENTOS COM ALTA POLUIÇÃO ORGÂNICA
Dissertação de Mestrado
Alexsandra Cristina Fontanella
Porto Alegre, 2007.
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ii
Adaptação do Teste A-D para sua aplicação em águas e sedimentos com alta
poluição orgânica
Alexsandra Cristina Fontanella
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Curso de Pós-Graduação em Ecologia,
do Instituto de Biociências da
Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Mestre em
Ecologia, áreas de concentração em
Ecotoxicologia e Limnologia.
Orientadora: Profa. Dra. Maria Teresa
Raya Rodriguez
Co-orientador: Prof. Dr. Alois Eduard
Schäfer
Comissão Examinadora:
Porto Alegre, 2007.
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iii
AGRADECIMENTOS
A Deus, acima de tudo, pela luz, força, coragem e perseverança presentes em todos
os momentos.
À minha orientadora, Profa. Dra. Maria Teresa Raya Rodriguez, pelo constante
apoio e orientação ao longo deste estudo.
Ao meu co-orientador, Prof. Dr. Alois Eduard Schäfer, pelas críticas construtivas e
por ceder o Laboratório de Ecotoxicologia e Limnologia da Universidade de Caxias
do Sul, para o desenvolvimento do trabalho.
À minha família, pelo auxílio durante toda a caminhada, até no trabalho de campo.
A todos que, de uma forma ou de outra, me ajudaram a realizar este trabalho.
“A perda das raízes e da identidade é muito ligada à perda de uma relação com o
meio ambiente.”
Jean Pierre Leroy
iv
RESUMO
A área pesquisada representa uma das regiões mais desenvolvidas do Rio
Grande do Sul, caracterizada pelo crescimento exponencial das atividades
industriais e da agricultura e conseqüentemente, maior intensidade de urbanização.
Resultante desta situação, o despejo de esgotos cloacais e efluentes industriais e da
agricultura sobre os corpos d’água, sem um tratamento adequado e um saneamento
precário, ocasiona a contaminação do meio e compromete os processos ecológicos
nos ecossistemas aquáticos. Assim, os ensaios de toxicidade são ferramentas
extremamente úteis na avaliação de potenciais tóxicos, permitindo observar o efeito
tóxico total dos efluentes e detectando as possíveis interações entre seus
componentes. Este trabalho objetivou adaptar o Teste de Assimilação e Dissimilação
(Teste A-D) para sua aplicação em águas e sedimentos altamente poluídos por
efluentes cloacais e industriais, como método de orientação para identificação das
áreas de risco ecológico e como base para um programa de outros testes mais
complexos. Adiciona-se o interesse dos órgãos ambientais municipais diante da
inexistência de informação sobre o impacto de metais e nutrientes na região e da
possibilidade de melhoria da qualidade de água. Para a padronização do método,
havia a necessidade de eliminar as influências dos nutrientes e da alta DBO,
responsáveis por uma alta taxa de produção e consumo de oxigênio pelas culturas
de Clorofíceas e bactérias aeróbias adaptadas ao consumo de extrato de carne
granulado, superando assim, uma provável inibição. Com esta finalidade, as
amostras de água superficial foram testadas sem pré-tratamento ou in natura e com
os pré-tratamentos: esterelização, decantação e aeração, homogeneização e
aeração e filtração e aeração. Com o sedimento superficial, foram desenvolvidos
ensaios com a solução elutriato. As amostragens de água e sedimento superficial
compreenderam 5 locais no período inverno/05 e verão/06 e as análises físicas e
químicas foram comparadas aos valores das normas ambientais nacionais e
internacionais vigentes. Os elevados níveis de níquel, cobre, fosfato e condutividade
estão associados com a alteração da qualidade da água da BH do Arroio Tega. O
grau de contaminação dos sedimentos por metais é compatível com locais
fortemente poluídos para cobre, cromo, níquel e zinco. As condições de manutenção
do Teste A-D foram aperfeiçoadas em relação à norma original. Com o sedimento,
os Testes A apresentaram inibição da fotossíntese e os Testes D, aceleração da
respiração, mostrando sensibilidades opostas, não havendo uma complementação
dos processos autotrófico e heterotrófico. Com a água, o pré-tratamento esterelizado
apresenta as maiores porcentagens de inibição do PPO e PCO. Os resultados
apresentam possibilidade de aplicação do Teste A-D na avaliação da toxicidade e
monitoramento de efluentes e águas superficiais. Este método mostrou ser um
procedimento operacional simples e rápido, aplicável simultaneamente a um grande
número de amostras e de baixo custo.
v
ABSTRACT
The researched area represents one of the most developed areas of Rio
Grande do Sul, it is characterized by the exponential growth of the industrial and
agriculture activities, thus leading to larger urbanization intensity. As a result of this
situation, the spilling of sink sewers, industrial and agriculture sewage in the bodies
of water, without an appropriate treatment and a precarious sanitation, causes the
contamination of the environment and overturns ecological processes in aquatic
ecosystems. To such an extent, toxicity analysis are extremely useful tools in the
evaluation of toxicant potentials, allowing to observe the total toxicant effect of the
sewage and detecting the possible interactions among their components. This study
had the purpose to adapt the Test of Assimilation and Dissimilation (A-D Test) for its
application in waters and sediments highly polluted by sink sewage as an orientation
method for identification of the areas of ecological risk and as a base for a program
of other more complex tests. It’s remarkable the sum up interest of the municipal
environmental agencies, due to the inexistence of information on the impact of
metals and nutrients in the area and the possibility to improve the quality of water.
For the standardization of the method, there was the necessity to eliminate the
influences of the nutrients and the high BOD (Biochemical Oxygen Demand),
responsible for an upper production and consumption rates of oxygen for the cultures
of Cloroficeas (freshwater green algae) and aerobic bacterium adapted to the
consumption of granulated meat extract, surpassing, in this way, a probable
inhibition. Regarding this purpose, the samples of superficial water were tested
without pretreatment or in natura and with the pretreatments: sterilization,
decantation and aeration, homogenization and aeration and filtration and aeration. To
the superficial sediment, analysis were developed with the elutriate testing solution.
The samplings of water and superficial sediment comprised five places in the period
winter/2005 and summer/2006 and the physical and chemical analyses were
compared to the values of the national and international environmental norms
effective nowadays. The high levels of nickel, copper, phosphate and conductivity
are associated with changes in water quality of Tega's HB (Hydrographic Basin). The
scale of contamination of the sediments for metals it’s compatible with places heavily
polluted for copper, chrome, nickel and zinc. The conditions of maintenance of the A-
D Test were improved in relation to the original norm. To sediment, the Assimilation
tests presented inhibition of the photosynthesis and the Dissimilation tests,
acceleration of the breathing, showing opposite sensibilities, so there wasn’t a
complementation of the autotrophic and heterotrophic processes. To water, sterilized
pretreatment presents the largest percentages of inhibition of POP and COP. The
results show the possibility of application of the Test A-D in the evaluation of the
toxicity and effluents and superficial waters monitoring. This method showed to be a
simple and fast operational procedure, applicable simultaneously to a great number
of samples and at a very low cost.
vi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 2
3. OBJETIVOS ......................................................................................................... 7
3.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 7
3.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 7
4. ÁREA DE ESTUDO .............................................................................................. 8
4.1 Localização ..................................................................................................... 8
4.2 Caracterização da Área .................................................................................. 8
4.3 Locais de Amostragem ................................................................................... 9
5. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 16
5.1 Coleta das Amostras ..................................................................................... 16
5.1.1 Coleta e Análise da Água .................................................................... 16
5.1.2 Coleta e Análise do Sedimento ............................................................ 17
5.2 Testes Ecotoxicológicos – Testes de Assimilação e Dissimilação (Teste A-D)
5.2.1 Teste de Assimilação (Teste A) ........................................................... 18
5.2.1.1 Manutenção das Culturas de Algas .......................................... 18
5.2.1.2 Procedimento do Teste A .......................................................... 20
5.2.1.3 Cálculo dos Resultados ............................................................. 21
5.2.2 Teste de Dissimilação (Teste D) ........................................................... 22
5.2.2.1 Manutenção da Culturas de Bactérias ...................................... 22
5.2.2.2 Procedimento do Teste D .......................................................... 23
5.2.2.3 Cálculo dos Resultados ............................................................. 23
5.3 Pré-tratamentos com as amostras de água superficial .................................. 24
5.4 Análises Estatísticas ...................................................................................... 24
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................... 26
6.1 Avaliação dos Parâmetros Químicos e Físicos da Água ............................... 26
6.1.1 Metais ................................................................................................... 28
6.1.2 Nutrientes ............................................................................................. 32
6.1.3 DBO
5
..................................................................................................... 35
6.1.4 Oxigênio Dissolvido .............................................................................. 37
6.1.5 Potencial Hidrogeniônico ...................................................................... 38
6.1.6 Temperatura ......................................................................................... 38
6.1.7 Condutividade ....................................................................................... 39
6.2. Avaliação dos Parâmetros Químicos e Físicos do Sedimento ..................... 40
6.2.1 Metais Totais ........................................................................................ 41
6.2.2 Matéria Orgânica .................................................................................. 46
6.2.3 Granulometria ....................................................................................... 47
6.3. Avaliação dos Ensaios Ecotoxicológicos ...................................................... 48
6.3.1 Teste A-D: Manutenção das Culturas ................................................... 49
6.3.2 Teste de Assimilação com Amostras de Água Superficial .................... 54
6.3.3 Teste de Assimilação com Amostras de Sedimento Superficial ........... 60
6.3.4 Teste de Dissimilação com Amostras de Água Superficial ................... 62
vii
6.3.5 Teste de Dissimilação com Amostras de Sedimento Superficial .......... 68
6.3.6 Outros Testes .........................................................................................70
6.4. Avaliação Estatística ...................................................................................... 74
6.4.1 Dados da Água Superficial .................................................................... 74
6.4.2 Dados do Sedimento Superficial ........................................................... 75
6.4.3 Dados dos Testes Ecotoxicológicos ...................................................... 75
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 81
8. RECOMENDAÇÕES ............................................................................................. 83
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 84
10. APÊNDICE .......................................................................................................... 94
viii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Parâmetros analisados e metodologia utilizada nas amostras de
água.......................................................................................................... 17
Tabela 2 - Composição e concentração química utilizada na preparação das
soluções nutritivas A e B.......................................................................... 20
Tabela 3 - Concentração dos parâmetros físicos e químicos nas amostras de água
dos locais de coleta da Bacia Hidrográfica do Rio Tega, no 2º
semestre/05............................................................................................... 27
Tabela 4 - Concentração dos parâmetros físicos e químicos nas amostras de água
dos locais de coleta da Bacia Hidrográfica do Rio Tega, no 1º semestre/06
.................................................................................................................. 27
Tabela 5 - Comparação dos valores de metais totais (mg/Kg) obtidos no sedimento
do Arroio Tega com os dados (concentração média) da literatura
.................................................................................................................. 43
Tabela 6 - Classificação granulométrica, por freqüência simples e textural de
Shepard, do sedimento dos locais de coleta da BH do Arroio Tega, no
período de inverno/05............................................................................... 47
Tabela 7 - DBO
5
com a água superficial do Arroio Previde, local 4, usando o
consumo de O
2
mg/L como medida, campanha amostral
inverno/05..................................................................................................72
Tabela 8 - Matriz de correlação (Coeficiente de Spearman) entre os parâmetros
físicos e químicos, referente às coletas de amostras de água superficial
no período de inverno/05 e verão/06....................................................... 74
Tabela 9 - Matriz de correlação (Coeficiente de Spearman) entre os parâmetros
físicos e químicos, referente às coletas de amostras de sedimento
superficial, no período de inverno/05....................................................... 75
Tabela 10 – Análise de variância com os dados originais dos Testes A com a água
superficial................................................................................................. 76
Tabela 11 – Teste de comparações múltiplas Dunnett T3 com as concentrações dos
Testes A com água superficial................................................................. 77
Tabela 12 – Análise de variância com os dados transformados através do método
mínimos quadrados ponderados.............................................................. 77
Tabela 13 – Teste de comparações múltiplas de Tukey entre as concentrações dos
Testes A com sedimento superficial......................................................... 78
ix
Tabela 14 - Análise de variância com os dados originais dos Testes D com a água
superficial................................................................................................. 79
Tabela 15 – Análise não paramétrica, por rank e rank médio, entre todos os dados
químicos e biológicos dos Testes A-D, com a água e o sedimento
superficial................................................................................................. 80
x
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Localização da área de estudo. Os pontos marcados representam os
locais de coleta na Bacia Hidrográfica do Arroio Tega, Caxias do
Sul/RS...................................................................................................... 10
Figura 2 - Identificação dos locais de coleta, na Bacia Hidrográfica do Arroio Tega,
Caxias do Sul/RS..................................................................................... 10
Figura 3 - Local de Amostragem nº 1, próximo à jusante do Arroio Tega, em estrada
de acesso ao Bairro Mariani-Reolon, de fronte ao antigo Moinho
Germani.................................................................................................... 11
Figura 4 - Local de Amostragem nº 2, área de forte influência industrial, no curso
médio do Arroio Tega, em estrada denominada de Perimetral Norte, ao
lado da Escola Estadual Evaristo De Antoni, no Bairro São
José................... 12
Figura 5 - Local de Amostragem nº 3, arroio tributário da Represa São Paulo do
Complexo Dal Bó, comprometido por esgotos domésticos...................... 13
Figura 6 - Local de Amostragem nº 4, próximo à estrada denominada Perimetral
Norte, anterior ao Residencial Interlagos, corpo receptor de efluentes de
origem industrial e cloacal........................................................................ 14
Figura 7 - Local de Amostragem nº 5, dentro da área da Represa São Miguel do
Complexo Dal Bó, com modificações antrópicas na área e no seu
entorno..................................................................................................... 15
Figura 8 - Manutenção das culturas mistas de Clorofíceas. Culturas permanentes à
esquerda. Pré-culturas, usadas para a realização dos testes, à
direita........................................................................................................ 19
Figura 9 - Aquário de 35 L utilizado para a manutenção da cultura mista de bactérias
aeróbias heterotróficas adaptadas ao consumo de extrato de carne
granulado.................................................................................................. 22
Figura 10 - Concentração de Níquel total na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência.............................. 29
Figura 11 - Concentração de Cromo total na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência.............................. 30
Figura 12 - Concentração de Zinco total na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência.............................. 31
xi
Figura 13 - Concentração de Cu dissolvido na água superficial dos locais de coleta
da área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência.............................. 32
Figura 14 - Concentração de N-NO
3
na água superficial dos locais de coleta da área
de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência.............................. 33
Figura 15 - Concentração de N-NH
3
na água superficial dos locais de coleta da área
de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal de cor
preta representa o limite baseado na respectiva referência para um pH
7,5. A linha horizontal de cor cinza representa o limite baseado na
respectiva referência para 7,5 < pH 8,0................................................ 34
Figura 16 - Concentração de P total na água superficial dos locais de coleta da área
de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência, para ambiente lótico
e tributários de ambientes intermediários ................................................ 35
Figura 17 - Concentração da DBO
5
na água superficial dos locais de coleta da área
de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência.............................. 36
Figura 18 - Concentração do OD na água superficial dos locais de coleta da área de
estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal representa
o limite baseado na respectiva referência................................................ 37
Figura 19 - Resultados do pH na água superficial dos locais de coleta da área de
estudo, no período de inverno/05 e verão/06. O limite está baseado na
respectiva referência................................................................................ 38
Figura 20 - Resultados da temperatura na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06............................. 39
Figura 21 - Resultados da condutividade na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06............................. 40
Figura 22 - Concentração de matéria orgânica no sedimento dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05. O limite de detecção do método
é de 0,01%............................................................................................... 47
Figura 23 - Curva de crescimento de uma cultura mista de Clorofíceas, indicando
uma fase estacionária, seguida de um crescimento exponencial pelo 3º e
4º dia, e a fase da morte a partir do 12º dia. Obtidas de 29/08 a
12/09/05.................................................................................................... 50
Figura 24 - Comportamento do pH durante o crescimento de uma cultura mista de
Clorofíceas, mostrando uma tendência à estabilização após o crescimento
exponencial. Obtidas de 29/08 a 12/09/05.............................................. 51
xii
Figura 25 - Manutenção do CBO médio mensal das bactérias do aquário 1 (A) e do
aquário 2 (B) de Dissimilação, durante o ano de 2005............................ 52
Figura 26 - Manutenção do CBO médio mensal das bactérias do aquário 1 (A) e do
aquário 2 (B) de Dissimilação, no primeiro trimestre de 2006.................. 53
Figura 27 - Curva de manutenção do CBO das bactérias do aquário de Dissimilação,
no período de 01/03 a 28/03/2005........................................................... 54
Figura 28 - Testes de Assimilação com a água superficial do local 1, amostragem de
inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença percentual (%)
da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 55
Figura 29 - Testes de Assimilação com a água superficial do local 2, amostragem de
inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença percentual (%)
da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 56
Figura 30 - Teste de Assimilação com a água superficial do local 3, amostragem de
inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção de
O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio...................................... 57
Figura 31 - Testes de Assimilação com a água superficial do local 4, amostragem de
inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença percentual (%)
da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 58
Figura 32 - Testes de Assimilação com a água superficial do local 5, amostragem de
inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença percentual (%)
da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 59
Figura 33 - Testes de Assimilação com o sedimento superficial do local 1,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à
diferença percentual (%) da produção de O
2
mg/L em relação ao controle
de cada ensaio......................................................................................... 60
Figura 34 - Teste de Assimilação com o sedimento superficial do local 2, amostragem
de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio................................. 61
Figura 35 - Teste de Assimilação com o sedimento superficial do local 3, amostragem
de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio................................. 61
Figura 36 - Teste de Assimilação com o sedimento superficial do local 5, amostragem
de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio................................. 62
Figura 37 - Testes de Dissimilação com a água superficial do local 1, amostragem de
inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença percentual (%)
do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 63
xiii
Figura 38 - Testes de Dissimilação com a água superficial do local 2, amostragem de
inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença percentual (%)
do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 64
Figura 39 - Teste de Dissimilação com a água superficial do local 3, amostragem de
inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) do consumo de
O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio...................................... 65
Figura 40 - Testes de Dissimilação com a água superficial do local 4, amostragem de
inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença percentual (%)
do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 66
Figura 41 - Testes de Dissimilação com a água superficial do local 5, amostragem de
inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença percentual (%)
do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 67
Figura 42 - Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 1,
amostragem de verão/06. Dados referentes à diferença percentual (%) do
consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio................. 68
Figura 43 - Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 2,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%)
do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 69
Figura 44 - Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 3,
amostragem de inverno/05 (A). Dados referentes à diferença percentual
(%) do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio...... 69
Figura 45 - Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 5,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%)
do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio............ 70
Figura 46 - Testes A com água superficial do Arroio Previde, local 4, sem a solução
nutritiva forte (SNF) e com a solução nutritiva forte (SNF), campanha
amostral inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da
produção de O
2
mg/L em relação ao controle.......................................... 71
Figura 47 - Testes D, com extrato de carne granulado e água de Dissimilação dos
aquários 1 e 2, buscando alcançar um PCO ideal no controle. Sendo A,
testes com concentração em g/ 1000 mL e B, testes com concentração
em g/ 500 mL ........................................................................................... 73
1
1. INTRODUÇÃO
A contaminação ambiental por agentes químicos tem ocorrido de forma
intencional ou acidental no desenvolvimento dos processos industrial, urbano e
agrícola, principalmente a partir de fontes não naturais decorrentes da atividade
antrópica, gerando impactos e promovendo lentas e muitas vezes irreversíveis
modificações.
Essas modificações podem ser causadas por um agente químico ou uma
mistura destes, podendo ocasionar efeitos tóxicos sinérgicos ou antagônicos.
Portanto, uma avaliação ambiental não deve ser baseada somente em análises
físico-químicas, mas deve estar combinada com testes biológicos (bioensaios).
Bioensaios ou testes ecotoxicológicos estão se difundindo e ganhando cada
vez mais importância no Brasil ao constituir uma análise indispensável no controle
da poluição hídrica, pois se fundamentam na utilização de organismos vivos que são
diretamente afetados pelos desequilíbrios que ocorrem nos ecossistemas aquáticos.
Os resultados dos testes ecotoxicológicos com organismos provenientes do
ambiente em estudo, dificilmente podem ser reproduzidos pela impossibilidade de se
repetir um ensaio sob as mesmas condições ambientais e, obviamente, com os
mesmos organismos. Por esse motivo, foi criada uma abordagem indicativa com os
testes de orientação (screening tests). Eles têm como objetivo a detecção da
toxicidade nos sistemas estudados, assim como, a orientação da necessidade de
testes mais complexos.
O município de Caxias do Sul localizado na Serra Gaúcha é considerado o
segundo maior pólo metal-mecânico do país também caracterizado por intensa
produção agrícola, sendo o maior produtor de hortifrutigranjeiros do Estado. A
crescente industrialização da região e o conseqüente aumento populacional, muitas
vezes sem cumprimento das normas ambientais e saneamento precário, têm
comprometido a qualidade das águas superficiais.
Na carência de informações sobre os efeitos ecotoxicológicos nos corpos
hídricos da região (avaliação de risco à população humana e aos ecossistemas
circundantes), o presente trabalho objetivou adaptar o Teste de Assimilação e
Dissimilação (Teste A-D) para sua aplicão em águas e sedimentos contaminados
por efluentes cloacais e industriais, simulando efeitos nos processos autotróficos e
heterotróficos fundamentais para o funcionamento de um ecossistema límnico.
Acrescentado a isto, o interesse do SAMAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente em avaliar a área em estudo, diante da
inexistência de informação sobre o impacto de metais e nutrientes na região e da
possibilidade de melhoria da qualidade de água, diminuindo o risco ambiental.
Desta maneira, se buscou a possibilidade de utilização do Teste A-D como
método de orientação para identificação das áreas de risco ecológico em águas
superficiais e como base para um programa de outros testes agudos e crônicos mais
complexos, conforme normas nacionais e internacionais.
2
2. JUSTIFICATIVA
A água doce é um recurso estratégico para a manutenção da vida. As
unidades básicas geográficas para a gestão dos recursos hídricos são as bacias
hidrográficas. Os homens fizeram alterações nas condições físicas, químicas e
biológicas de muitos rios, afetando severamente a potabilidade da água e reduzindo
drasticamente as quantidades e variedades de peixes, por exemplo, conduzindo a
extinção local de muitas espécies. O uso da terra para a agricultura e a urbanização
interferem fortemente nas trocas naturais entre os pequenos divisores de água
interconectados, cada um caracterizado por trocas de água e materiais, modificando
a hidrologia e morfologia dos rios. Somente nas últimas décadas isto se tornou
evidente quando ecossistemas fluviais foram afetados pela grande escala de
emissões globais, por exemplo, a chuva ácida que pode alterar a ciclagem mineral
(ADMIRAAL et al., 2000).
Nos últimos anos, tem crescido a preocupação sobre os efeitos tóxicos de
substâncias químicas no ambiente aquático. Muitas cidades, incluindo as
americanas, estão enfrentando sérios problemas ecológicos e toxicológicos
resultantes da descarga de efluentes complexos e substâncias químicas tóxicas em
lançamentos das águas servidas (HSIEH et al., 2004).
Para diagnosticar os problemas relacionados com a poluição de determinados
ambientes, torna-se necessário a adoção de métodos químicos, físicos e biológicos,
com técnicas aperfeiçoadas, como uma estratégia de monitoramento da sua
qualidade (SCHÄFER, 1985).
Uma avaliação ambiental não deve ser realizada apenas com análises
químicas isoladas, pois, normalmente, elas não estabelecem qual a partição química
de determinado poluente, verdadeiramente biodisponível, é capaz de interagir com
organismos vivos (FENT, 2003).
O despejo deliberado e lançamento acidental de compostos químicos
prejudiciais no ambiente tem o potencial para romper a estrutura e funcionamento
dos ecossistemas naturais (VYRYAN et al., 1999). Os efeitos tóxicos de substâncias
desconhecidas e muitas vezes indeterminadas nas misturas complexas ou com
efeitos sinérgicos possíveis entre compostos para efluentes podem ser detectados
somente por teste de toxicidade (SPONZA, 2003).
Os ecossistemas aquáticos são formados por compartimentos abióticos
básicos: a atmosfera, a coluna d’água e o sedimento. Estes ambientes recebem uma
série de influências que devem ser monitoradas, através de avaliações
ecotoxicológicas, a fim de avaliar a sua toxicidade.
A preocupação em monitorar os efeitos da ação antrópica, levou a criação da
ecotoxicologia, ciência preocupada em estudar os efeitos de agentes químicos
tóxicos, em nível de indivíduo, e suas conseqüências na estrutura e funcionamento
das populações, comunidades e ecossistemas (SOARES, 1991). Segundo
WITTERS (1998) a ecotoxicologia pode ser definida como o estudo do destino e
efeitos dos agentes tóxicos em ecossistemas. Uma abordagem interdisciplinar,
considerando processos moleculares, biológicos e químicos, assim como
mecanismos de toxicidade e processos ecológicos, é requerida, portanto, em
pesquisa ecotoxicológica. A ecotoxicologia estuda os efeitos causados por produtos
de origem antropogênica ou natural nos organismos em vários níveis de organização
(VIDOTTI & ROLLEMBERG, 2004).
3
Análises químicas fornecem somente parte do conhecimento necessário para
avaliar e calcular o potencial tóxico para ecossistemas e humanos. Isto é porque a
bioavaliação de compostos não é considerada e cada um dos compostos tem sítios
celulares diferentes ligados a atividades biológicas (PISKORSKA-PLISCZZYNSKA et
al., 1986; BRUNSTRÖM et al., 1991).
Os efeitos potenciais de compostos tóxicos no ambiente são determinados
não somente pela sua toxicidade intrínseca e concentração, mas também pelas suas
formas físico-químicas (GUÉGUEN et al., 2004).
FENT (2003) sugere, então, que as análises químicas devem ser combinadas
com testes biológicos ou bioensaios. Adicionado a esses conceitos, também é
importante considerar que a frão biodisponível do produto químico é crítica para a
captação e à concentração nos organismos expostos. Dentro desse contexto,
verifica-se que os efeitos ecotoxicológicos são dependentes da concentração do
produto químico disponível. Essas concentrações atingem sítios alvos específicos
nos organismos afetados e produzem efeitos moleculares que se manifestam
através de vários sinais tóxicos.
Bioensaios representam um papel crucial na compreensão do funcionamento
do ecossistema (WITTERS, 1998). Um bioensaio é um teste usado na determinação
de efeito nocivo de um ou mais agente físico, químico ou biológico nos organismos.
Existe uma infinidade de tipos de bioensaios que têm sido utilizados na avaliação do
impacto de agentes químicos sobre organismos aquáticos, bem como sobre a
qualidade de um determinado corpo da água. Portanto, bioensaio é um bom
complemento para análises químicas e uma ferramenta útil para prever os efeitos
ecológicos ao ambiente (WANG et al., 2003). Além de fornecer informações sobre os
níveis iniciais de dano e auxiliar no desenvolvimento de medidas de precaução e
estratégias para manejo ambiental (BLAISE et al., 1988; SLABBERT, 1996).
No decorrer da evolução dos testes ecotoxicológicos, que se estenderam por
várias décadas, validaram-se alguns bioensaios que hoje são parte integrante de
qualquer laboratório ecotoxicológico. Deles fazem parte, para citar alguns exemplos,
os testes com as bactérias Pseudomonas putida e Photobacterium phosphoreum
(Vibrio fisheri), as algas Chlorella sorokiniana, Scenedesmus subspicatus ou
Selenastrum capricornutum (Pseudokirchneriella subcapitata), os microcrustáceos
Daphnia magna e Ceriodaphnia dubia, bem como os peixes Danio rerio (paulistinha)
e Pimephales promelas (BOTSFORD, 2002; KNIE,1998).
Os procedimentos de testes toxicológicos e ecotoxicológicos foram
padronizados internacionalmente pela: OECD (Organization for Economic
Cooperation and Development) e USEPA (Environmental Protection Agency USA). A
OECD fornece guias de toxicidade aquática, desde 1982:
201 - algas verdes (Scenedesmus subspicatus), 1984;
202 - invertebrados aquáticos (Daphnia magna), 1982;
203 - peixes (Leuciscus idus), 1982.
Em outubro de 2002, com a atualização permanente dos guias, testes com
animais aquáticos foram publicados pela British Toxicology Society Working Party on
Toxicity (1984).
No Brasil, os bioensaios são realizados de acordo com o Manual de Teste
para Avaliação Ecotoxicológica de Agentes Químicos do IBAMA, ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas) e guias internacionais (USEPA/ OECD). Sendo que
a Portaria Normativa do IBAMA, nº 84, de 15 de outubro de 1996 estabelece critérios
4
a serem utilizados junto ao IBAMA, para efeitos de registro e avaliação do potencial
de periculosidade ambiental (PPA) de agrotóxicos, seus componentes e afins.
Exemplos de testes de toxicidade de acordo com a ABNT:
Método de Ensaio com Algas (Chlorophyceae). Toxicidade Crônica. ABNT
(2005);
Método de Ensaio com Daphnia spp (Crustacea, Cladocera). Toxicidade
Aguda. ABNT (2004);
Ensaio de Toxicidade Aguda com Peixes. Parte III – Sistema de Fluxo
Contínuo. ABNT (1993);
Método de Ensaio com Ceriodaphnia spp (Crustacea, Cladocera).
Toxicidade Crônica. ABNT (2005);
Método de Ensaio com Peixes. Toxicidade Aguda. ABNT (2004);
Método de Ensaio com Misidáceos (Crustacea). ABNT (2005);
Método de Ensaio com Ouriço - do - mar (Echinoderma, Echinoidea).
Toxicidade Crônica de Curta Duração. ABNT (2006);
Determinação do efeito inibitório de amostras de água sobre a emissão de
luz de Vibrio fischeri (Ensaio de bactéria luminescente). Parte I – Método utilizando
bactérias recém-cultivadas. ABNT (2006);
Determinação do efeito inibitório de amostras de água sobre a emissão de
luz de Vibrio fischeri (Ensaio de bactéria luminescente). Parte II – Método utilizando
bactérias desidratadas. ABNT (2006);
Determinação do efeito inibitório de amostras de água sobre a emissão de
luz de Vibrio fischeri (Ensaio de bactéria luminescente). Parte III – Método utilizando
bactérias liofilizadas. ABNT (2006);
Toxicidade em sedimento – Método de Ensaio com Hyalella spp
(Amphipoda). ABNT (2007).
Dentre os organismos mais usados em testes para avaliação da toxicidade
aquática estão as algas e as bactérias.
Exemplos de utilização de algas e bactérias segundo OECD e DIN
(Alemanha):
Inibição do crescimento de Ankistrodesmus bibraíanus, Scenedesmus
subspicatus, Clorolla vulgaris (OECD, 1984: 201; DIN 1989: W1, 38412 – L9);
Inibição do crescimento de Scenedesmus subspiacatus (DIN, 1989: W2,
38412 – L9);
Redução da fluorescência da clorofila de Scenedesmus (DIN 1989: W3,
38412 – L33);
Redução da clorofila - a em águas superficiais (DIN,1989:W4, 38412–L16).
Inibição da respiração do lodo ativado (OECD, 1982:209);
Inibição do crescimento de Pseudomonas putida(DIN,1991:W19,38412-L8);
Inibição da decomposição da substância a ser testada pelo lodo ativado
(em laboratório) (DIN, 1991: W20, 38412 – L24);
Capacidade de decomposição do lodo ativado (DIN,1991:W21, 38412-L25);
Medidas bicalóricas de inibição do consumo de oxigênio e produção de
calor: Saccharomyces cervisiae, Psedomonas putida, Enterobacter (tribo 54),
Serratia marcescens, Staphylococcus aureus, Alcaligenes faecalis, Escherichia coli
(026:B6), teste não padronizado ainda.
Independentemente da importância da medição de substâncias e das suas
concentrações nos efluentes ou nas águas, a avaliação do seu potencial de risco
5
para o homem e o meio ambiente é incomparavelmente mais importante. Assim, os
métodos da análise ecotoxicológica têm por finalidade saber se e em que medida as
substâncias são nocivas, como e onde se manifestam os seus efeitos (KNIE, 1998).
É comum a prática do uso de testes de curto prazo (agudo) para uma
avaliação inicial em situações aonde sua rapidez e relativo baixo custo permitem
examinar um grande número de amostras para indicação preliminar de toxicidade ou
avaliação da redução de toxicidade para efluentes ou variações temporais em água
ou esgoto. Os testes de orientação de longo prazo (crônicos) visam confirmação dos
propósitos de orientação e quando o regulamento requer o seu uso (GUNATILLEKA
& POOLE, 2000).
A classificação dos testes de toxicidade em agudo e crônico está, portanto,
relacionada com o ciclo de vida do organismo-teste e com o tempo de exposição dos
organismos à amostra durante o teste. Em um teste agudo o efeito está geralmente
associado à morte ou imobilidade do organismo. Para avaliar este tipo de efeito, em
geral, utiliza-se a concentração letal ou concentração efetiva que causou a morte ou
imobilidade a 50% dos organismos, representada respectivamente, por CL (I) 50 ou
CE (I) 50. No teste crônico, os efeitos estão mais associados à inibição do
crescimento e alterações no comportamento, sendo de modo geral, subletais e
observados em situações em que as concentrações do agente tóxico permitem a
sobrevida do organismo. Os resultados no teste crônico podem ser expressos como
CENO (maior concentração da amostra que não causa efeito deletérico) e CEO
(menor concentração que causa efeito deletérico) (RAND & PETROCELLI, 1985).
Os testes de orientação constituem a primeira fase da avaliação do potencial
ecotoxicológico de locais contaminados, na qual fontes e contaminantes de potencial
interesse são identificados (FENT, 2003).
A base metodológica do teste de orientação aplicado neste estudo, o “Teste
de Assimilação e Dissimilação”, foi desenvolvida nos anos de 1950 a 1960 na
Alemanha e foi chamado “Potencial de Produção e de Consumo de Oxigênio”. O
objetivo destas primeiras tentativas da quantificação de efeitos nocivos provocados
por efluentes tóxicos em rios foi uma complementação da avaliação da qualidade da
água baseada na presença ou ausência de bioindicadores da fauna de
macroinvertebrados, indicando o efeito da carga de efluentes orgânicos no balanço
de oxigênio e nas comunidades autóctones em águas de diferente nível de poluição.
As experiências positivas ao longo de duas décadas levaram ao desenvolvimento e
a uma proposta de uma norma de avaliação ecotoxicológica de águas superficiais
baseada na inibição dos processos de Assimilação e Dissimilação. O autor da norma
(KREBS, 1983, 1985) concluiu os resultados com a criação de uma norma nacional,
chamada “Teste de Assimilação e Dissimilação como critério de uma avaliação
ecotoxicológica da qualidade da água”. (CHIOCHETTA, 2004).
O princípio do teste de orientação A-D (Assimilação e Dissimilação) é a
avaliação da inibição da produção de oxigênio (fotossíntese) por uma suspensão de
algas verdes (clorofíceas) e do consumo de oxigênio (respiração) por uma cultura de
bactérias aeróbias heterotróficas adaptadas ao consumo de extrato de carne
granulado, após um período de 24h.
O objetivo é a simulação, ao máximo possível, dos processos de Assimilação
e Dissimilação em uma água superficial. Já que os ecossistemas límnicos estão
baseados nestes dois processos fundamentais. Trata-se da soma das atividades de
transformação de substâncias inorgânicas em biomassa, a Assimilação, e a soma
dos processos de sua utilização e decomposição, a Dissimilação. O primeiro
6
processo libera oxigênio, o segundo ocorre, dependendo de sua disponibilidade, sob
consumo de oxigênio. Nos estudos dos corpos hídricos são utilizados métodos de
quantificação destes processos baseados na produção de oxigênio pelo fitoplâncton,
a Produção Primária, e no consumo de oxigênio por bactérias aeróbias
heterotróficas, a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) (CHIOCHETTA, 2004).
Desse modo, a importância do presente trabalho consistiu em disponibilizar
um teste de orientação eficiente, fornecendo um procedimento apropriado para
monitoramento ecotoxicológico de águas superficiais e efluentes, de forma rápida e
a um baixo custo.
7
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
Adaptar o Teste A-D para aplicação em águas e sedimentos altamente
poluídos, exemplificado em um estudo ecotoxicológico do Arroio Tega no município
de Caxias do Sul/RS.
3.2 Objetivos Específicos
- Determinar parâmetros físico-químicos nas amostras de águas coletadas
(temperatura, OD, pH, condutividade, DBO
5
, P-PO
4
, NO
3
, NH
3
) e no sedimento
(granulometria e matéria orgânica);
- Verificar os níveis dos metais Ni, Cr, Cu e Zn presentes nas águas e no
sedimento coletados;
- Adaptar as condições de manutenção do teste A-D para as culturas mistas
de Clorofíceas e de bactérias heterotróficas aeróbias, adaptadas ao consumo de
extrato de carne granulado;
- Verificar a aplicabilidade do teste A-D;
- Adaptar o teste A-D aos vários tipos de pré-tratamento (não aeração,
aeração e homogeneização, aeração e decantação, aeração e filtração,
esterilização) das amostras;
- Formular proposta metodológica de adaptação do teste A-D para amostras
de água e sedimento com matéria orgânica e metais.
8
4. ÁREA DE ESTUDO
4.1 Localização
A área estudada, Figura 1, situa-se na região sul do Brasil, no Estado do Rio
Grande do Sul, município de Caxias do Sul, faz parte da Bacia Hidrográfica do Arroio
Tega, que é um dos formadores da Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas, inserida na
Região Hidrográfica do Guaíba, constituindo uma das três regiões hidrográficas do
Estado.
4.2 Caracterização da Área
A Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas situa-se na região nordeste do estado
do Rio Grande do Sul, abrangendo uma área de 26.428 km
2
, equivalente a 9% do
território estadual, e 120 municípios, inseridos total ou parcialmente. Limita-se ao
norte com a bacia do rio Pelotas, a oeste e ao sul com a bacia do rio Jacuí e a leste
com as bacias dos rios Caí e Sinos. Trata-se do principal afluente do rio Jacuí, maior
formador do Guaíba.
Devido à sua magnitude, esta bacia possui características físicas e antrópicas
diferenciadas: áreas de alto índice de industrialização, áreas com predomínio de
produção primária, zonas intensamente urbanizadas e freqüente ocorrência de
enchentes, entre outras. Uma das regiões mais desenvolvidas do Estado, o
Aglomerado Urbano do Nordeste, encontra-se nesta bacia hidrográfica.
Os municípios integrantes desta bacia concentram 20% do PIB estadual,
caracterizando-se por possuírem a base econômica voltada para um setor industrial
em crescimento. Representando cerca de 16% da população estadual, os
municípios integrantes da bacia do Taquari-Antas caracterizam-se por um elevado
grau de urbanização, por uma densidade demográfica de 40 hab/km
2
e por uma taxa
de crescimento populacional próxima à média do Estado
(www.fepam.rs.gov.br/qualidade/taquariantas.asp, 20/10/2005).
Conforme mapas do arquivo topográfico do SAMAE, o Arroio Tega era
denominado oficialmente de Arroio Marques do Herval. De 1900 até meados da
década de 60, alguns o chamavam Arroio Biondo, provavelmente porque passava
pelas terras da família Biondo. O Arquivo Histórico Municipal não dispõe de dados
sobre o período de utilização do Tega, mas em alguns registros consta que as águas
cristalinas foram aproveitáveis até meados da década de 60, e eram carregadas de
balde, pois não existia canalização (JORNAL PIONEIRO, 27/10/2005).
O Arroio Tega, após atravessar toda a cidade, no sentido leste/oeste,
deságua no Rio das Antas, juntando-se ao Rio Jacuí e posteriormente ao Guaíba.
Apresenta uma extensão de 33 km, sendo 12 km na área urbana.
Às margens do Arroio Tega nasceram importantes indústrias, que
impulsionaram a economia do município: vinícolas, lanifícios, moinhos, serrarias,
ferrarias e uma usina hidrelétrica. Porém sem uma política ambiental definida, o
crescimento da cidade aliado à falta de consciência da população, devastaram a
mata nativa e poluíram o Arroio Tega com grande quantidade de despejos
domésticos, agrícolas e industriais, principalmente o ramo da metalurgia (JORNAL
PIONEIRO, 27/10/2005).
9
A poluição do Arroio Tega já havia sido confirmada em 15/10/1989, através de
um documento escrito pela Patrulha Ecológica da época, baseado nas análises
físico-químicas e biológicas feitas nos laboratórios da UCS e SAMAE. A análise
indicou a presença de 2400 nmpcf/100mL, sendo aceitável, segundo os padrões
legais da Resolução nº 286 do CONAMA (1986), até 1000 nmpcf/100mL, para
recreação de contato primário. O laudo também constatou a existência de metais
pesados como cobre, alumínio, sulfatos, chumbo, cromo, zinco, prata entre outros,
tornando a utilização imprópria para qualquer finalidade de consumo. No leito do
Arroio Tega também são encontrados plásticos, pneus, latas e outros tipos de
resíduos orgânicos que são despejados pela população que se instalou às margens
do arroio (REIS, 2002).
Os níveis de poluição e contaminação, principalmente, mudam conforme o
clima e o dia da semana. Observa-se uma carga maior durante o final de semana
quando há pouca probabilidade de uma fiscalização pelos órgãos ambientais.
FONTANELLA (2004) e CHIOCHETTA (2004) realizaram testes de toxicidade com
amostras coletadas no final de semana, comprovando sua maior toxicidade.
Há um projeto de tratamento denominado Sistema de Esgotamento Sanitário
da Bacia do Arroio Tega que prevê a implantação de uma rede coletora de esgotos
ao longo do Arroio e a construção de uma estação de tratamento que incluirá
digestores UASB, filtros biológicos e decantadores secundários. O projeto tentará
atender inicialmente 80 mil pessoas, podendo chegar a 250 mil, tendo um
investimento total de 15 milhões, incluindo a captação e a rede coletora implantada
no Arroio. A prioridade inicial será de retirar o esgoto das águas e direcioná-los para
a rede coletora. Numa outra etapa, o projeto inclui recuperar totalmente o Arroio. A
meta é que em 5 anos o Arroio Tega esteja como nos anos 20, quando as pessoas,
além de beber suas águas, também faziam do Arroio um atrativo para a cidade, mas
todo esse trabalho dependerá da conscientização das pessoas quanto à importância
do Tega (JORNAL PIONEIRO, 27/10/2005).
4.3 Locais de Amostragem
Caxias do Sul está situada sobre um divisor de águas, de um lado a Bacia
Hidrográfica do Rio Taquari-Antas e do outro a Bacia Hidrográfica do Rio Caí. O
Arroio Tega percorre a cidade recebendo efluentes de todos os tipos: cloacal,
industrial e agrícola, os quais irão desaguar na BH do Rio das Antas. De acordo
com os registros do Arquivo Histórico Municipal, o Arroio Tega foi muito importante
para o desenvolvimento da região, movimentando moinhos para a geração de
energia, servindo como fonte de água e alimento (peixes) para consumo humano e
de animais, além de áreas de lazer onde as famílias faziam piqueniques aos finais
de semana.
As coletas foram feitas em 5 locais, os quais foram selecionados de
acordo com a proximidade da jusante, curso médio e montante do arroio, tipologia
e potencial de impactação dos efluentes (predominantemente doméstico e
industrial) e acesso para coleta de amostras (trechos não canalizados), tendo
sempre o cuidado de se manter na área de abrangência da BH do Arroio Tega.
Os locais selecionados para a amostragem estão indicados nas Figuras 1 e
2.
10
Figura 1 - Localização da área de estudo. Os pontos marcados representam
os locais de coleta na Bacia Hidrográfica do Arroio Tega, Caxias do Sul/RS.
Figura 2 – Identificação dos locais de coleta, na Bacia Hidrográfica do Arroio
Tega, Caxias do Sul/RS.
11
Local 1: UTM 479552 – 6774466. Situado próximo da jusante do Arroio Tega
e não está canalizado. Não há mata ciliar, apenas vegetação rasteira, do tipo
capoeira. O assoreamento do canal é visível. Recebe a influência tanto de efluentes
industriais como domésticos, possui maior correnteza devido ao relevo acidentado,
presença de cascatas e muita vezes, há formação de espumas (Figura 3).
Figura 3 - Local de Amostragem nº 1, próximo à jusante da ponte, do Arroio
Tega, em estrada de acesso ao Bairro Mariani-Reolon, de fronte ao antigo Moinho
Germani.
12
Local 2: UTM 0481822 – 6775426. Localizado na zona industrial, porém
também recebe esgoto cloacal dos bairros residenciais próximos e das próprias
indústrias. Está canalizado na maior parte do trecho que atravessa a zona industrial,
apresentando assoreamento. Não há mata ciliar, pois ele segue seu curso dentro de
galerias de concreto (Figura 4).
Figura 4 - Local de Amostragem nº 2, área de forte influência industrial, no
curso médio do Arroio Tega, em estrada denominada de Perimetral Norte, ao lado
da Escola Estadual Evaristo De Antoni, no Bairro São José.
13
Local 3: UTM 485359 – 6776643. Situa-se num arroio que deságua dentro da
Represa São Paulo do Complexo Dal Bó, que desemboca posteriormente no Arroio
Dal Bó tributário do Arroio Tega, recebendo ao longo do seu percurso carga de
esgoto doméstico. De acordo com essa característica, ele não pode ser utilizado
como ponto controle conforme sugestões recebidas. Por se pensar que poderia ser
um ponto controle que se coletou a primeira vez (2º semestre de 2005). Não há
canalização, existe uma mata ciliar descontínua e deficiente (Figura 5).
Figura 5 – Local de Amostragem nº 3, arroio tributário da Represa São Paulo
do Complexo Dal Bó, comprometido por esgotos domésticos.
14
Local 4: UTM 04840329 – 6775210. Encontra-se no Arroio Previde, tributário
do Arroio Tega. Recebe esgoto cloacal e forte contribuição de efluentes industriais
como: mecânicas, posto de combustível, retíficas entre outros. Apresenta trechos
canalizados e não canalizados, estes com cobertura vegetal do tipo capoeira (Figura
6).
Figura 6 – Local de Amostragem nº 4, próximo à estrada denominada
Perimetral Norte, anterior ao Residencial Interlagos, corpo receptor de efluentes de
origem industrial e cloacal.
15
Local 5 : UTM 483738 – 6776921. Localiza-se num afluente da Represa São
Miguel do Complexo Dal Bó, que desemboca posteriormente no Arroio Dal Bó
tributário do Arroio Tega, considerado como local controle pelas medições a campo
(oxigênio, condutividade, pH) e pelo conjunto de fatores observados: cobertura
vegetal (mata ciliar), banhado (nascente) e campo, não sendo constatado
recebimento de esgoto cloacal ou industrial no entorno da área. Entretanto,
observam-se alterações antrópicas no ambiente como plantio de pinus e eucaliptus,
além da presença de banhistas e pescadores no local. Provavelmente, antigamente
havia habitação na área, pois se verificou os restos de construção (Figura 7).
Figura 7 – Local de Amostragem nº 5, dentro da área da Represa São Miguel
do Complexo Dal Bó, com modificações antrópicas na área e no seu entorno.
16
5. MATERIAL E MÉTODOS
O local para a pesquisa, Arroio Tega, foi escolhido devido à importância que
representa para o município de Caxias do Sul, não só pelos relatos históricos ou
porque como corpo receptor recebe os mais diversos tipos de efluentes líquidos e
resíduos sólidos ao longo do percurso, mas também pela sua funcionabilidade,
podendo futuramente, vir a fornecer água para abastecimento público se
recuperado, bem como, promover o desenvolvimento do turismo e a criação de
áreas de lazer.
A escolha dos parâmetros físicos e químicos a serem analisados foi feita
buscando a complementação das observações e análises dos ensaios
ecotoxicológicos no Teste A-D.
O presente estudo teve um período de amostragem de junho/2005 a
março/2006, envolvendo as estações inverno e verão.
5.1 Coleta das Amostras
A amostragem compreendeu a coleta simultânea de água e sedimento
superficial, em 5 locais do Arroio Tega e no arroio selecionado como local controle,
de modo a possibilitar uma estimativa da contribuição natural, no que tange aos
aspectos químicos e físicos, da composição desses compartimentos. Para a
coleta, observava-se antes a condição climática, com um mínimo de três dias sem
precipitação, de forma a evitar a diluição e a dissolução das amostras.
5.1.1 Coleta e Análise de Água
A coleta de água foi realizada entre a superfície e a aproximadamente 10 cm
de profundidade, dependendo o local de amostragem. Para a obtenção e o
armazenamento das amostras de água foram utilizados frascos plásticos de 5L
previamente lavados com água deionizada e água do local. Estes, foram
preenchidos com o auxílio de um becker, esterilizado e também enxaguado com a
água do local. Terminada a coleta, as amostras foram identificadas e encaminhadas
aos laboratórios, mantidas sob refrigeração, em torno de 4º C.
Nas amostras de água foram determinados os parâmetros: pH, condutividade
elétrica (µS/cm), temperatura (ºC) e OD (mg/L e % de saturação), fosfato solúvel
(mg/L), nitrato (mg/L), amônia (mg/L) e demanda bioquímica de oxigênio - DBO
5
(mg/L). Os quatro primeiros parâmetros foram medidos em campo através dos
aparelhos portáteis: pH-metro, termômetro, condutivímetro e oxímetro. Os demais
foram analisados segundo APHA (2005) por Espectrofotometria de Absorção
Atômica utilizando o espectrofotômetro HACH 4000 no Laboratório de Limnologia e
Toxicologia da Universidade de Caxias do Sul - UCS,.
Também se determinaram os metais pesados Ni, Cr, Zn (totais) e Cu
(dissolvido) pelo método EAS (Espectrofotometria de Absorção Atômica - Chama Ar
Acetileno) no Laboratório da Central Analítica da UCS, utilizando o
espectrofotômetro SpectrAA 250 Plus Varian.
Os parâmetros físicos e químicos analisados e os procedimentos analíticos
17
estão descritos a seguir na Tabela 1.
Tabela 1 – Parâmetros analisados e metodologia utilizada nas amostras de
água.
5.1.2 Coleta e Análise de Sedimento
O sedimento foi coletado com Draga de Eckmann nos locais 1 e 2, de maior
profundidade e, com peneira de 0,63 mm, usada em coleta de macroinvertebrados
bentônicos, nos locais rasos 3 e 5. Retirou-se uma fração superficial (± 10 cm), que
segundo FORSTNER & WITTMANN (1981) é a camada recente ou biologicamente
ativa e que está diretamente em contato com a coluna d’água. A amostragem
sempre ocorreu nas margens e no centro do arroio com posterior homogeneização
das amostras. O local 4 não foi amostrado pela impossibilidade de coleta e análise,
já que os cascalhos e matacões são o seu sedimento característico. Após a coleta,
as amostras foram rapidamente armazenadas em sacolas plásticas, identificadas e
colocadas em bandejas, para evitar seu deslocamento durante o transporte.
Segundo a literatura, em qualquer circunstância é recomendado evitar o
transcurso de tempo prolongado entre a coleta e a análise de amostras ambientais,
especialmente de sedimentos destinados a análises de toxicidade (BURTON, 1992).
As amostras de sedimentos foram levadas imediatamente, em no máximo 30 min, ao
Laboratório de Limnologia e Toxicologia da UCS, pesadas, dispostas em beckers de
500 e 250 mL e colocadas em estufa a 60ºC até secagem completa. Após a
secagem, o sedimento foi novamente homogeneizado, sendo identificado e
separado em saco plástico: uma parcela foi encaminhada à análise de granulometria
no Laboratório do Centro de Estudos Costeiros da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS, outra para a análise de metais pesados e matéria orgânica
nos Laboratórios do Centro de Ecologia da UFRGS e, a maior parte para os testes
biológicos (Teste A-D) no Laboratório de Limnologia e Toxicologia da UCS.
A análise granulométrica consistiu na separação das principais classes
Parâmetro
Analisado
Metodologia Utilizada Limite de
detecção
N-NO
3
Espectrometria Uv-Vis
0,01 mg/L
N-NH
3
Titulométrico com destilação prévia e Nesslerização
0,01 mg/L
P-PO
4
Colorimétrico do ácido ascórbico
0,01 mg/L
Ni total
Espectrometria de Absorção Atômica Chama Ar Acetileno
0,02 mg/L
Cr total
Espectrometria de Absorção Atômica Chama Ar Acetileno
0,02 mg/L
Zn total
Espectrometria de Absorção Atômica Chama Ar Acetileno
0,01 mg/L
Cu dissolvido
Espectrometria de Absorção Atômica Chama Ar Acetileno
0,01 mg/L
DBO
5
Método de Winkler
0,1 mg/L
OD
Potenciométrico
0,1 mg/L
pH
Potenciométrico
-
Temperatura
Termometria
-
Condutividade
Condutivimetria
1 µs/cm
Altitude
Sistema de Posicionamento Global – GPS
-
18
texturais dos sedimentos (cascalho, areia, silte e argila) pelo Programa PANICOM/
SAG, determinando a classificação textural de SHEPARD.
A extração dos metais totais Ni, Cr, Zn e Cu foi feita por digestão ácida com
ácido nítrico e fluorídrico 1:1 em sistema fechado e quantificação por EAA
(Espectrofotometria de Absorção Atômica), Chama Ar – Acetileno. Optou-se por
medir os metais totais obtendo-se, desta forma, as taxas máximas dos metais
presentes, uma vez que a taxa de metais extraíveis está contida na taxa de metais
totais do sedimento estudado.
A determinação da matéria orgânica fez-se por Gravimetria, calcinação à
550ºC (ALLEN, 1989).
5.2 Testes Ecotoxicológicos -Testes de Assimilação e Dissimilação (Teste A-D)
Com o propósito de verificar a possibilidade de aplicabilidade do Teste de
Assimilação e Dissimilação, objetivando a padronização e uma informação preliminar
a cerca das características toxicológicas da água e do sedimento, efetuaram-se os
testes de toxicidade com culturas mistas de clorofíceas e culturas de bactérias
aeróbias heterotróficas adaptadas ao consumo de extrato de carne granulado,
O Teste A-D com as amostras de água utilizou vários tipos de tratamento
(sem tratamento ou amostra bruta, aeração e homogeneização, aeração e
decantação, aeração e filtração, esterilização – autoclavagem a 120ºC por 15 min).
Já com as amostras de sedimento, após a completa secagem e realização do
quarteamento para homogeneização, seguiu-se o procedimento de preparação do
elutriato descrito pela EPA (1991): solução constituída de uma parte de sedimento
para quatro partes de água deionizada, agitada manualmente (bastão) por 30 min,
deixa-se descansar por 1h, retira-se o sobrenadante e após centrifugada (5.000
rpm/15min) é adicionada às culturas de algas e bactérias para iniciar o Teste A - D.
O Teste de Assimilação e Dissimilação avalia a inibição da atividade
fotossintética e da respiração após exposição de 24h das culturas mistas de
clorofíceas e bactérias aeróbias às diluições de amostras de água superficial,
efluente ou elutriato.
5.2.1 Teste de Assimilação (Teste A)
Este estudo utilizou uma suspensão multialgal de Clorofíceas obtidas no
Laboratório de Toxicologia da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM)
para iniciar a cultura permanente. Devido às condições de manutenção: composição
específica da solução nutritiva A (item 5.2.1.1, letras c e d), luminosidade e
temperatura obtém-se uma predominância de algas verdes, principalmente do
gênero Scenedesmus, muito usado em testes toxicológicos padronizados.
5.2.1.1 Manutenção das Culturas de Algas
a) Cultura Permanente
As culturas permanentes servem como matéria-prima para os Testes de
19
Assimilação. Estas foram mantidas em frascos de vidro cilíndricos de 500 mL, numa
temperatura de 20ºC, sob aeração e iluminação contínua de 120 µE/m
2
s, com a
adição diária de solução nutritiva A, sendo desta forma, necessária a troca de meio a
cada semana. O objetivo desta renovação é manter as culturas permanentes em
crescimento constante. Tanto a cultura permanente como a pré-cultura (Figura 8)
foram mantidas sob as mesmas condições padronizadas.
b) Pré-Cultura
A partir da transferência de 20% da cultura permanente iniciava-se a pré-
cultura. A transferência era feita antes da fase de declínio do crescimento da
população para obtenção de uma pré-cultura em crescimento acelerado. Para a pré-
cultura utilizavam-se cilindros de 1000 mL, onde 900 mL correspondia a solução
nutritiva A e 100 mL à suspensão da cultura permanente, contendo em torno de 10
5
células/mL.
Em aproximadamente quatro dias, a pré-cultura atinge o crescimento
exponencial e está fisiologicamente adaptada às condições necessárias para a
realização do teste.
Figura 8 – Manutenção das culturas mistas de Clorofíceas. Culturas
permanentes à esquerda. Pré-culturas, usadas para a realização dos testes, à
direita.
c) Solução Nutritiva A – Para a Cultura Permanente e Pré-Cultura
A Solução A é constituída por 5 mL da solução I; 0,5 mL da solução II; 0,5 mL
da solução III (a composição das soluções pode ser verificada na Tabela 2); mais 1,5
g de Bicarbonato de Sódio e completa-se o volume de 500 mL com água deionizada,
conforme a Tabela 2.
20
d) Solução Nutritiva B – Para a realização do Teste de Assimilação
A Solução B é constituída por 50 mL da solução I; 5 mL da solução II; 5 mL da
solução III; mais 1,5 g de Bicarbonato de Sódio e completa-se o volume de 500 mL
com água destilada.
A Solução Nutritiva B, usada para a realização do Teste A, tem uma
concentração dez vezes maior que a Solução Nutritiva A. O objetivo é atingir o valor
desejado para a validação do Teste A, que no controle deve ter uma produção
bioquímica de oxigênio (PBO) de 6 ± 1 mg/L em 24 horas. Este valor é atingido com
uma concentração inicial de 50.000 células/mL, em crescimento exponencial, com
uma temperatura de 20ºC, uma intensidade de luz de 120 µE/m
2
s e uma
concentração 10x mais alta do que na solução nutritiva da manutenção da cultura
permanente e da pré-cultura. Não atingindo este valor, a pré-cultura não se encontra
em crescimento suficiente. Por causa disto, a manutenção e a observação desta
suspensão possuem um papel decisivo para a padronização do Teste A. O número
de células de algas por mL é obtido por espectrofotometria após uma correlação
entre a absorbância e o número de células de algas. Uma suspensão de 50.000
células de algas por mL corresponde a uma absorbância de Abs
578
= 0,010 (em
cubeta com d = 1 cm). Verificada a absorbância da suspensão de pré-cultura, é
calculada uma relação de diluição e o volume total necessário para o teste é
alcançado através da Solução Nutritiva B, de concentração 10x maior.
Tabela 2 – Composição e concentração química utilizada na preparação das
soluções nutritivas A e B.
Composição Química Concentração
Solução I
NH
4
Cl
MgCl
2
.6H
2
O
CaCl
2
.2H
2
O
MgSO
4
.7H
2
O
KH
2
PO
4
1,5 g/L
1,2 g/L
1,8 g/L
1,5 g/L
0,16 g/L
Solução II
FeCl
3
.6H
2
O
Na
2
EDTA.2H
2
O
80 mg/L
100 mg/L
Solução III
H
3
BO
3
MnCl
2
.4H
2
O
ZnCl
2
CoCl
2
.6H
2
O
CuCl
2
.6H
2
O
Na
2
MoO
4
.2H
2
O
185 mg/L
415 mg/L
3 mg/L
1,5 mg/L
0,01 mg/L
7 mg/L
NaHCO
3
50 g/L
Seguindo a ISO 8692:E (1989)
5.2.1.2 Procedimentos do Teste A
Na preparação dos testes coloca-se, primeiro, água deionizada
correspondente a ¾ do volume do balão volumétrico esterilizado de 1 L, para evitar
reações de precipitação entre a solução nutritiva B e o meio a ser testado e também,
21
para evitar o contato direto das algas com o meio. Após são adicionados 100 mL de
solução nutritiva B, mais o volume do meio a ser testado (diferentes diluições da
água superficial ou do elutriato) e o volume da suspensão de pré-cultura de algas
necessário para se obter uma concentração de 50.000 células/mL, completando-se
o volume de 1 L com água deionizada. O controle do teste é feito com água
deionizada, a mesma quantidade de solução nutritiva B e do volume de suspensão
de células de algas. O controle e as diluições, ambos de 1 L, foram distribuídos em 6
frascos de Winkler. Três frascos foram colocados em uma sala climatizada com
20ºC e iluminação constante de 120µE/m
2
s, denominados frascos claros, e os outros
três foram mantidos no escuro, sob a mesma temperatura de 20ºC, denominados
frascos escuros. O teor de oxigênio foi medido em todos os frascos antes e depois
da exposição de 24 horas.
Em relação às diluições, tanto as amostras de água superficial quanto as de
elutriato foram testadas nas concentrações 20%, 40%, 60% e 80% do volume de 1 L
do balão volumétrico. Nos ensaios com elutriato, para eliminar a turbidez, de modo a
evitar a interferência na taxa de produção bioquímica de oxigênio, antes da
realização dos testes, o preparado foi submetido à centrifugação por 15 min a 5000
rpm, em temperatura ambiente.
5.2.1.3 Cálculo dos Resultados
A Produção Bioquímica de Oxigênio (PBO) ou Potencial de Produção de
Oxigênio (PPO) é determinada dessa forma:
PBO (mg/L) = O
2
(mg/L) final claro – O
2
(mg/L) final escuro (após 24 h)
A produção de oxigênio do meio a ser testado e do controle é calculada
utilizando a diferença do frasco claro e frasco escuro.
A taxa de PBO de uma dada concentração do meio a ser testado é calculada
pela equação:
A
PBO
(%) = (PBOn – PBOc) x 100
PBOc
Onde:
A
PBO
= Taxa da Produção Bioquímica de Oxigênio
PBOc = Produção Bioquímica de Oxigênio do Controle
PBOn = Produção Bioquímica de Oxigênio no Nível de Concentração do Meio
a ser Testado
O critério do Teste de Assimilação é a inibição da PBO da concentração do
meio a ser testado, em relação ao controle. Trata-se da produção líquida. Assim,
valores negativos na PBO (c > n) são uma indicação de inibição ou de toxicidade da
amostra. Valores positivos, ou seja, favorecimento da Assimilação, podem ocorrer
em meios que contêm muitos nutrientes, principalmente fosfatos e nitrogênio
inorgânico, onde o efeito de “adubação” do meio a ser testado supera um provável
efeito tóxico.
22
5.2.2 Teste de Dissimilação (Teste D)
Para o Teste de Dissimilação foram obtidas bactérias aeróbias heterotróficas
a partir de uma incubação com água do arroio, localizado nas coordenadas UTM
485948 – 6773971, próximo ao Bloco 57 da UCS.
As bactérias oriundas do arroio foram adaptadas ao consumo de extrato de
carne granulado. Esta adaptação é feita para reduzir o consumo de eventuais
substâncias biodegradáveis no meio a ser testado, causando um aumento da taxa
de decomposição aeróbia nas amostras. Este aumento pode mascarar um eventual
efeito tóxico. Pela adaptação reduz-se este efeito, porém torna-se impossível
eliminá-lo por completo, tendo em vista que, o extrato de carne granulado foi
escolhido para a manutenção das bactérias porque apresenta uma composição
similar a substâncias orgânicas contidas em esgotos cloacais.
5.2.2.1 Manutenção das Culturas de Bactérias
As culturas de bactérias foram mantidas em dois aquários de vidro, um de 35
L e outro de 50 L, sob aeração contínua em sala aclimatizada, com temperatura
controlada de 20ºC e sem iluminação (em caixa de madeira) para evitar uma
contaminação por algas. Deste volume total, 10% compreenderam grânulos de areia
lavados e esterelizados, 10% de água do arroio e 80% de água filtrada (Figura 9).
Figura 9 – Aquário de 35 L utilizado para a manutenção da cultura mista de
bactérias aeróbias heterotróficas adaptadas ao consumo de extrato de carne
granulado.
Diariamente, se fez necessária a retirada de água para as medidas do CBO
(Consumo Bioquímico de Oxigênio) e a adição de 0,006 mg de extrato de carne
23
granulado para o aquário de 35 L e 0,005 mg para o de 50 L. Antes da adição, o
extrato de carne granulado foi diluído em água reconstituída. Para o teste, o volume
retirado não podia ultrapassar 10% do volume total do aquário, sendo substituído
imediatamente com água filtrada.
A água de Dissimilação retirada, correspondente a 1L, era colocada em
três frascos de Winkler e medida a concentração de oxigênio inicial. Após um
período de 24 h, sob temperatura de 20ºC, mantidos no escuro, os frascos eram
submetidos à medição do teor de oxigênio final. O valor do CBO diário era obtido
pela diferença dos dois valores. O valor desejado do CBO, sob condições
controladas, deveria estar em torno de 0,5 mg/L, conforme KREBS (1985).
A água reconstituída tem composição de 4,850 mL de água deionizada, 100
mL de solução 1 e 50 mL de solução 2. A solução 1 tem constituição de 7,5 g de
Carbonato de Cálcio (CaCO
3
) para um volume de 5 L. E a solução 2, 1 g de Cloreto
de Potássio (KCl), 2,4 g de Bicarbonato de Sódio (NaHCO
3
) e 30,5 g de Sulfato de
Magnésio (MgSO
4
) também para um volume de 5 L.
5.2.2.2 Procedimento do Teste D
O Teste de Dissimilação requer um CBO de 5 ± 1 mg/L, no escuro durante 24
horas a uma temperatura de 20ºC. Segundo CHIOCHETTA (2004), este valor,
normalmente, seria alcançado com uma concentração de peptona 100x maior no
que na água de Dissimilação. Para o Teste D se utilizaram as mesmas diluições do
Teste A (concentrações 20, 40, 60 e 80%). As diluições foram feitas com água de
Dissimilação, adição de 0,006 g extrato de carne granulado e mais o volume do meio
a ser testado (diferentes diluições da água superficial ou do elutriato) em um balão
volumétrico esterelizado de 500 mL. O controle foi feito com água de Dissimilação e
a adição de 0,006 g de extrato de carne granulado. Depois de preparada a diluição,
esta foi distribuída em três frascos de Winkler, mantidos em uma estufa sem
iluminação, com temperatura a 20ºC. O teor de oxigênio foi medido em todos os
frascos, antes e depois da exposição de 24 horas.
5.2.2.3 Cálculo dos Resultados
O Consumo Bioquímico de Oxigênio (CBO) ou Potencial de Consumo de
Oxigênio (PCO) é determinado dessa forma:
CBO (mg/L) = O
2
(mg/L) inicial – O
2
(mg/L) final após 24 horas
A taxa do CBO de uma dada concentração do meio a ser testado se calcula
pela seguinte equação:
D
CBO (%)
= (CBOn – CBOc) x 100
CBOc
Onde:
D
CBO
= Taxa do Consumo Bioquímico de Oxigênio
24
CBOn = CBO da Concentração do Meio a ser Testado
CBOc = CBO do Controle
O critério do Teste de Dissimilação é a inibição do CBO e, depende da
comparação entre a concentração do meio a ser testado e o controle. Assim, valores
negativos do CBO (c>n) indicam inibição ou toxicidade da amostra. Valores
positivos, favorecimento ou aceleração dos processos de Dissimilação, podem
ocorrer em esgotos biodegradáveis não tóxicos e também nos casos onde o CBO no
meio a ser testado supera um provável efeito tóxico.
Amostras com valores finais de oxigênio abaixo de 1 mg/L não devem ser
utilizados para a interpretação da inibição, devido à ocorrência de processos
anaeróbios. Os testes têm validade quando o consumo de oxigênio previsto no
controle for alcançado.
Valores de inibição e acelerão da PBO e do CBO até 10% são
considerados NOEL (no observed effect level). Nesta faixa torna-se difícil diferenciar
entre efeitos tóxicos e casuais dos ensaios. Então, são considerados acima de 10%.
5.3 Pré - tratamentos com as amostras de água superficial
Com o objetivo de eliminar interferências da DBO no Teste D e dos nutrientes
no Teste A, foram realizados os seguintes pré-tratamentos: sem aeração, aeração e
homogeneização, aeração e decantação, aeração e filtração, esterilização das
amostras. Também foram realizados os Testes A-D com as amostras brutas
(referência) que ocorreram no dia da coleta.
A amostra esterilizada era submetida a 120ºC por 15 min em autoclave.
A amostra decantada era obtida após aeração com bombas de ar durante 5
dias, em temperatura ambiente, simulando a DBO
5
e decantação de forma natural
por 1 hora.
A amostra homogeneizada era obtida após aeração com bombas de ar
durante 5 dias, em temperatura ambiente, simulando a DBO
5
e homogeneização
manual com bastão de vidro antes da utilização nos testes.
A amostra filtrada era obtida após aeração com bombas de ar durante 5 dias,
em temperatura ambiente, simulando a DBO
5
e filtração em membrana de 0,45 µm.
Este pré-tratamento foi em seguida abandonado pelo fato de apresentar resultados
semelhantes ao pré-tratamento aerado decantado.
5.4 Análises Estatísticas
Os testes estatísticos foram realizados no Núcleo de Assessoria Estatística
(NAE) do Departamento de Estatística, Instituto de Matemática, da UFRGS.
Os dados obtidos foram organizados em matrizes, onde as unidades
amostrais foram dispostas em linhas e as variáveis em colunas.
A mensuração dos testes biológicos foram descritos da seguinte forma: 0 =
quando não ocorreu inibição nem aceleração, 1 – quando ocorreu inibição e 2 –
quando ocorreu aceleração, de modo a conservar as informações dos dados
originais.
Para tabulação e processamento dos dados, foram utilizados os programas
25
estatísticos SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 8.0 e SAS
(Statistical Analysis System) versão 9.1.
Como primeira análise empregou-se a estatística descritiva, com
obtenção da média e desvio padrão.
A análise estatística utilizada foi a Análise de Medidas Repetidas. Os dados
apresentaram heterogeneidade de variâncias tanto para os Testes A-D com as
amostras de água superficial como com as de sedimento (elutriato). Devido a
variabilidade dos dados do Teste A com as amostras de água superficial, aplicou-se
o Teste de Comparações Múltiplas Dunnett T3, no nível de significância de 5%.
Os dados dos Testes A com as amostras de sedimento (elutriato) foram
transformados através do método de Mínimos Quadrados Ponderados, cuja
variância dos grupos entrou na composição da ponderação. Foi aplicado o Teste de
Comparações Múltiplas de Tukey (aplicado sempre no caso de rejeição da hipótese
de nulidade para ANOVA), no nível de significância de 5%.
Utilizou-se o Teste Kruskal – Wallis que é um teste não-paramétrico
equivalente ao ANOVA para distribuição assimétrica. O Teste Qui-Quadrado mais
especificamente o Teste Exato de Fisher foi utilizado para verificar associações entre
as variáveis.
Nos testes estatísticos foram comparados os dados entre os níveis de
concentração, época de coleta, pré-tratamentos. .
Para a comparação geral, entre os locais de coleta, dados das análises
químicas da água (metais pesados e nutrientes), dados químicos do sedimento
(metais pesados, matéria orgânica e granulometria) e dados dos Testes A-D com
água superficial e sedimento foi realizada a análise não paramétrica.
Na avaliação das relações entre as variáveis das amostras de água superficial
e sedimento foi utilizado a Correlação de Spearman.
26
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Avaliação dos Parâmetros Físicos e Químicos da Água Superficial
De acordo com RAND & PETROCELLI (1985), no ambiente aquático, um
poluente pode existir sob três diferentes formas, que determina a sua
disponibilidade para os organismos: dissolvido, onde pode ser prontamente
incorporado, adsorvido a um componente biótico ou abiótico, podendo permanecer
suspenso na coluna d’água ou depositar-se no sedimento de fundo, onde estará
temporariamente ou permanentemente indisponível e incorporado aos organismos,
podendo ser metabolizado e novamente excretado para a água.
A poluição das águas tem como origem diversas fontes, dentre as quais se
destacam os efluentes domésticos, os efluentes industriais e a carga difusa urbana e
agrícola. Essas fontes estão associadas ao tipo de uso e ocupação do solo, sendo
responsável junto com a natureza geológica do terreno e a cobertura vegetal pela
qualidade das águas na Bacia Hidrográfica. Cada uma dessas fontes possui
características próprias relacionadas aos poluentes presentes. Por exemplo, os
esgotos domésticos apresentam contaminantes orgânicos biodegradáveis, nutrientes
e bactérias.
Os rios vêm sendo depositários de rejeitos por muitos anos, alterando
profundamente o estado natural do meio aquático. As alterações da qualidade da
água representam uma das maiores evidências do impacto das atividades humanas
sobre a biosfera (PORTO et al., 1991). Assim, a qualidade da água superficial de um
rio em qualquer ponto reflete muitas influências, sendo importante a sua
identificação e quantificação como forma de gerenciamento dos recursos da terra e
águas (MARKICH & BROWN, 1998).
Os parâmetros físicos e químicos da água superficial da Bacia Hidrográfica do
Arroio Tega, referente ao 2º semestre/05 (Tabela3) e 1º semestre/06 (Tabela 4),
estão apresentados para os locais de coleta. Os resultados, com exceção da
temperatura (ºC), condutividade (µS/cm) e altitude (m), estão expressos em mg/L e
são comparados à Classe 2 (quando não há classificação definida) - águas que
podem ser destinadas: ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
simplificado; à proteção das comunidades aquáticas; à recreação de contato
primário, tais como natação, esqui-aquático e mergulho e Classe 4 (para mostrar
elevados níveis de metais) - águas que podem ser destinadas à navegação e à
harmonia paisagística, da Resolução CONAMA nº 357/ 2005.
27
Tabela 3 - Concentração dos parâmetros físicos e químicos nas amostras de água
dos locais de coleta da Bacia Hidrográfica do Arroio Tega, no 2º semestre/05:
Parâmetros Unidades Classe 2 Classe 4 L1 L2 L3 L4 L5
N-NO
3
mg/L 10,0 10,0 5,5 7,6 0,16 10,2 1,0
N-NH
3
mg/L 2,0 5,6 5,9 3,2 - 70,2 0,01
P-PO
4
mg/L 0,10 0,15 0,51 0,64 - 0,82 0,01
Ni total mg/L 0,025 0,025 0,14 0,47 <0,02 0,77 0,04
Cr total mg/L 0,05 0,05 < 0,03 0,34 <0,04 2,32 <0,04
Zn total mg/L 0,18 5,0 0,19 0,18 0,04 0,20 0,09
Cu dissolvido mg/L 0,009 0,013 < 0,01 0,04 0,02 0,08 <0,01
DBO
5
mg/L 5,0 10,0 6,4 5,1 6,8 6,9 0,8
OD mg/L 5,0 >2,0 7,7 5,2 6,1 7,1 8,3
pH mg/L 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 7,67 7,2 7,10 7,36 6,65
Temperatura ºC - - 15,2 12,5 17,5 18,6 23
Condutividade µS/cm - - 45 65,4 32 113 13,8
Altitude m - - 694 704 777 755 778
Tabela 4 - Concentração dos parâmetros físicos e químicos nas amostras de água
dos locais de coleta da Bacia Hidrográfica do Arroio Tega, no 1º semestre/06:
Parâmetros Unidades Classe 2 Classe 4 L1 L2 L4 L5
N-NO
3
mg/L 10,0 10,0 4,21 8,3 0,09 <0,01
N-NH
3
mg/L 2,0 5,6 12,54 7,1 8,47 0,14
P-PO
4
mg/L 0,10 0,15 0,83 0,80 0,67 <0,01
Ni total mg/L 0,025 0,025 0,06 0,20 0,20 <0,03
Cr total mg/L 0,05 0,05 0,06 0,19 3,68 < 0,02
Zn total mg/L 0,18 5,0 0,51 0,22 0,05 0,03
Cu dissolvido mg/L 0,009 0,013 0,03 0,05 < 0,01 < 0,01
DBO
5
mg/L 5,0 10,0 27,0 27,0 45,0 20,0
OD mg/L 5,0 >2,0 2,0 2,8 6,9 7,6
pH mg/L 6,0 a 9,0 6,0 a 9,0 7,00 6,72 7,81 7,20
Temperatura ºC - - 21,2 20 21,9 18,7
Condutividade µS/cm - - 348 305 348 23,5
Altitude m - - 694 704 755 778
Obs.: Resultados comparados a condição de qualidade Classe 2 e Classe 4
da Resolução CONAMA nº 357/05.
28
6.1.1 Metais
A toxicidade dos metais é uma questão de dose ou tempo de exposição, da
forma física e química do elemento e da via de administração/adsorção. Os níveis
máximos permitidos pelos órgãos de controle ambiental, EPA (Environmental
Protection Agency, EUA), WHO (World Health Organization, ONU) e CONAMA
(Conselho Nacional de Meio Ambiente), quanto à qualidade da água superficial
variam entre si, sendo as diferenças reflexos do potencial toxicológico do metal e da
qualidade ambiental de cada país (PIRES et al., 2000).
Quando comparada à legislação de outros países, como por exemplo,
Canadá, EUA e organizações internacionais como a World Health Organization, o
Brasil, de certo modo, tem os seus limites alinhados e, em alguns casos, mais
restritivos (LEMES, 2001).
A água é a principal via de transporte de metais. O transporte de metais
pesados ou elementos-traço pode ser realizado de duas formas físicas: as espécies
dissolvidas e as espécies associadas a partículas sólidas (FÖRSTNER &
WITTMANN, 1981; LACERDA, 1983; RUBESKA, 1988).
A análise quantitativa de metais totais na água bruta representa o somatório
da concentração de um dado elemento na fração dissolvida mais o seu conteúdo
ligado à fração suspensa.
Os metais totais níquel, cromo, zinco e o cobre dissolvido foram escolhidos
para serem avaliados baseado na toxicidade potencial para a biota aquática e para o
homem. Estes metais também são os lançados pelas empresas situadas na região
de estudo.
Para melhor compreensão da toxicidade e mobilidade dos metais, pode-se
considerar a classificação segundo BORG (1995): zinco e níquel são elementos
presentes principalmente na forma dissolvida, sendo muito suscetíveis ao
decréscimo de pH, relativo à mobilidade, sedimentação, concentração e especiação;
cromo é um elemento presente principalmente adsorvido às partículas; cobre é um
elemento presente principalmente na forma de complexos coloidais ou dissolvidos.
a) Níquel total
O níquel ocorre na crosta terrestre em uma concentração média de 75 mg/kg.
Em ambientes reduzidos, forma sulfitos insolúveis. Em condições aeróbias e pH
inferior a 9 se complexa com hidróxidos, carbonatos, sulfatos e ligantes orgânicos.
Também, pode se aderir reversivelmente a compostos de alumínio e manganês. Há
uma significativa correlação entre as concentrações de níquel e alumínio. Também
se adere a argilas e outras partículas finas (CETESB, 2001). O níquel é encontrado
em despejos industriais resultantes das atividades de galvanoplastia/ galvanização e
tinta invisível (BRAILE & CAVALCANTI, 1993).
O Ni total (Figura 10) foi detectado em todas as coletas amostrais. Somente
na amostra do local de coleta 3, em sua única campanha amostral (inverno/05), o
metal apresentou-se abaixo (<0,02 mg/L) do valor de referência das Classe 2 e 4 da
Resolução nº 357/05 do CONAMA (0,025 mg/L) e junto com o local de coleta 5,
considerado local controle, (<0,03 mg/L) no período de verão/06, apresentou valores
menores que o limite de detecção do método analítico (0,02 mg/L).
Conforme Relatório da CETESB (2001), na água, a concentração de níquel
29
tipicamente varia entre 0,001 e 0,003 mg/L, porém entradas antropogênicas podem
aumentar para 0,01 a 0,05 mg/L. É o que se constata, embora de forma bem mais
expressiva, com os valores elevados do metal registrados para os locais 2 (0,47 e
0,2 mg/L, respectivamente inverno/05 e verão/06) e 4 (0,77 e 0,2 mg/L
respectivamente inverno/05 e verão/06), situados na zona industrial. O local 1 (0,14
e 0,06 mg/L, respectivamente inverno/05 e verão/06), localiza-se mais distante da
zona industrial propriamente dita, aproximando-se da jusante da ponte do Arroio
Tega, e apresenta menor teor de níquel em relação aos locais que se destacaram
pelos níveis mais elevados.
Ni Total
0,01
0,10
1,00
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão CONAMA 357/05 = 0,025 mg/L
Figura 10: Concentração de Níquel total na água superficial dos locais de
coleta da área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência, condição de qualidade Classe
2 e 4.
b) Cromo total
O cromo ocorre na crosta terrestre em uma concentração média de 100
mg/kg. Na água, o teor natural é baixo entre 0,001 a 0,010 mg/L (MUDROCH et al,
1988 apud MOORE, 1990).
Muitas nações usam o padrão de potabilidade recomendado pela
Organização Mundial de Saúde de 0,05 mg/L, neste caso é assumido que o Cr
+6
é a
espécie dominante. A EPA (1989b) desenvolveu padrão menos restritivo de 0,12
mg/L, que foi derivado com base em ingestão crônica de água contendo Cr
3+
e Cr
6+
.
O conteúdo de Cr total (Figura 11) foi detectado em todas as amostras
coletadas. O local de coleta 5 apresentou nas duas campanhas amostrais,
inverno/05 e verão/06, o metal com valores abaixo (0,04 e 0,02 mg/L) do valor de
referência das Classe 2 e 4 da Resolução nº 357/05 do CONAMA (0,05 mg/L), assim
como, as amostras dos locais de coleta 1 (0,03 mg/L) e 3 (0,04 mg/L). Já os valores
do metal para os locais de coleta 2 (0,34 e 0,19 mg/L) e 4 (2,32 e 3,68 mg/L),
demonstraram estar acima da referência nas duas campanhas amostrais.
A justificativa para os elevados índices de cromo nos locais 2 e 4, situados na
zona industrial do município, dá-se pelo ramo industrial das atividades industriais
localizadas nesta área. CETESB (2001) explica que o uso primário metalúrgico do
cromo é a produção de ligas usadas em aço inox e outros produtos especializados.
30
Os cromitos são primeiramente convertidos em dicromato de sódio e depois usados
na manufatura de ácido crômico, pigmentos e agentes tânicos para couro. O
trabalho de BRAILE & CAVALCANTI (1993), acrescenta que a ocorrência natural de
sais de cromo hexavalente, os cromatos, é muito rara, de modo que quando estão
presentes na água, devem originar-se da poluição por despejos industriais. Os sais
de cromo hexavalente são largamente usados nas operões de piquelagem e
cromagem de metais (galvanização), corantes, explosivos, cerâmica, papel, tinturaria
em indústrias têxteis, fotografia, etc.
Cr Total
0,0
0,1
1,0
10,0
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão CONAMA 357/05 = 0,05 mg/L
Figura 11: Concentração de Cromo total na água superficial dos locais de
coleta da área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência, onde a condição de qualidade
Classe 1 a 4 é a mesma.
c) Zinco total
O zinco ocorre na crosta terrestre em uma concentração de 70 mg/kg. Os
maiores usos do zinco são para revestimento de proteção do ferro e aço e
fabricação de ligas e latão. Aproximadamente 34% do total emitido de zinco na
atmosfera são de fonte natural, o restante tem origem em produção do metal,
queima de carvão e óleo, fertilizantes e produção de cimento (MOORE, 1991).
A ocorrência de Zn total (Figura 12) acima do limite de detecção do método
analítico (0,01 mg/L) se verificou em todas as amostras. O local 1 apresentou nas
duas campanhas amostrais, inverno/05 e verão/06, o metal com valores superiores
(0,19 e 0,51 mg/L) ao de referência da Classe 2 da Resolução nº 357/05 do
CONAMA (0,18 mg/L), bem como, o local 2 na amostragem de verão/06 (0,22 mg/L)
e com valor igual ao da norma no período de inverno/05 (0,18 mg/L) e o local 4 no
inverno/05 (0,2 mg/L). Já em comparação ao limite estabelecido na Classe 4 (5
mg/L), nenhum dos locais atingiu esta condição de qualidade. Isto pode ter ocorrido,
pois conforme MOORE (1991), o zinco se adere rapidamente a muitos ligantes
orgânicos, principalmente na presença de compostos de nitrogênio e enxofre
doadores de átomos. Em condições aeróbias, Zn
+2
é espécie predominante para pH
ácido. Em condições anaeróbias, forma ZnS entre pH 1 a 14.
31
Zn Total
0,01
0,1
1
10
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão CONAMA 357/05 = 0,18 mg/L
Figura 12: Concentração de Zinco total na água superficial dos locais de
coleta da área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência, condição de qualidade Classe
2 .
d) Cobre dissolvido
O cobre ocorre na crosta terrestre em uma concentração média de 50 mg/Kg.
Na água, o cobre total é detectado em baixas concentrações, geralmente inferior a
0,020 mg/L. Na água o fator de concentração sedimento/água típico excede 100.
Quando o pH está em torno do neutro, a maioria do cobre inorgânico da solução
está complexado em carbonatos, nitratos, sulfatos e cloretos. Em algumas águas,
mais de 90% pode estar aderido a ácidos húmicos. Existem poucos casos
reportados para efeitos agudos e, raramente para efeitos crônicos. Muitas nações
usam como limite máximo na água, para proteção à saúde humana, 1,0 mg/L.
Utilizando-se estudos toxicológicos, resulta-se no valor para a água potável de 1,3
mg/L (MOORE, 1990).
O Cu dissolvido (Figura 13) foi detectado próximo dos valores do limite de
detecção (0,01 mg/L) e dos valores de referência da Classe 4 da Resolução nº
357/05 do CONAMA (0,013 mg/L) nas amostras dos locais de coleta 5 (<0,01 mg/L)
nas duas campanhas amostrais, 1 (<0,01 mg/L) no inverno/05 e 4 (<0,01 mg/L) no
verão/06. Em comparação a condição de qualidade Classe 2 (0,009 mg/L), todos os
locais apresentaram concentrações acima do valor limite, o qual é restritivo demais.
Então, os menores níveis do metal são apresentados pelo local 5, de desempenho
constante em ambas as amostragens, provavelmente porque este se encontra mais
distante da zona industrial.
Os valores mais elevados de cobre dissolvido são observados para os locais
1 (0,03 mg/L, verão/06), 2 (0,04 e 0,05 mg/L, respectivamente inverno/05 e
verão/06), 3 (0,02 mg/L, inverno/05) e 4 (0,08 mg/L, inverno/05), provavelmente por
estarem situados na zona industrial do município, já que conforme MOORE (1990), o
cobre é utilizado para fiação elétrica, galvanização, produção de ligas, conservante
de pintura, em construção e tubulações hidráulicas e na forma de sulfato de cobre é
usado como algicida e fungicida. BRAILE & CAVALCANTI (1993) relatam também
curtimento, tinturas têxteis, impressões fotográficas, pigmentos e tintas indeléveis.
32
Cu Dissolvido
0,00
0,01
0,10
1,00
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão
CONAMA 357/05 = 0,009 mg/L
Figura 13: Concentração de Cu dissolvido na água superficial dos locais de
coleta da área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal
representa o limite baseado na respectiva referência, condição de qualidade Classe
2.
6.1.2 Nutrientes
Os nutrientes provocam inicialmente o aumento na produção primária do
ecossistema e, numa fase posterior, passam a ocorrer modificações significativas na
taxa de sedimentação, na dinâmica de oxigênio, alterações nas comunidades e na
redução da qualidade da água para fins econômicos e de lazer. No entanto, quando
a fonte de nutrientes são esgotos domésticos e industriais não tratados, o processo
de deterioração do ecossistema é mais rápido. Isto ocorre porque estes efluentes
são ricos em matéria orgânica, que em pouco tempo, após seu lançamento, começa
a ser decomposta, acarretando altos déficits de oxigênio, além de reduzir a
profundidade média do corpo d’água em conseqüência do acúmulo do material não
decomposto no sedimento e pelo aumento da taxa de sedimentação de detritos
(ESTEVES, 1998).
O mesmo autor relata que a eutrofização artificial quebra a estabilidade do
ecossistema (homeostasia) provocando profundas mudanças no metabolismo e
podendo tornar um corpo d’água inaproveitável para o abastecimento, geração de
energia e área de lazer. Durante este processo, observa-se um aumento da
concentração de quase todos os elementos químicos essenciais à produtividade
primária, sendo o fosfato o nutriente mais importante.
Os nutrientes nitrato, nitrogênio amoniacal e fósforo total foram escolhidos
para serem avaliados, pois compõem os efluentes de esgotos cloacais e industriais
não tratados e da lixiviação de áreas agriculturáveis lançados na região de estudo.
a) Nitrato
O nitrogênio assume grande importância nos ambientes aquáticos por ser um
dos nutrientes essenciais para o desenvolvimento de biomassa. Por isso o nitrogênio
é considerado como um dos nutrientes chave no processo de eutrofização de lagos
33
e rios (BARTRAM & BALLANCE, 1996).
O íon nitrato (NO
3-
) é a forma comum do nitrogênio combinado encontrado em
águas naturais, sendo o produto final da oxidação bioquímica da amônia. Ele pode
ser bioquimicamente reduzido a nitrito (NO
2-
) por processos de desnitrificação,
geralmente em condições anaeróbias. O íon nitrito é rapidamente oxidado a nitrato.
Fontes naturais de nitrato incluem rochas ígneas, drenagem da terra e de restos de
plantas e animais (CHAPMAN, 1992).
Águas superficiais contendo altas concentrações de nitratos e nitritos não
podem ser consideradas seguras devido a lançamentos recentes de contaminantes.
Por outro lado, amostra sem nitrogênio orgânico, sem nitrogênio amoniacal e com
algum nitrato pode ser considerada relativamente segura pelo fato de que a
nitrificação já ocorreu e a poluição não é recente (PAIVA & PAIVA, 2001).
O nitrato foi encontrado (Figura 14) em todas as amostras coletadas acima do
limite de detecção do método analítico (0,01 mg/L) com exceção do local de coleta 5
(<0,01 mg/L). O nitrato foi detectado acima do valor de referência da Classe 2 e 4 da
Resolução nº 357/05 do CONAMA (10,0 mg/L) para o local de coleta 4, na
campanha amostral do inverno/05 (10,2 mg/L). O local de coleta 2 (7,6 e 8,3 mg/L,
inverno /05 e verão/06, respectivamente) chama a atenção, porque mesmo não
tendo ultrapassado o valor estabelecido pela norma, que é absurdamente
permissivo, apresenta uma quantidade de nitrato muito próxima do limite
referenciado. Segundo os autores BRAILE & CAVALCANTI (1993) e CHAPMAN
(1992), águas residuárias domésticas e industriais podem elevar as concentrações
naturais de nitrato na água, localizando-se quase sempre abaixo de 1 mg/L.
Concentrações próximas de 5 mg/L indicam poluição excessiva, por matéria
orgânica, ou ainda, aplicação excessiva de fertilizantes que são parcialmente
carreados pelas águas de infiltração do solo.
N-NO
3
0,0
0,1
1,0
10,0
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão
CONAMA 357/05 = 10,0 mg/L
Figura 14: Concentração de N-NO
3
na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal representa o
limite baseado na respectiva referência, condição de qualidade Classe 2.
b) Nitrogênio Amoniacal
Segundo CHAPMAN (1992), a amônia ocorre naturalmente em corpos d’água
vindo da quebra de matéria orgânica nitrogenada orgânica e inorgânica no solo e na
água, excreção pela biota, redução do gás nitrogênio pelos microorganismos e pela
34
troca de gás com a atmosfera. É também descartada nos corpos d’água por alguns
processos industriais, e também é um componente dos efluentes municipais.
Conforme o pH altas concentrações de amônia são tóxicas à vida aquática.
A amônia é um útil indicador de poluição urbana. Altas concentrações podem
indicar poluição orgânica de esgotos domésticos, efluentes industriais ou
escoamento superficial com fertilizantes. Variações sazonais também ocorrem, como
resultado da morte e decaimento de organismos aquáticos, particularmente
fitoplâncton e bactérias em águas ricas em nutrientes (CHAPMAN, 1992).
O nitrogênio amoniacal (Figura 15) foi detectado em todas as amostras
coletadas estando acima do valor limite de detecção (0,01 mg/L) com exceção do
local de coleta 5 (<0,01 mg/L), no inverno/05. Quanto aos valores de referência da
Classe 2 da Resolução nº 357/05 do CONAMA (3,7 mg/L para um pH 7,5 e 2,0
mg/L para 7,5 < pH 8,0), observa-se que o local de coleta 4 apresentou valores
acima dos referidos pela Resolução, 70,2 mg/L num pH = 7,36 no inverno/05 e 8,47
mg/L num pH = 7,81 no verão/06, assim como, o local de coleta 1 com 5,9 mg/L num
pH = 7,67 no inverno/05 e 12,54 mg/L num pH = 7 no verão/06 e o local de coleta 2,
que registrou valor próximo do citado na referência, 3,2 mg/L num pH = 7,2 no
inverno/05 e valor mais elevado 7,1 mg/L num pH = 6,72 no verão/06.
Em comparação as concentrações limites estabelecidas na Classe 4 da
Resolução nº 357/05 do CONAMA (13,3 mg/L para um pH 7,5 e 5,6 mg/L para 7,5
< pH 8,0), os locais de coleta 4 (inverno/05 e verão/06) e 1 (inverno/05 e quase se
equivaleu no verão/06), também apresentaram os valores acima dos citados pela
referência.
N-NH
3
0,01
0,1
1
10
100
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão
CONAMA 357/05 = 3,7 mg/L
Figura 15: Concentração de N-NH
3
na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal representa o
limite baseado na respectiva referência, condição de qualidade Classe 2.
c) Fósforo Total
O fósforo é um nutriente essencial para organismos vivos e existe nos corpos
d’água nas formas dissolvida e particulada. É geralmente o nutriente limitante para o
crescimento algal e controla a produtividade primária de um corpo d’água. Nas
águas naturais e residuárias a maior parte do fósforo ocorre como ortofosfatos e
polifosfatos dissolvidos, bem como fosfatos organicamente ligados. Mudanças entre
essas formas ocorrem continuamente, e o equilíbrio entre as diferentes formas
35
depende do pH (CHAPMAN, 1992).
Em águas naturais a disponibilidade de fosfato é geralmente o fator limitante
(PAIVA & PAIVA, 2001). O fósforo, analogamente ao nitrogênio, é um nutriente
muito importante para o crescimento e reprodução dos microrganismos que
promovem a estabilização da matéria orgânica presente nos esgotos sanitários e
despejos industriais biodegradáveis (BRAILE & CAVALCANTI, 1993).
Fontes naturais de fósforo são principalmente o intemperismo de rochas
fosfóricas e a decomposição de matéria orgânica. Efluentes domésticos
(particularmente aqueles que contêm detergentes), efluentes industriais e
escoamento com fertilizantes contribuem para elevados níveis de fósforo nas águas
superficiais. O fósforo associado com constituintes orgânicos e minerais dos
sedimentos nos corpos d’água pode ser mobilizado pelas bactérias e liberado na
coluna d’água. O fósforo raramente é encontrado em grandes concentrações nas
águas naturais, pois ele é assimilado pelas plantas. Como resultado podem existir
consideráveis variações sazonais na concentração de fósforo. Na maioria das águas
naturais o fósforo varia de 0,005 a 0,020 mg/L (CHAPMAN, 1992).
O conteúdo de fósforo total (Figura 16) foi detectado em níveis mais elevados
em comparação referido pela Classe 2 (0,10 mg/L) e Classe 4 (0,15 mg/L), de
valores restritivos, da Resolução nº 357/05 do CONAMA, para ambiente lótico e
tributários de ambientes intermediários, em quase todas as amostras coletadas,
somente as do local 5, mostraram valores que não ultrapassam o limite de detecção
do método analítico (0,01mg/L) nas duas campanhas amostrais.
P Total
0,00
0,01
0,10
1,00
10,00
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão
CONAMA 357/05 = 0,10 mg/L
Figura 16: Concentração de P total na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal representa o
limite baseado na respectiva referência, para ambiente lótico e tributários de
ambientes intermediários, condição de qualidade Classe 2.
6.1.3 Demanda Bioquímica de Oxigênio
BRANCO (1986) conceitua Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) de uma
água como a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por
decomposição microbiana aeróbia para uma forma inorgânica estável.
Segundo CHAPMAN (1992), procedimentos laboratoriais padronizados são
usados para determinar a DBO pela medida da quantidade de oxigênio consumido
36
após incubação da amostra no escuro a uma temperatura específica, usualmente a
20ºC, por um período de tempo específico, freqüentemente usado e referido como
DBO
5,20
. O consumo de oxigênio é determinado a partir da diferença entre as
concentrações de oxigênio dissolvido na amostra antes e depois do período de
incubação. Se a concentração de material orgânico nas amostras for muito alta,
essas podem requerer diluição com água destilada antes da incubação, para que o
oxigênio não seja totalmente reduzido.
O método de incubação com diluição aplica-se a águas superficiais poluídas,
efluentes e águas residuais que têm microorganismos próprios, mas não oxigênio
suficiente para que, após cinco dias de incubação, ainda haja oxigênio dissolvido na
amostra.
Admite-se que nestas condições 80 % da matéria orgânica carbonatada já
estejam mineralizadas e começando a nitrificação. Uma oxidação total, em geral,
leva cerca de 20 dias (ABNT, 1992).
A Figura 17 mostra a DBO
5
das amostras de água coletadas nas duas
campanhas amostrais. Com exceção do valor apresentado pelo local de coleta 5 (0,8
mg/L) no período de inverno/05, os outros valores foram maiores em comparação ao
referenciado pela Classe 2 da Resolução nº 357/05 do CONAMA (5,0 mg/L),
principalmente no período de verão/06. E se comparado ao valor referenciado pela
Classe 4 (10,0 mg/L), todos os valores correspondentes a coleta verão/06 também
apresentaram-se maiores. Tal fato pode ser explicado pelo aumento de temperatura
característico desta estação, o que ocasiona uma diminuição do oxigênio dissolvido
na água e também, pela possível redução do volume de chuvas, acumulando maior
porcentagem de matéria orgânica no meio.
Esta é uma variável utilizada para o controle da carga poluidora dos efluentes.
Para esse fim, pode-se utilizar também a medição dos metais pesados, sólidos em
suspensão e outros agentes tóxicos. Porém, existe uma grande variedade de
substâncias químicas de composição indefinida nos efluentes (CETESB, 1994) e foi
para superar essas limitações e complementar as informações obtidas com os
métodos físicos e químicos que foram desenvolvidos os ensaios de toxicidade que
utilizam organismos vivos como indicadores de efeitos tóxicos (DIAMOND & DALEY,
2000; MA et al., 2002a; AIT-AISSA et al., 2003).
DBO
5
0
1
10
100
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão CONAMA 357/05 = 5,0 mg/L
Figura 17: Concentração da DBO
5
na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal representa o
limite baseado na respectiva referência, condição de qualidade Classe 2.
37
6.1.4 Oxigênio Dissolvido
O oxigênio dissolvido (OD) é um indicador muito utilizado no controle da
poluição da água e um dos mais importantes gases dissolvidos para caracterização
e dinâmica de um ecossistema aquático, sua concentração varia em função da
temperatura, altitude e aeração da água (APHA, 2005).
As principais fontes de oxigênio para a água são: a atmosfera e a
fotossíntese. Por outro lado, as perdas são: o consumo pela decomposição de
matéria orgânica (oxidação), perdas para a atmosfera, respiração de organismos e
oxidação de íons metálicos como, por exemplo, o ferro e o manganês (ESTEVES,
1998).
CHAPMAN (1992) considera que a determinação da concentração de OD é
fundamental para o controle da qualidade da água, já que o oxigênio geralmente
está envolvido ou influencia todos os processos químicos e biológicos em um corpo
d’água. A medida de OD pode ser utilizada para medir o grau de poluição por
matéria orgânica, a destruição de substâncias orgânicas ou o nível de
autopurificação da água. Para águas não poluídas, o valor de oxigênio dissolvido é
geralmente um valor um pouco inferior a 10 mg/L.
As amostras de água coletadas na estação inverno/05 continham maior
quantidade de oxigênio dissolvido, conforme Figura 18. Se observa que com
exceção das amostras do local 1 (2,0 mg/L) e 2 (2,8 mg/L), coletadas no verão/06,
todas as outras apresentaram valores maiores em comparação ao referenciado pela
Classe 2 da Resolução nº 357/05 do CONAMA ( 5 mg/L) e não inferiores ao da
Classe 4 (2,0 mg/L). O comportamento verificado na amostra coletada no local 1,
provavelmente tenha ocorrido por lançamento significativo de efluentes domésticos e
industriais, causando depleção de oxigênio pela decomposição de uma acentuada
quantidade de matéria orgânica.
De forma generalizada, os locais de coleta apresentaram uma boa quantidade
de oxigênio dissolvido, que pode ser explicada pela influência da topografia da
região. O relevo acidentado ocasiona maior movimentação das águas,
proporcionando uma melhor dissolução do oxigênio no meio.
OD
1
10
12345
Locais de Coleta
mg/L
Inverno Verão CONAMA 357/05 = 5,0 mg/L
Figura18: Concentração de OD na água superficial dos locais de coleta da
área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. A linha horizontal representa o
limite baseado na respectiva referência (concentração mínima de OD), condição de
qualidade Classe 2.
38
6.1.5 Potencial Hidrogeniônico
O potencial hidrogeniônico (pH) é a medida do balanço de ácidos e bases de
uma solução e é definido como o logaritmo negativo na base dez do íon hidrogênio.
A escala de pH varia de 0 a 14, onde pH<7 indica águas ácidas, pH>7 indica águas
básicas e pH=7 indica águas neutras. Águas com pH baixo são corrosivas e
agressivas, enquanto que o pH alto possibilita a formação de incrustações. Já nos
corpos d’água pHs elevados podem estar associados à proliferação de algas.
BRANCO (1986), comenta que variações muito grandes no pH do meio podem
afetar a fauna e a flora de uma massa d’água. Os peixes podem agüentar variações
de pH entre os valores 5 e 9.
SPERLING (1995), refere que valores de pH afastados da neutralidade, pH 7,
podem afetar a vida aquática.
Este parâmetro é importante no controle da precipitação, mobilidade e
biodisponibilidade dos íons metálicos, quando em pH básico a maioria destes íons
precipita na forma de hidróxido ou sais básicos (ESTEVES, 1998).
LAYBAUER (1995) acrescenta que em pH básico são freqüentes as formas
particulada e coloidal dos metais, o que favorece a decantação destes, para o
compartimento sedimentar, onde podem ficar retidos e pouco biodisponíveis. Já em
pH ácido, predominam as formas iônicas do metal, na fase dissolvida.
CHEUNG et al. (1993), reportam que o pH afeta indiretamente a toxicidade
das amostras, podendo controlar a forma com que muitas substâncias se
apresentam, como a amônia e metais.
Entretanto, os valores de pH encontrados para as amostras de água, Figura
19, estão na faixa considerada normal para águas doces, de Classes 1 a 4, de
acordo com a Resolução nº 357/05 do CONAMA (pH: 6,0 a 9,0).
pH
6
7
8
9
12345
Locais de Coleta
Inverno Verão CONAMA 357/05 = 6,0 a 9,0
Figura 19: Resultados do pH na água superficial dos locais de coleta da área
de estudo, no período de inverno/05 e verão/06. O limite está baseado na respectiva
referência.
6.1.6 Temperatura
A temperatura da água é uma das mais importantes características que
determina, em uma quantidade considerável, as tendências de mudanças na sua
qualidade. Conforme CHAPMAN (1992) os corpos d’água sofrem variações de
39
temperatura com as variações climáticas. Essas variações podem ser sazonais, e
em alguns corpos d’água essa variação pode ser diária. A temperatura é
influenciada pela latitude, altitude, estação, hora do dia, circulação de ar, vazão e
profundidade.
Um aumento na temperatura da água pode afetar processos físicos, químicos
e biológicos, como por exemplo, assimilação de metais pelo organismo, aumento da
decomposição de matéria orgânica por microrganismos e diminuição da quantidade
de oxigênio dissolvido (ESTEVES, 1998).
Segundo BRANCO (1986), os seres habitantes de uma massa d’água podem
ser diversamente afetados pelo que se poderia chamar de poluição térmica, causada
pelo lançamento, num manancial, de despejos muito aquecidos. Os efeitos podem
ser diretos, pela coagulação das proteínas que constituem a matéria viva, ou
indiretos, seja através de um aumento da capacidade tóxica de certas substâncias
que se encontram dissolvidas na água, como a rotenona, etc., ou por propiciar a
proliferação de organismos concorrentes (parasitas), seja pela diminuição que a
temperatura provoca na capacidade da água dissolver e reter oxigênio, ao mesmo
tempo em que aumenta a atividade fisiológica dos organismos aquáticos,
condicionando asfixia nos mesmos. Os peixes são muito sensíveis a variações
bruscas de temperatura.
A variação de temperatura na camada superficial da água seguiu,
evidentemente, o mesmo padrão da variação sazonal, aumentando na estação mais
quente, verão/06 e diminuindo na estação mais fria, inverno/05, conforme Figura 20,
com exceção do local 5, devido a uma grande variação climática no dia da coleta.
Temperatura
0
5
10
15
20
25
12345
Locais de Coleta
º C
Inverno Verão
Figura 20: Resultados da temperatura na água superficial dos locais de coleta
da área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06.
6.1.7 Condutividade
A condutividade é a medida da capacidade da água de conduzir uma corrente
elétrica. Ela é sensível a variações nos sólidos dissolvidos, a maioria sais minerais.
O grau em que esses sais se dissociam em íons, a quantidade de carga elétrica em
cada íon, a mobilidade do íon e a temperatura da solução possuem influência sobre
a condutividade. Ela é expressa como microsiemens por centímetro (µS/cm), e nas
águas naturais seu valor varia entre 10 e 1000 µS/cm. Em águas poluídas,
40
especialmente que recebem o escoamento de áreas rurais, o valor da condutividade
pode vir a exceder os 1000 µS/cm (CHAPMAN, 1992).
A condutividade é um grande indicador da quantidade total de substâncias
dissolvidas nas águas. Neste caso a medição da condutividade elétrica pode ser
utilizada para estabelecer uma zona poluída, como nas proximidades do descarte de
um efluente, como também a zona de influência desse descarte, as condições de
mistura, a descoberta de ação de jato da corrente, etc. (IHD-WHO, 1978).
A condutividade da água se mostrou mais elevada na estação verão/06,
conforme Figura 21. No local de coleta 5, pode se verificar a menor condutividade,
estando abaixo de 14 µS/cm no inverno/05 e abaixo de 24 µS/cm no verão/06. O que
indica ser o local menos contaminado dos amostrados e mais próximo de sua
situação natural. Pode-se afirmar que, a condutividade é um indicador sensível para
uma mesma bacia hidrográfica.
Condutividade
0
50
100
150
200
250
300
350
12345
Locais de Coleta
uS/cm
Inverno Verão
Figura 21: Resultados da condutividade na água superficial dos locais de
coleta da área de estudo, no período de inverno/05 e verão/06.
A avaliação física e química da água superficial revela a situação da Bacia
Hidrográfica do Arroio Tega quanto à contaminação dos seus afluentes através dos
locais estudados. Dessa forma, evidencia-se o comprometimento da qualidade da
água pela contaminação ambiental e o potencial para causar efeitos tóxicos
adversos numa escala decrescente de intensidade: local 4, local 2, local 1, local 3 e
local 5, conforme a análise estatística por ranks apresentados pela Tabela 15, item
6.4.3. O estudo de REIS (2002), do índice de qualidade da água, também aponta
que a maioria dos locais amostrados da BH do Arroio Tega satisfez somente as
condições de qualidade Classe 4. Nesse caso, essa discriminação poderá ser
utilizada como ferramenta auxiliar na indicação daquelas áreas que devem ser
priorizadas ou mais profundamente avaliadas.
E embora em alguns casos a qualidade física e química do efluente não viole
os limites de descarga, este pode ser tóxico SPONZA (2003).
6.2 Avaliação dos Parâmetros Químicos e Físicos do Sedimento
O sedimento reflete a qualidade corrente do sistema aquático e pode ser
usado para detectar a presença de contaminantes que não permaneçam solúveis
41
após seu lançamento em águas superficiais (CORBI et al., 2006). Além disso, de
acordo com MARGALEF (1998), o sedimento pode ser considerado como o
compartimento resultante da integração de todos os processos que ocorrem em um
ecossistema aquático.
Os sedimentos, além de fornecerem habitat, alimentação e áreas de criação
para muitos organismos aquáticos (GUCHTE & LEEUWEN, 1988), têm fundamental
importância no estudo da evolução histórica de ecossistemas aquáticos e dos
ecossistemas terrestres adjacentes (ESTEVES, 1998). De acordo com este autor,
também são importantes para a avaliação da intensidade e formas de impacto a que
os ecossistemas estão ou estiveram submetidos.
Em ecossistemas aquáticos, o sedimento de fundo representa o principal
compartimento de acumulação, reprocessamento e transferência dos elementos
metálicos, funcionando como depósito e fonte dos mesmos. Reflete a qualidade em
torno de poluição pelos metais e possibilita a avaliação da intensidade de um
impacto ambiental (FÖRSTNER & WITTMANN, 1981). Esses elementos,
potencialmente disponíveis para a biota, podem ser liberados pela atividade
microbiana e mudanças nos vários fatores físico-químicos que afetam o meio,
incluindo pH, salinidade e condições de óxido-redução (MOREIRA &
BOAVENTURA, 2003), alterando a qualidade da água, levando à bioacumulação e
transferência na cadeia trófica (HOROWITZ, 1991). Desta forma, a contaminação de
sedimentos representa um grande problema de poluição ambiental em todo o mundo
(LIMA et al., 2001) e, por esse motivo, são muito utilizados como material de
amostragem, tanto em pesquisa de prospecção mineral como em estudos
ambientais (ROBAINA et al., 2002), registrando em caráter mais permanente os
efeitos da contaminação (BEVILACQUA, 1996).
O material inorgânico e orgânico nos sedimentos de rios e lagos pode ser um
importante meio de avaliação da poluição já que estão predispostos a rápidas trocas
da composição com a coluna de água (LEMES, 2001).
Os parâmetros físicos e químicos do sedimento superficial da Bacia
Hidrográfica do Arroio Tega, compreendem os metais totais, a matéria orgânica e a
granulometria e se referem as amostras coletadas no 2º semestre/05.
6.2.1 Metais Totais
SOARES et al. (2004) indica que um dos meios para se avaliar o grau de
impacto por input antropogênico ou natural em uma área é a determinação da
concentração de elementos químicos, principalmente metais pesados, nos
sedimentos.
Os metais são oriundos de fontes naturais e/ou antrópicas como intemperismo
de rochas, deposição atmosférica, lançamento de efluentes urbanos, agrícolas,
industriais, mineração, além da lixiviação de resíduos contaminados, possuem baixa
degrabilidade, alto poder de bioacumulação e potenciais tóxicos (FÖRSTNER &
WITTMANN, 1981).
Segundo GAMBRELL (1976) apud MALM (1986), em relação à
disponibilidade para o meio, os metais no sistema água – particulado em suspensão
– sedimento de fundo, podem ser classificados de um modo geral em três grupos:
- Disponíveis: metais dissolvidos nas águas superficiais e intersticiais e os
facilmente trocáveis (troca catiônica), adsorvidos à fase sólida, mineral ou orgânica;
42
- Potencialmente disponíveis: metais complexados com a matéria orgânica, na
forma de sulfetos insolúveis, carbonatos, hidróxidos insolúveis e co-precipitados com
óxidos de ferro e manganês;
- Não disponíveis: metais ligados à estrutura cristalina de minerais primários e
secundários. Estes últimos podem tornar-se disponíveis para o meio somente após
longos períodos por ação de intemperismo (LEINZ & AMARAL, 1978 apud MALM,
1986).
Os metais são retidos no compartimento sedimentar por processos de
adsorção (sorção física), troca catiônica (sorção química), precipitação,
complexação, floculação ou são incorporados em posições inertes do sedimento
(MOORE & RAMAMOORTHY, 1984).
Estes podem estar dissolvidos, sendo então prontamente incorporados aos
organismos que em contato direto ou indireto com os recursos hídricos, ou ainda,
adsorvidos em compartimentos abióticos (RAND & PETROCELLI, 1985).
Após a incorporação biológica, os elementos-traço podem retornar à forma
dissolvida, através da excreção e decomposição microbiana de detritos orgânicos,
completando o ciclo destes elementos (AMAZARRAY, 1992).
A descarga de metais em ambientes aquáticos (provenientes da atividade
antrópica somam-se àqueles de origem natural) resulta em respostas físicas,
químicas e biológicas, ocasionando mudanças nos processos enzimáticos e
acumulação nos tecidos, provocando profundas alterações no metabolismo e até
causando a morte do organismo (ESTEVES, 1998). Mudanças ocorrem também na
densidade, diversidade, estrutura da comunidade e composição das espécies de
populações (MOORE & RAMAMOORTHY, 1984). Através da cadeia alimentar, os
elementos-traço são distribuídos pela biota do ambiente aquático, podendo atingir as
populações humanas, que potencialmente, são as mais prejudicadas, devido à
concentração na rede trófica (ESTEVES, 1998).
Assim sendo, a determinação de metais traço em sedimentos nos permite
detectar o acréscimo de contaminação que a água está sujeita, bem como aos
organismos bentônicos (LIMA et al., 2001). Não esquecendo, porém, que para tal,
além das análises químicas de sedimentos, deve-se levar em conta a origem e
composição química da rocha fonte, evitando uma superestimação da contribuição
antropogênica de um metal em particular (WHITEHEAD et al., 1986).
As concentrações (mg/kg) dos metais totais Cu, Cr, Ni e Zn analisados no
sedimento dos locais de coleta da Bacia Hidrográfica do Arroio Tega encontram-se
na Tabela 5 e são comparados com as concentrações obtidas com os níveis
indicados pelas referências específicas para sedimentos.
43
Tabela 5 - Comparação dos valores de metais totais (mg/Kg) obtidos no
sedimento do Arroio Tega com os dados (concentração média) da literatura.
* Não Detectado (c) TRAVASSOS (1994) (f) DREVER (1982)
# Ausência do Dado (d) ALLOWAY (1990) (g) CAMPOS et al. (2003)
(a) Este Estudo (e) BOWEN (1979) (h) CONAMA (2004)
(b) RODRIGUES (1997) (i) MACDONALD et al. (2000b) apud BURTON (2002)
(j) Classificação EPA para disposição de sedimentos dragados (THOMAS, 1987)
a) Cobre total
O cobre é um dos metais pesados que ocorre em todas as rochas da crosta
terrestre, com uma concentração variando de 3 a 15 mg/Kg (arenitos, areias e
calcários) e de 100 a 200 mg/Kg (eruptivas básicas), conforme citado em AUBERT &
PINTA (1977).
A concentração de cobre total (limite de quantificação = 0,6 mg/kg), para os
locais de coleta 1, 2 e 3 variou de 89,4 a 977 mg/Kg. A comparação destes valores
com o encontrado para o sedimento do local controle (61,5 mg/Kg), demonstra um
enriquecimento do metal, porém com uma diminuição em direção à foz do Arroio
Tega. Tal redução estaria associada à menor quantidade de silte no local 2 e
ausência de silte e argila no local 1, pois segundo ADRIANO (1986) e MOORE
(1990), minerais de argila, óxidos de Fe, Al e Mn, materiais carbonatados e matéria
orgânica fixam fortemente o cobre, sendo por isso, considerado o mais imóvel dos
metais pesados e sua concentração em sedimentos ser geralmente elevada.
As concentrações do metal são superiores ao nível basal de 69 mg/Kg para o
Rio Caí, ao teor médio para rochas basálticas de 87-90 mg/Kg, ao encontrado em
LOCAIS Cu Cr Ni Zn
Arroio Tega – Local 1 (a) 89,4 * 111 626
Arroio Tega – Local 2 (a) 164 405 353 412
Arroio Tega – Local 3 (a) 977 5,65 25,6 339
Arroio Tega – Local 5 – Controle (a) 61,5 * 26 73,2
Rio Caí – Média (b) 102 117 50,2 136
Nível Basal – Sedimento do Rio Caí (c) 69 61 117,5 #
Crosta Terrestre – Média (d) 50 100 80 75
Folhelho Médio (e) 39 90 68 120
Basalto (e) 90 90 150 100
Basalto (f) 87 170 130 105
Rocha Ígnea Máfica – Média (d) 90 200 150 100
Média Mundial dos Sedimentos (e) 33 90 52 95
Solos Brasileiros (g) 65±7,4 # 18±12 39±24
Baixa Probabilidade de Efeito – Nível 1 (h) 35,7 37,3 18 123
Provável Efeito Adverso à Biota – Nível 2 (h) 197 90 35,9 315
Nível de Baixo Efeito – LEL (i) 16 26 16 120
Nível de Severo Efeito – SEL (i) 110 110 75 820
Sedimentos Fortemente Poluídos (j) > 50 > 75 > 50 > 200
Sedimentos Moderadamente Poluídos (j) 25 a 50 25 a 75 20 a 50 90 a 200
Sedimentos Não Poluídos (j) < 25 < 25 < 20 < 90
44
solos brasileiros (65±7,4 mg/Kg) com exceção para o local controle (61,5 mg/Kg), ao
valor obtido para a crosta terrestre de 50 mg/Kg. Os sedimentos dos locais 2 e 3
também apresentaram valores acima dos referenciados para o nível de efeito severo
(SEL) de 110 mg/Kg. De acordo com a classificação da EPA, estes sedimentos
estariam fortemente poluídos por cobre.
Os alteritos das rochas basalto-riolíticas que formam a região do Planalto,
percorrida pelo Arroio Tega e tributários, constituem uma fonte considerável de
cobre (BAISCH, 1994). Então, cabe a observação, de que a concentração do metal
no sedimento do local controle deve estar associada à litologia formadora dos solos
da região e não com contribuição antrópica.
A contaminação por cobre é resultante da utilização de materiais que contêm
este elemento, tais como fertilizantes, resíduos municipais e industriais e por
emissões atmosféricas (MELO et al., 2005).
O cobre é essencial para todos os organismos, sendo co-fator em enzimas
redox e no transporte de O
2
. A toxicidade relativa para plantas varia de moderada a
alta (20-100 mg/Kg), moderada para mamíferos e a classificação de risco à saúde
humana situa-se de 129-141 mg/Kg, de acordo com o trabalho de GUILHERME et
al. (2005).
b) Cromo total
O cromo é encontrado em todas as rochas da crosta terrestre, daí estar
difundido no solo, na água e nos materiais biológicos. Nas rochas eruptivas ácidas
(granito), a concentração de Cr é de 20-40 mg/Kg, atingindo valores de 2000 a 3000
mg/Kg em rochas ultrabásicas (diorito, peridotito) e rochas derivadas de seu
metarmofismo (serpentina), como se pode observar em AUBERT & PINTA (1977).
O conteúdo de cromo total não foi detectado (limite de quantificação = 2
mg/kg) no sedimento dos locais 1 e controle. No local 3, a concentração de 5,65
mg/Kg é bastante inferior a todos os valores limites estipulados pela literatura e no
local 2, o teor do metal (405 mg/kg) mostrou estar bem acima de todos os referidos
nas normas. Assim, conforme a classificação da EPA, estes sedimentos não
estariam poluídos por cromo, com exceção do local 2, que estaria fortemente poluído
para este metal.
BAISCH (1994) refere que os alteritos das rochas basalto-riolíticas do Planalto
são pobres em cromo. Na maioria dos solos ocorre em baixas concentrações, de 2 a
60 mg/kg. A concentração basal no sedimento varia de 9 a 86 mg/kg (MUDROCH et
al., 1988 apud MOORE, 1990). Então, o comportamento apresentado pelo local 2,
indica LEMES (2001), pode ser atribuído à contribuição de possíveis despejos de
curtumes, indústrias que utilizam processos de cromagem de metais,
galvanoplastias, indústria de corantes, explosivos, cerâmica, vidro, papel e têxteis,
cujos efluentes podem conter cromo, já que este local está situado na zona
industrial.
GUILHERME et al. (2005) relata que o cromo parece estar envolvido no
metabolismo de açúcares em mamíferos. A toxicidade relativa para plantas varia de
moderada a alta (5-30 mg/Kg), moderada de Cr
3+
e alta de Cr
6+
para mamíferos e a
classificação de risco à saúde humana para Cr
3+
está entre 17 e 18 mg/Kg e para
Cr
6+
, 76 mg/Kg.
45
c) Níquel total
A maioria das rochas da crosta terrestre contém Ni na sua composição, cuja
concentração nas eruptivas básicas (basalto, gabro) é mais elevada que nas
eruptivas ácidas (granito), da ordem de 150 e 5-10 mg/Kg, respectivamente. Em
rochas sedimentares o teor varia de 2 a 70 mg/Kg (MELO et al., 2005).
A quantidade de níquel total (limite de quantificação = 2 mg/kg) encontrado no
sedimento dos locais 1, 2 e 3, foi de 111, 353 e 25,6 mg/Kg, respectivamente. A
comparação destes valores com o apresentado pelo local controle (26 mg/Kg)
demonstra um enriquecimento do metal ao longo da área de estudo.
No sedimento dos locais 1 e 2, as concentrações são superiores às obtidas
para o Rio Caí de 50,2 mg/Kg, ao encontrado em solos brasileiros (18±12 mg/Kg) e
ao valor obtido para a crosta terrestre de 80 mg/Kg. Estes também apresentaram
valores acima dos referenciados para provável efeito adverso à biota (35,9 mg/Kg) e
nível de efeito severo (75 mg/Kg). De acordo com a classificação da EPA, estes
sedimentos estariam fortemente poluídos por níquel. Enquanto que os sedimentos
dos locais 3 e controle estariam moderadamente poluídos.
Com relação às rochas basálticas da Bacia do Paraná, CORDANI &
VANDOROS (1967) citam concentrações de 36 até 76 ppm para níquel, enquanto
BAISCH (1994) refere que os alteritos das rochas basalto-riolíticas do Planalto são
pobres em níquel. Então, apesar de os níveis do metal para os locais 3 e controle
serem considerados pela EPA como moderadamente poluídos, estes são
naturalmente elevados com origem nas rochas basálticas (rocha-base) da região.
É um elemento utilizado na fabricação de várias ligas, moedas, magnetos,
baterias de acumulação, etc. Maiores concentrações provêm de efluentes de
fábricas de tintas e de processos de galvanoplastia (LEMES, 2001). A aplicação de
resíduos e de certos fertilizantes fosfatados também pode ser uma fonte importante
de Ni (MELO et al., 2005).
Segundo GUILHERME et al. (2005), o metal não apresenta nenhuma função
biológica conhecida em mamíferos, parece ser essencial para plantas. A toxicidade
relativa para plantas varia de moderada a alta (10-100 mg/Kg) e a classificação de
risco à saúde humana de 51a 53 mg/Kg.
d) Zinco total
A maioria das rochas da crosta terrestre contém Zn em concentrações
variáveis: eruptivas básicas (basalto, gabro) de 70 a 130 mg/Kg; eruptivas ácidas
(granito, riolito) de 50 a 60 mg/Kg; metamórficas (xistos) e algumas sedimentares
(argilitos) em torno de 80 mg/Kg; arenitos em torno de 16 e calcários,
aproximadamente 20 mg/Kg (MALAVOLTA, 1994).
O teor de zinco total quantificado (limite de quantificão = 0,5 mg/kg), para o
sedimento dos locais 1, 2 e 3 foi de 626, 412 e 339 mg/Kg, respectivamente. A
comparação destes valores com o encontrado para o local controle (73,2 mg/Kg),
demonstra um crescente incremento do metal no substrato sedimentar em direção à
foz do Arroio Tega.
As concentrações do metal para os locais 1, 2 e 3 são superiores às
apresentadas para o Rio Caí (136 mg/Kg), ao teor médio para rochas basálticas
(100-105 mg/Kg) e ao valor obtido para a crosta terrestre (75 mg/Kg). Estes também
46
apresentaram valores acima dos referenciados para provável efeito adverso à biota
(315 mg/Kg). De acordo com a classificação da EPA, estes sedimentos estariam
fortemente poluídos por zinco. Enquanto que o sedimento do local controle não
estaria poluído.
BAISCH (1994) destaca que os alteritos das rochas basalto-riolíticas do
Planalto são uma fonte de zinco para os rios da região, porém em menor grau do
que o cobre.
As principais fontes antropogênicas para o solo são as atividades de
mineração, o uso agrícola de lodo de esgoto, de resíduos e subprodutos de
processos industriais e o uso de agroquímicos como fertilizantes (MELO et al.,
2001b). RODRIGUES (1997) acrescenta as indústrias metalúrgicas e as
galvanoplastias.
O zinco é essencial para todos os organismos, sendo co-fator em muitas
enzimas como a anidrase carbônica; a atividade da insulina depende da sua
presença. A toxicidade relativa para plantas varia de baixa a moderada (100-400
mg/Kg), baixa a moderada para mamíferos e a classificação de risco à saúde
humana é de 73 mg/Kg (GUILHERME et al., 2005).
6.2.2 Matéria Orgânica
CHAO (1983) apud LICHT (1998) relata que a matéria orgânica (MO) no solo
e sedimentos é constituída por um complexo grupo de componentes de origem
biológica. Pode conter complexos organometálicos e quelatos, formados por
retenção de íons metálicos ou solubilização de compostos metálicos.
A matéria orgânica é um suporte geoquímico importante das frações
disponíveis de metais no sedimento (fração trocável e extraível) (LAYBAUER,
1995). De acordo com TESSIER et al. (1979), sob condições oxidantes, a matéria
orgânica presente nos sedimentos pode ser degradada, levando à liberação de
traços metálicos solúveis. LICHT (1998) afirma que elementos de transição com
orbitais eletrônicos internos incompletos, como o Fe, Cu, Cr, Al e outros do centro
da tabela periódica, tendem a ser menos solúveis e mais fortemente adsorvidos
que os íons de não-transição, de carga e raio iônico similares. Diferenças no
estado de oxidação (valência) também resultam em mobilidades diferentes.
LIVENS (1991) acrescenta que o controle da mobilidade e/ou retenção dos metais
pesados na interface sedimento-água, pode estar relacionado aos diferentes teores
de matéria orgânica e substâncias húmicas existentes no substrato sedimentar.
A MO desempenha um papel importante na adsorção de certos elementos,
muito embora as opiniões sejam contraditórias entre diversos autores: alguns
acreditam que a ligação seja feita simplesmente através de adsorção, enquanto
que outros, acreditam que esse mecanismo não seja um controle importante para
alguns elementos como Co, Ni, Cu e Zn. As camadas orgânicas no solo e
sedimentos acumulam certos metais, atingindo uma capacidade de troca catiônica
(CTC) dos húmus de 500 meq/100g, enquanto a das argilas raramente excede os
150 meq/100g, destacando desse modo, a influência da matéria orgânica (LICHT,
1998).
Os teores de matéria orgânica obtidos na amostra total homogeneizada de
sedimento estão ilustrados na Figura 22. Observa-se que todos os locais de coleta
apresentaram uma porcentagem de matéria orgânica superior a 10%, o que
47
caracteriza como orgânico o sedimento, ou seja, oriundo de fontes naturais como
detritos orgânicos de contribuição animal e vegetal e principalmente, de fontes
antropogênicas, como os efluentes domésticos. Isto vem confirmar o que ESTEVES
(1998) destaca: quando os sedimentos apresentam valores de matéria orgânica
acima de 10% são considerados orgânicos, e abaixo de 10% são considerados
sedimentos inorgânicos ou minerais, locais com predominância de sílica, argila e
compostos como cálcio, ferro, manganês e outros.
Matéria Orgânica
0
5
10
15
20
1235
Locais de Coleta
%
Figura 22: Concentração de matéria orgânica no sedimento dos locais de
coleta da área de estudo, no período de inverno/05. O limite de detecção do método
é de 0,01%.
6.2.3 Granulometria
Neste estudo foi selecionada a análise de matéria orgânica e metais na
totalidade do sedimento, pois se entende que, por exemplo, a biota se relaciona e
interage com o todo do ambiente e não apenas com uma fração granulométrica em
específico, mesmo que muitos estudos priorizem a fração silte e argila (< 63 μm).
A análise granulométrica do sedimento foi baseada na classificação textural
de Shepard, conforme ilustra a Tabela 6.
Tabela 6: Classificação granulométrica, por freqüência simples e textural de
Shepard (%), do sedimento dos locais de coleta da BH do Arroio Tega, no período
de inverno/05.
COMPOSIÇÃO L1 L2 L3 L5
Cascalho 8.6 2.9 0 0.4
Areia 91.4 61.6 40.2 20.7
Silte 0 24 48.1 48.2
Argila 0 11.5 11.7 30.7
No local 1, próximo da foz, segundo a classificação textural de Shepard, o
sedimento foi considerado como “areia” ou arenoso, pois caracterizou-se pela
presença de frações grosseiras: areia principalmente e cascalho. No local 2, curso
médio do arroio, classificado quanto a textura como “areia com argila”, também
arenoso, predominaram a areia e o silte, mas também apareceram a argila e o
cascalho, respectivamente nesta ordem.
48
O local 3, tributário do arroio, classificado como “lama com areia” ou silto
arenoso, foi caracterizado pela maior ocorrência de silte e areia, e logo após, argila.
No local 5, local controle e tributário do arroio, próximo de sua nascente,
classificado como “lama” ou areno siltoso, ocorreu em maior quantidade o silte,
seguido de argila, areia e cascalho.
De acordo com a análise dos dados, o Arroio Tega, Sub Bacia Hidrográfica do
Rio Taquari-Antas, demonstrou condições adversas às descritas por SUGUIO &
BIGARELLA (1979) e PRESS & SIEVER (1986). Pode-se observar um aumento
progressivo na granulometria, de montante para jusante. Via de regra, os
sedimentos mais grosseiros são encontrados no trecho superior do arroio, em
ambientes de maior energia e mais próximos da rocha-mãe, enquanto que os
sedimentos mais ricos em finos estão localizados nos ambientes de menor energia,
nas proximidades da foz, onde o gradiente é mais suave e o vale mais largo,
favorecendo a sedimentação.
A sedimentação de partículas é grandemente controlada pela força das
correntes que as transportam. Quanto maior é a partícula, mais forte deve ser a
corrente para transportá-la. Por exemplo, a presença de lama sugere águas calmas,
que permitem a sedimentação de partículas mais finas, segundo PRESS & SIEVER
(1986). O fato da BH do Arroio Tega apresentar um perfil diferenciado (partículas
maiores próximo ao trecho final), sendo este arroio de 3ª ordem no máximo e de
platô, possivelmente seja decorrente das características do ambiente, onde a
energia do sistema se mantém elevada pela constante declividade, largura do arroio
e períodos de chuva intensa. Também nos locais mais próximos da foz, o arroio se
encontra canalizado, com trechos abertos e outros fechados, proporcionando tanto a
entrada de material fino como grosseiro no sistema.
A avaliação dos parâmetros físicos e químicos do sedimento indica que esse
compartimento do ecossistema aquático, na região abrangida pela BH do Arroio
Tega, apresenta contaminação e potencial para causar efeitos tóxicos adversos
através dos contaminantes analisados. Por meio da hierarquização dos locais de
coleta em função da intensidade de comprometimento (estatística por ranks, Tabela
15, item 6.4.3): local 2, 1, 3 e 5, pode-se usar como subsídio na escolha das áreas
que devem ser priorizadas ou mais profundamente avaliadas.
6.3. Avaliação dos Ensaios Ecotoxicológicos
A sensibilidade do Teste de Assimilação e Dissimilação foi testada em relação
ao herbicida glifosato nos trabalhos de dissertação de mestrado de CHIOCHETTA
(2004) e de conclusão de curso de FONTANELLA (2004). Já a base metodológica
do teste de orientação A-D foi desenvolvida por KREBS (1985) na Alemanha, onde
utilizou como critério de avaliação ecotoxicológica a qualidade da água de Classe 2.
Entretanto, em águas mais poluídas, Classe 3 e 4, o teste D evidenciou problemas
na interpretação dos resultados em função da interferência da alta DBO da água a
ser testada, e no teste A, o teor de nutrientes influenciou na avaliação da toxicidade
da água. Desta forma, estas deficiências limitam a aplicabilidade do Teste A-D em
águas altamente poluídas com esgotos cloacais e industriais.
Então, na tentativa de eliminação das interferências para a adaptação do
método, as amostras do compartimento água, da Bacia Hidrográfica do Arroio Tega,
foram testadas in natura (amostra bruta) e com quatro pré-tratamentos distintos:
49
esterelização, aerado decantado, aerado homogeneizado e aerado filtrado. Este
último, não foi aplicado a partir dos testes realizados com o local 3, pois se observou
que o método estaria excluindo a participação do material particulado, onde
poderiam estar adsorvidas substâncias e metais de potencial tóxico, não retratando
a realidade da amostra.
Os resultados e a avaliação da manutenção das culturas do Teste A-D e dos
ensaios com pré-tratamentos realizados com a água e o sedimento superficial, no
período do 2º semestre/05 e 1º semestre/06, estão apresentados respectivamente
a seguir.
6.3.1 Teste A-D: Manutenção das Culturas
A comunidade de algas (perifíticas e planctônicas) é de grande relevância na
diversidade biológica dos ecossistemas aquáticos continentais, devido ao grande
número de espécies e alta proporção na diversidade total destes sistemas
(CARNEY, 1998). Além disso, são importantes funcionalmente, devido à produção
primária, biomassa e seu papel na ciclagem biogeoquímica. Segundo ANDERSEN
(1998), as algas chegam a contribuir com 40% da produção primária do planeta. As
clorófitas de água doce compreendem ao redor de 520 gêneros com 7800 espécies
no mundo, divididas em 4 classes e 14 ordens (BOURRELLY, 1990). O fitoplâncton
pode servir de alimento para outros grupos de microorganismos. Existe evidência de
que grandes proporções de matéria orgânica produzida pelas algas podem ser
usadas pelo bacterioplâncton. Também protozoários e zooplâncton se utilizam do
fitoplâncton como fonte de alimento (MOSS, 1998).
As bactérias desempenham um papel de fundamental importância no
ambiente aquático. Através do processo de decomposição e mineralização da
matéria orgânica, as bactérias suprem nutrientes aos produtores primários. Além
disso, estudos realizados em ambientes pelágicos naturais revelam que as bactérias
consomem uma fração significativa da produção fotossintética total (WILLIAMS,
1981; AZAM et al., 1983). O processo de mineralização da matéria orgânica
autóctone ou alóctone na massa de água resulta em biossíntese de proteína
particulada, composta pela célula bacteriana que, por sua vez, constitui excelente
alimento ao zooplâncton (ROCHA, 2000).
Assim, o Teste de Assimilação envolve culturas de algas de várias espécies
de Clorofíceas e o Teste de Dissimilação, bactérias aeróbias heterotróficas. Ambas
apresentam uma rápida resposta fisiológica e a avaliação da manutenção das
culturas encontra-se na seqüência:
a) Teste A – Cultura Mista de Clorofíceas
O Teste de Assimilação utiliza culturas mistas de Clorofíceas com
predominância do gênero Scenedesmus, conforme mostraram as análises por
microscopia, durante todo o período de manutenção da suspensão. A escolha pela
utilização de culturas mistas se justifica pela facilidade de mantê-las em relação às
culturas axênicas (maior probabilidade de infecção bacteriana e contaminação com
outras espécies de algas) e pelo “endpoint” do teste, onde a taxa de produção
primária não varia muito com a composição de diferentes espécies do mesmo
gênero, de forma a poderem compensar eventuais modificações. LEWIS (1995) e
MA et al. (2002b) afirmam que testes com espécies únicas de algas são de
50
aplicabilidade limitada na avaliação de efeitos de contaminantes ambientais em
comunidades, visto que na natureza as comunidades de algas são compostas por
um conjunto de espécies com diferentes sensibilidades.
As culturas permanente e pré-cultura foram observadas diariamente através
de medidas de absorbância e pH, visando alcançarem uma PBO (Produção
Bioquímica de Oxigênio) mínima necessária de 6,0 mg/L para a validação dos
testes. Para tal propósito, as Clorofíceas devem atingir um crescimento exponencial
anterior à realização do teste, que é em média, de três dias posteriores à incubação
da pré – cultura (Figura 23), resultado apresentado pelos estudos de CHIOCHETTA
(2004) e FONTANELLA (2004), através do acompanhamento das curvas de
crescimento, redução da intensidade de aeração e testes com número de células
para verificar o crescimento, demonstrando qual seria o melhor momento para a
realização dos testes e confirmando assim, o estudo realizado por KREBS (1985).
Esse padrão de crescimento já foi observado por outros autores e é recomendado
por métodos oficiais de ensaios de toxicidade com algas (ISO, 1989; REGINATTO,
1998).
0
0,05
0,1
0,15
0,2
13579111315
Dias
Abs
Figura 23: Curva de crescimento de uma cultura mista de Clorofíceas,
indicando uma fase estacionária, seguida de um crescimento exponencial pelo 3º e
4º dia, e a fase da morte a partir do 12º dia. Obtidas de 29/08 a 12/09/05.
Com o acompanhamento do pH (Figura 24), observou-se um aumento da
alcalinidade durante o crescimento das algas e a sua estabilização a partir da fase
de morte algácea. Conforme MARGALEF (1998), esta alcalinidade é explicada pelo
sistema carbônico-carbonatos, já que num pH = 9,0 e temperatura de 15ºC tem-se
96,6% de íons bicarbonato e 3,1% de íons carbonato.
51
9
9,2
9,4
9,6
9,8
10
13579111315
Dias
pH
Figura 24: Comportamento do pH durante o crescimento de uma cultura mista
de Clorofíceas, mostrando uma tendência à estabilização após o crescimento
exponencial. Obtidas de 29/08 a 12/09/05.
b) Teste D - Cultura de Bactérias Aeróbias Heterotróficas Adaptadas ao Consumo de
Extrato de Carne Granulado
O Teste de Dissimilação utiliza culturas de bactérias aeróbias adaptadas ao
consumo de extrato de carne granulado e avalia a inibição do CBO (Consumo
Bioquímico de Oxigênio) dessas bactérias em relação ao meio a ser testado, em um
período de 24 h.
A média anual em 2005 do CBO das bactérias do aquário 1 de Dissimilação
foi de 0,4 mg/L e das bactérias do aquário 2 de Dissimilação, 0,5 mg/L (Figura 25). O
CBO diário dos aquários mostrou-se relativamente constante principalmente nos
últimos meses do ano. A média anual situa-se em torno do valor desejado de 0,5
mg/L variando entre 0,3 e 0,8 mg/L de oxigênio.
52
A
0
0,2
0,4
0,6
MAMJJLASON
s
CBO Média (24 h)
B
0
0,2
0,4
0,6
0,8
MAMJJLASO
s
CBO Média (24 h)
Figura 25: Manutenção do CBO médio mensal das bactérias do aquário 1 (A)
e do aquário 2 (B) de Dissimilação, durante o ano de 2005.
A média do CBO, no primeiro trimestre de 2006 (período de término dos
testes), das bactérias do aquário 1 de Dissimilação foi de 0,5 mg/L e das bactérias
do aquário 2 de Dissimilação, 0,4 mg/L (Figura 26). As culturas apresentaram um
potencial de CBO contínuo em comparação ao desempenho de 2005, com uma
variação entre 0,4 e 0,7 mg/L de oxigênio e média trimestral em torno do valor
desejado de 0,5 mg/L.
53
A
0
0,2
0,4
0,6
0,8
JFM
s
CBO Média (24 h)
B
0
0,2
0,4
0,6
0,8
JFM
s
CBO Média (24 h)
Figura 26: Manutenção do CBO médio mensal das bactérias do aquário 1 (A)
e do aquário 2 (B) de Dissimilação, no primeiro trimestre de 2006.
A oscilação do CBO mensal durante a manutenção das bactérias, usadas
para a realização do Teste D, provavelmente deve-se à formação de biofilmes
laterais nos aquários de Dissimilação, alterações de temperatura na sala de cultivo e
à condição higroscópica do extrato de carne granulado, mesmo que de pequena
proporção.
Conforme KREBS (1985) o aquário com água de Dissimilação sofre
modificações permanentes devido à baixa concentração da suspensão de bactérias.
A manutenção de uma baixa taxa de consumo de oxigênio nos aquários, condição
prévia para conseguir um aumento necessário do CBO durante o teste de 24 h, faz
com que mínimas diferenças na alimentação provoquem uma oscilação da atividade
das bactérias. A solução encontrada por este autor foi a colocação de cascalho para
se criar um ambiente favorável. No presente estudo, este artefato não contribuiu
satisfatoriamente na estabilidade do aquário.
O substrato pode ter interferido na intensidade de formação dos biofilmes. Um
biofilme é uma matriz de algas microbênticas, bactérias fototrópicas e heterotróficas
organizadas em diferentes camadas incluindo uma estrutura polimérica de produtos
de excreção (PISTOCCHI et al., 2000). Fortes interações entre os níveis tróficos de
algas microbênticas e bactérias heterotróficas estão provavelmente ocorrendo no
54
biofilme (BARRANGUET et al., 2003), a influência da mudança da comunidade algal
sobre as bactérias heterotróficas tem sido previamente observada por WATSON &
BOLLEN (1952).
A temperatura por algumas vezes não se manteve constante, devido a falhas
de funcionamento do aparelho de ar condicionado e a queda de luz/ desligamentos
na rede de energia pela empresa responsável.
Observou-se o aumento da absorção de água pelo extrato de carne granulado
a partir de agosto/05 e então, se fez a encomenda de novo material, chegado em
janeiro/06.
Para alcançar um CBO em torno de 0,5 mg/L pelas bactérias dos aquários de
Dissimilação foram testadas diferentes maneiras e quantidades diárias de extrato de
carne granulado (CHIOCHETTA, 2004). A adição diária de 0,1 mg/L permitiu um
CBO realtivamente constante e próximo do valor desejado 0,5 mg/L, variando entre
0,2 e 0,7 mg/L de oxigênio (Figura 27).
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1 3 5 7 10 12 14 16 18 20 22 25 27 29
Dias
CBO (24hs)
Figura 27 – Curva de manutenção do CBO das bactérias do aquário de
Dissimilação, no período de 01/03 a 28/03/2005.
Através de pesquisa do material utilizado por último para a alimentação das
bactérias, descobriu-se que não era peptona seca granulada como afirmado por
CHIOCHETTA (2004), mas extrato de carne seco e granulado. Então, o valor
desejado de 0,5 mg/L de consumo de oxigênio pelas bactérias aeróbias dos
aquários de Dissimilação, foram obtidos com a adição de 0,1 mg/L de extrato de
carne seco e granulado, já que não existe peptona seca granulada, apenas em pó.
6.3.2 Teste de Assimilação com Amostras de Água Superficial
Os Testes de Assimilação com as amostras de água superficial (Apêndice 1)
dos locais 1 e 2 utilizaram os pré-tratamentos: esterelização, aeração e decantação,
aeração e homogeneização, aeração e filtração e a amostra bruta ou in natura como
referência, imediatamente após a coleta. Para os locais 3, 4 e 5 se utilizaram os pré-
55
tratamentos: esterelização, aeração e decantação, aeração e homogeneização e
também a amostra bruta ou in natura.
Os Testes A com a água superficial do local 1, com a amostra bruta e os pré-
tratamentos aeração e decantação, aeração e homogeneização, comportaram-se de
forma similar, mostrando inibição da PBO após 24h (Figura 28).
A
-40
-20
0
20
40
60
80
100
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Filtrada
B
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 28 - Testes de Assimilação com a água superficial do local 1,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes A com a água superficial do local 2 obtiveram valores de 8,8
(inverno/05) e 12,3 (verão/06) mg/L de oxigênio no controle, acima do recomendável
6,0 + - 1 mg/L. Os pré-tratamentos aeração e decantação e aeração e
homogeneização apresentaram um comportamento semelhante quanto à inibição da
56
PBO após 24h, com destaque para o último (Figura 29).
A
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibição % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Filtrada
B
-120
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 29 - Testes de Assimilação com a água superficial do local 2,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes A com a água superficial do local 3 obtiveram 11 mg/L de oxigênio
no controle, acima do recomendável 6,0 + - 1 mg/L, mesmo que considerada a faixa
de erro do aparelho e do operador. Neste caso, novamente os pré-tratamentos
aeração e decantação e aeração e homogeneização apresentaram um
comportamento semelhante, com destaque para o último, a respeito da inibição da
PBO após 24h (Figura 30).
57
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 30 - Teste de Assimilação com a água superficial do local 3,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes A com a água superficial do local 4 alcançaram 5,6 (inverno/05) e
10,3 (verão/06) mg/L de oxigênio no controle. Todos os 4 pré-tratamentos
apresentaram desenvolvimento semelhante quanto à inibição da PBO após 24h, com
destaque para amostra bruta e esterelização (Figura 31).
58
A
-100
-90
-80
-70
-60
-50
-40
-30
-20
-10
0
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão (%)
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
B
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibição % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 31 - Testes de Assimilação com a água superficial do local 4,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes A com a água superficial do local 5 atingiram 3,3 e 10,3 mg/L de
oxigênio no controle, sendo o primeiro valor, um pouco abaixo e o segundo, acima da
faixa recomendável de 6,0 + - 1 mg/L. A amostra bruta e o pré-tratamento aeração e
decantação apresentaram inibição da PBO após 24 h, porém seus comportamentos
mostraram-se distintos da amostragem do inverno/05 para a do verão/06 (Figura 32).
59
A
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
B
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 32 - Testes de Assimilação com a água superficial do local 5,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
A inibição do potencial de produção de oxigênio nos Testes de Assimilação
referente à água superficial, considerando todos os pré-tratamentos, segue
estatisticamente a ordem decrescente local 4> local 2 > local 3> local 1> local 5.
Para avaliar qual pré-tratamento mostra-se mais expressivo quanto à inibição
da PBO após 24h, isto é, mais eficiente na eliminação da interferência dos nutrientes
presentes nas amostras de água superficial, adiante serão feitas as análises
estatísticas dos dados.
60
6.3.3 Teste de Assimilação com Amostras de Sedimento Superficial
As amostragens de sedimento superficial foram realizadas junto com as de
água superficial, nos locais 1, 2, 3 e 5 (Apêndice 3). No local 4 não há condições de
coleta de sedimento, pois existem grandes fragmentos de rochas. Para os testes se
utilizou a metodologia denominada elutriato (EPA, 1991).
Os Testes A com o sedimento superficial do local 1 obtiveram 8,6 (inverno/05)
e 9,8 (verão/06) mg/L de oxigênio no controle, valores um tanto acima da faixa
recomendável de 6,0 + - 1 mg/L. Em todas as concentrações de elutriato e nas duas
campanhas amostrais ocorreu inibição da PBO após 24 h (Figura 33). No local 1
foram realizadas duas campanhas amostrais, inverno/05 e verão/06, pois na primeira
não foi possível realizar a concentração de 80% no Teste D por falta de material, já
que esta foi a primeira coleta e não havia experiência anterior.
-100
-80
-60
-40
-20
0
Inibão (%)
20 40 60 80
Concentrão (%)
A
-100
-80
-60
-40
-20
0
Inibição (%)
20 40 60 80
Concentrão (%)
B
Figura 33 - Testes de Assimilação com o sedimento superficial do local 1,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) da produção de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
O Teste A com o sedimento superficial do local 2 alcançou 7,0 mg/L de
oxigênio no controle, valor que está dentro da faixa recomendável de 6,0 + - 1 mg/L.
Ocorreu inibição da PBO após 24h, a partir da concentração de 40 %, chegando a
100% nas concentrações de 60 e 80 % de elutriato (Figura 34).
61
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
Inibão % Estimulação
20 40 60 80
Concentrão (%)
Figura 34 - Teste de Assimilação com o sedimento superficial do local 2,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
O Teste A com o sedimento superficial do local 3 atingiu 3,3 mg/L de oxigênio
no controle, valor abaixo da faixa recomendável de 6,0 + - 1 mg/L, mas que pode
estar dentro da faixa de erro do aparelho e do operador. Ocorreu inibição da PBO
após 24h, em todas as concentrações de elutriato (Figura 35).
-100
-80
-60
-40
-20
0
Inibão (%)
20 40 60 80
Concentrão (%)
Figura 35 - Teste de Assimilação com o sedimento superficial do local 3,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
O Teste A com o sedimento superficial do local 5 obteve 9,8 mg/L de oxigênio
no controle, valor acima da faixa recomendável de 6,0 + - 1 mg/L. A inibição da PBO
após 24h ocorreu em todas as concentrações de elutriato e apresentou desempenho
crescente como o mostrado pelo local 3 anteriormente (Figura 36).
62
-100
-80
-60
-40
-20
0
Inibão (%)
20 40 60 80
Concentrão (%)
Figura 36 - Teste de Assimilação com o sedimento superficial do local 5,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes de Assimilação com o sedimento superficial apresentaram maior
inibição da produção de oxigênio do que com a água superficial, porém para verificar
a eficiência e a sensibilidade deste método há necessidade de compará-lo com os
resultados dos Testes D, de modo a ver se existe ou não complementação da
atividade autotrófica pela atividade heterotrófica.
6.3.4 Teste de Dissimilação com Amostras de Água Superficial
O Teste D avalia a toxicidade da água superficial dentro dos processos de
autodepuração de esgotos biodegradáveis. Os Testes de Dissimilação foram
realizados com a água superficial coletada em cinco locais da BH do Arroio Tega
(Apêndice 2). Com a amostragem dos locais 1 e 2 foram testados os pré-
tratamentos: esterelização, aeração e decantação, aeração e homogeneização,
aeração e filtração e a amostra sem pré-tratamento, ou seja, bruta ou in natura,
como referência. Com a amostra de água superficial do local 3, o pré-tratamento
esterelização. Com a amostragem do local 4 foram feitos dois Testes de
Dissimilação, um com o pré-tratamento esterelização e o outro com três pré-
tratamentos: esterelização, aeração e decantação e aeração e homogeneização. E
com a amostra de água superficial do local 5 foram feitos testes com os pré-
tratamentos: esterelização, aeração e decantação, aeração e homogeneização, e
também com a amostra bruta.
Os Testes de Dissimilação com a água superficial do local 1 obtiveram 5,6
(inverno/05) e 6,4 (verão/06) mg/L de oxigênio no controle, dentro da faixa
recomendável 5,0 + - 1 mg/L (de erro do aparelho e do operador). O pré-tratamento
esterelização apresentou comportamento similar e constante nas duas campanhas
amostrais, inibindo o CBO, após 24h, no Teste D (Figura 37).
63
A
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Filtrada
B
-40
-30
-20
-10
0
10
20
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 37 - Testes de Dissimilação com a água superficial do local 1,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes de Dissimilação com água superficial do local 2 alcançaram valores
de 8,4 (inverno/05) e 4,8 (verão/06) mg/L de oxigênio no controle, o primeiro um
pouco acima e o segundo, dentro do recomendável 5,0 + - 1 mg/L. A amostra
esterelizada apresentou comportamento semelhante quanto à inibição do CBO, após
24h (Figura 38).
64
A
-70
-60
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Filtrada
B
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibição % Estimulação
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 38 - Testes de Dissimilação com a água superficial do local 2,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
O Teste de Dissimilação com a água superficial do local 3 atingiu 3,0 mg/L de
oxigênio no controle, um pouco abaixo do recomendável 5,0 + - 1 mg/L, mas deve
estar dentro da faixa de erro do aparelho e do operador. Optou-se pelo pré-
tratamento esterelização, pois o mesmo demonstrou nos testes anteriores, ser
provavelmente o mais eficiente na eliminação da interferência da alta DBO na
amostra, no Teste D. Entretanto, neste teste seu desempenho não correspondeu aos
testes anteriores, sendo ineficiente, já que ocorreu aceleração, em quase todas as
concentrações (Figura 39).
65
0
10
20
30
40
50
60
70
80
20 40 60 80
Concentrão (%)
Estimulação (%)
Esterelizada
Figura 39 - Teste de Dissimilação com a água superficial do local 3,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) do consumo
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes de Dissimilação com a água superficial do local 4, obtiveram 3,0
(inverno/05) e 4,6 (verão/06) mg/L de oxigênio no controle, sendo o primeiro um
pouco abaixo e o segundo, dentro da faixa recomendável 5,0 + - 1 mg/L. Na primeira
campanha amostral, a inibição do CBO após 24h ocorreu somente no pré-tratamento
esterelização. E na segunda, a inibição do CBO após 24h ocorreu somente no pré-
tratamento aeração e decantação (Figura 40).
66
A
-20
0
20
40
60
80
100
20 40 60 80
Concentração (%)
Inibição % Estimulaçã
o
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
B
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 40 - Testes de Dissimilação com a água superficial do local 4,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes de Dissimilação com a água superficial do local 5 obtiveram 1,5
(inverno/05) e 4,6 (verão/06) mg/L de oxigênio no controle, o primeiro ficando abaixo
e o segundo, dentro da faixa recomendável 5,0 + - 1 mg/L. Dentre os pré-tratamentos
testados a esterelização e a aeração e decantação foram os que apresentaram
inibição do CBO, após 24h, em ambas as campanhas amostrais (Figura 41).
67
A
-100
-80
-60
-40
-20
0
20
40
60
80
100
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Amostra Bruta
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
B
-10
0
10
20
30
40
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Esterelizada
Decantada
Homogeneizada
Figura 41 - Testes de Dissimilação com a água superficial do local 5,
amostragem de inverno/05 (A) e verão/06 (B). Dados referentes à diferença
percentual (%) do consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
A inibição do consumo de oxigênio nos Testes de Dissimilação referente à
água superficial, considerando todos os pré-tratamentos, segue estatisticamente a
ordem decrescente: local 5> local 2 > local 1> local 4> local 3. O local 5 que deveria
ser o menos tóxico, devido à menor poluição e interferência antrópica, pode ter
apresentado uma toxicidade maior no Teste D ocasionada por um valor de consumo
de oxigênio não satisfatório no controle (instabilidade da cultura de bactérias).
O pré-tratamento esterelização mostrou ser o mais expressivo quanto à
inibição do CBO após 24h, o que indica também ser o mais eficiente na eliminação
da interferência da alta DBO nas amostras de água superficial, porém há
necessidade de análises estatísticas dos dados para ter a confiabilidade do resultado
e verificar se serão precisos mais testes para sua comprovação ou não.
68
6.3.5 Teste de Dissimilação com Amostras de Sedimento Superficial
A primeira coleta de sedimento superficial, para a execução dos Testes D
(Apêndice 4) foi realizada no local 1. Então, não se tinha a noção de quanto
sedimento úmido seria necessário para obter a quantidade desejada de sedimento
seco visando a posterior elaboração do Teste D. O Teste A foi o primeiro a ser
executado, utilizando a maior parte do sedimento seco. O elutriato não foi
centrifugado, pois conforme a metodologia da EPA (1991) este procedimento não
obrigatório dependeria da condição de turbidez da solução após a agitação manual.
Isto pode ter influenciado no Teste D com o local 1, provocando inibição do consumo
de O
2
nas concentrações maiores de amostra (60 e 80%), de acordo com a Figura
42. A partir das demais amostragens a centrifugação foi adotada como obrigatória,
pois a solução apresentava certa turbidez podendo interferir no desempenho da
fotossíntese pela cultura mista de Clorofíceas (Teste A).
-40
-20
0
20
40
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibão % Estimulação
Figura 42 - Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 1,
amostragem de verão/06. Dados referentes à diferença percentual (%) do consumo
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
O Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 2 obteve 4,3
mg/L de oxigênio no controle, dentro da faixa recomendável de 5,0 + - 1 mg/L.
Ocorreu estimulação, de aproximadamente 80%, do CBO após 24h, em todas as
concentrações de elutriato (Figura 43).
69
0
20
40
60
80
100
20 40 60 80
Concentrão (%)
Estimulação (%)
Figura 43 - Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 2,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) do consumo
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
O Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 3 alcançou 1,5
mg/L de oxigênio no controle, valor abaixo da faixa recomendável de 5,0 + - 1 mg/L,
devido a um provável erro do aparelho e/ou do operador. Apresentou um
comportamento de aceleração, assim como o local 2, de 100%, do CBO após 24h,
em todas as concentrações de elutriato (Figura 44).
0
20
40
60
80
100
20 40 60 80
Concentração (%)
Estimulação (%)
Figura 44 - Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 3,
amostragem de inverno/05 (A). Dados referentes à diferença percentual (%) do
consumo de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
O Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 5 obteve 5,1
mg/L de oxigênio no controle, valor recomendável. Todas as concentrações
apresentaram estimulação do CBO após 24h (Figura 45).
70
0
10
20
30
40
20 40 60 80
Concentrão (%)
Estimulação (%)
Figura 45 - Teste de Dissimilação com o sedimento superficial do local 5,
amostragem de inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) do consumo
de O
2
mg/L em relação ao controle de cada ensaio.
Os Testes de Dissimilação com o elutriato do sedimento superficial não
apresentaram, com exceção do local 1, inibição do CBO após 24h pela cultura de
bactérias aeróbias heterotróficas adaptadas ao consumo de extrato de carne
granulado, ao contrário da sensibilidade demonstrada pelos Testes A. Deste modo,
não ocorre complementação das atividades autotrófica e heterotrófica. Assim, com
base nos resultados dos testes realizados por este estudo, a metodologia de
elutriato do sedimento superficial no Teste A-D não oferece condições de
padronização. O mesmo desempenho é confirmado por GUZZELLA (1998), onde os
resultados do teste elutriato com a bactéria Vibrio fischeri foram insatisfatórios em
predizer a toxicidade do sedimento. Ele foi útil em expor a bactéria a substâncias
solúveis em água, fornecendo uma estimativa real de biodisponibilidade e a
desvantagem foi a falta de sensibilidade.
O mesmo autor declara que lamentavelmente, o melhor procedimento - teste
para salvaguardar o ambiente aquático não existe. Somente com metodologias de
abordagens comprometidas com esta causa é possível alcançar um conhecimento
completo do potencial de toxicidade do sedimento.
6.3.6 Outros Testes
Teste A
Para investigar a influência da solução nutritiva forte na cultura mista de
clorofíceas (Teste A), durante o período de 24h, foram realizados Testes de
Assimilação com a água superficial do Arroio Previde (local 4) sem a solução
nutritiva forte nas diluições, apenas no controle e com a solução nutritiva forte nas
diluições e no controle. Em ambos os Testes A, a amostra de água foi aerada por 5
dias e decantada por 30 min antes do ensaio (Apêndice 5).
Suspeitava-se que com a solução nutritiva forte haveria um efeito de adição
de nutrientes aos da amostra de água superficial coletada, ocasionando aceleração
do metabolismo, isto é, aumento do Potencial de Produção de Oxigênio (PPO).
Entretanto, o Teste de Assimilação com solução nutritiva forte apresentou um PPO
71
menor em todas as diluições, chegando a mais de 15% de inibição, enquanto que, o
Teste de Assimilação sem solução nutritiva forte resultou numa aceleração de até
20%, com um maior PPO nas concentrações. Todavia, pode-se afirmar através
desta comparação que a solução nutritiva forte no Teste A não provoca a aceleração
da fotossíntese da cultura mista de Clorofíceas, ao contrário, se ausente no meio, as
algas utilizam os nutrientes da amostra, causando a estimulação do seu
metabolismo (Figura 46).
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
20 40 60 80
Concentrão (%)
Inibição % Estimulação
Sem SNF
Com SNF
Figura 46 - Testes A com água superficial do Arroio Previde, local 4, sem a
solução nutritiva forte (SNF) e com a solução nutritiva forte (SNF), campanha
amostral inverno/05. Dados referentes à diferença percentual (%) da produção de O
2
mg/L em relação ao controle.
Através de teste realizado, em relação à quantidade de solução nutritiva ISO
8692 : E (1989) administrada à cultura permanente de clorofíceas, se constatou uma
rápida adaptação, no período de uma semana, a valores 10 vezes menores ao
recomendado pela norma. Esta adaptação pode ser percebida pelo desenvolvimento
da cultura, que nesse período conseguiu atingir um crescimento exponencial
comparável ao daquela que recebia uma solução nutritiva 10 vezes mais
enriquecida.
Teste D
Para a verificação da Demanda Bioquímica de Oxigênio, transcorridos 5 dias
a 20ºC, optou-se pelas diluições 10x, 20x e 50x com água deionizada aerada por
24h para que o oxigênio não fosse totalmente reduzido pelas bactérias aeróbias
heterotróficas, já que a concentração de material orgânico nas amostras costuma ser
elevada (Apêndice 5). O PCO, com exceção do controle, se manteve
aproximadamente o mesmo nas diluições (Tabela 7). Contudo, percebe-se através
da indiferença entre os resultados necessidade de proceder com diluições maiores.
72
Tabela 7: DBO
5
com a água superficial do Arroio Previde, local 4, usando o
consumo de O
2
mg/L como medida, campanha amostral inverno/05.
Controle e C (%) O
2
inicial O
2
final escuro PCO
C 7,1 5,2 1,9
10x 7,2 0,2 7,0
20x 7,2 0,2 7,0
50x 7,1 0,2 6,9
DBO
5
= água de diluição aerada por 24h (água reconstituída). Diluições: 10x
(50 mL água do Arroio Previde + 450 mL água reconstituída); 20x (25 mL água do
Arroio Previde + 475 mL água reconstituída) e 50x (10 mL água do Arroio Previde +
490 mL água reconstituída). Duração: 14/10/05 a 19/10/05.
Para determinar a quantidade de extrato de carne granulado necessário para
obter um PCO ideal de 5,0 mg/L de O
2
no controle do Teste de Dissimilação foram
realizados vários testes, com diferentes concentrações e água de Dissimilação dos
aquários 1 e 2 (Figura 47). Os primeiros Testes D (A), com concentrações de 1 a
80% (em g/ 1000 mL), mostraram um PCO acima do valor ideal. Então, foram
testadas concentrações menores (B), 0,2 a 2,0% (em g/ 500 mL), onde se obteve um
PCO = 5,0 e 5,7mg/L de O
2
, nas concentrações 1,5% (correspondendo a 0,0045 g) e
2,0% (0,0060 g), respectivamente. Portanto, esta última concentração de extrato de
carne granulado, foi utilizada nos Testes D por apresentar um PCO mais próximo do
ideal, com uma margem mais confiável para padronização do método.
73
A
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
12,5 5 1015203040506080
Concentrão (%)
PCO (mg/L)
Teste 1
Teste 2
Teste 3
B
0
1
2
3
4
5
6
0,20,40,60,8 1 1,5 2
Concentrão (%)
PCO (mg/L)
Teste 1
Teste 2
Teste 3
Teste 4
Figura 47 - Testes D, com extrato de carne granulado e água de Dissimilação
dos aquários 1 e 2, buscando alcançar um PCO ideal no controle. Sendo A, testes
com concentração em g/ 1000 mL e B, testes com concentração em g/ 500 mL.
Preliminarmente, ao que indicam os testes, a solução nutritiva forte não é
responsável pela aceleração da fotossíntese da cultura mista de Clorofíceas no
Teste A e a melhor concentração de extrato de carne granulado para obtenção de
um PCO ideal no controle do Teste D = 5 mg/L O
2
é 0,0060 g para um volume de
500mL. Para verificar se os resultados dos Testes A e D, discutidos acima, são
significativos estatisticamente, há necessidade de realização de mais testes.
74
6.4. Avaliação Estatística
6.4.1 Dados da Água Superficial
Com o objetivo de avaliar se existe correlação entre os parâmetros físicos e
químicos da água superficial, realizou-se a análise do Coeficiente de Spearman,
obtida com os dados originais, conforme a Tabela 8.
Pode-se observar uma forte correlação positiva entre nitrato com níquel total
(0,74), com zinco total (0,78) e com cobre dissolvido (0,81), nitrogênio amoniacal
com fosfato (0,90), com condutividade (0,83), fosfato com zinco total (0,81), com
cobre dissolvido (0,70), com condutividade (0,85), níquel total e cromo total (0,78),
cromo total e condutividade (0,72), demanda bioquímica de oxigênio e condutividade
(0,75). Uma correlação positiva mediana entre nitrato e fosfato (0,57), nitrogênio
amoniacal com níquel total (0,59), com cromo total (0,62), com zinco total (0,62),
com cobre dissolvido (0,57), com demanda bioquímica de oxigênio (0,60), fosfato
com níquel total (0,56), com cromo total (0,62), com demanda bioquímica de
oxigênio (0,50), níquel total com zinco total (0,53), com cobre dissolvido (0,60), com
condutividade (0,57), cromo total e cobre dissolvido (0,53), zinco total com cobre
dissolvido (0,63), com condutividade (0,60) e oxigênio dissolvido e altitude (0,52).
Estes resultados entre nutrientes e metais possivelmente estejam
relacionados à contribuição de efluentes domésticos não tratados e de atividades
industriais como o ramo metal-mecânico e a galvanoplastia. Uma forte correlação
negativa entre zinco total e altitude (-0,77) e oxigênio dissolvido e condutividade (-
0,70). Nesta situação, a maior altitude é próxima do local controle, de menor
influência das atividades industriais, provavelmente por isso seja menor a
quantidade de zinco presente, porém à medida que se aproxima em direção à foz, a
sua quantidade aumenta devido ao maior número de indústrias. E o local controle,
de maior concentração de oxigênio, apresentou a menor condutividade,
possivelmente, devido à baixa interferência antrópica.
Tabela 8 - Matriz de correlação (Coeficiente de Spearman) entre os
parâmetros físicos e químicos, referente às coletas de amostras de água superficial
no período de inverno/05 e verão/06.
NO
-
3
NH
3
PO
3-
4
NiT CrT ZnT CuD DBO
5
OD pH TEM CON ALT
NO
-
3
1 0,48 0,57 0,74* 0,41 0,78*0,81** -0,17 -0,27 -0,08 -0,35 0,31 -0,54
NH
3
1 0,90** 0,59 0,62 0,62 0,57 0,60 -0,57 0,40 -0,05 0,83* -0,44
PO
3-
4
1 0,56 0,62 0,81* 0,70* 0,50 -0,76 0,04 0,05 0,85** -0,54
NiT 1 0,78* 0,53 0,60 0,12 -0,21 0,40 -0,20 0,57 -0,44
CrT 1 0,34 0,53 0,37 -0,43 0,28 0,13 0,72* -0,22
ZnT 1 0,63 0,18 -0,48-0,22 0,03 0,60 -0,77*
CuD 1 0,11 -0,62-0,19 -0,3 0,43 -0,33
DBO
5
1 -0,51 0,22 0,40 0,75* -0,2
OD 1 0,22 0,08 -0,70* 0,52
pH 1 -0,37 0,28 -0,19
TEM 1 0,16 0,32
COM 1 -0,65
ALT 1
75
* Nível de significância = 0,05 ** Nível de significância = 0,01
6.4.2 Dados do Sedimento Superficial
Com o objetivo de avaliar se existe correlação entre os parâmetros físicos e
químicos do sedimento superficial, realizou-se a análise do Coeficiente de
Spearman, obtida com os dados originais, conforme a Tabela 9.
Pode-se observar uma forte correlação positiva entre cobre e cromo total
(0,74), níquel com matéria orgânica (0,80), com cascalho (0,80), zinco com cascalho
(0,80), com areia (1,0), cascalho e areia (0,80), silte e argila (1,0). Uma correlação
positiva mediana de níquel com zinco (0,60) e com areia (0,60). Estes resultados
provavelmente estejam relacionados às interações entre metais e nutrientes, e
destes, com a fração granulométrica de maior afinidade. Uma forte correlação
negativa de zinco com silte (-1,0) e com argila (-1,0) indicando que, os locais
(destacam-se 1 e 2) com menor quantidade de silte e argila no meio apresentaram
maior concentração de zinco, isto porque este se adere a ligantes orgânicos que
geralmente estão associados a partículas de menor granulometria. Por
apresentarem maior área específica, as partículas menores favorecem processos
que se desenvolvem na interface sedimento/água, como adsorção, interação com a
matéria orgânica e precipitação dos metais. A correlação negativa de cascalho com
silte (-0,80) e com argila (-0,80) é porque quanto maior a presença da classificação
granulométrica cascalho, menor será a porcentagem de silte e argila na amostra, da
mesma forma, areia com silte (-1,0) e argila (-1,0) e silte com argila (1,0), refletindo a
dinâmica do rio.
Tabela 9 - Matriz de correlação (Coeficiente de Spearman) entre os
parâmetros físicos e químicos, referente às coletas de amostras de sedimento
superficial, no período de inverno/05.
Cu Cr T Ni Zn MO CAS ARE SIL ARG
Cu 1 0,74 -0,20 0,20 -0,40 -0,40 0,20 -0,20 -0,20
Cr T 1 0,32 0,10 0,32 -0,21 0,10 -0,10 -0,10
Ni 1 0,60 0,80 0,80 0,60 -0,60 -0,60
Zn 1 0 0,80 1,0** -1,0** -1,0**
MO 1 0,40 0 0 0
CAS 1 0,80 -0,80 -0,80
ARE 1 -1,0** -1,0**
SIL 1 1,0**
ARG 1
** Nível de significância = 0,01
6.4.3 Dados dos Testes Ecotoxicológicos
a) Teste de Assimilação com Amostras de Água Superficial
A análise estatística do Teste A com a água superficial compreendeu a
comparação entre concentrações (20, 40, 60 e 80%) dentro de pré-tratamentos (sem
pré-tratamento ou amostra bruta, esterelizado, decantado aerado e homogeneizado
76
aerado) e épocas (verão e inverno) através do Teste Qui-Quadrado, mais
especificamente Teste Exato de Fisher (Apêndice 6). Neste teste, as maiores
porcentagens de inibição nos ensaios ecotoxicológicos de assimilação foram 68,8%
com os pré-tratamentos esterelizado e homogeneizado aerado, na época verão;
80% com os pré-tratamentos decantado e homogeneizado aerados, ambos na
época inverno, e 81,3% com a amostra bruta ou sem pré-tratamento, na época
verão; apesar de apenas as amostras decantadas aeradas, época inverno,
apresentarem diferença significativa entre as concentrações e a inibição do PPO,
após 24 horas (p=0,037).
A análise descritiva dos dados, sem ter significância estatisticamente,
apresentou como melhores desempenhos na eliminação da interferência dos
nutrientes na amostra (inibição do PPO), os pré-tratamentos na época verão:
esterelizado, concentração 80%, média de inibição 69,53 e desvio padrão 34,94;
amostra bruta ou sem pré-tratamento, 40%, média de inibição 53,43, desvio padrão
4,31, na concentração 60%, média de inibição 61,86, desvio padrão 13,29 e na
concentração 80%, média de inibição 58,80, desvio padrão 33,36.
Também foi utilizada a análise de medidas repetidas, onde o fator pré -
tratamento possui 4 níveis (1- dec, 2 – est, 3 - hom e 4 - st), o fator concentração
tem 4 níveis (20, 40, 60 e 80), enquanto que o fator época de coleta possui 2 níveis
(1- inverno e 2- verão). Os dados apresentaram heterogeneidade de variâncias e
como não se tem uma análise estatística não-paramétrica adequada para este tipo
de análise, a análise de variância foi realizada com os dados originais, conforme a
Tabela 10.
Através da análise de variância, pode-se concluir que há diferença
significativa (p=0,0054) para uma probabilidade de erro de p = 0,05 ou nível de
significância de 5%, entre as médias de concentração, em relação à inibição do
potencial de produção de oxigênio, após 24 horas.
Tabela 10 – Análise de variância com os dados originais dos Testes A com a
água superficial.
CAUSAS DE VARIAÇÃO GRAUS DE SOMA DE QUADRADO VALOR Pr > F
LIBERDADEQUADRADOS MÉDIO DE F
PRE_TRAT
3 3138.31525 1046.10508 2.28 0.094
CONCENT
3 6753.61116 2251.20372 4.91 0.0054
PRE_TRAT*CONCENT
9 2239.01216 248.77913 0.54 0.8347
ERRO (A)
40 18351.34875 458.78372
EPOCA
1 4609.54003 4609.54003 3.71 0.067
PRE_TRAT*EPOCA
3 1680.33936 560.11312 0.45 0.719
CONCENT*EPOCA
3 177.22028 59.07343 0.05 0.9859
PRE_TR*CONCENT*EPOCA
8 946.92858 118.36607 0.1 0.999
ERRO (B)
22 27305.45958 1241.15725
TOTAL CORRIGIDO
93 75328.40809
Como os dados apresentaram variabilidade e existe diferença significativa
entre as médias de concentração entre os pré-tratamentos foi utilizado o teste de
comparações múltiplas Dunnett T3, no nível de significância de 5%.
Para determinar qual média de concentração difere uma da outra, a variável
resposta compreendeu a inibição do potencial de produção de oxigênio após 24
horas, mostrado pela Tabela 11.
77
Através do Teste Dunnett T3, pode-se concluir que a inibição média na
concentração 80 (maior média de inibição) deve diferir significativamente da inibição
média da concentração 20 (menor média de inibição), em relação à inibição do
potencial de produção de oxigênio, após 24 horas.
Tabela 11 – Teste de comparações múltiplas Dunnett T3 com as
concentrações dos Testes A com água superficial.
Concentração n Média Erro Padrão Agrupamento
da Média Dunnett T3
80
28 46.43 6.31 A
60
27 35.50 5.76 AB
40
23 26.35 4.63 AB
20
16 21.72 3.50 B
Todos dos dados referentes à análise estatística descritiva encontram-se no
Apêndice 7.
b) Teste de Assimilação com Amostras de Sedimento Superficial
Na comparação entre concentrações (20, 40, 60 e 80%) e épocas (inverno e
verão) através do Teste Qui-Quadrado (Teste Exato de Fisher), concluiu-se não
haver diferença significativa (p=1,000) entre as concentrações em relação às
proporções de inibição do potencial de produção de oxigênio, após 24 horas
(Apêndice 6). Entretanto, neste teste, a inibição alcançou 95% quando incluídas as
duas épocas de coleta cruzadas com as concentrações, mesmo sem significância
estatística. Observou-se que na época de coleta verão, em todas as concentrações,
só ocorreu inibição do PPO, por isto, não foi realizado o Teste Qui-Quadrado.
A análise de medidas repetidas (Tabela 12) considerou os fatores:
concentração com 4 níveis (20, 40, 60 e 80) e época que possui 2 níveis (inverno,
verão). Os dados apresentaram heterogeneidade de variâncias, portanto, estes
foram transformados através do método de mínimos quadrados ponderados, cuja
variância dos grupos entrou na composição da ponderação.
De acordo com a análise de variância apresentada, pode-se concluir que
deve haver diferença significativa entre as médias de concentração (p=0,0096), em
relação à inibição do potencial de produção de oxigênio, após 24 horas, para uma
probabilidade de erro de p = 0,05 ou nível de significância de 5%.
Tabela 12 – Análise de variância com os dados transformados através do
método mínimos quadrados ponderados.
CAUSAS DE GRAUS DE SOMA DE QUADRADO VALOR Pr > F
VARIAÇÃO LIBERDADE QUADRADOS MÉDIO DE F
Concent 3 25.15891226 8.38630409 8.58 0.0096
Erro (A) 7 6.83979759 0.97711394
Epoca 1 0.94917924 0.94917924 0.91 0.3935
Concent*Epoca 3 1.34785443 0.44928481 0.43 0.7418
Erro (B) 4 4.16020241 1.0400506
78
Total Corrigido 18 37.8327133
Para determinar qual média de concentração difere uma da outra foi utilizado
o Teste de Comparações Múltiplas de Tukey, no nível de significância de 5%, tendo
como variável resposta a inibição do potencial de produção de oxigênio, após 24
horas.
Através do Teste de Tukey, a maior diferença entre as médias foi 61,094 na
comparação entre as concentrações 80 e 20% (Tabela 13). Desta maneira, pode-se
concluir que a inibição média na concentração 80 (maior média de inibição) deve
diferir significativamente da inibição média da concentração 20 (menor média de
inibição), em relação à inibição do potencial de produção de oxigênio, após 24
horas. Na análise estatística descritiva dos dados, mesmo sem significância
estatisticamente, apresenta a concentração 80% com melhor desempenho de
inibição (94,24) do PPO, após 24h, e menor desvio padrão (4,33).
Tabela 13 – Teste de comparações múltiplas de Tukey entre as
concentrações dos Testes A com sedimento superficial.
Comparação entre
as Concentrações
Diferença entre
as médias
Intervalo de
confiança 95%
80 – 60 13,357 -17,712 44,426
80 – 40 35,283 -6,892 77,459
80 – 20 61,094 11,254 110,934
60 – 40 21,927 -30,062 73,915
60 – 20 47,737 -10,641 106,115
40 – 20 25,811 -39,162 90,784
Todos dos dados referentes à análise estatística descritiva encontram-se no
Apêndice 8.
c) Teste de Dissimilação com Amostras de Água Superficial
Comparando as concentrações dentro dos pré-tratamentos e épocas, através
do Teste Qui-Quadrado (Teste Exato de Fisher), pode-se concluir que não há
diferença significativa entre as concentrações em relação às proporções de inibição
do potencial de consumo de oxigênio, após 24 horas (Apêndice 6). Neste teste, a
maior porcentagem de inibição nos ensaios ecotoxicológicos de dissimilação foi
54,2% com o pré-tratamento esterelizado, época inverno, e 75% com a amostra
bruta ou sem pré-tratamento, época verão, apesar de não apresentarem diferenças
significativas entre as concentrações e a inibição do PCO.
A estatística descritiva dos dados, sem ter significância estatisticamente,
mostra o pré-tratamento esterelizado com a concentração 80% na época de coleta
verão com o melhor desempenho, 57,5 de inibição e 24,74 de desvio padrão, na
comparação geral.
A análise de medidas repetidas envolveu os fatores: pré-tratamento possui 4
níveis (1 - dec, 2 - est, 3 - hom e 4 - st), concentração tem 4 níveis (20, 40, 60 e
80%) e época possui 2 níveis (1- inverno e 2- verão). Os dados apresentaram
heterogeneidade de variâncias e como não se tem uma análise estatística não-
paramétrica adequada para este tipo de análise, a análise de variância foi realizada
79
com os dados originais, conforme a Tabela 14.
Através da análise de variância, pode-se concluir que não há diferença
significativa entre as médias de inibição no pré-tratamento, concentração e nem na
época, assim como não há diferença significativa entre as médias de inibição na
interação desses fatores, ao nível de significância de 5%, em relação à inibição do
potencial de consumo de oxigênio, após 24 horas.
Tabela 14 - Análise de variância com os dados originais dos Testes D com a
água superficial.
CAUSAS DE VARIAÇÃO GRAUS DE SOMA DE QUADRADO VALOR Pr > F
LIBERDADE QUADRADOS MÉDIO DE F
PRE_TRAT
3 4073.552424 1357.850808 1.77 0.2066
CONCENT
3 4853.763718 1617.921239 2.11 0.1528
PRE_TRAT*CONCENT
6 1220.326565 203.387761 0.26 0.943
ERRO (A)
12 9214.887833 767.907319
EPOCA
1 44.276312 44.276312 0.55 0.5136
PRE_TRAT*EPOCA
2 66.349833 33.174917 0.41 0.6965
CONCENT*EPOCA
3 408.786011 136.262004 1.68 0.3402
PRE_TR*CONCENT*EPOCA
2 52.949091 26.474545 0.33 0.7443
ERRO (B)
3 243.3225 81.1075
TOTAL CORRIGIDO
36 23742.70108
Todos dos dados referentes à análise estatística descritiva encontram-se no
Apêndice 8.
d) Teste de Dissimilação com Amostras de Sedimento Superficial
Os Testes D com as amostras de sedimento superficial apresentaram
aceleração do PCO, após 24h, em praticamente todas as concentrações e locais,
com exceção das concentrações 60 (-17,6%) e 80% (-35,3%) do local 1. O que leva
a pensar que as bactérias aeróbias heterotróficas adaptadas ao consumo de extrato
de carne granulado não são sensíveis ao elutriato quanto à inibição do PCO após
24h, pelo contrário, têm seu metabolismo estimulado, comportamento oposto ao
apresentado pelas culturas de Clorofíceas. Desta forma, pode-se dizer que o método
do Teste D com elutriato não demonstra uma sensibilidade para a sua padronização.
Observa-se que o Teste A-D com água superficial, mesmo não apresentando
significância estatisticamente, mostraram que a maior inibição do PBO e PCO, foi
com o pré-tratamento esterelizado na concentração 80%, apesar deste apresentar
maior desvio padrão que o Teste A com a amostra bruta. Tal comportamento na
eliminação das interferências do Teste A-D, respectivamente os nutrientes e a alta
DBO na amostra, seja devido à fervura a 120ºC/15 min em autoclave por eliminar a
concorrência com as bactérias existentes na amostra e por provocar a liberação e/ou
a decomposição dos nutrientes e substâncias orgânicas biodegradáveis, mas não
dos compostos persistentes e metais pesados do meio, revelando assim, os efeitos
de potencial tóxico da água superficial.
Para a comparação geral, entre os locais de coleta, dados químicos da água
80
(metais pesados e nutrientes) e do sedimento (metais pesados, matéria orgânica e
granulometria), dados biológicos dos Testes de Assimilação e Dissimilação com
água e sedimento superficial foi realizada a análise não paramétrica (Tabela 15).
Nos dados biológicos os valores utilizados para a análise foram os de inibição.
Os ranks estão na mesma ordem de grandeza dos valores registrados para
cada variável em estudo. O local 4 apresenta os maiores ranks para as variáveis
água – metais pesados, Teste D – água, Teste A – água, significando em geral, que
os metais pesados e a inibição no Teste A-D com água superficial apresentaram os
maiores valores em comparação aos demais locais de amostragem. O local 2
mostra os maiores ranks para as variáveis água – nutrientes, sedimento – metais
pesados, sedimento – matéria orgânica e Teste A – sedimento, significando em
geral, que os nutrientes da água superficial, os metais pesados e a matéria orgânica
do sedimento superficial e a inibição no Teste A com o sedimento superficial
apresentaram os maiores valores em comparação aos outros locais. Os locais 1 e 2
apresentaram uma proximidade quanto ao desempenho nos resultados das
variáveis água – metais pesados, água – nutrientes e Teste A – água, demonstrando
serem os locais mais impactados pela contaminação de metais pesados e
nutrientes, e que o nível de concentração destes na água superficial influencia
diretamente a inibição do potencial de produção de oxigênio após 24h, no Teste A
com a água superficial. O local 1 obteve o maior rank para a variável sedimento –
granulometria, significando que este local possui o maior tamanho de grânulos no
sedimento superficial.
Tabela 15 – Análise não paramétrica, por rank e rank médio, entre todos os
dados químicos e biológicos dos Testes A-D, com a água e o sedimento superficial.
Locais
Água
metais
(rank
médio)
Água
nutrien
(rank
médio)
Sedim
metais
(rank)
Sedim
mat org
(rank)
Sedim
granulo
(rank)
Água
Teste D
(rank
médio)
Água
Teste A
(rank
médio)
Sedim
Teste A
(rank
médio)
1 6 6 2 2 4 15,04 43,2 9,56
2 6,5 7 4 4 3 16,73 50,78 13,33
3 3 3 3 1 2 # 30,21 7,75
4 7 6,5 * * * 28,63 56,06 *
5 1,5 1,5 1 3 1 24,25 36,09 10,63
# Neste local não houve inibição.
* Impossibilidade de amostragem do sedimento superficial do local 4.
Obs.: Nos dados biológicos, Teste D, sedimento superficial, em nenhum
momento foi analisado pois não houve inibição. Só há o local 1 com duas
informações de inibição.
81
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados obtidos no presente trabalho permitem inferir que na (o):
AVALIAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DA ÁGUA SUPERFICIAL
A água superficial da BH do Arroio Tega, quanto aos parâmetros físicos e
químicos avaliados, atende apenas a Classe 3 ou 4 da Resolução CONAMA 357/05,
salientando níquel, cobre e fosfato (menos local 5) com teores muito acima dos da
norma. A condutividade também é bastante elevada, mostrando o comprometimento
dos corpos d’água da área de estudo. Tudo isso revela contaminação, alteração da
qualidade e potencial para causar efeitos tóxicos adversos na seguinte escala
decrescente de intensidade (integração dos parâmetros físicos, químicos e
biológicos): local 4, local 2, local 1, local 3 e local 5. Essa discriminação poderá ser
utilizada como ferramenta auxiliar na indicação daquelas áreas que devem ser
priorizadas ou mais profundamente avaliadas (ex. tratamento da água).
AVALIAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DO SEDIMENTO SUPERFICIAL
O sedimento superficial da BH do Arroio Tega, no que tange aos parâmetros
físicos e químicos avaliados, apresenta contaminação e potencial para causar
efeitos tóxicos adversos. A ordem decrescente quanto à impactação por fontes
antrópicas segue: local 2, local 1, local 3 e local 5. Essa hierarquização pode ser
usada como subsídio na escolha das áreas que devem ser priorizadas ou mais
profundamente avaliadas.
Quanto ao grau de contaminação por metais, pode-se estabelecer a seguinte
classificação: cobre – locais 2 e 3 fortemente poluídos e local 1 moderadamente
poluído; cromo – local 2 fortemente poluído; níquel – locais 1 e 2 fortemente
poluídos; zinco – locais 1, 2 e 3 fortemente poluídos.
As avaliações da água e do sedimento superficial refletem a utilização do
recurso hídrico como depositário direto das atividades desenvolvidas na área de
estudo – efluentes industriais e cloacais não tratados e a agricultura - modificando
fortemente as condições ambientais.
MANUTENÇÃO DO TESTE DE ASSIMILAÇÃO (TESTE A)
As culturas mistas de Clorofíceas atingem a fase exponencial em três dias, na
média, posteriores à incubação.
Este estudo revela uma elevada e desconhecida capacidade de adaptação
das culturas à solução nutritiva ISO 8692/1989 (E) 10 vezes menos enriquecida
(modificação da norma original), no alcance do crescimento exponencial.
MANUTENÇÃO DO TESTE DE DISSIMILAÇÃO (TESTE D)
As culturas de bactérias aeróbias heterotróficas com uma concentração de
0,0001 g/L ou 0,005 g em 50 L) de extrato de carne granulado fornecida diariamente
82
alcançam um CBO médio diário de 0,5 mg/L (valor desejado).
A concentração de 0,012 g/L de extrato de carne granulado no controle do
Teste-D mostrou ser ideal para atingir um PCO desejado de 5 mg/L, após 24h.
TESTE A – D COM ÁGUA SUPERFICIAL
O pré-tratamento esterilizado, estatisticamente sem significância, foi o que
apresentou maior inibição do consumo e produção de oxigênio, na concentração
80%, após 24h, nos Testes A e D com amostras de água superficial da Bacia
Hidrográfica do Arroio Tega.
Quanto à aplicabilidade dos Testes A e D, na eliminação da interferência dos
nutrientes e da alta DBO, o pré-tratamento esterilizado apresenta as maiores
porcentagens de inibição do PPO e PCO, mas para a obtenção da significância
estatística, devem ser feitos mais testes.
Na análise estatística dos Testes de Assimilação com água superficial, há
diferença significativa entre as médias de concentração (p=0,0054), em relação à
inibição do potencial de produção de oxigênio, após 24 horas, para uma
probabilidade de erro de p = 0,05 ou nível de significância de 5%, diferindo
significativamente a inibição média na concentração 80 (maior média de inibição) da
inibição média da concentração 20 (menor média de inibição).
Contudo, os resultados apresentam possibilidade de aplicação do Teste A-D
na avaliação da toxicidade e monitoramento de efluentes e águas superficiais. Este
método mostrou ser um procedimento operacional simples e rápido, aplicável
simultaneamente a um grande número de amostras e de baixo custo.
TESTE A – D COM SEDIMENTO SUPERFICIAL
Através dos Testes A e D realizados com o sedimento superficial, se verificou
a necessidade de centrifugar a solução de elutriato por um período de 15 min a 5000
rpm de modo a eliminar a interferência da turbidez.
Na análise estatística dos Testes A com sedimento superficial, há diferença
significativa entre as médias de concentração (p=0,0096), em relação à inibição do
potencial de produção de oxigênio, após 24 horas, para uma probabilidade de erro
de p = 0,05 ou nível de significância de 5%, diferindo significativamente a inibição
média na concentração 80 (maior média de inibição) da inibição média da
concentração 20 (menor média de inibição).
No Teste A, o rank dos locais de coleta quanto à inibição da PPO, após 24h,
se mostrou na seguinte ordem decrescente 2<5<1<3. No Teste D, apenas o local 1,
nas concentrações 60 e 80%, mostrou inibição do PCO, após 24h.
Os Testes A e D, com a solução de elutriato, responderam de forma
diferenciada quanto às taxas de PPO e PCO após 24h. Os Testes A apresentaram
inibição da fotossíntese e os Testes D, aceleração da respiração, mostrando
sensibilidades diferentes, não havendo uma complementação dos processos
autotrófico e heterotrófico.
Assim, os resultados não apresentam possibilidade de aplicação dos Testes
A-D com elutriato na avaliação da toxicidade de sedimentos superficiais.
83
8. RECOMENDAÇÕES
- Este estudo poderá servir como subsídio para futuras investigações
geoquímicas e ambientais na região, uma vez que estabeleceu faixas de
concentração e relações de referência para os elementos químicos cobre, níquel,
cromo e zinco, presentes na água e sedimentos superficiais da Bacia Hidrográfica do
Arroio Tega, em Caxias do Sul, RS.
- Sugerir a elaboração de um plano de trabalho conjunto entre o órgão de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, secretaria de meio ambiente,
secretaria da educação, ongs e associações de bairro do município, com base neste
estudo integrado dos parâmetros químicos e biológicos da água e do sedimento
superficial e de outros estudos afins, enfatizando-se a situação dos locais mais
críticos, isto é, de maior poluição ambiental, na BH do Arroio Tega, de modo a definir
ações direcionadas à educação ambiental (estudo de percepção e sensibilização
ambiental), ao controle das possíveis fontes poluidoras através da fiscalização
(quanto ao tratamento e destino adequado dos seus efluentes), ao monitoramento
da qualidade ambiental (determinação de locais ao longo da BH) e busca de
investimentos para implantação e/ou ampliação de um sistema de tratamento de
esgoto cloacal.
- Realizar ensaios ecotoxicológicos com a água e o sedimento superficial em
outros organismos da cadeia trófica, como por exemplo, consumidores primários
(crustáceos) e secundários (peixes), pois estes podem refletir sensibilidades
complementares às mostradas neste trabalho.
- Desenvolver estudos objetivando conhecer os mecanismos de transporte
dos elementos-traço, identificação das suas possíveis formas tóxicas e medidas
saneadoras em ecossistemas aquáticos.
- A variabilidade dos resultados químicos e ecotoxicológicos observada
durante o trabalho pode indicar a necessidade de intervalos menores entre as
campanhas amostrais e/ou maior quantidade de testes (mínimo de 32 combinações).
Desta forma, sugere-se a adoção de um número maior de testes e amostragens
mais freqüentes.
84
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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10. APÊNDICES
APÊNDICE 1
Testes de Assimilação com as amostras de água superficial da BH do Arroio Tega,
nas duas campanhas amostrais (2º semestre/05 e 1º semestre/06)
95
Testes de toxicidade com 4 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio Tega,
local 1, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral inverno/05 .
PT Data Abs Cresc. Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
claro
pH
final
O
2
final
escuro
pH
final
PPO % de
Inibição
C 8,3 9,57 12,3 * 7,2 * 5,1 -
20 8,3 9,42 12,0 * 6,9 * 5,1 0
R 20/06 0,078 dia 40 8,2 9,38 11,5 * 6,6 * 4,9 -3,9
60 8,1 9,30 10,9 * 6,0 * 4,9 -3,9
80 8,2 9,24 9,3 * 5,7 * 3,6 -29,4
C 8,8 9,26 16,5 9,51 7,7 9,1 8,8 -
20 9,0 9,23 23,7 9,51 7,5 9,1 16,2 84,1
1 22/06 0,059 dia 40 8,8 9,24 24,3 9,48 7,3 9,1 17,0 93,2
60 8,3 9,24 23,4 9,40 6,4 9,1 17,0 93,2
80 # # # # # # # #
C 8,8 9,20 17,3 9,16 7,7 9,09 9,6 -
20 8,8 9,13 17,8 9,32 7,9 9,05 9,9 3,1
2 25/06 0,100 dia 40 8,8 9,04 16,9 9,21 7,9 8,96 9,0 -6,3
60 8,9 8,99 16,7 9,17 7,8 8,90 8,9 -7,3
80 8,9 8,97 14,7 9,08 7,1 8,86 7,6 -20,8
C 8,8 9,20 17,3 9,16 7,7 9,09 9,6 -
20 8,8 9,08 16,3 9,25 6,9 9,00 9,4 -2,1
3 25/06 0,100 dia 40 8,8 9,04 15,7 9,23 6,7 8,93 9,0 -6,3
60 8,8 9,00 15,1 9,15 6,1 8,87 9,0 -6,3
80 8,8 8,98 14,4 9,10 5,9 8,80 8,5 -11,5
C 8,8 9,20 17,3 9,16 7,7 9,09 9,6 -
20 8,8 9,12 18,2 9,33 6,8 9,02 11,4 18,7
4 25/06 0,100 dia 40 8,8 9,08 17,5 9,21 6,2 8,88 11,3 17,7
60 8,9 9,02 19,0 9,20 6,2 8,82 12,8 33,3
80 # # # # # # # #
Nota: coleta em 20/06/05 às 08h:50min, após a coleta o teste foi realizado o mais breve
possível (bactérias pela manhã e algas pela tarde). Semana anterior foi de muita chuva.
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos (PT):
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, teste realizado no
dia seguinte.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
96
4- Filtrado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, filtra-se em membrana 0,45 µm.
Obs.: * pHmetro com problemas (dava erro na calibração), por isso não se realizou a
medição. # quantidade de amostra insuficiente para fazer a concentração de 80%.
Testes de toxicidade com 4 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio Tega,
local 2, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral inverno/05.
PT Data Abs Cresc. Controle
e C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
claro
pH
final
O
2
final
escuro
pH
final
PPO % de
Inibição
C 8,6 9,10 16,4 9,42 7,6 8,98 8,8 -
20 8,1 8,93 16,0 9,24 5,6 8,78 10,4 18,2
R 06/07 0,127 dia 40 8,0 8,81 11,9 9,00 3,6 8,55 8,3 -5,7
60 7,3 8,65 9,2 8,73 2,0 8,31 7,2 -18,2
80 7,1 8,54 7,8 8,58 1,2 8,14 6,6 -25,0
C 8,8 9,05 15,0 9,27 6,9 8,82 8,1 -
20 7,8 9,05 14,5 9,25 5,4 8,91 9,1 12,3
1 06/07 0,127 dia 40 7,0 9,07 11,4 9,19 3,9 8,91 7,5 -7,4
60 5,9 9,10 10,2 9,17 3,0 9,00 7,2 -11,1
80 5,4 9,07 8,6 9,19 1,6 8,99 7,0 -13,6
C 9,3 9,13 11,0 9,23 6,3 8,78 4,7 -
20 9,3 9,06 14,0 9,23 7,7 8,90 6,3 34,0
2 11/07 0,166 dia 40 9,2 9,01 11,9 9,09 8,0 8,90 3,9 -17
60 9,3 8,96 11,4 8,97 7,8 8,83 3,6 -23,4
80 9,2 8,93 11,0 8,92 7,4 8,78 3,6 -23,4
C 9,3 9,13 11,0 9,23 6,3 8,78 4,7 -
20 8,8 9,12 13,3 9,36 7,4 8,90 5,9 25,5
3 11/07 0,166 dia 40 8,8 9,03 10,6 9,06 6,8 8,75 3,8 -19,1
60 8,8 8,97 9,6 8,91 6,3 8,66 3,3 -29,8
80 8,7 8,93 7,8 8,77 5,6 8,57 2,2 -53,2
C 9,3 9,13 11,0 9,23 6,3 8,78 4,7 -
20 8,1 9,08 11,3 9,20 6,7 8,91 4,6 -2,1
4 11/07 0,166 dia 40 8,0 9,00 10,9 9,16 6,3 8,84 4,6 -2,1
60 8,1 8,94 9,5 8,93 5,1 8,74 4,4 -6,4
80 8,1 8,89 8,9 8,87 4,7 8,64 4,2 -10,6
Nota: coleta em 06/07/05 às 11h, o teste foi realizado à tarde (bactérias e algas).
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, depois foi realizado
o teste.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
4- Filtrado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, filtra-se em membrana 0,45 µm.
97
Testes de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do arroio
tributário da Represa São Paulo que desemboca no Arroio Dal Bó – tributário do Arroio
Tega, local 3, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral
inverno/05.
PT Data Abs Cresc. Controle
e C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
claro
pH
final
O
2
final
escuro
pH
final
PPO % de
Inibição
C 8,0 9,06 17,8 9,30 6,8 8,96 11,0 -
20 8,0 9,01 16,8 9,26 6,5 8,89 10,3 -6,4
R 30/09 0,148 dia 40 8,1 8,93 18,6 9,18 6,5 8,81 12,1 +10,0
60 8,0 8,88 20,7 9,20 6,1 8,73 14,6 +32,7
80 7,9 8,88 21,4 9,19 5,6 8,62 15,8 +43,6
C 8,0 9,06 17,8 9,30 6,8 8,96 11,0 -
20 8,5 9,08 21,3 9,39 5,5 8,94 15,8 +43,6
1 30/09 0,148 dia 20 8,0 9,07 20,8 9,41 5,3 9,00 15,5 +40,9
60 7,0 9,06 24,3 9,43 4,4 9,03 19,9 +80,9
80 6,3 9,06 22,8 9,43 3,8 9,03 19,0 +72,7
C 7,4 8,89 13,9 9,06 6,2 8,80 7,7 -
20 7,1 8,84 13,9 9,02 6,1 8,76 7,8 +1,3
2 04/10 0,197 dia 40 7,1 8,81 13,8 9,02 6,1 8,73 7,7 0
60 7,3 8,80 13,2 8,93 6,2 8,70 7,0 -9,1
80 7,5 8,79 12,4 8,94 6,4 8,72 7,0 -9,1
C 7,4 8,89 13,9 9,06 6,2 8,80 7,7 -
20 7,5 8,83 11,8 8,94 5,4 8,68 6,4 -16,9
3 04/10 0,197 dia 40 7,5 8,79 11,4 8,87 4,8 8,58 6,6 -14,3
60 7,4 8,74 10,1 8,75 4,0 8,49 6,1 -20,8
80 7,4 8,70 7,4 8,52 3,2 8,34 4,2 -45,4
Nota:
coleta em 29/09/05 às 16:45h, as amostras foram colocadas na geladeira e o teste
foi feito no dia seguinte (bactérias e algas). Os testes R e 1, no claro apresentaram 28,9ºC
(sala a 28ºC) e escuro 19,5ºC. Os testes 2 e 3 foram feitos em temperatura de 20 a 23ºC
no câmara com lâmpadas fluorescentes fora da sala aclimatizada. O testes 4 não foi
realizada devido falta de espaço nesta câmara.
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, depois foi realizado
o teste.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
98
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
Testes de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio
Previde tributário do Arroio Tega, local 4, usando a produção de O
2
mg/L como medida,
campanha amostral inverno/05.
PT Data Abs Cresc. Controle
e C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
claro
pH
final
O
2
final
escuro
pH
final
PPO % de
Inibição
C 8,5 9,00 13,3 8,99 7,7 8,87 5,6 -
20 8,1 8,92 10,7 8,84 6,6 8,74 4,1 -26,8
R 16/10 0,152 dia 40 7,4 8,40 8,2 8,69 5,1 8,63 3,1 -44,6
60 6,7 8,77 5,0 8,55 3,8 8,53 1,2 -78,6
80 6,1 8,69 3,1 8,42 2,7 8,42 0,4 -92,9
C 8,4 8,93 11,4 8,96 7,2 8,77 4,2 -
20 8,8 8,96 10,7 8,94 7,6 8,84 3,1 -26,2
1 17/10 0,152 dia 20 8,7 8,89 8,4 8,81 6,5 8,77 1,9 -54,8
60 9,3 8,87 7,4 8,74 7,4 8,76 0 -100,0
80 10,3 8,95 8,8 8,84 8,8 8,87 0 -100,0
C 8,2 9,04 14,9 9,21 7,2 8,94 7,7 -
20 8,2 8,98 13,8 9,09 7,0 8,87 6,8 -11,7
2 18/10 0,139 dia 40 8,3 8,92 13,9 9,01 6,9 8,80 7,0 -9,1
60 8,2 8,87 13,4 8,93 6,5 8,75 6,9 -10,4
80 8,3 8,82 12,8 8,86 6,3 8,68 6,5 -15,6
C 8,2 9,04 14,9 9,21 7,2 8,94 7,7 -
20 8,0 8,99 12,4 9,03 6,4 8,84 6,0 -22,1
3 18/10 0,139 dia 40 8,1 8,94 11,2 8,93 5,7 8,76 5,5 -28,6
60 8,1 8,87 11,0 8,84 5,0 8,64 6,0 -22,1
80 8,1 8,82 8,5 8,72 4,2 8,59 4,3 -44,2
Nota:
coleta em 13/10/05 às 17:30h somente água. As amostras foram colocadas na
geladeira a -4ºC. Teste realizado em paralelo com moluscos (Marina).
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, depois foi realizado
o teste.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
99
Testes de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do afluente da
Represa São Miguel do Complexo Dal Bó, que desemboca posteriormente no Arroio Dal Bó
tributário do Arroio Tega, local 5 – controle, usando a produção de O
2
mg/L como medida,
campanha amostral inverno/05.
PT Data Abs Cresc. Controle
e C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
claro
pH
final
O
2
final
escuro
pH
final
PPO % de
Inibição
C 8,1 - 10,3 - 7,0 - 3,3 -
20 8,3 - 11,0 - 6,7 - 4,3 +30,3
R 03/11 0,161 dia 40 8,3 - 11,5 - 6,8 - 4,7 +42,4
60 8,3 - 12,0 - 6,9 - 5,1 +54,5
80 8,3 - 11,9 - 6,9 - 5,0 +51,5
C 8,0 8,88 11,1 9,07 6,5 8,90 4,6 -
20 7,3 8,90 10,8 9,07 5,8 8,94 5,0 +8,7
1 04/11 0,179 dia 20 7,5 8,87 12,0 9,12 5,5 8,92 6,5 +41,3
60 7,6 8,87 11,8 9,14 5,6 8,93 6,2 +34,8
80 6,9 8,80 10,2 9,04 4,7 8,86 5,5 +19,6
C 8,3 - 12,3 - 6,7 - 5,6 -
20 7,8 - 8,1 - 3,8 - 4,3 -23,2
2 08/11 0,166 dia 40 8,0 - 8,6 - 4,0 - 4,6 -17,8
60 8,3 - 10,2 - 4,9 - 5,3 -5,4
80 8,5 - 11,1 - 5,8 - 5,3 -5,4
C 8,3 - 12,3 - 6,7 - 5,6 -
20 7,7 - 9,2 - 4,2 - 5,0 -10,7
3 08/11 0,166 dia 40 7,9 - 10,1 - 4,1 - 6,0 +7,1
60 7,9 - 11,0 - 4,7 - 6,3 +12,5
80 8,2 - 12,0 - 5,5 - 6,5 +16,1
Nota:
coleta em 03/11/05 às 15h. Uma semana com sol e temperaturas baixas de 27/10 a
01/11.
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, depois foi realizado
o teste.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
100
Testes de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio Tega,
local 1, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral verão/06.
PT Data Abs Cresc. Controle
e C (%)
O
2
inicial O
2
final
claro
O
2
final
escuro
PPO % de
Inibição
C 7,0 8,1 5,8 2,3 -
20 6,5 6,9 5,3 1,6 -30,4
R 02/02 0,089 dia 40 6,1 6,1 5,1 1,0 -56,5
60 5,7 4,5 3,9 0,6 -73,9
80 5,5 2,9 3,2 -0,3 -100
C 7,0 8,1 5,8 2,3 -
20 6,1 6,7 4,8 1,9 -17,4
1 02/02 0,089 dia 40 5,4 5,5 4,2 1,3 -43,5
60 4,7 3,8 3,6 0,2 -91,3
80 4,4 3,5 3,2 0,3 -87,0
C 7,0 11,8 5,9 5,9 -
20 6,8 12,6 4,7 7,9 33,9
2 07/02 0,084 dia 40 6,8 11,1 4,1 7,0 18,6
60 6,6 8,6 3,4 5,2 -11,9
80 6,7 7,5 2,8 4,7 -20,3
C 7,0 11,8 5,9 5,9 -
20 7,0 13,5 3,5 10,0 69,5
3 07/02 0,084 dia 40 6,8 8,5 1,8 6,7 13,6
60 6,8 5,3 1,0 4,3 -27,1
80 6,8 1,4 0,4 1,0 -83,1
Nota:
coleta em 02/02/06 às 08:30h. Problemas com temperatura para os frascos “claros”,
houve queda de luz e temperatura ambiente muito elevada (sem condições controladas),
fazendo o experimento chegar a 30ºC (R e 1). Temperatura nos pré-tratamentos 2 e 3
estava em torno de 26ºC.
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, depois foi realizado
o teste.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
101
Testes de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio Tega,
local 2, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral verão 2006.
PT Data Abs Cresc. Controle
e C (%)
O
2
inicial O
2
final
claro
O
2
final
escuro
PPO % de
Inibição
C 6,8 18,2 5,9 12,3 -
20 6,6 20,8 5,3 15,5 26,0
R 14/02 0,058 dia 40 6,3 19,1 4,8 14,3 16,3
60 6,0 16,5 4,0 12,5 1,6
80 5,8 11,8 3,6 8,2 -33,3
C 6,8 18,2 5,9 12,3 -
20 6,6 18,4 4,6 13,8 12,2
1 14/02 0,058 dia 40 5,8 15,0 4,0 11,0 -10,6
60 5,3 12,2 3,5 8,7 -29,3
80 3,8 11,1 2,4 8,7 -29,3
C 7,0 10,2 6,1 4,1 -
20 7,1 9,8 5,2 4,6 12,2
2 19/02 0,108 dia 40 7,0 7,4 4,0 3,4 -17,1
60 6,9 4,0 3,0 1,0 -75,6
80 6,9 2,6 2,4 0,2 -95,1
C 7,0 10,2 6,1 4,1 -
20 7,3 6,5 4,2 2,3 -43,9
3 19/02 0,108 dia 40 7,2 3,0 2,5 0,5 -87,8
60 7,1 2,1 1,5 0,6 -85,4
80 7,1 1,3 1,0 0,3 -92,7
Nota:
coleta em 02/02/06 às 08:30h. Temperatura nos frascos “claros” de 28 a 30 ºC
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, depois foi realizado
o teste.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
102
Testes de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio
Previde tributário do Arroio Tega, local 4, usando a produção de O
2
mg/L como medida,
campanha amostral verão/06.
PT Data Abs Cresc. Controle e
C (%)
O
2
inicial O
2
final
claro
O
2
final
escuro
PPO % de
Inibição
C 7,4 16,7 6,4 10,3 -
20 6,9 9,4 4,9 4,5 -56,3
R 03/03 0,147 dia 40 6,4 8,0 3,4 4,6 -55,3
60 5,7 5,1 1,4 3,7 -64,1
80 5,4 3,1 0,2 2,9 -71,8
C 7,2 13,8 6,0 7,8 -
20 6,8 13,6 5,1 8,5 9,0
1 04/03 0,144 dia 40 6,1 10,8 4,5 6,3 -19,2
60 5,9 8,6 3,9 4,7 -39,7
80 5,7 4,4 3,8 0,6 -92,3
C 6,2 16,8 6,1 10,7 -
20 5,9 15,0 6,3 8,7 -18,7
2 08/03 0,121 dia 40 5,9 14,8 6,3 8,5 -20,6
60 5,9 14,4 6,3 8,1 -24,3
80 5,9 13,1 6,1 7,0 -34,6
C 6,2 16,8 6,1 10,7 -
20 5,9 15,8 5,9 9,9 -7,5
3 08/03 0,121 dia 40 5,9 15,0 5,6 9,4 -12,1
60 5,8 13,2 5,2 8,0 -25,2
80 5,9 11,2 4,8 6,4 -40,2
Nota:
coleta em 03/03/06 às 08:30h. Temperatura nos frascos “claros” de 26 a 28,3ºC.
Chuva em 01/03/06, dois dias anteriores estavam limpos e nublados.
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, depois foi realizado
o teste.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
103
Testes de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do afluente da
Represa São Miguel do Complexo Dal Bó, que desemboca posteriormente no Arroio Dal Bó
tributário do Arroio Tega, local 5 – controle, usando a produção de O
2
mg/L como medida,
campanha amostral verão/06.
PT Data Abs Cresc. Controle e
C (%)
O
2
inicial O
2
final
claro
O
2
final
escuro
PPO % de
Inibição
C 7,4 16,7 6,4 10,3 -
20 7,5 14,3 6,8 7,5 -27,2
R 03/03 0,147 dia 40 7,6 12,1 6,8 5,3 -48,5
60 7,7 12,4 7,0 5,4 -47,6
80 7,8 14,1 6,9 7,2 -30,1
C 7,2 13,8 6,0 7,8 -
20 6,6 16,8 5,1 11,7 50,0
1 04/03 0,144 dia 40 6,2 17,1 4,8 12,3 57,7
60 5,6 10,9 4,4 6,5 -16,7
80 4,5 15,4 3,4 12,0 53,8
C 8,3 17,1 5,4 11,7 -
20 8,2 20,3 5,3 15,0 28,2
2 08/03 0,136 dia 40 7,9 22,7 4,9 17,8 52,1
60 8,0 20,0 4,2 15,8 35,0
80 7,8 15,0 3,3 11,7 0
C 8,3 17,7 5,4 11,7 -
20 7,8 22,6 5,3 17,3 47,9
3 08/03 0,136 dia 40 8,0 21,0 4,9 16,1 37,6
60 7,9 21,5 4,4 17,1 46,2
80 7,9 15,0 3,4 11,6 -0,8
Nota:
coleta em 03/03/06 às 09h. Temperatura nos frascos “claros” de até 27,8ºC. Chuva
em 01/03/06, dois dias anteriores estavam limpos e nublados.
Referência:
PPO =Potencial de Produção de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, depois foi realizado
o teste.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
104
APÊNDICE 2
Testes de Dissimilação com as amostras de água superficial da BH do Arroio Tega,
nas duas campanhas amostrais (2º semestre/05 e 1º semestre/06)
105
Testes de toxicidade com 4 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio
Tega, local 1, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 2), campanha
amostral inverno/05.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 8,5 8,4 2,8 8,0 5,6 -
20 8,4 8,5 0,7 8,0 7,7 37,5
R 20/06 0,5 40 8,4 8,3 0,7 7,9 7,7 37,5
60 8,5 8,2 0,5 7,7 8,0 42,8
80 8,5 8,2 0,5 7,5 8,0 42,8
C 8,5 * 0,5 * 8,0 -
20 7,9 * 0,5 * 7,4 -7,5
1 21/06 0,5 40 7,5 * 0,5 * 7,0 -12,5
60 7,0 * 0,7 * 6,3 -21,2
80 6,6 * 0,7 * 5,4 -26,2
C 8,7 7,43 0,8 7,54 7,9 -
20 8,8 7,45 0,5 7,36 8,3 5,1
2 25/06 0,5 40 8,8 7,41 0,5 7,30 8,3 5,1
60 8,9 7,40 0,6 7,25 8,3 5,1
80 8,9 7,39 0,6 7,23 8,3 5,1
C 8,7 7,43 0,8 7,54 7,9 -
20 8,7 7,43 0,8 7,25 7,9 0
3 25/06 0,5 40 8,7 7,47 0,8 7,31 7,9 0
60 8,7 7,43 0,6 7,29 7,1 -10,1
80 8,7 7,40 0,4 7,19 7,3 -7,6
C 8,7 7,43 0,8 7,54 7,9 -
20 9,0 7,43 0,4 7,20 8,6 8,9
4 25/06 0,5 40 8,9 7,42 0,5 7,22 8,4 6,3
60 9,0 7,39 0,6 7,23 8,6 8,9
80 # # # # # #
Nota:
a quantidade de extrato de carne corresponde a 100x o valor diário (0,005 g/L).
Referência:
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos (PT):
1-Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, teste realizado
no dia seguinte.
2-Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3-Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a
aeração e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
106
4-Filtrado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, filtra-se em membrana 0,45 µm.
Obs.: * pHmetro com problemas (dava erro na calibração), por isso não se realizou a
medição. # quantidade de amostra insuficiente para fazer a concentração de 80%.
Testes de toxicidade com 4 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio
Tega, local 2, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 2), campanha
amostral inverno/05.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle
e C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 8,7 7,45 0,3 7,28 8,4 -
20 8,4 7,40 0,2 7,29 8,2 -2,4
R 06/07 0,5 40 8,2 7,38 0,2 7,26 8,0 -4,8
60 7,8 7,32 0,2 7,23 7,6 -9,5
80 7,9 7,28 0,3 7,20 7,6 -9,5
C 9,0 7,48 0,2 7,41 8,8 -
20 8,0 7,51 0,2 7,38 7,8 -11,4
1 06/07 0,5 40 7,2 7,57 0,2 7,39 7,0 -20,4
60 6,5 7,68 0,2 7,55 6,3 -28,4
80 5,8 7,76 0,2 7,62 5,6 -36,4
C 7,1 7,49 0,4 7,29 6,7 -
20 7,4 7,44 0,4 7,43 7,0 4,5
2 11/07 0,5 40 7,7 7,43 0,4 7,43 7,3 9,0
60 7,9 7,46 0,3 7,41 7,6 13,4
80 8,2 7,47 0,2 7,47 8,0 19,4
C 7,1 7,49 0,4 7,29 6,7 -
20 7,3 7,39 1,0 7,46 6,3 -6,0
3 11/07 0,5 40 7,4 7,40 0,4 7,33 7,0 4,5
60 7,5 7,40 0,3 7,27 7,2 6,0
80 7,4 7,41 0,3 7,27 7,1 6,0
C 7,1 7,49 0,4 7,29 6,7 -
20 7,6 7,43 0,3 7,31 7,3 9,0
4 11/07 0,5 40 8,0 9,00 0,1 7,42 7,9 17,9
60 8,1 8,94 6,0 7,78 2,1 -68,6
80 8,1 8,89 0,2 7,41 7,9 17,9
Nota:
a quantidade de extrato de carne corresponde a 100x o valor diário (0,005 g/L).
Referência:
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min, teste realizado no mesmo dia da coleta.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a
aeração e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
4- Filtrado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, filtra-se em membrana 0,45µ.
107
Obs.: * pHmetro com problemas (dava erro na calibração), por isso não se realizou a
medição. # quantidade de amostra insuficiente para fazer a concentração de 80%.
Teste de toxicidade com pré-tratamento esterilizado da amostra de água superficial do
Arroio Previde tributário do Arroio Tega, local 4, usando o consumo de O
2
mg/L como
medida (aquário 1), campanha amostral inverno/05.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 8,0 8,5 5,0 8,00 3,0 -
20 7,8 8,6 3,2 7,95 4,6 +53,3
1 30/09 0,00900 40 7,5 8,8 3,4 7,91 4,1 +36,6
60 7,3 8,9 3,8 8,22 3,5 +16,6
80 6,9 9,0 5,5 8,50 1,4 -53,3
Nota: a amostra foi coletada em 29/09/05 às 16:45h e levada para autoclavar, sendo o
teste realizado no dia seguinte. Coleta apenas de água e teste realizado em conjunto com
postura de moluscos (Marina). A quantidade de extrato de carne corresponde a 150% de
0,006 g/L.
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
Pré-Tratamento:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min, teste realizado no dia seguinte a coleta.
108
Teste de toxicidade com pré-tratamento esterilizado da amostra de água superficial do
arroio tributário da Represa São Paulo que desemboca no Arroio Dal Bó – tributário do
Arroio Tega, local 3, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 1), campanha
amostral inverno/05.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
Inicial
pH
inicial
O
2
Final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 8,0 8,50 5,0 8,00 3,0 -
20 7,4 8,20 3,4 8,00 3,0 0
1 27/10 0,01200 40 7,0 8,50 1,8 7,92 5,2 +73,3
60 6,3 8,70 1,0 7,92 5,3 +76,6
80 5,6 8,80 0,8 8,14 4,8 +60,0
Nota: a amostra foi coletada em 13/10/05 às 17:30h e levada para autoclavar, após a
amostra foi congelada a -4ºC. A quantidade de extrato de carne corresponde a 200% de
0,006 g/L.
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
Pré-Tratamento:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min, teste realizado no mesmo dia da coleta.
109
Teste de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio
Previde tributário do Arroio Tega, local 4, usando o consumo de O
2
mg/L como medida
(aquário 1), campanha amostral inverno/05.
Nota: a amostra foi coletada em 13/10/05 às 17:30h e levada para autoclavar. A amostra
foi congelada a -4ºC, sendo o realizado o teste em 27/10/05. Coleta apenas de água e
teste realizado em conjunto com postura de moluscos (Marina). A quantidade de extrato
de carne corresponde a 200% de 0,006 g/L.
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, teste realizado
no dia seguinte.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a
aeração e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 7,7 4,7 3,0 -
20 8,0 4,1 3,9 +30,0
1 27/10 0,01200 40 8,3 3,9 4,4 +46,0
60 8,6 4,4 4,2 +40,0
80 9,0 6,3 2,6 -13,3
C 7,7 4,7 3,0 -
20 7,5 3,4 4,0 +33,3
2 27/10 0,01200 40 7,2 2,6 4,5 +50,0
60 6,9 2,1 4,7 +56,6
80 6,7 1,4 5,2 +73,3
C 7,7 4,7 3,0 -
20 7,5 1,8 5,6 +86,6
3 27/10 0,01200 40 7,2 1,1 6,0 +100,0
60 7,0 0,4 6,6 +100,0
80 6,9 0,4 6,4 +100,0
110
Teste de toxicidade com 3 pré-tratamentos da amostra de água superficial do afluente da
Represa São Miguel do Complexo Dal Bó, que desemboca posteriormente no Arroio Dal
Bó tributário do Arroio Tega, local 5 – controle, usando o consumo de O
2
mg/L como
medida (aquário 1), campanha amostral inverno/05.
Nota:
a amostra foi coletada em 03/11/05 às 15h e levada para autoclavar. A amostra foi
congelada a -4ºC, sendo o realizado o teste em 09/11/05. A quantidade de extrato de
carne corresponde a 200% de 0,006 g/L.
Referência:
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
R - Não Aerado: sem pré-tratamento.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, teste realizado
no dia seguinte.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a
aeração e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 8,0 6,5 1,5 -
20 9,2 6,4 2,8 +86,6
R 09/11 0,01200 40 8,8 6,8 2,0 +33,3
60 8,5 7,2 1,3 -13,3
80 8,2 7,8 0,4 -73,3
C 8,0 6,5 1,5 -
20 8,1 6,6 1,5 0
1 09/11 0,01200 40 7,0 7,1 0,1 -93,3
60 6,7 5,8 0,9 -40,0
80 6,2 5,7 0,5 -66,6
C 8,0 6,5 1,5 -
20 7,9 0,3 7,6 +100,0
2 10/11 0,01200 40 8,0 7,6 0,4 -73,3
60 8,1 1,1 7,0 +100,0
80 8,2 0,3 7,9 +100,0
C 8,0 6,5 1,5 -
20 8,0 0,8 7,2 +100,0
3 10/11 0,01200 40 8,1 0,3 7,8 +100,0
60 8,2 0,3 7,9 +100,0
80 8,3 1,6 6,7 +100,0
111
Testes de toxicidade com 4 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio
Tega, local 1, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 1), campanha
amostral verão/06.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 6,8 0,4 6,4 -
20 6,8 0,3 6,5 1,6
R 02/02 0,01200 40 6,3 0,2 6,1 -4,7
60 6,0 0,2 5,8 -9,4
80 5,4 0,1 5,3 -17,2
C 6,9 0,4 6,5 -
20 6,4 0,3 6,1 -6,2
1 02/02 0,01200 40 5,5 0,2 5,3 -18,5
60 4,7 0,2 4,5 -30,8
80 4,1 0,2 3,9 -40,0
C 7,0 1,1 5,9 -
20 6,8 0,8 6,0 1,7
2 07/02 0,02000 40 6,6 0,5 5,9 0
60 6,6 0,3 6,3 6,3
80 6,4 0,2 6,2 5,1
C 7,0 1,1 5,9 -
20 7,1 1,3 5,8 -1,7
3 07/02 0,02000 40 6,9 0,8 6,1 3,4
60 6,8 0,6 6,2 5,1
80 6,8 0,3 6,5 10,2
Nota:
A quantidade de extrato de carne corresponde de 200% (R e 1) a 166% (2 e 3) de
0,006 g/L.
Referência:
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min no mesmo dia da coleta, teste realizado
no dia seguinte.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração
e espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a
aeração e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
112
Testes de toxicidade com 4 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio
Tega, local 2, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 2), campanha
amostral verão/06.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 7,7 2,9 4,8 -
20 7,1 2,0 5,1 6,2
1 14/02 0,01200 40 6,1 0,4 5,7 18,8
60 5,0 1,2 3,8 -20,8
80 3,7 2,5 1,2 -75,0
C 7,6 2,8 4,8 -
20 7,7 1,8 5,9 22,9
2 19/02 0,01200 40 7,5 0,8 6,7 39,6
60 7,4 0,2 7,2 50,0
80 7,2 0,2 7,0 45,8
C 7,6 2,8 4,8 -
20 7,5 1,0 6,5 35,4
3 19/02 0,01200 40 7,3 0,2 7,1 47,9
60 7,1 0,2 6,9 43,8
80 6,9 0,2 6,7 39,6
Nota: a quantidade de extrato de carne corresponde a 120% o valor diário (0,005 g/L).
Referência:
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min, teste realizado no mesmo dia da coleta.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a
aeração e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
113
Testes de toxicidade com 4 pré-tratamentos da amostra de água superficial do Arroio
Previde, tributário do Arroio Tega, local 4, usando o consumo de O
2
mg/L como medida
(aquário 2), campanha amostral verão/06.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 8,0 3,4 4,6 -
20 7,4 1,2 6,2 34,8
1 04/03 0,01200 40 7,1 0,2 6,9 50,0
60 6,5 0,2 6,3 37,0
80 6,0 0,1 5,9 28,3
C 7,6 2,5 5,1 -
20 7,5 1,9 2,6 -49,0
2 08/03 0,01200 40 7,4 1,3 6,1 19,6
60 7,4 1,5 5,9 15,7
80 7,4 6,2 1,2 -76,5
C 7,6 2,5 5,1 -
20 7,5 1,4 6,1 19,6
3 08/03 0,01200 40 7,4 0,9 6,5 27,4
60 7,3 0,4 6,9 35,3
80 7,2 0,2 7,0 37,2
Nota: a quantidade de extrato de carne corresponde a 120% o valor diário (0,005 g/L).
Referência:
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min, teste realizado no mesmo dia da coleta.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a
aeração e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
114
Testes de toxicidade com 4 pré-tratamentos da amostra de água superficial do afluente
da Represa São Miguel do Complexo Dal Bó, que desemboca posteriormente no Arroio
Dal Bó tributário do Arroio Tega, local 5 – controle, usando o consumo de O
2
mg/L como
medida (aquário 2), campanha amostral verão/06.
PT Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
pH
final
PCO % de
Inibição
C 8,0 3,4 4,6 -
20 7,4 2,9 4,5 -2,2
1 04/03 0,01200 40 6,7 2,0 4,7 2,2
60 6,4 1,3 5,1 10,9
80 5,9 1,0 4,9 6,5
C 7,4 2,0 5,4 -
20 7,3 2,4 4,9 -9,2
2 09/03 0,01200 40 7,3 0,5 6,8 25,9
60 7,3 0,2 7,1 31,5
80 7,2 0,2 7,0 29,6
C 7,4 2,0 5,4 -
20 7,3 1,4 5,9 9,2
3 09/03 0,01200 40 7,3 0,5 6,8 25,9
60 7,2 0,2 7,0 29,6
80 7,1 0,2 6,9 27,8
Nota: a quantidade de extrato de carne corresponde a 120% o valor diário (0,005 g/L).
Referência:
R - Não Aerado: feito no mesmo dia da coleta.
Pré-Tratamentos:
1- Esterilizado: autoclavado a 120ºC por 15 min, teste realizado no mesmo dia da coleta.
2- Aerado Decantado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a aeração e
espera-se decantar em torno de 30 min.
3- Aerado Homogeneizado: aerado por 5 dias, a T ambiente, no escuro, desliga-se a
aeração e agita-se manualmente a amostra por uns 5 min.
115
APÊNDICE 3
Testes de Assimilação com as amostras de sedimento superficial da BH do Arroio
Tega, nas duas campanhas amostrais (2º semestre/05 e 1º semestre/06)
116
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do Arroio Tega, local 1, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral
inverno/05.
Data Abs Cresc. Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
claro
pH
final
O
2
final
escuro
pH
final
PPO % de
Inibição
C 8,1 9,50 14,8 9,73 6,2 9,36 8,6 -
20 8,2 9,30 6,4 9,11 3,5 9,05 2,9 -66,3
16/06 0,123 dia 40 8,3 9,08 1,7 8,63 1,2 8,73 0,5 -94,2
60 8,3 8,88 1,5 8,41 0,5 8,50 1,0 -88,4
80 8,3 8,75 1,2 8,18 0,3 8,32 0,9 -89,5
Nota: coleta em 08/06/05 das 09h:15min às 09h:30min, colocado para secar às 12h:40min
em estufa a 60ºC em beckers de 40mL. Retirado às 14h:30min de 16/06/05.
PPO = Potencial de Produção de Oxigênio
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do Arroio Tega, local 2, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral
inverno/05.
Data Abs Cresc. Controle e
C (%)
O
2
inicial
pH
inicial
O
2
final
claro
pH
final
O
2
final
escuro
pH
final
PPO % de
Inibição
C 8,3 9,20 14,6 10,10 7,6 9,16 7,0 -
20 9,0 8,70 12,5 9,28 0,3 8,24 12,2 74,3
03/08 0,159 dia 40 9,5 8,48 5,0 8,29 0,2 7,85 4,8 -31,4
60 8,9 8,39 0,1 7,46 0,1 7,99 0 -100
80 8,4 8,33 0,1 7,28 0,1 7,33 0 -100
Nota: coleta em 06/07/05 das 11h:15min às 11h:30min, colocado para secar às 16h em
estufa a 60ºC em beckers de 250 e 500mL. Retirado às 15h de 20/07/05. A amostra foi
centrifugada a 5000 rpm/15 min.
PPO = Potencial de Produção de Oxigênio
117
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do arroio tributário da Represa São Paulo que desemboca no Arroio Dal Bó – tributário do
Arroio Tega, local 3, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral
inverno/05.
Data Abs Crescimento Controle e
C (%)
O
2
inicial
O
2
final
claro
O
2
final
escuro
PPO % de
Inibição
C 8,1 10,3 7,0 3,3 -
20 8,2 7,7 4,9 2,8 -15,2
03/11 0,161 dia 40 8,2 4,8 2,8 2,0 -39,4
60 8,1 1,6 0,4 1,2 -63,6
80 8,0 0,3 0,2 0,1 -97,0
Nota: coleta em 03/11/05 das 15h às 15h:30min com peneira de 125 µm, colocado para
secar às 19:40h em estufa a 60ºC em beckers de 250mL. Retirado às 10h de 14/11/05. A
amostra foi centrifugada a 5000 rpm/15 min em temperatura ambiente. Quantidade de
extrato de carne equivalente a 1,5% de 0,6g/L.
PPO = Potencial de Produção de Oxigênio
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do afluente da Represa São Miguel do Complexo Dal Bó, que desemboca posteriormente
no Arroio Dal Bó tributário do Arroio Tega, local 5 – controle, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral inverno/05.
Data Abs Crescimento Controle e
C (%)
O
2
inicial
O
2
final
claro
O
2
final
escuro
PPO % de
Inibição
C 7,7 16,8 7,0 9,8 -
20 7,4 10,6 5,3 5,3 -45,9
27/02/06 0,070 dia 40 7,0 5,7 3,4 2,3 -76,5
60 6,8 2,9 1,4 1,5 -84,7
80 6,4 1,0 0,4 0,6 -93,9
Nota: coleta em 03/11/05 às 15h com peneira de 125 µm, colocado para secar às 19:40h
em 03/11/05 estufa a 60ºC em beckers de 250 e 500mL. Retirado às 10h de 14/11/05. A
amostra foi centrifugada em um liofilizador sem o funcionamento da bomba de vácuo/60
min, pois a centrífuga estava estragada. Não se sabe de quanto é a rotação.
PPO = Potencial de Produção de Oxigênio
118
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do Arroio Tega, local 1, usando a produção de O
2
mg/L como medida, campanha amostral
verão/06.
Data Abs Crescimento Controle e
C (%)
O
2
inicial
O
2
final
claro
O
2
final
escuro
PPO % de
Inibição
C 7,7 16,8 7,0 9,8 -
20 6,9 13,4 4,4 9,0 -8,2
27/02 0,070 dia 40 6,1 7,0 1,4 5,6 -42,8
60 5,6 5,6 0,3 5,3 -45,9
80 4,7 1,3 0,2 0,9 -90,8
Nota: coleta em 02/02/06 às 10h, colocado para secar às 10h em 03/02/06 estufa a 60ºC
em beckers de 250 e 500mL. Retirado às 14h de 22/02/06. A amostra foi centrifugada em
um liofilizador sem o funcionamento da bomba de vácuo/60 min, pois a centrífuga estava
estragada. Não se sabe de quanto é a rotação.
PPO = Potencial de Produção de Oxigênio
119
APÊNDICE 4
Testes de Dissimilação com as amostras de sedimento superficial da BH do Arroio
Tega, nas duas campanhas amostrais (2º semestre/05 e 1º semestre/06)
120
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do Arroio Tega, local 2, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 1),
campanha amostral inverno/05.
Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial pH inicial O
2
final pH final PCO % de
Inibição
C 8,5 8,12 4,2 7,47 4,3 -
20 8,4 7,67 0,4 7,01 8,0 +86
01/09 0,00900 40 8,2 7,50 0,4 6,91 7,8 +81,4
60 8,1 7,36 0,3 6,83 7,8 +81,4
80 8,0 7,26 0,3 6,75 7,7 +79,1
Nota: Nota: coleta em 06/07/05 das 11h:15min às 11h:30min com a Draga de Eckmann,
colocado para secar às 16h em estufa a 60ºC em beckers de 250mL. Retirado às 15h de
20/07/05. A amostra foi centrifugada a 5000 rpm/15 min a temperatura ambiente.
Quantidade de extrato de carne equivalente a 1,5% de 0,6g/L.
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do arroio tributário da Represa São Paulo que desemboca no Arroio Dal Bó – tributário do
Arroio Tega, local 3, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 1), campanha
amostral inverno/05 .
Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial O
2
final PCO % de
Inibição
C 8,0 6,5 1,5 -
20 7,8 4,2 3,6 +100,0
10/11 0,00900 40 8,1 4,3 3,8 +100,0
60 8,0 4,0 4,0 +100,0
80 7,9 1,2 6,7 +100,0
Nota:
coleta em 03/11/05 das 15h às 15h:30 min com peneira de 125 µm, colocado para
secar às 19:40h em estufa a 60ºC em beckers de 250mL. Retirado às 10h de 14/11/05. A
amostra foi centrifugada a 5000 rpm/15 min em temperatura ambiente. Quantidade de
extrato de carne equivalente a 1,5 % de 0,6 g/L.
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
121
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do afluente da Represa São Miguel do Complexo Dal Bó, que desemboca posteriormente
no Arroio Dal Bó tributário do Arroio Tega, local 5 – controle, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 2), campanha amostral inverno/05.
Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial O
2
final PCO % de
Inibição
C 7,8 2,7 5,1 -
20 7,4 1,5 5,9 15,7
27/02/06 0,01200 40 7,0 0,4 6,6 29,4
60 6,5 0,3 6,2 21,6
80 6,0 0,2 5,8 13,7
Nota: coleta em 03/11/05 às 15h, 30 min com peneira de 125 µm, colocado para secar às
19:40h em 03/11/05 estufa a 60ºC em beckers de 250 e 500mL. Retirado às 10h de
14/11/05. A amostra foi centrifugada em um liofilizador sem o funcionamento da bomba de
vácuo/60 min, pois a centrífuga estava estragada. Não se sabe de quanto é a rotação.
Quantidade de extrato de carne equivalente a 2,4% de 0,5g/L.
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
Teste de toxicidade com elutriato (EPA, 1991), preparado a partir do sedimento superficial
do Arroio Tega, local 1, usando o consumo de O
2
mg/L como medida (aquário 2),
campanha amostral verão/06.
Data Extrato de
Carne (g/L)
Controle e
C (%)
O
2
inicial O
2
final PCO % de
Inibição
C 7,8 2,7 5,1 -
20 6,7 0,2 6,5 27,4
27/02/06 0,01200 40 5,5 0,2 5,3 3,9
60 4,4 0,2 4,2 -17,6
80 3,5 0,2 3,3 -35,3
Nota: coleta em 02/02/06 às 10 h, colocado para secar às 10h:40min em 03/02/06 estufa a
60ºC em beckers de 250 e 500mL. Retirado às 14h de 22/02/06. A amostra foi centrifugada
em um liofilizador sem o funcionamento da bomba de vácuo/60min, pois a centrífuga
estava estragada. Não se sabe de quanto é a rotação. Quantidade de extrato de carne
equivalente a 2,4% de 0,5g/L.
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
122
APÊNDICE 5
Outros Testes com as amostras de água superficial da BH do Arroio Tega, nas duas
campanhas amostrais (2º semestre/05 e 1º semestre/06)
123
Teste A
Testes A com água superficial do Arroio Previde, local 4, sem a solução
nutritiva forte e com a solução nutritiva forte, usando a produção de O
2
mg/L como
medida, campanha amostral inverno/05.
Data Abs Cresc. Controle
e C (%)
O
2
inicial
O
2
final
claro
O
2
final
escuro
PPO % de
Inibição
C 8,2 14,9 7,2 7,7 -
20 7,8 15,7 6,8 8,9 +15,6
S/SNF 18/10 0,139 dia 40 7,7 15,0 6,1 8,9 +15,6
60 7,6 14,9 5,6 9,3 +20,8
80 7,4 14,2 5,2 9,0 +16,9
C 8,2 14,9 7,2 7,7 -
20 8,2 13,8 7,0 6,8 -11,7
C/SNF 18/10 0,139 3º dia 40 8,3 13,9 6,9 7,0 -9,1
60 8,2 13,4 6,5 6,9 -10,4
80 8,3 12,8 6,3 6,5 -15,6
Nota: coleta em 13/10/05 às 17h:30min, somente de água superficial. A
amostra foi congelada a -4ºC.
S/SNF = sem solução nutritiva forte nas diluições, apenas no controle. A
amostra foi aerada por 5 dias e decantada por 30 min antes do teste.
C/SNF = com solução nutritiva forte nas diluições e controle. A amostra foi
aerada por 5 dias e decantada por 30 min antes do teste.
PPO = Potencial de Produção de Oxigênio
124
Teste D
DBO
5
com a água superficial do Arroio Previde, local 4, usando o consumo de
O
2
mg/L como medida, campanha amostral inverno/05 (14/10/05).
Controle e C (%) O2 inicial O2 final escuro PCO
C 7,1 5,2 1,9
10x 7,2 0,2 7,0
20x 7,2 0,2 7,0
50x 7,1 0,2 6,9
DBO
5
= água de diluição aerada por 24h (água reconstituída). Diluições: 10x
(50 mL água do Arroio Previde + 450 mL água reconstituída); 20x (25 mL água do
Arroio Previde + 475 mL água reconstituída) e 50x (10 mL água do Arroio Previde +
490 mL água reconstituída). Duração: 14/10/05 a 19/10/05.
PCO = Potencial de Consumo de Oxigênio
Testes D com diferentes concentrações de extrato de carne granulado, com a
água de dissimilação do aquário 1.
Data C (%) C (g/1000mL) O
2
Inicial O
2
Final PCO
2,5 0,015 9,0 0,3 8,7
5 0,030 9,0 0,4 8,6
10 0,060 9,1 0,2 8,8
11/08/05 15 0,090 9,0 0,2 8,8
20 0,120 9,0 0,2 8,8
40 0,240 9,0 0,2 8,8
60 0,360 9,1 0,2 8,9
80 0,480 9,1 0,2 8,9
Nota: o extrato de carne granulado foi pesado em balança de 3 dígitos.
Testes D com diferentes concentrações de extrato de carne granulado, com a
água de dissimilação do aquário 1.
Data C (%) C (g/500mL) O
2
Inicial O
2
Final PCO
1 0,00300 8,3 2,8 5,5
2,5 0,00700 8,4 1,2 7,2
5 0,01500 8,6 0,4 8,2
10 0,03000 8,7 0,3 8,4
18/08/05 15 0,04500 8,8 0,4 8,4
20 0,06000 8,8 0,2 8,6
30 0,09000 8,8 0,3 8,5
40 0,12000 9,0 0,2 8,8
50 0,15000 8,9 0,2 8,7
125
60 0,18000 8,8 0,2 8,6
Nota: o extrato de carne granulado foi pesado em balança de 5 dígitos.
Testes D com diferentes concentrações de extrato de carne granulado, com a
água de dissimilação do aquário 1.
Data C (%) C (g/500mL) O
2
Inicial O
2
Final PCO
0,2 0,00060 9,5 6,6 2,9
0,4 0,00120 9,5 6,2 3,3
0,6 0,00180 9,8 5,5 4,3
25/08/05 0,8 0,00240 9,7 5,4 4,3
1,0 0,00300 9,6 5,1 4,5
1,5 0,00450 9,6 4,6 5,0
2,0 0,00600 9,3 3,6 5,7
Nota: a peptona bacteriológica foi pesada em balança de 5 dígitos.
Testes D com diferentes concentrações de extrato de carne granulado, com a
água de dissimilação do aquário 1.
Data C (%) C (g/500mL) O
2
Inicial O
2
Final PCO
0,2 0,00060 8,0 7,1 0,8
0,4 0,00120 8,0 6,5 1,5
0,6 0,00180 8,0 6,1 2,0
20/10/05 0,8 0,00240 8,0 5,5 2,6
1,0 0,00300 8,0 5,3 2,7
1,5 0,00450 8,0 5,0 3,0
2,0 0,00600 8,0 4,3 3,7
Nota: a peptona bacteriológica foi pesada em balança de 5 dígitos.
Testes D com diferentes concentrações de extrato de carne granulado, com a
água de dissimilação do aquário 1.
Data C (%) C (g/500mL) O
2
Inicial O
2
Final PCO
0,2 0,00060 8,1 7,4 0,7
0,4 0,00120 8,2 7,0 1,2
0,6 0,00180 8,3 6,3 2,0
04/11/05 0,8 0,00240 8,4 6,0 2,4
1,0 0,00300 8,4 5,6 2,8
1,5 0,00450 8,4 5,0 3,4
2,0 0,00600 8,4 4,6 3,8
126
Nota: o extrato de carne granulado foi pesado em balança de 5 dígitos.
Testes D com diferentes concentrações de extrato de carne granulado, com a
água de dissimilação do aquário 2.
Data C (%) C (g/L) O
2
Inicial O
2
Final PCO
20 0,1 8,8 0,5 8,3
09/08/05 40 0,2 8,9 0,4 8,5
60 0,3 8,9 0,5 8,4
80 0,4 8,9 0,6 8,3
Nota:
a peptona bacteriológica foi pesada em balança de 3 dígitos.
Testes D com diferentes concentrações de extrato de carne granulado, com a
água de dissimilação do aquário 2.
Data C (%) C (g/500mL) O
2
Inicial O
2
Final PCO
0,2 0,00050 8,3 6,2 2,1
0,4 0,00100 8,2 6,9 1,3
0,6 0,00150 8,2 6,7 1,5
25/08/05 0,8 0,00200 8,2 6,6 1,6
1,0 0,00250 9,4 6,4 3,0
1,5 0,00375 8,8 6,9 1,9
2,0 0,00500 9,2 6,7 2,5
Nota:
a peptona bacteriológica foi pesada em balança de 5 dígitos.
127
APÊNDICE 6
Dados estatísticos do Teste Qui-Quadrado (Teste Exato de Fisher) com os Testes A
(água e sedimento superficial) e D (água superficial) das amostras da BH do Arroio
Tega, amostragens inverno/05 e verão/06
128
Dados do Teste A com a água superficial - Teste Qui-Quadrado (Teste Exato de
Fisher)
Crosstabs: Concentração dentro de Prétrat =1 (dec) e Época =1 (i-inverno)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que deve haver diferença significativa entre as
concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio após
24 horas (p=0,037). Os resíduos ajustados indicam que a proporção de inibição da
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
0 1 0 0 1
.0% 20.0% .0% .0% 5.0%
-.6 1.8 -.6 -.6
2 4 5 5 16
40.0% 80.0% 100.0% 100.0% 80.0%
-2.6 .0 1.3 1.3
3 0 0 0 3
60.0% .0% .0% .0% 15.0%
3.3 -1.1 -1.1 -1.1
5 5 5 5 20
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Adjusted Residual
Count
% within CONCENT
Adjusted Residual
Count
% within CONCENT
Adjusted Residual
Count
% within CONCENT
0
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
13.500
a
6 .036 .037
b
.032 .042
12.781 6 .047 .037
b
.032 .042
9.357 .037
b
.032 .042
3.200
c
1 .074 .118
b
.110 .127 .058
b
.052 .064
20
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
12 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 1156607048.
b.
The standardized statistic is -1.789.
c.
129
produção de oxigênio após 24 horas na concentração 20 é significativamente menor
do que nas outras concentrações (p=0,005). Através dos resíduos ajustados
podemos verificar que a inibição e a aceleração estão mais associadas à
concentração 20.
Crosstabs: Concentração dentro de Prétrat =1 (dec) e Época =2 (v-verão)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=0,344).
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 1
25.0% 6.3%
1 2 3 3 9
25.0% 50.0% 75.0% 75.0% 56.3%
3 2 1 6
75.0% 50.0% 25.0% 37.5%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
0
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
7.556
a
6 .273 .344
b
.332 .356
8.630 6 .195 .344
b
.332 .356
7.094 .344
b
.332 .356
5.828
c
1 .016 .021
b
.017 .024 .010
b
.008 .013
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
12 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 1634676757.
b.
The standardized statistic is -2.414.
c.
130
Crosstabs: Concentração dentro de Prétrat =2 (est) e Época =1 (i-inverno)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=0,919).
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 2 2 2 7
20.0% 40.0% 40.0% 50.0% 36.8%
4 3 3 2 12
80.0% 60.0% 60.0% 50.0% 63.2%
5 5 5 4 19
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
.950
a
3 .813 .919
b
.912 .926
.999 3 .802 .919
b
.912 .926
1.233 .919
b
.912 .926
.758
c
1 .384 .407
b
.394 .420 .258
b
.247 .270
19
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.47.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 846668601.
b.
The standardized statistic is -.871.
c.
131
Crosstabs: Concentração dentro de Prétrat =2 (est) e Época =2 (v-verão)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=0,250).
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 3 4 3 11
25.0% 75.0% 100.0% 75.0% 68.8%
3 1 1 5
75.0% 25.0% 25.0% 31.3%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
5.527
a
3 .137 .250
b
.238 .261
6.379 3 .095 .250
b
.238 .261
4.774 .250
b
.238 .261
2.673
c
1 .102 .163
b
.153 .172 .083
b
.076 .090
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 391318613.
b.
The standardized statistic is -1.635.
c.
132
Crosstabs: Concentração dentro de Prétrat =3 (hom) e Época =1 (i-inverno)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
4 4 4 4 16
80.0% 80.0% 80.0% 80.0% 80.0%
1 1 1 1 4
20.0% 20.0% 20.0% 20.0% 20.0%
5 5 5 5 20
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
.000
a
3 1.000 1.000
b
1.000 1.000
.000 3 1.000 1.000
b
1.000 1.000
.638 1.000
b
1.000 1.000
.000
c
1 1.000 1.000
b
1.000 1.000 .604
b
.591 .616
20
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.00.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 263739791.
b.
The standardized statistic is .000.
c.
133
Crosstabs: Concentração dentro de Prétrat =3 (hom) e Época =2 (v-verão)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=0,644).
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
2 2 3 4 11
50.0% 50.0% 75.0% 100.0% 68.8%
2 2 1 5
50.0% 50.0% 25.0% 31.3%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
3.200
a
3 .362 .644
b
.632 .657
4.286 3 .232 .644
b
.632 .657
3.152 .644
b
.632 .657
2.673
c
1 .102 .160
b
.151 .169 .082
b
.075 .089
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 1110856691.
b.
The standardized statistic is -1.635.
c.
134
Crosstabs: Concentração dentro de Prétrat =4 (st) e Época =1 (i-inverno)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Crosstabs: Concentração dentro de Prétrat =4 (st) e Época =2 (v-verão)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 1
20.0% 5.0%
2 3 3 3 11
40.0% 60.0% 60.0% 60.0% 55.0%
2 2 2 2 8
40.0% 40.0% 40.0% 40.0% 40.0%
5 5 5 5 20
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
0
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
3.273
a
6 .774 1.000
b
1.000 1.000
3.065 6 .801 1.000
b
1.000 1.000
3.458 1.000
b
1.000 1.000
.261
c
1 .609 .740
b
.729 .751 .372
b
.360 .385
20
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
12 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 1831435319.
b.
The standardized statistic is .511.
c.
135
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Dados do Teste A com o sedimento superficial - Teste Qui-Quadrado (Teste Exato
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
3 3 3 4 13
75.0% 75.0% 75.0% 100.0% 81.3%
1 1 1 3
25.0% 25.0% 25.0% 18.8%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
1.231
a
3 .746 1.000
b
1.000 1.000
1.946 3 .584 1.000
b
1.000 1.000
1.697 1.000
b
1.000 1.000
.692
c
1 .405 .600
b
.587 .612 .307
b
.295 .318
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interva
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interva
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .75.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 1810951851.
b.
The standardized statistic is -.832.
c.
136
de Fisher)
Crosstabs: Concentração dentro de Época =1 (Inverno)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Crosstabs: Concentração dentro de Época =2 (Verão)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
2 3 3 3 11
66.7% 100.0% 100.0% 100.0% 91.7%
1 1
33.3% 8.3%
3 3 3 3 12
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
3.273
a
3 .351 1.000
b
1.000 1.000
3.065 3 .382 1.000
b
1.000 1.000
3.065 1.000
b
1.000 1.000
1.800
c
1 .180 .505
b
.492 .518 .257
b
.246 .268
12
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
b.
The standardized statistic is -1.342.
c.
137
Teste Qui-Quadrado não realizado, visto que só temos o código de inibição
(código=1), ou seja, no verão, em qualquer uma das quatro concentrações, só
ocorreu inibição.
Crosstabs: Concentração (Geral: misturadas as estações verão e inverno)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
2 2 2 2 8
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
2 2 2 2 8
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
.
a
8
Pearson Chi-Square
N of Valid Cases
Value
No statistics are computed because CÓDINIB is a
constant.
a.
138
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição da produção de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Dados do Teste D com a água superficial - Teste Qui-Quadrado (Teste Exato de
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
4 5 5 5 19
80.0% 100.0% 100.0% 100.0% 95.0%
1 1
20.0% 5.0%
5 5 5 5 20
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
3.158
a
3 .368 1.000
b
1.000 1.000
2.937 3 .402 1.000
b
1.000 1.000
2.958 1.000
b
1.000 1.000
1.800
c
1 .180 .498
b
.485 .510 .251
b
.240 .262
20
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 624387341.
b.
The standardized statistic is -1.342.
c.
139
Fisher)
Crosstabs: Concentração dentro de Pretrat =1 (dec) e Epoca =1 (i-inverno)
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição do consumo de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Crosstabs: Concentração dentro de Pretrat =1 (dec) e Epoca =2 (v-verão)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 1
25.0% 6.3%
4 3 4 4 15
100.0% 75.0% 100.0% 100.0% 93.8%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
3.200
a
3 .362 1.000
b
1.000 1.000
2.983 3 .394 1.000
b
1.000 1.000
2.998 1.000
b
1.000 1.000
.200
c
1 .655 1.000
b
1.000 1.000 .504
b
.491 .517
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 2000000.
b.
The standardized statistic is .447.
c.
140
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição do consumo de oxigênio
após 24 horas (p=0,546).
Crosstabs: Concentração dentro de Pretrat =2 (est) e Epoca =1 (i-inverno)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 1
25.0% 6.3%
2 1 3
50.0% 25.0% 18.8%
2 3 4 3 12
50.0% 75.0% 100.0% 75.0% 75.0%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
0
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
7.333
a
6 .291 .546
b
.533 .559
7.951 6 .242 .546
b
.533 .559
6.287 .546
b
.533 .559
.862
c
1 .353 .496
b
.483 .509 .246
b
.235 .257
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interva
l
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interva
l
Monte Carlo Sig. (1-sided)
12 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 624387341.
b.
The standardized statistic is .928.
c.
141
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição do consumo de oxigênio
após 24 horas (p=0,379).
Crosstabs: Concentração dentro de Pretrat =2 (est) e Epoca =2 (v-verão)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
2 2
33.3% 8.3%
2 3 3 5 13
33.3% 50.0% 50.0% 83.3% 54.2%
2 3 3 1 9
33.3% 50.0% 50.0% 16.7% 37.5%
6 6 6 6 24
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
0
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
8.684
a
6 .192 .218
b
.208 .229
8.310 6 .216 .304
b
.292 .316
6.140 .379
b
.367 .392
.193
c
1 .661 .773
b
.762 .784 .382
b
.370 .395
24
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interva
l
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interva
l
Monte Carlo Sig. (1-sided)
12 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .50.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 957002199.
b.
The standardized statistic is .439.
c.
142
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição do consumo de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Crosstabs: Concentração dentro de Pretrat =3 (hom) e Epoca =1 (i-inverno)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
2 1 2 2 7
50.0% 25.0% 50.0% 50.0% 43.8%
2 3 2 2 9
50.0% 75.0% 50.0% 50.0% 56.3%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
.762
a
3 .859 1.000
b
1.000 1.000
.796 3 .850 1.000
b
1.000 1.000
1.087 1.000
b
1.000 1.000
.048
c
1 .827 1.000
b
1.000 1.000 .506
b
.493 .519
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.75.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 92208573.
b.
The standardized statistic is -.218.
c.
143
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição do consumo de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Crosstabs: Concentração dentro de Pretrat =3 (hom) e Epoca =2 (v-verão)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 1 2
25.0% 25.0% 12.5%
1 1 1 3
25.0% 25.0% 25.0% 18.8%
2 3 3 3 11
50.0% 75.0% 75.0% 75.0% 68.8%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
0
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
3.273
a
6 .774 1.000
b
1.000 1.000
4.791 6 .571 1.000
b
1.000 1.000
3.894 1.000
b
1.000 1.000
1.157
c
1 .282 .382
b
.369 .394 .186
b
.176 .196
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
12 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .50.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 1993510611.
b.
The standardized statistic is 1.076.
c.
144
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição do consumo de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Crosstabs: Concentração dentro de Pretrat =4 (st) e Epoca =1 (i-inverno)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 1
25.0% 6.3%
3 4 4 4 15
75.0% 100.0% 100.0% 100.0% 93.8%
4 4 4 4 16
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
3.200
a
3 .362 1.000
b
1.000 1.000
2.983 3 .394 1.000
b
1.000 1.000
2.998 1.000
b
1.000 1.000
1.800
c
1 .180 .496
b
.483 .509 .250
b
.239 .261
16
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 79654295.
b.
The standardized statistic is 1.342.
c.
145
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição do consumo de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
Crosstabs: Concentração dentro de Pretrat =4 (st) e Epoca =2 (v-verão)
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 1 2 2 6
33.3% 33.3% 66.7% 66.7% 50.0%
2 2 1 1 6
66.7% 66.7% 33.3% 33.3% 50.0%
3 3 3 3 12
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
1.333
a
3 .721 1.000
b
1.000 1.000
1.359 3 .715 1.000
b
1.000 1.000
1.604 1.000
b
1.000 1.000
.978
c
1 .323 .474
b
.461 .486 .232
b
.221 .243
12
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interva
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
9
9% Confidence Interva
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is 1.50.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 475497203.
b.
The standardized statistic is -.989.
c.
146
Através do Teste Qui-Quadrado, mais especificamente através do Teste
Exato de Fisher, podemos concluir que não deve haver diferença significativa entre
as concentrações em relação as proporções de inibição do consumo de oxigênio
após 24 horas (p=1,000).
CÓDINIB * CONCENT Crosstabulation
1 1 1 3
100.0% 100.0% 100.0% 75.0%
1 1
100.0% 25.0%
1 1 1 1 4
100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
Count
% within CONCENT
1
2
CÓDINIB
Total
20 40 60 80
CONCENT
Total
Chi-Square Tests
4.000
a
3 .261 1.000
b
1.000 1.000
4.499 3 .212 1.000
b
1.000 1.000
3.667 1.000
b
1.000 1.000
1.800
c
1 .180 .499
b
.486 .511 .245
b
.234 .256
4
Pearson Chi-Square
Likelihood Ratio
Fisher's Exact Test
Linear-by-Linear
Association
N of Valid Cases
Value df
Asymp.
Sig.
(2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (2-sided)
Sig.
Lower
Bound
Upper
Bound
99% Confidence Interval
Monte Carlo Sig. (1-sided)
8 cells (100.0%) have expected count less than 5. The minimum expected count is .25.
a.
Based on 10000 sampled tables with starting seed 726961337.
b.
The standardized statistic is -1.342.
c.
147
APÊNDICE 7
Estatística descritiva com os dados dos Testes A com as amostras de água
superficial e sedimento da BH do Arroio Tega, amostragens inverno/05 e verão/06
Estatística descritiva realizada com os dados originais, não transformados,
dos Testes A com água superficial durante o estudo.
148
Level of -----------INIBICAO----------
PRE_TRAT N Mean Std Dev
1 25 21.3280000 20.7716457
2 18 43.8555556 34.3894516
3 27 31.8222222 27.3307285
4 24 42.9333333 27.6970673
Level of -----------INIBICAO----------
CONCENT N Mean Std Dev
20 16 21.7187500 13.9905310
40 23 26.3521739 22.1828736
60 27 35.5000000 29.9266025
80 28 46.4321429 33.4092918
Level of -----------INIBICAO----------
EPOCA N Mean Std Dev
1 50 24.3380000 24.1515867
2 44 45.3477273 29.1012306
Level of Level of -----------INIBICAO----------
PRE_TRAT CONCENT N Mean Std Dev
1 20 3 17.8666667 5.7951129
1 40 6 14.6500000 5.6102585
1 60 8 20.9250000 23.1935798
1 80 8 28.0375000 28.5356387
2 20 2 21.8000000 6.2225397
2 40 5 27.1000000 20.9702170
2 60 6 48.0166667 38.3112734
2 80 5 64.4400000 39.9035462
3 20 6 17.2000000 14.8414285
3 40 6 28.0333333 30.2224861
3 60 7 30.9571429 25.1759712
3 80 8 46.3875000 31.3470635
4 20 5 29.4200000 17.7848812
4 40 6 35.7500000 24.3765256
4 60 6 47.7166667 30.6558586
4 80 7 54.6428571 32.6318279
Level of Level of -----------INIBICAO----------
PRE_TRAT EPOCA N Mean Std Dev
1 1 16 13.4375000 6.6878871
149
1 2 9 35.3555556 29.4045962
2 1 7 44.7285714 40.9224761
2 2 11 43.3000000 31.6988328
3 1 16 22.0875000 14.9225054
3 2 11 45.9818182 35.1557909
4 1 11 30.4909091 30.3538945
4 2 13 53.4615385 20.9889470
Level of Level of -----------INIBICAO----------
CONCENT EPOCA N Mean Std Dev
20 1 9 16.2333333 8.9582364
20 2 7 28.7714286 16.7084524
40 1 13 18.0692308 15.8258430
40 2 10 37.1200000 25.3177935
60 1 14 24.7428571 28.7515274
60 2 13 47.0846154 27.6503721
80 1 14 34.9642857 29.7457588
80 2 14 57.9000000 33.9139409
Level of Level of Level of -----------INIBICAO----------
PRE_TRAT CONCENT EPOCA N Mean Std Dev
1 20 1 2 17.4500000 8.1317280
1 20 2 1 18.7000000 .
1 40 1 4 12.5500000 5.7250910
1 40 2 2 18.8500000 2.4748737
1 60 1 5 11.1200000 7.1187780
1 60 2 3 37.2666667 33.7716350
1 80 1 5 14.8600000 7.6064446
1 80 2 3 50.0000000 39.7068004
2 20 1 1 26.2000000 .
2 20 2 1 17.4000000 .
2 40 1 2 31.1000000 33.5168614
2 40 2 3 24.4333333 17.0629228
2 60 1 2 55.5500000 62.8617928
2 60 2 4 44.2500000 32.7460430
2 80 1 2 56.8000000 61.0940259
2 80 2 3 69.5333333 34.9437167
3 20 1 4 12.9500000 8.6044562
3 20 2 2 25.7000000 25.7386868
3 40 1 4 17.0750000 9.3225086
3 40 2 2 49.9500000 53.5279833
3 60 1 4 19.7500000 9.8069703
3 60 2 3 45.9000000 34.2211923
3 80 1 4 38.5750000 18.4857377
3 80 2 4 54.2000000 42.2887692
150
4 20 1 2 16.6000000 14.4249783
4 20 2 3 37.9666667 15.9575478
4 40 1 3 18.0666667 22.9961591
4 40 2 3 53.4333333 4.3143172
4 60 1 3 33.5666667 39.6500105
4 60 2 3 61.8666667 13.2914760
4 80 1 3 49.1000000 37.9956576
4 80 2 4 58.8000000 33.3685481
Estatística descritiva realizada com os dados originais dos Testes A com
sedimento superficial durante o estudo.
Level of -----------INIBICAO----------
CONCENT N Mean Std Dev
20 4 33.9000000 27.1043662
40 5 56.8600000 27.0682101
60 5 76.5200000 21.5862688
80 5 94.2400000 4.3362426
Level of -----------INIBICAO----------
EPOCA N Mean Std Dev
1 11 71.3636364 30.4909912
2 8 61.0875000 30.1127139
Level of Level of -----------INIBICAO----------
CONCENT EPOCA N Mean Std Dev
20 1 2 40.7500000 36.1331565
20 2 2 27.0500000 26.6579257
40 1 3 55.0000000 34.1830367
40 2 2 59.6500000 23.8294985
60 1 3 84.0000000 18.5946229
60 2 2 65.3000000 27.4357431
80 1 3 95.5000000 5.4083269
80 2 2 92.3500000 2.1920310
Estatística descritiva realizada com os dados transformados dos Testes A
com sedimento superficial durante o estudo.
151
Level of Sum of -----------INIBICAO----------
CONCENT N Weights Mean Std Dev
20 4 0.0043462016 31.8786852 0.85365436
40 5 0.0060895259 57.6894883 0.87064756
60 5 0.0113335691 79.6159909 0.96323817
80 5 0.5187971931 92.9727422 0.97679305
Level of Sum of -----------INIBICAO----------
EPOCA N Weights Mean Std Dev
1 11 0.1153399361 93.0062358 1.27409836
2 8 0.4252265536 91.4779433 1.74795925
Level of Level of Sum of -----------INIBICAO----------
CONCENT EPOCA N Weights Mean Std Dev
20 1 2 0.0015318569 40.7500000 1.00000000
20 2 2 0.0028143447 27.0500000 1.00000000
40 1 3 0.002567438 55.0000000 1.00000000
40 2 2 0.0035220879 59.6500000 1.00000000
60 1 3 0.0086765386 84.0000000 1.00000000
60 2 2 0.0026570305 65.3000000 1.00000000
80 1 3 0.1025641026 95.5000000 1.00000000
80 2 2 0.4162330905 92.3500000 1.00000000
152
APÊNDICE 9
Estatística descritiva com os dados originais dos Testes D com as amostras de água
superficial da BH do Arroio Tega, amostragens inverno/05 e verão/06
Estatística descritiva realizada com os dados originais, não transformados,
dos Testes D com água superficial durante o estudo.
153
Level of -----------INIBICAO----------
PRE_TRAT N Mean Std Dev
1 4 52.0000000 31.0632688
2 20 31.2000000 24.3950599
3 4 6.3500000 3.5294003
4 9 16.0111111 21.9606719
Level of -----------INIBICAO----------
CONCENT N Mean Std Dev
20 9 10.6222222 14.7660741
40 7 32.5000000 35.6927163
60 9 20.3888889 10.9168957
80 12 41.2416667 26.8805931
Level of -----------INIBICAO----------
EPOCA N Mean Std Dev
1 23 27.8391304 26.3599169
2 14 25.8000000 25.4496789
Level of Level of -----------INIBICAO----------
PRE_TRAT CONCENT N Mean Std Dev
1 20 2 29.1000000 28.1428499
1 40 1 73.3000000 .
1 80 1 76.5000000 .
2 20 4 6.8250000 3.7933055
2 40 4 36.1750000 38.2318693
2 60 5 28.2400000 7.9024047
2 80 7 44.4000000 21.9477410
3 20 2 3.8500000 3.0405592
3 60 1 10.1000000 .
3 80 1 7.6000000 .
4 20 1 2.4000000 .
4 40 2 4.7500000 0.0707107
4 60 3 10.7333333 2.2233608
4 80 3 33.3333333 34.8256132
Level of Level of -----------INIBICAO----------
PRE_TRAT EPOCA N Mean Std Dev
1 1 1 73.3000000 .
154
1 2 3 44.9000000 33.8368143
2 1 13 33.1153846 25.0467512
2 2 7 27.6428571 24.6404719
3 1 3 7.9000000 2.0663978
3 2 1 1.7000000 .
4 1 6 18.8000000 26.9756928
4 2 3 10.4333333 6.3137416
Level of Level of -----------INIBICAO----------
CONCENT EPOCA N Mean Std Dev
20 1 4 6.8250000 3.7259227
20 2 5 13.6600000 19.9926987
40 1 5 40.8600000 39.7666066
40 2 2 11.6000000 9.7580736
60 1 6 20.4166667 12.0341874
60 2 3 20.3333333 10.7076297
80 1 8 35.7750000 26.0407236
80 2 4 52.1750000 28.7759593
Level of Level of Level of -----------INIBICAO----------
PRE_TRAT CONCENT EPOCA N Mean Std Dev
1 20 2 2 29.1000000 28.1428499
1 40 1 1 73.3000000 .
1 80 2 1 76.5000000 .
2 20 1 2 9.4500000 2.7577164
2 20 2 2 4.2000000 2.8284271
2 40 1 3 42.0666667 44.5448463
2 40 2 1 18.5000000 .
2 60 1 3 29.8666667 9.4854274
2 60 2 2 25.8000000 7.0710678
2 80 1 5 39.1600000 21.1967686
2 80 2 2 57.5000000 24.7487373
3 20 1 1 6.0000000 .
3 20 2 1 1.7000000 .
3 60 1 1 10.1000000 .
3 80 1 1 7.6000000 .
4 20 1 1 2.4000000 .
4 40 1 1 4.8000000 .
4 40 2 1 4.7000000 .
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