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Em Agosto de 1987, a CAPES fez realizar nova avaliação
do programa, com base nas informações constantes do Relatório
do Curso referente aos anos de 1985/1987. O resultado desta
última avaliação e uma síntese dos dados que a nortearam consti
tuem o conteúdo do relatório agora encaminhado ao CFE. No cita
do Relatório a Comissão Técnica da CAPES não conceituou o douto
rado (conceito SC) .
O CFE, aprovou a renovação do Credenciamento do Curso
em nível de mestrado; quanto ao doutorado, diz o voto do rela-
tor "não haver no processo elementos para a apreciação da
solicitação" , e, através do Parecer n9 204/86, solicita à
CAPES "Relatório Técnico específico atualizado e Relatório de
nova Comissão Verificadora".
Pelo Processo n9 23001.001189/85-98, o Instituto de
Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo,
solicitou a reconsideração relativa à decisão de 9 de outubro
de 1985, do CFE, que aprovou o Parecer 636/85 relativo ao
Processo 23038.001119/84-7, referente à "Renovação do
Credenciamento do Curso de Pós-graduação em Matemática Aplicada
aos níveis de Mestrado e Doutorado".
I - RELATÓRIO
Nilson Paulo
SR. CONS.
Renovação do credenciamento do Curso de Pós-graduação em Mate-
mática Aplicada no nível de Doutorado.
UNIVERSIDADE DE S
Ã
O
PAULO
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Por outro lado, a Comissão Verificadora composta pelos pro-
fessores Carlos Tomei (PUC-RJ) e Marcelo Klein (UFC) em seu relato
rio de visita realizada nos dias 20 e- 21 de outubro de 1987 e abaixo
transcrito, sugerem que não se recredencie este programa de doutora-
do em Matemática Aplicada.
'ÜELATÕRIO DE VISITA PARA AVALIAÇÃO, VISANDO 0 RECREDENC1AMENT0 DO CURSO DE
DOUTORADO EM MATEMÁTICA APLICADA DA USP, JUNTO AO CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
Por solicitação da CAPES, estivemos no dia 19 de outubro de 1987 em sua
sede, como membros da comissão Verificadora que apreciaria o pedido de
recredenciamento do curso de doutorado em Matemática Aplicada da USP, onde a
analisamos a documentação constante da "memória" do curso era questão.
Nos dias 20 e 21 seguintes, estivemos no IME-USP, onde pudemos obser_
var em loco, a situação do curso.
Naquele momento, estava o Departamento de Matemática Aplicada desmem
brando-se em dois novos Departamentos; um que mantinha aquela denominação, en_
volvendo os pesquisadores em Sistemas Dinâmicos e Pesquisa Operacional, e um
segundo que é o Departamento de Ciência da Computação. A divisão parece con-
veniente pela inexistência de um Departamento de Informática (ou similar) na USP
até então. O programa de doutorado entretanto, continua sendo oferecido pelos
dois grupos conjuntamente, os quais argumentam não haver alterações no modo de
operação, tanto era pesquisa quanto no tratamento a alunos. 0 elenco de
disciplinas a disposição dos alunos e" bastante significativo, tanto na área de
Sistemas Dinâmicos como na de Computação. A estrutura administrativa inerente ao
curso é plenamente satisfatória. Os dois departamentos envolvidos no programa em
apreço, contam juntos com cerca de 15 (quinze) doutores, todos em regime de
dedicação exclusiva? este número favorece a uma boa distribuição das atividades
dos docentes envolvidos no programa: ensino, pesquisa e orientação.
A produção científica do corpo docente, (constante em documento ofi
cial do IME-USP) aponta de 1979 a 1983, 73 trabalhos, dos quais 25 em revis -
tas de divulgação internacional. /O
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3.Com relação ao disciplinamento de normas concernentes às atividades discentes,
há de se destacar a criação era março de 1985 de normas para o curso de
doutorado que, entre outras exigências, controlam o tempo de duração no curso;
agora não é mais possível que um aluno se mantenha por longos períodos
simplesmente obtendo créditos.
A produção de doutores é muito baixa; o programa gerou três teses
desde sua criação. Há argumento para isso: a evasão causada pelas perspecti.
vas de trabalho em informática que não requerem preparação a nível de doutora
do, o interesse dos próprios departamentos envolvidos no curso em enivar alunos
para doutorar-se no exterior, e o fato que às vezes teses orientadas por
pesquisadores dos Departamentos de Matemática Aplicada ou Ciência da Computa-
ção, são contadas para o doutoramento em Matemática (isto não aconteceu de
1985 em diante).
Há que se ressaltar que o curso dispõe de um número plenamente satis
fatório de micro computadores destinados a seus corpos docente e discente. No
entanto, em relatório á CAPES em 1985, para recredenciamento do programa , os
professores Peter Albrecht e Leon Sinay ressaltaram a necessidade de uma
ênfase maior em disciplinas voltadas para atividades tecnológicas, sugerindo
cificamente a criação de uma disciplina obrigatória em análise numérica, com o
que concordamos plenamente. A importância do assunto e a dificuldade de
encontrar pesquisadores nesta área no Brasil, são bem conhecidas. 0 Departa-
mento de Matemática Aplicada (até então), não adotou a sugestão, levado prová
velmente pelas próprias escolhas de linhas de pesquisa, que, de fato, não de-
pendem de análise numérica.
Pelas características atuais do referido curso, seria difícil justi-
ficar a qualificação de Matemática Aplicada entendida pela comunidade matemá-
tica.
Ressalte-se ainda que em avaliação feita pela CAPES em agosto de
1987, o curso recebeu a menção "Sem conceito", já emitida em 1985.
Sugerimos, á luz dos fatos apresentados acima, que não se recreiem
este programa de doutorado em Matemática Aplicada.
II - VOTO DO RELATOR
Considerando o exposto acima, entendemos que a renovação do
credenciamento do Curso de Pós-Graduação em Matemática Aplicada no
nível de Doutorado, mantido pela Universidade de São Paulo, somente
poderá receber parecer favorável após a consolidação do mesmo curso.
III - CONCLUSÃO DA CÂMARA
IV - DECISÃO DO PLENÁRIO
O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou , por unanimidade, a
Conclusão da Câmara.
Sala Barrotto Filho , em 07 de Abril de 1988.
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