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Universidade do Extremo Sul Catarinense
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
ABELHAS E PLANTAS MELÍFERAS DA ZONA RURAL DOS MUNICÍPIOS
DE COCAL DO SUL, CRICIÚMA E NOVA VENEZA, SITUADOS
NA REGIÃO CARBONÍFERA NO SUL DO ESTADO
DE SANTA CATARINA
Nome do Autor: Márcio Silva
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Ambientais da Universidade
do Extremo Sul Catarinense para obtenção do Grau
de Mestre em Ciências Ambientais.
Orientadora:
Drª. Isabel Alves dos Santos
Criciúma
2005
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MÁRCIO SILVA
ABELHAS E PLANTAS MELÍFERAS DA ZONA RURAL DOS MUNICÍPIOS
DE COCAL DO SUL, CRICIÚMA E NOVA VENEZA, SITUADOS
NA REGIÃO CARBONÍFERA NO SUL DO ESTADO
DE SANTA CATARINA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do
Extremo Sul Catarinense para obtenção do Grau de
Mestre em Ciências Ambientais.
Orientadora:
Drª. Isabel Alves dos Santos
Criciúma
2005
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Comissão Julgadora:
Prof. Dr. _______
Prof. Dr. ________________
______________________________________
Profª. Drª. Isabel Alves dos Santos
Orientadora
AGRADECIMENTOS
Neste espaço, reservado para exaltarmos aquelas pessoas que nos auxiliaram a juntar os cacos no
transcurso dessa caminhada, vale lembrar que certamente sem elas não haveria cola suficiente que
pudesse ajudar a compor as peças de nossas horas de angústias, desânimos, estresses, indecisão, talvez
algumas de desespero (Tarciso Pereira, 2005).
A elas os mais profundos agradecimentos, e que as leis do universo saibam recompensar por
todos os momentos que me foram dedicados nesta jornada.
À diretoria de Pós-graduação da Unesc (Universidade do Extremo Sul Catarinense) pela
oportunidade oferecida à realização deste Curso.
À Profª. Drª. Isabel Alves dos Santos, pela amizade, apoio, orientação neste trabalho.
Aos taxonomistas Drª. Danúncia Urban (UFPR), Drª. Birgit Harter-Marques (PUCRS), MSc.
Alexsander Araújo de Azevedo (UFMG), Dr. Fernando Silveira (UFMG), bem como o Biólogo
Thiago de Souza, pela contribuição na identificação das espécies de abelhas.
Ao biólogo, professor e amigo Marcos Aurélio Da pelo apoio e identificação das espécies
vegetais.
Ao Prof. Dr. Álvaro José Back pela contribuição e apoio nos cálculos e índices estatísticos.
Ao Prof. Dr. Robson dos Santos do Herbário da UNESC pela contribuição na caracterização dos
fragmentos florestais das áreas de estudo e sugestões no início do trabalho.
À Cassiana de Souza, pelo incentivo, compreensão e respeito nas horas que precisei durante a
caminhada.
À colega de mestrado Letícia Essinger pela contribuição na digitação, formatação e releitura,
enfim, na finalização desta.
Aos estagiários do Laboratório de Abelhas Silvestres da UNESC: Morgana Sazan, Thiago de
Souza, Alexandre Miranda e Múcio Bratti Jr. pelo auxílio em várias etapas deste trabalho. Aos
estagiários do Departamento de Fitotecnia da Unesc, período 2004-2005, pelo auxílio nos trabalhos extra
campo.
E a todos aqueles que, durante toda esta jornada, se tornaram não colegas de classe, mas sim
colaboradores, sendo suas contribuições grifadas no resultado dessa etapa de minha caminhada.
Muito Obrigado!
À meus pais, Valdir e Teresinha, pela dedicação e confiança
Ao meu irmão Carlos Alberto, pelo apoio e amizade
Aos grandes amigos que faltei messes últimos meses
E principalmente à minha filha, Laurinha, seis felizes meses de luz, amor e
esperança.
OFEREÇO
ABELHAS E PLANTAS MELÍFERAS DA ZONA RURAL DOS MUNICÍPIOS DE
COCAL DO SUL, CRICIÚMA E NOVA VENEZA, SITUADOS NA REGIÃO
CARBONÍFERA NO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
RESUMO
A fragmentação de hábitats em conseqüência de atividades humanas é considerada a
maior ameaça à diversidade biológica. Estudos sobre organismos que vivem em interações
mutualísticas, como é o caso de abelhas e plantas, ampliam o conhecimento sobre as
importantes relações ecológicas presentes nestes fragmentos. O objetivo deste trabalho foi
conhecer a composição das espécies de abelhas e de plantas por elas visitadas, em fragmentos
de vegetação característica de Mata Atlântica nos municípios de Cocal do Sul, Criciúma e Nova
Veneza, situados na região Carbonífera no sul do Estado de Santa Catarina, contribuindo assim
para o conhecimento da estrutura da comunidade de abelhas, bem como fornecer dados para
incrementar projetos de recuperação das áreas alteradas pela mineração de carvão e argila. O
inventário foi realizado entre os meses de março de 2004 e fevereiro de 2005. A amostragem
seguiu métodos tradicionais de coleta das abelhas nas plantas em floração. Foram coletadas 131
espécies de abelhas que visitaram 65 espécies de plantas nas áreas estudadas. De um modo geral
a comunidade apresentou muitas espécies com poucos indivíduos e poucas espécies com muitos
indivíduos. O fragmento florestal situado no município de Criciúma mostrou maior diversidade,
sendo estatisticamente diferenciado dos outro dois municípios. Onze espécies e um subgênero
foram apontados pela primeira vez no Estado de Santa Catarina. A família Apidae mostrou-se
mais freqüente, embora a família Halictidae tenha se mostrado mais abundante. O padrão
fenológico das abelhas foi caracterizado por espécies ativas durante o ano todo, como, Apis
mellifera (Linnaeus, 1758), Trigona spinipes (Fabricius, 1793) e Augochlora spp., e, espécies
sazonais, como algumas Megachile. As abelhas consideradas predominantes foram A. mellifera,
Dialictus sp.1 e T. spinipes. A vegetação proporcionou recursos florais para as abelhas durante
todos os meses de estudo. As famílias de plantas que receberam maior número de visitas foram
Onagraceae, Asteraceae, Solanaceae, Ebenaceae e Verbenaceae. Ludwigia sp. foi a espécie
vegetal com maior número de espécies de abelhas visitantes e indivíduos coletados.
BEES AND MELITTOPHILOUS PLANTS OF THE RURAL AREA OF THE COCAL
DO SUL, CRICIÚMA AND NOVA VENEZA DISTRICTS, LOCATED AT THE
COALFIELD REGION IN SOUTHERN OF SANTA CATARINA STATE.
ABSTRACT
Habitat fragmentation due to human activities is the most threat to the biological
diversity. Studies on organisms that live in mutalistic interactions, as is the case of bees and
plants, improve the knowledge about the ecological relationships that occur in the remnants.
The aim of this work was to know the bee species composition and the plants visited by them in
fragments of the Atlantic Rainforest in Cocal do Sul, Criciúma and Nova Veneza districts,
located in the coalfield region in the southern of Santa Catarina state. The results will contribute
to the knowledge of bee community structure and can supply projects on restoration of
disturbed mining areas. The survey was carried between March 2004 and February 2005. The
sample followed traditional methods of collecting the bees on the flowers. 131 bee species were
sampled visiting 65 species of plants in the studied areas. In general, the community showed
many species with few individuals and few species with many individuals. Criciúma district
shows highest diversity, being statistically different from the two others districts. Eleven species
and one subgenus were mentioned for the first time for Santa Catarina state. Members of the
family Apidae were more frequent, while members of the Halictidae were more abundant.
Phenological pattern of the bees was characterized by species that were active the whole year
like Apis mellifera L. 1758, Trigona spinipes Fabricius, 1793 and Augochlora spp, and seasonal
species like some Megachile. Bees species considered dominant were A. mellifera, Dialictus
sp.1 and T. spinipes. The vegetation supplied floral resources for the bees during all the year.
The plant families that received more visits were Onagraceae, Asteraceae, Solanaceae,
Ebenaceae and Verbanaceae. Ludwigia sp was the plant species with highest number of visitors
in diversity as much as abundance.
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1 - Domínio da Mata Atlântica original......................................................................
2
Fig. 2 - Remanescentes da Mata Atlântica atual ............................................................
2
Fig. 3 - Área original sob domínio da Mata Atlântica no Estado de Santa Catarina........
4
Fig. 4 - Remanescentes da Mata Atlântica no Estado de Santa Catarina.......................
4
Fig. 5 - Mapa do Estado de Santa Catarina, destacando a Região Sul do Estado.........
10
Fig. 6 - Mapa da Região Sul do Estado de Santa Catarina, destacando-se os
municípios onde estão os pontos de coleta.........................................................
13
Fig. 7 - Fotos da estação de coleta no município de Cocal do Sul, destacando a
trilha.....................................................................................................................
14
Fig. 8 - Fotos da estação de coleta no município de Criciúma, destacando o
Rodoanel.............................................................................................................
15
Fig. 9 - Fotos da estação de coleta no município de Nova Veneza, destacando a Via
do Centenário......................................................................................................
16
Fig. 10 -
Distribuição do número de indivíduos, de gêneros e de espécies entre as
famílias de abelhas (Apoidea) coletados nas três áreas de estudo, entre
março de 2004 e fevereiro de 2005.....................................................................
31
Fig. 11 -
Distribuição do número de indivíduos, de gêneros e de espécies entre as
famílias de abelhas (Apoidea) coletados na zona rural do município de Cocal
do Sul, entre março de 2004 e fevereiro de 2005...............................................
32
Fig. 12 -
Distribuição do número de indivíduos, de gêneros e de espécies entre as
famílias de abelhas (Apoidea) coletados na zona rural do município de
Criciúma, entre março de 2004 e fevereiro de 2005...........................................
32
Fig. 13 -
Distribuição do número de indivíduos, de gêneros e de espécies entre as
famílias de abelhas (Apoidea) coletados na zona rural do município de Nova
Veneza, entre março de 2004 e fevereiro de 2005.............................................
33
Fig. 14 -
Distribuição do número de indivíduos entre as famílias de abelhas (Apoidea)
coletados nas três áreas de estudo, entre março de 2004 e fevereiro de
2005.....................................................................................................................
33
Fig. 15 -
Distribuição do número de espécies entre as famílias de abelhas (Apoidea)
coletados nas três áreas de estudo, entre março de 2004 e fevereiro de
2005.....................................................................................................................
34
Fig. 16 -
Distribuição do número de espécies por família de abelhas coletadas em
diferentes regiões do Sul do Brasil......................................................................
35
Fig. 17 -
Distribuição do número de gêneros por família de abelhas coletadas em
diferentes regiões do Sul do Brasil......................................................................
35
Fig. 18 -
Curva do coletor para amostras de abelhas (Apiformes) e curva para espécies
capturadas pela primeira vez nas três áreas de estudo, entre março de 2004 e
fevereiro de 2005 no sul do Estado de Santa Catarina.......................................
41
Fig. 19 -
Variação da temperatura e precipitação pluviométrica, entre março de 2004 e
fevereiro d 2005, no sul do Estado de Santa Catarina........................................
43
Fig. 20 -
Variação do número de indivíduos e espécies de abelhas coletados nas três
áreas de estudo, entre março de 2004 e fevereiro de 2005 no sul de SC..........
44
Fig. 21 -
Distribuição do número de espécies vegetais e do número de gêneros de
abelhas coletados por família de plantas visitadas nas três áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005............................................................
48
Fig. 22 -
Distribuição do mero de espécies vegetais e do número de espécies de
abelhas coletados por família de plantas visitadas nas três áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005............................................................
48
LISTA DE TABELAS
Tab. 1 -
Dados de temperatura e precipitação da região
carbonífera..............................
11
Tab. 2 - Relação de espécies de abelhas (Apiformes) coletados nas três áreas de
estudo, entre março de 2004 e fevereiro de 2005...............................................
25
Tab. 3 - Relação dos gêneros de abelhas (Apiformes) coletados nas áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005, e comuns (x) a outras
localidades...........................................................................................................
37
Tab. 4 - Classes de freqüência, constância, abundância e dominância das espécies de
abelhas (Apoidea) coletadas nas áreas de estudo, entre março de 2004 e
fevereiro de 2005.................................................................................................
40
Tab. 5 - Índices de abundância, diversidade e eqüitabilidade da comunidade de
abelhas (Apoidea) na zona rural dos municípios de Cocal do Sul, Criciúma e
Nova Veneza, entre março de 2004 e fevereiro de 2005....................................
42
Tab. 6 - Elação das espécies vegetais visitadas por abelhas nas três áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005..........................................
44
Tab. 7 - Classes de freqüência, constância, abundância e dominância das espécies de
plantas melíferas visitadas pelas abelhas consideradas dominantes, coletadas
nas áreas de estudo, entre março de 2004 e fevereiro de 2005.........................
49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................
1
2 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 10
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO.......................................................................
10
2.2.1 LOCALIZAÇÃO.................................................................................................
10
2.1.2 CLIMA.....................................
..........................................................................
11
2.1.3 RELEVO........................................................................................................... 12
2.1.4 VEGETAÇÃO....................................................................................................
12
2.1.5 ASPECTOS ECONÔMICOS............................................................................ 12
2.2 LOCAL DE ESTUDO...........................................................................................
13
2.2.1 ÁREA 1: COCAL DO SUL (CS)........................................................................
14
2.2.2 ÁREA 2: CRICIÚMA (Cri)................................................................................. 15
2.2.3 ÁREA 3:NOVA VENEZA (NV)..........................................................................
16
2.3 METODOLOGIA..................................................................................................
17
2.3.1 FREQÜÊNCIA.................................................................................................. 18
2.3.2 CONSTÂNCIA.................................................................................................. 19
2.3.3 DOMINÂNCIA...................................................................................................
19
2.3.4 DIVERSIDADE..................................................................................................
20
2.3.4.1 ABUNDÂNCIA............................................................................................... 21
2.3.4.2 ÍNDICE DE ABUNDÂNCIA............................................................................
21
2.3.4.3 ÍNDICES DE DIVERSIDADE.........................................................................
22
2.3.5 ANÁLISE DA FLORA........................................................................................
23
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................
25
4 CONCLUSÕES..........................................................................................................
51
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 52
APÊNDICE A................................................................................................................
59
APÊNDICE B................................................................................................................
65
APÊNDICE C................................................................................................................
70
APÊNDICE D................................................................................................................
95
APÊNDICE E................................................................................................................
111
1 INTRODUÇÃO
O Domínio da Mata Atlântica refere-se em sistemas recentes de classificação no
Brasil as formações florestais e ecossistemas associados que apresentam as tipologias:
Floresta Ombrófila Densa (FOD), Floresta Ombrófila Mista (FOM), Floresta Ombrófila
Aberta (FOA), Floresta Estacional Semidecidual (FES), Floresta Estacional Decidual
(FED), os manguezais, as restingas, os campos de altitude, os brejos interioranos e os
encraves florestais do Nordeste (VELOSO et al., 1991; SCHÄFFER; PROCHNOW,
2002). O Domínio da Mata Atlântica estende-se de norte a sul do litoral brasileiro, entre 5
e 31° de latitude Sul (ALMEIDA, 2000). Alguns autores, porém, consideram a Mata
Atlântica de forma mais restrita, compreendendo este bioma apenas a Floresta Ombrófila
Densa (SILVA; LEITÃO-FILHO, 1982; JOLY et al., 1991; LEITÃO-FILHO, 1993).
Originalmente a Mata Atlântica cobria 15% do território brasileiro (1.306.421 km²)
e, atualmente, muito descaracterizada, está reduzida a 7,8% de sua cobertura original
(102.000 km²) (figuras 1 e 2). É o segundo ecossistema mais ameaçado de extinção no
mundo, perdendo apenas para as quase extintas florestas da ilha de Madagascar, na
costa leste do continente africano (SCHÄFFER; PROCHNOW, 2002).
2
Fig. 1 - Domínio da Mata Atlântica original.
Fonte: SOS Mata Atlântica
Fig. 2 - Remanescentes do Domínio Mata Atlântica atual.
Fonte: SOS Mata Atlântica
3
A Mata Atlântica ajuda a regular o clima, a temperatura, a umidade e as chuvas,
assegura a fertilidade do solo e protege escarpas de serras e encostas de morros,
proporcionando qualidade de vida para 70% da população brasileira. Segundo Schäffer e
Prochnow (2002). 120 milhões de pessoas vivem na área de Domínio do Bioma Mata
Atlântica.
Arruda (2001) salienta que a grande biodiversidade da Mata Atlântica possibilita
ao Brasil ser considerado um país de megabiodiversidade, com 40% de sua flora e fauna
ocorrendo somente neste bioma, demonstrando o grande endemismo na Mata Atlântica.
Acredita-se que o Brasil possua de 55.000 a 60.000 espécies de Angiospermas,
22 a 24% do total que se estima existir no planeta. Deste total, as projeções são que a
Mata Atlântica possua cerca de 20.000 espécies, das quais aproximadamente a metade
delas são endêmicas, correspondendo a cerca de 35% das existentes no País. É a
floresta mais rica do mundo em árvores por unidade de área, apresentando 443
espécies/ha na região serrana do Estado do Espírito Santo e 454 espécies/ha no sul do
Estado da Bahia (SCHÄFFER; PROCHNOW, 2002).
Lino (1997) diz que existe no Brasil, desde o seu descobrimento e início da
colonização pelos europeus, um conflito entre o crescimento econômico e a preservação
ambiental. A agricultura, a pecuária, a urbanização, a industrialização, o extrativismo
madeireiro não sustentado e a mineração são os principais responsáveis pela devastação
de nossos ecossistemas.
Segundo Radambrasil (1986) e Klein (1978), a Floresta Ombrófila Densa (Mata
Atlântica stricto sensu) no Sul do Brasil é dividida em quatro formações: Florestas de
Terras Baixas (de 5 a 30m de altitude), Floresta Submontana (de 30 a 400m de altitude),
Floresta Montana (de 400 a 1.000m altitude) e Floresta Alto-montana (acima de 1.000m
de altitude).
O Estado de Santa Catarina tem uma extensão territorial de 95.985 km² e 85% de
sua extensão estavam originalmente cobertos pelo Domínio Mata Atlântica (lacto sensu)
(figura 3), incluindo diversas fisionomias florestais e ecossistemas associados
(SCHÄFFER; PROCHNOW, 2002). Atualmente a Mata Atlântica cobre menos de 8% da
superfície do Estado (figura 4), ocorrendo em mosaicos formados, principalmente, por
fragmentos florestais secundários (FATMA, 1991).
4
Fig. 3 – Área original sob domínio da Mata Atlântica no Estado de Santa Catarina.
Fonte: SOS Mata Atlântica.
Fig. 4 - Remanescentes da Mata Atlântica no Estado de Santa Catarina.
Fonte: SOS Mata Atlântica.
Da área original de Floresta Ombrófila Densa restam cerca de 7.000 km²,
distribuídos em remanescentes florestais (fragmentos) primários ou em estádio avançado
de regeneração (SCHÄFFER; PROCHNOW, 2002). Nas áreas sob ação antrópica os
remanescentes da FOD estão representadas por áreas de vegetação secundária em
diferentes estádios sucessionais de desenvolvimento (estádio inicial, médio e avançado
de regeneração natural).
Formações pioneiras
Flor. Ombrófila Mista
Flor. Ombrófila Densa
Flor. Ombrófila Aberta
Flor. Estacional Semidecidual
Flor. Estacional Decidual
Campos de altitude, encraves de cerrado,
zonas de tensão ecológica
Domínio de Mata Atlântica
Área urbana
Mangue
Restinga
Mata
Domínio da Mata Atlântica
5
A fragmentação florestal pode ser definida como uma área de vegetação natural
interrompida por barreiras naturais (lagos, formações vegetais, formações rochosas, tipos
de solos) ou por barreiras antrópicas (culturas agrícolas, pecuária, estradas, hidrelétricas,
ocupações rurais e urbanas) com capacidade para diminuir o fluxo de animais, de pólen
ou de sementes (VIANA, 1990; FORMAN, 1997).
Oliveira (1997) define os fragmentos florestais como o processo de transformação
de uma área de vegetação em pequenas áreas isoladas umas das outras por ambientes
diferentes do original, ocorrendo a substituição de sistemas biológicos complexos por
sistemas instáveis como a agricultura e as pastagens. A antropização de sistemas
naturais, a utilização indiscriminada dos seus recursos e a desenfreada expansão
agrícola resultam na crescente fragmentação dos ecossistemas naturais.
As principais conseqüências da fragmentação são a perda da diversidade e o
aumento expressivo das taxas de extinção das espécies (OLESEN; JAIN, 1994). A
fragmentação aumenta também a possibilidade de invasão de espécies exóticas,
podendo causar impacto sobre a vegetação presente, alterando a estrutura e inibindo a
regeneração de espécies nativas (FORMAN, 1997). Hanson et al. (1990) afirmam que as
espécies que conseguem manter-se nos fragmentos tendem a se tornar dominantes,
diminuindo a riqueza biológica pela inibição das espécies não dominantes.
A diminuição das áreas naturais e o isolamento dos fragmentos dificultam as
relações ecológicas entre as espécies, ocasionando um impacto negativo sobre o
tamanho das populações (RATHCKE; JULES, 1993; OLESEN; JAIN, 1994).
No sul do Estado de Santa Catarina os setores que mais contribuem para a
fragmentação da Mata Atlântica são a fumicultura, os assentamentos de reforma agrária,
, a exploração madeireira, a especulação imobiliária, a pecuária e a extração de argila e
carvão mineral. Os principais impactos advêm do chamado efeito de borda onde os
remanescentes ficam isolados, significando que a sua vizinhança passa a ser as áreas
abertas em substituição a mata contínua, como plantações, pastagens e estradas.
Muitas espécies da fauna, responsáveis pelos processos de polinização e
dispersão de sementes, têm sua migração entre os fragmentos dificultada, afetando
diretamente as comunidades vegetais dependentes destes vetores para sua manutenção
(BROOKER et al., 1999).
Para Kevan et al. (2002), a polinização é um dos processos biológicos mais
importantes num ecossistema, sendo o primeiro passo na reprodução sexual das
angiospermas, as plantas com flores. Segundo Tepedino (1979), aproximadamente 70%
6
das angiospermas dependem dos insetos para a polinização. Muitas delas
desenvolveram um conjunto de características incorporadas a flor que permitem que elas
atraiam agentes polinizadores para auxiliar na reprodução sexuada (RAVEN et al., 2001).
Reconhecidamente as abelhas são os agentes polinizadores mais importantes e
eficientes em quase todos os ecossistemas onde ocorrem angiospermas, destacando-se
por apresentarem alta diversidade de espécies, obrigatoriedade de visita às flores para
sua sobrevivência (coleta de néctar e pólen), e pilosidade abundante no corpo que facilita
a adesão dos grãos de pólen. Os adultos do néctar e as fêmeas coletam pólen para
alimentarem as larvas. Suas partes bucais, pêlos e outras estruturas do corpo são
adaptadas especialmente para coleta e transporte de pólen e néctar. Kevan et al. (1990)
ressaltam a importância das abelhas para a manutenção da diversidade das
angiospermas quando dizem que nenhum outro grupo animal recente tem tanta
importância e significado para a polinização das flores.
As abelhas pertencem a ordem Hymenoptera e superfamília Apoidea/Apiformes.
Estima-se que existem mais de 4 mil gêneros e aproximadamente 25 mil espécies de
abelhas distribuídas nas mais diferentes regiões do mundo (MICHENER, 2000).
Atualmente, os Apiformes são organizados em nove famílias, das quais cinco ocorrem no
Brasil: Andrenidae, Apidae, Colletidae, Halictidae e Megachilidae (SILVEIRA et al., 2002).
Existem evidências de que as abelhas constituem um grupo monofilético, ou seja,
tenham se originado de uma única espécie ancestral e reunam todas as espécies
descendentes deste ancestral. A idéia mais aceita é que as abelhas tenham surgido há,
no máximo, 125 milhões de anos, tendo sua diversificação ocorrido juntamente com a
evolução das Angiospermas (ROUBIK, 1989; SILVEIRA et al., 2002).
O inventário das espécies é o enfoque mais antigo e o mais clássico para
caracterizar a diversidade biológica de uma região ou de um sistema ecológico
(LEVEQUE, 1999). Os levantamentos possibilitam a caracterização da fauna de qualquer
região pelo conhecimento de sua diversidade e abundância, acrescentando dados sobre
a distribuição geográfica das espécies encontradas dando uma contribuição indireta à
biogeografia local (MOUGA, 2004).
No território nacional, os trabalhos de levantamentos melissofaunísticos em áreas
restritas foram iniciados a partir da região sul, com o trabalho de Sakagami et al. (1967),
realizado no município de São José dos Pinhais (PR), em uma área de campo
secundário. A partir da década de 80 surgiram os primeiros trabalhos em outros estados
brasileiros (BARBOLA; LAROCA, 1993).
7
Dados regionais dão a idéia da riqueza de espécies de abelhas no Brasil. No Rio
Grande do Sul existem, até o momento, mais de 500 espécies relatadas por Wittmann e
Hoffman (1990); Schlindwein (1995); Alves dos Santos (1999); Truylio e Harter-Marques
(2004). No Estado de São Paulo, mais de 700 espécies compõem a lista elaborada por
Pedro e Camargo (1999). No cerrado de Minas Gerais, Silveira e Campos (1995)
encontraram mais de 250 espécies de abelhas.
No estado de Santa Catarina, Orth (1983) no município de Caçador e Ortolan
(1989) no município de Lages, ambos em cultivares de macieiras e na vegetação
secundária no interior e vizinhança dos pomares, foram pioneiros nos trabalhos de
levantamento da apifauna. Silveira et al. (2002) informam que até o momento foram
constatadas 163 espécies de abelhas, nativas e introduzidas no Estado de Santa
Catarina. São duas espécies da família Andrenidae, 91 de Apidae, 11 de Collectidae, 39
de Halictidae e 20 de Megachilidae. Alves dos Santos et al. (in prep.) contabilizaram 168
espécies, muitas delas não foram mencionadas por Silveira et al. (2002). Acredita-se que
com novos inventários o número de espécies de abelhas nativas em Estado de Santa
Catarina deverá ser duplicado.
O conhecimento da apifauna no Brasil encontra-se bastante avançado. Nos
últimos 25 anos, cerca de 60 levantamentos foram realizados nos mais diversos
ecossistemas brasileiros (PINHEIRO-MACHADO et al., 2002). Apesar do avanço, Moure
(2000) diz que em grandes áreas do território nacional nunca foi feito um levantamento
adequado da apifauna, existindo informações insuficientes sobre as espécies ocorrentes,
sua distribuição, localização dos ninhos, plantas visitadas, entre outras. necessidade
de uma listagem completa da apifauna constatada no território nacional. O autor ressalta
que a destruição do meio ambiente está se processando a uma rapidez crescente em
contrapartida com os trabalhos de levantamento da apifauna que, além de lentos, são
tratados com descaso, tornando praticamente impossível falar-se em biodiversidade.
Pinheiro-Machado (2002) alerta que uma grande parte da superfície do território
nacional ainda não foi inventariada, incluindo importantes áreas para a biodiversidade,
tanto pelo grau de conservação como pelo potencial em diversidade. Muitos dos
inventários realizados foram em áreas fortemente antropizadas, resultando em uma
estimativa de diversidade subestimada pelos efeitos das alterações de habitat.
Para Silveira et al. (2002) apesar dos muitos dados sobre a diversidade da fauna
de abelhas, das plantas melíferas, dos processos de nidificação, da sazonalidade e da
biologia das abelhas, ocorre um conflito na padronização da metodologia e esforço
8
amostral nos trabalhos de levantamento que, aliada a falta de capacitação técnica para
identificação do material coletado com segurança, dificultam a reunião desses dados para
que se tenha uma real dimensão do número de espécies e estrutura das comunidades de
abelhas no Brasil.
São vários os métodos utilizados para estudar-se a comunidade de abelhas, mas
a coleta nas flores utilizando-se rede entomológica é o mais empregado nas pesquisas a
campo, apesar de mostrar-se pouco eficiente nos trabalhos realizados em ambientes de
florestas tropicais pela dificuldade de acesso ao dossel (MORATO, 2000).
Silveira et al. (2002) ressaltam que, à medida que as florestas são derrubadas e
substituídas por plantios ou áreas urbanas, espécies de abelhas dependentes desses
ambientes são localmente extintas ou confinadas a pequenos fragmentos onde podem
eventualmente acabar desaparecendo por problemas de escassez de recursos,
endogamia pela redução populacional ou pela competição ou predação por organismos
invasores.
A situação ambiental atual na região sul catarinense apresenta-se crítica,
apontando para a necessidade de estudos e propostas que objetivem a recomposição do
ambiente natural. É perfeitamente possível que no sul do Estado de Santa Catarina
muitas espécies de abelhas que, talvez com ampla distribuição na região coberta pela
Mata Atlântica há alguns anos, não existem mais ou estejam limitadas aos poucos
refúgios florestais isolados.
As atividades agrícolas, dentre as paisagens transformadas pela ação antrópica,
são as causas mais freqüentes na perda de espécies e no decréscimo da biodiversidade.
Rathcke e Jules (1993, apud ALVES-DOS-SANTOS, 2003) afirmam que as perdas foram
associadas principalmente ao uso de produtos químicos agrícolas (agrotóxicos e
defensivos agrícolas) e ao estabelecimento de monoculturas, que removem a vegetação
nativa e impossibilitam aos insetos locais para fazerem seus ninhos.
Wilson (1997) salienta que a importância da conservação da biodiversidade é
indiscutível, porém, na natureza, nenhuma espécie existe de forma isolada. Os
organismos estão intimamente ligados por relações inter/intra específicas, por relações
ecológicas (bióticas e abióticas) e pelos processos (bióticos e abióticos) que sofrem ao
longo de sua existência (BEGON et al., 1990). Essas relações e processos são
responsáveis pela manutenção e pela dimensão da diversidade biológica que temos no
planeta (COLWELL, 1986; THOMPSON, 1994).
9
A reunião destes argumentos embasou o propósito de realizar o levantamento das
comunidades de abelhas existentes na zona rural dos municípios de Cocal do Sul,
Criciúma e Nova Veneza, localizados na chamada região carbonífera, no sul do Estado
de Santa Catarina, avaliando seus parâmetros de abundância relativa, riqueza,
diversidade, predominância de espécies, além das espécies da flora melitófila que
exploram. Atualmente, levantamentos vêm sendo realizados na região norte e na grande
Florianópolis. Na região sul do Estado estão em andamento estudos envolvendo coletas
pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Abelhas Silvestres da UNESC.
O conhecimento da apifauna da região, bem como das plantas melíferas visitadas
pelas abelhas pode fornecer argumentos concretos à conservação e recuperação de
ecossistemas locais nos municípios de Cocal do Sul, Criciúma e Nova Veneza,
estendendo-se para toda a região sul do Estado.
10
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO
2.1.1 LOCALIZAÇÃO
O sul do Estado de Santa Catarina (figura 5) encontra-se entre as coordenadas
geográficas 28° 30’ e 29° 30’ S e 48° 30’ e 50° 10’ W. Ocupa uma área de 9.049 km² ,
equivalente a 9,8% da área total do Estado, e compreende 43 municípios com população
estimada em 810.000 habitantes, dos quais 500.000 vivem em áreas urbanas (IBGE,
2004).
A área de estudo pertence a região chamada CARBONÍFERA, mas para efeito de
planejamento estadual, pertence à Microrregião denominada AMREC, que é composta
por dez municípios, sendo Criciúma o centro polarizador (IBGE, 2004).
Fig. 5 - Mapa do Estado de Santa Catarina, destacando a Região Sul do Estado.
29
28
50
49
51525354
27
26
o
o
o
o
o
o
o
o
o
o
R
I
O
G
R
A
N
D
E
D
O
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G
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I
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A
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A
N
Á
A
T
L
Â
N
T
I
C
O
O
C
E
A
N
O
N
Fonte:
Centro de Cartografia - UNESC/IPAT
11
2.1.2 CLIMA
O clima do Estado de Santa Catarina, resultante da influência de massas de ar da
circulação atmosférica, de acordo com a classificação de Koeppen (1948), enquadra-se
como Cfa, ou seja, mesotérmico úmido, sem estação seca e verão quente (OMETTO,
1981; BACK, 2001).
Na região estudada, mais especificamente, não existe estação seca definida e a
tendência é de chuva durante todos os meses do ano, com a média anual de precipitação
em torno de 1300mm. As precipitações mais altas ocorrem nos meses de verão,
chegando a 210mm (RADAMBRASIL, 1986).
Com uma média anual de 19,3°C, a temperatura nos meses mais quentes, de
dezembro a abril, ultrapassa os 22°C. Nos meses mais frios, de maio a setembro, abaixo
dos 4°C. Alguns dias nos meses de janeiro, fevereiro e março, o termômetro pode acusar
temperaturas acima de 3C (BACK, 2001).
A umidade relativa é mais alta nos meses de inverno entre abril e setembro (85% -
90%) e mais baixa em dezembro (75% - 80%). Predomina os ventos sudeste (SE), que
tem sua maior velocidade média de setembro a dezembro (BACK, 2001).
Tabela 1 - Dados de temperatura e precipitação da região carbonífera
Fonte: Epagri/Urussanga.
TEMPERATURAS (°C)
MESES
Maximo
absoluta
Mínima
absoluta
Média
mensal
Média
das
máximas
Média
das
Mínimas
Precipitação
total mensal
(mm)
mar/04
34,8
12,2
22,1
27,9
17,4
162,3
abr/04
32,0
8,1
21,5
27,6
16,7
162,1
mai/04
26,7
2,2
15,9
21,8
11,2
15,9
jun/04
31,1
0,0
16,0
23,5
10,5
50,8
jul/04
31,0
-0,6
13,8
20,7
8,2
97,4
ago/04
30,0
0,4
15,4
23,1
8,6
31,5
set/04
36,4
7,8
18,9
24,8
14,0
278,8
out/04
34,3
6,4
18,6
25,0
12,3
84,7
nov/04
35,2
10,0
20,9
27,0
14,6
128,8
dez/04
35,9
12,6
22,0
27,4
16,3
166,1
jan/05
37,0
10,4
24,4
30,5
18,0
94,8
fev/05
34,3
10,8
23,2
29,1
17,4
128,8
12
2.1.3 RELEVO
Na região estudada ocorre o relevo de planície suavemente ondulada, mais ao
sul, com solos pobres e de textura areno-argilosa. À medida que percorre-se a região,
indo no sentido norte, verifica-se uma significativa mudança no relevo, com planície
suavemente ondulada à ondulada, solos mais ricos e de textura argilosa (EPAGRI, 2004).
Os solos da região pertencem à cobertura Gondwânica da Bacia do Paraná,
composto de afloramento da formação Rio Bonito e Formação Palermo, resultante de
depósitos marinhos constituídos por siltitos e siltitos arenosos (COUTINHO, 1991).
2.1.4 VEGETAÇÃO
A vegetação original da região é a Floresta Ombrófila Densa, apresentando-se
atualmente descaracterizada e fragmentada, devido principalmente a ação antrópica e
ocupação desordenada (OMETTO, 1981). A caracterização dos estádios sucessionais
da vegetação nds áreas amostradas estão descritas no apêndice A.
2.1.5 ASPECTOS ECONÔMICOS
A estrutura fundiária do sul do Estado de Santa Catarina é constituída por
pequenas unidades de produção familiar, onde 83,5% dos estabelecimentos rurais
possuem área inferior a 20 hectares. Os minifúndios, com até 10 hectares, representam
55% do total dos estabelecimentos cadastrados na região (IBGE, 2004). Predominam na
região as atividades ligadas ao setor mineral, cerâmico, metal-cerâmico, agro-industrial,
de confecções, pesqueiro e de turismo.
Os produtos agrícolas comercialmente interessantes produzidos na região são:
fumo, feijão, milho, arroz e mandioca. A fruticultura é significava e baseia-se na
bananicultura. As culturas de maracujá, uva, pêssego, ameixa e laranja compõem a
paisagem e são importantes economicamente (EPAGRI, 2004).
13
2.2 LOCAL DE ESTUDO
Dentro da região, a área de estudo compreende 3 pontos de coleta nos
municípios de Cocal do Sul (CS), Criciúma (Cri) e Nova Veneza (NV) (figura 6).
Fig. 6- Mapa da Região Sul do Estado de Santa Catarina, destacando-se os municípios
onde estão os pontos de coleta.
Os locais foram escolhidos obedecendo-se os seguintes critérios: semelhanças
altitudinais entre áreas e entre pontos de coleta; representatividade da situação da região
carbonífera do Sul Catarinense, fortemente antropizada e com muitos problemas
ambientais; existência de fragmentos da Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa
Submontana) nas áreas de coleta e no entorno; existência de atividades produtivas e
distintas entre si nas áreas circunvizinhas em cada uma das áreas de estudo.
A
T
L
Â
N
T
I
C
O
O
C
E
A
N
O
Fonte: Centro de Cartografia - UNESC/IPAT
14
2.2.1 ÁREA 1: COCAL DO SUL (CS)
A área 1 (CS) localiza-se no município de Cocal do Sul (28° 36’ 08’’ S e 49° 16
42” W e altitude média entre 80m no início e 160m no final da trilha).
A coleta das abelhas foi realizada principalmente em vegetação arbustiva, ao
longo de uma trilha pré existente com cerca de 1 km de extensão passando exatamente
no meio da área, e suas ramificações que acrescentam mais 1 km, totalizando 2 km de
trilha percorrida nas coletas (figura 7).
A trilha, no seu início, é circunvizinhada por plantações sazonais de feijão e milho
e também por um pomar abandonado de acerola. Em sua seqüência ela corta a mata
secundária em estado médio de regeneração natural e finaliza no alto do morro, em meio
a uma pequena área com Eucalyptus. A descrição da vegetação local encontra-se no
Apêndice A.
Fig. 7- Fotos da estação de coleta no município de Cocal do Sul, destacando a trilha.
15
2.2.2 ÁREA 2: CRICIÚMA (Cri)
A área 2 (Cri) localiza-se no município de Criciúma (28°36’30” S e 49°47’43” W e
altitude média de 145m.) no bairro denominado Mina Naspolini.
A coleta das abelhas foi realizada principalmente em vegetação arbustiva, ao
longo de 3 km de uma estrada denominada Rodoanel que liga a comunidade da Mina
Naspolini a SC - 446, inserida na orla externa da mata e muito próxima de comunidades
constituídas por produtores rurais (banana, mandioca e plantio com Eucalyptus.) (Figura
8). A aproximadamente 300m do ponto inicial pré-estabelecido para o início da
caminhada, a oeste da estrada, existe uma área totalmente desmatada onde foi retirada
argila como matéria prima às indústrias cerâmicas da região. O fragmento florestal
presente encontra-se em estádio avançado de regeneração natural. A descrição da
vegetação local encontra-se no Apêndice A.
Fig. 8 - Fotos da estação de coleta no município de Criciúma, destacando o Rodoanel.
16
2.2.3 ÁREA 3: NOVA VENEZA (NV)
A área 3 (NV) localizada no município de Nova Veneza (28° 38’ 30” S e 49° 21’
54” W e altitude média de 176m), no distrito do Caravaggio, ao longo de uma estrada
chamada Via do Centenário (figura 9).
A coleta das abelhas foi realizada principalmente em vegetação arbustiva, ao
longo de 6 km inseridos na Via do Centenário, em sua parte central, passando por entre
formações de mata nativa (Mata Atntica), regiões baixas formando banhados e áreas
com plantio de eucalipto. O fragmento florestal presente encontra-se em estádio médio
de regeneração natural. A descrição da vegetação local encontra-se no Apêndice A.
Fig. 9 - Fotos da estação de coleta no município de Nova Veneza, destacando a Via do
Centenário.
17
2.3 METODOLOGIA
Para analisar a abundância e a diversidade das espécies de abelhas foram
realizadas durante um ano coletas mensais de abelhas nas três áreas de estudo. O
levantamento foi realizado de março de 2004 a fevereiro de 2005.
A metodologia de coleta foi baseada em Sakagami et al. (1967). O coletor
deslocava-se na área de estudo das 8 as 16 h., capturando as abelhas com rede
entomológica diretamente das flores. As plantas floridas eram observadas por
aproximadamente cinco minutos e todas a abelhas presentes ao longo desse tempo eram
coletadas, exceto Apis mellifera que eram apenas contadas (de uma única vez para não
existir o risco de contar o mesmo indivíduo duas vezes) e anotadas no diário de campo.
O esforço amostral totalizou cerca de 95 horas de trabalho em cada área.
Nas três áreas as árvores de grande porte não foram amostradas pela dificuldade
de observação das abelhas nas flores. Também nas porções mais densas da vegetação
(normalmente nas trilhas dentro da mata) as amostragens não foram realizadas pelas
dificuldades para deslocamento e manejo da rede entomológica.
Cada abelha coletada foi colocada em frasco mortífero contendo acetato de etila.
Após a morte, foram colocados em frascos ou envelopes contendo informações que os
relacionassem com o local de coleta, a data, o horário e a planta em que foram
capturados. Amostras das plantas visitadas pelas abelhas capturadas foram coletadas
para posterior identificação. Observações sobre a época de florescimento das espécies
visitadas pelas abelhas foram anotadas durante o período das coletas.
No laboratório de abelhas da Unesc, as abelhas foram transpassadas por alfinetes
entomológicos, desidratadas em estufa e etiquetadas para identificação, realizada com
auxílio de chaves taxonômicas, por comparações e por especialistas. O material coletado
está sendo mantido na coleção entomológica da Unesc.
As plantas coletadas foram etiquetadas, acondicionadas em sacos plásticos e
encaminhadas ao Herbário Pe. Dr. Raulino Reitz (CRI) da Unesc para herborização e
identificação. Bibliografias e comparações foram utilizados para identificação das plantas.
A época da floração foi baseada tanto nas informações a campo como na bibliografia
especializada. As informações estão armazenadas em banco de dados que permite
associar as plantas aos seus visitantes florais.
A fauna foi caracterizada pelo mero de espécies, gêneros e famílias de abelhas
coletadas nas três áreas de estudo.
18
Para caracterizar o levantamento da fauna de abelhas, a partir dos dados iniciais
e finais do número de espécies capturadas em cada coleta, foi construída uma curva de
acumulação de espécies para as três áreas de estudo ao longo das 36 coletas, uma em
cada área por mês totalizando três coletas por mês. Essa curva, também chamada curva
do coletor, possibilita verificar a eficiência do método de coleta a partir dos resultados
obtidos.
Para análise, foram utilizadas planilhas como banco de dados com a seguinte
ordem: número do exemplar, data de coleta, família, tribo, gênero, espécie e a espécie e
família vegetal onde foi coletado.
Os padrões apresentados pela fauna de abelhas dentro da comunidade foram
caracterizados por meio dos índices descritos a seguir:
2.3.1 FREQÜÊNCIA
A freqüência das espécies foi determinada pela participação percentual do
número de indivíduos de cada espécie, em relação ao total coletado (SILVEIRA NETO et
al., 1976):
f = (n
i
/N)x100 (1)
onde:
n
i
= número de indivíduos da espécie i;
N = número total de indivíduos.
De acordo com os resultados obtidos, foram estabelecidas classes de freqüência
para cada espécie, por meio de intervalos de confiança (IC) a 5% de probabilidade:
a) Pouco freqüente (PF) = f < limite inferior (LI) do IC
5%
;
b) Freqënte (F) = f situado dentro do IC;
c) Muito freqënte (MF) = f > limite superior (LS) do IC
5%
.
19
2.3.2 CONSTÂNCIA
Calculada por meio de percentagem de ocorrência das espécies no levantamento
utilizando a fórmula descrita por Silveira Neto et al. (1976);
C = (c
i
/ Nc)x100 (2)
Onde:
C = percentagem de constância;
c
i
= número de coletas contendo a espécie i;
Nc = número total de coletas efetuada.
De acordo com os percentuais obtidos, as espécies foram separadas em
categorias e o IC a 5% em:
a) Espécies constantes (W): C > limite superior (LS) do IC
5%
.
b) Espécies acessórias (Y): C entre os limites inferiores e superior (LI e LS) do
IC
5%
;
c) Espécies acidentais (Z): C < que o limite inferior (LI) do IC
5%
.
2.3.3 DOMINÂNCIA
É uma característica difícil de ser avaliada quantitativamente, porque depende da
atividade desempenhada pela espécie na comunidade (SILVEIRA NETO et al., 1976). A
capacidade ou não de modificar, em seu benefício, o impacto recebido do ambiente,
podendo causar, interferindo ou não no aparecimento e/ou desaparecimento de outros
organismos.
Laroca e Mielke (1975) referem-se a Kato et al. (1952) e seu método para obter a
dominância ou não das espécies através da fórmula a seguir:
Ls = [ (k
1
xF
o
)/ (k
2
+ (k
1
xF
o
) ]x100 (3)
e
Li = [ 1 - (k
1
xF
o
)/ (k
2
+ (k
1
xF
o
)) ]x100 (4)
Onde:
20
Ls = Limite superior;
Li = Limite inferior;
k
1
= 2 (n
i
+ 1);
k
2
= 2 (N n
i
+ 1);
F
o
= valor obtido da tabela de distribuição de F ao vel de 5% de significância
para graus de liberdade obtidos em k
1
, k
2
, k
1
e k
2
;
N = número total de indivíduos;
n
i
= número de indivíduos da espécie i;
k’
1
= 2 (Nn
i
+ 1);
k’
2
= 2 (n
i
+ 1).
Uma determinada espécie foi considerada como dominante quando o seu limite
inferior (Li) foi maior que o inverso do número total de espécies multiplicado por 100 (LD)
de acordo com Sakagami e Matsumura (1967). Cure et. al. (1993) e Martins (1994)
utilizaram este procedimento em seus trabalhos.
LD = (1/ S)x 100 (5)
Onde:
LD = Limite da dominância;
S = número total de espécies.
2.3.4 DIVERSIDADE
O conceito de diversidade de espécies inclui o número de espécies na
comunidade (abundância ou riqueza de espécies) e a uniformidade (eqüitabilidade) com
o qual os indivíduos são distribuídos entre as espécies (KREBS, 1989). A combinação do
número total de espécies e a eqüitabilidade é considerada a abundância relativa das
espécies (ODUM, 1988).
A diversidade é utilizada para descrever a relação entre o mero de espécies e o
número de indivíduos. Algumas comunidades são mais ricas do que outras em mero
de espécies, mas não apresentam necessariamente mais indivíduos por unidade de área.
A utilização de índices permite a comparação entre comunidades, independente
do processo de levantamento e do tamanho da amostra (SILVEIRA NETO et al., 1976).
21
2.3.4.1 ABUNDÂNCIA
O número total das espécies amostradas neste estudo foi considerada
abundância (S) dessas no ambiente (LUDWIG; REYNOLDS, 1988).
As características foram distribuídas em classes de abundância baseadas no
intervalo de confiança (IC) do número de indivíduos (n) ao nível de 5% e 1% de
significância, conforme Bicelli et al. (1989). Os limites de classes considerados foram:
Raro (r) = n menor que o limite inferior do IC
1%
;
Disperso (d) = n entre os limites inferiores dos IC
1%
e IC
5%
;
Comum (c) = n situado dentro do IC
5%
;
Abundante (a) = n situado entre os limites superiores dos IC
5%
e IC
1%
;
Muito abundante (m) = n maior que o limite superior do IC
1%
.
Os intervalos de confiança para as classes de freqüência, constância e
abundância e os valores do teste F na determinação da dominância foram calculados por
meio das funções estatísticas do Microsoft Excel versão 97 para Windows 98.
As espécies que apresentaram os maiores valores nas classes de freqüência,
constância, abundância e dominância foram considerados como predominantes nas
áreas estudadas.
2.3.4.2 ÍNDICE DE ABUNDÂNCIA
A comparação dos dados de abundância obtidos em diferentes pesquisas é
possível através da utilização de índices. Para possibilitar a comparação da abundância
de espécies encontradas neste trabalho com a de outros foi calculado o índice Alfa (α)
proposto por Margalef (1951) através da fórmula:
α = (S – 1)/ logn(N) (6)
onde:
S = número total de espécies;
N = número total de indivíduos;
logn = logarítimo neperiano.
22
O α é baixo nos locais onde ocorre competição interespecífica, onde o número de
espécies tende a diminuir e o número de indivíduos das espécies dominantes tende a
aumentar. O α é alto quando o local é bastante diversificado, apresentando elevado
número de espécies, embora com menor número de indivíduos (ODUM, 1988).
2.3.4.3 ÍNDICES DE DIVERSIDADE
Os seguintes índices foram utilizados neste trabalho:
Índice H’ (Shannon-Wiener):
H’ = - Σp
i
(logn p
i
) (7)
Onde:
H’ = componente de riqueza de espécies/
p
i =
freqüência relativa da espécie i dada por n
i
/ N;
n
i
= número de indivíduos da espécie i;
N = número total de indivíduos
Logn = logarítimo neperiano
Odum (1988) afirma que o índice H’ é um dos melhores índices para uso em
comparações de comunidades, caso não haja interesse em separar os dois componentes
da diversidade, abundância e eqüitabilidade. Existe a vantagem de ser relativamente
independente do tamanho da amostra, o que permite a comparação entre comunidades
ainda que as amostragens em cada ambiente tenham sido realizadas com tamanhos
diferentes.
Índice λ (Simpson);
λ = Σ [ n
i
(n
i
– 1)/ N (N1) ] (8)
onde:
n
i
= número de indivíduos da espécie i;
N = número total de indivíduos.
23
Odum (1988) afirma que o Índice de Simpson maior peso às espécies mais
comuns da comunidade, sendo que, quanto maior o valor obtido, maior será a
dominância por uma ou poucas espécies.
Esse índice varia de 0 a 1, dando a probabilidade de dois indivíduos coletados
casualmente na população pertençam a mesma espécies. A probabilidade alta significa
que a diversidade na comunidade amostrada é baixa (LUDWIG; REYNOLDS, 1988).
Índice J’ (Pielou)
J’ = H’/ H
max
(9)
Onde:
H’ = componente da riqueza de espécies;
H
max
= logn S;
S = número total de espécies;
Logn = logarítimo neperiano.
Odum (1988) afirma que o índice proposto por Pielou é, provavelmente, o índice
de eqüitabilidade mais usado em estudos ecológicos, expressando a uniformidade em
número de indivíduos que as espécies possuem ou não, baseando-se na abundância
relativa de espécies e no grau de dominância, variando de 0 a 1 e atingindo o valor
máximo quando todas as espécies apresentarem a mesma freqüência relativa.
2.3.5 ANÁLISE DA FLORA
A flora apícola na área de estudo foi caracterizada pelo número de espécies,
gêneros e famílias visitadas pelas abelhas e distribuídas nas classes de freqüência,
constância, dominância e abundância.
O número de espécies visitadas foi considerado a abundância (S) das plantas
apícolas na comunidade. Os índices de abundância, diversidade e eqüitabilidade também
foram calculados de acordo com as equações anteriores (6 a 9). Nessas análises, assim
como nos intervalos de confiança, o parâmetro n foi representado pelo número de
espécimes de abelhas por espécie de vegetal, e o parâmetro N, pelo número total de
abelhas coletadas considerando todas as espécies de plantas visitadas nas três áreas de
estudo.
24
A similaridade entre as espécies vegetais consideradas predominantes quanto às
abelhas visitantes de suas flores foi obtida também por meio do índice de Morisita-Horn
(10). Nesse índice, o parâmetro an
i
foi considerado como o número de indivíduos da
espécie de abelha (i) coletado na espécie vegetal a, enquanto que o parâmetro bn
i
representou o número de indivíduos da espécie de abelha (I) coletado na espécie vegetal
b. Os parâmetros na e bN representaram, respectivamente, o número total coletado de
abelhas na espécie vegetal a e na espécie vegetal b.
25
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A comunidade de abelhas das três localidades estudadas foi representada por
131 espécies, 45 gêneros e 5 famílias com um total de 2.977 indivíduos coletados
(Tabela 2). Em Cocal do Sul foram coletados 1269 indivíduos (51 espécies), em Criciúma
foram 699 indivíduos (97 espécies) e em Nova Veneza foram 1009 indivíduos (81
espécies). O Apêndice B mostra o número de indivíduos amostrado de abelha capturado
por coleta.
Tabela 2 - Relação das espécies de abelhas (Apiformes) com o respectivo mero de
indivíduos amostrados, coletadas nas três áreas de estudo, entre março de
2004 e fevereiro de 2005.
Áreas
Espécies coletadas
1 2 3
Total
Andrenidae
Panurginae
Calliopsini
Acamptopoeum prinii Holmberg, 1884 0 1 0 1
Protandrenini
Psaenythia bergi Holmberg, 1884 2 2 2 6
Parapsaennythia sp. 0 1 1 2
Apidae
Apinae
Apini
Apina
Apis mellifera Linnaeus, 1758 599 272
474
1345
Bombina
Bombus atratus Franklin, 1913 22 9 16 47
Bombus morio Swederus, 1787 18 6 10 34
Euglossina
Eufriesea violacea Blanchard, 1840 1 0 0 1
Meliponina
Melipona bicolor Lepeletier, 1836 0 1 0 1
26
Áreas
Espécies coletadas
1 2 3
Total
Apidae
Apinae
Meliponina
Oxytrigona tataira Smith, 1863 7 3 12 22
Paratrigona subnuda Moure 1947 0 2 1 3
Plebeia sp.1 41 9 20 70
Plebeia sp.2 1 3 4 8
Tetragonisca angustula Latreille, 1811 0 2 0 2
Trigona spinipes Fabricius, 1793 209 60 166
435
Centridini
Centris (Melacentris) obsoleta Lepeletier, 1841 1 1 1 3
Epicharis (Anepicharis) chrysopyga Friese, 1900 0 0 1 1
Emphorini
Ancyloscelis apiformis Fabricius, 1793 0 2 0 2
Diadasina monticola Moure, 1944 0 1 0 1
Eucerini
Gaesischia fulgurans Homberg, 1903 1 2 2 5
Melissodes nigroaenea Smith, 1854 4 4 4 12
Melissoptila grafi Urban, 1998 3 2 1 6
Melissoptila larocai Urban, 1998 0 4 0 4
Melissoptila setigera Urban, 1998 1 2 1 4
Thygater anae Urban, 1999 1 1 1 3
Thygater sordidipennis Moure, 1941 1 1 1 3
Exomalopsini
Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa Spinola, 1853 2 8 5 15
Tapinotaspidini
Lanthanomelissa sp.1 0 0 1 1
Lanthanomelissa sp.2 0 1 2 3
Lanthanomelissa sp.3 0 1 2 3
Lanthanomelissa sp.4 0 5 1 6
Lanthanomelissa sp.5 4 5 2 11
27
Áreas
Espécies coletadas
1 2 3
Total
Apidae
Apinae
Tapinotaspidini
Arhysoceble melampoda Moure 1948 0 0 1 1
Paratetrapedia (Lophopedia) sp.1 0 1 0 1
Paratetrapedia (Lophopedia) sp.2 1 0 0 1
Paratetrapedia (Lophopedia) sp.3 0 1 0 1
Paratetrapedia (Paratetrapedia) sp. 1 0 0 1
Tetrapediini
Tetrapedia diversipes Klug, 1810 0 1 0 1
Nomadinae
Brachynomadini
Brachynomada sp 0 1 0 1
Xylocopinae
Ceratinini
Ceratina (Crewella) sp.1 0 2 1 3
Ceratina (Crewella) sp.2 2 2 1 5
Ceratina (Crewella) sp.3 0 1 1 2
Ceratina (Crewella) sp.4 0 1 1 2
Ceratina (Rhysoceratina) sp. 0 0 1 1
Xylocopini
Xylocopa (Neoxylocopa) brasilianorum Linnaeus, 1767 7 2 2 11
Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis Olivier, 1789 10 0 1 11
Xylocopa (Schonnherria) macrops Lepeletier, 1841 0 1 0 1
Xylocopa (Stenoxylocopa) sp. 0 1 0 1
Colletidae
Colletinae
Colletes rugicollis Friese, 1900 0 0 1 1
Colletes sp.1 0 8 1 9
Colletes sp.2 0 1 0 1
28
Áreas
Espécies coletadas
1 2 3
Total
Colletinae
Paracolletinae
Tetraglossula anthracina Michener, 1989 1 0 1 2
Tetraglossula bigamica Strand, 1910 0 2 2 4
Halictidae
Halictinae
Augochlorini
Ariphanarthra palpalis Moure 1951 0 1 0 1
Augochlora sp.1 1 0 0 1
Augochlora sp.2 0 1 0 1
Augochlora sp.3 0 0 1 1
Augochlora sp.4 0 1 0 1
Augochlora sp.5 1 0 1 2
Augochlora sp.6 0 3 0 3
Augochlora sp.7 24 10 9 43
Augochlora sp.8 21 7 15 43
Augochlora sp.9 30 3 11 44
Augochlora sp.10 10 1 3 14
Augochlora sp.11 0 2 0 2
Augochlora sp.12 0 0 1 1
Augochlora sp.13 0 1 1 2
Augochlora sp.14 0 4 1 5
Augochlora sp.15 1 1 0 2
Augochlora sp.16 0 2 1 3
Augochlora sp.17 0 0 1 1
Augochlora sp.18 0 4 0 4
Augochlora sp.19 1 0 0 1
Augochlora sp.20 0 2 1 3
Augochlora sp.21 8 3 10 21
Augochlora sp.22 0 0 1 1
Augochlora sp.23 0 2 0 2
29
Áreas
Espécies coletadas
1 2 3
Total
Halictidae
Halictinae
Augochlorini
Augochloropsis sp.1 1 4 0 5
Augochloropsis sp.2 0 0 1 1
Augochloropsis sp.3 0 2 0 2
Augochloropsis sp.4 0 3 0 3
Augochloropsis sp.5 0 1 9 10
Augochloropsis sp.6 0 0 1 1
Augochloropsis sp.7 0 0 1 1
Augochloropsis sp.8 2 3 0 5
Augochloropsis sp.9 6 5 6 17
Augochloropsis sp.10 20 0 4 24
Augochloropsis sp.11 0 3 0 3
Augochloropsis sp.12 0 1 0 1
Augochloropsis sp.13 0 1 0 1
Augochloropsis sp.14 4 0 0 4
Augochloropsis sp.15 0 4 0 4
Neocorynura sp. 32 8 20 60
Paroxystoglossa sp. 0 1 1 2
Pseudoaugochlora sp.1 0 10 3 13
Pseudoaugochlora sp.2 0 1 0 1
Pseudoaugochlora sp.3 0 1 0 1
Temnosoma fulvipes Friese, 1924 0 2 0 2
Thectochlora alaris Vachal, 1904 0 3 0 3
Augochlorini spp. 82 113
104
299
Halictini
Agapostemon semimelleus Cockerell, 1900 5 0 0 5
Dialictus sp.1 37 11 18 66
Dialictus sp.2 10 3 0 13
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.1 0 0 1 1
30
Áreas
Espécies coletadas
1 2 3
Total
Halictidae
Halictinae
Halictini
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.2 0 0 1 1
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.3 0 1 2 3
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.4 0 0 1 1
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.5 0 0 1 1
Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.6 0 5 0 5
Megachilidae
Megachilinae
Anthidiini
Anthodioctes mapirensis Cockerell, 1927 1 2 1 4
Anthodioctes megachiloides Homberg, 1903 1 1 1 3
Anthodioctes vernoniae Schrottky, 1911 1 1 1 3
Hypanthidium divaricatum Smith, 1854 5 3 5 13
Hypanthidium obscurius Schrottky, 1908 0 0 1 1
Michanthidium sakagamii Urban, 1992 1 1 0 2
Moureanthidium catarinense Urban, 1995 1 2 2 5
Megachilini
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.1 0 1 0 1
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.2 0 1 0 1
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.3 0 0 1 1
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp. 0 0 2 2
Coelioxys (Neocoelioxys) sp.1 0 1 2 3
Coelioxys (Neocoelioxys) sp.2 1 2 0 3
Coelioxys (Rhinocoelioxys) sp. 0 0 1 1
Megachile (Acentron) eburneipes Vachal, 1904 0 2 2 4
Megachile (Austromegachile) fiebrigi Schrottky, 1908 0 1 0 1
Megachile (Austromegachile) susurrans Haliday, 1836 0 0 1 1
Megachile (Dactylomegachile) sp.1 0 2 0 2
Megachile (Dactylomegachile) sp.2 0 1 0 1
31
Áreas
Espécies coletadas
1 2 3
Total
Megachile (Leptorachis) paulistana Schrottky, 1902 0 1 2 3
Megachile (Leptorachis) sp. 1 0 0 1
Megachile (Moureapis) sp. 21 6 10 37
Megachile (Pseudocentron) terrestris Schrottky, 1902 0 1 0 1
Megachile (Pseudocentron) sp. 0 0 1 1
A maior riqueza de gêneros foi observada em Apidae (24 ou 53,3%), seguida de
Halictidae (12 ou 26,7%) e Megachilidae (6 ou 13,3%). As menores riquezas foram
observadas em Andrenidae (3 ou 6,7%) e Colletidae (2 ou 4,4%). A maior riqueza de
espécies foi observada na família Halictidae (56 ou 42,7%), seguida da Apidae (44 ou
33,6%), Megachilidae (24 ou 18,3%), Colletidae (5 ou 3,8%) e Andrenidae (3 ou 2,3%)
(figura 10). Cabe salientar que na família Halictidae estão muitas espécies cuja
identificação foi possível até morfoespécie. Talvez estes números sofram alterações
quando o material for trabalhado por especialistas que estejam revisando gêneros como
Augochlora e Augochloropsis.
Figura 10 - Distribuição percentual do número de indivíduos, de gêneros e de espécies
entre as famílias de abelhas (Apoidea) coletados nas três áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
70,4
51,1
35,6
0,3
6,4
2,3
25,5
23,4
42
3,2
12,7
18,3
0,6
6,4
3,8
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Apidae Andrenidae Halictidae Megachilidae Colletidae
Indivíduos
Gêneros
Espécies
32
Com relação ao número de indivíduos coletados por família verificou-se que nas
três áreas de estudo, Apidae foi a família que apresentou maior diversidade (937 em
Cocal do Sul, 421 em Criciúma e 737 em Nova Veneza), seguido da família Halictidae e
Megachilidae (figuras 11 a 13). As famílias Andrenidae e Colletidae foram menos
representativas para as áreas. Deve-se ressaltar que entre os Apidae estão a abelha
melífera (Apis mellifera) e a irapuá (Trigona spinipes) que somam muitos indivíduos nas
populações.
Figura 11 - Distribuição percentual do número de indivíduos, de gêneros e de espécies
entre as famílias de abelhas (Apoidea) coletados na zona rural do município
de Cocal do Sul, entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
Figura 12 - Distribuição percentual do número de indivíduos, de gêneros e de espécies
entre as famílias de abelhas (Apoidea) coletados na zona rural do município
de Criciúma, entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
74,1
55,2
43,1
0,2
3,4
1,9
23,2
17,2
35,3
2,6
20,7
17,6
0,1
3,4
1,9
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Apidae Andrenidae Halictidae Megachi litidae Col letidae
Cocal do Sul
Indivíduos
Gênero
Espécie
60,2
51,2
37,1
0,6
6,9
3,1
33,5
23,2
39,2
4,1
13,9
17,5
1,6
4,7
3,1
0
10
20
30
40
50
60
70
Apidae Andrenidae Halictidae M egachilitidae Colletidae
Cricma
Indivíduos
Gênero
Espécie
33
Figura 13 - Distribuição percentual do número de indivíduos, de gêneros e de espécies
entre as famílias de abelhas (Apoidea) coletados na zona rural do município de Nova
Veneza, entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
Nas três localidades estudadas Apidae foi a família com maior número de
espécies em Cocal do Sul (42,3%), seguida da família Halictidae (36,5%); em Criciúma a
família Halictidae (39,9%) foi a mais representativa, seguida da família Apidae (36,7%) e
em Nova Veneza, as famílias Apidae e Halictidae foram igualmente abundantes (37,1%).
Nas três áreas as famílias menos representativas em mero de espécies foram
Andrenidae e Colletidae (figuras 14 e 15).
Figura 14 - Distribuição percentual domero de indivíduos entre as famílias de abelhas
(Apoidea) coletados nas três áreas de estudo, entre março de 2004 e fevereiro
de 2005.
73,1
51,5
37,5
0,3
6,1
2,5
22,9
21,2
36,2
3,3
15,2
18,8
3,3
6,1
5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Apidae Andrenidae Halict idae Megachilitidae Colletidae
Nova Veneza
Indivíduos
Gênero
Espécie
73,8
60,2
72,6
0,2
0,6
0,3
23,3
33,5
22,8
2,6
4,2
3,2
0,1
1,6
0,5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Apidae Andr enidae Halictidae Megachilidae Coll etidae
Cocal do Sul
Criciúma
Nova Veneza
34
Figura 15 - Distribuição percentual domero de espécies entre as famílias de abelhas
(Apoidea) coletados nas três áreas de estudo, entre março de 2004 e fevereiro
de 2005.
Ao analisar-se a riqueza de espécies para diferentes regiões no Sul do Brasil
(figura 16) verifica-se o predomínio da família Apidae em relação as outras famílias,
seguida pela família Halictidae, com exceção do levantamento realizado na Reserva
Passa Dois – Lapa/PR por Barbola e Laroca (1993), onde a família Halictidae mostrou-se
mais representativa (40,1%) que a família Apidae (31,2%). No Estado do Rio Grande do
Sul, Wittmann e Hoffman (1987) observaram primeiramente que as espécies da família
Megachilidae (28,8%) foram a segunda mais representativa. Porém, com dados dos
inventários que se seguiram naquele estado a diversidade de abelhas aumentou
consideravelmente (de 319 para 675 espécies) sendo a família Apidae com 211 espécies,
Halictidae 183 e Megachilidae 151 (WITTMANN et al submetido). Quanto mais ao sul do
continente americano (altas latitudes), ou seja, à medida que se afasta do Equador,
aumenta a representatividade das famílias Andrenidae e Colletidae, concordando com
Sakagami et al. (1967); Michener (1979), Laroca et al. (1982); Silveira et al. (1993). Ao
analisar a riqueza de gêneros para as mesmas regiões do sul do Brasil observa-se
também que a família Apidae é a mais representativa, seguida da família Halictidae
(figura 17).
Lopes-de-Carvalho (1999), ao analisar diversos trabalhos de levantamentos nas
regiões tropical e subtropical do país, conclui que existe o aumento na proporção do
número de espécies de Apidae em relação às outras famílias na medida em que se
aproxima do Equador (baixas latitudes), enquanto que a riqueza de Halictidae aumenta
42,3
36,7
37,1
1,9
3,1
2,5
36,5
39,9
37,1
17,3
17,3
18,5
1,9
3,1
4,9
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Apidae Andrenidae Halictidae Megachilidae Colletidae
Cocal do Sul
Cricma
Nova Veneza
35
as altas latitudes (SAKAGAMI et al., 1967; MICHENER 1979, LAROCA et al., 1982;
SILVEIRA et al., 1993).
Figura 16 - Distribuição do número de espécies por família de abelhas coletadas em
diferentes regiões do Sul do Brasil.
Figura 17 - Distribuição do número de gêneros por família de abelhas coletadas em
diferentes regiões do Sul do Brasil.
24
44
5
55
3
48
1 1 7
1 6
81
26
92
1 26
1 2
71
1 8
21
49
1 0
63
1 4
3
1 9
3
1 8
4
0
50
100
150
200
250
300
350
Áreas de
estudo
Litoral norte
RS
RS Lapa/PR Curitiba/PR
Andrenidae
Halictidae
Colletidae
Apidae
M egachilidae
6
24
2
12
3
6
41
9
11
8
8
39
7
14
6
4
17
4
17
4
1
11
2
7
1
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Áreas de
estudo
Litoral norte
RS
RS Lapa/PR Curitiba/PR
Andrenidae
Halictidae
Colletidae
Apidae
M egachilidae
36
Os gêneros com maior riqueza de espécies nas três áreas de estudo foram
Augochlora (17,5%), Augochloropsis (11,4%), Megachile (7,6%) e Coelioxys (5,3%). Em
Cocal do Sul os gêneros mais ricos em espécies foram Augochlora (17,3%) e
Augochloropsis (9,6%). Criciúma mostrou Augochlora (15,3%), Augochloropsis (10,2%)
e Megachile (7,1%) como mais ricos em espécies e, em Nova Veneza, Augochlora
(17,3%), Augochloropsis (7,4%), Megachile, Lanthanomelissa e Pseudagapostemon com
6,2% cada.
Resgatando os dados obtidos com os registros de espécies descritas de Apoidea
assinalados em Silveira et al. (2002) contabilizou-se que do total de espécies
amostradas, onze não eram apontadas para o Estado de Santa Catarina: Anthodioctes
mapirensis, A. vernoniae, Diadasina monticola, Hypanthidium obscurius, Megachile
eburneipes, M. fiebrigi, M. paulistana, M. terrestis, Melissoptila grafi, Thygater anae e T.
sordidipennis. O subgênero Coelioxys (Rhinocoelioxys) também foi registrado pela
primeira vez no Estado.
Comparando a diversidade de gêneros por família de abelhas em diferentes
regiões no sul do Brasil verifica-se que a família Apidae também foi a mais rica, exceto na
reserva Passa Dois Lapa/PR, onde a família Halictidae (50%) mostrou-se mais
diversificada.
Considerando os gêneros coletados nas três áreas de estudo e comuns a outras
regiões do Sul do Brasil (tabela 3), verificou-se que a maior riqueza foi encontrada no
litoral norte do Estado do Rio Grande do Sul e a menor no interior da cidade de Curitiba.
Foram oito os gêneros apontados somente nas três áreas inventariadas no presente
estudo (Agapostemon, Aryphanarthra, Brachynomada, Eufriesea, Michanthidium,
Moureanthidium, Oxytrigona e Pseudoaugochora), e treze comuns a todas as regiões.
Entre as espécies coletadas nas três áreas de estudo, Apis mellifera e Trigona
spinipes (45,1% e 16,6% dos indivíduos coletados, respectivamente) apresentaram maior
abundância, provavelmente devido à condição social, ninhos muito populosos e
capacidade destas de comunicar a localização das fontes de alimentos para as demais
abelhas da colônia, possibilitando o aparecimento nas flores de um número elevado de
indivíduos (LINDAUER; KERR, 1960).
37
Tabela 3 - Relação dos gêneros de abelhas (Apiformes) coletadas nas áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005, e comuns (x) a outras localidades.
Gêneros
(número de
espécies)
Este estudo Litoral norte
do RS (1)
Estado do
Rio Grande
do Sul (2)
Reserva
Passa Dois –
Lapa/PR (3)
Cidade de
Curitiba, PR
(4)
Acamptopoeum 1 1 1 - -
Agapostemon 1 - - - -
Ancyloscelis 1 5 3 - -
Anthodioctes 3 2 - - -
Apis 1 1 1 1 1
Aryphanarthra) 1 - - - -
Arysoceble 1 - - - -
Augochlora 23 21 14 5 1
Augochloropsis 15 28 21 13 5
Bombus 2 3 2 2 2
Brachynomada 1 - - - -
Centris 1 9 10 1 -
Ceratina 5 15 15 9 2
Coelioxys 7 5 16 4 -
Colletes 3 4 5 3 -
Diadasina 1 2 3 - -
Dialictus 2 13 12 23 32
Epicharis 1 1 2 - -
Eufriesea 1 - - - -
Exomalopsis 1 2 6 1 1
Gaesischia 1 4 5 4 -
Hypanthidium 2 1 3 - -
Lanthanomelissa 5 1 5 1 -
Megachile 10 37 52 3 3
Melipona 1 1 2 2 -
Melissodes 1 1 2 - -
Melissoptila 3 8 9 7 1
Michanthidium 1 - - - -
Moureanthidium 1 - - - -
38
Gêneros
(número de
espécies)
Este estudo Litoral norte
do RS (1)
Estado do
Rio Grande
do Sul (2)
Reserva
Passa Dois –
Lapa/PR (3)
Cidade de
Curitiba, PR
(4)
Neocorynura 1 2 3 1 1
Oxytrigona 1 - - - -
Paratetrapedia 4 7 4 - -
Paratrigona 1 1 - 1 -
Parapsaennythia 1 4 3 - -
Paroxystoglossa 1 1 3 4 -
Plebeia 2 3 8 2 1
Psaenythia 1 10 7 5 1
Pseudagapostemon 6 4 5 3 -
Pseudoauglchlora 3 1 1 - -
Temnosoma 1 - 1 - -
Tetraglossula 2 2 1 - -
Tetragonisca 1 1 1 - 1
Tetrapedia 1 2 1 - -
Thectochlora 1 1 1 1 -
Thygater 2 4 3 - 1
Trigona (1) 1 1 1 - 1
Xylocopa (4) 4 9 12 5 2
Gêneros comuns: 46 38 37 23 16
(1) Alves-dos-Santos, 1999;
(2) Wittmann e Hoffman, 1989;
(3) Barbola e Laroca, 1993;
(4) Laroca et al., 1982.
39
No Apêndice B estão relacionadas as classes de freqüência, constância,
abundância e dominância das abelhas. A maioria das espécies foi classificada como
pouco freqüentes (80% da apifauna), seguida de freqüente (17,7%) e apenas 2,3% eram
muito freqüentes.
Com relação à constância das espécies nas amostras, 80% foram acidentais,
10,7% constantes e 9,3% acessórias. As espécies presentes na maioria das coletas
foram A. mellifera (100%), T. spinipes (100%), Augochlora sp7 (66,7%), Plebeia sp1
(61,1%), Bombus atratus (55,5%), Augochlora sp8 (55,5%), Augochlora sp9 (52,8%) e
Dialictus sp1 (52,8%).
De acordo com a distribuição das classes de abundância, 67,2% foram
consideradas raras, 11, 5% dispersas, 10,7% comuns, 7,6% muito abundantes e 3%
abundantes. Entre as muito abundantes encontram-se as espécies consideradas muito
freqüentes.
Apenas 8,4% das espécies foram dominantes segundo o método de KATO et al.
(1952) com o limite da dominância baseado em Sakagami e Matsumura (1967). Juntas,
essas espécies representam 74,9% dos indivíduos coletados, sendo que 66,3%
pertenceram a família Apidae, 32,5% a família Halictidae e 11,2% a família Megachilidae.
Augochlora foi o gênero com o maior número de espécies dominantes (27,3% das
espécies dominantes) (Tabela 4).
Considerando os maiores valores das classes de freqüência (MF), constância (W),
abundância (m) e dominância (D), as espécies A. mellifera, Dialictus sp1 e T. spinipes
foram consideradas predominantes na área de estudo.
As espécies dominantes da família Apidae podem ser divididas em dois grupos:
sociais e solitárias. No primeiro grupo destaca-se A. mellifera, que, para ROUBIK (1989),
apresenta características favoráveis à dominância como o hábito generalista de coletas,
densidade populacional elevada, sistema sofisticado de comunicação, longo período
diário de forrageamento, entre outras. A existência de muitas caixas com ninhos artificiais
dessas nas áreas de estudo e arredores pode ter contribuído para o alto número de
indivíduos capturados, pois a região é grande produtora de mel.
Tamm destacou-se T. spinipes que, para Almeida e Laroca (1988), é uma
espécie que apresenta algumas características que favorecem sua abundância em vários
habitats, como a agressividade das abelhas campeiras, hábito generalista de coletas,
colônias populosas e ninhos construídos em locais que normalmente são de difícil
acesso.
40
Tabela 4 - Classes de freqüência, constância, abundância e dominância das espécies de
abelhas (Apoidea) consideradas dominantes, coletadas nas áreas de estudo
entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
Espécies Classes
Freqüência
(1)
Constância
(2)
Abundância
(3)
Dominância
(4)
Apis mellifera MF W m D
Augochlora sp.7 F W m D
Augochlora sp.8 F W m D
Augochlora sp.9 F W m D
Bombus atratus F W m D
Bombus morio F W m D
Dialictus sp.1 MF W m D
Megachile (Moureapis) sp. F W c D
Neocorynura sp.1 F W m D
Plebeia sp.1 F W a D
Trigona spinipes MF W m D
F = freqüente: f ente os limites do IC
5%
; MF = muito freqüente: f > limite superior (LS) do
IC
5%
; (IC5
%
): 1,38 ± 1,09);
W = espécies constantes: constância (C) > LS
5%;
c = comum: LI
5%
< n < LS
5%
; a = abundante: LS
5%
< n < LS
1%;
m = muito abundante n >
LS
1%
; (IC
5%
: 9,57 ± 4,34); (IC
1%
: 9,57 ± 5,71);
D = dominante Li (Kato et al., 1952) > LD; LD = limite da dominância segundo Sakagami
& Matsumura (1967); (LD = 1,28).
Foram utilizadas 285 horas de esforço de captura, resultando numa taxa de
captura de 10,47 abelhas/hora, para as três áreas de estudo. Em Cocal do Sul foram
coletados 1269 indivíduos (13,36 abelhas/hora), em Criciúma foram 699 indivíduos (7,36
abelhas/hora) e em Nova Veneza foram 1009 indivíduos (10,62 abelhas /hora). A relação
completa do número de indivíduos entre as espécies de abelhas capturadas por coleta
encontra-se no Apêndice C.
41
A curva do coletor (figura 18), não chegou a alcançar um ponto de equilíbrio,
indicando que o número de coletas realizada não foi suficiente para mostrar a abundância
de espécies nas três áreas de estudo.
Figura 18 - Curva do coletor para amostras de abelhas (Apiformes) e curva para espécies
capturadas pela primeira vez nas três áreas de estudo, entre março de 2004 e
fevereiro de 2005 no sul de Santa Catarina (ver anexo II).
Ocorre uma estabilização na curva do coletor entre a e 19ª coletas coincidindo
com os meses de baixas temperaturas do outono e inverno, quando nenhuma espécie
nova foi capturada (figura 18). As coletas de número 19, 20 e 21 foram realizadas no
mês de setembro, início da primavera, sob alta precipitação pluviométrica (figura 19), o
que pode ter perturbado as abelhas nas suas atividades de forrageamento e também nas
coletas a campo. Com a chegada de outubro e a melhora nas condições de temperatura
e umidade a curva do coletor tornou-se ascendente e assim permaneceu até a 36ª e
última coleta, no final do mês de fevereiro de 2005.
Analisando a distribuição da abundância de espécies (tabela 5) verificou-se que,
na zona rural do município de Criciúma, a comunidade de abelhas caracterizou-se por um
elevado número de espécies com poucos indivíduos (α = 14,68), enquanto que um
número reduzido de espécies foi representado por muitos espécimes.
Comparativamente, Nova Veneza apresentou menor mero de espécies e maior
0
20
40
60
80
100
120
140
Curva de acumulação (Curva do coletor)
42
número de indivíduos (α = 11,43) em relação a Criciúma e, em Cocal do Sul (α = 7,14), a
comunidade de abelhas mostrou-se menos rica que as demais.
Os índices de Simpson (λ) e Shannon-Wiener (H’) mostram que a zona rural do
município de Criciúma apresentou maior diversidade de espécies em relação as outras
duas áreas porque a probabilidade de dois indivíduos coletados ao acaso na sua
população é menor (tabela 5).
O índice de Pielou (J’) mostra que o número total de indivíduos coletados na zona
rural do município de Criciúma está mais bem distribuido entre as espécies amostradas,
quando comparada as outras duas áreas (tabela 5).
A análise dos índices de abundância, diversidade e eqüitabilidade (tabela 5)
sugere que o município de Criciúma é, com 95% de certeza (IC
5%
), mais diversificado em
espécies de abelha que os municípios de Nova Veneza e Cocal do Sul. O município de
Nova Veneza é, com 95% de certeza (IC
5%
), mais diversificado em espécies de abelhas
que o município de Cocal do Sul.
Conforme o Apêndice A, o ponto de coleta localizado na zona rural do município
de Criciúma está mais preservado e/ou num estado de regeneração mais avançado que
nos municípios de Nova Veneza e Cocal do Sul, o que sugere que possivelmente
contribuiu para a maior riqueza específica. Por sua vez, o ponto de coleta no município
de Nova Veneza encontra-se mais preservado que o do município de Cocal do Sul, que
mostrou-se mais pobre emmero de espécies que os demais. Portanto, pode-se
concluir que os locais onde ocorre menor diversidade da vegetação, no caso específico
da Mata Atlântica, a riqueza de espécies de abelhas tende a ser menor.
Tabela 5 - Índices de abundância, diversidade e eqüitabilidade da comunidade de
abelhas (Apoidea) na zona rural dos municípios de Cocal do Sul, Criciúma de
Nova Veneza, entre março de 2004 e fevereiro de 2005
Índices Cocal do Sul Criciúma Nova Veneza
α (Margalef)
7,14 14,68 11,43
H’ (Shannon-Wiener)
2,95 2,18 2,69
λ (Simpson)
0,26 0,15 0,21
J’ (Pielou) 0,48 0,66 0,59
α = Compara dados de abundâncias entre as diferentes áreas;
H’ = Permite a comparação entre comunidades com amostragens de diferentes
tamanhos;
43
λ = Indica a probabilidade que dois indivíduos coletados ao acaso na população
pertençam a mesma espécie;
J’ = Expressa a uniformidade em números de indivíduos dentre as espécies.
No mês de setembro de 2004, início da primavera, os índices de precipitação
pluviométrica foram altos em relação a média dos últimos anos na região (figura 19). O
restabelecimento dos níveis de precipitação pluviométrica considerados normais para a
região, a partir do mês de outubro, possibilitou provavelmente a emergência dos adultos
das espécies solitárias e maior atividade das espécies sociais, aumentando o
forrageamento da área e também o mero de capturas de abelhas pelo coletor. Este
período corresponde também ao aumento gradual da temperatura (figura 19).
Figura 19 - Variação da temperatura média mensal e da precipitação pluviométrica
mensal na região, entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
As abelhas apresentaram maior atividade forrageira nos meses mais quentes,
entre novembro de 2004 e março de 2005, quando foram capturados 2189 indivíduos
(73,5% do total), enquanto que 791 indivíduos (26,5% do total) foram capturados entre os
meses de abril e outubro de 2004 (figura 20). Este decréscimo do número de indivíduos e
de espécies coincide com os meses mais frios do ano que, apesar dos baixos índices de
precipitação, inibem a atividade de forrageamento das abelhas.
0
5
10
15
20
25
30
mar/04
abr/04
mai/04
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
Temperatura (°C)
0
50
100
150
200
250
300
mar/04
abr/04
mai/04
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
Precipitação (mm)
44
Figura 20 - Variação do número de indivíduos e de espécies de abelhas coletados nas
três áreas de estudo, entre março de 2004 e fevereiro de 2005 no sul de
Santa Catarina.
Todas as abelhas foram capturadas nas flores das espécies vegetais localizadas
nas três áreas de coleta. Essa flora foi composta por 64 espécies, 50 gêneros e 22
famílias (tabela 6). Os grupos de abelhas foram listados juntamente com as espécies
vegetais sobre as quais foram capturados (Apêndice D).
Em termos de riqueza as principias famílias botânicas foram Asteraceae com 13
espécies (11 gêneros) seguida de Leguminosae com 11 espécies (8) , Ebenaceae (4),
Bignoniaceae (3) e Solanaceae (1) (tabela 6).
Tabela 6 - Relação das espécies vegetais visitadas por abelhas nas 3 áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
Famílias Espécies Nome popular Áreas
Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi. Aroeira 2
Apiaceae Salvia splendens Sell. Ex. Roem. &
Schult. [E]
Alegria-dos-jardins 1, 2 e 3
Apocynaceae Allamandra cathartica L. [E] Alamanda 1 e 3
Asteraceae Achyrocline satureoides (Lam.) Marcela 1 e 3
Baccharis sp.1 Carqueja 1, 2 e 3
Baccharis sp.2 1 e 3
Bellis perennis L. Sempre-viva 1, 2 e 3
Bidens pilosa L. Picão 1, 2 e 3
Conyza bonariensis (L.) Cronq. Erva carniceira 1, 2 e 3
0
50
100
150
200
250
mar/04
abr/04
mai/04
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
de indivíduos
Cocal do Sul
Cricma
Nova Veneza
0
5
10
15
20
25
30
mar/04
abr/04
mai/04
jun/04
jul/04
ago/04
set/04
out/04
nov/04
dez/04
jan/05
fev/05
de espécies
Cocal do Sul
Criciúma
Nova Veneza
45
Famílias Espécies Nome popular Áreas
Asteraceae Coreopsis lanceolata L. Margaridinha 1, 2 e 3
Emilia coccinea (Sims.) G. Dom. 1, 2 e 3
Solidago chilensis Meyen Erva lanceta 1, 2 e 3
Sonchus oleraceus L. Serralha 1, 2 e 3
Vernonia scorpioides (Lam.) Pers. Erva São Simão 1, 2 e 3
Vernonia tweediana Bak. Assapeixe 1, 2 e 3
Zinnia elegans Jacq. Zínia 1 e 3
Bignoniaceae Begonia semperflorens Azedinha 1, 2 e 3
Tabebuia avellanedae Lor. Ex.
Griseb.
Ipê roxo 2 e 3
Tabebuia chrysotricha Standl. Ipê amarelo 2 e 3
Tecoma stans Juss. Guarã-guarã 2
Caesalpiniaceae Bauhinia candicans Benth. Pata-de-vaca 2 e 3
Cassia leptophylla Vog. Medalhão-de-ouro 2
Cassia occidentalis L. Fedegoso 1, 2
Schizolobium parahyba (Vell.)
Blake
Guapuruvú 2
Senna sp. Canafístula 2
Clethraceae Clethra scabra Pers. Caujuja 1 e 3
Convolvulaceae Evolvulus glomeratus Ness. &
Mart.
Azulzinha 1, 2 e 3
Ipomea purpurea (L.) Roth. Campainha 1, 2 e 3
Merremia dissecta (Jacq.) Hall. 1, 2 e 3
Ebenaceae Diospyros kaki L. [E] Caquizeiro 2
Alchornea triplinervea Spreng. Tanheiro 1, 2 e 3
Euphorbiaceae Euphorbia sp. [E] Coroa-de-Cristo 1, 2 e 3
Ricinus sp. [E] Mamona 1 e 3
Fabaceae Desmodium adescendens
(Swaartz) DC.
Pega-pega graúdo 1, 2 e 3
Desmodium incanum (Swartz) DC. Pega-pega 1, 2 e 3
Malpighiaceae Malpighia glabra L. [E] Acerola 1
Melastomataceae Tibouchina sp. 1, 2 e 3
46
Famílias Espécies Nome popular Áreas
Melastomataceae Tibouchina ramboi Brade Quaresmeira 1, 2 e 3
Tibouchina sellowiana (Cham.)
Cogn.
Tibouchina-da-serra 1, 2 e 3
Mimosaceae Acacia mearnsii Wild. [E] Acácia negra 1, 2 e 3
Calliandra brevipes Beth. Mandurivá 2 e 3
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Maricá 1, 2 e 3
Mimosa scabrella Benth. [FOM] Bracatinga 1, 2 e 3
Musaceae Strelitzia sp. [E] Ave-do-paraíso 3
Myrsinaceae Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Ex.
Roem. & schult.
Capororoca 1, 2 e 3
Myrtaceae Eugenia stipitata Mc Vaugh. Araçá 1 e 3
Psidium guajava L. [E] Goiabeira 1 e 3
Nyctaginaceae Bougainvillea sp. [E] Buganvília 1 e 3
Onagraceae Ludwigia sp. 1, 2 e 3
Passifloraceae Passiflora sp. Maracujá 1, 2 e 3
Passiflora edulis Sims. Maracujá azedo 1, 2 e 3
Polygonaceae Polygonum sp. 1 e 3
Polygonum hydropiperoides Michx.
Erva-de-bicho 1 e 3
Triplaris surinamensis Cham. Pau-formiga 1 e 3
Rubiaceae Diodia alata Nees. & Mart. Erva-de-lagarto 1, 2 e 3
Diodia dasycephala Cham. &
Schlecht.
Poaia 1, 2 e 3
Richardia brasiliensis Gomes Poaia branca 1, 2 e 3
Solanaceae Solanum americanum Mill. Erva-moura 1, 2 e 3
Solanum diflorum Vell. Tomatinho 1, 2 e 3
Solanum lacerdae Dusén. Uvá-do-mato 1, 2 e 3
Solanum variabile Mart. Jurubeba-velame 1, 2 e 3
Verbenaceae Duranta sp. [E] Duranta 1, 2 e 3
Lantana camara L. Camará 1, 2 e 3
Verbena litoralis Kunth. Verbena 1, 2 e 3
[E] Exótica;
[FOM] Origem na Floresta Ombrófila Mista, não ocorrendo naturalmente na FOD.
47
Considerando o número de abelhas coletadas (tanto em gêneros como espécies)
as principais plantas melíferas foram das famílias Onagraceae, Asteraceae,
Verbenaceae, Leguminosae e Solanaceae (figuras 21 e 22).
Apenas 10,9% das espécies foram dominantes segundo o método de KATO et al.
(1952) com o limite da dominância baseado em Sakagami e Matsumura (1967). Juntas,
essas espécies representam 44,6% dos indivíduos coletados, sendo que 72,3%
pertenceram a família Apidae (tabela 7).
O maior número de abelhas visitantes foi encontrado em Ludwigia sp, responsável
por atrair 555 indivíduos (ou 18,6% da apifauna). Além desta espécie de Onagraceae,
outras plantas que se destacaram na atração da fauna de abelhas na área estudada
foram: Bidens pilosa (218 ou 7,3%), Euphorbia sp (130 ou 4,4%) e Verbena litoralis (120
ou 4%).
Analisando as plantas visitadas pelas abelhas (Apêndice D), observa-se
que as abelhas mais generalistas foram A. mellifera e T. spinipes, visitando,
respectivamente, 89,1% e 31,3% das espécies vegetais nas três áreas de estudo.
Tamm mostraram hábitos generalistas as espécies Augochlora sp9 (26,5%), Dialictus
sp1 (23,4%), Neococynura sp (18,7%), e B. atratus (17,2%).
As espécies vegetais mais visitadas por A. mellifera foram Ludwigia sp, Calliandra
brevipes e Verbena litoralis, enquanto T. spinipes foi capturada em maior número em
Ludwigia sp, Euphorbia sp e Tibouchina ramboi. Lindauer e Kerr (1960) explicam que
um sistema de comunicação eficiente e as colônias populosas possibilitam que A.
mellifera e T. spinipes mostrem competitividade maior do que outras espécies de abelhas
sociais e solitárias, o que concorda Roubik (1989).
Todas as espécies da família Asteraceae receberam a visita da abelha do mel ou
africanizada, demonstrando sua importância para a apicultura local. Além disso, as
espécies de Leguminosae e Ludwigia sp (Onagraceae) foram igualmente importantes
para A. mellifera na área estudada. Nestas plantas foram coletados 463 indivíduos
(39,19% do total) da abelha africanizada.
Espécies de abelhas da família Andrenidae visitaram flores de Asteraceae,
Leguminosae, Rubiaceae, Solanaceae e Verbenaceae, sendo a mais visitada Richardia
brasiliensis. Abelhas da família Colletidae visitaram preferencialmente B. pilosa
(Asteraceae), Ludwigia sp e V. litoralis. As 24 espécies de Megachilidae ocorrentes nas
três áreas de estudo visitaram principalmente flores das famílias Asteraceae,
Onagraceae, Leguminosae e Verbenaceae.
48
Figura 21 - Distribuição do número de espécies vegetais e do número de gêneros de
abelhas coletados por família de plantas visitadas nas três áreas de estudo,
entres março de 2004 e fevereiro de 2005.
Figura 22 - Distribuição do número de espécies vegetais e do número de espécies de
abelhas coletados por família de plantas visitadas nas três áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Anacardiaceae
Apocynaceae
Bignoniaceae
Clethraceae
Asteraceae
Convolvulaceae
Ebenaceae
Euphorbiaceae
Labiatae
Leguminosae
Malpigiaceae
Melastomatacea
Musaceae
Myrsinaceae
Myrtaceae
Nictaginaceae
Onagraceae
Passifloraceae
Polygonaceae
Rubiaceae
Solaceae
Verbanaceae
N° de espécies de plantas
N° de espécies de abelhas
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
N° de espécies de plantas
N° de gêneros de abelhas
49
Tabela 7 - Classes de freqüência, constância, abundância e dominância das espécies de
plantas visitadas pelas abelhas consideradas dominantes, coletadas nas áreas
de estudo entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
Espécies Classes
Freqüência
(1)
Constância
(2)
Abundância
(3)
Dominância
(4)
Bidens pilosa MF W m D
Calliandra brevipes F W m D
Euphorbia sp. MF W m D
Ludwigia sp. MF W m D
Merremia dissecta F W m D
Solanum americanum F W m D
Verbena litoralis MF W m D
F = freqüente: f ente os limites do IC
5%
; MF = muito freqüente: f > limite superior (LS) do
IC
5%
; (IC5
%
): 1,38 ± 1,09);
W = espécies constantes: constância (C) > LS
5%;
m = muito abundante n > LS
1%
; (IC
5%
: 9,57 ± 4,34); (IC
1%
: 9,57 ± 5,71);
D = dominante Li (Kato et al., 1952) > LD; LD = limite da dominância segundo Sakagami
& Matsumura (1967); (LD = 1,28).
As família Euphorbiaceae e Labiateae destacaram-se por receber apenas as
visitas de indivíduos da família Apidae, principalmente espécies da subtribo Meliponina,
mostrando ser importante para a recuperação de áreas alteradas, características do Sul
do Estado de Santa Catarina, que os Meliponíneos são considerados bioindicadores
naturais (KERR 2002).
De acordo com Boff e Citadini-Zanette (1992), as famílias botânicas mais
presentes nas áreas submetidas à mineração a céu aberto são Asteraceae, Gramineae,
Leguminosae, Solanaceae e Verbenaceae, o que justifica a presença em grande número
destas espécies nas três áreas de estudo.
A diversidade botânica e o comportamento fenológico da vegetação encontrados
nas três áreas de estudo propiciaram recursos florais às abelhas ao longo do ano.
Algumas espécies vegetais permaneceram com flores por longos períodos (Apêndice E)
50
e duas espécies não nativas, Allamandra sp, Bougainvillea sp, permaneceram com flores
durante todos os meses utilizados nas coletas a campo.
Os fragmentos estudados não sofreram ação direta da mineração do carvão na
região, mas o entorno foi muito prejudicada. Mesmo assim, percebe-se que, apesar de
alterada em sua composição florística original, a existência destes fragmentos florestais
é de fundamental importância para a ocorrência da fauna de abelhas detectada, bem
como da flora associada.
Qualquer projeto para reabilitação, recuperação ou restauração de áreas
degradadas na região carbonífera catarinense, deve considerar as interações entre a
fauna e flora. A capacidade reprodutiva e a sobrevivência de muitas espécies vegetais
dependem das relações com espécies animais, como é o caso das abelhas, que atuam
como polinizadoras. As 131 espécies de abelhas registradas nas áreas estudadas
demonstram o potencial biótico da região, e apontam para a importância de conservação
e ampliação dos fragmentos estudados.
51
4 CONCLUSÕES
Os principais aspectos identificados neste estudo foram:
A comunidade de abelhas da região carbonífera catarinense apresentam muitas
espécies com poucos indivíduos e poucas espécies com muitos indivíduos, como
apontado em muitos estudos semelhantes realizados em outras regiões.
A riqueza de espécies encontrada na zona rural do município de Criciúma é maior
que na zona rural dos municípios de Nova Veneza e Cocal do Sul.
As abelhas predominantes nas áreas de estudo foram Apis mellifera, Trigona
spinipes e Dialictus sp1, as duas primeiras são espécies altamente sociais.
As principais famílias vegetais quanto ao número de abelhas visitantes foram
Onagraceae, Asteraceae, Solanaceae, Ebenaceae e Verbenaceae.
A presença de fragmentos florestais na região carbonífera é de fundamental
importância para a manutenção da fauna de abelhas detectada, bem como da flora
associada.
A conservação e ampliação destes fragmentos são recomendadas.
52
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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59
APÊNDICE A Caracterização dos fragmentos florestais nos municípios de Cocal
do Sul, Criciúma e Nova Veneza.
A resolução CONAMA n. 004/1994 (BRASIL, 2002) define em seus artigos:
Vegetação primária como sendo aquela de máxima expressão local, com grande
diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não
afetar, significativamente, suas características originais de estrutura e de espécies.
Vegetação secundária ou em regeneração aquela resultante dos processos
naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações
antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer árvores remanescentes da vegetação
primária. Os estádios em regeneração da vegetação secundária para a Floresta
Ombrófila Densa são resumidamente assim definidos:
I Estádio inicial de regeneração: fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo,
altura total média até 4 metros, com cobertura vegetal variando de fechada a aberta;
espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude (DAP médio até
8cm); trepadeira, se presentes, são, geralmente, herbáceas; serrapilheira, quando
existente, forma uma camada fina pouco decomposta, contínua ou não; diversidade
biológica variável com poucas espécies arreas, podendo apresentar plântulas de
espécies características de outros estádios; espécies pioneiras abundantes; ausência de
sub-bosque e presença de espécies indicadoras como Baccharis eleagnoides Steud. Ex
Sch. Bip. (vassoura) e B. dracunculiofolia DC. (vassoura-braba).
II Estádio médio de regeneração: fisionomia arbórea e arbustiva predominando
sobre a herbácea podendo constituir estratos diferenciados, altura total média de até 12
metros; cobertura arbórea variando de aberta a fechada, com ocorrência eventual de
indivíduos emergentes; distribuição diamétrica apresentando amplitude moderada, com
predomínio dos pequenos diâmentros (DAP médio de até 15cm); trepadeiras, quando
presentes, são, predominantemente, lenhosas (lianas); serrapilheira presente, variando
de espessura, de acordo com as estações do ano e a localização; diversidade biológica
60
significativa; sub-bosque presente; espécies indicadoras como Myrsine coriacea (Sw.) R.
Br. (capororoca) e Dodonaea viscosa (L.) Jacq. (vassoura-vermelha).
III Estádio avançado de regeneração: fisionomia arbórea dominante sobre as
demais, formando um dossel fechado e, relativamente, uniforme no porte, podendo
apresentar árvores emergentes; altura total média de até 20 metros; espécies
emergentes ocorrendo com diferente grau de intensidade, copas superiores,
horizontalmente, amplas, distribuição diamétrica de grande amplitude (DAP médio de até
25m); trepadeiras, geralmente, lenhosas; serrapilheira abundante; diversidade biológica
muito grande devido à complexidade estrutural; estratos herbáceo, arbustivo e um,
notadamente, arbóreo; florestas, nesse estádio, podem apresentar fisionomia semelhante
à vegetação primária; sub-bosque, normalmente, menos expressivo do que no estádio
médio; dependendo da formação florestal pode haver espécies dominantes; espécies
indicadoras como Psichotria longipes Muell. Arg. (caxeta), Euterpe edulis Mart.
(palmeiteiro), Schizolobium parahyba Blake (guapuruvú), Bathysa australis (St. Hil.)
Hook. F. (macuqueiro), Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. (pau-jacaré) e Ocotea
catharinensis Mez. (canela preta).
O remanescente florestal 1, localizado no município de Cocal do Sul, apresentou
fisionomia característica de vegetação secundária em estádio médio de regeneração
natural, estando pela sua composição florística e acentuado número de espécies
pioneiras, além de apresentar árvores com altura inferior a 10 metros. Apresenta em seu
entorno áreas utilizadas para plantio de Eucalyptus spp.
O remanescente florestal 2, localizado no município de Criciúma, apresentou
fisionomia característica de vegetação secundária em estádio avançado de regeneração
natural em sua composição florística, apresentando maior mero de espécies
secundárias tardias e climácicas, além de árvores com altura superior a 15 metros.
O remanescente florestal 3, localizado no município de Nova Veneza, apresentou
fisionomia característica de vegetação secundária em estádio médio de regeneração
natural, estando pela sua composição florística em estádio intermediário entre os
remanescentes 1 e 2, apresentando árvores com altura superior a 12 metros.
61
Levantamento florístico espedito em três remanescentes de Floresta Ombrófila Densa
Submontana, sul de Santa Catarina, onde: 1 = área localizada no município de Cocal do
Sul, 2 = município de Criciúma, 3 = Nova Veneza.
Área
FAMÍLIA/Nome científico
Nome popular
GEco
1
2
3
ANACARDIACEAE
Schinus terebinfhifolius Raddi
Aroeira-vermelha
Pio
X
APOCYNACEAE
Aspidosperma camporum Muell. Arg.
Peroba
Sin
X
Peschiera catharinenses (DC.) Miers. Jasmim Pio X
X
X
ARECACEAE
Bactris setosa Mart. Tucum Pio X
X
Euterpe edulis Mart. Palmiteiro Cli X
X
Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassm. Jerivá Sta X
X
X
ASTERACEAE
Baccharis dracunculifolia Vassoura Pio X
BIGNONIACEAE
Jacaranda micanthra Cham. Caroba Pio X
X
BOMBACACEAE
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robiyns Embiruçu Pio X
X
CAESALPINIACEAE
Senna multijuga (L. C. Richard.) Aleluia Pio X
Pterogyne nitens Tur. Amendoim - X
Schizolobium parahyba Blake Guapuruvu Pio X
CECROPIACEAE
Cecropia glazioui Sneth. Embaúba Pio X
X
X
62
Área
FAMÍLIA/Nome científico
Nome popular
Geco
1
2
3
CLETHRACEAE
Clethra scabra Pers. Carne-de-vaca Pio X
EUPHORBIACEAE
Sapium glandulatum (Vell.) Pax. S. Leiteiro Pio X
Alchornea sidifolia Muell. Arg. Tanheiro Sin X
Alchornea triplinervia (Spreng.) Muell. Arg. Tanheiro Sin X
Gymnanthes concolor Spreng. Laranjeira-do-mato Sta X
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. & Endl. Cruzeiro Sin X
X
Hieronyma alchorneoides Fr. Allem. Licurna Sin X
X
X
FABACEAE
Zollernia ilicifolia Vog. Cega-olho Sta X
FLACOURTIACEAE
Casearia sylvestris Sw. Chá-de-bugre Sin X
X
X
LAURACEAE
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. Canela Sta X
Nectandra sp. Canela Sta X
Nectandra oppositifolia Nees & Mart. Ex Nees. Canela-amarela Sta X
X
X
MAGNOLIACEAE
Talauma ovata St. Hil. Baguaçú Sta X
X
MELASTOMATACEAE
Leandra sp. Sin X
MELIACEAE
Cedrela fissilis Vell Cedro Sta X
63
Área
FAMÍLIA/Nome científico
Nome popular
GEco
1
2
3
Guarea macrophylla Vahl. Pau-d’arco Cli X
Trichilia sp. Cli X
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. Canjerana Sta X
X
X
MIMOSACEAE
Mimosa scabrella Bentham Bracatinga Pio X
Mimosa bimucronata (DC.) º Kuntze Maricá Pio X
X
Inga sessilis (Vell.) Mart. Ingá-macaco Sta X
X
Piptadenia gonoacahtha (Mart.) Macbr. Pau-jacaré Pio X
X
X
MONIMIACEAE
Mollinedia schottiana (Spreng.) Perk. Pimenteira Cli X
MORACEAE
Sorocea bonplandii (Baill.) Burger, Lanj & Boer Cincho Sta X
Ficus luschnathiana (Mip.) Mip. Gameleira-vermelha Sta X
X
X
MYRSINACEAE
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. Capororoca Sin X
Myrsine umbellata (Mart. Ex A. DC.) Mez Capororocão Sin X
X
MYRTACEAE
Campomanesia xanthocarpa Berg Guabiroba Pio X
Myrcia fallax DC. Guamirim-de-folha-fina Sin X
X
X
NYCTAGINACEAE
Guapira opposita (Vell.) Reitz Maria-mole Sin X
PIPERACEAE
Piper cernuum Vell. Pariparoba Pio X
64
Área
FAMÍLIA/Nome científico
Nome popular
GEco
1
2
3
Piper gaudichaudianum Kunth Pariparoba Pio X
X
X
RUBIACEAE
Bathysa australis Hook. F. Fumo-do-diabo Sta X
Psychotria longipes Müll. Arg. Sta X
RUTACEAE
Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamica-de-cadela Pio X
X
SAPINDACEAE
Matayba elaeagnoides Radlk. Camboa Pio X
Allophylus edulis (Saint-Hilaire) Radlkofer Chal-chal Pio X
X
Cupania vernalis Camb. Camboatá Pio X
X
X
ULMACEAE
Trema micrantha (L.) Blume Grandiúva Pio X
X
VERBENACEAE
Aegiphyla sellowiana Cham. Gaioleiro Pio X
65
APÊNDICE B Classes de freqüência, constância, abundância e dominância das
espécies de abelhas (Apoidea) coletadas nas áreas de estudo,
entre março de 2004 e fevereiro de 2005.
Classes
Espécies
Freqüência
(1)
Constância
(2)
Abundância
(3)
Dominância
(4)
Acamptopoeum prinii PF Z r ND
Agapostemon semimelleus PF Z r ND
Ancyloscelis apiformis PF Z r ND
Anthodioctes mapirensis PF Z d ND
Anthodioctes megachiloides PF Z d ND
Anthodioctes vernoniae PF Z d ND
Apis mellifera MF W m D
Ariphanarthra sp PF Z r ND
Augochlora sp.1 PF Z r ND
Augochlora sp.2 PF Z r ND
Augochlora sp.3 PF Z r ND
Augochlora sp.4 PF Z r ND
Augochlora sp.5 PF Z r ND
Augochlora sp.6 PF Z r ND
Augochlora sp.7 F W m D
Augochlora sp.8 F W m D
Augochlora sp.9 F W m D
Augochlora sp.10 F Z c ND
Augochlora sp.11 PF Z r ND
Augochlora sp.12 PF Z r ND
Augochlora sp.13 PF Z r ND
Augochlora sp.14 PF Z r ND
Augochlora sp.15 PF Z r ND
Augochlora sp.16 PF Z r ND
Augochlora sp.17 PF Z r ND
Augochlora sp.18 PF Z r ND
Augochlora sp.19 PF Z r ND
66
Classes
Espécies
Freqüência
(1)
Constância
(2)
Abundância
(3)
Dominância
(4)
Augochlora sp.20 PF Z r ND
Augochlora sp.21 F W m ND
Augochlora sp.22 PF Z r ND
Augochlora sp.23 PF Z r ND
Augochloropsis sp.1 PF Y c ND
Augochloropsis sp.2 PF Z r ND
Augochloropsis sp.3 PF Z r ND
Augochloropsis sp.4 PF Z r ND
Augochloropsis sp.5 F Y c ND
Augochloropsis sp.6 PF Z r ND
Augochloropsis sp.7 PF Z r ND
Augochloropsis sp.8 PF Z d ND
Augochloropsis sp.9 F Y c ND
Augochloropsis sp.10 F Y c ND
Augochloropsis sp.11 PF Z r ND
Augochloropsis sp.12 PF Z r ND
Augochloropsis sp.13 PF Z r ND
Augochloropsis sp.14 PF Z r ND
Augochloropsis sp.15 PF Z r ND
Bombus atratus F W m D
Bombus morio F W m D
Brachynomada sp. PF Z r ND
Centris obsoleta PF Z d ND
Ceratina (Crewella) sp.1 PF Z r ND
Ceratina (Crewella) sp.2 PF Z d ND
Ceratina (Crewella) sp.3 PF Z r ND
Ceratina (Crewella) sp.4 PF Z r ND
Ceratina (Rhysoceratina) sp. PF Z r ND
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.1 PF Z r ND
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.2 PF Z r ND
67
Classes
Espécies
Freqüência
(1)
Constância
(2)
Abundância
(3)
Dominância
(4)
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.3 PF Z r ND
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp. PF Z r ND
Coelioxys (Neocoelioxys) sp.1 PF Z r ND
Coelioxys (Neocoelioxys) sp.2 PF Z r ND
Coelioxys (Rhinocoelioxys) sp. PF Z r ND
Colletes rugicollis PF Z r ND
Colletes sp.1 F Z a ND
Colletes sp.2 F Z r ND
Diadasia monticola PF Z r ND
Dialictus sp.1 MF W m D
Dialictus sp.2 F Y a ND
Epicharis chrysopyga PF Z r ND
Eufrisia violacea PF Z r ND
Exomalopsis auropilosa F W c ND
Gaesischia fulgurans PF Y d ND
Hypanthidium divaricatum F Y c ND
Hypanthidium obscurius PF Z r ND
Lanthanomelissa sp.1 PF Z r ND
Lanthanomelissa sp.2 PF Z r ND
Lanthanomelissa sp.3 PF Z r ND
Lanthanomelissa sp.4 PF Z d ND
Lanthanomelissa sp.5 F Y c ND
Megachile eburneipes PF Z r ND
Megachile fiebrigi PF Z r ND
Megachile paulistana PF Z r ND
Megachile (Dactylomegachile) sp.1 PF Z r ND
Megachile (Dactylomegachile) sp.2 PF Z r ND
Megachile (Leptorachis) sp. PF Z r ND
Megachile (Moureapis) sp. F W c D
Megachile (Pseudocentron) sp. PF Z r ND
68
Classes
Espécies
Freqüência
(1)
Constância
(2)
Abundância
(3)
Dominância
(4)
Megachile susurrans PF Z r ND
Megachile terrestris PF Z r ND
Melipona bicolor PF Z r ND
Melissodes nigroaenea F Y c ND
Melissoptila grafi PF Y d ND
Melissoptila larocai PF Z d ND
Melissoptila setigera PF Z d ND
Michanthidium sakagami PF Z r ND
Moureanthidium catarinense PF Z r ND
Neocorynura sp.1 F W m D
Oxytrigona tataira F W a ND
Parapsaennthia sp. PF Z r ND
Arhysoceble melampoda PF Z r ND
Paratetrapeida (Lophopedia) sp.1 PF Z r ND
Paratetrapeida (Lophopedia) sp.2 PF Z r ND
Paratetrapeida (Lophopedia) sp.3 PF Z r ND
Paratetrapeida (Paratetrapedia) sp. PF Z r ND
Paratrigona subnuda PF Z r ND
Paroxystoglossa sp. PF Z r ND
Plebeia sp.1 F W a D
Plebeia sp.2 PF Z c ND
Psaenythia bergi PF Z d ND
Pseudagapostemon sp.1 PF Z r ND
Pseudagapostemon sp.2 PF Z r ND
Pseudagapostemon sp.3 PF Z r ND
Pseudagapostemon sp.4 PF Z r ND
Pseudagapostemon sp.5 PF Z r ND
Pseudagapostemon sp.6 PF Z r ND
Pseudoaugochlora sp.1 F Y c ND
Pseudoaugochlora sp.2 PF Z r ND
69
Classes
Espécies
Freqüência
(1)
Constância
(2)
Abundância
(3)
Dominância
(4)
Pseudoaugochlora sp.3 PF Z r ND
Temnosoma sp. PF Z r ND
Tetraglossula anthracina PF Z r ND
Tetraglossula bigamica PF Z d ND
Tetragonisca angustula PF Z r ND
Tetrapedia diversipes PF Z r ND
Thectochora alaris PF Z r ND
Thygater anae PF Z d ND
Thygater sordidipennis PF Z d ND
Trigona spinipes MF W m D
Xylocopa brasilianorum F Y c ND
Xylocopa frontalis F Y c ND
Xylocopa macrops PF Z r ND
Xylocopa (Stenoxylocopa) sp. PF Z r ND
PF = pouco freqüente: freqüência (f) < limite inferior (LI) do intervalo de confiança do IC
5%
;
F = freqüente: f ente os limites do IC
5%
; MF = muito freqüente: f > limite superior (LS) do IC
5%
;
(IC5
%
): 1,38 ± 1,09).
W = espécies constantes: constância (C) > LS
5%
; Y = espécies acessórias: C entre o LI
5%
e
LS
5%
; Z = espécies acidentais: C < LI
5%
; (IC
5%
: 19,12 ± 7,49).
r = raro: número de indivíduos (n) < LI
1%
; d = disperso: LI
1%
< n < LI
5%
; c = comum: LI
5%
< n <
LS
5%
; a = abundante: LS
5%
< n < LS
1%;
m = muito abundante n > LS
1%
; (IC
5%
: 9,57 ± 4,34);
(IC
1%
: 9,57 ± 5,71).
ND = espécie não dominante Li (Kato et al., 1952) < LD; D = dominante Li (Kato et al., 1952)
> LD; LD = limite da dominância segundo Sakagami & Matsumura (1967); (LD = 1,28).
70
APÊNDICE C – Número de indivíduos por espécie de abelha capturada por coleta.
COLETA ABELHAS
1 – Cocal do Sul 2 Agapostemon semimelleus
104 Apis mellifera
2 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.8
8 Augochlora sp.9
3 Augochlora sp.10
1 Augochlora sp.15
1 Augochlora sp.21
1 Augochloropsis sp.8
5 Augochloropsis sp.10
1 Augochloropsis sp.14
5 Bombus atratus
4 Bombus morio
6 Dialictus sp.1
1 Dialictus sp.2
1 Hypanthidium divaricatum
2 Megachile (Moureapis)
4 Neocorynura sp.
1 Paratetrapedia (Paratetrapedia) sp.
3 Plebeia sp.1
30 Trigona spinipes
12 Augochlorini spp.
71
COLETA ABELHAS
2 - Criciúma 1 Anthodioctes vernoniae
45 Apis mellifera
1 Augochlora sp.2
1 Augochlora sp.7
1 Augochlora sp.9
2 Augochlora sp.11
1 Augochlora sp.13
1 Augochlora sp.15
14 Augochlorini spp.
1 Augochloropsis sp.1
1 Augochloropsis sp.3
1 Augochloropsis sp.5
1 Bombus atratus
1 Ceratina (Crewella) sp.3
1 Colletes sp.2
1 Coelioxys (Neocoelioxys) sp.2
1 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
1 Gaesischia fulgurans
2 Lanthanomelissa sp.4
2 Megachile (Acentron) eburneipes
1 Megachile (Austromegachile) fiebrig
2 Megachile (Moureapis)
1 Michanthidium sakagam
1 Paratrigona subnuda
72
COLETA ABELHAS
2 - Criciúma 1 Paroxystoglossa sp.
1 Plebeia sp.2
2 Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.6
2 Tetragonisca angustula
1 Tetrapedia diversipes
1 Thectochlora alaris
5 Trigona spinipes
3 – Nova Veneza 96 Apis mellifera
1 Augochlora sp.22
1 Augochloropsis sp.5
2 Dialictus sp.1
1 Megachile (Acentron) eburneipes
2 Plebeia sp.1
26 Trigona spinipes
14 Augochlorini spp.
4 – Cocal do Sul 22 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
1 Augochlora sp.8
1 Augochlora sp.9
2 Augochloropsis sp.10
3 Dialictus sp.1
1 Dialictus sp.2
1 Lanthanomelissa sp.5
1 Plebeia sp.1
73
COLETA ABELHAS
4 – Cocal do Sul 18 Trigona spinipes
9 Augochlorini spp.
5 - Criciúma 10 Apis mellifera
2 Augochlora sp.7
2 Augochloropsis sp.4
1 Augochloropsis sp.12
1 Augochloropsis sp.13
2 Dialictus sp.1
2 Dialictus sp.2
1 Melissoptila larocai
1 Melissoptila setigera
6 Trigona spinipes
14 Augochlorini spp.
6 – Nova Veneza 21 Apis mellifera
3 Augochlora sp.8
1 Melissoptila larocai
1 Melissoptila setigera
18 Trigona spinipes
9 Augochlorini spp.
7 – Cocal do Sul 17 Apis mellifera
4 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.8
1 Bombus morio
13 Trigona spinipes
74
COLETA ABELHAS
8 - Criciúma 13 Apis mellifera
1 Bombus atratus
1 Plebeia sp.1
5 Trigona spinipes
4 Augochlorini spp.
9 – Nova Veneza 14 Apis mellifera
1 Augochlora sp.9
2 Bombus atratus
5 Trigona spinipes
8 Augochlorini spp.
10 – Cocal do Sul 15 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
1 Plebeia sp.1
6 Trigona spinipes
8 Augochlorini spp.
11 - Criciúma 9 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
1 Augochlora sp.8
1 Augochlora sp.9
1 Bombus atratus
6 Trigona spinipes
2 Augochlorini spp.
12 – Nova Veneza 8 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
75
COLETA ABELHAS
12 – Nova Veneza 1 Augochlora sp.9
1 Bombus morio
1 Melissoptila setigera
11 Trigona spinipes
4 Augochlorini spp.
13 – Cocal do Sul 19 Apis mellifera
6 Trigona spinipes
14 - Criciúma 6 Apis mellifera
2 Augochlora sp.8
1 Bombus morio
1 Neocorynura sp.
7 Trigona spinipes
1 Augochlorini spp.
15 – Nova Veneza 12 Apis mellifera
2 Augochlora sp.7
1 Bombus atratus
12 Trigona spinipes
16 – Cocal do Sul 25 Apis mellifera
3 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.21
8 Trigona spinipes
3 Augochlorini spp.
17 - Criciúma 8 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
76
COLETA ABELHAS
17 - Criciúma 2 Augochlora sp.8
2 Neocorynura sp.
5 Trigona spinipes
2 Augochlorini spp.
18 – Nova Veneza 12 Apis mellifera
2 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.9
1 Bombus atratus
1 Bombus morio
9 Trigona spinipes
3 Augochlorini spp.
19 – Cocal do Sul 14 Apis mellifera
1 Augochlora sp.8
1 Augochlora sp.9
2 Augochlora sp.21
3 Dialictus sp.1
4 Neocorynura sp.
9 Trigona spinipes
3 Augochlorini spp.
20 - Criciúma 6 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
1 Augochlora sp.8
1 Augochlora sp.21
1 Augochloropsis sp.9
77
COLETA ABELHAS
20 - Criciúma 4 Dialictus sp.1
2 Neocorynura sp
1 Plebeia sp.1
3 Trigona spinipes
4 Augochlorini spp.
21 – Nova Veneza 7 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.9
6 Dialictus sp.1
2 Neocorynura sp.
2 Plebeia sp.1
6 Trigona spinipes
3 Augochlorini spp.
22 – Cocal do Sul 60 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.8
2 Augochlora sp.9
1 Augochlora sp.10
2 Augochlora sp.21
2 Augochloropsis sp.9
1 Augochloropsis sp.10
5 Dialictus sp.1
1 Dialictus sp.2
2 Megachile (Moureapis) sp
78
COLETA ABELHAS
22 – Cocal do Sul 3 Neocorynura sp.
4 Plebeia sp.1
10 Trigona spinipes
1 Xylocopa (Neoxylocopa) brasilianorum
2 Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis
2 Augochlorini spp.
23 - Criciúma 13 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.14
3 Augochlora sp.18
1 Augochlora sp.21
2 Bombus atratus
1 Bombus morio
1 Dialictus sp.1
1 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
1 Lanthanomelissa sp.4
1 Lanthanomelissa sp.5
1 Megachile (Moureapis)
1 Plebeia sp.1
6 Trigona spinipes
15 Augochlorini spp.
24 – Nova Veneza 27 Apis mellifera
3 Augochlora sp.8
2 Augochlora sp.9
79
COLETA ABELHAS
24 – Nova Veneza 2 Augochlora sp.21
1 Augochloropsis sp.10
3 Bombus atratus
2 Bombus morio
1Dialictus sp.1
3 Neocorynura sp.
2 Oxytrigona tataira
4 Plebeia sp.1
8 Trigona spinipes
10 Augochlorini spp.
25 – Cocal do Sul 73 Apis mellifera
3 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.8
2 Augochlora sp.9
2 Augochlora sp.10
2 Augochloropsis sp.10
1 Augochloropsis sp.14
5 Bombus atratus
3 Bombus morio
9 Dialictus sp.1
1 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
5 Megachile (Moureapis)
8 Neocorynura sp.
3 Oxytrigona tataira
80
COLETA ABELHAS
25 – Cocal do Sul 9 Plebeia sp.1
15 Trigona spinipes
2 Xylocopa (Neoxylocopa) brasilianorum
2 Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis
26 - Criciúma 31 Apis mellifera
2 Augochlora sp.7
1 Augochlora sp.8
2 Augochlora sp.14
1 Augochlora sp.21
2 Bombus atratus
2 Bombus morio
3 Dialictus sp.1
3 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
1 Lanthanomelissa sp.4
2 Lanthanomelissa sp.5
1 Megachile (Moureapis)
2 Neocorynura sp.
1 Oxytrigona tataira
2 Plebeia sp.1
3 Pseudoaugochlora sp.1
3 Trigona spinipes
9 Augochlorini spp.
27 – Nova Veneza 52 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
81
COLETA ABELHAS
27 – Nova Veneza 3 Augochlora sp.8
2 Augochlora sp.215 Bombus atratus
2 Bombus morio
4 Dialictus sp.1
2 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
3 Megachile (Moureapis)
4 Neocorynura sp.
4 Oxytrigona tataira 4 Plebeia sp.2
16 Trigona spinipes
10 Augochlorini spp.
28 – Cocal do Sul 63 Apis mellifera
3 Augochlora sp.7
4 Augochlora sp.8
9 Augochlora sp.9
1 Augochlora sp.10
5 Augochloropsis sp.10
5 Bombus atratus
3 Bombus morio
1 Centris (Melacentris) obsoleta
1 Ceratina (Crewella) sp.2
8 Dialictus sp.1
2 Dialictus sp.2
1 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
7 Megachile (Moureapis)
82
COLETA ABELHAS
28 – Cocal do Sul 8 Neocorynura sp.
2 Oxytrigona tataira
9 Plebeia sp.1
1 Plebeia sp.2
2 Psaenythia bergi
27 Trigona spinipes
2 Xylocopa (Neoxylocopa) brasilianorum
2 Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis
10 Augochlorini spp.
29 - Criciúma 26 Apis mellifera
1 Augochlora sp.7
1 Augochlora sp.18
1 Augochloropsis sp.1
1 Augochloropsis sp.1
2 Augochloropsis sp.9
1 Augochloropsis sp.11
1 Augochloropsis sp.15
1 Bombus atratus
1 Bombus morio
2 Ceratina (Crewella) sp.1
4 Colletes sp.1
1 Dialictus sp.1
2 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
1 Lanthanomelissa sp.4
83
COLETA ABELHAS
29 - Ciciúma 1 Lanthanomelissa sp.5
2 Megachile (Dactylomegachile) sp.1
1 Megachile (Pseudocentron) terrestris
1 Melipona bicolor
1 Melissodes nigroaenea
1 Melissoptila larocai
1 Neocorynura sp.
1 Oxytrigona tataira
1 Paratetrapedia (Lophopedia) sp.1
2 Plebeia sp.1
1 Plebeia sp.2
1 Psaenythia bergi
3 Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.6
3 Pseudoaugochlora sp.1
2 Thecrochlora alaris
5 Trigona spinipes
2 Xylocopa (Neoxylocopa) brasilianorum
18 Augochlorini spp.
30 – Nova Veneza 48 Apis mellifera
1 Arhysoceble melampoda
3 Augochlora sp.8
1 Augochlora sp.9
1 Augochlora sp.10
2 Augochlora sp.21
84
COLETA ABELHAS
30 – Nova Veneza 5 Augochloropsis sp.5
1 Augochloropsis sp.6
1 Augochloropsis sp.7
3 Augochloropsis sp.9
3 Augochloropsis sp.10
2 Bombus atratus
2 Bombus morio
1 Ceratina (Rhysoceratina) sp.
1 Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.3
2 Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp.
1 Coelioxys (Rhynocoelioxys) sp.
1 Colletes sp.1
2 Dialictus sp.1
2 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
2 Hypanthidium divaricatum
1 Lanthanomelissa sp.2
1 Lanthanomelissa sp.3
1 Lanthanomelissa sp.4
1 Lanthanomelissa sp.5
5 Megachile (Moureapis) sp.
1 Melipona bicolor
2 Melissodes nigroaenea
4 Neocorynura sp.
3 Oxytrigona tataira
85
COLETA ABELHAS
30 – Nova Veneza 3 Plebeia sp.1
2 Plebeia sp.2
1 Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.5
2 Pseudoaugochlora sp.1
21 Trigona spinipes
19 Augochlorini spp.
31 – Cocal do Sul 83 Apis mellifera
3 Augochlora sp.7
3 Augochlora sp.8
5 Augochlora sp.9
2 Augochlora sp.10
1 Ceratina (Crewella) sp.2
1 Augochloropsis sp.8
2 Augochloropsis sp.9
3 Augochloropsis sp.10
2 Augochloropsis sp.14
3 Bombus atratus
3 Bombus morio
1 Dialictus sp.1
1 Dialictus sp.2
1 Eufriesea violacea
1 Hypanthidium divaricatum
1 Lanthanomelissa sp.5
3 Megachile (Moureapis) sp
86
COLETA ABELHAS
31 – Cocal do Sul 2 Melissodes nigroaenea
2 Melissoptila grafi
2 Neocorynura sp.
1 Paratetrapedia (Lophopedia) sp.2
2 Plebeia sp.1
1 Thygater sordidipennis
30 Trigona spinipes
2 Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis
16 Augochlorini spp.
32 - Criciúma 1 Acamptopoeum prinii
1 Ancyloscelis apiformis
1 Anthodioctes megachiloides
48 Apis mellifera
1 Ariphanarthra palpalis
1 Augochlora sp.4
1 Augochlora sp.6
1 Augochlora sp.16
1 Augochlora sp.20
1 Augochloropsis sp.1
2 Augochloropsis sp.8
1 Augochloropsis sp.11
1 Augochloropsis sp.15
1 Brachynomada sp.
1 Centris (Melacentris) obsoleta
87
COLETA ABELHAS
32 - Criciúma 1 Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.11 Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.2
1 Coelioxys (Neocoelioxys) sp.1
1 Coelioxys (Neocoelioxys) sp.2
1 Diadasina monticola
2 Hypanthidium divaricatum
1 Megachile (Dactylomegachile) sp.2
1 Megachile (Leptorachis) paulistana
2 Megachile (Moureapis) sp
1 Melissodes nigroaenea
1 Melissoptila grafi
1 Melissoptila larocai
1 Paratetrapedia (Lophopedia) sp.3
1 Paratrigona subnuda
1 Plebeia sp.1
1 Plebeia sp.2
1 Psaenythia bergi
2 Pseudoaugochlora sp.1
1 Thygater sordidipennis
3 Trigona spinipes
13 Augochlorini spp.
33 – Nova Veneza 1 Anthodioctes mapirensis
1 Anthodioctes megachiloides
1 Anthodioctes vernoniae
96 Apis mellifera
88
COLETA ABELHAS
33 – Nova Veneza 1 Augochlora sp.3
1 Augochlora sp.8
1 Augochlora sp.9
1 Augochlora sp.12
1 Augochlora sp.14
1 Augochlora sp.16
1 Augochlora sp.20
2 Augochlora sp.21
2 Augochloropsis sp.5
1 Bombus atratus
1 Bombus morio
1 Centris (Melacentris) obsoleta
1 Ceratina (Crewella) sp.1
1 Ceratina (Crewella) sp.2
1 Ceratina (Crewella) sp.4
2 Coelioxys (Neocoelioxys) sp.1
1 Coelioxys (Neocoelioxys) sp.2
1 Colletes rugicollis
1 Dialictus sp.1
1 Epicharis (Anepicharis) chrysipyga
1 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
1 Gaesischia fulgurans
1 Hypanthidium divaricatum
1 Lanthanomelissa sp.2
89
COLETA ABELHAS
33 – Nova Veneza 1 Lanthanomelissa sp.3
1 Lanthanomelissa sp.5
1 Megachile (Acentron) eburneipes
1 Megachile (Aaustromegachile) susurrans
2 Megachile (Leptorachis) paulistana
2 Megachile (Moureapis) sp.
2 Megachile (Pseudocentron) sp.
1 Melissodes nigroaenea
1 Melissoptila grafi
1 Melissoptila setigera
2 Moureanthidium catarinense
3 Neocorynura sp.
1 Oxytrigona tataira
1 Parapsaenythia sp. 1 Paratrigona subnuda
3 Plebeia sp.1
1 Plebeia sp.2
2 Psaenythia bergi
1 Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.1
2 Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.3
1 Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp.4
1 Tetraglossula anthracina
2 Tetraglossula bigamica
1 Thygater anae
1 Thygater sordidipennis
90
COLETA ABELHAS
33 – Nova Veneza 13 Trigona spinipes
2 Xylocopa (Neoxylocopa) brasilianorum
1 Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis
13 Augochlorini spp.
34 – Cocal do Sul 3 Agapostemon semimelleus
1 Anthodioctes mapirensis
1 Anthodioctes megachiloides
1 Anthodioctes vernoniae
104 Apis mellifera
1 Augochlora sp.1
1 Augochlora sp.5
3 Augochlora sp.7
4 Augochlora sp.8
2 Augochlora sp.9
1 Augochlora sp.10
1 Augochlora sp.19
1 Augochlora sp.21
1 Augochloropsis sp.1
2 Augochloropsis sp.9
2 Augochloropsis sp.10
4 Bombus atratus
4 Bombus morio
1 Coelioxys (Neocoelioxys) sp.2
2 Dialictus sp.1
91
COLETA ABELHAS
34 – Cocal do Sul 4 Dialictus sp.2
1 Gaesischia fulgurans
3 Hypanthidium divaricatum
2 Lanthanomelissa sp.5
2 Megachile (Leptorachis) sp.
2 Megachile (Moureapis) sp
2 Melissodes nigroaenea
1 Melissoptila grafi
1 Melissoptila setigera
1 Michanthidium sakagami
1 Moureanthidium catarinense
3 Neocorynura sp.
2 Oxytrigona tataira
11 Plebeia sp.1
1 Tetraglossula anthracina
37 Trigona spinipes
2 Xylocopa (Neoxylocopa) brasilianorum
2 Xylocopa (Neoxylocopa) frontalis
19 Augochlorini spp.
35 - Criciúma 1 Ancyloscelis apiformis
2 Anthodioctes mapirensis
57 Apis mellifera
2 Augochlora sp.6
1 Augochlora sp.9
92
COLETA ABELHAS
35 - Criciúma 1 Augochlora sp.10
1 Augochlora sp.16
1 Augochlora sp.20
2 Augochlora sp.23
1 Augochloropsis sp.1
1 Augochloropsis sp.3
1 Augochloropsis sp.4
1 Augochloropsis sp.8
2 Augochloropsis sp.9
1 Augochloropsis sp.11
2 Augochloropsis sp.15
1 Bombus atratus
1 Bombus morio
2 Ceratina (Crewella) sp.2
1 Ceratina (Crewella) sp.4
4 Colletes sp.1
1 Exomalopsis (Exomalopsis) auropilosa
1 Gaesischia fulgurans
1 Hypanthidium divaricatum
1 Lanthanomelissa sp.2
1 Lanthanomelissa sp.3
1 Lanthanomelissa sp.5
2 Melissodes nigroaenea
1 Melissoptila grafi
93
COLETA ABELHAS
35 - Criciúma 1 Melissoptila larocai
1 Melissoptila setigera
2 Moureanthidium catarinense
1 Oxytrigona tataira
1 Parapsaenythia sp.
1 Plebeia sp.1
1 Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp3
2 Pseudoaugochlora sp.11 Pseudoaugochlora sp.2
1 Pseudoaugochlora sp.3
2 Temnosoma fulvipes
2 Tetraglossula bigamica
1 Thygater anae
6 Trigona spinipes
1 Xylocopa (Schonnherria) macrops
1 Xylocopa (Stenoxylocopa) sp.
17 Augochlorini spp.
36 – Nova Veneza 81 Apis mellifera
1 Augochlora sp.5
2 Augochlora sp.7
2 Augochlora sp.8
1 Augochlora sp.9
2 Augochlora sp.10
1 Augochlora sp.13
1 Augochlora sp.17
94
COLETA ABELHAS
36 – Nova Veneza 2 Augochlora sp.21
1 Augochloropsis sp.2
1 Augochloropsis sp.5
3 Augochloropsis sp.9
1 Bombus atratus
1 Bombus morio
1 Ceratina (Crewella) sp.3
1 Gaesischia fulgurans
2 Hypanthidium divaricatum
1 Hypanthidium obscurius
1 Lanthanomelissa sp.1
1 Melissodes nigroaenea
4 Neocorynura sp.
2 Oxytrigona tataira
1 Paroxystoglossa sp.
2 Plebeia sp.1
1 Plebeia sp.2
1 Pseudagapostemon (Pseudagapostemon) sp2
1 Pseudoaugochlora sp.1
21 Trigona spinipes
11 Augochlorini spp.
95
APÊNDICE D Relação das espécies de abelha capturada nas respectivas plantas
melíferas.
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolius Apis mellifera
Augochlora sp.9
Dialictus sp.1
Oxytrigona tataira
Plebeia sp.1
Augochlorini spp.
APIACEAE Salvia splendens Apis mellifera
Melipona bicolor
Oxytrigona tataira
Trigona spinipes
APOCYNACEAE Allamandra cathartica Apis mellifera
Augochloropsis sp.5
Augochloropsis sp.9
Bombus atratus
Bombus morio
Dialictus sp.1
Eufrieses violaceae
Xylocopa frontalis
Augochlorini spp.
ASTERACEAE Achryrocline satureoides Apis mellifera
Neocorynura sp.1
Plebeia sp.1
96
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
ASTERACEAE Baccharis sp.1 Apis mellifera
Colletes rugicollis
Colletes sp.1
Colletes sp.2
Neocorynura sp.1
Thectochlora alaris
Trigona spinipes
Baccharis sp.2 Apis mellifera
Neocorynura sp.
Trigona spinipes
Bellis perennis Apis mellifera
Trigona spinipes
Bidens pilosa Acamptopoeum prinii
Apis mellifera
Augochlora sp.3
Augochlora sp.5
Augochlora sp.7
Augochlora sp.8
Augochlora sp.9
Augochlora sp.10
Augochloropsis sp.10
Brachynomada sp.
Ceratina sp.3
Ceratina sp.4
97
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
ASTERACEAE Bidens pilosa Gaesischia fulgurans
Megachile paulistana
Megachile (Dactylomegachile) sp.1
Megachile (Dactylomegachile) sp.2
Megachile (Leptorachis) sp.
Neocorynura sp.
Plebeia sp.1
Plebeia sp.2
Tetragonisca angustula
Augochlorini spp.
Conyza bonariensis Apis mellifera
Dialictus sp.1
Neocorynura sp.1
Coreopsis lanceolata Apis mellifera
Emilia coccinea Apis mellifera
Neocorynura sp.
Solidago chilensis Apis mellifera
Augochlora sp.2
Augochlora sp.7
Augochlora sp.8
Augochlora sp.9
Augochlora sp.10
Augochlora sp.17
Augochlora sp.18
98
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
ASTERACEAE Solidago chilensis Augochloropsis sp.10
Neocorynura sp.
Oxytrigona tataira
Sonchus oleraceus Apis mellifera
Coelioxys (Cyrtocoelioxys) sp.
Neocorynura sp.
Temnosoma sp.
Vernonia scorpioides Apis mellifera
Augochlora sp.9
Augochlora sp.10
Augochlora sp.21
Augochlora sp.23
Neocorynura sp.
Vernonia tweediana Apis mellifera
Ariphanarthra sp.
Augochlora sp.6
Augochlora sp.8
Augochlora sp.10
Augochlora sp.15
Augochlora sp.21
Augochloropsis sp.10
Dialictus sp.1
Dialictus sp.2
Neocorynura sp.
99
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
ASTERACEAE Vernonia tweediana Augochlorini spp.
Zinia elegans Apis mellifera
Dialictus sp.1
Neocorynura sp.
BIGNONIACEAE Begonia semperflorens Neocorynura sp.
Trigona spinipes
Tabebuia avellanedae Apis mellifera
Bombus atratus
Bombus morio
Tabebuia chysotricha Apis mellifera
Bombus morio
Tecoma stans Apis mellifera
Neocorynura sp.1
Thygater anae
Thygater sordidipennis
CAESALPINACEAE Bauhinia candicans Apis mellifera
Bombus atratus
Cassia leptophylla Apis mellifera
Bombus atratus
Bombus morio
Xylocopa brasiliano rum
Cassia occidentalis Apis mellifera
Trigona spinipes
Schizolobium parahyba Apis mellifera
100
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
CAESALPINACEAE Schizolobium parahyba Augochloropsis sp.5
Senna multijuga Apis mellifera
Trigona spinipes
CLETHRACEAE Clethra scabra Apis mellifera
Augochlora sp.8
Augochlora sp.9
CONVOLVULACEAE Evolvulus glometarus Apis mellifera
Ipomea purpurea Augochlora sp.9
Augochlora sp.10
Augochlora sp.14
Augochlora sp.21
Augochloropsis sp.10
Melissodes nigroaenea
Merremia dissecta Apis mellifera
Augochlora sp.9
Augochlora sp.10
Augochlora sp.21
Augochlora sp.22
Augochloropsis sp.1
Augochloropsis sp.10
Megachile terrestris
Plebeia sp.1
Trigona spinipes
Augochlorini spp.
101
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
EBENACEAE Diospyros kaki Apis mellifera
Achomea triplinervea Apis mellifera
Trigona spinipes
EUPHORBIACEAE Euphorbia sp. Apis mellifera
Augochloropsis sp.14
Melissodes nigroaenea
Oxytrigona tataira
Tetrapedia diversipes
Trigona spinipes
Ricinus sp. Apis mellifera
FABACEAE Desmodium adscendens Anthodioctes mapirensis
Anthodioctes megachiloides
Apis mellifera
Dialictus sp.1
Thectoclora alaris
Desmodium incanum Anthodioctes mapirensis
Anthodioctes megachiloides
Anthodioctes vernoniae
Apis mellifera
Bombus atratus
Dialictus sp.1
Megachile fiebrigi
Megachile (Moueapis) sp.
Psaenythia bergi
102
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
MIMOSACEAE Acacia mearnsii Apis mellifera
Augochloropsis sp.10
Bombus atratus
MIMOSACEAE Calliandra brevipes Apis mellifera
Augochlora sp.21
Augochloropsis sp.10
Ceratina sp.1
Ceratina sp.2
MIMOSACEAE Calliandra brevipes Trigona spinipes
Xylocopa brasilianorum
Mimosa bimucronata Apis mellifera
Augochlora sp.9
Augochloropsis sp.2
Augochloropsis sp.3
Dialictus sp.1
Pseudoaugochlora sp.1
Pseudoaugochlora sp.2
Pseudoaugochlora sp.3
Mimosa scabrella Ancyloscelis apiformis
Apis mellifera
Augochlora sp.9
Paroxystoglossa sp.
Pseudoaugochlora sp.1
MALPIGHIACEAE Malpighia glabra Agapostemon semimelleus
103
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
MALPIGHIACEAE Malpighia glabra Augochlora sp.8
Augochloropsis sp.7
Augochloropsis sp.9
Centris obsoleta
Dialictus sp.1
MELASTOMATACEAE Tibouchina sp. Apis mellifera
Augochloropsis sp.15
Bombus atratus
Bombus morio
Centris obsoleta
Thygater anae
Xylocopa brasilianorum
Tibouchina ramboi Apis mellifera
Trigona spinipes
Xylocopa sp.
Tibouchina sellowiana Apis mellifera
Epicharis crysopyga
Trigona spinipes
MUSACEAE Strelitzia sp. Apis mellifera
Trigona spinipes
MYRSINACEAE Rapanea ferruginea Apis mellifera
Augochloropsis sp.4
Augochloropsis sp.6
Augochloropsis sp.8
104
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
MYRTACEAE Eugenia stipitata Augochloropsis sp.13
Trigona spinipes
MYRTACEAE Eugenia stipitata Apis mellifera
Augochlora sp.1
Augochlora sp.8
Augochlora sp.16
Augochlorini spp.
Psidium guajava Apis mellifera
Augochlora sp.7
Augochlora sp.9
Augochloropsis sp.9
Trigona spinipes
NYCTAGINACEAE Bougainvillea sp. Apis mellifera
Xylocopa brasilianorum
ONAGRACEAE Ludwigia sp. Apis mellifera
Arhysoceble melampoda
Augochlora sp.4
Augochlora sp.7
Augochlora sp.8
Augochlora sp.9
Augochlora sp.10
Augochlora sp.12
Augochlora sp.18
Augochlora sp.20
105
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
ONAGRACEAE Ludwigia sp. Augochlora sp.21
Augochloropsis sp.5
Augochloropsis sp.11
Augochloropsis sp.12
Bombus atratus
Bombus morio
Ceratina sp.2
Ceratina (Rhysoceratina) sp.
Diadasina monticola
Dialictus sp.1
Dialictus sp.2
Gaesischia fulgurans
Hypanthidium divaricatum
Hypanthidium obscurius
Megachile (Moureapis) sp.
Megachile (Pseudocentron) sp.
Melissoptila larocai
Melissoptila setigera
Michanthidium sakagami
Moureanthidium catarinense
Paratetrapedia sp.1
Paratetrapedia sp.2
Plebeia sp.1
Plebeia sp.2
106
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
ONAGRACEAE Ludwigia sp. Pseudagapostemon sp.1
Pseudagapostemon sp.2
Pseudagapostemon sp.4
Pseudagapostemon sp.5
Pseudagapostemon sp.6
Tetraglossula anthracina
Tetraglossula bigamica
Trigona spinipes
Xylocopa macrops
Augochlorini spp
PASSIFLORACEAE Passiflora sp. Apis mellifera
Bombus atratus
Xylocopa brasilianorum
Xylocopa frontalis
Passiflora edulis Apis mellifera
Bombus atratus
Xylocopa brasilianorum
Xylocopa frontalis
POLYGONACEAE Polygonum sp. Apis mellifera
Augochlora sp.7
Augochlora sp.9
Trigona spinipes
Polygonum hydropiperoides Augochlora sp.8
Augochlora sp.9
107
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
POLYGONACEAE Polygonum hydropiperoides Augochlorini spp.
Triplaris surinamensis Apis mellifera
Augochlora sp.9
Trigona spinipes
RUBIACEAE Diodia alata Augochlora sp.7
Augochlora sp.9
Augochlora sp.11
Augochlora sp.21
Dialictus sp.1
Paratrigona subnuda
Diodia dasycephala Apis mellifera
Richardia brasiliensis Apis mellifera
Parapsaenythia sp.
Psaenythia bergi
Pseudagapostemon sp.3
SOLANACEAE Solanum americanum Apis mellifera
Augochlora sp.9
Augochlora sp.19
Dialictus sp.1
Exomalopsis auropilosa
Lanthanomelissa sp.1
Lanthanomelissa sp.2
Lanthanomelissa sp.3
Plebeia sp.1
108
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
SOLANACEAE Solanum americanum Psaenythia bergi
Augochlorini spp.
Solanum diflorum Apis mellifera
Lanthanomelissa sp.2
Lanthanomelissa sp.3
Lanthanomelissa sp.4
Lanthanomelissa sp.5
Augochlorini spp.
Solanum lacerdae Apis mellifera
Bombus atratus
Dialictus sp.1
Lanthanomelissa sp.5
Plebeia sp.1
Solanum variabile Apis mellifera
Exomalopsis auropilosa
Lanthanomelissa sp.4
Lanthanomelissa sp.5
Plebeia sp.1
Plebeia sp.2
Augochlorini spp.
VERBENACEAE Duranta camara Augochlora sp.8
Augochlora sp.9
Augochlora sp.13
Dialictus sp.1Melissoptila grafi
109
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
VERBENACEAE Duranta camara Paratetrapedia sp.3
Lantana sp. Apis mellifera
Coelioxys (Neocoelioxys) sp.2
Coelioxys (Rhinocoelioxys) sp.
Dialictus sp.1
Dialictus sp.2
Megachile susurrans
Trigona spinipes
Augochlorini spp.
Verbena litoralis Apis mellifera
Augochlora sp.7
Augochlora sp.8
Augochlora sp.9
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.1
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.2
Coelioxys (Acrocoelioxys) sp.3
Coelioxys (Neocoelioxys) sp.1
Colletes sp.1
Dialictus sp.1
Megachile eburneipes
Melissoptila grafi
Melissoptila setigera
Paratetrapedia (Paratetrapedia) sp.
Psaenythia bergi
110
FAMÍLIAS ESPÉCIES/Nome científico Abelhas
VERBENACEAE Verbena litoralis Augochlorini spp.
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