Download PDF
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM ENGENHARIA MECÂNICA
ACIONAMENTO DE UM POSICIONADOR LINEAR DE ULTRAPRECISÂO
EMPREGANDO UMA REDUÇÃO HARMONIC DRIVE COM CONTROLE DE
VELOCIDADE
Dissertação submetida à
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
para a obtenção do grau de
MESTRE EM ENGENHARIA MECÂNICA
ENG. ELETRICISTA MARCELO MASSAYUKI SUNADA
Florianópolis, janeiro de 2007
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
ads:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA MECÂNICA
ACIONAMENTO DE UM POSICIONADOR LINEAR DE ULTRA-PRECISÃO
EMPREGANDO UMA REDUÇÃO HARMONIC DRIVE COM CONTROLE DE
VELOCIDADE
ENG. ELETRICISTA MARCELO MASSAYUKI SUNADA
Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de
MESTRE EM ENGENHARIA
ESPECIALIDADE ENGENHARIA MECÂNICA
sendo aprovada em sua forma final.
_________________________________________________
Prof. Walter Lindolfo Weingaertner, Dr.-Ing. – Orientador
__________________________________________
Rodrigo L. Stoeterau, Dr. Eng. – Co-orientador
________________________________________________
Prof. Fernando Cabral , PhD. – Coordenador do Curso
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Prof. Carlos A. Martin, Dr.-Ing. (Presidente)
_______________________________________
Prof. Hari Bruno Mohr, D.Sc.
_______________________________________
Prof. Rolf Bertrand Schroeter, Dr. Eng.
A toda minha família, em especial
aos meus pais e meus irmãos
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais pelo apoio em todos os momentos. Este trabalho também é
fruto do trabalho de vocês.
Aos meus irmãos Adriana, Fabiana e André. Muito obrigado pelas sugestões
e pelo apoio prestado em todos os momentos.
Ao professor Dr.-Ing. Walter L. Weingaertner pela orientação na execução
deste trabalho e ao apoio prestado durante minha formação profissional.
Ao Dr. Eng. Rodrigo Stoeterau pela orientação durante o trabalho.
Aos professores Dr. Eng. Rolf Bertrand Schroeter e Dr.-Ing. Carlos Alberto
Martin pelas contribuições, sugestões, críticas e apoio.
Aos amigos Andrei e André pelo apoio prestado durante estes anos.
Aos graduandos (alguns já engenheiros) Rodrigo Pavão Moreira, Wagner
Alberto de Moraes, Marcos Vinícius Suguino e Anderson Vedoveto pela
indispensável ajuda nos experimentos e pela contribuição no desenvolvimento e
conclusão deste trabalho.
Ao técnico Hélio Irineu José, ao Eng. Paulo Magalhães, ao graduando
Rodrigo Mendonça e a todo o pessoal do LMP pelo suporte operacional prestado na
disponibilização da infraestrutura necessária para este trabalho de pesquisa.
À Ana Cristina pela desenvoltura na ajuda prestada em todos os momentos.
Aos meus amigos, por participarem da minha vida, auxiliando quando
necessário e servindo de companhia em todos os momentos.
Ao Dr. Eng. Milton Pereira pela valiosa troca de experncias.
Ao CNPQ e ao LMP pelas bolsas concedidas a mim e a todo o pessoal que
apoiou este estudo.
Ao M. Eng. Marco Paulo Guimarães pela minha primeira oportunidade de
trabalho na área de Mecânica de Precisão.
Ao pessoal do USICON o meu obrigado pela fabricação das peças
mecânicas.
A todos que de algum modo colaboraram na execução deste trabalho.
"As coisas só deixam de existir
quando deixamos de acreditar nelas."
Autor: Desconhecido
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo final!”
Autor: Desconhecido
“Só existem dois dias do ano em que nada pode ser feito:
um se chama ontem e o outro amanhã”.
Autor: Dalai Lama
RESUMO
A presente dissertação propõe alterações no sistema de acionamento de
avanço e a implementação de um controle de velocidade para um torno de
ultraprecisão, a fim de melhorar a suavidade e constância da velocidade de
deslizamento da mesa do porta-ferramentas. A partir de estudos anteriores,
constatou-se que grande parte da vibração provinha do antigo redutor por
polia/correia e coroa/parafuso sem-fim, e que ocorria o fenômeno denominado stick-
slip em baixas velocidades, degradando a qualidade de movimentação dos
elementos móveis. Esse redutor foi então substituído por um redutor Harmonic Drive.
O estudo foi feito comparando-se as vibrações presentes no sistema antes e após as
modificações, para verificar se houve redução significativa nos níveis de vibração.
Além disso, foi realizada a aquisição da curva de atrito, nos dois casos, para verificar
se a nova redução reduziu o efeito stick-slip. Com os dados obtidos foi possível
observar que o redutor Harmonic Drive apresenta o efeito Stribeck em menor
intensidade, reduzindo o efeito stick-slip, e proporciona uma menor velocidade
estável para a usinagem de ultraprecisão. O controle da velocidade em malha
fechada, realizada por um microcontrolador PIC, garante que esta permaneça dentro
de limites mais estáveis que os verificados sem a malha de controle. No entanto
ainda se verifica uma ondulação da velocidade de avanço. Assim, este trabalho
possibilitou uma maior compreensão da tecnologia em movimento de precisão no
processo de usinagem de ultraprecisão, bem como possibilitou a redução da
velocidade mínima alcançável de avanço da mesa. Além disto, o trabalho pode
também orientar uma possível automatização do processo de usinagem no torno de
ultraprecisão por meio de comando numérico.
Palavras-chave: ultraprecisão, acionamento de avanço, Harmonic Drive, controle
em malha fechada, Microcontrolador PIC.
ABSTRACT
The present work proposes a feed drive system changes and a speed control
implementation on the ultraprecision lathe, intending to improve the tool holder table
suavity and constancy speed displacement. Previous studies demonstrated that the
most significant vibration came from the older reducer (belt/pulley and angular bevel
gear/endless screw), and the occurred stick-slip effect in slow speed, degrading the
mobile parts motion quality. This reducer was substituted by a Harmonic Drive. A
comparison was made between the vibrations on the system before and after the
modifications to verify any significant reduction on the vibration levels. Moreover, the
attrition curve acquisition was carried through, in both cases, to verify if the new
reduction system reduced the stick-slip effect. With the gotten data it was possible to
observe that the Harmonic Drive reducer presents Stribeck effect in lesser intensity,
reducing the stick-slip effect, and provides a slower stable speed for the
ultraprecision machining. The closed-loop speed control, made with a PIC
microcontroller, guarantees that the speed remains inside the most stable limits than
was verified without the closed-loop speed control. However it’s still verified a feed
speed undulation. Thus, this work made possible a better comprehension about
precision movement technology in the ultraprecision machining process, as well as
the reduction of the minimum reachable speed in the table feed. Moreover, the work
can also some possible machining process automation using numeric control on the
ultra-precision lathe.
Keywords: ultraprecision, feed driver, Harmonic Drive, feedback control, PIC
Microcontroller.
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ABREVIATURASLISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE ABREVIATURAS
CA (ou AC) Corrente alternada
CC (ou DC) Corrente contínua
CD Compact Disc
CCP CAPTURE, COMPARE AND PWM
CLP Controlador Lógico Programável
CNC Computer Numerical Control (ou Comando Numérico
Computadorizado)
COM1 Porta serial de comunicações do micro computador
CPU Central Processing Unit (ou Unidade Central de
Processamento)
DAQ Data Acquisition Device
EEPROM Eletric Enhanced Programable Read-Only Memory (memória
não volátil, que pode ser desgravada com uma carga
elétrica)
EHD ou EHL Lubrificação Elastohidrodinâmica
GRUCON Grupo de Pesquisa e Treinamento em Comando
Numérico e Automatização Industrial
HD Lubrificação Hidrodinâmica
HDS Harmonic Drive Systems
ICP Integrated Circuit Piezoelectric
IHM Interface Homem Máquina
LABMETRO Laboratório de Metrologia
LASER Light Amplification by the Stimulated Emission of
Radiation (ou Amplificação de Luz pela Emissão
Estimulada de Radiação)
LCD Liquid Crystal Display
LHW Laboratório de Hardware
LMP Laboratório de Mecânica de Precisão
LODTM Large Optics Diamond Turning Machine
NI National Instruments
NPL National Physics Laboratory
PIC Peripheral Interface Controller (Microcontrolador)
PID Controlador Proporcional Integral Derivativo
PWM Pulse Width Modulation (ou Modulação de Largura de Pulso)
RMS Root Mean Square
Rpm Rotações por minuto
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
USICON Laboratório de Usinagem e Comando Numérico
UTS Unidade de Tratamento de Sinal
LISTA DE TERMOS
LISTA DE TERMOSLISTA DE TERMOS
LISTA DE TERMOS
Delay Atraso
Driver Dispositivo eletrônico para energização de motor
Offset Componente contínuo (DC) de um sinal
Retrofitting Reformar
Ripple Ondulação
Stick-slip Fenômeno físico de “adere-e-desliza” entre duas
superfícies em movimento relativo
Sub-vi Sub-programa do Labview®
Updating Atualizar
Winchester Disco rígido de microcomputador
Stribeck Efeito de queda de atrito que ocorre logo que corpo sai do
repouso e entra em movimento
Prescaler Divisor de pulso programável
LISTA DE
LISTA DE LISTA DE
LISTA DE GRANDEZAS PRINCIPAIS
GRANDEZAS PRINCIPAISGRANDEZAS PRINCIPAIS
GRANDEZAS PRINCIPAIS
e(t) Erro
u(t) Sinal de controle
E(s) Função transferência do erro
f Freqüência.
fosc Freqüência de oscilação do circuito, no caso 20MHz
Kd Ganho derivativo
Ki Ganho integral
Kp Ganho proporcional
Pre Divisor de pulso programável (prescaler)
PR2 Valor do registrador de funções especiais
PWM
period
Período do PWM
PWM
duty_cycle
Percentual de tempo em que o PWM fica em nível lógico alto
relativo ao tempo em baixa
Register_value Registrador
Timer Temporizador
T Período entre interrupções do temporizador (timer)
Tosc Período de oscilação do circuito, no caso 1/20mHz;
TMR2
prescale_value
Valor do prescaler (esse valor pode ser 1, 4 ou 16);
TMR2
prescale_value
Valor do prescaler
Tosc Período de oscilação do circuito, no caso 1/20mHz
U(s) Função transferência do sinal de controle
W Carga
T Período de amostragem
α Filtro digital passa baixa
η Viscosidade do óleo
LIS
LISLIS
LISTA DE SÍMBOLOS
TA DE SÍMBOLOSTA DE SÍMBOLOS
TA DE SÍMBOLOS
h
cu_mín
[µm] Espessura de usinagem mínima
h - Espessura do filme lubrificante
i (t) [A] Corrente
ƒ [µm/rotação] Avanço da ferramenta de corte
n [rotação] Número de rotações
A [m/s
2
, mm/min
2
] Aceleração
D [M, MM] Deslocamento
F
ƒ
[N] Força de atrito instannea
F
C
[N] Força de atrito de Coulomb
F
ν
[N] Força de atrito viscosa
F
S
[N] Amplitude do atrito de Stribeck
K
t
[Nm/A] Constante de torque do motor
R
a
[nm, µm] Rugosidade média aritmética
T
m
(t) [Nm] Torque no motor
V [m/s, mm/min] Velocidade
V
f
[µm/s] Velocidade de avanço da ferramenta
.
χ
[m/s] Velocidade relativa entre dois corpos
µ - Coeficiente de atrito
µ
s
- Coeficiente de atrito estático
µ
d
- Coeficiente de atrito dinâmico
[RAD/S] Freqüência Rotacional
µ - Coeficiente de atrito
S
SS
Sumá
umáumá
umário
riorio
rio
SUMÁRIO
SUMÁRIOSUMÁRIO
SUMÁRIO................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................
................................
................19
1919
19
FIGURAS
FIGURASFIGURAS
FIGURAS................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
.................................................
..................................
.................21
2121
21
TABELA
TABELATABELA
TABELA ................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
...................................................
......................................
...................24
2424
24
1
11
1 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
...................................
......
...25
2525
25
1.1 Definição do problema................................................................................... 26
2
22
2 ESTADO DA ARTE
ESTADO DA ARTEESTADO DA ARTE
ESTADO DA ARTE................................
................................................................
................................................................
................................................................
...............................................................
..............................................................
...............................27
2727
27
2.1 Processos e máquinas de ultraprecisão............................................................. 32
2.2 COMPONENTES PARA AUTOMAÇÃO DE MÁQUINAS DE ULTRAPRECISÃO ..... 36
2.2.1 Transmissão mecânica...................................................................... 36
2.2.2 Guias.............................................................................................. 39
2.2.3 Flanges e acoplamentos ...................................................................40
2.2.4 Acionamento de avanço ................................................................... 40
2.2.5 Controle / Comando: Automatização ................................................ 46
2.2.6 SISTEMA DE ATOMIZAÇÃO DE FLUIDO DE CORTE........................... 49
2.3 Máquinas de ultraprecisão.............................................................................. 49
3
33
3 FUNDAMENTOS TRICOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOSFUNDAMENTOS TEÓRICOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................
................................
................53
5353
53
3.1 Atrito.............................................................................................................53
3.1.1 Ação do lubrificante .........................................................................54
3.1.2 Viscosidade do lubrificante................................................................ 55
3.1.3 Formação de filme lubrificante .......................................................... 56
3.1.4 Atrito no sistema lubrificado .............................................................. 57
3.2 Princípio Básico de Ponte H............................................................................. 61
3.3 Modulação da Largura de Pulso (PWM) ........................................................... 63
3.4 Sistema de Controle ....................................................................................... 65
3.4.1 Controlador.....................................................................................65
4
44
4 ESTUDO DO OBJETO
ESTUDO DO OBJETOESTUDO DO OBJETO
ESTUDO DO OBJETO ................................
................................................................
................................................................
................................................................
........................................................
................................................
........................71
7171
71
4.1 Caracterização do Torno de Ultraprecisão........................................................ 71
4.2 Problemas e Soluções Propostas...................................................................... 76
5
55
5 IMPLEMENTAÇÃO DA SOL
IMPLEMENTAÇÃO DA SOLIMPLEMENTAÇÃO DA SOL
IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO P
UÇÃO PUÇÃO P
UÇÃO PROPOSTA
ROPOSTAROPOSTA
ROPOSTA ................................
................................................................
.......................................................
..............................................
.......................83
8383
83
5.1 Sistema de atomização de fluido de corte......................................................... 83
5.2 Componentes Mecânicos................................................................................ 84
5.2.1 Transmissor mecânico transformador do tipo Harmonic Drive...............85
5.2.2 Acoplamentos ..................................................................................85
5.3 Motor............................................................................................................86
5.4 Sistema de Medição de Deslocamento .............................................................86
5.5 Controle........................................................................................................87
5.5.1 Estação de trabalho CUSCOPIC........................................................89
5.5.2 Acionamento de controle CINKO.......................................................90
5.6 Algoritmo de controle .....................................................................................91
5.6.1 Obtendo o Controlador PID Discreto Ideal (para PIC)..........................91
5.6.2 Temporização ..................................................................................93
5.6.3 Saturação ........................................................................................93
5.6.4 Ruído eletro-magnético .....................................................................94
5.6.5 Método de sintonia ou ajuste de parâmetro ........................................95
5.6.6 Implementação do software...............................................................95
5.6.7 Implementação do programa principal...............................................97
6
66
6 PROCEDIMENTO EXPERIM
PROCEDIMENTO EXPERIMPROCEDIMENTO EXPERIM
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
ENTALENTAL
ENTAL................................
................................................................
................................................................
................................................................
.......................................
..............
....... 101
101101
101
6.1 Histerese......................................................................................................101
6.2 Curva Característica de Atrito........................................................................102
6.3 Monitoramento e controle de vibrações..........................................................105
7
77
7 RESULTADOS DOS ENSAI
RESULTADOS DOS ENSAIRESULTADOS DOS ENSAI
RESULTADOS DOS ENSAIOS E DISCUSSÃO
OS E DISCUSSÃOOS E DISCUSSÃO
OS E DISCUSSÃO ................................
................................................................
.......................................................
..............................................
....................... 109
109109
109
7.1 Característica do Harmonic Drive...................................................................109
7.2 Característica do antigo sistema de redução...................................................114
7.3 Característica da mesa de escorregamento.....................................................116
7.4 Sistema Harmonic Drive X Sistema redução parafuso sem fim...........................118
7.5 Refrigeração do motor CC ............................................................................126
7.6 Análise do comportamento da mesa sob controle de velocidade ......................128
7.7 Análise da influência do atomizador de fluido de corte sobre as amplitudes de
vibração da ferramenta e do mancal .......................................................................133
8
88
8 CONCLUSÕES E SUGESTÕ
CONCLUSÕES E SUGESTÕCONCLUSÕES E SUGESTÕ
CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FU
ES PARA TRABALHOS FUES PARA TRABALHOS FU
ES PARA TRABALHOS FUTUROS
TUROSTUROS
TUROS................................
................................................................
.................................
..
. 135
135135
135
8.1 Conclusão...................................................................................................135
8.2 Sugestões para futuros trabalhos ...................................................................136
9
99
9 REFERÊNCIAS
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
...................................
......
... 139
139139
139
ANEXO A
ANEXO AANEXO A
ANEXO A ................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
..............................................
............................
.............. 145
145145
145
ANEXO B
ANEXO BANEXO B
ANEXO B ................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
................................................................
..............................................
............................
.............. 151
151151
151
Figuras
FigurasFiguras
Figuras
Figura 2.1 - Evolução da precisão dos processos de usinagem ao longo do tempo,
segundo Tanigushi, apud STOETERAU, 1999............................................................ 28
Figura 2.2 – Componentes principais do Harmonic Drive (HARMONIC DRIVE)............. 37
Figura 2.3 Representação esquemádica do funcionamento do acionamento Harmonic
Drive (HARMONIC DRIVE). ...................................................................................... 38
Figura 2.4 – Princípio de funcionamento do encoder linear . ...................................... 45
Figura 2.5 - Digitalização do sinal............................................................................ 46
Figura 2.6 - Diagrama de blocos de um microcontrolador. ........................................ 47
Figura 2.7 – LODTM (Large Optics Diamond Turning Machine, 2006)........................ 50
Figura 2.8 Tetraform (SCHOOL OF INDUSTRIAL & MANUFATURING SCIENCE, 2005)
............................................................................................................................. 50
Figura 2.9 - ROBOnano Ui (FANUC, 2002) ............................................................. 51
Figura 2.10 - Peça usinada no ROBOnano Ui (FANUC, 2002)................................... 51
Figura 2.11 - Nanotech 220UPL (MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS, 2005) .... 52
Figura 2.12 – Nanotech 500FG (MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS, 2005).... 52
Figura 3.1 Relação de Thruston (Hutchings, 1992)..................................................... 57
Figura 3.2 - Diagrama de Stribeck (MARU, 2003)...................................................... 58
Figura 3.3 - Modelos de atrito. (GUIMARÃES, 2004) ................................................. 60
Figura 3.4 – Configuração básica da ponte-H........................................................... 61
Figura 3.5 – Sentido de corrente elétrica na ponte H.................................................. 62
Figura 3.6 - Sinais PWM de “ciclos de trabalho” variados........................................... 64
Figura 3.7 Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional
(ASTROM, 1995) .................................................................................................... 66
Figura 3.8 Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional e
integral (ASTROM, 1995). ....................................................................................... 68
Figura 3.9 Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional,
integral e derivativo (ASTROM, 1995)....................................................................... 69
Figura 4.1 – Torno para torneamento de cilindros de fotorecepitores........................... 71
Figura 4.2 – Torno original...................................................................................... 73
Figura 4.3 – Torno Moore Tools com cabeçote Kugler (1º Retrofitting)......................... 74
Figura 4.4 – Sistema de acionamento com motor CC e parafuso sem fim.................... 75
Figura 4.5 - Fatores de influência sobre resultado de trabalho na usinagem de
ultraprecisão (SCHROETER, 1997) ........................................................................... 76
Figura 4.6 – Curva característica estática do atrito (GUIMARAES, 2004)...................... 78
Figura 4.7 – Representação esquemática do faceamento............................................ 79
Figura 4.8 - Arranjo sugerido para o acionamento da máquina-ferramenta. ................ 82
Figura 5.1 - Funcionamento do aerógrafo................................................................. 84
Figura 5.2 – Transmissores de movimento e fixadores ................................................ 84
Figura 5.3 - Acoplamentos de Foles (a) e Helicoidal (b).............................................. 86
Figura 5.4 – Elementos constituintes do encoder linear (STOETERAU, 1999) ................ 87
Figura 5.5 – Resolução de deslocamento de 2,5 µm.................................................. 88
Figura 5.6 – Controle discreto implementado no microcontrolador.............................. 96
Figura 5.7 – Fluxograma do algoritmo de controle..................................................... 97
Figura 5.8 – Configuração do módulo PWM ............................................................. 97
Figura 5.9 – Configuração do período de amostragem .............................................. 98
Figura 5.10 – Limitação do valor no registrador do ciclo de trabalho do PWM ............. 99
Figura 5.11 – Fluxograma do programa principal.................................................... 100
Figura 6.1 Esquema de montagem utilizado na execução dos ensaios de determinação
das curvas de atrito ............................................................................................... 104
Figura 6.2 – Acelerômetros posicionados no cabeçote aerostático ............................ 106
Figura 6.3 – Posição de montagem dos acelerômetros no porta-ferramentas ............. 106
Figura 7.1 – Curva de atrito do redutor Harmonic Drive .......................................... 110
Figura 7.2 – Três ensaios do efeito Stribeck ............................................................. 112
Figura 7.3 – Memória de atrito .............................................................................. 113
Figura 7.4 – Aquisição de pontos torque/velocidade do Harmonic Drive.................... 114
Figura 7.5 – Curva de atrito do redutor coroa/parafuso sem fim e do motor .............. 115
Figura 7.6 – Memória de atrito .............................................................................. 115
Figura 7.7 - Histerese do conjunto mesa-fuso.......................................................... 116
Figura 7.8 – Histerese do Harmonic Drive e do redutor parafuso sem fim................... 117
Figura 7.9 - Curvas de atrito do redutor coroa/parafuso sem fim acoplado e desacoplado
da mesa............................................................................................................... 118
Figura 7.10 - Curva de atrito do Harmonic Drive X redutor coroa/parafuso sem fim.... 119
Figura 7.11 Resposta ao degrau do sistema de avanço do redutor com parafuso sem
fim em malha aberta ............................................................................................. 121
Figura 7.12 Resposta ao degrau do sistema de avanço com Harmonic Drive em malha
aberta.................................................................................................................. 121
Figura 7.13 Resposta ao degrau do Harmonic Drive em malha aberta desacoplado da
mesa.................................................................................................................... 122
Figura 7.14 Resposta ao degrau do Harmonic Drive gerada em malha fechada (PWM)
........................................................................................................................... 123
Figura 7.15 – Amplitudes de Vibrações χ
pp
verificadas com o acionamento com Harmonic
Drive e do redutor com coroa/parafuso sem fim ...................................................... 125
Figura 7.16 Influência das vibrações em X e Z sobre a profundidade de rugosidade R
t
........................................................................................................................... 126
Figura 7.17 Amplitudes de vibrações χ
pp
na ferramenta e no mancal verificadas com e
sem arrefecimento pneumático do eixo de acionamento........................................... 127
Figura 7.18 Curva de atrito da mesa em X com e sem arrefecimento do eixo de
acionamento. ....................................................................................................... 128
Figura 7.19 – Curva de atrito com e sem controle de velocidade .............................. 129
Figura 7.20 – Amplitude de vibração χ
pp
com e sem controlado PI ............................ 130
Figura 7.21 – Gráfico da corrente e da velocidade com PWM com controle (MF)....... 131
Figura 7.22 – Gráfico da corrente e da velocidade com PWM sem controle (MA)....... 131
Figura 7.23 – Gráfico da corrente e da velocidade com PWM com controle.............. 132
Figura 7.24 – Gráfico da corrente e da velocidade com PWM sem controle .............. 132
Figura 7.25 – Vibração do atomizador ................................................................... 134
Figura A.0.1 – Dados técnicos do motor CC Minertia .............................................. 147
Figura A.0.2 - Esquemático do Cuscopic ................................................................ 148
Figura A.0.3 - Fluxo de corrente para acionar o motor (movimento para esquerda) .... 149
Tabela
TabelaTabela
Tabela
Tabela 1 - Campos de aplicação, materiais e especificações para a usinagem de
ultraprecisão (SCHROETER, WEINGAERTNER, 1997)................................................. 29
Tabela 2 - Materiais empregados na usinagem com diamante (SCHROETER, 1997)..... 31
Tabela 3 – Relação entre tolerâncias e mecanismos de usinagem (GUIMARAES, 2004) 33
Tabela 4 Comparação da fabricação de lentes de contato pelo processo tradicional e
por torneamento de ultraprecisão (RABE, 2001)......................................................... 34
Tabela 5 Comparação entre o processo tradicional e por usinagem de ultraprecisão de
lentes ( - lotes grandes, - lotes pequenos) (RABE, 2001) ..................................... 35
Tabela 6 – Diferentes tipos e modelos de sensores de posição (MARTIN, 1996) ........... 44
Tabela 7 - Tabela com as características do microcontrolador 16F877A...................... 48
Tabela 8 – Estados do motor.................................................................................... 62
Tabela 9– Retrofitting’s realizados............................................................................. 75
Tabela 10 - Escolha dos elementos mais apropriados. ............................................... 81
Tabela 11 - Especificações do Harmonic Drive (HDS, 2004) ....................................... 85
Tabela 12 – Vantagens e desvantagens do uso do CUSCOPIC................................... 90
Capítulo 1
Capítulo 1Capítulo 1
Capítulo 1
Intro
IntroIntro
Introdução
duçãodução
dução
25
1
11
1 INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A tecnologia de usinagem de ultraprecisão é uma operação que se destina à
produção de componentes ópticos, mecânicos e eletrônicos cada vez mais sofisticados e
elaborados com precisão dimensional e forma na faixa submicrométrica e rugosidade de
algumas dezenas de nanometros. Uma das principais variações dos processos de
usinagem de ultraprecisão é a que emprega ferramentas de diamante monocristalino de
elevada qualidade do gume. É baseada em máquinas-ferramentas especialmente
projetadas para esta função, o processo é realizado sob condições controladas de
temperatura, umidade e isolamento do meio-ambiente, com o objetivo de obter
superfícies de altíssima precisão (
SCHROETER, WEINGAERTNER, 1997)
.
A precisão, na engenharia, tem sido considerada o ponto chave para o
desenvolvimento de novas tecnologias ao redor do mundo. Na usinagem não tem sido
diferente.
As principais diferenças entre as máquinas para a usinagem de ultraprecisão e as
convencionais são os deslocamentos de avanço em baixíssimas velocidades, na ordem de
alguns milímetros por minuto e a suavidade de movimentação dos elementos da máquina
isento de vibração. Para isso, o sistema deve ter baixo atrito e também, alta rigidez
mecânica para minimizar a propagação de vibrações em sua estrutura.
Dentro do universo de peças que são obtidas por processo de usinagem de
ultraprecisão com ferramenta de geometria definida, que tem apresentado constante
expansão, pode-se citar os cilindros para fotocopiadoras, lentes de contato, substratos de
semicondutores, hard disk’s, lentes côncavas para telescópio, além de componentes para
aplicações diversas como na óptica metálica para LASER, moldes cerâmicos para fabricar
lentes acrílicas de câmeras fotográficas para celulares, etc.
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
Capítulo 1
Capítulo 1Capítulo 1
Capítulo 1
26
1.1
1.11.1
1.1 D
DD
Definição
efiniçãoefinição
efinição
do problema
do problemado problema
do problema
O Laboratório de Mecânica de Precisão (LMP) dispõe atualmente de um torno de
ultraprecisão, equipado com um sistema de comando de rotação da árvore. Os
movimentos de avanço não possuem nenhum tipo de controle automático (sistema de
controle não flexível/rígido). Este sistema de acionamento é dinamicamente inconstante a
baixas velocidades. Isto cria dificuldades para gerar superfícies submicrométricas e
nanométricas.
A necessidade de fabricar lentes metálicas para sistemas ópticos desenvolvidos no
Laboratório de Metrologia (LABMETRO) da UFSC com qualidade cada vez melhor e com
exigências crescentes de repetibilidade requerem que as causas de desvio na qualidade
das superfícies usinadas sejam conhecidas e que estas sejam minimizadas e controladas.
A presente dissertação tem por objetivo desenvolver um sistema de acionamento e
seu controle para melhorar o movimento de avanço da ferramenta de diamante,
estudando aspectos de vibração causada pelo acionamento aníveis de velocidade de
avanço nas quais fenômenos de “stick slip” impedem sucessivas melhoras da qualidade.
Serão analisadas também as influências do atomizador de névoa de fluido
lubrirefrigerante no sistema (a vibração produzida pela turbulência do ar na área de
contato peça-ferramenta).
Estas análises serão feitas a partir de um método de análise de vibrações
desenvolvido no Laboratório de Mecânica de Precisão (LMP) por Guimarães (2004). Será
executada uma análise da curva de atrito para verificar se o efeito do fenômeno stick-slip
se altera com as modificações do sistema de acionamento propostas no trabalho.
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
27
2
22
2 ESTADO DA ARTE
ESTADO DA ARTEESTADO DA ARTE
ESTADO DA ARTE
A usinagem de ultraprecisão existe desde o século XIX, no entanto, utilizando
processos que demandavam um longo tempo de fabricação, como retificação,
brunimento, lapidação, polimento. Apesar dos bons resultados, o que faz esses processos
de fabricação serem usados ahoje, a relação custo de fabricação/tempo é alta, o que
motivou o desenvolvimento de processos diferentes dos utilizados a então, como por
exemplo, o uso de ferramentas com geometria definida (
RABE, 2001)
.
Neste tipo de operação de usinagem são características as profundidades de corte
e os avanços para o desbaste em valores freqüentemente inferiores a 10 µm, ou seja,
seções de usinagem inferiores a 100 µm
2
, e para o acabamento dificilmente tem-se
valores de a
p
.f superiores aos 20 µm
2
(
SCHROETER, WEINGAERTNER, 1997)
.
No decorrer dos anos, as máquinas sofreram uma grande evolução tecnológica e
superaram expectativas históricas. Enquanto em 1980 a tolerância atingível em máquinas
de ultraprecisão era de 0,05 µm, e esperava-se 0,01 µm para 2000, a Fanuc lançou, em
1998, o centro de usinagem Fanuc Robonano Ui, que apresenta resolução na ordem de
0,001 µm
(STOETERAU 1999)
. Tanigushi previu o comportamento das precisões baseado
na evolução histórica, Figura 2.1. No entanto se observa que a evolução está sendo mais
rápida que a evolução inicialmente prevista por Tanigushi (1992).
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
28
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.1
11
1
-
--
- Evolução da precisão dos processos de usinagem ao longo d
Evolução da precisão dos processos de usinagem ao longo d Evolução da precisão dos processos de usinagem ao longo d
Evolução da precisão dos processos de usinagem ao longo do temp
o tempo temp
o tempo,
o, o,
o,
segundo Tanigushi, apud
segundo Tanigushi, apud segundo Tanigushi, apud
segundo Tanigushi, apud STOETERAU
STOETERAUSTOETERAU
STOETERAU,
,,
, 1999
1999 1999
1999
O campo de aplicação da usinagem com diamante monocristalino pode ser
dividido em três segmentos: a fabricação de elementos ópticos reflexivos, de elementos
ópticos transmissivos e de componentes mecânicos. Destas três áreas de trabalho, a
menos desenvolvida e explorada ainda é a de elementos ópticos transmissivos, com
tendências a forte crescimento. Como técnica para fabricação de elementos ópticos
reflexivos, como espelhos de alto desempenho para sistemas LASER, e componentes
mecânicos de alta precisão, como elementos para mancais aerostáticos é, todavia, um
processo bastante difundido. Outros campos de aplicação desta tecnologia bastante
conhecidos são os cilindros para fotocopiadoras, discos magnéticos para computadores,
espelhos poligonais para impressoras, espelhos para raios-X, cabeçotes magnéticos para
vídeos, giroscópios, matrizes para injeção de lentes, lentes de contato e lentes para o
espectro infravermelho. Na Tabela 1 podem ser vistos alguns exemplos de aplicações
para a usinagem de ultraprecisão, com materiais e especificações exigidas das peças
(
SCHROETER, WEINGAERTNER, 1997)
.
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
29
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 1
11
1
-
--
- Campos de aplicação, materiais e especificações para a usinagem de
Campos de aplicação, materiais e especificações para a usinagem de Campos de aplicação, materiais e especificações para a usinagem de
Campos de aplicação, materiais e especificações para a usinagem de
ultraprecisão
ultraprecisãoultraprecisão
ultraprecisão
(SCHROETER, WEINGAERTNER
(SCHROETER, WEINGAERTNER(SCHROETER, WEINGAERTNER
(SCHROETER, WEINGAERTNER,
,,
, 1997)
1997) 1997)
1997)
Campo de Aplicação
Campo de AplicaçãoCampo de Aplicação
Campo de Aplicação
Materiais
MateriaisMateriais
Materiais
Especificações
EspecificaçõesEspecificações
Especificações
Elementos
Elementos Elementos
Elementos
Reflexivos
ReflexivosReflexivos
Reflexivos
Espelhos poligonais para impressoras
LASER
Espelhos metálicos em geral
Cilindros para fotocopiadoras
Equipamento para aerofotogrametria
Espelhos planos para LASER
Integradores de energia
Sistemas de mira
Alumínio e ligas
Cobre e ligas
Ouro
Níquel eletrolítico
Zinco
Platina
Prata
Refletividade
> 98%
Precisão de forma 0,2...
0,01µm
Rugosidade
R
a
~ 0,05µm
Elementos
Elementos Elementos
Elementos
Transmissivos
TransmissivosTransmissivos
Transmissivos
Elementos ópticos para aplicações
infravermelhas
Lentes Fresnel
Lentes para células solares
Lentes para focagem LASER
Elementos ópticos para CD´s
Lentes de contato
Lentes intraoculares
Lentes em geral
Plásticos ópticos
Germânio
Silício
Sulfeto de Zinco
Selenito de Zinco
Iodeto de Césio
Arsenito de Gálio
Transmissividade
0,02... 49,3 µm
Precisão de forma 0,2...
0,01µm
Rugosidade
R
a
< 0,01µm
Elementos
Elementos Elementos
Elementos
Mecânicos
MecânicosMecânicos
Mecânicos
Discos rígidos para computadores
Cabeçotes de vídeo
Mancais aerostáticos
Microestruturas
Moldes para injeção de lentes
Componentes para giroscópios
Conexões para fibras ópticas
Eletrodos para aceleradores
Alumínio e ligas
Cobre e ligas
Níquel eletrolítico
Grafite
Plásticos
Ouro
Precisão de forma 0,5...
0,1µm
Rugosidade
R
a
~ 0,01µm
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
30
Para a escolha dos materiais usinados por ultraprecisão deve-se levar em
consideração a compatibilidade química entre o material usinado e o diamante. Materiais
que reagem com o carbono do diamante a altas temperaturas e formam carbonetos,
como o tungstênio, tântalo, titânio e zircônio, por exemplo, não são adequados para a
usinagem de ultraprecisão. Também o ferro e suas ligas, entre outros, não são
normalmente usinados por diamante. Estes materiais devem ser evitados porque na
usinagem dos mesmos o gume das ferramentas de diamante tende à grafitização, de
modo que o fim de vida da ferramenta é rapidamente alcançado.
Os materiais usinados por diamante devem ter alta pureza e em especial não
devem ter inclusões duras. Estas inclusões podem causar, além de um maior desgaste da
ferramenta, uma superfície de baixa qualidade, visto que as inclusões podem ser
arrastadas pela ferramenta durante a usinagem e causar arranhões na superfície. Além
disto, materiais para a usinagem de ultraprecisão devem ser homogêneos, de modo a
permitir a obtenção de uma qualidade ótima.
Os materiais que atualmente são usinados com ferramentas de diamante
monocristalino são predominantemente metais não ferrosos (cobre, alumínio, níquel
eletrolítico, ouro e prata, entre outros), os polímeros (plásticos em geral, como acrílico) e,
mais recentemente, os assim chamados cristais infravermelhos. Na Tabela 2 são listados
alguns dos materiais mais importantes para a fabricação de peças por ultraprecisão
empregados atualmente.
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
31
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 2
22
2
-
--
- Materiais empregados na usinagem com diamante
Materiais empregados na usinagem com diamante Materiais empregados na usinagem com diamante
Materiais empregados na usinagem com diamante
(SCHROETER,
(SCHROETER,(SCHROETER,
(SCHROETER, 1997
1997 1997
1997)
))
)
MATERIAIS ADEQUADOS À USINAGEM DE ULTRAPRECISÃO
METAIS CRISTAIS IR PLÁSTICOS
Cobre
Germânio
Acrílico
Alumínio
Silício
Acetato
Latão
Arse
nito de Gálio
Nylon
Estanho
Selenito de Zinco
Policarbonato
Bronze
Sulfeto de Zinco
Polipropileno
Níquel Eletrolítico
Fluoreto de Magnésio
Poliestireno
Platina
Telureto de Cádmio
Polisulfonados
Prata
Fluoreto de Cálcio
Fluoroplásticos
Ouro
Iodeto de
Césio
Silicone
Zinco
Brometo de Potássio
Chumbo
Cloreto de Sódio
Cloreto de Potássio
Fluoreto de Estrôncio
Dióxido de Telúrio
Sulfeto de Cádmio
Niobato de Lítio
Fosfato de Potássio
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
32
2.1
2.12.1
2.1 Processos e máquinas de
Processos e máquinas de Processos e máquinas de
Processos e máquinas de ultraprecisão
ultraprecisãoultraprecisão
ultraprecisão
A máquina-ferramenta para usinagem de ultraprecisão é um dos elementos-
chaves desta tecnologia, e atingiu um grau de desenvolvimento muito elevado através da
aplicação de grandes esforços científicos e tecnológicos. Enquanto que a precisão de
posicionamento das primeiras máquinas-ferramentas de ultraprecisão encontravam-se na
ordem de 0,5 µm, atualmente esta se encontra na ordem de 1 nm (STOETERAU, 1999;
SCHROETER, 1997).
Na usinagem de ultraprecisão, vários fatores podem ter um grande impacto sobre
a rugosidade e a qualidade de forma ou dimensional da peça produzida, como por
exemplo, as movimentações relativas entre a peça e a ferramenta, causadas por erros do
fuso ou das guias, pelas variações do avanço, comportamento térmico da máquina,
deformações da estrutura da máquina devido ao peso próprio ou das forças de
usinagem, comportamento dinâmico relacionado a vibrações, entre outros fatores.
Devido a estes fatores, nos requisitos de máquinas-ferramenta para a usinagem de
ultraprecisão são exigidas características extremas, como elevado isolamento de
vibrações, estabilidade térmica, rigidez, precisão de forma e de posicionamento, alta
linearidade das guias, baixo batimento do fuso, repetibilidade e resolução (SCHROETER,
1997).
Atualmente as tolerâncias atingíveis para os principais processos de fabricação de
precisão estão descritas na Tabela 3, sendo que esta tabela permite orientar o processo
de usinagem visando a fabricação de um determinado componente (GUIMARAES, 2004).
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
33
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 3
33
3
Relaç
Relaç Relaç
Relação entre tolerâncias e mecanismos de usinagem
ão entre tolerâncias e mecanismos de usinagem ão entre tolerâncias e mecanismos de usinagem
ão entre tolerâncias e mecanismos de usinagem (
((
(G
GG
GUIMARAES
UIMARAESUIMARAES
UIMARAES,
,,
, 2004)
2004) 2004)
2004)
FAIXAS DE
EXATIDÃO
MECANISMOS DE USINAGEM
EXEMPLOS DE APLICAÇAO
100 µm Usinagem por ultra-som
Execução de cavidades em materiais
cerâmicos
100 µm Usinagem química
Matrizes compostas por metais de
difícil usinabilidade
100 µm
Corte com fios abrasivos
Corte de wafer de SiO
2
(dióxido de
silício)
(100 a 1) µm Usinagem a LASER
Usinagem de pastilhas de diamante
(100 a 0,1) µm Eletroerosão por faísca
Matrizes para injeção de peças
plásticas
1 µm Polimento eletrolítico
Metalografia
1 µm
Fotolitografia (luz visível)
(0,1 a 10 µm) Lapidação
0,1 µm Fotolitografia (luz ultravioleta)
(0,001 a 0,02) µm
Retificação de superfícies
espelhadas
Matrizes para lentes de contato e
leitores de CD
(0,001 a 0,02) µm
Usinagem com ferramenta de
gume único
Discos rígidos para computadores
Até 0,001 µm
(1 nm)
Remoção de plasma reativo
Afiação de ferramentas de diamante
monocristalino
O processo de torneamento de ultraprecisão possui vantagens e desvantagens em
relação aos outros processos, além de características bem particulares. Para exemplificar,
pode-se utilizar a fabricação de elementos ópticos transmissivos (lentes), utilizando-se o
método convencional e por torneamento de ultraprecisão com ferramenta de diamante
monocristalino visto na tabela 4 (RABE 2001). Entre as vantagens que o torneamento de
ultraprecisão possui frente ao processo tradicional de fabricação de lentes e espelhos,
destacam-se:
Maior capacidade de geração de formas complexas.
Menor agressão ao meio ambiente, por utilizar pouco fluido de corte e
normalmente materiais menos poluentes que, por exemplo, as pastas
usadas para polimento.
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
34
Melhor processo produtivo, devido à redução do número de etapas,
flexibilidade de produção, etc., como mostrado qualitativamente na tabela
5.
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 4
44
4
Comparação da fabricação de lentes de contato pelo processo tradicional e
Comparação da fabricação de lentes de contato pelo processo tradicional e Comparação da fabricação de lentes de contato pelo processo tradicional e
Comparação da fabricação de lentes de contato pelo processo tradicional e
por torneamento de
por torneamento de por torneamento de
por torneamento de ultraprecisão
ultraprecisãoultraprecisão
ultraprecisão (R
(R (R
(RABE
ABEABE
ABE,
,,
, 2001)
2001) 2001)
2001)
Seq.
Seq.Seq.
Seq.
Tradicional
TradicionalTradicional
Tradicional
Máquina
MáquinaMáquina
Máquina
Torneamento
TorneamentoTorneamento
Torneamento
Máquina
MáquinaMáquina
Máquina
1 Corte Serra Corte Serra
2 Usinagem de pré-forma
3 Pré-lapidação
4 Lapidação grosseira
5 Pré-lapidação fina
Usinagem de pré-forma
6 Lapidação fina
7 Pré-polimento
Lapidadoras
8 Polimento
9 Polimento fino
Usinagem de correção
10 Polimento de contato
Polidoras
11 Polimento de correção Manual
Usinagem de ultraprecisão
Torno de
ultraprecisão
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
35
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 5
55
5
Comparação entre o processo tradicional e por usinagem de ultrapreci
Comparação entre o processo tradicional e por usinagem de ultrapreci Comparação entre o processo tradicional e por usinagem de ultrapreci
Comparação entre o processo tradicional e por usinagem de ultraprecisão de
são de são de
são de
lentes
lenteslentes
lentes
(
((
(
-
--
- lotes grandes,
lotes grandes, lotes grandes,
lotes grandes,
-
--
- lotes pequenos) (RABE
lotes pequenos) (RABE lotes pequenos) (RABE
lotes pequenos) (RABE,
,,
, 2001)
2001) 2001)
2001)
Tradicional
TradicionalTradicional
Tradicional
Usinagem de
Usinagem de Usinagem de
Usinagem de
ultraprecisão
ultraprecisãoultraprecisão
ultraprecisão
Características
CaracterísticasCaracterísticas
Características
Alta
AltaAlta
Alta
Média
MédiaMédia
Média
Baixa
BaixaBaixa
Baixa
Alta
AltaAlta
Alta
Médi
MédiMédi
Médi
a
aa
a
Baixa
BaixaBaixa
Baixa
Produtividade
Investimento em tecnologia
Custos dos equipamentos
Número de etapas (1 etapa – 1 máquina)
Tempo de set-up
Relação entre operador e máquina
Taxa de remoção de material
Tempo secundário de fabricação
(transporte/...)
Flexibilidade de fabricação
Custo/peças
Comparando os dois processos, a usinagem de ultraprecisão mantém suas
características independentemente do tamanho do lote. Na produção de grandes lotes, o
método tradicional é na maioria dos aspectos superior, pois é otimizado para operar em
condições bem específicas, como uma lente de diâmetro e raio de curvatura bem
definidos. Um exemplo é a taxa de remoção do material. Ao se analisar somente a
produção de uma lente, o torno remove maior quantidade de material. No entanto, ele
trabalha com uma lente de cada vez. No método tradicional, dezenas de lentes podem
ser manufaturadas ao mesmo tempo, assim a taxa de remoção de material daquele lote é
muito maior que a obtida em um torno. O preço desse alto volume de produção é a
baixa flexibilidade de produção e, em alguns casos, a impossibilidade de se fabricarem
lentes com determinadas características (no método tradicional apenas são produzidas
lentes esféricas), pois as máquinas trabalham pela superposição de movimentos rotativos,
cujos eixos se cruzam em um ponto, gerando apenas superfícies esféricas (RABE, 2001).
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
36
2.2
2.22.2
2.2 COMPONENTES PARA AUTOMAÇÃO DE MÁQUINAS DE ULTRAPRECISÃO
COMPONENTES PARA AUTOMAÇÃO DE MÁQUINAS DE ULTRAPRECISÃOCOMPONENTES PARA AUTOMAÇÃO DE MÁQUINAS DE ULTRAPRECISÃO
COMPONENTES PARA AUTOMAÇÃO DE MÁQUINAS DE ULTRAPRECISÃO
Entende-se por cadeia cinemática do sistema de avanço, a parte do posicionador
cuja grandeza de entrada é o torque (ou foa) gerado pelo sistema de conversão
eletromecânica de energia (acionamento elétrico) e que tem por objetivo atuar sobre a
ferramenta, de modo a permitir o seu movimento em relação à peça e para permitir a
realização de uma operação de usinagem.
No que diz respeito ao sistema de avanço este deve:
Ser suficientemente rígido, de modo a evitar problemas de vibrações
Apresentar baixo atrito, de modo a evitar instabilidade em baixa velocidade
de avanço (stick-slip)
Apresentar baixa inércia, de modo a se obter uma boa resposta dinâmica
do sistema de posicionamento
A cadeia cinemática é composta pelos elementos de transmissão mecânica, as
partes móveis das guias e os sistemas de acopladores.
2.2.1
2.2.12.2.1
2.2.1 Transmissão mecânica
Transmissão mecânicaTransmissão mecânica
Transmissão mecânica
Elementos de transmissão mecânicos podem ser classificados, segundo sua
função, em transmissões transformadoras e conversoras. Transmissões transformadoras
(ou reduções) são aquelas que, tendo como entrada a rotação de um eixo, geram uma
saída de menor rotação e maior torque (ou vice-versa), sendo que, desprezando as
perdas, a potência é mantida constante. Exemplos o as reduções de engrenagens e os
sistemas de polias com correia sincronizadora. Transmissões conversoras são aquelas
utilizadas para a conversão do movimento de rotação, em movimento de translação.
Exemplos são os fusos de esferas recirculantes, pinhões e cremalheiras e roda de atrito.
Tipicamente o movimento rotativo provém diretamente do eixo de um servo-motor ou da
saída de uma transmissão transformadora.
Em máquinas-ferramentas de ultraprecisão, transmissões transformadoras devem
ser utilizadas somente na falta de soluções melhores devido aos efeitos negativos que
podem introduzir. Problemas tais como as folgas, próprias das reduções com
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
37
engrenagens e elasticidades não o tolerados. Contudo têm-se exemplos de
microposicionadores que empregam reduções de engrenagens. Tipos especiais de
reduções de engrenagens tais como planetárias, cicloidais e do tipo Harmonic Drive
eliminam folgas, permitindo ainda elevadíssimas relações de transformação (redução).
As transmissões conversoras são necessárias quando da utilização de
acionamentos (elétricos) rotativos. Transmissões por coroa e parafuso sem fim são
utilizadas em máquinas-ferramentas convencionais, apresentam problemas de folgas que
são difíceis de eliminar, praticamente não permitindo sua utilização em máquinas-
ferramentas de ultraprecisão. Uma exceção é o Capstan Drive roda de atrito (módulo
infinitamente pequeno).
Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive
Os redutores do tipo Harmonic Drive cada vez mais estão sendo usados, para
substituir reduções do tipo coroa/parafuso sem-fim ou engrenagens planetárias, nos
acionamentos dos fusos de avanço de máquinas-ferramentas de precisão, devido às suas
excelentes características tais como: alta relação de redução de velocidade, livre de folga
(histerese), alta precisão, pequeno porte, pouco peso, alta capacidade de torque, alta
eficiência, operação silenciosa, sem vibração e reversível.
O Harmonic Drive foi desenvolvido para obter vantagem da dinâmica elástica do
metal e é geralmente composto de apenas três componentes (Figura 2.2):
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.2
22
2
– Componentes principais do
Componentes principais do Componentes principais do
Componentes principais do Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive (HARMONIC DRIVE)
(HARMONIC DRIVE) (HARMONIC DRIVE)
(HARMONIC DRIVE).
..
.
Gerador de Ondas:
Gerador de Ondas:Gerador de Ondas:
Gerador de Ondas:
O gerador de onda excêntrica é constituído de forma similar a um rolamento de
esferas. A diferença se constitui na pista interna que é configurada na forma de um came
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
38
elíptico. A pista de rolamento externa é circular e deformada elasticamente ao girar em
torno da pista interna. O gerador de onda é geralmente preso ao eixo de entrada.
Flexspline
FlexsplineFlexspline
Flexspline:
::
:
A flexspline é um componente de metal em forma de copo fino com dentes
externos. O fundo da flexspline (fundo do copo) é chamado o diafragma. O diafragma
é unido geralmente ao eixo de saída. O flexspline é montado sobre o gerador de ondas.
Circular Spline:
Circular Spline:Circular Spline:
Circular Spline:
A circular spline é um anel de aço rígido com dentes internos. A circular spline
tem dois dentes a mais do que o flexspline e é geralmente fixa a uma carcaça (caixa).
Princípios do movimento
Princípios do movimento Princípios do movimento
Princípios do movimento
A flexspline é deformada pelo gerador de ondas em uma forma elíptica que faz
com que os dentes do diâmetro maior da elipse da flexspline se acoplem (engrenem) com
aqueles da circular spline na direção do semi-eixo maior (principal) da elipse do gerador
da onda, e os dentes completamente desacoplados sobre o eixo menor da elipse.
Quando o gerador da onda é girado no sentido horário com o circular spline fixo (preso),
o flexspline é submetido à deformação elástica e sua posição de acoplamento dos dentes
move-se relativamente em torno ao circular spline. Quando o gerador de ondas gira 180
graus no sentido horário, a flexspline move-se, no sentido anti-horário, um dente em
relação ao circular spline. Quando o gerador da onda gira uma volta no sentido horário
(360 graus), o flexspline move-se, no sentido anti-horário, dois dentes em relação ao
circular spline porque a flexspline tem dois dentes a menos do que a circular spline
(Figura 2.3).
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.3
33
3
Representação esquemádica do f
Representação esquemádica do fRepresentação esquemádica do f
Representação esquemádica do fun
unun
uncionamento do
cionamento do cionamento do
cionamento do acionamento
acionamento acionamento
acionamento Harmonic
Harmonic Harmonic
Harmonic
Drive
DriveDrive
Drive (HARMONIC DRIVE)
(HARMONIC DRIVE) (HARMONIC DRIVE)
(HARMONIC DRIVE).
..
.
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
39
2.2.2
2.2.22.2.2
2.2.2 Guias
GuiasGuias
Guias
Guias são componentes estruturais que permitem o movimento de um elemento
em relação a outro, sendo que em geral o movimento é restrito a um grau de liberdade
(Slocum, 1989; Stoeterau, 1992). As guias são componentes essenciais em qualquer
sistema de posicionamento. Em sistemas de ultraprecisão, o projeto das guias é
extremamente crítico. Elas devem permitir deslocamentos muito pequenos para atingir a
alta resolução exigida em usinagem de ultraprecisão. Por esta razão, nenhum tipo de
stick-slip é desejado e em decorrência disto as concepções de guias utilizáveis tornam-se
reduzidas. Guias podem ser classificadas, basicamente, em quatro tipos: guias de
deslizamento, guias com elementos rolantes, guias magnéticas e guias com filme de
fluido.
Guias de Escorregamento
Guias de EscorregamentoGuias de Escorregamento
Guias de Escorregamento (Deslizamento)
(Deslizamento) (Deslizamento)
(Deslizamento)
Guias de deslizamento são normalmente aquelas onde nenhum lubrificante é
injetado entre o par móvel. A lubrificação é precária e, mesmo havendo bolsas de
lubrificantes previstas nas superfícies das guias, é necessário que se forme um filme
lubrificante para atingir condições de trabalho otimizadas. Em condições estáticas a carga
e ao peso próprio do par móvel são suficientes para extrudar o lubrificante para fora
da fenda, prevalecendo o atrito estático. Ao entrar em movimento, passa a prevalecer o
atrito dinâmico (menor que o estático), de forma que em velocidades de avanço muito
baixas ocorre um fenômeno não linear de instabilidade, denominado de stick-slip.
Na base Moore Tools guias de escorregamento de duplo prisma são empregadas
para a movimentação no eixo X. Projetistas da Moore Tools solucionaram parcialmente o
problema de instabilidade em baixa velocidade de avanço, prevendo uma lubrificação
forçada de óleo entre as guias, de forma que as bolsas rasqueteadas na superfície móvel
das guias prismáticas estão sempre repletas de óleo. No entanto, com isto não se
eliminou completamente o problema de instabilidade, porém permite trabalhar com
velocidades bastante baixas. Dificuldades maiores ocorrem apenas quando o movimento
de avanço cessa, ou ao reiniciá-lo no mesmo sentido, ou em sentido contrário.
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
40
2.2.3
2.2.32.2.3
2.2.3 Flanges e acoplamentos
Flanges e acoplamentos Flanges e acoplamentos
Flanges e acoplamentos
A função dos acoplamentos é a de acoplar pontas de eixos, possibilitando o fluxo
de energia e de informações entre os eixos acoplados (transmitir movimento) e compensar
o desalinhamento sempre existente entre os referidos eixos.
Os requisitos dinâmicos que devem ser levados em consideração na seleção ou
no projeto de acoplamentos são:
Compensação para o grande desalinhamento previsto
Rigidez à torção tão elevada quanto possível
Inércia tão reduzida quanto possível
Ausência de folgas
A função básica das flanges, que não tem caráter dinâmico e sim estático
estrutural, é a de fixar elementos entre si e à estrutura. É necessário que a sua concepção
seja bem planejada para minimizar o desalinhamento entre os eixos a serem unidos. A
fixação das flanges deve ser rígida para não causar problemas de histerese numa
reversão dos movimentos.
2.2.4
2.2.42.2.4
2.2.4 A
AA
Acionamento de a
cionamento de acionamento de a
cionamento de avanço
vançovanço
vanço
A função básica a ser executada no acionamento de avanço da máquina-
ferramenta é a de movimentar uma peça em relação a uma ferramenta usando energia
mecânica obtido por um conversor eletromecânico de energia.
O subsistema denominado acionamento compreende as seguintes partes:
Sistema de medição
Sistema de comando e controle
Etapa de potência elétrica “Driver
Motor (conversor eletromecânico de energia)
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
41
Motor
MotorMotor
Motor
O motor CC com comutação mecânica foi historicamente o primeiro acionamento
eletromecânico utilizado na automação de posicionadores, e é ainda hoje o mais
utilizado. Seu projeto evoluiu com o passar dos anos, apresentando performance
dinâmica cada vez melhor.
Os servomotores CC que correspondem ao estado da arte são excitados por imãs
permanentes que, além de apresentar a vantagem de ter eliminada uma fonte de calor
interna (as bobinas de excitação, ou de campo, no caso do motor ser excitado
eletricamente), apresentam menor relação peso/potência (que têm diminuído ainda mais
a cada vez que surge novos materiais magnéticos, com maior densidade de energia)
Construtivamente o rotor dos servomotores CC apresenta alguns detalhes que o
diferenciam dos motores CC convencionais quais sejam: ranhuras ligeiramente inclinadas
em relação ao eixo do motor, propiciando um movimento mais suave principalmente em
baixas velocidades; coletor com grande número de lamelas para reduzir os efeitos de
descontinuidades magnéticas.
O estator compõe-se dos imãs permanentes, agrupados formando pólos que
produzem o fluxo magnético de excitação, transversal ao rotor, bem como da carcaça,
que além da função de proteção também tem a função de completar o circuito
magnético do estator.
O comutador é constituído das escovas e do coletor de lamelas, e suas funções
básicas são: realizar a comutação da corrente nas bobinas da armadura, possibilitando a
continuidade do movimento; conduzir a corrente da caixa de ligações para o rotor, que é
móvel.
O servo motor CC apresenta velocidade proporcional à tensão aplicada à
armadura e torque proporcional à corrente que circula na circuito de armadura.
Lembrando sempre que motor (CC, CA) analógico é uma fonte de Torque. A velocidade
varia com a carga.
Como na maior parte das aplicações a carga imposta ao servomotor não é
constante torna-se necessário utilizar um sistema de controle de velocidade do motor
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
42
para manter a velocidade constante independentemente da carga. Da mesma forma,
para que em casos de sobrecargas mecânicas e também nos períodos de
aceleração/desaceleração não hajam riscos de danos às bobinas do servomotor por
sobrecorrente, torna-se necessário utilizar um sistema de controle ou limitação de
corrente de armadura.
Para aplicação em máquinas-ferramentas de ultraprecisão, é imprescindível que o
motor apresente uma boa uniformidade de movimento no torque desenvolvido, para
evitar a introdução de vibrações prejudiciais ao processo de usinagem (Guimarães,
2004).
Uma desvantagem de emprego de um motor CC com escova pode-se citar o fato
de que os enrolamentos de armadura, que dissipam energia em forma de calor pelo
efeito Joule, estão no rotor. É difícil transferir este calor para fora do motor devido à
resistência térmica de convecção no entreferro (camada de ar entre o rotor e o estator).
Boa parte do calor gerado é transmitido por condução através do eixo do motor para os
demais componentes do posicionador, provocando uma seqüência de efeitos
indesejáveis, quais sejam: dilatação térmica, tensões/deformações e erros geométricos e
de forma na trajetória real descrita pelo posicionador.
Outra desvantagem do motor CC com comutação mecânica são justamente os
efeitos negativos da comutação, que são: limitação do torque e da velocidade máxima
do motor por problemas de comutação; uma manutenção periódica do coletor de
lamelas e das escovas devido ao desgaste se for necessário e o risco de explosão em
ambientes inflamáveis devido ao faiscamento no comutador.
Sistema de Medição de Deslocamento
Sistema de Medição de DeslocamentoSistema de Medição de Deslocamento
Sistema de Medição de Deslocamento
O objetivo do sistema de medição é obter informações sobre determinadas
variáveis do próprio processo (geralmente mecânico), a fim de poder verificar se seus
valores atendem aos valores impostos à entrada (referência). Os valores de referencia e
os medidos podem ser eletronicamente comparados e o resultado da comparação, o
erro, é utilizado para corrigir o valor medido da saída. O princípio fundamental da
compensação baseia-se no método de controle (processo de sinais mensuráveis).
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
43
Portanto, é de fundamental importância a utilização de sensores que possibilitem a
medição das variáveis de interesse.
Em malha fechada empregam-se várias formas de determinação dos
deslocamentos relativos entre peça e ferramenta. Em quinas-ferramentas
convencionais o passo do fuso era quase sempre empregado como referência para os
deslocamentos. Máquinas precisas empregavam réguas ópticas onde a leitura de posição
era efetuada por um microscópio com um disco espiralar (passo de uma divisão da
régua) com até 1000 divisões acrescido de um nônio.
A tabela 6 descreve alguns tipos e modelos de sensores de posição mais
utilizados:
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
44
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 6
66
6
Diferentes tipos e modelos de sensores de posição (MARTIN
Diferentes tipos e modelos de sensores de posição (MARTIN Diferentes tipos e modelos de sensores de posição (MARTIN
Diferentes tipos e modelos de sensores de posição (MARTIN,
,,
, 1996)
1996) 1996)
1996)
Tipos
TiposTipos
Tipos
Sistemas de Medição
Sistemas de MediçãoSistemas de Medição
Sistemas de Medição
Sinal Fornecido
Sinal FornecidoSinal Fornecido
Sinal Fornecido
Potenciométricos Absoluto Analógico
Transf. Dif. (LVDT) Absoluto Analógico
Resolvers Incremental Analógico / Digital
Interruptor Óptico Absoluto Digital
Codificador Óptico Absoluto / Incremental Digital
LASER Interferométrico Absoluto / Incremental Digital
Codificadores Ópticos
Codificadores Ópticos Codificadores Ópticos
Codificadores Ópticos Translativos Incrementais
Translativos IncrementaisTranslativos Incrementais
Translativos Incrementais
Os codificadores ópticos incrementais utilizam o princípio de funcionamento do
interruptor óptico. O interruptor óptico fornece informação de tipo digital. É formado por
um emissor óptico e um receptor que detecta a radiação do emissor. A figura 2.4 mostra
o princípio de funcionamento de um codificador óptico (escala opto-eletrônica).
Os codificadores ópticos são freqüentemente encontrados em sistemas de
controle, convertendo deslocamentos translativos em sinais incrementais codificados
digitalmente. A medição de deslocamento do codificador incremental produz um sinal
(pulso) para cada deslocamento igual ao menor incremento (resolução), e em
conseqüência não existe diferença entre os sinais de saída. Dessa forma uma seqüência
de pulsos pode ser gerada. São usados dois conjuntos de fotosensores para gerar sinais
defasados entre si de 90°, que permitam discriminar o sentido do movimento.
também o sinal de referência ou zero que é ativo quando o sensor passa pela marca de
referência da régua ótica.
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
45
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.4
44
4
Princípio de
Princípio de Princípio de
Princípio de funcionamento do
funcionamento do funcionamento do
funcionamento do encoder
encoderencoder
encoder linear .
linear . linear .
linear .
Régua Óptica
Régua ÓpticaRégua Óptica
Régua Óptica
A régua óptica segue o princípio de funcionamento do encoder incremental
rotativo, que ela traduz movimentos translativos ao invés de movimentos angulares. A
régua óptica é uma placa com divisões que faz a função do disco no encoder. Havendo
um movimento relativo entre os padrões, poderão ser observadas flutuações periódicas
no brilho. A gua óptica em questão é do tipo transparente, formada basicamente por
uma grade de setores (linhas) alternadamente transparentes e opacas, e de igual largura.
O encoder linear possui um emissor óptico (fonte de luz) e dois fotosensores e a
defasagem entre os dois sensores opto-eletrônicos é de meia linha. Quando se deslocam
os setores interrompem de modo alternativo o feixe luminoso entre fonte e fotodetector.
Digitalizador (Unidade de Tratamento de S
Digitalizador (Unidade de Tratamento de SDigitalizador (Unidade de Tratamento de S
Digitalizador (Unidade de Tratamento de Sinais)
inais)inais)
inais)
O sinal de deslocamento gerado pelo leitor óptico é um sinal de corrente
senoidal. Por meios eletrônicos na unidade de tratamento de sinal (UTS) o sinal é
digitalizado, ou seja, transformado de um sinal de corrente aproximadamente senoidal
(no caso ideal, triangular) para um sinal de tensão de onda quadrada, como mostra a
figura 2.5.
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
46
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.5
55
5
-
--
- Digitalização do sina
Digitalização do sina Digitalização do sina
Digitalização do sinal
ll
l
2.2.5
2.2.52.2.5
2.2.5 Controle
ControleControle
Controle / Comando
/ Comando / Comando
/ Comando: Automatização
: Automatização: Automatização
: Automatização
O sistema de controle/comando é responsável por controlar as ações dos
movimentos (direção, velocidade de avanço, deslocamento), servir de interface entre o
usuário e a máquina (IHM) e aquisição de dados.
Controlador
ControladorControlador
Controlador
PIC
PICPIC
PIC (
( (
(Peripheral Interface Controller
Peripheral Interface ControllerPeripheral Interface Controller
Peripheral Interface Controller)
))
)
O microcontrolador é um componente que possui certos periféricos dos
microprocessadores comuns integrados em um componente, facilitando assim o
desenvolvimento de sistemas pequenos, baratos, embora complexos e sofisticados.
Costumam apresentar em um único chip memórias de dados (volátil) RAM e de
programas (não volátil) EPROM/EEPROM, porta serial, temporizadores, interfaces para
displays (LCD), memória EEPROM, módulo CCP (Capture, Compare e PWM) e muito
mais, dependendo do modelo.
O diagrama de blocos simplificado do PIC básico pode ser visto na Figura 2.6.
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
47
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.6
66
6
-
--
- Diagrama de blocos de um microcontrolador.
Diagrama de blocos de um microcontrolador. Diagrama de blocos de um microcontrolador.
Diagrama de blocos de um microcontrolador.
Existem no mercado vários tipos de microcontroladores PIC. O mais utilizado
atualmente é o PIC16F877A por suas características e recursos. Através dele é
desenvolvido toda a lógica de aquisição de dados e controle.
Esse microcontrolador em particular possui 40 pinos, sendo 33 pinos utilizados
como entrada/saída. Possui 35 palavras de instrução, clock de até 20MHz, 368 bytes de
memória de dados, 256 bytes de memória programa e memória Flash. Os pinos de
saída são compatíveis com microcontroladores de 28 pinos e 40/44 pinos dos modelos
16CXXX e 16FXXX. Na Tabela 7 são mostradas as características do microcontrolador
16F877A.
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
48
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 7
77
7
-
--
- Tabela com as características do microcontrolador 16F877A.
Tabela com as características do microcontrolador 16F877A. Tabela com as características do microcontrolador 16F877A.
Tabela com as características do microcontrolador 16F877A.
Características
PIC16F877A
Freqüência de operação
DC
-
20MHz
Resets (e atraso)
POR, BOR (PWRT, OS
T)
Memória de programa Flash (14 bits de palavras)
8k
Memória de dados (bytes)
368
Memória de dados EEPROM (bytes)
256
Interrupções
15
Portas de entrada/saída
Portas A, B, C, D, E
Temporizadores
3
Módulo Capture/Compare/PWM
2
Comunicação serial
MSS
P, USART
Comunicação paralela
PSP
Módulo 10 bits analógico/digital
8 canais de entrada
Comparador analógico
2
Conjunto de instruções
35 instruções
Tipo de pinagem
40 pinos tipo PDIP
Amplificador de potência (
Amplificador de potência (Amplificador de potência (
Amplificador de potência (Driver
DriverDriver
Driver)
))
)
O amplificador de potência (Driver) converte os sinais de referência de velocidade
enviados pelo sistema de comando controle em potência necessária para energizar os
enrolamentos do motor. Existem vários tipos de amplificadores de potência, com
diferentes especificações de tensões e correntes e diferentes estruturas de circuitos. Ao
projetar um sistema de controle de movimento, o processo de seleção do amplificador de
potência é crítico. O driver deve estar casado (tipo e parâmetros) ao motor que deverá
energizar.
O driver dosa a corrente aplicada a um motor CC. No driver também se encontra
tradicionalmente o controle de velocidade e o sentido de rotação do motor. O torque do
motor é controlada pelo sinal PWM e a direção pela ponte H, como será visto no capítulo
3.
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
49
2.2.6
2.2.62.2.6
2.2.6 SISTEMA DE
SISTEMA DE SISTEMA DE
SISTEMA DE ATOMIZAÇÃO
ATOMIZAÇÃOATOMIZAÇÃO
ATOMIZAÇÃO D
D D
DE FLUIDO DE CORTE
E FLUIDO DE CORTEE FLUIDO DE CORTE
E FLUIDO DE CORTE
Segundo Weingaertner e Schroeter (1990), na usinagem de ultraprecisão com
acabamento reflexivo das peças, utiliza-se como fluido de corte líquidos voláteis,
normalmente álcool etílico. Conforme Schroeter (1997), o fluido de corte deve cumprir as
seguintes funções:
Reduzir o desgaste da ferramenta, através da redução de atrito na
superfície de incidência;
Evitar o surgimento de gume postiço;
Retirar o calor gerado na região de corte;
Facilitar a retirada de cavacos da zona de corte.
A forma mais comum de aplicação do fluido de corte na usinagem de
ultraprecisão é a atomização de mínimas quantidades de fluido lubri-refrigerante,
empregando um sistema pneumático de atomização. A desvantagem deste sistema é que
devido às turbulências provocado pela saída de ar do atomizador são excitadas vibrações
na ferramenta de corte, principalmente se esta for esbelta.
2.3
2.32.3
2.3 Máquinas de ultraprecisão
Máquinas de ultraprecisãoMáquinas de ultraprecisão
Máquinas de ultraprecisão
A seguir, são citadas algumas máquinas-ferramentas fabricadas atualmente e
outros que não estão no mercado, mas que se destacam e são as principais expoentes
das máquinas-ferramentas para usinagem de ultraprecisão (GUIMARÃES 2004):
A Figura 2.7 mostra o Large Optics Diamond Turning Machine (LODTM),
que foi desenvolvido no Lawrence Livermore National Laboratory, Estados
Unidos. É capaz de usinar peças com diâmetro de até 1645 mm com raios
de curvatura de 10.000 km. O LODTM pode produzir peças com
tolerâncias de 28 nanometros, exatidão 1.000 vezes maior do que a de
uma ferramenta de máquina convencional. Teve custo de desenvolvimento
de aproximadamente 400 milhões de dólares, sendo que a mesma quantia
foi gasta no prédio para abrigá-la.
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
50
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.7
77
7
LODTM (
LODTM (LODTM (
LODTM (Large Optics Diamond Turning Machine
Large Optics Diamond Turning MachineLarge Optics Diamond Turning Machine
Large Optics Diamond Turning Machine, 2006
, 2006, 2006
, 2006)
) )
)
O Tetraform foi desenvolvido pela Divisão de Mecânica e Metrologia
Óptica do National Physical Laboratory (NPL), na Inglaterra. A Figura 2.8
ilustra a máquina. O arranjo de sua estrutura tetraédrica proporciona
rigidez estrutural que minimiza as conseqüências de forças unitensionais e
vibrações. A rigidez da estrutura é obtida pela eliminação de cantos e por
sua forma fechada (looping). Desta forma, a rigidez é muito melhorada
pela união de todas as peças e a integração de todas as outras, de forma
totalmente simétrica.
Figu
FiguFigu
Figura
ra ra
ra 2
22
2.
..
.8
88
8
Tetraform
Tetraform Tetraform
Tetraform (SCHOOL OF INDUSTRIAL & MANUFATURING SCIENCE
(SCHOOL OF INDUSTRIAL & MANUFATURING SCIENCE (SCHOOL OF INDUSTRIAL & MANUFATURING SCIENCE
(SCHOOL OF INDUSTRIAL & MANUFATURING SCIENCE, 2005
, 2005, 2005
, 2005)
))
)
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
51
O ROBOnano Ui foi desenvolvido pela empresa japonesa Fanuc no final
da cada de 90, e é uma das boas máquinas para usinagem de
ultraprecisão. É equipada com uma turbina a ar para acionamento do
mancal e suas guias e mancais são aerostáticos, garantindo um sistema
livre de atrito. A Figura 2.9 mostra a máquina japonesa.
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.9
99
9
-
--
- ROBOnan
ROBOnan ROBOnan
ROBOnano Ui (FANUC, 2002)
o Ui (FANUC, 2002)o Ui (FANUC, 2002)
o Ui (FANUC, 2002)
A Figura 2.10 ilustra uma peça fresada com ferramenta de diamante nesta
máquina. O cilindro onde a máscara foi usinada tem 1 mm de diâmetro.
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.10
1010
10
-
--
- Peça usinada no ROBOnano Ui (F
Peça usinada no ROBOnano Ui (F Peça usinada no ROBOnano Ui (F
Peça usinada no ROBOnano Ui (FANUC, 2002)
ANUC, 2002)ANUC, 2002)
ANUC, 2002)
1mm
1mm
1mm
1mm
Estado da Arte
Estado da Arte Estado da Arte
Estado da Arte
Capítulo 2
Capítulo 2Capítulo 2
Capítulo 2
52
A Moore Tools Co., fabricante da base da máquina-ferramenta objeto
deste estudo, o torno do LMP, atualmente produz máquinas de
ultraprecisão com diferentes capacidades de produção de peças. A menor
e mais simples delas, que poderia ser comparada ao objeto deste estudo, é
a Nanotech 220UPL. A Figura 2.11 ilustra a máquina citada (têm
capacidade para gerar superfícies planas, cônicas, esféricas, anesféricas e
difratoras). O custo dela é da ordem de 300 mil dólares americanos (valor
de maio de 2004) nos Estados Unidos.
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.11
1111
11
-
--
- Nanotech 220UPL
Nanotech 220UPL Nanotech 220UPL
Nanotech 220UPL (MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS
(MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS (MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS
(MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS, 2005
, 2005, 2005
, 2005)
))
)
A Figura 2.12 mostra a máquina mais moderna deste fabricante
atualmente. Ela é capaz de gerar superfícies de geometrias complexas
(freeform generator).
Figura
Figura Figura
Figura 2
22
2.
..
.12
1212
12
Nanotech 500FG
Nanotech 500FG Nanotech 500FG
Nanotech 500FG (MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS
(MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS (MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS
(MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS, 2005
, 2005, 2005
, 2005)
))
)
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
53
3
33
3 FUNDAMENTOS TEÓRICOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOSFUNDAMENTOS TEÓRICOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
3.1
3.13.1
3.1 Atrito
AtritoAtrito
Atrito
O atrito pode ser definido como a força que se opõe ao movimento relativo entre
duas superfícies. Genericamente, a magnitude da força de atrito é descrita em termos de
um coeficiente de atrito, que é a razão entre a força de atrito e a força normal que
pressiona os corpos entre si. O coeficiente de atrito com essa descrição foi proposto
originalmente por Leonardo da Vinci, por volta de 1500. Apesar de outras formulações
existentes, o coeficiente de atrito descrito pela relação entre as forças de atrito e normal é
vastamente utilizado como caracterizador do atrito do sistema. Hoje, o coeficiente de
atrito é considerado como sendo variável e dependente de parâmetros operacionais (por
exemplo, umidade, temperatura, velocidade e pressão de contato), de lubrificantes, de
propriedades do substrato e dos filmes superficiais e variável ao longo da vida útil
(desgaste / contaminação) .
Em termos de considerações históricas do estudo do atrito, Ludema (1996)
descreve as teorias envolvidas, desde Leonardo da Vinci, por volta de 1500, passando a
Guillaume Amontons, que cerca de dois séculos depois (por volta de 1700), confirmou as
observações de da Vinci através de experimentos com vários pares de materiais (cobre,
ferro, chumbo e madeira). Amontons considerou, como da Vinci, que o atrito era
causado pela colisão entre as irregularidades das superfícies. Tais irregularidades
deveriam ser de escala macroscópica, pois naquela época pouco se sabia das
irregularidades microscópicas. Posteriormente, Charles A. Coulomb (1736-1806)
descreveu o atrito novamente como sendo devido ao intertravamento de asperezas,
similar a Amontons. A teoria do intertravamento de asperezas é limitada, por não
explicar, entre outros fenômenos, o efeito da rugosidade no atrito e da inserção de filmes
fluidos na interface. Hardy, na década de 1920, com seus experimentos de deposição de
lubrificante em camadas moleculares em superfícies, concluiu que o atrito é devido à
atuação de forças moleculares na interface. Em meados de 1930, a hipótese do atrito
devido a um processo de adesão na interface é a melhor aceita, cuja autoria da teoria
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
54
tem sido atribuída a Bowden e Tabor, e foi formulada para evidenciar a inadequabilidade
da teoria do intertravamento. Conforme Ludema (1996), os modelos de atrito devido à
adesão consideravam que a deformação plástica das asperezas produz um aumento da
área real de contato que é limitado pela resistência ao cisalhamento dos filmes
superficiais.
O atrito é visto, hoje, como sendo devido à adesão limitada por efeitos de
adsorção e, em alguns casos, com determinadas superfícies rugosas, uma segunda
componente de atrito poderia aparecer devido à colisão de asperezas (Rubinovisk, 1950).
No caso de superfícies lubrificadas, a adesão não é comumente discutida como uma
causa do atrito, entretanto, a molhabilidade, tensão de superfície e até mesmo a
viscosidade são manifestações de forças de ligação, que são em parte relacionadas ao
fenômeno da adesão (Ludema, 1996).
3.1.1
3.1.13.1.1
3.1.1 Ação do lubrificante
Ação do lubrificanteAção do lubrificante
Ação do lubrificante
Em sistemas metálicos deslizantes, quando um lubrificante está presente na
interface, tanto o desgaste como o atrito tendem a diminuir. Segundo Bayer (1994), em
sistemas metálicos deslizantes típicos, o coeficiente de atrito seco pode variar em uma
faixa de 0,5 a 1,0 e essa faixa pode ser reduzida por um fator de 0,5 ou 0,25 com o uso
de lubrificantes. Esta faixa depende do material do lubrificante e das condições de
carregamento, entre outros.
Em teoria, a existência de um fluido lubrificante na interface resultaria em
isolamento de ambas as superfícies metálicas e, conseqüentemente, o sistema não
deveria apresentar desgaste e o atrito deveria ser baixo. Entretanto, para existir um fluido
na interface, a dependência de características, como a geometria de contato e a
viscosidade do lubrificante, que exercem efeito na capacidade de sustentação
hidrodinâmica do filme lubrificante. Nesse caso, a capacidade de sustentação
hidrodinâmica e a ação de forças viscosas do fluido determinam a separação das
superfícies e o atrito.
De maneira resumida, podem-se considerar três mecanismos típicos para a
atuação do lubrificante na interface do contato e que influenciam o atrito e o desgaste:
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
55
adsorção nas superfícies, modificação química das superfícies e separação física das
superfícies. As duas primeiras tendem a reduzir a resistência das ligações nas junções
adesivas e a última tende a reduzir o número de junções. Entre os efeitos secundários da
lubrificação, citam-se o resfriamento da interface, a modificação das tensões associadas
com o contato e a eliminação do resíduo de desgaste do contato.
A separação física resulta da resposta mecânica do lubrificante confinado entre
duas superfícies sob movimento relativo. Durante o movimento de deslizamento, o fluido
pode suportar a carga externa aplicada e promover a separação das superfícies,
formando uma cunha.
A espessura mínima do filme de lubrificante resultante é dependente da carga
normal aplicada, da velocidade de deslizamento, da geometria do contato e de
propriedades reológicas do fluido. No caso de uma situação em que há separação física,
a propriedade principal do fluido é a sua viscosidade.
..
.
3.1.2
3.1.23.1.2
3.1.2 Viscosidade do lubrificante
Viscosidade do lubrificanteViscosidade do lubrificante
Viscosidade do lubrificante
O parâmetro viscosidade é um dos mais importantes na caracterização física dos
fluidos que atuam como lubrificante. Este parâmetro fornece uma medida da resistência
do fluido ao cisalhamento e pode ser definido como a tensão de cisalhamento em um
plano no fluido por unidade de gradiente de velocidade normal ao plano.
Normalmente, a viscosidade dos fluidos diminui com a temperatura. O termo
índice de viscosidade (IV) é um meio de expressar essa variação: quanto maior o IV
menor a variação da viscosidade com a temperatura. Esse índice é quantificado pela
comparação do comportamento do óleo em relação a dois óleos de referência de IV's
conhecidos.
Os fluidos lubrificantes também têm uma característica de comportamento em que
a viscosidade aumenta em função da pressão de trabalho.
Em termos do que ocorreria numa situação prática, Hutchings (1992) cita um
exemplo do aumento da viscosidade com óleos minerais sob pressão de contato de 500
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
56
MPa. Nesse caso, a viscosidade pode chegar a ser 20.000 vezes maior do que à pressão
atmosférica, o que faz o óleo se comportar como um sólido na zona de contato.
Alguns fluidos podem apresentar viscosidade com um comportamento dependente
da taxa de cisalhamento; tais fluidos são ditos não-newtonianos. Em situações com altas
taxas de deformação por cisalhamento (" high shear strain rates"), os fluidos newtonianos
podem apresentar um efeito não-newtoniano aliado a um efeito térmico, onde a
viscosidade atinge um limite, o que caracteriza uma tensão cisalhante limite transmitida
pelo fluido, ou até mesmo diminui, o que caracteriza um "afinamento" causado por
cisalhamento do lubrificante, conhecido por "shear thinning" (Dowson, 1997).
3.1.3
3.1.33.1.3
3.1.3 Formação de filme lubrificante
Formação de filme lubrificanteFormação de filme lubrificante
Formação de filme lubrificante
Em um sistema deslizante lubrificado onde as superfícies são conformes, como por
exemplo nos mancais de deslizamento, ocorre o mecanismo de formação de uma cunha
de óleo lubrificante na interface de contato pela ação hidrodinâmica do fluido. Quando
ocorre esse mecanismo, a determinação da separação das superfícies, ou seja, da
espessura do filme, parte da teoria da lubrificação hidrodinâmica com as equações
formuladas por Reynolds. Segundo descreve Bayer (1994), a espessura mínima do filme h
para o mecanismo de cunha de um fluido newtoniano depende da carga, velocidade e
viscosidade onde a espessura é diretamente proporcional à viscosidade e à velocidade, e
inversamente proporcional à carga normal. Para fluidos mais complexos como os não-
newtonianos, outros fatores devem ser considerados no mecanismo de formação do
filme, como por exemplo gradientes de temperatura dentro do fluido no contato e a
dependência da viscosidade com a pressão aplicada.
Sob certas condições, uma pressão suficiente pode ser produzida no fluido, de tal
maneira que a superfície sólida possa vir a ser deformada, resultando em mudanças
locais na geometria. Esse mecanismo tende a melhorar a formação do filme e a
capacidade do fluido em suportar a carga externa aplicada. Em termos de nomenclatura,
tem-se a chamada lubrificação hidrodinâmica (HD) para o caso em que os corpos
deslizam em um filme sem sofrerem deformação, e a lubrificação elastohidrodinâmica
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
57
(EHL ou EHD) quando, ao ser formado o filme na interface, os corpos em contato sofrem
deformação elástica.
Tanto a lubrificação HD como EHL o conhecidas como lubrificação fluida.
Nesses casos, a separação entre as superfícies é a principal maneira para evitar a
adesão, e o grau de separação está diretamente relacionado com a velocidade relativa
entre as duas superfícies e a sua geometria. Uma vez ocorrido o efeito cunha, quanto
maior a velocidade e mais planas as superfícies, mais espesso será o filme formado.
A figura 3.1 mostra a relação coeficiente de atrito X espessura média do filme.
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.1
11
1 Relação de Thruston
Relação de Thruston Relação de Thruston
Relação de Thruston (Hutchings, 1992)
(Hutchings, 1992) (Hutchings, 1992)
(Hutchings, 1992)
3.1.4
3.1.43.1.4
3.1.4 Atrito no sistema lubrificado
Atrito no sistema lubrificadoAtrito no sistema lubrificado
Atrito no sistema lubrificado
Nos sistemas com lubrificação em regime HD, o atrito depende da carga, da
velocidade e da viscosidade do lubrificante. Pela literatura, a dependência do atrito com
esses parâmetros ocorre de maneira similar à dependência que a espessura do filme de
lubrificante apresenta com tais parâmetros, diretamente proporcional à viscosidade e à
velocidade e inversamente proporcional à carga normal.
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
58
Bayer (1994) menciona que, embora o entendimento do atrito pareça ser simples,
a situação real é complexa, como quando ocorre, por exemplo, a formação de uma
camada mista na superfície, composta dos elementos do lubrificante e dos materiais das
superfícies, e que por sua vez tem a sua permanência na interface influenciada pelo
procedimento de lubrificação aplicado ao sistema.
É observado na literatura que abordagens mais genéricas do atrito de sistemas
deslizantes lubrificados consideram o coeficiente de atrito como função da relação entre
os parâmetros viscosidade do óleo (η), velocidade de deslizamento (V) e carga normal
(W) ou pressão de contato (P). O coeficiente de atrito em função dessa relação é
comumente apresentado com o uso do diagrama de Stribeck (vide Figura 3.2).
Normalmente, a relação ηV/W é utilizada no eixo das abscissas do diagrama, que é
proporcional à espessura do filme calculada com base em conceitos de lubrificação fluida
para a formação do efeito cunha (Bayer, 1994).
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.2
22
2
-
--
- Diagrama de
Diagrama de Diagrama de
Diagrama de Stribeck
StribeckStribeck
Stribeck (MARU
(MARU (MARU
(MARU,
,,
, 2003)
2003) 2003)
2003)
Nota-se na Figura 3.2 um comportamento linear do atrito na faixa da lubrificação
fluida. Nessa condição, o atrito é devido a forças viscosas. No regime fluido, com a
diminuição da viscosidade ou da velocidade, ou com o aumento da carga, a espessura
do filme fluido diminui progressivamente e, conseqüentemente, o atrito diminui, até
atingir um ponto de mínimo. Para valores ainda menores de ηV/W, a espessura do filme
fluido diminui ainda mais e, como conseqüência, a interferência dos fenômenos de
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
59
atrito originados do contato direto entre as superfícies sólidas. Com isso, o
comportamento do atrito é desviado da tendência de diminuição linear, passando a
aumentar. Um outro fenômeno é também considerado para esse aumento do atrito, que
é o aumento da viscosidade do lubrificante. Esse fenômeno deve ocorrer localizado em
pontos da região da interface entre as superfícies com pressão de contato elevada. Essas
duas características referem-se às faixas de operação sob o regime de lubrificação mista.
Diminuindo ainda mais o valor de ηV/W, interação ainda maior entre as superfícies
sólidas, o que corresponde a situações onde a espessura do filme é menor que as alturas
das asperezas dos corpos, conforme descrito por Ludema (1996). O regime de
lubrificação passa a ser limítrofe. Dessa maneira, os três tipos de lubrificação, fluida,
mista e limítrofe, ficam caracterizados no diagrama de Stribeck.
Como foi dito, com a adição de lubrificantes entre as superfícies ocorre
surgimento de atrito do tipo viscoso, provocado pelo efeito hidrodinâmico do lubrificante,
o qual é proporcional à velocidade, ao carregamento e à viscosidade do fluido. Em
condições de deslocamento a baixas velocidades, a contribuição hidrodinâmica à
redução do atrito é muito pequena e pode ser desprezada. Contudo, desde que haja a
presença de lubrificante entre as superfícies, assim que o corpo parte do repouso ocorre
uma rápida redução da força de atrito conhecida como efeito Stribeck, conforme
mostrado no diagrama de Stribeck. O efeito Stribeck ocorre em baixas velocidades e gera
uma inclinação negativa na curva de atrito versus velocidade. Por sua vez tem importante
contribuição para o surgimento do efeito stick-slip.
A Figura 3.3 expõe melhor os vários tipos de atrito presentes em um sistema
lubrificado.
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
60
a) Atrito de Coulomb (D´Elia, 2003) b) Atrito estático + Coulomb (Halling, 1975)
c) Viscoso Puro (D´Elia, 2003)
d) Estático + Coulomb + Viscoso
(Armstrong-Hélouvry, Dupont e de Wit, 1994)
e) Estático + Stribeck + Coulomb + Viscoso (Armstrong-Hélouvry, Dupont e de Wit, 1994)
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.3
33
3
-
--
- Modelos de atrito.
Modelos de atrito. Modelos de atrito.
Modelos de atrito. (
((
(GUIMARÃES
GUIMARÃESGUIMARÃES
GUIMARÃES,
,,
, 2004)
2004) 2004)
2004)
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
61
3.2
3.23.2
3.2 Princípio Básico
Princípio BásicoPrincípio Básico
Princípio Básico de Ponte H
de Ponte H de Ponte H
de Ponte H
A Ponte-H, também chamado de Ponte Completa, é assim nomeada por conter
quatro elementos comutadores, com a carga no centro, em uma configuração do tipo H
(Figura 3.4).
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.4
44
4
Configuração básica da ponte
Configuração básica da ponte Configuração básica da ponte
Configuração básica da ponte-
--
-H
HH
H
O ponto chave a ser notado é que há, na teoria, quatro elementos comutadores
na ponte, que podem ser quaisquer elementos que trabalhem com correntes, desde relés,
transistores até MOSFETs, dependendo das exigências da aplicação. Os interruptores são
acionados aos pares, ou Q1 com Q4, ou Q3 com Q2, mas nunca ambos os
interruptores no mesmo "lado" da ponte (McMANIS, __ ). Se ambos interruptores de um
lado da ponte forem acionados, é criado um curto-circuito entre os terminais positivo e
negativo da fonte, o motor não girará, e uma corrente excessiva fluirá através dos
interruptores, dos fios, e da fonte de alimentação (KORUS, __ ).
Para alimentar o motor, aciona-se os dois interruptores opostos na diagonal. Ao
acionar-se os interruptores Q1 e Q4, a corrente segue o caminho destacado na figura
3.5. Assim, a corrente atravessa o motor, fazendo-o girar para o lado “positivo”. Da
mesma forma, se os interruptores Q3 e Q2 estiverem acionados, a corrente irá atravessar
o motor e o fará girar para a direção oposta (McMANIS, __ ).
Se for pretendida uma operação com menos que a velocidade máxima (ou torque)
um dos interruptores é controlada em forma de PWM. A tensão média vista pelo motor
será determinada pela relação entre o tempo de "ON" e o de "OFF" do sinal de PWM
(TANTOS, __ ).
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
62
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.5
55
5
Sentido de corrente elétrica na ponte H
Sentido de corrente elétrica na ponte HSentido de corrente elétrica na ponte H
Sentido de corrente elétrica na ponte H
Se cada interruptor puder ser controlado independentemente, tem-se um
“dispositivo de quatro quadrantes”. Pode-se construir uma tabela verdade que descreve a
ação da ponte de acordo com cada estado dos interruptores (tabela 8). Como há quatro
interruptores, cada um com dois estados possíveis, 16 estados no total. Entretanto,
como qualquer estado em que ambos interruptores do mesmo lado estiverem acionados
é prejudicial ao motor, há de fato somente quatro estados úteis (os quatro quadrantes).
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 8
88
8 –
Estados do motor
Estados do motor Estados do motor
Estados do motor
Q1 Q2 Q3 Q4 DESCRIÇÃO DO QUADRANTE
On Off Off On Giro do motor no sentido horário
Off On On Off Giro do motor no sentido anti-horário
On Off On Off Desaceleração e frenagem do motor
Off On Off On Desaceleração e frenagem do motor
As duas últimas fileiras da tabela acima descrevem uma situação onde ocorre um
"curto-circuito" entre os terminais do motor, fazendo-o operar como gerador e produzir
tensão entre seus terminais. Esta tensão é conhecida como força contra eletromotriz, que
faz com que o motor pare de girar. Naturalmente também o estado onde todos os
interruptores estão desligados, na qual o motor pára se estiver girando, caso contrário
permanecendo em repouso.
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
63
3.3
3.33.3
3.3 Mo
MoMo
Modulação da Largura de Pulso (
dulação da Largura de Pulso (dulação da Largura de Pulso (
dulação da Largura de Pulso (PWM
PWMPWM
PWM)
))
)
A modulação por largura de pulso (PWM) é uma técnica comum para controle de
velocidade, capaz de contornar o problema de baixo desempenho de partida de um
motor, que tende a saltar, quase imediatamente, de uma posição estacionária para mais
que a metade da velocidade nominal ao ser alimentado. Uma boa analogia a ser feita é
com o andar de bicicleta, na qual deve-se pedalar (exercer energia) e então descansar
(relaxar) usando-se a inércia para movimentar-se à frente. À medida que a velocidade é
reduzida (devido à resistência do vento, ao atrito, à forma da estrada) pedala-se para
acelerar e então descansa-se outra vez.
O “ciclo de trabalho” é a relação do tempo de pedalada pelo tempo total
(pedalada + tempo de descanso). Um “ciclo de trabalho” de 100% significa que pedala-
se todo o tempo, e um ciclo de trabalho” de 50%, que pedala-se somente a metade do
tempo. PWM para o controle da velocidade do motor funciona de maneira muito similar.
Em vez de fornecer uma tensão variável ao motor, é fornecido um valor fixo de tensão,
que o faz girar imediatamente. A tensão é então removida e o motor “descansa”.
Continuando este ciclo de ligar/desligar a tensão com um “ciclo de trabalho” variado, a
velocidade do motor pode ser controlada (ADLER, __ ).
A figura 3.6 mostra três sinais diferentes de PWM. A figura 3.6a mostra uma saída
PWM com um “ciclo de trabalho” de 10%. Isto é, o sinal é ligado para 10% do período e
desligado os outros 90%. As figuras 3.6b e 3.6c mostram saídas de PWM em ciclos de
trabalho” de 50% e de 90%, respectivamente. Estas três saídas de PWM codificam três
valores diferentes de sinal analógico, em 10%, em 50%, e em 90% da potência total
(BARR, __ ). Por exemplo, com o sinal a 12V por 50% do tempo, a tensão média é 6V,
então o motor gira à metade da sua velocidade máxima.
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
64
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.6
66
6 -
--
-
Sinais PWM de “ciclos de trabalho” variados
Sinais PWM de “ciclos de trabalho” variadosSinais PWM de “ciclos de trabalho” variados
Sinais PWM de “ciclos de trabalho” variados
As melhores condições de chaveamento são quando a freqüência de comutação é
muito mais elevada do que a dinâmica do motor. O motor deveria pensar” que está
sendo alimentado por uma tensão C.C. verdadeira, ou seja, deve-se ligar e desligar o
motor, rápido o suficiente, para que ele não “perceba” as mudanças, da mesma forma
que os olhos não percebem uma tela de televisão atualizar 30 vezes por segundo.
Devido às diferentes referências existentes na bibliografia, a freqüência deve ser
pelo menos 5 vezes mais elevada que a velocidade de rotação do motor. Isto é, se o
motor girar em 6000 rpm (100 rps) a freqüência deve ser mais elevada que 5x100 hertz
= 500 hertz. Uma melhor explicação teórica é que a freqüência de comutação deve ser
muito mais elevada que 1/Ta onde Ta = L/R é a constante de tempo elétrica do motor, L
é a indutância e R a resistência interna do motor. Para um motor C.C. típico (200 W, 24
V) L = 1 mH e R = 0.5 ohms. Isto significa, outra vez, que a freqüência deve ser muito
mais elevada que 1/Ta = R/L = 0.5/0.001 hertz = 500 hertz. Geralmente uma
freqüência ao redor de 20 quilohertz é usada. Isso evita também o ruído do motor dentro
da escala auditiva (SPÄNNARE, __ ).
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
65
3.4
3.43.4
3.4 Sistema
SistemaSistema
Sistema de Controle
de Controle de Controle
de Controle
O controlador Proporcional Integral Derivativo, ou simplesmente PID, é o tipo de
controlador de estrutura fixa mais utilizado nas aplicações industriais, tanto no Brasil
como no mundo (Rico, __ ). Dentre os fatos que podem ser apontadas para justificar a
preferência do uso, destacam-se as seguintes:
controlador “simples” e de uso geral, com estrutura fixa e parâmetros
ajustáveis;
incorpora a realimentação;
tem reduzido número de parâmetros ajustáveis, diretamente relacionados
com as ações de controle (dependendo da implementação);
permite certa eliminação de offsets através da ação integral;
pode “antecipar o futuro” através da ação derivativa e, com pequenas
alterações, pode também lidar com problemas de saturação nos
atuadores;
permite uma variedade de métodos, relativamente simples, para o ajuste
adequado dos seus parâmetros, sendo o mais conhecido o de Ziegler e
Nichols.
Em geral, pode-se dizer que, para processos com dinâmicas bem comportadas e
especificações não muito exigentes, o controlador PID é uma solução que oferece um
bom compromisso entre simplicidade e bom comportamento em malha fechada.
3.4.1
3.4.13.4.1
3.4.1 Controlador
ControladorControlador
Controlador
O controlador é o elemento no sistema de controle em malha fechada que tem
como entrada o sinal de erro e gera o sinal de controle (saída), que atua sobre a planta
de modo a, idealmente, levar o erro (diferença entre a entrada e a saída) a zero ou a um
valor de erro nimo. A relação entre a saída e a entrada do controlador é chamada de
lei de controle. As formas mais usuais são: proporcional, integral, derivativa e suas
combinações (PI, PD, PID).
Proporcional
ProporcionalProporcional
Proporcional
No sinal proporcional, o sinal de controle aplicado, a cada instante, à planta é
proporcional a amplitude do valor do sinal de erro:
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
66
)(*)( teKtu
p
=
(3.1)
onde K
p
é uma constante chamada ganho proporcional.
Assim se, em um dado instante, o valor da saída do processo é menor (maior) que
o valor da referência, i.e.
0)(
>
te
(
0)(
<
te
), o controle a ser aplicado será positivo
(negativo) e proporcional ao módulo de
)(te
.
A figura 3.7 mostra a resposta de um sistema considerando-se a aplicação de
uma ação proporcional. Quanto maior o ganho K
p
menor o erro em regime permanente,
isto é, melhor a exatidão do sistema em malha fechada. O erro pode ser diminuído com
o aumento do ganho, entretanto nunca se consegue anular completamente o erro. Por
outro lado, quanto maior o ganho, mais oscilatório tende a ficar o comportamento
transitório do sistema em malha fechada. Na maioria dos processos físicos, o aumento
excessivo do ganho proporcional pode levar o sistema à instabilidade. A função de
transferência do processo do gráfico da figura 3.7 é
3
1/1 += ssP
(ASTROM, 1995).
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.7
77
7
Simulação
Simulação Simulação
Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional
de um sistema em malha fechada com controle proporcionalde um sistema em malha fechada com controle proporcional
de um sistema em malha fechada com controle proporcional
(ASTROM, 1995)
(ASTROM, 1995)(ASTROM, 1995)
(ASTROM, 1995)
Integral
IntegralIntegral
Integral
A ação de controle integral consiste em aplicar um sinal de controle
)(tu
proporcional à integral do sinal
)(te
, ao erro acumulado no tempo:
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
67
=
t
i
dtteKtu
0
)()(
(3.2)
onde K
i
é uma constante chamada de ganho integral.
A ação integral tem assim uma função "armazenadora de energia". Note-se que,
se a partir de um determinado tempo
t
o erro é igual a zero, i.e.
0)(
=
te
, o sinal o sinal
de controle
)(
tu
será mantido em um valor constante proporcional à "energia
armazenada" até o instante
t
. Este fato permitirá, no sistema em malha fechada, obter-se
o seguimento de uma referência com erro nulo em regime permanente, pois a ação
integral garantirá a aplicação ao processo de um sinal de controle constante de forma a
ter-se
)()(
tytr
=
, i.e.
0)(
=
te
.
A ação integral está diretamente ligada à melhoria da precisão do sistema,
entretanto, tende a piorar a estabilidade relativa do sistema em malha fechada ou mesmo
torná-lo instável, devido ao aumento da ordem do sistema. Por este motivo, esta ação de
controle em geral não é aplicada de maneira isolada.
A figura 3.8 ilustra o efeito da adição da ação integral. O ganho proporcional é
constante,
1
=
Kp
em todas as curvas, e o ganho integral é alterado. O caso
0
=
Ki
corresponde ao controle proporcional puro, idêntico à situação
1
=
Kp
na figura 3.7. O
erro em regime permanente é removido quando
Ki
possui valor diferente de zero. Para
pequenos valores de ganho integral, a resposta caminha lentamente para a referência. A
aproximação é mais rápida para valores maiores de
Ki
; e também é mais oscilatório. A
função de transferência do processo do gráfico da figura 3.8 é
3
1/1 += ssP
, e o
ganho proporcional é
1
=
Kp
(ASTROM, 1995).
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
68
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.8
88
8
Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional e
Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional e Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional e
Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional e
integral (ASTROM,
integral (ASTROM, integral (ASTROM,
integral (ASTROM, 1995).
1995).1995).
1995).
Derivativa
DerivativaDerivativa
Derivativa
A ação derivação corresponde a aplicação de um sinal de controle proporcional à
derivada do sinal de erro:
dt
tde
Ktu
d
)(
)( =
(3.3)
onde K
d
é uma constante chamada de ganho derivativo. A função de transferência desta
ação é dada por:
sK
sE
sU
d
=
)(
)(
(3.4)
Nota-se que este tipo de função de transferência implica em um ganho que cresce
com o aumento da freqüência, fato este que deixaria o sistema extremamente sensível a
ruídos de alta freqüência.
A derivada de uma função está relacionada intuitivamente com a tendência de
variação desta função em um determinado instante de tempo. Assim, aplicar como
controle um sinal proporcional à derivada do sinal de erro é equivalente a aplicar uma
ação baseada na tendência de evolução do erro. A ação derivativa é então dita
antecipatória ou preditiva e tende a fazer com que o sistema reaja mais rapidamente. Este
fato faz com que a ação derivativa seja utilizada para a obtenção de respostas transitórias
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos Fundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
69
mais rápidas, ou seja, para a melhora do comportamento dinâmico do sistema em malha
fechada. Observe-se que no caso em que, em regime permanente, o sinal de erro é
constante a ação derivativa será igual a zero, ou seja, esta ação atua apenas durante a
resposta transitória, e conseqüentemente não é usado sozinho, mas combinado com
outras formas de controle.
A figura 3.9 ilustra o efeito da adição da ação derivativa. O ganho proporcional e
o ganho integral são mantidos constantes,
3
=
Kp
e
5,1
=
Ki
, e o ganho derivativo é
alterado. Para
0
=
Kd
tem-se o controle PI puro. O sistema em malha fechada é
oscilatório com os parâmetros escolhidos. O amortecimento aumenta com o aumento do
ganho derivativo, mas reduz novamente quando o ganho derivativo torna-se muito
grande. Nota-se também que o período de oscilação aumenta quando o ganho
derivativo é aumentado. A função de transferência do processo é
3
1/1 += ssP
, o
ganho proporcional é
3
=
Kp
e o ganho integral é
5,1
=
Ki
(ASTROM, 1995).
Figura
Figura Figura
Figura 3
33
3.
..
.9
99
9
Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional,
Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional, Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional,
Simulação de um sistema em malha fechada com controle proporcional,
integral e derivativo (ASTROM, 1995).
integral e derivativo (ASTROM, 1995).integral e derivativo (ASTROM, 1995).
integral e derivativo (ASTROM, 1995).
Fundamentos Teóricos
Fundamentos TeóricosFundamentos Teóricos
Fundamentos Teóricos
Capítulo 3
Capítulo 3Capítulo 3
Capítulo 3
70
PID
PIDPID
PID
O controlador PID é composto pela soma de três ações: uma Proporcional (P),
uma Integral (I) e uma Derivativa (D). A saída do controle proporcional + integral +
derivativo é expressa na equação 3.5.
dt
tde
KdtteKteKtu
d
t
ip
)(
)()(*)(
0
++=
(3.5)
onde
)(te
é o erro entre a referência
)(tr
e o sinal que deseja-se controlar
)(ty
:
)()()( tytrte
=
(3.6)
A ação proporcional aumenta a velocidade de atuação do controlador no sistema.
O parâmetro integrativo está diretamente ligado à precisão do sistema, sendo
responsável pelo erro nulo em regime permanente. Em contrapartida, esse benefício
geralmente é obtido às custas de uma redução da estabilidade ou do fator
amortecimento do sistema, que é contrabalançado pela ação derivativa que tende a
aumentar a estabilidade relativa do sistema ao mesmo tempo que torna a resposta do
sistema mais rápida devido ao seu efeito antecipatório. No entanto, o incremento de fator
derivativo torna o controlador mais sensível à taxa de variação do erro.
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno
71
4
44
4 ESTUDO DO OBJETO
ESTUDO DO OBJETOESTUDO DO OBJETO
ESTUDO DO OBJETO
As pesquisas sobre usinagem de ultraprecisão no LMP tiveram início com o
desenvolvimento de um torno para torneamento cilíndrico de fotorreceptores para a
Nashua do Brasil em 1976. Cerca de 10 anos depois foi adquirido um torno de
ultraprecisão da Moore Tools destinado à fabricação de substratos para discos rígidos de
memória de computador nos anos 70. O objeto de estudo desse trabalho foi esta
máquina-ferramenta, adaptada no LMP para aplicações específicas de usinagem de
ultraprecisão.
Fig
FigFig
Figura
ura ura
ura 4
44
4.
..
.1
11
1
Torno para torneamento de cilindros de fotorecepitores
Torno para torneamento de cilindros de fotorecepitores Torno para torneamento de cilindros de fotorecepitores
Torno para torneamento de cilindros de fotorecepitores
4.1
4.14.1
4.1
Caracterização do Torno de Ultraprecisão
Caracterização do Torno de UltraprecisãoCaracterização do Torno de Ultraprecisão
Caracterização do Torno de Ultraprecisão
O torno era constituído de uma base Moore Tools #3 dotada de um par de guias
de escorregamento prismáticas cruzadas do tipo duplo V com lubrificação forçada, que
permitem movimentação no plano Z-X. Segundo a Moore (Moore Tools 1970), as guias
Duplo-V proporcionam um movimento de ótima linearidade. Em contrapartida, por serem
guias de escorregamento lubrificadas, em baixa velocidade de avanço apresentam um
fenômeno conhecido por stick-slip (adere-desliza) e, por isto, não permitem determinadas
aplicações em ultraprecisão. A máquina na sua concepção original não dispunha de
Est
EstEst
Estudo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno udo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
72
controle de movimento em malha fechada. Os fusos para o avanço da mesa são
trapezoidais, com passo de 2,54mm (um décimo de polegada), banhados em óleo. Este
tipo de fuso não é mais recomendado para aplicações de posicionamento em
ultraprecisão. Contudo, para a época em que foram concebidos, estes elementos
representavam o estado da arte. Apesar das desvantagens citadas, as guias de
deslizamento com lubrificação forçada o amplamente empregadas por serem muito
eficientes devido a sua alta rigidez e estabilidade (NAKAZAWA, 1994).
A utilização da máquina em sua configuração original não foi bem sucedida para
as aplicações do LMP, dada à obsolescência de seus componentes eletrônicos, e devido
às características de sua árvore e sistemas de acionamentos dedicados à fabricação de
discos rígidos de 360mm de diâmetro. A rotação máxima para o mancal aerostático
Excello original era de 2200 rpm. Porém a massa elevada deste mancal requeria um
tempo de aceleração muito grande e representava um risco de tombamento da MF, no
caso de falta súbita de ar. Além disso, por ser uma máquina dedicada à produção
seriada de discos, esta não apresentou a flexibilidade necessária à pesquisa.
Na concepção original, o acionamento da árvore era feito por motor CC com
escovas e com transmissão por correia plana. O acionamento da mesa no eixo X era
executado por um servomotor CC com escovas, acoplado a um redutor de velocidade
por parafuso sem fim. No eixo Z, o acionamento era feito por motor de passo SLO-SYN,
através de correia dentada. Ambos os acionamentos da mesa não puderam ser
aproveitados por falta de documentação e obsolescência de sua eletrônica e, por isto,
foram substituídos. Na Figura 4.2 é mostrado o torno com a árvore original, de
fabricação da Ex-Cell-O.
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno
73
Figura
Figura Figura
Figura 4
44
4.
..
.2
22
2
– Torno original
Torno original Torno original
Torno original
Foram realizadas diversas modificações nos componentes do torno com o objetivo
de adequar a máquina para as aplicações requeridas no LMP. A árvore aerostática
original foi substituída por uma árvore-cabecote Kugler modelo ALU-LINE 150. Este
cabeçote-árvore, além de nominalmente permitir a8000 rpm, é dotado de um sistema
de avanço do fuso com motor linear permitindo um movimento controlado no sentido do
eixo de rotação de 90mm. A árvore é composta por mancais aerostáticos, sistema para
fixação das peças, acionamento rotativo direto (interno) através de servomotor CC sem
escovas e uma guia linear aerostática modelo DKS50.
O cabeçote-árvore foi montado sobre uma mesa divisora ZEISS, modelo 315 com
exatidão de posicionamento de 10’’. A mesa divisora foi montada sobre a estrutura da
base Moore Tools.
Para tornar possível a fabricação de peças simétricas de revolução, foi
implementado o acionamento de um eixo. No primeiro retrofitting optou-se pelo uso de
um motor de micro-passos e controle em malha aberta no eixo X, uma alternativa simples
e de baixo custo. No eixo Z, responsável pela profundidade de corte, foi implementado
Est
EstEst
Estudo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno udo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
74
acionamento manual para movimentar a mesa ao longo do seu curso. A Figura 4.3
mostra a máquina após a primeira etapa do retrofitting, com a principal alteração
realizada, a substituição da árvore do torno.
Figura
Figura Figura
Figura 4
44
4.
..
.3
33
3
Torno
Torno Torno
Torno Moore Tools
Moore Tools Moore Tools
Moore Tools
com cabeçote Kugler (1
com cabeçote Kugler (1com cabeçote Kugler (1
com cabeçote Kugler (1º
Retrofitting
RetrofittingRetrofitting
Retrofitting)
))
)
Na segunda etapa de retrofitting foi modificado o acionamento de avanço do eixo
x. A substituição do motor de passo por um motor CC se fez necessária, pois o motor de
passo apresentava problemas de instabilidade, o que compromete a qualidade da
superfície usinada e/ou a exatidão dimensional-geométrica da peça a cada parada do
motor, bem como induzia vibração no sistema causado pela variação (ripple) no torque
do motor.
O motor CC, apesar de ter uma suavidade maior em grandes velocidades, em
baixas velocidades não apresentava torque suficiente para movimentar o carro porta-
ferramentas.
Para contornar a falta de torque foi montado um redutor de movimento composta
por um transmissor mecânico transformador, do tipo polia e correia (estágio de redução
adicional, de 3,75 para 1) e um transmissor mecânico conversor, do tipo coroa/parafuso
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno
75
sem fim (relação de 25:1.) Figura 4.4. Assim o motor pode gerar movimentos suaves em
alta rotação com o torque necessário para movimentar a mesa em baixas velocidades de
avanço.
Figura
Figura Figura
Figura 4
44
4.
..
.4
44
4
Sistema de acionamento com motor CC e parafuso sem fim
Sistema de acionamento com motor CC e parafuso sem fim Sistema de acionamento com motor CC e parafuso sem fim
Sistema de acionamento com motor CC e parafuso sem fim
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 9
99
9–
Retrofitting’s
Retrofitting’s Retrofitting’s
Retrofitting’s realizados
realizadosrealizados
realizados
original
originaloriginal
original
Retrof
RetrofRetrof
Retrof-
--
-1
11
1
Retrof
RetrofRetrof
Retrof-
--
-2
22
2
Proposto
PropostoProposto
Proposto
Estrutura
MooreTools
#3
MooreTools #3 MooreTools #3 MooreTools #3
Guias
prismáticas prismáticas prismáticas prismáticas
Fuso
trapezoidal trapezoidal trapezoidal trapezoidal
Acinamento X
Motor CC Motor de passo Motor CC com
escova
Motor CC com
escova
Acinamento Z
Motor de
passo
Manual Manual Manual
Árvore
Ex-cell-o Kugler Kugler Kugler
Parafuso sem-fim
Redução do
acionamento do
carro
Polia/correia
dentada
Harmonic Drive
Aspiração
Industrial Comum Comum Comum
Atomizador
Fabricado no LMP Fabricado no LMP Aerógrafo
Controle do
acionamento do
carro
CLP ----- ---- PIC
Isolamento de
vibrações
Passivo Passivo Passivo Passivo
Est
EstEst
Estudo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno udo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
76
4.2
4.24.2
4.2 Problemas e Soluções Propostas
Problemas e Soluções PropostasProblemas e Soluções Propostas
Problemas e Soluções Propostas
Em usinagem de ultraprecisão com ferramentas de diamante monocristalino uma
série de fatores influenciam o resultado de trabalho e impedem que as exigências de
qualidade sejam atingidas em peças produzidas (SCHROETER, 1997). Na Figura 4.5 são
mostrados esquematicamente os diferentes fatores de influência sobre a qualidade final
da peça produzida através da usinagem de ultraprecisão.
Figura
Figura Figura
Figura 4
44
4.
..
.5
55
5
-
--
-
Fatores de influência sobre
Fatores de influência sobre Fatores de influência sobre
Fatores de influência sobre resultado de trabalho na usinagem de
resultado de trabalho na usinagem de resultado de trabalho na usinagem de
resultado de trabalho na usinagem de
ultraprecisão
ultraprecisãoultraprecisão
ultraprecisão (SCHROETER
(SCHROETER (SCHROETER
(SCHROETER,
,,
, 1997)
1997) 1997)
1997)
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno
77
Para garantir a qualidade refletiva no espectro da luz visível, as peças usinadas em
um torno de ultraprecisão deverão ter rugosidade R
a
menor que 50 nm. As condições de
corte que influenciam a rugosidade cinemática são basicamente o avanço, o raio de
quina e o raio de gume da ferramenta.
Além disto, a linearidade das guias e as vibrações sobrepostas ao movimento de
avanço têm influência sobre a qualidade das superfícies usinadas.
Neste trabalho serão abordados os aspectos de influência, como as vibrações, o
atrito e o controle de velocidade.
Segundo análise de vibrações feita por Guimarães (2004), o fator de maior
influência na qualidade das peças produzidas no torno de ultraprecisão são as vibrações.
As vibrações medidas por Guimarães (2004) foram excitadas no mancal aerostático e no
porta-ferramenta pelos motores de passo e CC, pelo atomizador de fluido de corte, pelo
aspirador de cavaco e ambiente. A aspiração de cavacos, o motor de passo e a
atomização de fluido de corte se apresentam como fontes de forte influência na amplitude
de vibração medida no mancal da árvore e no porta-ferramenta. O ambiente, para as
perturbações simuladas, apresenta uma fraca influência. O motor CC se mostrou com
um bom comportamento do ponto de vista vibracional, exceto nas velocidades mais altas,
mas que não são muito utilizadas (GUIMARAES, 2004).
Guimarães (2004) realizou a troca do motor de passo por um motor de CC e isso
proporcionou uma grande redução na vibração no sistema. Contudo o sistema de
acionamento, composto pelo acionamento eletro-eletrônico, um redutor coroa/parafuso
sem fim e um redutor polia/correia ainda apresentava vibrações e ruídos que deveriam
ser reduzidos ou eliminados. O conjunto mecânico de redução apresenta uma folga
residual na transmissão mecânica, o que numa inversão do sentido de avanço aparece
como uma histerese somada à histerese provocada pela folga do fuso/porca de avanço.
A análise de curva de atrito, ilustrada na Figura 4.6, mostra que em baixas
velocidades de avanço a mesa apresentou o efeito stick-slip. Espera-se que com o uso do
Harmonic Drive o efeito stick-slip seja reduzido devido a sua alta redução de movimento,
elevado torque e livre de folgas.
Est
EstEst
Estudo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno udo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
78
-0,150
-0,100
-0,050
0,000
0,050
0,100
0,150
-50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50
Velocidade de deslocamento da mesa (mm/min)
Torque desenvolvido pelo acionamento (Nm)
Figura
Figura Figura
Figura 4
44
4.
..
.6
66
6
Curva característica estática
Curva característica estáticaCurva característica estática
Curva característica estática do atrito
do atrito do atrito
do atrito (GUIMARAES
(GUIMARAES (GUIMARAES
(GUIMARAES,
,,
, 2004)
2004) 2004)
2004)
Na configuração do sistema de avanço proposto por Guimarães (2004) foi
verificada uma oscilação na velocidade de avanço da ferramenta causada pela baixa
rigidez do sistema de avanço e os fenômenos de atrito entre a mesa e as guias de
escorregamento prismáticas. O sistema de comando em malha aberta utiliza o sinal
gerado por um codificador óptico apenas para visualização do posicionamento da
ferramenta em um indicador digital.
Com uma unidade de tratamento de sinal (UTS) e um microcontrolador pretende-
se desenvolver um sistema de controle em malha fechada para determinar o
posicionamento e a velocidade de avanço da ferramenta assim como obter um rígido
controle dessa velocidade.
Baseado nos resultados e as dificuldades enfrentadas por Guimarães (2004) na
obtenção de valores estáveis em baixas velocidades de avanço propõem-se a alterar a
cadeia cinemática de avanço implantando um sistema com controle de malha fechada
com uma redução Harmonic Drive intercalada entre o motor e o fuso de avanço.
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno
79
Segundo os estudos de Spenrath (1991), para usinagem de ultraprecisão é
necessário que o avanço da ferramenta seja controlável até 5
µ
m por rotação da árvore
mancal. Análises experimentais, realizados por Guimarães (2004) com o mancal
aerostático Kugler, determinam que a velocidade limite de rotação para esse mancal para
uma pressão de alimentação de 3 bar, não deve ultrapassar 3000rpm. Acima dessa
freqüência rotacional do mancal vibra excitado pelo fenômeno de martelamento
pneumático, sendo a velocidade de avanço
f
V
em função da rotação do avanço por
rotação
f
, equação 4.1.
fnV
f
*
=
(4.1)
Limitando a rotação em 2500 rpm, determina-se que a velocidade de avanço é:
sm
mm
m
RotaçãomRotaçõesV
f
/210
min/5,12
min/12500
/5min*/2500
µ
µ
µ
=
=
=
A figura 4.7 ilustra o processo de torneamento para a operação de faceamento.
Figura
Figura Figura
Figura 4
44
4.
..
.7
77
7
Representação esquemática do faceamento
Representação esquemática do faceamentoRepresentação esquemática do faceamento
Representação esquemática do faceamento
Com a determinação da velocidade de avanço recomendada da ferramenta, a
velocidade adquirida do encoder óptico/eletrônico (régua óptica) é então comparada
com a velocidade desejada. A diferença entre ambas deve ser compensada até que se
tornem iguais e para isso é necessário que se faça um controle que compense a
diferença. Este controle será realizado por um controlador PIC (Peripheral Interface
Est
EstEst
Estudo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno udo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
80
Controller) que será inserido em uma estação de trabalho, chamada Cuscopic,
desenvolvida por professores e alunos do Centro Tecnológico de Mecatrônica e Centro
Tecnológico Automotivo de Caxias do Sul com a finalidade de desenvolver uma estação didática
para facilitar o aprendizado do microcontrolador PIC
.
A estação de trabalho Cuscopic é uma placa didática, de fácil uso e conexão
simples ao controlador PIC com seus periféricos. Com este hardware o operador tem em
mãos um gravador de programas do PIC, uma interface homem-máquina via
display/teclado ou via computador, alerta sonoro e fácil acesso às portas de entrada e
saída de sinal, tanto digital quanto analógico.
A escolha do sistema de controle PIC foi baseada no seu bom custo/benefício,
fácil manipulação, fácil programação, fácil manutenção, comunicação com
microcomputador para análise de resultados com taxa de amostragem suficiente para o
proposto neste trabalho.
O acionamento usará um motor CC e um redutor Harmonic Drive acoplado a um
fuso trapezoidal do eixo X. A realimentação de posição emprega um encoder
óptico/eletrônico (régua óptica) para controle de velocidade da ferramenta.
A Tabela 10 apresenta o arranjo de componentes que devem ser acrescentados e
substituídos na máquina-ferramenta. A figura 4.8 mostra esquematicamente as
modificações sugeridas.
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno Estudo dos Constituintes do Torno
Estudo dos Constituintes do Torno
81
Tabe
TabeTabe
Tabela
la la
la 10
1010
10
-
--
- Escolha dos elementos mais apropriados.
Escolha dos elementos mais apropriados. Escolha dos elementos mais apropriados.
Escolha dos elementos mais apropriados.
CONTROLE
CONTROLECONTROLE
CONTROLE
SISTEMA DE
SISTEMA DE SISTEMA DE
SISTEMA DE
COMANDO E
COMANDO E COMANDO E
COMANDO E
CONTROLE
CONTROLECONTROLE
CONTROLE
TIPO
TIPOTIPO
TIPO
ABERTO
DEPENDENTE
(BASEADO EM
MICROCONTROLA
DOR)
ILUSTRAÇÃO
ILUSTRAÇÃOILUSTRAÇÃO
ILUSTRAÇÃO
FUNÇÃO
FUNÇÃOFUNÇÃO
FUNÇÃO
DETERMINAR A
VELOCIDADE E A
POSIÇÃO
INTERFACE
HOMEM
MÁQUINA (IHM)
AQUISIÇAO DE
DADOS
EIXO
EIXOEIXO
EIXO
-
--
- X
X X
X
ACIONAMENTO
ACIONAMENTOACIONAMENTO
ACIONAMENTO
ELETRÔNICO
ELETRÔNICOELETRÔNICO
ELETRÔNICO
ACIONAMENTO
ACIONAMENTOACIONAMENTO
ACIONAMENTO
CONVERSOR
CONVERSORCONVERSOR
CONVERSOR
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO
TRANSFORMADO
TRANSFORMADOTRANSFORMADO
TRANSFORMADO
RA
RARA
RA
ACOPLAMENTO
ACOPLAMENTOACOPLAMENTO
ACOPLAMENTO
DRIVER PONTE H
COM PWM
MOTOR CC COM
ESCOVAS
HARMONIC DRIVE
PERMANENTE
FLEXÍVEL TIPO FOLE
ENERGIZARÇÃO
DO MOTOR
MELHORAR O
TORQUE
DIMINUIR
RUÍDOS E
VIBRAÇÕES
SUBSTITUIR AS
REDUÇÕES
POLIA/CORREIA E
COROA/ROSCA
SEM-FIM
DIMINUIR A
INFLUÊNCIA DO
STICK-SLIP
ALINHAMENTO
DOS EIXOS
SEM FOLGAS
SUAVIDADE DE
MOVIMENTO
Est
EstEst
Estudo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno udo dos Constituintes do Torno
udo dos Constituintes do Torno
Capítulo 4
Capítulo 4Capítulo 4
Capítulo 4
82
EIXO
EIXOEIXO
EIXO
X
X X
X
UNIDADE DE
UNIDADE DE UNIDADE DE
UNIDADE DE
TRATAMENTO DE
TRATAMENTO DE TRATAMENTO DE
TRATAMENTO DE
SINAL
SINALSINAL
SINAL
TIPO
TIPOTIPO
TIPO
“DIGITALIZADOR”
DE SINAL
ILUSTRAÇÃO
ILUSTRAÇÃOILUSTRAÇÃO
ILUSTRAÇÃO
FUNÇÃO
FUNÇÃOFUNÇÃO
FUNÇÃO
DIGITALIZAÇÃO
DE SINAL DA
RÉGUA ÓPTICA
FLUIDO DE CORTE
FLUIDO DE CORTEFLUIDO DE CORTE
FLUIDO DE CORTE
ATOMIZADOR
ATOMIZADORATOMIZADOR
ATOMIZADOR
AERÓGRAFO
ATOMIZADOR DE
ÁLCOOL ETÍLICO
ABSOLUTO
CONTROLAR A
QUANTIDADE DE
FLUIDO
MELHORAR O
AMBIENTE DE
TRABALHO
Figura
Figura Figura
Figura 4
44
4.
..
.8
88
8
-
--
- Arranjo
Arranjo Arranjo
Arranjo sugerido
sugeridosugerido
sugerido para
para para
para o acionamento d
o acionamento do acionamento d
o acionamento da máquina
a máquinaa máquina
a máquina-
--
-ferramenta.
ferramenta.ferramenta.
ferramenta.
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
83
5
55
5 IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO
IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO
IMPLEMENTAÇÃO DA SOLUÇÃO PROPOSTA
PROPOSTAPROPOSTA
PROPOSTA
A partir dos resultados obtidos nos ensaios de identificação das fontes de
vibrações e curva de atrito os elementos críticos no torno de ultraprecisão são: o atuador
do acionamento do eixo X, o atomizador, o aspirador, o transmissor mecânico
transformador (redutor) e as guias de escorregamento.
O objetivo dessa dissertação é minimizar fatores de influência relacionados ao
acionamento do eixo X pelo desenvolvimento de um controlador de velocidade do
avanço da ferramenta de corte e substituir ou modificar componentes mecânicos
necessários para diminuir a vibração no processo de usinagem.
Para isso, as soluções a serem implementadas são de duas formas: hardware e
lógica de controle.
Nesta seção serão mostradas as influências que cada componente e módulo
modificado sofre, além das soluções propostas para melhorar o desempenho da
máquina. São eles: o atomizador, os componentes mecânicos, acionamentos e
controle/comando.
5.1
5.15.1
5.1 Sistema de
Sistema de Sistema de
Sistema de atomização
atomizaçãoatomização
atomização de fluido de corte
de fluido de corte de fluido de corte
de fluido de corte
Para minimizar a turbulência causada pelo atomizador, o sistema antigo foi
substituído por um aerógrafo.
O princípio básico do aerógrafo é o “tubo Pitot”. Um jato de ar de alta velocidade
de escoamento reduz a pressão no topo do tubo de alimentação do líquido e promove a
atomização do líquido.
No aerógrafo de dupla ação, o gatilho possui duas funções distintas: primeiro,
quando apertado para baixo o gatilho abre a válvula que libera a entrada de ar
comprimido, e segundo, à medida que se puxa o gatilho para trás (ainda mantendo-o
apertado) é acionado o mecanismo que libera a saída de fluido (Figura 5.1).
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
84
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.1
11
1
-
--
- Funcionamento do aerógrafo
Funcionamento do aerógrafo Funcionamento do aerógrafo
Funcionamento do aerógrafo
O equipamento permite dimensionar o jato de fluido para que se lubrifique e
resfrie uma área bem pequena ou até grandes áreas. Com essas possibilidades de
direcionamento e controle do fluxo tem-se também um maior controle sobre a turbulência
causada pelo atomizador de fluido de corte e da quantidade de líquido liberado no
ambiente de trabalho.
5.2
5.25.2
5.2 Componentes Mecânicos
Componentes MecânicosComponentes Mecânicos
Componentes Mecânicos
As características do sistema mecânico do acionamento do eixo X da máquina,
avaliadas neste trabalho são: o redutor composto por uma transmissão de correia
dentada e coroa parafuso sem fim e o redutor Harmonic Drive.
Foram utilizados acoplamentos flexíveis para unir os eixos motor/Harmonic Drive e
Harmonic Drive/fuso e fabricados flanges, para fixação do motor no Harmonic Drive e
este na mesa das guias prismáticas (Figura 5.2). As guias e o fuso trapezoidal
permaneceram inalterados.
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.2
22
2
Transmissores de movimento e fixadores
Transmissores de movimento e fixadores Transmissores de movimento e fixadores
Transmissores de movimento e fixadores
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
85
5.2.1
5.2.15.2.1
5.2.1 Transmissor mecânico transformador do tipo
Transmissor mecânico transformador do tipo Transmissor mecânico transformador do tipo
Transmissor mecânico transformador do tipo Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive
O Harmonic Drive é um redutor com uma grande relação de transmissão. Assim é
possível obter rotações baixas no lado do fuso, trabalhando na faixa de rotações
adequadas do motor CC com escova para obter velocidades de avanço na faixa
desejada.
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 11
1111
11
-
--
-
Especificações do
Especificações do Especificações do
Especificações do Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive
(
((
(HDS
HDSHDS
HDS,
,,
, 2004
2004 2004
2004)
))
)
Torque nominal a 2000 rpm (Nm)
24
Relação da engrenagem
120
Velocidade máx. de entrada (rpm)
4000
Velocidade máx. de entrada com lubrificação a graxa (rpm)
4000
Configuração Eixo oco da entrada e
rolamento integrado da saída
Medida
17
Limite para o torque médio (Nm)
39
Limite para o torque de pico repetido (Nm)
54
Limite para o torque de pico momentâneo (Nm)
78
Limite para a velocidade média da entrada com lubrificação
da graxa (RPM)
3500
Limite para a velocidade média da entrada (rpm)
3500
Momento da inércia (kg cm
2
)
0.193
Peso (kg)
1,0
Classificação dinâmica da carga do rolamento de saída (N)
10400
Classificação estática da carga do rolamento de saída (N)
16300
Rigidez do momento do rolamento de saída (Nm/rad)
155000
Carga radial permissível do rolamento de saída (N)
3664
Carga axial permissível do rolamento de saída (N)
5468
5.2.2
5.2.25.2.2
5.2.2 A
AA
Acoplamentos
coplamentos coplamentos
coplamentos
Para compensar os desalinhamentos entre o fuso da mesa e o Harnonic Drive se
fez necessário instalar um acoplamento flexível entre estes componentes. O acoplamento
de fole relacionado é adequado para esta aplicação (Figura 5.3 a). Além disto,
apresenta:
excelente rigidez à torção
excelente flexibilidade nos demais graus de liberdade
inércia muito baixa devido à reduzida espessura do material dos foles
folgas inexistentes (pois trata-se de peça única)
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
86
Para a junção dos eixos Harmonic Drive/motor foi utilizado o acoplamento
helicoidal (Figura 5.3 b). Suas características são muito parecidas com as do
acoplamento de fole. A escolha para esse componente foi feita pela sua característica
física compacta e pela sua logística.
a)
b)
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.3
33
3
-
--
- Acoplamentos de Foles
Acoplamentos de Foles Acoplamentos de Foles
Acoplamentos de Foles (a) e
(a) e (a) e
(a) e Helicoidal
Helicoidal Helicoidal
Helicoidal (b)
(b) (b)
(b)
5.3
5.35.3
5.3 Mot
MotMot
Motor
oror
or
O motor CC foi dimensionado para atender às necessidades do acionamento
limitado pelo Harmonic Drive com um torque nominal de entrada de 2,4kg.cm e a
rotação nominal de 2000rpm. Conforme mostram os dados técnicos Anexo A, o motor
CC com escova UGTMEM da Minertia satisfez as exigências do Harmonic Drive.
5.4
5.45.4
5.4 Sistema de Medição de Deslocamento
Sistema de Medição de DeslocamentoSistema de Medição de Deslocamento
Sistema de Medição de Deslocamento
O sistema de medição em funcionamento até o presente momento era o
tacômetro do motor CC que indicava a velocidade de avanço da mesa e a régua óptica
em conjunto com o Indicador digital Universal ID 1400 que indica a posição.
O tacômetro era utilizado para obter a velocidade da mesa e assim determinar a
curva de atrito da mesa de escorregamento. Entretanto a utilização do tacômetro insere
na medição incertezas e erros do tipo folgas mecânicas, dados analógicos, etc.
O indicador digital universal indica apenas a posição da mesa digitalizando o
sinal da régua óptica e apresentando o valor na sua interface visual.
Para diminuir as incertezas e tornar mais dinâmico o sistema de medição, foi
acrescido ao sistema um digitalizador de sinal para transformar o sinal da régua em sinal
digital.
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
87
Cada período do sinal digital corresponde a um pulso e cada pulso apresenta
uma resolução básica de 10
µ
m no deslocamento da mesa. Para a obtenção do
deslocamento foram utilizados os dois canais da régua, para melhorar a resolução da
medição.
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.4
44
4
Elementos constituintes do
Elementos constituintes do Elementos constituintes do
Elementos constituintes do encoder
encoderencoder
encoder linear
linear linear
linear (STOETERAU
(STOETERAU (STOETERAU
(STOETERAU, 1999)
, 1999), 1999)
, 1999)
5.5
5.55.5
5.5 Controle
ControleControle
Controle
A diferença entre o atrito dinâmico e o atrito estático faz com que em baixas
velocidades de avanço aconteçam fenômenos de stick-slip”. As oscilações provocadas
na velocidade de avanço se tornam tanto maiores, quanto menor for a rigidez do sistema
de avanço e quanto maiores forem as folgas mecânicas dos elementos do acionamento.
O controle eletrônico do avanço tem por função minimizar o efeito stick-slip” mantendo
a velocidade constante em baixas velocidades.
Para o sistema de controle empregado no trabalho, foi projetado um Controlador
PIC de arquitetura aberta baseado em um modulo de controle PWM. O sistema processa
o sinal de posição oriunda do encoder linear e adquire através de um algoritmo de
transformação a velocidade de avanço da ferramenta. Utilizando essas informações e
através de um algoritmo de controle, o microcontrolador atua de forma autônoma no
controle do motor. O algoritmo implementado nesse caso foi o algoritmo do tipo PI,
típico para o controle de velocidade.
O dispositivo de controle, além do controle de velocidade, conta com um display
LCD e um teclado alfanumérico para facilitar a interação homem/máquina. Através do
display são visualizadas informações como posição, direção, constantes do controlador,
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
88
velocidade atual e velocidade desejada. A entrada de dados manual é feita no teclado
permitindo definir a direção, a velocidade desejada e ajustar as constantes de controle.
Outra forma de interação homem-máquina que o dispositivo de controle oferece é
o da interface computacional. Nela, além das modificações de variáveis e da visualização
da mudança de estado, a possibilidade de aquisição de dados das ações tomadas
durante sua execução.
O controlador permite ao projetista definir a resolução do leitor de posição
utilizando os dois canais do encoder e dividindo o período do sinal básico de escala, que
é de 10
µ
m, em 4 partes e assim permitir a contagem de 2,5 em 2,5
µ
m, como mostra a
Figura 5.5.
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.5
55
5
Resolução de deslocamento de 2,5
Resolução de deslocamento de 2,5 Resolução de deslocamento de 2,5
Resolução de deslocamento de 2,5 µm
mm
m
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
89
5.5.1
5.5.15.5.1
5.5.1 Estação de trabalho
Estação de trabalho Estação de trabalho
Estação de trabalho CUSCOPIC
CUSCOPICCUSCOPIC
CUSCOPIC
O hardware utilizado para programação e execução de programas do controlador
PIC é a estação de trabalho CUSCOPIC. Ela é uma estação didática desenvolvida para
facilitar o aprendizado do microcontrolador PIC um recurso projetado para o
desenvolvimento de um controle de velocidade e posição com uma excelente relação
custo - benefício.
A escolha por esta estação de trabalho é baseada em suas características e
recursos.
uma estação para programação de microcontroladores de baixo custo,
utiliza o microcontrolador PIC 16F877,
33 I/O’s,
entradas analógicas,
2 PWM,
memória EEPROM,
flash ROM,
2 relés,
indicador sonoro,
suporta tanto microcontroladores de 28 pinos e de 40 pinos, tanto da
família 16 quanto da família 18,
a interface de interação (teclado e display) é separada da estação em uma
placa anexa, proporcionando maior estabilidade e menor esforço de
programação,
possui uma interface de comunicação serial RS232, para comunicação
PC/estação de trabalho.
Com tais recursos é possível usar a estação de trabalho CUSCOPIC em
automações que requerem controle discreto, com aquisição de dados analógicos,
velocidade e IHM.
A estação de trabalho CUSCOPIC não tem a finalidade de substituir um PLC, ou
ainda de automatizar qualquer processo eletro-eletrônico. Assim como qualquer sistema,
a estação possui pontos fortes e fracos (Tabela 12).
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
90
Tabela
Tabela Tabela
Tabela 12
1212
12
Vantagens e desvantagens do uso do
Vantagens e desvantagens do uso do Vantagens e desvantagens do uso do
Vantagens e desvantagens do uso do CUSCOPIC
CUSCOPICCUSCOPIC
CUSCOPIC
Vantagens
VantagensVantagens
Vantagens
Desvantagens
DesvantagensDesvantagens
Desvantagens/ Limitações
/ Limitações/ Limitações
/ Limitações
É de baixo custo
As portas de interrupção estão destinadas para
a interface de interação( teclado e display)
Programada em baixo nível, o que deixa a
aplicação rápida. Pode ser usada em sistemas
de tempo real de baixa criticidade.
Projeto falho do regulador de tensão de 5V
para alimentação de periféricos ( estão
divididos potência com outros componentes da
placa.)
Possui muitos periféricos integrados.
Não é recomendado o uso deste em locais
com ruído eletromagnético.
Excelente para integrar os conceitos de eletro-
eletrônica, eletro-mecanica, computação e
programação.
É um hardware livre
A figura A.2 do Anexo A apresenta o esquema da estação didática Cuscopic.
5.5.2
5.5.25.5.2
5.5.2 Acionamento de controle
Acionamento de controleAcionamento de controle
Acionamento de controle
CINKO
CINKOCINKO
CINKO
O driver de energização do motor utilizado é da empresa CINKO. A escolha de
utilizar um acionamento já concebido foi pelas suas características e vantagens:
Estrutura montada compacta;
Baixo custo;
Arquitetura simples;
Fácil montagem e manutenção;
Circuitos de proteção;
Filtro para tensão residual;
Fácil manuseio;
Se adapta facilmente a vários tipos de aplicações.
Este equipamento usa o comando digital PWM do PIC para dosar a corrente do
motor. O PIC também envia para o driver um bit para comandar o sentido de rotação do
motor.
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
91
Este acionamento possui vários tipos de circuito de proteção como por exemplo:
O circuito de proteção do controlador. Utiliza um componente opto-
eletrônico que impede que um eventual curto-circuito se propague do drive
e atinja o controlador PIC.
O circuito de proteção de sobrecarga que, no caso de uma sobrecarga,
permita a condução de corrente do NPN, fazendo com que o motor pare e
evite que o motor queime.
Para melhor entender o funcionamento deste driver do motor a figura A.3 do
Anexo A mostra o fluxo de corrente no driver quando é acionado o sinal de entrada de
direção para o lado esquerdo e pulsos de tensão do PWM.
5.6
5.65.6
5.6 Algoritmo de controle
Algoritmo de controleAlgoritmo de controle
Algoritmo de controle
5.6.1
5.6.15.6.1
5.6.1 Obten
ObtenObten
Obtendo o Controlador PID Discreto Ideal
do o Controlador PID Discreto Idealdo o Controlador PID Discreto Ideal
do o Controlador PID Discreto Ideal (para PIC)
(para PIC) (para PIC)
(para PIC)
Como sugere a equação 3.5, tem-se três parâmetros livres para a definição do
controlador PID, sendo eles o K
p
, K
i
e o K
d
Outra representação desta equação pode ser definida em termos dos tempos de
controle integral (Equação 5.1) e derivativo (Equação 5.2), sendo conhecida como PID
acadêmico (Equação 5.3) (ASTROM, HAGGLUND, 1995).
i
p
i
K
K
T =
(5.1)
p
d
d
K
K
T =
(5.2)
++=
dt
tde
Tdtte
T
teKtu
d
t
i
p
)(
)(
1
)()(
0
(5.3)
e assim a função de transferência é dada por:
++= sT
sT
K
sE
sU
d
i
p
1
1
)(
)(
(5.4)
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
92
Utilizando o método de diferenças finitas de ordem para discretizar a equação
5.3 (IBRAHIM, 2006) (AZEVEDO, __ ):
T
ee
dt
tde
kk
k
1
)(
=
(5.5)
=
=
k
i
i
t
Tedtte
0
0
)(
(5.6)
Portanto a equação 5.3 transforma-se em:
( )
++=
=
1
0
kk
d
k
i
i
i
kpk
ee
T
T
e
T
T
eKu
(5.7)
sendo T o período de amostragem. Introduzindo novos parâmetros (IBRAHIM, 2006)
(AZEVEDO, __ ):
i
p
i
T
TK
K =
(5.8)
T
TK
K
dp
d
=
(5.9)
kk
k
i
ik
eSeS +==
=
1
0
(5.10)
a equação 5.7 transforma-se em:
1
++=
kkdkikpk
eeKSKeKu
(5.11)
Este algoritmo PID é denominado de algoritmo de posição uma vez que ele
calcula o valor absoluto do sinal de atuação u(k) (GOHARI, __ ).
Para a implementação de um algoritmo PID digital deve-se levar em conta os
seguintes aspectos:
O cálculo da variável controlada deve ser sincronizado com o tempo real. Em
uma implementação pura da equação 5.11, o tempo de amostragem depende
apenas da rapidez do microcontrolador.
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
93
O algoritmo deve levar em consideração limitações no atuador e ruído de medida
ou de processo. O programa também deve evitar expressar os parâmetros do
controlador como constantes, o que implica que qualquer modificação nos
parâmetros do controlador ou freqüência de amostragem exige a recompilação do
programa.
5.6.2
5.6.25.6.2
5.6.2 Temporização
TemporizaçãoTemporização
Temporização
A ação de Controle deve ser sincronizada com os requisitos do processo a ser
controlado. Em muitos casos, este requisito será o de que a ação de controle deve ser
executada a uma freqüência de amostragem especificada.
O uso de um relógio de tempo real fornece uma solução para o problema de
temporização. Com isso pode-se assegurar uma taxa de amostragem definida, não
dependente apenas do microcontrolador, e também executar a derivação do
deslocamento pelo tempo decorrido.
5.6.3
5.6.35.6.3
5.6.3 Satura
SaturaSatura
Saturação
çãoção
ção
Em qualquer aplicação prática, o valor da variável manipulada, u(t), é limitada
por restrições físicas. Por exemplo, a velocidade de um motor não pode ser maior que a
velocidade máxima ou menor que a velocidade mínima, ou seja, parado. Se o valor da
variável manipulada excede o valor máximo do atuador, então o controle realimentado
efetivo é perdido; deve-se assegurar que isto só aconteça em situações anormais.
Da equação 5.3 do controlador PID observa-se que quando o sinal de erro for
muito grande a saída u(t) do controlador também será, podendo ocasionar uma
saturação dos atuadores, da fonte de potência ou do próprio processo. Este sinal
demasiado pode provocar um retardo para que a saída alcance o valor desejado da
referência, mantendo o sinal do erro ainda positivo, e aumentando a ação de controle,
devido ao efeito da integração do controlador PID. Quando a saída atingir o valor
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
94
desejado, a inversão de sinal do erro e(t) poderá demorar a ter efeito sobre a ão de
controle u(t) devido ao grande valor alcançado pelo termo integral. Este efeito é
denominado reset-windup (CAON, 1999).
Como o valor de corrente e tensão máximos do motor foram pré-definidos pelo
operador, não o perigo de ser aplicada uma tensão ou corrente superior à permitida.
Outro dispositivo em que o efeito reset-windup poderia afetar é o microcontrolador,
devido a sua resolução numérica e memória finitas. A técnica escolhida para combater
este problema foi usar limites fixos na integral. Valores máximo e mínimo são fixados para
a soma integral; caso a quantidade calculada exceda esse limite, o valor da soma é posto
nesse limite. Estes limites são normalmente os valores máximo/mínimo da variável
manipulada.
5.6.4
5.6.45.6.4
5.6.4 Ruído eletro
Ruído eletroRuído eletro
Ruído eletro-
--
-magnético
magnéticomagnético
magnético
A redução ou eliminação de ruídos eletro-magnéticos onde é importante para um
bom desempenho dos controladores em geral. Para isso a Unidade de Tratamento de
Sinal (UTS) e a estação de programação Cuscopic foram aterrados, e os cabos de
transmissão de sinal da régua-digitalizador e digitalizador-controlador utilizados são
blindados. Como no ambiente de trabalho não fortes ruídos eletro-magnéticos, essas
ações se mostraram suficientes.
A ação de controle derivativa possui a vantagem de ser antecipatória, entretanto,
possui a desvantagem de amplificar sinais de ruído, especialmente de altas freqüências,
além de poder originar a saturação do atuador. É usual incorporar um filtro passa-baixas
para evitar a amplificação do ruído devido à ação derivativa, equação 5.12.
+
++=
α
sT
sT
sT
K
sE
sU
d
d
i
p
1
1
1
)(
)(
(5.12)
Normalmente o valor de α está compreendido entre 2 e 20, sendo valores típicos
8 a 10. Como se pode deduzir a partir da equação 5.12, quanto maior é α menor é o
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
95
efeito do filtro. Por motivos de simplicidade foi implementado um controlador PI, o
sendo necessário o termo derivativo.
5.6.5
5.6.55.6.5
5.6.5 Método de sintonia ou ajuste de parâmetro
Método de sintonia ou ajuste de parâmetroMétodo de sintonia ou ajuste de parâmetro
Método de sintonia ou ajuste de parâmetro
Um problema na aplicação de controladores PID sempre é obter a sintonia
adequada de seus parâmetros, necessária para se conseguir um comportamento
adequado do sistema, por exemplo, sem sobre-sinal e suficientemente rápido.
Comumente esta sintonia é realizada de forma manual através de gráficos de reposta do
sistema, como proposto por Ziegler & Nichols (1942).
Como as funções de transferência envolvidas são complicadas, optou-se por
encontrar os parâmetros do controlador de forma empírica. Ao projetar um controlador
PID, por esse método, sugere-se (College of Engineering – University of Michigan):
1. Obter a resposta em malha aberta e determinar as melhoras necessárias;
2. Adicionar um controle proporcional para reduzir o tempo de subida;
3. Adicionar um controle derivativo para reduzir o sobre-sinal;
4. Adicionar um controle integral para reduzir/eliminar o erro em regime;
5. Ajustar os parâmetros K
p
, K
i
e K
d
até que a resposta esteja dentro das
especificações desejadas.
Nem sempre são necessárias as três ações de controle em um único sistema. Se,
por exemplo, um controle PI fornece uma resposta satisfatória, não é necessária a
implementação do termo derivativo para que o controlador mantenha-se o mais simples
possível, requerendo menos recursos de processamento do microcontrolador.
5.6.6
5.6.65.6.6
5.6.6 Implementação do software
Implementação do softwareImplementação do software
Implementação do software
A lógica implementada no microcontrolador foi toda desenvolvida utilizando a
linguagem de programação C, através do compilador CCS. Este compilador tem uma
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
96
extensa gama de funções embutidas para economizar tempo e acelerar o processo de
aprendizagem e de desenvolvimento de aplicações (GARDNER, 2002).
A figura 5.6 mostra a discretização da equação de controle utilizado no algoritmo
do microcontrolador.
v_atual=(pulsos-p_ant); // Velocidade = deslocamento (posicao atual - posicao anterior),
//pois a taxa de atualização do controle é de 1 segundo
e = v_ref - v_atual; // erro
prop = (e * kp); // proporcional
aatual = ((e + eant) / 2) * dt; // soma dos erros multiplicado pelo tempo.
aatual = aatual + aant;
inte = (aatual * ki); // integral. Limite -+ 32000, resolução de 16 bits
derr = (e - eant) / dt;
deri = (derr * kd)/10; // derivativo
if(inte > 32000) inte = 32000; // Valor maximo
if(inte < -32000) inte = -32000; // Valor minimo
calc = prop + inte + deri; // calculo PID
if(calc > 772) calc = 772; // Valor maximo do duty
if(calc < 0) calc = 0; // Valor minimo do duty
PWM1_DUTY(calc);
eant = e; // erro anterior recebe erro atual
aant = aatual; // area anterior recebe area atual
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.6
66
6
Controle discreto implementado no microcontrolador
Controle discreto implementado no microcontrolador Controle discreto implementado no microcontrolador
Controle discreto implementado no microcontrolador
Uma forma mais simples de se entender o funcionamento do algoritmo de
controle é através de um fluxograma, apresentado na figura 5.7.
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
97
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.7
77
7
Fluxograma do algoritmo de controle
Fluxograma do algoritmo de controle Fluxograma do algoritmo de controle
Fluxograma do algoritmo de controle
5.6.7
5.6.75.6.7
5.6.7 Implementação do
Implementação do Implementação do
Implementação do programa principal
programa principalprograma principal
programa principal
No programa principal são inicializadas várias variáveis, o módulo PWM e o
mecanismo de interrupção do temporizador. O PWM foi configurado para gerar uma
freqüência de 6.476 quilohertz, aproximadamente 5 vezes o inverso da constante de
tempo elétrica do motor (Anexo A), utilizando a Equação 5.13 (Microchip Technology
Inc., __). Para isso, inicializou-se o registrador com o valor 0xC0 em hexadecimal,
equivalente a 192 em decimal, e utilizou-se um prescaler de 4 vezes, o postscaler não
tem influência na determinação da freqüência do PWM. O trecho de código utilizado
para configurar o PWM pode visto na figura 5.8.
valueprescaleperiod
TMRToscPRPWM
_
2**4*)12( +=
(5.13)
Onde:
PWM
period
– período do PWM;
Tosc – Período de oscilação do circuito, no caso 1/20mhz;
TMR2
prescale_value
– valor do prescaler (esse valor pode ser 1, 4 ou 16);
PR2 – valor do registrador de funções especiais (esse valor varia de 0 a 255);
// Configuração do timer 2 – PWM
setup_timer_2 ( T2_DIV_BY_4, 0xc0, 2);
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.8
88
8
Configuração do módulo PWM
Configuração do módulo PWM Configuração do módulo PWM
Configuração do módulo PWM
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
98
O temporizador é configurado, através da equação 5.14 (PERNÍA, __ ), para gerar
interrupções em um intervalo de tempo equivalente ao período de amostragem requerido
pelo controlador digital. Devido ao fato de a velocidade de deslocamento da mesa ser
baixa, a freqüência do sinal proveniente da régua óptica também é baixa. Assim, foi
selecionado um período de amostragem de 1 segundo, para que se possa ter um número
considerável de pulsos no período, a fim de obter-se um valor de velocidade mais
confiável.
prescaler
Fosc
valueregisterT *4*
1
*)_(= (5.14)
Onde:
T – Período entre interrupções do timer (temporizador)
Register_value – Registrador do timer, no caso do timer1 (TMR1H:TMR1L)
Fosc – Freqüência de oscilação do circuito, no caso 20MHz
Prescaler – divisor de pulso programável
O período selecionado é grande para um microcontrolador, por isso foi
necessário dividi-lo em dez contagens de 0,1 segundos e utilizar um prescaler de 8 vezes.
Utilizando-se a equação 5.14, calcula-se que são necessárias 62500 contagens para
resultar num período de 0,1 segundos. Como optou-se pelo uso do timer1 para realizar
esta tarefa foi necessário um offset de 3036 no valor da contagem, pois seu registrador
tem 16 bits de resolução. O trecho de código utilizado para configurar o período de
amostragem pode visto na figura 5.9.
// Configuracao do timer 1 – período de amostragem
set_timer1(3036); // Seta o timer1 em 3036 (65536-62500=3036)
setup_timer_1(T1_INTERNAL|T1_DIV_BY_8); // Clock interno e prescaler de 8
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.9
99
9
Configuraçã
Configuraçã Configuraçã
Configuração do período de amostragem
o do período de amostragemo do período de amostragem
o do período de amostragem
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
Implementação
Implementação Implementação
Implementação
99
O programa principal entra então em um laço, na qual conta o número de pulsos
provenientes da régua, a espera de interrupções do temporizador. Sempre que uma
interrupção do temporizador ocorre o fluxo de execução do programa é desviado para a
rotina da interrupção (figura 5.6), e é dentro desta rotina que o algoritmo do controlador
está implementado. O sinal do erro é obtido calculando-se a diferença entre os valores
de referência e os valores medidos. O algoritmo é então executado e a amostra da saída
para o tempo de amostragem atual é obtida e inserida no módulo PWM.
Devido à capacidade limitada dos registradores do microcontrolador, deve-se
limitar o valor inserido no ciclo de trabalho do PWM, utilizando-se a equação 5.15
(Microchip Technology Inc., __). Como o ciclo de trabalho ximo do PWM é todo o
período dele, calculado pela equação 5.13, o valor máximo para seu registrador é 772.
O trecho de código utilizado para limitar o valor no registrador do ciclo de trabalho do
PWM pode visto na figura 5.10.
valueprescalecycleduty
TMRToscvalueregisterPWM
__
2**_
=
(5.15)
Onde:
Register_value – registrador do PWM2, no caso (CCPR1L:CCP1CON<5:4>)
TMR2
prescale_value
– valor do prescaler (esse valor pode ser 1, 4 ou 16);
Tosc – Período de oscilação do circuito, no caso 1/20mhz;
PWM
duty_cycle
– Valor em que o PWM fica em nível lógico alto.
calc = prop + inte; // calculo PI
if(calc > 772) calc = 772; // Valor máximo do ciclo de trabalho
if(calc < 0) calc = 0; // Valor mínimo do ciclo de trabalho
PWM1_DUTY(calc);
Figu
FiguFigu
Figura
ra ra
ra 5
55
5.
..
.10
1010
10
Limitação do valor no registrador do ciclo de trabalho do PWM
Limitação do valor no registrador do ciclo de trabalho do PWM Limitação do valor no registrador do ciclo de trabalho do PWM
Limitação do valor no registrador do ciclo de trabalho do PWM
Implementação
ImplementaçãoImplementação
Implementação
Capítulo 5
Capítulo 5Capítulo 5
Capítulo 5
100
A seguir, uma etapa de pré-processamento é executada para atualizar as variáveis
para próxima amostra. Após o retorno da interrupção, o programa espera no programa
principal a a amostragem seguinte, e repete-se o processo acima. Uma forma mais
simples de se entender o funcionamento do programa principal é através de um
fluxograma, apresentado na figura 5.11.
Figura
Figura Figura
Figura 5
55
5.
..
.11
1111
11
Fluxograma do programa principal
Fluxograma do programa principal Fluxograma do programa principal
Fluxograma do programa principal
Como cada pulso proveniente da régua óptica representa 10 µm, optou-se por
utilizar os dois canais disponíveis, contando-se na subida e na descida dos sinais, a fim
de obter-se uma maior resolução. Com isso, tem-se uma resolução de 2,5 µm.
O algoritmo do PID foi implementado utilizando as constantes de controle com os
seguintes valores: kp=1, ki=1 e kd=0. Através de vários experimentos chegou-se a
conclusão que esses valores eram satisfatórios, portanto, decidiu-se manter a constante
kd com valor zero, diminuindo portanto o ruído no sistema. A lógica de controle completa
pode ser visualizada através do Anexo B.
Capítulo 6
Capítulo 6Capítulo 6
Capítulo 6
Procedimento Experimental
Procedimento Experimental Procedimento Experimental
Procedimento Experimental
101
6
66
6 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PROCEDIMENTO EXPERIMENTALPROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O método de diagnóstico do movimento de avanço do eixo X do torno de
ultraprecisão está baseado no estudo de fatores que influenciam negativamente a
qualidade das superfícies na usinagem de ultraprecisão.
Como principais fatores a serem considerados na usinagem de ultraprecisão,
pode-se citar as vibrações relativas entre a ferramenta e a peça. Estas devem se manter
dentro de patamares definidas pela rugosidade pretendida.
Para avaliar as vibrações se faz necessário monitorá-las e correlacioná-las com os
fatores influentes, ou seja, do acionamento, composto de motor, redutor e fuso e das
condições de escorregamento nas guias.
É importante também conhecer o comportamento dinâmico do conjunto da mesa
do porta-ferramenta, visto que seu desempenho irá influenciar diretamente a qualidade
das superfícies usinadas e será analisado o comportamento da suavidade de movimento
do porta-ferramenta com a utilização de um controlador de velocidade baseado em um
microcontrolador PIC.
O método proposto deve possibilitar que se realize um diagnóstico da máquina de
ultraprecisão, utilizando técnicas de monitoramento e automação. A partir deste
diagnóstico, pretende-se qualificar a influência dos fatores que limitam a qualidade das
superfícies usinadas.
São eles:
Medições de histerese, curva característica de atrito, vibrações, velocidade e
corrente.
6.1
6.16.1
6.1 Histerese
HistereseHisterese
Histerese
Um parâmetro importante do sistema mecânico é o parâmetro da o-linearidade
representada pelo bloco de histerese, e que engloba a folga nos componentes mecânicos
e a deformação elástica destes.
Procedimento Exper
Procedimento Exper Procedimento Exper
Procedimento Experimental
imentalimental
imental
Capítulo 6
Capítulo 6Capítulo 6
Capítulo 6
102
Com uma medição direta é determinada a histerese global entre o eixo do motor
e o sistema de medição (carro do posicionador).
Como regra geral pode-se dizer que as não-linearidades em posicionadores
devem ser mantidas em valores mínimas tais que a sua influência seja minimizada e que
na modelagem possam ser desprezadas.
Procedimento de medição:
Movimenta-se o posicionador em uma direção qualquer, à escolha, e a um valor
maior que o valor da histerese;
Zera-se o sistema de medição do eixo do motor e do carro.
Movimenta-se o posicionador na direção contraria à realizada anteriormente até
que o carro entre em movimento.
Subtraindo-se o deslocamento medido no eixo do motor com o medido no carro
obtem-se a histerese global da máquina.
Equipamentos a serem utilizados:
Escala óptica-eletrônica;
Digitalizador;
Microcontrolador PIC.
6.2
6.26.2
6.2 Curva
Curva Curva
Curva Caracterí
CaracteríCaracterí
Característica
stica stica
stica d
dd
de Atrito
e Atritoe Atrito
e Atrito
A curva característica de atrito determina a faixa de velocidade nas quais ocorre o
fenômeno stick-slip, bem como determina as características tribológicas do conjunto
posicionador utilizado na máquina-ferramenta.
O todo utilizado é válido para posicionadores equipados com servomotores
CC, nos quais o torque do motor é a própria corrente que circula no motor.
Serão monitorados a velocidade de deslocamento da mesa e do torque
desenvolvido pelo acionamento. As informações obtidas permitem a construção da curva
característica de atrito, que descreve as características tribológicas das guias utilizadas
como objeto de estudo.
Capítulo 6
Capítulo 6Capítulo 6
Capítulo 6
Procedimento Experimental
Procedimento Experimental Procedimento Experimental
Procedimento Experimental
103
Para avaliar a característica de atrito da mesa do porta-ferramenta, composto
pelas guias prismáticas de escorregamento com lubrificação forçada, pelo fuso
trapezoidal e pela redução, será realizado o ensaio de Stribeck que determina a curva
característica de atrito das guias.
Procedimento de medição:
Os dados referentes à velocidade da mesa são obtidos com auxílio de um
tacogerador acoplado ao eixo motor.
O tacogerador fornece um sinal em tensão proporcional à velocidade angular do
eixo do motor. Essa proporcionalidade entre a tensão de saída e a rotação de entrada é
regida por uma característica de resposta conhecida como constante do tacogerador, que
será determinada experimentalmente comparando a tensão gerada pelo tacogerador e a
velocidade medida pela régua-óptica acoplada à mesa de escorregamento e na base das
guias.
As informações referentes ao torque desenvolvido pelo acionamento podem ser
obtidas conhecendo-se a corrente de armadura e a constante de torque de um motor
corrente contínua (CC). Em motores CC a corrente de armadura é proporcional ao
torque.
)(*)( tiKttTm
=
(7.1)
Onde:
Tm(t) - torque motor em Nm
i(t) – corrente de armadura do motor em A
Kt - constante de torque em Nm/A
A constante de torque K
t
é fornecida pelo fabricante do motor ou
experimentalmente por ensaio em bancada. Para certificar os valores de K
t
, visto que este
valor pode variar com o envelhecimento do motor, a constante de torque foi determinada
através do ensaio de alavanca.
A corrente de armadura i(t), por sua vez, é obtida com o uso de um sensor de
corrente (marca LEM, modelo LA 25-P). Um pequeno circuito, aliado a um transdutor de
Procedimento Exper
Procedimento Exper Procedimento Exper
Procedimento Experimental
imentalimental
imental
Capítulo 6
Capítulo 6Capítulo 6
Capítulo 6
104
efeito Hall fornece informação a respeito da corrente do circuito magnético. Um dos
condutores que ligam a fonte de alimentação ao motor passa pelo sensor do transdutor.
A corrente que passa pelo transdutor gera uma tensão proporcional que é
adquirida pela placa de aquisição NI-DAQ.
A aquisição e tratamento dos dados no ensaio de atrito foram feitos com o auxílio
do programa Labview®. O programa, utilizando o tacogerador, resume-se ao bloco de
aquisição, filtro passa-baixa IIR Butterworth, para supressão das altas-freqüências, e
multiplicadores para ajuste das constantes. Este programa foi o mesmo utilizado por
Guimarães para ensaios de curva de atrito (GUIMARÃES, 2004).
Uma série de ensaios será realizada, a partir das quais serão traçadas curvas de
torque vs. tempo, velocidade vs. tempo e torque vs. velocidade, sendo que a Figura 6.1
apresenta o esquema da disposição dos equipamentos para realização dos ensaios.
Figura
Figura Figura
Figura 6
66
6.
..
.1
11
1
Esquema de montagem utilizado na execução dos ensaios de determinação
Esquema de montagem utilizado na execução dos ensaios de determinação Esquema de montagem utilizado na execução dos ensaios de determinação
Esquema de montagem utilizado na execução dos ensaios de determinação
das curvas de atrito
das curvas de atritodas curvas de atrito
das curvas de atrito
Capítulo 6
Capítulo 6Capítulo 6
Capítulo 6
Procedimento Experimental
Procedimento Experimental Procedimento Experimental
Procedimento Experimental
105
Equipamentos e software a serem utilizados:
Motor CC com escovas, a ímãs permanentes;
Transdutor de efeito Hall;
Tacogerador;
Escala óptica-eletrônica;
Sistema de aquisição de dados;
Programa feito para LABVIEW com esta finalidade
Circuito eletrônico analógico com comparador e amplificador de potência
para implementação da malha de controle de velocidade;
Fonte de tensão CC variável e corrente limitável.
6.3
6.36.3
6.3 Monitoramento e controle de vibrações
Monitoramento e controle de vibraçõesMonitoramento e controle de vibrações
Monitoramento e controle de vibrações
Para monitorar as vibrações na ferramenta e no cabeçote se faz necessário instalar
transdutores de vibrações no cabeçote e na ferramenta de corte. As figuras 6.2 e 6.3
mostram os transdutores instalados. As vibrações de interesse são aquelas originadas pelo
sistema em funcionamento. Para poder interpretar as mesmas, os subsistemas
acionamento, atomizador de fluido lubrirefrigerante serão avaliados independentemente.
A metodologia de ensaio está baseado na metodologia desenvolvida por Guimarães
(2004).
As vibrações analisadas serão originadas pelo atomizador de fluido de corte e
pelo conjunto redutor/acionamento do porta-ferramenta. Serão realizados vários
experimentos utilizando acelerômetros fixos em pontos estratégicos, o mais próximo da
peça e ferramenta, visando o monitoramento das vibrações. Estes sinais serão analisados
no domínio do tempo (valor pico-a-pico).
A Figura 6.2 ilustra o posicionamento dos três acelerômetros montados no mancal
aerostático. A Figura 6.3 ilustra o posicionamento dos dois acelerômetros PCB®,
montados na ponta do porta-ferramentas.
Procedimento Exper
Procedimento Exper Procedimento Exper
Procedimento Experimental
imentalimental
imental
Capítulo 6
Capítulo 6Capítulo 6
Capítulo 6
106
Figura
Figura Figura
Figura 6
66
6.
..
.2
22
2
Acelerômetros posicionados no cabeçote aerostático
Acelerômetros posicionados no cabeçote aerostático Acelerômetros posicionados no cabeçote aerostático
Acelerômetros posicionados no cabeçote aerostático
Figura
Figura Figura
Figura 6
66
6.
..
.3
33
3
Posição de montagem dos acelerômetros no porta
Posição de montagem dos acelerômetros no porta Posição de montagem dos acelerômetros no porta
Posição de montagem dos acelerômetros no porta-
--
-ferramentas
ferramentasferramentas
ferramentas
No programa desenvolvido para monitoramento das vibrações estão disponíveis
as informações de aceleração, velocidade e deslocamento, no domínio do tempo.
A programação é feita em LABVIEW, que é uma linguagem de programação
gráfica com crescente aceitação em ambientes de automação e medição. A
programação é feita graficamente, sem utilização de qualquer linha de código.
Capítulo 6
Capítulo 6Capítulo 6
Capítulo 6
Procedimento Experimental
Procedimento Experimental Procedimento Experimental
Procedimento Experimental
107
Os equipamentos a serem utilizados na execução desse experimento são:
Acelerômetro 1:
Fabricação PCB Piezotronics Inc.;
Tipo ICP;
Modelo 355B03;
Sensibilidade 104,7 mV/g.
Acelerômetro 2:
Fabricação PCB Piezotronics Inc.;
Tipo ICP;
Modelo 352C18;
Sensibilidade 10,09 mV/g.
Dois condicionadores de sinal para acelerômetros:
Fabricação PCB Piezotronics Inc.;
Ganho ajustável em 1, 10 ou 100.
Sistema de aquisição de dados:
Placa de aquisição de fabricação da National Instruments, modelo PCI 6013;
Programa:
Labview versão 6.1;
Programa feito para LABVIEW com esta finalidade.
Procedimento Exper
Procedimento Exper Procedimento Exper
Procedimento Experimental
imentalimental
imental
Capítulo 6
Capítulo 6Capítulo 6
Capítulo 6
108
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
109
7
77
7 RESULTADOS DOS ENSAIOS
RESULTADOS DOS ENSAIOSRESULTADOS DOS ENSAIOS
RESULTADOS DOS ENSAIOS E DISCUSSÃO
E DISCUSSÃO E DISCUSSÃO
E DISCUSSÃO
Os ensaios foram baseados nos anteriormente realizadas por Guimarães (2004).
Foram realizados experimentos de diagnósticos para determinar as características
da mesa, do Harmonic Drive, do antigo sistema de redução e do controle de velocidade
da máquina.
7.1
7.17.1
7.1 Característica do
Característica do Característica do
Característica do Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive
O sistema de avanço em estudo se compõe de um motor elétrico e um sistema
mecânico composto por uma redução do tipo Harmonic Drive, de um fuso trapezoidal e
de guias de deslizamento.
Para realizar a análise do comportamento do redutor Harmonic Drive foi realizado
o ensaio de curva de atrito para construir o mapa estático do atrito presente no sistema
motor/Harmonic Drive, conforme ilustra a Figura 7.1. Este gráfico mostra o
comportamento da corrente (torque) como função da tensão (velocidade) no motor.
Diferente da curva de atrito teórica (figura 3.3) o atrito viscoso diminui com o aumento da
velocidade. Com o aumento da velocidade a espessura média do filme aumenta
diminuindo o coeficiente de atrito (ver figura 3.1).
O quadrado em destaque da figura 7.1 mostra a região onde ocorre a mudança
do estado estático para o dinâmico.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
110
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.1
11
1
Curva de atrito do r
Curva de atrito do r Curva de atrito do r
Curva de atrito do redutor
edutor edutor
edutor Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive
Como se pode observar, o torque necessário para superar o atrito estático neste
experimento foi de 15 Ncm, podendo variar de 13 a 16 Ncm. Após atingir este torque, a
mesa do porta-ferramenta entrou em movimento, quando o torque requerido para manter
o movimento da mesa diminui para 12,5 Ncm. Este fenômeno, denominado de efeito
Stribeck, é o causador de uma instabilidade denominada de stick-slip (adere-desliza) que
ocorre devido à variação do coeficiente de atrito estático para o dinâmico.
Para melhor entender este fenômeno, a figura 7.2 mostra três ensaios ilustradas
no mesmo gráfico que evidenciam a ocorrência do efeito Stribeck. Como se pode
observar, a curva de atrito é um tanto previsível, ou seja, durante o estado estático e
durante o estado dinâmico, o torque vs Velocidade são sempre os mesmos. A única faixa
que não possui uma constância é a faixa onde ocorre o efeito Stribeck. Como foi
mostrado, o torque tem relação direta com a corrente de armadura do motor e a
velocidade com a tensão do motor. Os pontos onde existe movimentação na curva de
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
111
atrito o determinados pela potência e tensão do acionamento. Ou seja, após o início
da movimentação cada ponto na curva de atrito tem uma corrente e uma tensão
definidas e exigidas pelo Harmonic Drive, fuso e guias da mesa. Isto não ocorre na região
do limite entre o atrito estático e o dinâmico. Neste ponto a corrente necessária para
superar o atrito é constante e a potência varia. Isso se deve ao fato do motor necessitar
de mais potência para atingir a corrente (torque) necessária para superar o atrito estático.
Ao iniciar o movimento, a tensão encontrada no ponto limite do atrito estático se
mantém constante e se dirige para o ponto determinado na curva de atrito com o mesmo
valor de tensão. Com isso, dependendo da tensão que se encontra no limite do atrito
estático, têm-se diferentes formas do efeito Stribeck. No retorno (diminuição da
velocidade) o efeito negativo da diferença entre o atrito dinâmico e o estático não tem
influência sobre o resultado.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
112
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.2
22
2
Três ensaios do
Três ensaios do Três ensaios do
Três ensaios do efeito Stribeck
efeito Stribeckefeito Stribeck
efeito Stribeck
A figura 7.3 representa o gráfico da curva de atrito do sistema de avanço com
Harmonic Drive sendo acelerado e desacelerado. A linha azul representa a curva de atrito
com a aceleração do motor e a linha vermelha a desaceleração. Como se pode notar a
linha de aceleração do motor é diferente da linha de desaceleração. Na desaceleração, a
força de inércia atuante no redutor reduz a necessidade de torque para a mesma
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
113
velocidade quando o motor é acelerado. Visto do parâmetro do motor, a potência do
motor é menos exigida na desaceleração para uma mesma tensão (velocidade) do motor
acelerando, pois o atrito trabalha a favor do movimento na desaceleração. Esta
característica de histerese é conhecida como memória de atrito.
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.3
33
3
Memória de atrito
Memória de atrito Memória de atrito
Memória de atrito
Para melhor visualizar o gráfico da curva de atrito, neste mesmo programa, foram
adquiridos pontos onde o torque e a velocidade permanecem constantes (figura 7.4).
Cada ponto experimental desenhado no gráfico final representa a média aritmética de
300 pontos adquiridos pelo sistema de aquisição, durante a movimentação a uma
velocidade constante.
Uma série de pares torque-velocidade identifica o atrito de escorregamento para
determinada posição do carro sobre a guia. Como o é possível garantir a mesma
condição de lubrificação na interface carro e guia em cada ponto da guia, nem em cada
ensaio, existem pequenas variações no atrito medido.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
114
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.4
44
4
Aquisição de pontos torque/velocidade do
Aquisição de pontos torque/velocidade do Aquisição de pontos torque/velocidade do
Aquisição de pontos torque/velocidade do Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive
Na figura 7.4, subtraindo-se o torque do Harmonic Drive acionado pelo motor
CC e o torque apenas do motor CC, conclui-se que o torque necessário para iniciar o
movimento do Harmonic Drive é de aproximadamente 10 Ncm.
7.2
7.27.2
7.2 Característica do antigo sistema de redução
Característica do antigo sistema de reduçãoCaracterística do antigo sistema de redução
Característica do antigo sistema de redução
Assim como feito com o Harmonic Drive, serão realizadas as mesmas análises com
o sistema de avanço com redutor de correia dentada e parafuso sem fim.
A figura 7.5 mostra que o sistema de avanço antigo também apresenta uma
variação na inclinação do torque para velocidades de deslocamento da mesa de a23
mm/min.
O torque necessário para vencer o atrito estático é de aproximadamente 4,5 Ncm
também se apresentando o efeito Stribeck.
Descontando-se o torque necessário para a partida do motor, tem-se que é
necessário um torque de aproximadamente 3 Ncm.
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
115
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.5
55
5
Curva de atrito do redutor
Curva de atrito do redutor Curva de atrito do redutor
Curva de atrito do redutor coroa/parafuso sem fim e do motor
coroa/parafuso sem fim e do motorcoroa/parafuso sem fim e do motor
coroa/parafuso sem fim e do motor
A figura 7.6 mostra que as medições de aceleração e desaceleração do motor
também apresentam o efeito de memória de atrito, menos acentuado do que para o
sistema de avanço com Harmonic Drive.
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.6
66
6
Memória de atrito
Memória de atrito Memória de atrito
Memória de atrito
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
116
7.3
7.37.3
7.3 Característica da mesa de escorregamento
Característica da mesa de escorregamentoCaracterística da mesa de escorregamento
Característica da mesa de escorregamento
Para analisar as folgas presentes no conjunto mesa-fuso trapezoidal, foi realizado
um ensaio da histerese do conjunto. A figura 7.7 apresenta a medição do deslocamento
da mesa, adquirida através do encoder translativo em função da medição do
deslocamento do fuso medido no nônio do colar indicador. A folga encontrada no
sistema da mesa foi de 105 µm.
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.7
77
7
-
--
- Histerese do conjunto mesa
Histerese do conjunto mesa Histerese do conjunto mesa
Histerese do conjunto mesa-
--
-fuso
fusofuso
fuso
A histerese medida no conjunto mesa-fuso-redutor antigo e conjunto mesa-fuso-
Harmonic Drive, ilustrada na figura 7.8, foi adquirida medindo-se o deslocamento da
mesa (também através do encoder linear) em função do número de voltas realizada no
eixo do redutor onde se acopla o motor. A histerese apresentada por ambos os conjuntos
foi de 105µm, significando que a folga presente na máquina está concentrada no
conjunto fuso-mesa.
A diferença de inclinação da histerese dos dois redutores é conseqüência da
característica de redução de cada um dos redutores. O Harmonic Drive tem maior
inclinação, pois tem maior redução.
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
117
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.8
88
8
Histerese do
Histerese do Histerese do
Histerese do Har
HarHar
Harmonic Drive
monic Drivemonic Drive
monic Drive e do redutor
e do redutor e do redutor
e do redutor parafuso sem fim
parafuso sem fimparafuso sem fim
parafuso sem fim
Para traçar o mapa estático do sistema mecânico da mesa foi realizada a análise
da curva de atrito do redutor parafuso-sem-fim acoplados e isolados do fuso da mesa de
escorregamento. Como mostra a figura 7.9, a curva de atrito do sistema mesa-redutor-
motor necessita de mais torque do que o sistema redutor-motor. A diferença entre o
redutor antigo conectado e desconectado à mesa, que é de aproximadamente 2,5 Ncm,
é o torque necessário para movimentar da mesa.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
118
Figur
FigurFigur
Figura
a a
a 7
77
7.
..
.9
99
9
-
--
- Curvas de atrito do redutor
Curvas de atrito do redutor Curvas de atrito do redutor
Curvas de atrito do redutor coroa/parafuso sem fim
coroa/parafuso sem fim coroa/parafuso sem fim
coroa/parafuso sem fim acoplado e desacoplado
acoplado e desacoplado acoplado e desacoplado
acoplado e desacoplado
da mesa
da mesada mesa
da mesa
A não-linearidade do sistema causada pelo atrito e pela folga presentes no fuso,
nos acoplamentos, no redutor e no motor o permite uma análise mais detalhada das
características da mesa em baixa velocidade de avanço. É preciso que haja uma medição
direta, do torque e da velocidade, na mesa de escorregamento.
7.4
7.47.4
7.4 Sistema
SistemaSistema
Sistema
Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive X
X X
X S
SS
Sistema redução
istema reduçãoistema redução
istema redução parafuso sem fim
parafuso sem fim parafuso sem fim
parafuso sem fim
Para estabelecer as características dos sistemas de avanço com parafuso sem fim e
com Harmonic Drive foram realizados ensaios de atrito dos sistemas de redução isolados
e dos sistemas de redução acoplados ao fuso da mesa.
A figura 7.10 mostra ensaios das curvas de atrito para os dois sistemas de
redutores empregados.
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
119
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.10
1010
10
-
--
- Curva de atrito do
Curva de atrito do Curva de atrito do
Curva de atrito do Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive X redutor
X redutor X redutor
X redutor coroa/parafuso sem fim
coroa/parafuso sem fimcoroa/parafuso sem fim
coroa/parafuso sem fim
Os ensaios com o sistema de redução coroa/ parafuso sem fim mostram valores
de torque entre 4 e 6 Ncm para acionar o sistema de redução e entre 6 e 10 Ncm para
acionar o sistema de redução acoplado ao fuso e à mesa. Para o sistema de avanço
empregando Harmonic Drive a diferença de torque entre o sistema de redução Harmonic
Drive e o sistema completo não é significativa e os valores oscilam entre 10 e 28 Ncm na
faixa de velocidade de 0 a 23 mm/min.
O Harmonic Drive apresenta uma redução maior, podendo chegar a uma
velocidade mínima de aproximadamente 1 mm/min, ou seja, 16,66µm/s. Com essa
característica este redutor pode alcançar um posicionamento mais exato, além de permitir
um controle de velocidade melhor que o redutor com coroa/parafuso sem fim.
O torque maior necessário para acionar o sistema de redução com Harnonic Drive
se deve às características de projeto do Harnonic Drive. A montagem dos componentes
sem folga, ou até com interferência, permite uma reversão com zero histerese, mas por
outro lado apresenta um atrito elevado entre os componentes da redução.
As figuras 7.11 e 7.12 mostram os resultados das medições de velocidade com o
sistema em malha aberta, realizadas com variação de 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90,100%
da velocidade máxima do motor de acionamento.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
120
A figura 7.11 mostra os resultados de medição no redutor com coroa/parafuso
sem fim. A velocidade de avanço máxima da mesa no eixo x, permitida por este redutor,
é muito maior que a alcançada pelo redutor Harmonic Drive (figura 7.12). Também
observa-se uma melhor característica da velocidade de avanço no emprego da redução
Harmonic Drive. Observa-se que a velocidade não aumenta na mesma proporção que a
corrente (torque) do motor e também que o atrito viscoso é mais acentuado no emprego
do redutor Harmonic Drive.
Comparando-se os dois sistemas de avanço verifica-se que ambos perdem a
estabilidade da velocidade para velocidades de avanço maiores que 13,5 mm/min. Foi
levantada a hipótese de que essa instabilidade fosse causada pelo atrito misto da mesa
sobre as guias e que era evidenciada nas velocidades mais elevadas, pois a área
percorrida pela mesa sobre as guias era muito maior.
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
121
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.11
1111
11
R
R R
Resposta ao degrau do
esposta ao degrau do esposta ao degrau do
esposta ao degrau do sistema de avanço do redutor com parafuso sem
sistema de avanço do redutor com parafuso sem sistema de avanço do redutor com parafuso sem
sistema de avanço do redutor com parafuso sem
fim
fimfim
fim em malha aberta
em malha aberta em malha aberta
em malha aberta
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.12
1212
12
Resposta ao degrau do
Resposta ao degrau do Resposta ao degrau do
Resposta ao degrau do sistema de avanço com
sistema de avanço com sistema de avanço com
sistema de avanço com
Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive em malha
em malha em malha
em malha
aberta
abertaaberta
aberta
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
122
Para sanar esta dúvida, o mesmo ensaio foi repetido com o redutor Harmonic
Drive desacoplado da mesa. Este ensaio revelou que a instabilidade não era gerada pela
mesa e sim pelo próprio redutor (figura 7.13). Comparando as figuras dos ensaios com o
Harmonic Drive acoplado e desacoplado à mesa, confirma-se que o Harmonic Drive
requer a maior parte do torque do motor de acionamento, visto que os gráficos do torque
requerido são praticamente idênticos. A variação da velocidade é causada pelo atrito
viscoso do Harmonic Drive.
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.13
1313
13
Resposta ao degrau do
Resposta ao degrau do Resposta ao degrau do
Resposta ao degrau do Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive em malha aberta desacoplado da
em malha aberta desacoplado da em malha aberta desacoplado da
em malha aberta desacoplado da
mesa
mesamesa
mesa
A figura 7.14 representa a resposta ao degrau da corrente do motor empregando
um redutor Harmonic Drive utilizando o PWM sem compensação. A velocidade mantém a
estabilidade em todas as faixas enquanto a corrente apresenta certa instabilidade. A
estabilidade da velocidade é decorrente da ação do PWM que atua como limitador de
tensão forçando a corrente a compensar a potência exigida pelo redutor. Isto induz uma
vibração torcional na estrutura do motor.
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
123
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.14
1414
14
Resposta ao degrau do
Resposta ao degrau do Resposta ao degrau do
Resposta ao degrau do Harmonic Drive
Harmonic DriveHarmonic Drive
Harmonic Drive gerada
gerada gerada
gerada em malha fechada
em malha fechadaem malha fechada
em malha fechada
(
((
(PWM
PWMPWM
PWM)
))
)
A parcela desta energia liberada para a estrutura da máquina e para o sistema de
avanço é responsável por vibrações no sistema de avanço e na estrutura da base da
máquina-ferramenta. A parcela de energia transferida para a massa elevada da base, da
mesa divisora e do mancal aerostático excita o mancal com vibrações de amplitude
significativamente menores que as amplitudes de vibrações excitadas na massa menor da
mesa e base da ferramenta. A vibração da ferramenta é verificada pelos acelerômetros
acoplados ao suporte da ferramenta.
No monitoramento de vibrações foram realizadas medições no domínio do tempo
medindo-se os valores pico a pico das vibrações nos eixos Z e X da máquina. Os
acelerômetros foram instalados no mancal, local mais próximo da peça, e no porta
ferramenta, o mais próximo possível da ferramenta.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
124
A figura 7.15 destaca as amplitudes de vibrações geradas pelos acionamentos e
redutores. Nota-se que tanto nos ensaios realizados com o redutor Harmonic Drive bem
como com o redutor com coroa/parafuso sem fim, a vibração maior é verificada no porta
ferramenta, e menor no mancal aerostático.
O sistema de avanço com redutor Harmonic Drive apresenta maior amplitude de
vibrações do que o redutor com coroa/parafuso sem fim. Entretanto a vibração máxima
do acionamento com o Harmonic Drive é gerada quando o motor trabalha a 80% de sua
velocidade máxima, enquanto que no caso do redutor com coroa/parafuso sem fim o
motor trabalhava em 20% de sua rotação nominal. As vibrações geradas pelo conjunto
Harmonic Drive/motor, mesmo sendo maiores que as geradas pelo redutor com
coroa/parafuso sem fim, seguem um padrão, o que caracteriza positivamente este
redutor, pois assim se pode predizer a que nível se encontra a vibração e assim relevar
esta influência na avaliação da superfície usinada. As vibrações apresentadas pelo
conjunto redutor com coroa/parafuso sem fim /motor que não seguem um padrão com
repitibilidade ao longo do tempo.
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
125
Condição
CondiçãoCondição
Condição
Velocidade Fixação
1 3 mm/min Ferramenta
2 6 mm/min Ferramenta
3 9 mm/min Ferramenta
4 10,2 mm/min Ferramenta
5 12 mm/min Ferramenta
6 13,2 mm/min Ferramenta
7 15 mm/min Ferramenta
8 3 mm/min Mancal
9 6 mm/min Mancal
10 9 mm/min Mancal
11 10,2 mm/min Mancal
12 12 mm/min Mancal
13 13,2 mm/min Mancal
14 15 mm/min Mancal
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.15
1515
15
Amplitudes de
Amplitudes de Amplitudes de
Amplitudes de Vibrações
VibraçõesVibrações
Vibrações
χ
pp
verificadas com o acionamento com
verificadas com o acionamento comverificadas com o acionamento com
verificadas com o acionamento com
Harmonic
Harmonic Harmonic
Harmonic
Drive
DriveDrive
Drive e do redutor
e do redutor e do redutor
e do redutor com coroa/paraf
com coroa/parafcom coroa/paraf
com coroa/parafuso sem fim
uso sem fimuso sem fim
uso sem fim
A vibração verificada na máquina tem maior amplitude no eixo X do que no eixo
Z. Portanto as vibrações geradas pelo acionamento da mesa irão influenciar mais o
movimento da ferramenta do que a rugosidade da peça, pois uma vibração no eixo X
altera a distância entre as ranhuras, tendo uma menor influência sobre a rugosidade que
uma vibração no eixo Z, figura 7.16. A profundidade de rugosidade que efetivamente é
medida na peça é uma soma das amplitudes de vibração em X e em Z.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
126
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.16
1616
16
Influência das vibrações em X e Z sobre a profundidade de rugosidade R
Influência das vibrações em X e Z sobre a profundidade de rugosidade R Influência das vibrações em X e Z sobre a profundidade de rugosidade R
Influência das vibrações em X e Z sobre a profundidade de rugosidade R
t
tt
t
7.5
7.57.5
7.5 Refrigeração do motor CC
Refrigeração do motor CCRefrigeração do motor CC
Refrigeração do motor CC
A dissipação da energia em forma de calor do motor é feita pelo rotor. Por o
poder transferir este calor para o estator, boa parte do calor gerado é transmitida por
condução pelo eixo para o acoplamento e o redutor Harmonic Drive.
Para evitar o aquecimento do Harmonic Drive instalou-se um sistema de
arrefecimento com ar comprimido na flange que fixa o motor ao Harmonic Drive,
permitindo o arrefecimento do eixo. Tal medida o melhorou a estabilidade de
funcionamento do redutor Harmonic Drive. A maior mudança verificada foi na amplitude
de vibração da ferramenta figura 7.17, onde houve de acréscimo na perturbação.
Entretanto, os acelerômetros fixados no mancal não acusaram grandes mudanças de
vibração. Como o calor transmitido pelo redutor para a estrutura da máquina afeta a
exatidão da mesma, o arrefecimento deve ser procedido nos intervalos de usinagem.
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
127
Condição Velocidade Fixação
1 3 mm/min Ferramenta
2 6 mm/min Ferramenta
3 9 mm/min Ferramenta
4 10,2 mm/min Ferramenta
5 12 mm/min Ferramenta
6 13,2 mm/min Ferramenta
7 15 mm/min Ferramenta
8 3 mm/min Mancal
9 6 mm/min Mancal
10 9 mm/min Mancal
11 10,2 mm/min Mancal
12 12 mm/min Mancal
13 13,2 mm/min Mancal
14 15 mm/min Mancal
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.17
1717
17
A
AA
Amplitudes de vibrações
mplitudes de vibrações mplitudes de vibrações
mplitudes de vibrações
χ
pp
na fe
na fena fe
na fer
rr
rramenta e no mancal verificadas com e
ramenta e no mancal verificadas com e ramenta e no mancal verificadas com e
ramenta e no mancal verificadas com e
sem arrefecimento pneumático do eixo de acionamento
sem arrefecimento pneumático do eixo de acionamentosem arrefecimento pneumático do eixo de acionamento
sem arrefecimento pneumático do eixo de acionamento
Foi avaliada a curva de atrito do Harmonic Drive com e sem arrefecimento do eixo
do acionamento do avanço, para verificar se o fluxo de ar influenciou de alguma forma o
torque e a velocidade do sistema. Como se observa na figura 7.18, o mapa estático do
Harmonic Drive não mostrou diferenças significativas com o arrefecimento do eixo de
acionamento.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
128
Curva de Atrito
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
Velocidade (mm/min)
Torque (Ncm)
Harmonic Drive sem ar
Harmonic Drive com ar
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.18
1818
18
Curva de atrito
Curva de atrito Curva de atrito
Curva de atrito da mesa
da mesada mesa
da mesa em
em em
em X com e sem arrefecimento do eixo de
X com e sem arrefecimento do eixo de X com e sem arrefecimento do eixo de
X com e sem arrefecimento do eixo de
acionamento.
acionamento.acionamento.
acionamento.
7.6
7.67.6
7.6 Análise do comportamento da mesa
Análise do comportamento da mesa Análise do comportamento da mesa
Análise do comportamento da mesa sob controle
sob controlesob controle
sob controle de velocidade
de velocidade de velocidade
de velocidade
A figura 7.19 mostra que o controlador de velocidade do tipo PI não apresentou
nenhuma alteração na curva de atrito em relação ao sistema de acionamento em malha
aberta.
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
129
Curva de Atrito
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
-20 -10 0 10 20
Velocidade (mm/min)
Torque (Ncm)
CONTROLE-SEM AR
SEM CONTROLE-SEM AR
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.19
1919
19
Curva de atrito com e sem controle
Curva de atrito com e sem controle Curva de atrito com e sem controle
Curva de atrito com e sem controle de velocidade
de velocidade de velocidade
de velocidade
Entretanto, em velocidades mais altas, o modulador PWM provoca vibração de
amplitudes maiores que as vibrações verificadas no sistema em malha aberta (figura
7.20). Nos testes preliminares havia se verificado um zunido produzido pelo motor.
Essa vibração audível é provocada pela freqüência que trabalha o PWM.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
130
Condição Velocidade Fixação
1 3 mm/min Ferramenta
2 6 mm/min Ferramenta
3 9 mm/min Ferramenta
4 10,2 mm/min Ferramenta
5 12 mm/min Ferramenta
6 13,2 mm/min Ferramenta
7 15 mm/min Ferramenta
8 3 mm/min Mancal
9 6 mm/min Mancal
10 9 mm/min Mancal
11 10,2 mm/min Mancal
12 12 mm/min Mancal
13 13,2 mm/min Mancal
14 15 mm/min Mancal
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.20
2020
20
A
AA
Amplitude de vibração
mplitude de vibração mplitude de vibração
mplitude de vibração
χ
pp
com e sem
com e sem com e sem
com e sem controlado PI
controlado PIcontrolado PI
controlado PI
Para verificar a estabilidade da velocidade do controlador foi feita a comparação
entre a velocidade adquirida pelo PWM com controle (figura 7.21) e sem controlador
(figura 7.22). Os ensaios foram feitos na velocidade de avanço de 12 mm/min (200
µm/s), velocidade de avanço empregado para usinagem com 2000 rpm do mancal. As
constantes do controle PID usados neste experimento foram: Kp=1, Ki=1 e Kd=0.
Mostra-se que com esse controle a variação da velocidade é muito maior. O controle
varia modificando o período do PWM, ou seja, varia diretamente a tensão do motor. Bem
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
131
diferente do gráfico de velocidade com controle, o PWM sem controle se mantém com o
mesmo período estando sujeito apenas às variações da tensão da fonte.
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.21
2121
21
Gráfico da corrente e da velocidade com
Gráfico da corrente e da velocidade com Gráfico da corrente e da velocidade com
Gráfico da corrente e da velocidade com PWM
PWMPWM
PWM com controle
com controle com controle
com controle (MF)
(MF) (MF)
(MF)
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.22
2222
22
Gráfico da corrente e da velocidade com
Gráfico da corrente e da velocidade com Gráfico da corrente e da velocidade com
Gráfico da corrente e da velocidade com PWM
PWMPWM
PWM sem controle
sem controle sem controle
sem controle (MA)
(MA) (MA)
(MA)
Para melhor entender o comportamento da velocidade, foram feitas aquisições da
amplitude da variação da velocidade num período de 20000 segundos (Figura 7.23).
Observa-se que a amplitude da variação pico-vale foi de 1,3mm/min em média,
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
132
enquanto que o pico-a-pico foi de 1,8mm/min. no sem controle PI (Figura 7.24), o
valor pico-vale foi de 0,4mm/min e o valor pico-a-pico 0,85mm/min. Com isso conclui-
se que o controle mantém a velocidade em 12mm/min, entretanto ele prejudica a
suavidade de movimento da mesa.
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.23
2323
23
Gráfico da corrente e da velocidade com
Gráfico da corrente e da velocidade com Gráfico da corrente e da velocidade com
Gráfico da corrente e da velocidade com PWM
PWMPWM
PWM com controle
com controle com controle
com controle
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.24
2424
24
Gráfico da corrente e da velocidade com
Gráfico da corrente e da velocidade com Gráfico da corrente e da velocidade com
Gráfico da corrente e da velocidade com PWM
PWMPWM
PWM sem controle
sem controle sem controle
sem controle
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
133
7.7
7.77.7
7.7 Análise
Análise Análise
Análise da influência
da influência da influência
da influência do
do do
do atomizador
atomizadoratomizador
atomizador de fluido de corte
de fluido de corte de fluido de corte
de fluido de corte sobre as amplitudes de
sobre as amplitudes de sobre as amplitudes de
sobre as amplitudes de
vibração da ferramenta e do mancal
vibração da ferramenta e do mancalvibração da ferramenta e do mancal
vibração da ferramenta e do mancal
A utilização do aerógrafo como atomizador de fluido de corte possibilitou um
controle maior da vazão de fluido assim como da qualidade de atomização (fluido 100%
nebulizado, sem liberar gotículas grandes). O ensaio de vibração com o aerógrafo (figura
7.25) foi realizado com a abertura para a liberação do fluido suficiente para o processo,
sem, no entanto, molhar o cavaco e a pressão do ar de 3 bar (conforme experimento
feito por Guimarães (2004)).
Verificou-se que, tanto a vibração
χ
pp
no eixo X quanto no eixo Z são quase
idênticas. Isso significa que o aerógrafo interfere na rugosidade do componente usinado.
Assim como verificado por Guimarães (2004), as vibrações como um todo,
causadas pelo atomizador, aumentam cerca de dez vezes em relação ao sistema sem a
atomização de fluido de corte. Isto proporciona uma forte contribuição nas vibrações da
máquina (comparando todas as condições com as condições 4 e 8).
As condições 1, 2, 5 e 6 mostram que com a ferramenta montada ocorrem
vibrações mais acentuadas no sistema, o que permite concluir que é a ferramenta que
provoca o fluxo de ar turbulento e assim a vibração.
Resultados
Resultados Resultados
Resultados
Capítulo 7
Capítulo 7Capítulo 7
Capítulo 7
134
Figura
Figura Figura
Figura 7
77
7.
..
.25
2525
25
Vibração do
Vibração do Vibração do
Vibração do atomizador
atomizadoratomizador
atomizador
Condição Detales Fixação pressão
1 aerógrafo na ferramenta
Ferramenta
3 bar
2 aerógrafo na ferramenta e na peça
Ferramenta
3 bar
3 aerógrafo na peça Ferramenta 3 bar
4 aerografo off
Ferramenta
0 bar
5 aerógrafo na ferramenta
Mancal
3 bar
6 aerógrafo na ferramenta e na peça
Mancal
3 bar
7 aerógrafo na peça
Mancal
3 bar
8 aerografo off
Mancal
0 bar
Capítulo 8
Capítulo 8Capítulo 8
Capítulo 8
Conclusões e Sugestões
Conclusões e Sugestões Conclusões e Sugestões
Conclusões e Sugestões
135
8
88
8 CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROSCONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
8.1
8.18.1
8.1 Conclusão
ConclusãoConclusão
Conclusão
Com o objetivo de conhecer os elementos dos acionamentos empregados com
controle em malha fechada para usinagem de ultraprecisão, o acionamento composto
por um motor CC, redutor por correia dentada e coroa/parafuso sem fim foi substituído
por um sistema de avanço composto por um motor CC acoplado a um redutor Harmonic
Drive. Esta modificação associada a um sistema de controle da velocidade de avanço em
malha fechada permitiu uma melhor suavidade do movimento de avanço e reduzir a
menor velocidade de avanço.
Em decorrência da elevada dissipação de energia do redutor Harmonic Drive é
necessário prover o sistema de avanço com um acionamento mais potente que o
empregado para o sistema de avanço com redutos coroa/parafuso sem fim. Por outro
lado, a queda de torque verificada no início do movimento (efeito Stribeck) é menor e
com isso se tem um menor efeito do fenômeno stick-slip e o que proporcionou a
obtenção de uma menor velocidade estável para a usinagem de ultraprecisão.
De acordo com os resultados obtidos nos ensaios de vibração, o acionamento
utilizando o redutor Harmonic Drive apresentou mais vibração do que o antigo redutor.
Apesar de a vibração ser elevada ela não se mostrou caótica como a do redutor antigo.
A vibração gerada segue um padrão inerente à velocidade. Quanto maior a velocidade
maior é a vibração. Conclui-se que a vibração está inerente às características do motor.
A histerese do movimento em X verificada nos dois sistemas de avanço testados é
praticamente a mesma, mostrando que a sua causa é proveniente das folgas no fuso
trapezoidal com a respectiva porca fixa à fuso-mesa. Essa histerese impede a mesa de
reverter o sentido de movimento durante a usinagem e assim impedindo o exato controle
do seu posicionamento.
O controle da velocidade de avanço garante que esta permaneça dentro de
limites mais estáveis que os verificados sem a malha de controle. No entanto ainda se
Conclusões e Sugestões
Conclusões e Sugestões Conclusões e Sugestões
Conclusões e Sugestões
Capítulo 8
Capítulo 8Capítulo 8
Capítulo 8
136
verifica uma variação cíclica da velocidade de avanço não se mostrando muito eficiente
na suavização do movimento da mesa. Entretanto os hardware’s microcontrolador PIC e
o driver CINKO se mostraram capazes de lidar com esta adversidade além de facilitar a
interação homem/máquina.
A implementação do aerógrafo para a atomização do fluido de corte, porém
ainda excita a ferramenta com vibrações.
O uso do aerógrafo para atomização do fluido de corte gerou consideráveis
resultados tanto ao quesito qualidade superficial da peça (avaliação visual) quanto na
qualidade do ambiente de trabalho, além de tornar mais prática a operação de
usinagem. Porém o uso do aerógrafo ainda gera vibrações excitando a ferramenta.
O ar comprimido injetado entre o motor e o redutor Harmonic Drive da mesa de
escorregamento, para resfriar o rotor do motor, deve ser melhor estudado. Em ensaios
onde a vazão de ar era reduzida, para diminuir o ruído, havia um aumento irregular de
velocidade da mesa.
8.2
8.28.2
8.2 Sugestões para futuros trabalhos
Sugestões para futuros trabalhosSugestões para futuros trabalhos
Sugestões para futuros trabalhos
Automatizar o processo instalando um motor de passo no eixo Z da mesa e
incorporando ao microcontrolador PIC
Incorporar o fim de curso ao microcontrolador PIC
Desenvolver a interação real time entre PC e PIC
Melhorar a resolução do encoder linear utilizando um interpolador
Até que sejam compreendidos melhor estas influências negativas,
recomenda-se que o resfriamento do motor seja feito com o motor
desligado.
Construir um porta-ferramenta com regulagem de altura da ferramenta
Verificar a possibilidade da placa de aquisição National Instuments
controlar o processo de usinagem
Capítulo 8
Capítulo 8Capítulo 8
Capítulo 8
Conclusões e Sugestões
Conclusões e Sugestões Conclusões e Sugestões
Conclusões e Sugestões
137
Melhorar o processo de usinagem via software do microcontrolador PIC
reformulando o algoritmo de controle incorporando um algoritmo de
controle FeedForward ao controle PI
Para diminuir a influência do motor na vibração recomenda-se que o motor
CC seja substituído por outro de maior potência
Recomenda-se que este fuso trapezoidal seja substituído por um fuso de
esferas recirculantes.
Deve ser realizado um estudo mais aprofundado sobre o aerógrafo, pois
seus recursos não foram totalmente explorados.
Por fim, recomenda-se que seja pesquisado as causas da variação de
velocidade de avanço da mesa com a injeção de ar comprimido para o
resfriamento do rotor do motor.
Conclusões e Sugestões
Conclusões e Sugestões Conclusões e Sugestões
Conclusões e Sugestões
Capítulo 8
Capítulo 8Capítulo 8
Capítulo 8
138
Capítulo 9 Referências
139
9
99
9 REFERÊNCIAS
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS
ADLER, M.; SURTELL, T. Pulse Width Modulation
Pulse Width ModulationPulse Width Modulation
Pulse Width Modulation”. Disponível em: <http://
www.eleinmec.com/article.asp?28>. Acesso em: 12 dezembro 2006.
AIEE Committee Reports. Proposed Symbols and Terms for Feedback Controls
Proposed Symbols and Terms for Feedback Controls Proposed Symbols and Terms for Feedback Controls
Proposed Symbols and Terms for Feedback Controls
System
SystemSystem
Systems.
s.s.
s. Elec. Eng. vol. 70, 1951.
ARMSTRONG-HÉLOUVRY, B.; DUPONT, P.; DE WIT, C. C. “A Survey of Models,
“A Survey of Models, “A Survey of Models,
“A Survey of Models,
Analysis Tools and Compensation Methods for the Control of Machines with Friction”
Analysis Tools and Compensation Methods for the Control of Machines with Friction”Analysis Tools and Compensation Methods for the Control of Machines with Friction”
Analysis Tools and Compensation Methods for the Control of Machines with Friction”.,
Oxford 1994, v. 30, Automatica n. 7.
AZEVEDO, A. B. P. “Sistemas de Con
Sistemas de ConSistemas de Con
Sistemas de Controlo de Tempo Real
trolo de Tempo Realtrolo de Tempo Real
trolo de Tempo Real”. Disponível em:
<http://www.ualg.pt/est/adee/disciplinas/ciclo2/ano5/semestre1/SCTR/material/Sistema
s%20de%20Tempo%20Real%20-%20Apontamentos.pdf>. Acesso em: 19 janeiro 2007.
BAYER, R.G., Mechanical we
Mechanical weMechanical we
Mechanical wear
arar
ar perdiction and prevention
perdiction and prevention perdiction and prevention
perdiction and prevention, New York 1994, Marcel
Dekker Inc.
BARR, M. Introduction to Pulse Width Modulation (PWM)
Introduction to Pulse Width Modulation (PWM)Introduction to Pulse Width Modulation (PWM)
Introduction to Pulse Width Modulation (PWM)”. Disponível em:
<http://www.netrino.com/Publications/Glossary/PWM.php>. Acesso em: 12 março
2006.
BOLTON, W. Engenharia de Controle
Engenharia de ControleEngenharia de Controle
Engenharia de Controle. Makron Books, capítulos 1 e 10, 1995.
BRUCIAPAGLIA, A.H. Sobre o desenvolvimento do controlador PID
Sobre o desenvolvimento do controlador PIDSobre o desenvolvimento do controlador PID
Sobre o desenvolvimento do controlador PID
–AA/UFSC:
AA/UFSC: AA/UFSC:
AA/UFSC:
nova proposta para processos com atraso de transporte dominante.
nova proposta para processos com atraso de transporte dominante.nova proposta para processos com atraso de transporte dominante.
nova proposta para processos com atraso de transporte dominante. 1992. Dissertação
(Professor Titular) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
CAON, J. R. Controladore
ControladoreControladore
Controladores PID Industriais com Sintonia Automática por
s PID Industriais com Sintonia Automática por s PID Industriais com Sintonia Automática por
s PID Industriais com Sintonia Automática por
Realimentação a Relé.
Realimentação a Relé.Realimentação a Relé.
Realimentação a Relé. USP, 1999.
College of Engineering University of Michigan. PID Tutorial
PID TutorialPID Tutorial
PID Tutorial”. Disponível em:
<http://www.engin.umich.edu/group/ctm/PID/PID.html>. Acesso em: 20 janeiro 2007.
Data Sheet, PIC
PICPIC
PIC1
11
16F877A 28/40/44
6F877A 28/40/44 6F877A 28/40/44
6F877A 28/40/44
Pin Enhanced Flash Microcontrolers
Pin Enhanced Flash Microcontrolers Pin Enhanced Flash Microcontrolers
Pin Enhanced Flash Microcontrolers.
Microchip Technology, 2003. URL: <http://www.microchip.com>. Acesso em:
05/11/2004.
Referências
Referências Referências
Referências
Capítulo 9
Capítulo 9Capítulo 9
Capítulo 9
140
D’ELIA, C. L. M. Compensação de Atrito em Atuadores Hidráulicos Utilizando
Compensação de Atrito em Atuadores Hidráulicos Utilizando Compensação de Atrito em Atuadores Hidráulicos Utilizando
Compensação de Atrito em Atuadores Hidráulicos Utilizando
Redes Neurais
Redes NeuraisRedes Neurais
Redes Neurais. Florianópolis, 2003. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de
Santa Catarina.
DOWSON, D. History of Tribology
History of TribologyHistory of Tribology
History of Tribology, London 1997, Professional Engineering
Publishing.
EUROPA LEHRMITTEL. Tabellenbuch Metall 38 auflage.
Tabellenbuch Metall 38 auflage. Tabellenbuch Metall 38 auflage.
Tabellenbuch Metall 38 auflage. Wuppertal, 1992. Verlag
Europa-Lehrmittel
FANUC LTD. Supernano
Supernano Supernano
Supernano Machine:
Machine: Machine:
Machine: Fanuc ROBOnano Ui. Japão. Disponível em:
<http://www.fanuc.co.jp/en/profile/index.htm>. Acesso em: 22 nov. 2006
GANDHI, P. S.; GHORBEL, F. H. "Closed
"Closed"Closed
"Closed-
--
-Loop Compensation of Kinematic Error
Loop Compensation of Kinematic Error Loop Compensation of Kinematic Error
Loop Compensation of Kinematic Error
in Harmonic Drives for Precision Control Applications"
in Harmonic Drives for Precision Control Applications"in Harmonic Drives for Precision Control Applications"
in Harmonic Drives for Precision Control Applications", 2002, IEEE Transactions on
Control Systems Technology, Vol.10, No. 6.
GUIMARÃES, M. P. Diagnóstico em um torno de ultraprecisão utilizando técnicas
Diagnóstico em um torno de ultraprecisão utilizando técnicas Diagnóstico em um torno de ultraprecisão utilizando técnicas
Diagnóstico em um torno de ultraprecisão utilizando técnicas
de monitoramento e automação
de monitoramento e automaçãode monitoramento e automação
de monitoramento e automação. Florianópolis, 2004. Dissertação (Mestrado) -
Universidade Federal de Santa Catarina.
GARDNER, N. "PICmicro MCU C: An Introduction to Programming the Microchip
"PICmicro MCU C: An Introduction to Programming the Microchip "PICmicro MCU C: An Introduction to Programming the Microchip
"PICmicro MCU C: An Introduction to Programming the Microchip
PIC in CCS C"
PIC in CCS C"PIC in CCS C"
PIC in CCS C". Wisconsin 2002, Bluebird Technical Press Ltd.
HALLING, J. Principles of Tribology.
Principles of Tribology. Principles of Tribology.
Principles of Tribology. 1. ed. Hong Kong: The Macmillan Press ltd,
1975.
Harmonic Drive LLC. SHF
SHFSHF
SHF-
--
-2UH Ho
2UH Ho2UH Ho
2UH Housed Unit Series
used Unit Seriesused Unit Series
used Unit Series”. Disponível em:
<http://www.harmonicdrive.net/products/catalognavigator/>. Acesso em: 16 mar. 2007.
HUTCHINGS, I. M., Tribology: Friction and wear of engineering materials,
Tribology: Friction and wear of engineering materials, Tribology: Friction and wear of engineering materials,
Tribology: Friction and wear of engineering materials, Great
Britain 1992, Edward Arnold Pubication Ltd.
IBRAHIM, D. "M
"M"M
"Microcontroller Based Applied Digital Control"
icrocontroller Based Applied Digital Control"icrocontroller Based Applied Digital Control"
icrocontroller Based Applied Digital Control". Chichester, 2006:
John Wiley Publishing Ltd.
KORUS, R. J. H
HH
H-
--
-Bridge Fundamentals
Bridge FundamentalsBridge Fundamentals
Bridge Fundamentals”. Disponível em:
<http://roko.ca/articles/hbridge.php?page=2>. Acesso em: 9 janeiro 2007.
Capítulo 9 Referências
141
Large Optics Diamond Turning Machine. “LODTM
LODTMLODTM
LODTM” Disponiver em:
<http://www.eng.llnl.gov/lodtm/about_pg2.html>. Acesso em: 20 março 2006
LUDEMA, K. C., Friction, wear
Friction, wearFriction, wear
Friction, wear, lubri
, lubri, lubri
, lubrication: a textbook in tribology
cation: a textbook in tribologycation: a textbook in tribology
cation: a textbook in tribology, Michigan 1996
CRC Press.
LUDEMA, K. C. Friction , in CRC Handbook of Lubrication
Friction , in CRC Handbook of LubricationFriction , in CRC Handbook of Lubrication
Friction , in CRC Handbook of Lubrication, Vol II Theory & Design,
Michigan 1988, CRC Press.
McMANIS, C. “H
HH
H-
--
-Bridges: Theory and Practice
Bridges: Theory and PracticeBridges: Theory and Practice
Bridges: Theory and Practice”. Disponível em:
<http://www.mcmanis.com/chuck/robotics/tutorial/h-bridge/index.html>. Acesso em: 8
janeiro 2007.
MARTIN, C. A. Acionamento
AcionamentoAcionamento
Acionamento de avanço para máquina
de avanço para máquinade avanço para máquina
de avanço para máquina-
--
-ferramen
ferramenferramen
ferramenta.
ta. ta.
ta. Florianópolis,
_____ - Universidade Federal de Santa Catarina.
MARTIN, C. A. Acionamento
AcionamentoAcionamento
Acionamentos eletromecânicos em automação de máquinas e
s eletromecânicos em automação de máquinas e s eletromecânicos em automação de máquinas e
s eletromecânicos em automação de máquinas e
instrumentos.
instrumentos. instrumentos.
instrumentos. Florianópolis, 1996 - Universidade Federal de Santa Catarina.
MARU, M. M. Estudo do desgaste e atrito de
Estudo do desgaste e atrito de Estudo do desgaste e atrito de
Estudo do desgaste e atrito de um Par Met
um Par Metum Par Met
um Par Metálico Sob Deslizamento
álico Sob Deslizamento álico Sob Deslizamento
álico Sob Deslizamento
Lubrificado.
Lubrificado. Lubrificado.
Lubrificado. São Paulo 2003. Tese (doutorado) Escola Politécnica da Universidade de
São Paulo.
Microchip Technology Inc. "PIC16F87XA Data Sheet
PIC16F87XA Data SheetPIC16F87XA Data Sheet
PIC16F87XA Data Sheet". Disponível em:
<ww1.microchip.com/downloads/en/DeviceDoc/39582b.pdf>. Acesso em: 20 janeiro
2007.
MOORE NANOTECHNOLOGY SYSTEMS. Products.
Products. Products.
Products. Disponível em:
<http://www.nanotechsys.com/NanotechProducts.html>. Acesso em: 22 maio 2005.
MOORE TOOL COMPANY. Jig Grinder Remanufacturing.
Jig Grinder Remanufacturing. Jig Grinder Remanufacturing.
Jig Grinder Remanufacturing. Disponível em:
<http://www.mooretool.com> ou em <www.thomasregister.com/olc/mooretool/reman
uf2.htm>. Acesso em: 22 agosto 2005.
MOORE, W. R. Fundations of accuracy.
Fundations of accuracy. Fundations of accuracy.
Fundations of accuracy. TMSTC, 1989.
OGATA, K. Engenharia de Controle Moderno
Engenharia de Controle ModernoEngenharia de Controle Moderno
Engenharia de Controle Moderno. Prentice Hall, edição, capítulos
1, 3 e 10, 2003.
Referências
Referências Referências
Referências
Capítulo 9
Capítulo 9Capítulo 9
Capítulo 9
142
PEREIRA, M. Desenvolvimento de uma
. Desenvolvimento de uma. Desenvolvimento de uma
. Desenvolvimento de uma mesa de retificação para a usinagem de
mesa de retificação para a usinagem de mesa de retificação para a usinagem de
mesa de retificação para a usinagem de
sapatas planas circulares para mancais aerostáticos
sapatas planas circulares para mancais aerostáticossapatas planas circulares para mancais aerostáticos
sapatas planas circulares para mancais aerostáticos. Florianópolis, 1998. Dissertação
(Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina.
PERNÍA, A. M. “Descripción Detallada del PIC16F877”
“Descripción Detallada del PIC16F877”“Descripción Detallada del PIC16F877”
“Descripción Detallada del PIC16F877”. Disponível em:
<www2.ate.uniovi.es/personal/personales/alberto/detalladaPic16F877.pdf>. Acesso em:
20 janeiro 2007.
RABE, R. G. Desenvolvimento de um sistema de fixação e ajustagem de ferramenta
Desenvolvimento de um sistema de fixação e ajustagem de ferramenta Desenvolvimento de um sistema de fixação e ajustagem de ferramenta
Desenvolvimento de um sistema de fixação e ajustagem de ferramenta
para usinagem de ultrapresição.
para usinagem de ultrapresição.para usinagem de ultrapresição.
para usinagem de ultrapresição. Florianópolis, 2001. Dissertação (Mestrado) -
Universidade Federal de Santa Catarina.
RICO, J. E. N. Controle Clássico.
Controle Clássico.Controle Clássico.
Controle Clássico. Disponível em: <http://www.das.ufsc.br/~julio/
curso_classico.pdf>. Acesso em: 22 fevereiro 2006.
SCHOOL OF INDUSTRIAL & MANUFATURING SCIENCE. Tetraform.
Tetraform.Tetraform.
Tetraform. Disponível
em: <http://www.cranfield.ac.uk/sims/mem/dave_s/tetraform.html>. Acesso em: 19
dezembro 2005.
SCHROETER, R. B.; WEINGAERTNER, W. L. Usinagem de ultraprecisão de
Usinagem de ultraprecisão de Usinagem de ultraprecisão de
Usinagem de ultraprecisão de
elementos ópticos transmissivos no espectro infravermelho.
elementos ópticos transmissivos no espectro infravermelho.elementos ópticos transmissivos no espectro infravermelho.
elementos ópticos transmissivos no espectro infravermelho. 1997. Tese (Doutorado) -
Universidade Federal de Santa Catarina.
SCHROETER, R. B. Forças na usinagem de ultraprecisão
Forças na usinagem de ultraprecisãoForças na usinagem de ultraprecisão
Forças na usinagem de ultraprecisão. In: PORTO, A. J. Vieira
(Org.). Usinagem de ultraprecisão.
Usinagem de ultraprecisão. Usinagem de ultraprecisão.
Usinagem de ultraprecisão. São Carlos: RiMa, FAPESP, 2004.
SILVA Jr., V. P. Microcontroladores
Microcontroladores Microcontroladores
Microcontroladores PIC
PICPIC
PIC
teoria e prática
teoria e prática teoria e prática
teoria e prática. São Paulo, 1998. Edição
do autor.
SPÄNNARE, S. Some power PWM
Some power PWMSome power PWM
Some power PWM-
--
-drivers for electric DC motors
drivers for electric DC motorsdrivers for electric DC motors
drivers for electric DC motors”. Disponível em:
<http://www.spaennare.se/pwm.html>. Acesso em: 12 dezembro 2006.
SPENRATH, N. M. Technologische Aspekte zum Feinstdrehen von Kupferspiegeln.
. Technologische Aspekte zum Feinstdrehen von Kupferspiegeln. . Technologische Aspekte zum Feinstdrehen von Kupferspiegeln.
. Technologische Aspekte zum Feinstdrehen von Kupferspiegeln.
Köln, 1991. Der Fakultät r Maschinenwen der RWTH Aachen vorgelegte Dissatation
zur Erlangung des akademischen Grades Eines.
STOETERAU, R. L.; Universidade Federal de Santa Catarina. Desenvolvimento do
Desenvolvimento do Desenvolvimento do
Desenvolvimento do
protótipo de uma máquina
protótipo de uma máquinaprotótipo de uma máquina
protótipo de uma máquina-
--
-ferramenta comandada numericamente para usinagem de
ferramenta comandada numericamente para usinagem de ferramenta comandada numericamente para usinagem de
ferramenta comandada numericamente para usinagem de
Capítulo 9 Referências
143
ultraprecisão com ferr
ultraprecisão com ferrultraprecisão com ferr
ultraprecisão com ferramenta de geometria definida
amenta de geometria definidaamenta de geometria definida
amenta de geometria definida. Florianópolis, 1999. Tese
(Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina.
SUGANO, T.; TAKEUSHI, K. Diamond Turning of an Aluminum Alloy for Mirror.
Diamond Turning of an Aluminum Alloy for Mirror. Diamond Turning of an Aluminum Alloy for Mirror.
Diamond Turning of an Aluminum Alloy for Mirror.
Annals of the CIRP
Annals of the CIRPAnnals of the CIRP
Annals of the CIRP, Vol. 36/1/1987.
TANIGUCHI, N. F
FF
Future Trends of Nanot
uture Trends of Nanotuture Trends of Nanot
uture Trends of Nanotechnology.
echnology. echnology.
echnology. Japan Society of Precision
Engineers. Vol. 26, Nr. 1, mar. 1992.
TANTOS, A. H
HH
H-
--
-bridge secrets part 1
bridge secrets part 1bridge secrets part 1
bridge secrets part 1”. Disponível em: <http://
www.modularcircuits.com/h-bridge_secrets1.htm>. Acesso em: 9 janeiro 2007.
WEINGAERTNER, W. L.; SCHROETER, R. B. Tecno
TecnoTecno
Tecnologia de usinagem do alumínio e suas
logia de usinagem do alumínio e suas logia de usinagem do alumínio e suas
logia de usinagem do alumínio e suas
ligas
ligasligas
ligas.
..
. ALCAN 1990
ZIEGLER, J. G.; NICHOLS, N. B. Optimum Settings for Automatic Controllers
Optimum Settings for Automatic ControllersOptimum Settings for Automatic Controllers
Optimum Settings for Automatic Controllers,
ASME Transaction, v. 64, p. 759-768, Nov. 1942.
______. Harmonic drive Disponível em: <
http://www.waltmusser.org/
z> e
<
http://www.hds.co.jp/HDS_hp_english/english/
>. Acesso em 12 junho 2006.
______. Cuscopic estação de trabalho didático Disponível em:
<http://www.mecatronica.org.br/disciplinas/cuscopic/cusco.htm>. Acesso em 5 abriu
2005.
Referências
Referências Referências
Referências
Capítulo 9
Capítulo 9Capítulo 9
Capítulo 9
144
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
145
Anexo A
Anexo AAnexo A
Anexo A
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
146
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
147
Figura
Figura Figura
Figura A.
A.A.
A.0
00
0.
..
.1
11
1
Dados técnicos do motor CC
Dados técnicos do motor CC Dados técnicos do motor CC
Dados técnicos do motor CC Minertia
Minertia Minertia
Minertia
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
148
Figura
Figura Figura
Figura A.
A.A.
A.0
00
0.
..
.2
22
2
-
--
- E
E E
Esquemático do Cuscopic
squemático do Cuscopicsquemático do Cuscopic
squemático do Cuscopic
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
149
Figura A.
Figura A.Figura A.
Figura A.0
00
0.
..
.3
33
3
-
--
- Fluxo de corrente para acionar o motor (movimento para esquerda)
Fluxo de corrente para acionar o motor (movimento para esquerda) Fluxo de corrente para acionar o motor (movimento para esquerda)
Fluxo de corrente para acionar o motor (movimento para esquerda)
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
150
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
151
Anexo B
Anexo BAnexo B
Anexo B
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
152
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
153
Algoritmo de controle de velocidade e interface homem máquina implementado.
Algoritmo de controle de velocidade e interface homem máquina implementado.Algoritmo de controle de velocidade e interface homem máquina implementado.
Algoritmo de controle de velocidade e interface homem máquina implementado.
#include <16f877.h> // PIC16F877A
#include <16F877a-sfrs.H> // Biblioteca com os registradores do PIC16F877A
#use delay (clock=20000000) // Define o CLOCK usado (20MHz)
#define use_portd_lcd true
#include <lcd.c> // Funções de LCD
#INT_TIMER1 // Rotina de interrupcao do timer1
void t1_int();
#separate
int kbd_getc();
#separate
signed long kbd_data(int echo);
#separate
void PWM1_DUTY (signed long PWM1);
#separate
void posicao();
#separate
void lubrificacao();
#separate
void usinagem();
int modo=0; // (1) - Lubrificacao (2) - Usinagem
int direction=0; // (0) Parado (1) - Esquerda - (2) Direita
int passagem=0; // Estado da lubrificacao
int ch1_estado_atual; // Estado atual do sinal - regua
int ch1_estado_anterior; // Estado anterior do sinal - regua
int ch2_estado_atual; // Estado atual do sinal - regua - canal 2
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
154
int ch2_estado_anterior; // Estado anterior do sinal - regua - canal 2
int kp=10, ki=10, kd=0, dt=1; // Parametros do controlador
int16 pulsos=0, p_ant=0, v_atual=0, v_ref=0, delta_s=0;
signed int16 aatual=0, aant=0, e=0, eant=0;
signed int16 prop=0, inte=0, deri=0, derr=0, calc=0;
void main()
{
TRISC=0x00; // Porta C tudo saida
lcd_init();
output_low(PIN_C2); // Saida C2 (PWM) em baixo
while(1)
{
lcd_putc("\f1-L 2-U:");
modo = kbd_data(0);
if(modo==1) // Lubrificacao
lubrificacao();
if(modo==2) // Usinagem
usinagem();
}
}
#separate
int kbd_getc()
{
output_d(0x7E); //01111110
if (!input(PIN_D6)) return(0x01);
if (!input(PIN_D4)) return(0x02);
if (!input(PIN_D1)) return(0x03);
output_d(0xDE); //11011110
if (!input(PIN_D6)) return(0x04);
if (!input(PIN_D4)) return(0x05);
if (!input(PIN_D1)) return(0x06);
output_d(0xF6); //11110110
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
155
if (!input(PIN_D6)) return(0x07);
if (!input(PIN_D4)) return(0x08);
if (!input(PIN_D1)) return(0x09);
output_d(0xFA); //11111010
if (!input(PIN_D6)) return(0x10);
if (!input(PIN_D4)) return(0x00);
if (!input(PIN_D1)) return(0x11);
return(0xFF); // caso nada tenha sido pressionado
}
#separate
signed long kbd_data(int echo)
{
int cont=0; // Para retornar um numero com até 4 digitos
int32 lido=0; // Armazena o valor lido
int tecla; // Tecla precionada
while(1)
{
tecla = kbd_getc();
if (tecla == 0xff) // Nenhuma tecla pressionada
continue;
if (tecla == 0x11) // Enter
return(lido);
if (tecla == 0x10) // Cancel
return(-1);
delay_ms(10);
if (cont < 4)
{
cont ++;
lido = lido * 10; // Desloca uma dezena para armazenar o outro numero
lido = lido + tecla; // Armazena o numero pressionado
if(echo == 0) printf(lcd_putc,"%i",tecla);
if(echo == 1) lcd_putc("*");
output_high(PIN_E2); // Buzzer
delay_ms(10);
output_low(PIN_E2);
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
156
}
else
{
output_high(PIN_E2);
delay_ms(100);
output_low(PIN_E2);
}
while(tecla == kbd_getc()); // Enquanto a tecla eh a mesma espere
}
}
#separate
// PWM1 must be between 0 and 1023 - 10 bits
// Nessa configuracao do timer 2 vai ate 772
void PWM1_DUTY (signed long PWM1)
{
#BIT CCP1X = 0x17.5
#BIT CCP1Y = 0x17.4
#BYTE CCPR1L = 0x15
TRISC=0x00; // Porta C como saida para PWM
ccp1con = 0x0F; // CCP1CON Capture/Compare/PWM Control - put CCP1 into PWM mode
CCPR1L = (int)(PWM1>>2);
if (PWM1 & 1) // bit menos significativo
CCP1Y = 1;
else
CCP1Y = 0;
if (PWM1 & 2) // 2 bit menos significativo
CCP1X = 1;
else
CCP1X = 0;
}
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
157
#separate
void posicao()
{
while((modo==1)||(modo==2))
{
ch1_estado_atual=input(PIN_B1);
ch2_estado_atual=input(PIN_B2);
if(ch1_estado_atual)
{
if(ch1_estado_atual!=ch1_estado_anterior)
{
ch1_estado_anterior=1;
pulsos=pulsos+1;
//printf(lcd_putc,"\fPos: %6.1f\nVel: %lu", (float)pulsos*2.5, v_atual);
}
}
else
{
if(ch1_estado_atual!=ch1_estado_anterior)
{
ch1_estado_anterior=0;
pulsos=pulsos+1;
printf(lcd_putc,"\fPos: %6.1f\nVel: %lu", (float)pulsos*2.5, v_atual);
}
}
if(ch2_estado_atual)
{
if(ch2_estado_atual!=ch2_estado_anterior)
{
ch2_estado_anterior=1;
pulsos=pulsos+1;
//printf(lcd_putc,"\fPos: %6.1f\nVel: %lu", (float)pulsos*2.5, v_atual);
}
}
else
{
if(ch2_estado_atual!=ch2_estado_anterior)
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
158
{
ch2_estado_anterior=0;
pulsos=pulsos+1;
printf(lcd_putc,"\fPos: %6.1f\nVel: %lu", (float)pulsos*2.5, v_atual);
}
}
}
}
#separate
void lubrificacao()
{
// Configuracao do timer 1 - base de tempo
set_timer1(3036); // Seta o timer1 em 3036 (65536-62500=3036)
setup_timer_1(T1_INTERNAL|T1_DIV_BY_8); // Clock interno e Prescaler de 8
// Habilita interrupcoes
enable_interrupts(GLOBAL);
enable_interrupts(INT_TIMER1);
printf(lcd_putc,"\fPuxe pino oleo");
delay_ms(4000);
// Esquerda
output_low(PIN_C5);
output_high(PIN_C4);
// Saida C2 (PWM) em alto
output_high(PIN_C2);
passagem=1;
posicao();
}
#separate
void usinagem()
{
while((v_ref<=0)||(v_ref>=350))
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
159
{
lcd_putc("\fV_ref?:");
v_ref = kbd_data(0);
}
while((direction!=1)&&(direction!=2))
{
lcd_putc("\fDirecao:");
direction = kbd_data(0);
}
if(direction==1) // Seta direcao no driver
{
output_low(PIN_C5);
output_high(PIN_C4);
}
if(direction==2)
{
output_high(PIN_C5);
output_low(PIN_C4);
}
// Configuracao do timer 1 - base de tempo
set_timer1(3036); // Seta o timer1 em 3036 (65536-62500=3036)
setup_timer_1(T1_INTERNAL|T1_DIV_BY_8); // Clock interno e Prescaler de 8
setup_timer_2 ( T2_DIV_BY_4, 0xc0, 2);
// Habilita interrupcoes
enable_interrupts(GLOBAL);
// enable_interrupts(INT_EXT);
enable_interrupts(INT_TIMER1);
set_tris_b(0x03); // Seta porta B0 e B1 como entrada - sinal e int_ext
printf(lcd_putc,"\fIniciando...");
posicao(); // Mede posicao e velocidade(interrupcao)
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
160
}
#INT_TIMER1 // Rotina de interrupcao do timer1
void t1_int()
{
static int count=0;
count++;
// reinicia o timer1 em 3036 mais a contagem que ja passou
set_timer1(3036+get_timer1());
if((passagem==1)&&(pulsos>=30000))
{
// Buzzer
output_high(PIN_E2);
delay_ms(10);
output_low(PIN_E2);
// Para
output_low(PIN_C5);
output_low(PIN_C4);
printf(lcd_putc,"\fPuxe pino oleo");
delay_ms(4000);
// Direita
output_high(PIN_C5);
output_low(PIN_C4);
pulsos=0;
passagem=2;
}
if((passagem==2)&&(pulsos>=60000))
{
// Buzzer
output_high(PIN_E2);
delay_ms(10);
output_low(PIN_E2);
// Para
output_low(PIN_C5);
output_low(PIN_C4);
printf(lcd_putc,"\fPuxe pino oleo");
Anexos
AnexosAnexos
Anexos
161
delay_ms(4000);
// Esquerda
output_low(PIN_C5);
output_high(PIN_C4);
pulsos=0;
passagem=3;
}
if((passagem==3)&&(pulsos>=30000))
{
// Para
output_low(PIN_C5);
output_low(PIN_C4);
// Saida C2 (PWM) em baixo
output_low(PIN_C2);
pulsos=0;
passagem=0;
modo=0; // Reseta modo
}
if((count==10)&&(modo==2)) // Para atualizar de 1 em 1 segundo, controle
{
v_atual=(pulsos-p_ant)*10*2.5; // Velocidade = deslocamento (posicao atual - posicao
anterior)
printf(lcd_putc,"\nVel: %lu", v_atual);
p_ant=pulsos; // atualiza posicao anterior = posicao atual
count=0;
// Logica de controle
e = v_ref - v_atual; // erro
prop = (e * kp)/10; // proporcional
aatual = ((e + eant) / 2) * dt; // soma dos erros multiplicado pelo tempo.
aatual = aatual + aant;
inte = (aatual * ki)/10; // integral - soma dos erros. Limite -+ 32000
derr = (e - eant) / dt;
deri = (derr * kd)/10; // derivativo
if(inte > 32000) inte = 32000; // Valor maximo
if(inte < -32000) inte = -32000; // Valor minimo
calc = prop + inte + deri; // calculo PID
Anexos
Anexos Anexos
Anexos
162
if(calc > 772) calc = 772; // Valor maximo do duty
if(calc < 0) calc = 0; // Valor minimo do duty
PWM1_DUTY(calc);
eant = e;
aant = aatual;
}
}
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo