nhar a relevância futura de seu alunado: A parte o fato de que acompanhar no
presente a relevância futura seja algo insólito, a relevância deve se dar
em termos acadêmicos e não administrativos, como seriam os casos de Sub-
Reitor eVice-Diretor do Hospital Universitário, citados no re latório.
Refere o relatório do curso em sua Conclusão (pag. 15) que
o potencial da instituição para o desenvolvimento da pós-graduação é gran
de. Disto não se tem dúvida. Esta surge, entre-
tanto, ao apreciar-se este potencial está sendo bem aproveitado. Apa.
rentemente não está, como se depreende do relatório técnico da CAPES e
também, ao verificar-se que entre 1974, quando o curso foi credenciado nos
dois níveis, e 1989 foram graduados 51 mestres e apenas 7 doutores. Porisso,
e por outras razões que adiante serão expostas, não deve causar
ksurpresa que as agências de fomento à pós-graduação e á pesquisa venham
se retraindo no apoio ao curso.
Analisando-se, por exemplo, o regimento geral do curso veri-
fica-se que, em relação ao Corpo Docente -não há referências ao
tempo de dedicação ao curso. Aprofundando a análise, com base nas quinze
páginas não numeradas constantes do relatório dedicados ao corpo
docente, verificamos que dos 15 professores, 12 acham-se no regime de tra.
balho semanal de 40 horas, e 2 no de 20 horas semanais. Há, além disso,um
professor aposentado que dedica 2 horas semanais ao curso. Porém, se exa-
minamos a dedicação desses professores ao curso em horas semanais, anota-
mos que 1 dedica 20 horas, 1,10 horas, 7,8 horas, 1,4 horas e 5, duas ho-
ras. Assim sendo, 1/3 dos professores só marcam presença no curso durante
2 curtas horas semanais, tendo, apenas, tarefas de ensino, ao passo que os
que destinam mais tempo ao curso- cerca da metade dos docentes com 8 horas se
manais - têm atividades de ensino, orientação e pesquisa. Dos 15 docentes, 14
trabalham no Instituto de Neurologia Deolindo Couto e 1 no Hospital Uni
versitário Clementino Praga Filho, onde, aliás, é realizado todo o curso de
neurologia para os alunos do curso de graduação da Faculdade de Medici na.
Assim, uma das causas dos problemas que apresenta o curso, tão enfati_
camente apontados no relatório técnico da CAPES, ha de ser a curta dedicação
dos docentes ao curso. A este propósito, devo acentuar que, visitando D
Instituto de Neurologia, confirmei a informação de que lã não se cuida de -urso
de graduação e que, o que me pareceu grave, os alunos da pós-graduação lá só
se encontram no período da manhã.
Ao longo dos anos de vigência do curse, a produção científico
não sendo das mais fartas, é de boa qualidade. Entretanto, as publicações
resultantes verificaram-se, apenas, em periódicos nacionais, sendo concen
trada em poucos orientadores, sobretudo no atual Coordenador do curso. Em