Francês, Inglês, Matemática, Ciências Naturais, História :Geral,
História Geral, História do Brasil, Geografia Geral, Geografia do
Brasil, Trabalhos Manuais, Desenho, Canto Orfeónico, sem falar em
Educação Física e a possível aula de Religião. 0 aluno era subme
tido a 12 ou 13 atividades em algumas séries.
E vejamos, ainda que não ê pouco o que ficou de
fora. A Escola vem recebendo, ultimamente, como encargo seu, uma
série de tarefas, antes atribuídas, a família ou ã oficina, como
educação cívica, educação para a saúde, aprendizado de ar tes e
ofícios, educação para a família, educação para o rlazer,
datilografia e, mais recentemente, informática, isso para não fa
lar em propostas que nos chegam a cada dia, como educação para o
trânsito, educação para atividade bancária.
Tudo isso, evidentemente, não cabe em uma es
cola. E o elaborador dos currículos tem a obrigação, para evitar
a pletora, de renunciar e escolher. Haverá um núcleo indispensá
vel e haverá um elenco do qual, apoiado no principio da equiva
lência formadora das atividades ou disciplinas, escolherá uma e
renunciará outra. Andou bem, portanto, a lei, deixando â esco la
essa estruturação plena. Andou bem a lei incluindo Educação
Artística, sem maiores especificações. Houve interpelantes que
fixavam especificamente a arte a ser imposta, determinando que em
tais séries se ensinasse música. Andou sabiamente a lei fican do
na exigência genérica, porque a própria Educação Artística po de
ser praticada na escola em duas perspectivas, ambas legítimas e
desejáveis: o do aprendizado da própria arte(pintura, desenho , um
instrumento, teatro) ou educar para a apreciação da arte, que ê,
sem dúvida, uma exigência mais universal, ensinar a ver, a ou
vir, enfim educar, sobretudo os que não são dotados para ser um
artista, para que sejam capazes de alegrar-se ouvindo ou vendo a
arte do outro. Aristóteles considerava um título de nobreza hu
mana, quase maior que o de tocar(ele era um grego contemplativo),
ter ouvido capazes de ouvir música.
De resto, os mais velhos se lembram o tormento
e da absoluta esterilidade que foi para a escola secundária, an
tes de 1960, o canto orfeónico obrigatório em todas as séries do
ginásio, houvesse ou não houvesse professor realmente capaz de
ministrá-lo. Não há de ser-por uma prescrição impositiva que os