tudo especial, apresentado a este Conselho, chamei de fase do re
tardamento para a fase do crescimento, esta última abrangendo de
1968 a 1978, aproximadamente (v. MENDES, Armando - Ciência, Uni
versidade e Crise, ed. Grafisa, Belém, 1981, Parte III, "Aponta
mentos sobre a Condição Atual do Ensino Superior").
4. Hoje em dia, como sabemos, a procura do ensino
superior parece estabilizar-se, pelo menos em termos relativos.
Na verdade, em algumas áreas de ensino tem ha
vido decréscimo do número absoluto de inscrições ao Vestibular.
Em alguns casos, não tem sido possível preencher o total das va
gas oferecidas. Naturalmente, a análise do fenômeno precisa ser
decomposta ao nível de grandes áreas do conhecimento e, mesmo, de
carreiras específicas. E a sua compreensão deve ser desenhada a
partir da constatação de parâmetros mais gerais, que têm a ver
com a crise geral do ensino superior (e não apenas no Brasil),bem
como reflete as flutuações da conjuntura econômica e social dos
últimos anos.
5. De qualquer maneira, a rutura da regra que há
muito vem sendo seguida, de aproveitamento somente dos candidatos
classificados na instituição na qual concorreram a uma vaga, pode
ria ser revista apenas ã luz de elementos mais sólidos, que con
vencessem de sua conveniência.
II - VOTO DA CÂMARA
6. As razões expostas desaconselham o acolhimento
do proposto pelo INATEL. Sua sugestão pode ser encaminhada, po
rém, às instâncias que irão debater as propostas para reformula
ção do ensino superior no país, resultantes do trabalho desenvol
vido pela Comissão de Alto Nível, especialmente o próprio CFE.