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A LER (LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO) EM UMA INSTITUIÇÃO
HOSPITALAR DE PEQUENO PORTE
Jankiele Colussi
1
RESUMO
Este artigo consiste num estudo sobre a LER, lesão por esforço repetitivo, incluindo neste
contexto a saúde do trabalhador, num hospital de pequeno porte localizado na cidade de
Rodeio Bonito-RS. Para que isso acontecesse realizou-se uma análise prática no que se refere
às políticas voltadas a saúde do trabalhador, bem como a participação efetiva deste
trabalhador no processo tanto de informações quanto a execução de tais políticas no âmbito
institucional, qual a contribuição dos gestores nesta área, qual o conhecimento que os
gestores e o trabalhador possuem relativo à sua própria saúde em seu ambiente de trabalho,
quais as estatísticas de ocorrência de LER. Para isso tornaram-se objeto de estudo as
referências citadas nos questionários que estão em anexo a este trabalho. Quanto à
metodologia, realizou-se um estudo de caso, utilizando-se o método descritivo, abordando a
pesquisa qualitativamente. A coleta de dados fez-se através de um questionário estruturado
entregue aos trabalhadores, entrevistas aos gestores, observação do local e pesquisa dos
projetos destinados à saúde do trabalhador na instituição. Revelou-se assim, uma instituição
que apesar dos problemas financeiros, tenta implantar seus projetos e se preocupa com bem-
estar do trabalhador, porém na prática necessita desenvolver suas políticas e repassar um
maior conhecimento no que diz respeito à mesma, como estas funcionam, seu objetivo e
executá-las em seu meio de trabalho.
Palavras-chave: lesões por esforço repetitivo, saúde do trabalhador, trabalho.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo refere-se a uma pesquisa a ser realizada em uma Instituição
Hospitalar de pequeno porte localizada na cidade de Rodeio Bonito – RS. O presente tema, a
LER, lesão por esforço repetitivo, que acomete trabalhadores que repetem os mesmos
movimentos por muito tempo em sua rotina de trabalho e que ocasiona os mais variados tipos
de lesões. O estudo será desenvolvido através de uma pesquisa de campo, ou seja, um estudo
de caso, direcionado á área da saúde do trabalhador, na qual a população pesquisada será os
trabalhadores desta empresa. Através de entrevistas, participação em reuniões, conversas
informais e observação do local pesquisado, poderão se obter as informações necessárias para
a construção deste trabalho.
1
Psicóloga clínica, especializanda em Gestão de Recursos Humanos pela UPF - Universidade de Passo
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Devido a grande incidência de acidentes que levam os trabalhadores a LER nos dias
de hoje, em seus mais variados ambientes de trabalho, a falta de literaturas sobre este assunto
está convocando a comunidade acadêmica a se questionar em torno desta temática, ir a
campo e poder verificar nos ambientes de trabalho: Há uma política de prevenção relacionada
à saúde dos trabalhadores em uma instituição que lida propriamente com a saúde, se há como
esta se estrutura?Qual a implicação dos trabalhadores, sua participação neste processo e como
à empresa trabalha na prática com a saúde de seus trabalhadores? Haveria mudanças,
colaborações necessárias neste projeto de saúde?
Ao se questionar em torno desta temática, a pesquisa tem por objetivo entender quais as
causas, as conseqüências e as possíveis medidas de prevenção da LER, a lesão por esforços
repetitivos, podendo ser de total relevância tanto social como acadêmica no sentido deste
trabalho poder suscitar questões que têm a ver com o cotidiano e comportamento de cada
trabalhador.
Esta pesquisa busca ampliar os estudos relativos à saúde no trabalho, na tentativa de
tentar esclarecer à comunidade atingida, as vulnerabilidades às quais o trabalhador está
suscetível, verificando assim o seu próprio papel neste processo. Visa também conhecer os
autores que tratam do determinado assunto, tanto os autores fundadores do tema como os
como os contemporâneos, buscando compreender as implicações relacionadas com a LER e
do trabalho. Tomar conhecimento juntamente com outros profissionais a cerca do tema
proposto para pensar como a LER interfere na vida do sujeito torna-se de vital importância.
Assim, poderemos proporcionar esclarecimentos sobre os princípios básicos da LER.
Investigando como a instituição lida com a saúde do trabalhador, e conseqüentemente
com a Ler, este estudo contribuirá para um possível desenvolvimento de práticas voltadas a
saúde do trabalhador que poderão ser mais eficazes devido à observação dos trabalhadores
feita em seu ambiente de trabalho. Devido a grande incidência de acidentes que levam os
trabalhadores a LER nos dias de hoje, em seus mais variados ambientes de trabalho e a falta
de literaturas sobre este assunto, a comunidade acadêmica está sendo convocada a se
questionar em torno desta temática, ir a campo e poder verificar nos ambientes de trabalho se
realmente há uma política de prevenção relacionada à saúde dos trabalhadores (em uma
instituição que lida propriamente com a saúde), e como é que esta se estrutura.
Esta pesquisa torna-se importante pelo fato de contribuir para uma reflexão sobre a
importância que cada sujeito tem hoje sobre si em seu ambiente de trabalho, e também pelo
fato de esclarecer o que é a LER, como se poderia prevenir esse tipo de lesão que muitas
vezes impede o sujeito de trabalhar até o fim de seus dias e qual a conseqüência na vida do
sujeito contemporâneo. Possuir um melhor esclarecimento sobre os efeitos, sintomas e
conseqüências psicológicas da LER, permitirá que se reflita também o papel da sociedade e
das empresas nas conseqüências futuras deste processo.
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Como conhecimento pedagógico, a pesquisa em questão poderá suscitar novas idéias,
seja sobre prevenção deste tipo de acidente ou sobre novas formas de tratamento e políticas
na empresas, relativo à saúde do trabalhador. Esta pesquisa irá permitir a todo e qualquer
sujeito informações necessárias sobre esta temática.
Ao ampliar as leituras sobre este tema, ficará claro que um dos principais problemas
que levam às pessoas a se defrontarem com a LER é a falta de informação das mesmas, que
não possuem conhecimento algum sobre o que são a LER, quais são seus sintomas e
principalmente como prevenir, qual medida poder-se-ia tomar. O trabalho colabora no sentido
de contribuir com informações relevantes e de total importância, seja no contexto acadêmico,
quanto nas próprias empresas, as quais poderão assim, tomar algum tipo de medida.
As possíveis conseqüências deste processo possuem implicações futuras, as quais irão
desencadear necessidade de serem mais bem trabalhadas e estudadas posteriormente pela
comunidade acadêmica, ou seja, vivemos em um mundo onde a era do instantâneo prevalece,
tudo se modifica rapidamente. As relações entre o trabalho e a saúde incluídas neste contexto,
torna-se de vital importância para uma análise no que se refere à saúde do trabalhador e
conseqüentemente da empresa na qual o sujeito exerce sua função.
Contudo, novos argumentos e novas propostas de pensar o assunto irão surgir,
também por se tratar de um assunto amplamente aberto a discussões. Soluções serão
levantadas, tendo esta pesquisa o intuito de lançar esse assunto ao debate da comunidade
acadêmica e científica, não concluindo por si só esse tema tão atual e desafiador. Muitas
questões ficarão em aberto, pois a natureza deste trabalho propõe-se sempre a novas
descobertas.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A importância do trabalho
Poderíamos definir trabalho como uma produção do sujeito que se insere em uma
sociedade, sendo esta uma atividade que visa algum retorno benéfico ao indivíduo, um
reconhecimento social, uma ação que as algumas pessoas necessitam fazer em algum
momento da sua vida. Do trabalho vem o sustento do ser humano. Sustento esse que diz
respeito não somente ao retorno em termos financeiros, mas também como algo que
caracteriza o sujeito, reflete em sua auto-estima, sua realização profissional e pessoal,
fazendo parte da vida do sujeito de modo que este se torna reconhecido pelo seu trabalho,
pelo que produz.
O sentido do trabalho, partindo de uma perspectiva histórica breve, até o século XVII
era visto como uma humilhação, algo que significava suplício, sofrimento. A partir da metade
do século XVIII, já na contextura capitalista, trabalho era considerado decisivo, juntamente
com ascensão e desenvolvimento do mercado. O significado de trabalho não passava de uma
visão mercantil, ou seja, relacionado ao tempo, o trabalho em si e os meios empregados para
realizá-los. No século XIX o trabalho é considerado o cerne do sujeito, formando a sociedade
salarial do século XX, simbolizando a própria dignidade e amparo ao trabalhador.
O trabalho passa a adquirir total relevância na vida do sujeito. É a partir dele que o
sujeito se reconhece como ser pensante, capaz de produzir algo, o saber-fazer. Com isso, o
trabalho passa a ser o norteador da vida de muitos sujeitos, os quais não se imaginam ficar
sem trabalhar, ou até mesmo se aposentarem. O sujeito trabalhador possui satisfação no
trabalho e supera suas expectativas quando se identifica com o cargo ou função que exerce,
ou seja, trabalho no e com o que gosta, sente prazer, se sente bem ao fazer determinada
tarefa.
Contudo, muitas mudanças ainda estariam por vir, tais como a crise do trabalho
assalariado, trabalhadores autômatos e individualistas, reorganização do trabalho, a
terceirização, internacionalização de empresas, o desemprego em larga escala, privatização
de empresas estatais, dentre outros aspectos que configuram este cenário, mas que, no entanto
não serão desenvolvidos neste artigo.
Com o advento da modernidade, as novas formas de organização do trabalho vêm
fazendo com que paradigmas, aceitos até recentemente, sejam questionados. Determinadas
teorias, que têm sido tratadas de modo isolado e que se refletem em uma prática dissociada
no interior das organizações, vêm se revestindo de importância à medida que as visões
especializadas não têm dado suporte aos desafios gerenciais que este atual momento impõe.
A sociedade contemporânea ainda passa por várias transformações. Entre elas, pode-
se citar o movimento da globalização, considerado o mais avançado processo de
internacionalização da economia; a terceira revolução industrial, caracterizada pela evolução
da Informática, e a inserção da mulher no mercado de trabalho.
O trabalho que antigamente era feito em família, como o artesão que fabricava seus
utensílios na extensão de sua casa, agora precisa deslocar-se até seu local de trabalho,
ocorrendo neste sentido uma divisão entre seu lar e seu local de trabalho. Chama-se era
industrial, caracterizando o trabalho atualmente. Nas indústrias, o trabalho torna-se
individualizado, ou seja, cada trabalhador executa um ponto, uma parte do processo de
produção de um objeto, especializando-se somente no seu procedimento. O significado do
trabalho passa a se tornar alienante para o sujeito, sem atribuição de um verdadeiro sentido a
execução de seu trabalho, pois se vê somente cumprindo algo como um robô, automatizado,
sem ter noção do processo todo do trabalho. Neste sentido é que podem surgir os acidentes de
trabalho, pois o trabalhador que já está fazendo aquele trabalho automaticamente, não precisa
pensar no que vai fazer, não necessita de atenção. É nesta hora que se “deixa” os dedos,
braços ou a mão numa prensa, por não sentir-se envolvido no significado de seu trabalho,
pois este não exige conhecimentos e atitudes feitas com reflexão.
2.2 O Recursos Humanos no trabalho
Esse contexto pressionou as empresas a se reestruturarem e se modernizarem a fim de
poderem sanar as dificuldades encontradas no que se refere a saúde do trabalhador e a
competir no mercado. Dessa forma, começaram a introduzir novos modelos de gestão como:
a reengenharia, a gestão de recursos humanos, a qualidade total e a terceirização, verificando-
se, também, grande preocupação com as questões de Qualidade de Vida no Trabalho e
Estresse Ocupacional.
Chiavenato (1997, 3º cap.) diz que a qualidade de vida no trabalho passou a ser uma
preocupação quase que obsessiva das empresas bem sucedidas. Elas chegaram à conclusão de
que a qualidade de seus produtos e serviços é fortemente condicionada pela qualidade de
vida, seja no trabalho ou fora dele, das pessoas que os produzem, para garantir a qualidade de
vida dos funcionários em um contexto dentro do qual as pessoas sintam-se envolvidas e
estimuladas a dar o melhor possível de si próprias.
A grande preocupação com a Qualidade de Vida no Trabalho tem levado um número
crescente de pesquisadores a extrapolarem os limites intramuros das organizações e a
trabalharem a questão do bem-estar do trabalhador de forma global, pois a Qualidade de Vida
no Trabalho está intimamente relacionada, dentre outros fatores, com a importância que o
trabalho vem ocupando-nos diversos planos e, em especial, no plano psicológico.
E como seria então a relação do homem com o seu trabalho?
Na relação do homem com o seu trabalho, não somente se ‘ganha’ como também
se constrói a vida, estabelecendo-se um status social que não se restringe ao
ambiente físico do trabalho. Pelo contrário, a atividade profissional é parte
inextricável do universo individual e social de cada um, podendo ser traduzida
tanto como meio de equilíbrio e de desenvolvimento quanto como fator
diretamente responsável por danos à saúde. (DEJOURS, 1993 p. 130)
O trabalho pode ser tanto benéfico ao indivíduo, quanto maléfico, causando danos à
saúde do sujeito. Quando não há um bom treinamento, não há exigência da atenção e reflexão
do sujeito há a possibilidade deste sofrer algum tipo de acidente no trabalho, ocasionando
danos muitas vezes irreversíveis ao trabalhador.
O trabalho é de suma importância para a sobrevivência do indivíduo. Este, muitas
vezes está exposto a riscos cotidianos em seu meio de trabalho. Riscos alguns que passam
despercebidos. A execução da mesma tarefa sempre, a força exercida, a maneira de conduzir
o trabalho, está levando muitos trabalhadores a serem acometidos por lesões por esforço
repetitivo.
2.3 O que é a LER e suas implicações no trabalho e para o sujeito
As lesões por esforços repetitivos são definidas como um conjunto de disfunções
músculo-esquelético e até mesmo como uma doença ocupacional, que acometem os membros
superiores e região cervical e estão relacionadas ao trabalho, principalmente em áreas como
indústria de eletroeletrônicos, de alimentos, químicas, têxteis, serviços de telefonia e de
entrada de dados em terminais de computação, bancos entre outras. Para Michel apud
Martins, a LER pode ser definida:
Como doença ocupacional grave na classe trabalhadora, cujos sintomas
apresentados são inflamação nos músculos, dos tendões, dos nervos e articulações
dos membros superiores (dedos, mãos, ombros, braços, antebraços e pescoço)
causada pelo esforço repetitivo exigido na atividade laboral, que requer do
trabalhador o uso forçado de grupos musculares, como, também a manutenção de
postura adequada (2003, p. 66).
No Brasil surge com a denominação de LER/DORT. que significa Lesão por Esforço
Repetitivo e Distúrbio Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, ou também por LCT,
Lesões por Traumas Cumulativos. No entanto, para melhor interpretação do termo, no
percurso desta pesquisa usar-se-á a denominação LER, Lesão por Esforços Repetitivos. . Esta
vem sendo objeto de estudos em todo o mundo, pois cada vez mais trabalhadores são
acometidos destas disfunções.
Segundo Martins (2003, p. 67), na Austrália, recebeu a denominação correspondente à
do Brasil - RSI (Repetitive Strain Injury); nos Estados Unidos - DCT (Disfunções por
Trauma Cumulativo). Essas denominações ressaltam o papel dos movimentos repetitivos na
produção do quadro clínico apresentado. No Japão, no entanto, a condição foi denominada
OCD (Ocupational Cervico Disorders), que destaca a localização dos sintomas e a sua
relação com o trabalho.
Hoje, a síndrome que é mais associada ao trabalho informatizado, representando
quase 70% do conjunto das doenças profissionais registradas no Brasil. A prevenção foi e
continua sendo a melhor forma de combate a este tipo de patologia. A adoção de posturas e
ritmos de trabalho mais adequada (com a adoção de pausas ao longo da jornada de trabalho) e
ginástica laboral são fundamentais. É importante ressaltar que a LER está ligada à causa do
problema e não com sua patologia.
A LER é um produto das interações que ocorrem entre o ser humano por natureza
imperfeito e seu ambiente frequentemente hostil, entre condições pessoais físicas e psíquicas
predisponentes e a sua exposição a um ambiente facilitador, que contribui para gerar doenças
físicas e mentais. Esses fatores também nos indicam que o modo de produção capitalista, no
qual o trabalhador muitas vezes é visto somente como uma máquina, uma mercadoria,
contribui para o desenvolvimento da doença.
Precisamos lembrar que as doenças podem ser frutos da incapacidade de adaptação do
indivíduo ao seu meio:
Conviver no cotidiano das empresas com indivíduos de temperamentos e
interesses diferentes dos que esperava em nosso projeto de vida, executando
tarefas e funções incompatíveis com nossas expectativas, torna-se um desafio à
nossa maneira de ser e de pensar. (GASPARINI, 1992, p.90)
A ocorrência de LER vem se expandindo muito rapidamente. Atualmente, a expansão
desta síndrome adquire as características de uma verdadeira epidemia mesmo quando nos
referimos apenas aos dados oficiais lançados. As doenças decorrentes das situações de risco
mencionado pode se manifestar isoladamente ou associadas, entre si ou com outras doenças.
E como se identifica os sintomas da Ler?
A evolução da Ler começa com um simples cansaço maior do que o costumeiro
durante a jornada de trabalho e sensação de desconforto. Essas sensações, no princípio,
passam depois de transcorrida a jornada de trabalho, e o repouso noturno é suficiente para
que os trabalhadores sintam-se restabelecidos. Depois de algum tempo, começam a perceber
que já acordam cansados e com sensação de dor indefinida e peso nos membros superiores e
pescoço. A dor vai acentuando-se e passa a persistir mesmo em casa, incomodando nos
momentos de repouso e até mesmo durante o sono. Muitas vezes acontece o inchaço ou
aumento do volume dos membros superiores, além do formigamento e sensação de choque.
O quadro vai piorando até que o trabalhador não consegue mais dar a produção exigida nem
manter as atividades do dia-a-dia em casa.
É extremamente importante identificar a doença quando ela ainda está no início,
encaminhar o funcionário para um profissional especializado para que este possa conceder
um diagnóstico correto, juntamente com um tratamento adequado, para que a recuperação
possa ser completa. Por isso, ao perceber os primeiros sintomas, mesmo que ainda não haja
impedimento de trabalhar, deve-se procurar a orientação de um profissional de saúde.
Radiografias, eletroneuromiografias, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas,
exames de sangue, etc.
Não há exame que comprove a existência da LER. O diagnóstico deve ser feito à luz
da análise dos aspectos clínicos, de exame físico, das condições de trabalho e de casos
semelhantes na mesma empresa. Como em qualquer outro caso, os exames subsidiários ou
complementares devem ser indicados com critério e não de forma indiscriminada, como tem
acontecido. Assim, não é para qualquer paciente com LER que se pede eletroneuromiografia,
por exemplo. O mesmo vale para outros exames. Isto para não falarmos de exames
extremamente sofisticados, como por exemplo, ressonância magnética, que não deve ser
realizado como rotina, pois na esmagadora maioria dos casos de LER. não acrescenta
nenhum dado novo que não pudesse ser detectado anteriormente por outros métodos.
Infelizmente, há uma febre de exames complementares sem necessidade. Médicos
solicitam de maneira indiscriminada e sem necessidade, vários exames complementares,
ocorrendo à mesma coisa com peritos judiciais. Via de regra, chega-se ao cúmulo de negar-se
o diagnóstico de LER quando os exames complementares resultam negativos. Um exemplo é
elucidativo: a síndrome do túnel do carpo (compressão de nervo periférico) geralmente é
evidenciada na eletroneuromiografia. Ela pode ser LER, mas não necessariamente.
Pessoas que nunca trabalharam podem ter síndrome do túnel do carpo com
eletroneuromiografia positiva, sem ter LER. Portanto, exame positivo não é sinônimo de
LER e deve ser analisado em conjunto com os outros fatores já citados. Por outro lado, para
diagnosticar-se a L.E.R. não é necessário que os exames sejam positivos, ou seja, mesmo
com exames negativos ainda é possível estabelecer o diagnóstico de LER, já que o que se
deve buscar é um diagnóstico diferencial (afastar a hipótese de ser outra doença que não a
LER.) ·.
Quando existe uma suspeita de lesão, o acompanhamento de um profissional torna-se
primordial para a correta avaliação e tratamento do funcionário. Algumas das patologias mais
frequentemente associadas ao trabalho informatizado são:
Tendinite - Inflamação aguda ou crônica dos tendões. Manifestam-se com mais
freqüência nos músculos flexores dos dedos, e geralmente são provocados por dois fatores;
movimentação freqüente, e período de repouso insuficiente. Manifesta-se principalmente
através de dor na região que é agravada por movimentos voluntários. Associados à dor,
manifestam-se também edema e crepitação na região.
Tenossinovite - Inflamação aguda ou crônica das bainhas dos tendões. Assim como a
tendinite os dois principais fatores causadores da lesão são; movimentação freqüente, e
período de repouso insuficiente. Manifesta-se principalmente através de dor na região que é
agravada por movimentos voluntários. Associados à dor, manifestam-se também edema e
crepitação na região.
Síndrome de De Quervain - Constrição dolorosa da bainha comum dos tendões do
longo abdutor do polegar e do extensor curto do polegar. Estes dois tendões têm uma
característica anatômica interessante: correm dentro da mesma bainha; quando friccionados,
costumam se inflamar. O principal sintoma é a dor muito forte, no dorso do polegar. Um dos
principais fatores causadores deste tipo de lesão está no ato de fazer força torcendo o punho.
Síndrome do Túnel do Carpo - Compressão do nervo mediano no túnel do carpo.
As causas mais comuns deste tipo de lesão são as exigências de flexão do punho, a
extensão do punho e a tenossinovite a nível do tendão dos flexores - neste caso, os tendões
inflamados levam a uma compressão crônica e intermitente da estrutura mais sensível do
conjunto que compõe o túnel do carpo: o nervo mediano.
Epicondilite: caracterizada por ruptura ou estiramento nos pontos de inserção
(membranas interósseas) do cotovelo ocasionando processo inflamatório que atinge tendões,
músculos e respectivos tecidos que o recobrem.
Ainda existem outros tipos de classificação de L.E.R. - D.0.R.T. São eles: Tendinite
Bicipal, Síndrome do nel do Carpo, Cistos Sinoviais, Bursites, Dedo em Gatilho, Síndrome
do Desfiladeiro Torácico, ndrome do Pronador Redondo, além de outras lesões como a
Síndrome Álgica Miofacial e Distrofias Simpático-Reflexas.
A displicência nas medidas de prevenção e segurança pode levar a seguinte evolução:
GRAU I: sensação de peso e desconforto com pontadas ocasionais, havendo melhora
com repouso; embora a dor seja leve e fugaz, toda mobilização deve ocorrer para uma boa
expectativa de recuperação.
GRAU II: A dor mais intensa com sensação de formigamento e calor, manifestação
de dor inclusive nas tarefas domésticas com leve atenuação no repouso; sente-se nesta fase
um decréscimo produtivo com riscos de permanência no emprego; visto que a produtividade
é um dos fatores preponderantes na avaliação do desempenho dos trabalhadores. A
expectativa de recuperação ainda razoável.
GRAU III: Dor forte persistindo ainda com repouso; perda da força muscular, com
tarefas domésticas executadas ao mínimo. Neste estágio a eletromiografia pode estar alterada.
Reservas quanto à recuperação.
GRAU IV: Dor às vezes insuportável, perda da força e dos controles musculares;
invalidez para qualquer tarefa produtiva, depressão, angústia e perda de produtividade.
Expectativa sombria quando não for até negativa de recuperação.
Os mecanismos de formação dos sintomas podem ser aqueles decorrentes das
disfunções dos órgãos: aqueles que são resultantes das disfunções das fibras musculares lisas
poderiam provocar no aparelho digestivo: vômitos, diarréia, prisão de ventre, alterações da
motilidade do estômago e intestinos; no aparelho respiratório: asma, bronquite; no aparelho
genitourinário: dor ao urinar, cólicas renais, aumento da freqüência urinária, vaginismo,
ejaculação precoce, cólicas menstruais; do aparelho circulatório: hipertensão arterial,
enxaqueca, cefaléia de tensão; na pele: neurodermites, eczemas, pruridos.
Se a disfunção for predominantemente secretora, manifestam-se modificações na
produção de muco, da secreção das glândulas endócrinas, n
Todos estes sintomas fazem parte da LER, causando sofrimento ao trabalhador e as
pessoas que o rodeiam. Pesquisar sobre este tema pode nos ajudar a prevenir este tipo de
lesão, conscientizando toda a população acadêmica da importância de se aprofundar em um
estudo específico nesta área, proporcionando uma vida mais digna e tranqüila a todos os
trabalhadores.
3. METODOLOGIA
3.1 População
Farão parte do estudo 24 sujeitos, correspondentes ao total do quadro funcional da
empresa. Destes, 6 são gestores, sendo 5 chefes de setor e um o Diretor do hospital. O
objetivo de entrevistar os gestores parte do princípio de que estes são fundamentais para o
desenvolvimento de políticas de saúde na empresa. São estas pessoas que poderão nos
auxiliar no que se refere ao processo de construção, objetivos, aplicação e resultados destas
mesmas políticas, que são o foco deste estudo. Também farão parte da pesquisa os
funcionários, em número de 28, com o intuito de verificar se, dentre estes, há ocorrência de
sintomas de LER, como correm os processos de prevenção às doenças ocupacionais e outros
projetos relativos à saúde do trabalhador, bem como o seu conhecimento e percepção a
respeito do tema.
3.2 Plano e coleta de dados
A pesquisa fará uso de dados primários e secundários. Os dados secundários serão
coletados através de documentos disponibilizados pela instituição. São programas
desenvolvidos pela instituição referente à saúde do trabalhador juntamente com a colaboração
das teorias voltadas para esta área, contando com o melhor número possível de dados
estatísticos que a empresa fornecer. Os programas são estes: Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa
de Conservação Auditiva (PCA).
Os dados primários serão coletados através de uma entrevista semi-estruturada
(Anexo A), a ser realizada junto aos gestores, como também através de um questionário
(Anexo B) a ser aplicado aos funcionários, o qual, por questões éticas, não contará com a
identificação dos respondentes. O questionário está estruturado de acordo com as categorias
constantes no quadro a seguir:
QUADRO FUNCIONAL: a coleta de dados será feita através de um questionário que
será entregue em papel aos mesmos (Anexo B), constando as seguintes formulações, depois
de explicado o motivo do questionário:
CATEGORIA ROTEIRO QUESTÕES
Ocorrência de sintomas de
LER
a) existência de sintomas
b) intensidade
c) freqüência
Questões nº. 1, 2 e 8
Conhecimento/esclarecimento
sobre a LER
a) os funcionários
sabem o que é a LER
b) conhecem as suas
causas
c) sabem como prevenir
d) conhecem os
sintomas
Questões nº. 3, 4, 9 e 10
Conhecimento/esclarecimento
de programas relativos à saúde
do trabalhador na empresa
a) Conhecimento sobre
os programas
desenvolvido pela
instituição em relação
a acidentes de
trabalho
b) Opinião sobre os
programas
Questões nº. 5 e 11
No cotidiano do funcionário a) Os programas na
prática, no dia-a-dia
do funcionário
b) críticas e sugestões
c) conhecimento de
casos
Questões nº. 6, 7, 12, 13 e 14
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 A instituição
Os primeiros registros da construção do hospital estão entre os anos de 1952 (ano da
chegada do primeiro médico em Rodeio Bonito) e 1963. Na época, dispunha-se apenas e uma
pequena construção, começando a funcionar em 16 de setembro de 1952. Após a fundação,
por um grupo de moradores de Rodeio Bonito, o Hospital foi doado à Congregação Mãe
Admirável que iniciou um novo hospital.
O prédio foi então reformado, para melhor atender as necessidades da região. Este
hospital passou, posteriormente a ser administrado pela Entidade Assistencial Agrícola e
devido sue despreparo frente às exigências, doou as instalações e a administração do Hospital
São José para a Pia Sociedade dos Padres Carlistas que após ter lhe dado à estrutura que hoje
possui e administra-lo por vinte e oito anos, devolveu-o a comunidade devido a saída da
congregação do nosso município e paróquia.
Para receber este legado, em 1997 foi criada a Associação Hospitalar São José,
entidade filantrópica, sem fins lucrativos e de utilidade pública. A associação Hospitalar São
José é considerada um micro-pólo regional, pois presta atendimento a vários municípios, num
total de vinte e três municípios. Devido à necessidade de ampliação de seus serviços, criou
um Consórcio Intermunicipal de Saúde, que abrange os vinte e três municípios além de
manter serviço de plantão médico aos municípios de Rodeio Bonito, Pinhal, Novo Tiradentes
e Cristal do Sul, com atendimento centralizado em Rodeio Bonito.
Hoje o hospital oferece vários serviços em clínica Médica, cirurgia geral, pediatria,
ginecologia e obstetrícia, traumatologia, psicologia, entre outro, sendo que alguns são
terceirizados. As especialidades médicas está disponibilizada a uma população de
aproximadamente cento e cinqüenta mil habitantes distribuídos nos vinte e três municípios. A
maior preocupação do hospital hoje é reestruturar a parte física, equipar o hospital e buscar
mais especialidades para atender cada vez melhor a população desta região, evitando que a
mesma precise deslocar-se para centros maiores, enfrentando filas de espera, em busca de
resposta ou curas par seus males.
4.2 Políticas e programas voltados à saúde do trabalhador
A Associação Hospitalar São José de Rodeio Bonito possui um programa de Controle
dico de Saúde Ocupacional, com seus objetivos de “normatizar o art. 168 da CLT, de
22/09/1989, a lei 7.855, de 24/10/89 e a portaria 3.720, de 31/10/90; garantir as ações
necessárias, visando à promoção da saúde, a preservação de doenças e acidentes de trabalho,
bem como a recuperação de saúde de todos os trabalhadores; garantir aos trabalhadores a
melhor qualidade de vida”.
Este programa foi elaborado pelo SEMPRA-Segurança e Medicina no Trabalho no
ano de 2004, sendo este um programa obrigatório, tendo como responsáveis três médicos que
vistoriaram o local. Neste programa constam os dados de identificação da empresa, o perfil
dos trabalhadores e toda sua estrutura organizacional bem como as características de cada
atividade exercida nos cargos da empresa, juntamente com a descrição dos riscos da mesma,
que são avaliados em um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, o PPRA.
A empresa possui um total de vinte e dois funcionários. Nenhum funcionário recebe o
adicional periculosidade. Há uma relação de cursos e palestras: acidentes de trabalho; riscos
que estão expostos; orientação para uso de EPI (equipamento de proteção individual) e EPC (
equipamento de proteção coletiva); conhecimento de legislação.
Os anexos inclusos neste programa são:
ANEXO 1 - PREVENÇÃO E CONTROLE DOS AT (ACIDENTES DE
TRABALHO) REGISTRO DE FALTAS AO TRABALHO (USO DA
EMPRESA)
ANEXO 2- PREVENÇÃO E CONTROLE DE SAÚDE ORAL
ANEXO 3- PREVENÇÃO E CONTROLE OFTALMOLÓGICO
ANEXO 4- PEVENÇÃO DE LER ( Lesões por Esforços Repetitivos)
ANEXO 5- PROGRAMA DE EXERCÍCIOS
ANEXO 6- PCA – Programa de Conservação Auditiva
ANEXO 7- CONTROLE PERIÓDICO DE SUBNORMAIS: subnormais
são os integrantes do efetivo da empresa portadores de certas deficiências
e de afecções várias, que merecem e necessitam de um controle médico
periódico. Formulário SEMPRA
ANEXO 8- LEGISLAÇÃO
São realizados exames médicos ocupacionais: exame admissional, exame periódico
(bianualmnte ou e acordo com a função e seu risco), exame demissional, exame de retorno ao
trabalho e exame de mudança de função. Compõe-se de avaliação clínica, abrangendo
história ocupacional e exames físico-mental, e outros poderão ser solicitados.
A educação para a saúde está descrita no programa e se dá através de palestras aos
funcionários informando quanto aos agentes nocivos e possíveis riscos à saúde, conforme
atividades do funcionário, treinamento quanto ao uso EPI, entre os empregadores expostos
aos riscos. Os resultados dos exames médicos determinarão a implantação de novos
programas de educação para a saúde, específicos para os empregados da empresa.
No anexo 1, da prevenção e controle dos Acidentes de Trabalho, há uma ficha para
registro, indicando o nome do funcionário, a descrição do acidente, como ocorreu, local, as
prováveis causas, o risco, a hora e toda identificação do acidente, e também as possíveis
ações a serem efetuadas para bloquear as causas do acidente. Há também uma folha para
registro das falta do funcionário.
No anexo 4 - prevenção de LER: há uma descrição breve do que é a LER. Seus
fatores de risco: trabalho automatizado, ritmo acelerado, pressão psicológica, stress,
depressão, número inadequado de funcionários, jornada de trabalho prolongada, ausência de
pausas no trabalho, trabalho em ambientes ruidosos, frios e mal ventilados, mobiliário
inadequado (posturas incorretas), equipamento com defeito.
Sintomas: sensação de peso ou desconforto, formigamento, calor, distúrbio de
sensibilidade, dificuldade laboral. O trabalhador deverá ser encaminhado ao médico
(SEMPRA), quando passar a apresentar alguns destes sintomas no membro afetado.
Suspeitando-se que o trabalhador é portador de LER a empresa está obrigada a emitir
a CAT (comunicação de acidente de trabalho), encaminhando-o ao INSS para
estabelecimento de nexo causal e tratamento.
Na identificação e controle dos acidentes os trabalhos de risco são orientados e
pesquisados nos exames médicos admissionais e periódicos; os trabalhadores com suspeita
ou diagnóstico de LER serão controlados periodicamente junto ao grupo de subnormais.
No anexo 05 há um programa de exercícios com o intuito de prevenir acidentes.
Consta uma ginástica laboral: duração de cada aula é de 08 minutos, três vezes por semana,
com exercícios de alongamento e relaxamento. Objetivos da ginástica laboral: prevenir a
fadiga muscular, prevenir as doenças por traumas cumulativos, diminuir o número de
acidentes de trabalho através do alívio do stress, proporcionar aos funcionários maior
disposição física para a rotina de trabalho diário, proporcionar uma maior satisfação do
funcionário para a empresa, melhorar a qualidade de vida do funcionário.
No PCMSO, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, há um laudo
técnico de condições ambientais de trabalho feito pela SEMPRA que tem por objetivo
consolidar um parecer técnico acerca das atividades desenvolvidas pelos funcionários sob o
ponto de vista de insalubridade e periculosidade. No laudo constam os locais (descrição do
local) e a descrição das atividades exercidas, juntamente com os riscos da mesma. O laudo
apresenta as conclusões do grau de insalubridade de cada atividade e local de trabalho.
A conclusão do laudo foi: a empresa Associação Hospitalar São José, adotou medidas
corretivas e higienização dos ambientes de trabalho, como elaboração do PCMSO, PPRA
(programa de prevenção de riscos ambientais), PCA (Programa de conservação auditiva), e
fornecimento de EPCs (equipamento de proteção coletiva) e EPIs (equipamento de proteção
individual). Atualmente a empresa passou a dar proteção eficaz aos seus trabalhadores, pelo
que não mais, os consideramos expostos aos agentes nocivos nos ambientes de trabalho.
O Programa de Prevenção de Riscos ambientais (PPRA) também de efeito
obrigatório, é feito pelo SEMPRA (segurança e medicina do trabalho) e avaliado por um
médico responsável. Trata dos serviços especializados de engenharia de segurança no
trabalho e medicina no trabalho. Tais como a CIPA que é composta por membros da
instituição, que atuam no sentido de prevenir acidentes de trabalho, seja através de palestras,
lembretes e cartazes espalhados pela instituição ou conversas informais no ambiente de
trabalho.
O levantamento do programa PPRA tem por objetivo “avaliar a quantificação da
magnitude dos riscos em potencial ao surgimento de doenças profissionais, realizadas em
2004”. Os valores obtidos, nas medições realizadas, foram comparados, aos critérios da
legislação brasileira e as suas Normas Regulamentadoras, NR 15 e seus anexos, da portaria
3214/78 do ministério do Trabalho. Visa igualmente propor medidas de controle que
contribuam para neutralização ou minimização dos riscos encontrados, juntamente com o
PPRA.
Houve uma coleta de dados referente à descrição da instituição, dos instrumentos
utilizados, uma avaliação setorial das atividades insalubres. Há uma conduta em acidentes
com riscos de contaminação pelo ministério da saúde (1998) (manual de diretrizes e
técnicas), na qual há as recomendações de seguimento em acidentes com material biológicos,
orientação sobre a quimioprofilaxia nos acidentes com material biológico e a conduta ao
acidente. Também descreve os riscos ocupacionais para os profissionais da saúde,
descrevendo a principais normas de biossegurança. As etapas do procedimento em casos de
acidentes de trabalho:
Etapa 1: emissão de CAT (ou documento de notificação do acidente); avaliação de
necessidade de cuidado médico imediato; encaminhar para a S.C.I.H.
Etapa 2: avaliação imediata de necessidade de profilaxia pós-acidente conforme
normas (HBV, HIV); avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial do acidentado (HBV,
HCV, HIV); acompanhamento clínico, laboratorial e terapêutico do acidentado conforme
normas (HBV, HCV, HIV).
Etapa 3: SESMT- MEDICINA DO TRABALHO: avaliar CAT emitida; acompanhar
juntamente com o setor de RH documentação administrativa/previdenciária de caso; avaliar
necessidade de licença médica/benefícios previdenciários; encaminhar caso para segurança
do trabalho (CIPA); acompanhar retorno do funcionário ao trabalho; avaliar necessidade de
mudança de função; acompanhar implantação de medidas efetivas para redução de
riscos;encaminhar para SCIH para acompanhamento clínico e laboratorial. A CIPA faz uma
entrevista com o acidentado e registra a ocorrência de acidente de trabalho (OAT); inicia e
acompanha com a SCIH a implantação de medidas efetivas para a redução de riscos.
4.3 Resultados da análise prática
A partir da análise realizada, nota-se que os funcionários na instituição pesquisada
possuem conhecimento superficial sobre o assunto (LER). Para um melhor esclarecimento
dos resultados alguns pontos: dos vinte e dois funcionários, todos devolveram o questionário
e quatro não o responderam, ou seja, 82% responderam ao questionário, sendo que sete
sujeitos pesquisados limitou-se a responder somente as questões objetivas. Uma análise mais
detalhada será feita com o s funcionários que responderam eventualmente as questões.
Referente às dores que sentem no corpo em conseqüência do trabalho, oito pessoas
responderam nunca sentirem, cinco responderam sentir dor raramente, cinco responderam
sentir dor frequentemente. Quanto ao fato de ouvirem colegas reclamando de dores no corpo,
seis responderam nunca, seis raramente e seis frequentemente e quatro não responderam.
Doze funcionários responderam que já ouviram falar do termo LER (Lesão por Esforço
Repetitivo), três não ouviram falar e um o respondeu.
Relativo aos sintomas da ler, se conhece e quais são, oito pessoa afirmaram conhecer
os sintomas e foram unânimes em citar a dor como um de seus sintomas. Dentre as outras
respostas estava a perda da sensibilidade e dormência no membro afetado. Quatro
funcionários responderam não saber, cinco sabem mais ou menos e um o respondeu.
Quanto ao conhecimento de algum programa de prevenção de acidentes de trabalho e
quais são, quinze pessoas afirmaram conhecer e destes doze citaram a CIPA (Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes). Dois afirmaram não ter conhecimento de nenhum
programa e um mais ou menos. Referente à ocorrência de algum acidente de trabalho na
empresa, dez sujeitos responderam nunca, sete responderam raramente e um respondeu
frequentemente. Indagados se sabem de algum caso de LER na empresa, quatro funcionários
responderam sim e quatorze responderam não. Deve-se pontuar que apenas os projetos
obrigatórios pelo governo é que estão em fase de implantação.
Nas questões de 8 a 10 na quais os funcionários deveriam responder subjetivamente
as perguntas, quinze sujeitos pesquisados não responderam a todas as perguntas. Dentre estes,
três não responderam a nenhuma pergunta e três responderam a todas elas.
No que se refere à existência de sintomas relacionados a LER, apenas um sujeito
afirmou sentir dores nas costas, no ombro direito (às vezes) e nas pernas. Para aliviar sua dor,
declararam tomar diclofenaco e dorflex, medicamentos analgésicos. Este funcionário trabalho
no setor da lavanderia do hospital há doze dias. O restante dos funcionários afirmou não
sentirem sintomas relativos a LER.
Indagados sobre as causas da LER, sete funcionários responderam que a LER é
causada por movimentos, esforços e/ou atividades repetitivas. Destes, dois ainda citaram a
postura corporal. Onze sujeitos não responderam.
Quanto aos meios para prevenir a LER, seis sujeitos citaram a realização de
exercícios físicos e a alteração, rotatividade dos movimentos. Um sujeito citou melhorar a
postura e seis responderam não saber. Cinco o responderam.
Relativo ao conhecimento de programas desenvolvidos pela instituição, sete
responderam conhecer a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), qual sua
contribuição e seu objetivo. Dentre estes sete, quatro pessoas opinaram que a falta de
recursos financeiros limita o seu bom funcionamento. Um sujeito não conhece os programas
da empresa e dez não responderam.
Quanto às ocorrências de acidentes de trabalho, questionados sobre o procedimento
da empresa nestes casos, apenas duas pessoas especificou o procedimento correto que consta
no PPRA, o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Dois sujeitos responderam
consulta médica, doze sujeitos não responderam a pergunta e dois citaram nenhum
procedimento.
Referente às críticas e sugestões sobre a segurança no trabalho dentro da empresa,
sete pessoas não responderam. O restante, ou seja, onze pessoas discriminaram algumas
críticas e sugestões. As que mais se destacaram foram: palestras com profissionais de áreas
específicas da saúde, uso de equipamentos de segurança individual, a empresa deveria dar
mais apoio e incentivo financeiro aos programas voltados a saúde do trabalhador e deveria
haver mais instrução aos funcionários.
Quanto ao conhecimento de algum acidente de trabalho ocorrido na empresa, cinco
responderam não saber de nenhum acidente na empresa. Cinco funcionários responderam sim
e citaram acidentes com agulhas contaminadas. Oito deles não responderam.
Na entrevista com os gestores, que somam um total de quatro, ao serem indagados
sobre o conhecimento da política de segurança no trabalho, estes foram unânimes em
responder que sim. Quanto às contribuições desta política para a empresa e no setor de cada
gestor, estes citaram algumas medidas, tais como: o incentivo ao uso de equipamentos de
segurança individual, esclarecimento no que diz respeito à prevenção de acidentes de
trabalho, fiscalização para a segurança dos trabalhadores, cartazes espalhados pela empresa
servem de alerta a possíveis acidentes de trabalho, aumento da preocupação com a postura até
se tornar uma rotina e fazer parte do cotidiano.
No que diz respeito aos principais problemas enfrentados na área de segurança, a falta
de recursos financeiros foi citada por todos os gestores como o principal empecilho para uma
melhor qualidade de vida no trabalho dentro desta empresa. A falta de conscientização do uso
dos equipamentos de segurança e de algumas informações relevantes ao funcionário foi outro
problema citado por três dos quatro gestores entrevistados.
Referente à participação de cada gestor na política de segurança do hospital, dois
gestores participaram ativamente do processo atuando com secretária, membro e atual
presidente da CIPA, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Um gestor evidencia seu
trabalho relativo ao gerenciamento de sua equipe dando autonomia a mesma no
desenvolvimento de suas atividades, oferecendo condições para que toda a equipe possa
desenvolver seu trabalho. Oferece treinamento e indica dois membros a CIPA. Outros dois
membros são eleitos pelo voto dos funcionários, perfazendo um total de quatro membros. O
outro gestor citou a implantação do programa de capacitação dos Recursos Humanos e
trabalho com os riscos de rotina no sentido de alertar e esclarecer.
Questionados como percebem o trabalho da equipe responsável pela segurança no
ambiente de trabalho do hospital, três gestores acham o trabalho bem atuante e positivo,
citando alguns aspectos neste sentido: eventuais palestras com assuntos pertinentes;
motivação; desenvolvimento das pessoas referente à conscientização do uso dos
equipamentos de segurança individuais e riscos de acidentes de trabalho; redução dos
acidentes de trabalho a praticamente zero; cuidados com a saúde do trabalhador no que diz
respeito à ergonometria e bem estar. Um dos gestores evidenciou que alguns aspectos podem
ser melhorados e implementados, porém os cuidados básicos funcionam.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração os resultados obtidos por esta pesquisa, observa-se que os
objetivos da mesma foram alcançados, na medida em que se pôde verificar qual o grau de
instrução, dos funcionários em relação a acidentes de trabalho, o conhecimento que possuem
em relação ao mesmo, qual o déficit no saber dos funcionários deste hospital, os acidentes
que mais ocorrem e sugestões dos próprios funcionários para melhorar este quadro. As
propostas da instituição em questão, no que se refere aos seus projetos, o PPRA (programa de
proteção de riscos ambientais) e o PCMSO (programa de controle da saúde ocupacional)
ainda estão em fase de implantação. Algumas atividades são realizadas eventualmente, tais
como: palestras e orientações com outros profissionais da área da saúde.
O incentivo por parte dos gestores ao uso de EPI (equipamento de proteção
individual) e cuidados básicos é constante dentro de suas equipes. Apesar de haver a
descrição sumária da LER e de outros acidentes de trabalho no projeto PPRA, bem como sua
prevenção e sintomas, os funcionários possuem pouco conhecimento desta questão. Isto quer
dizer que não há um trabalho de divulgação do que estes projetos contêm aos funcionários,
gerando uma falta de informação a qual poderia ser sanada pelos gestores da empresa. Neste
mesmo programa, consta umpico sobre a prevenção de acidentes, sugerindo ginástica
laboral, porém nenhum funcionário da instituição os executa, ou seja, não há na pratica
nenhuma orientação para a realização deste processo.
Os projetos poderiam ser mais bem desenvolvidos e divulgados tanto pelos gestores
como pelos membros da CIPA, apesar de estarem em fase de implantação, ou até mesmo um
trabalho entre ambos formando uma equipe para orientação aos funcionários, oportunizando
a todos uma melhor qualidade de vida no hospital e até mesmo entre as equipes de
trabalhadores da instituição, desenvolvendo os pontos que há nos projetos e que dizem
respeito a todo hospital, prevenindo e produzindo conhecimento a todos os funcionários.
A CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes), que é citado no PPRA é o
processo mais atuante no hospital relativo à prevenção de acidentes no ambiente de trabalho.
A maioria dos funcionários tem conhecimento do objetivo desta comissão, conhecem seus
procedimentos e sua contribuição. Com isso, observa-se que há um bom desenvolvimento da
CIPA na empresa, com orientações dos gestores à sua equipe, a busca por palestras, processos
de motivação aos funcionários, constante avaliação e correção de possíveis problemas que
são levantados pelos membros da Comissão. A falta de recursos financeiros é algo que
impede os profissionais da CIPA de poderem atuar mais eficazmente no sentido da
prevenção, pois ao ser uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, a empresa não
disponibiliza de um bom recurso financeiro pra um desenvolvimento mais completo deste
processo de prevenção.
Na empresa não há um índice de ocorrências de acidentes de trabalho. Na coleta de
dados, verificou-se que poucos ou quase nenhum acidente grave ocorreu, demonstrando que
apesar dos poucos recursos financeiros e conhecimento superficial por parte dos funcionários,
acidentes de trabalho acontecem eventualmente. Os acidentes com agulhas contaminadas foi
o mais mencionado, sendo que a metade dos que respondeu a pergunta sobre o conhecimento
de algum acidente de trabalho, responderam acidentes com agulhas contaminadas. Este
acidente citado torna-se preocupante pelo fato de estes sujeitos estarem expostos diariamente
ao perigo de contaminação. Isto vai de encontro às sugestões levantadas por estes sujeitos, no
que se refere às instruções aos funcionários, incentivos a programas da saúde do trabalhador e
palestras sobre o uso correto de equipamentos de segurança.
Os gestores desta instituição evidenciam total conhecimento dos processos referentes
à saúde do trabalhador. Isto vem colaborar com o desenvolvimento destes projetos, os quais
incentivam constantemente estes processos, seja com sua participação e orientação, seja com
treinamentos aos membros da CIPA, para que possam assim, transmitir valores e instruções
corretas aos funcionários da empresa em questão. Os gestores, ao participarem ativamente
dos processos de prevenção, reconhecem a falta de recursos para um melhor desenvolvimento
e implantação dos projetos nesta área, e mostram-se preocupados com esta questão.
Ao demonstrar total interesse à segurança no trabalho, os gestores atuam no sentido
de fortalecer a própria atuação da CIPA, que tem papel importante na instituição na
prevenção de acidentes de trabalho. Estes oportunizam o desenvolvimento profissional aos
membros da CIPA, oferecendo atividades que vão de encontro aos objetivos desta comissão.
Este processo de desenvolvimento tem como conseqüência a redução de acidentes de
trabalho, um maior cuidado nas atividades dos funcionários, motivação, uso dos
equipamentos de segurança, dentre outros aspectos positivos que foram gerados pela atuação
da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (de trabalho).
Creative Atribuição-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil Commons
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo-SP: Editora Brasiliense, 1995.
BISSO, Ely Moraes. O que é segurança no trabalho. São Paulo-SP: Editora Brasiliense,
1990.
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1997.
CODO, W. Apresentação. In CODO, W; ALMEIDA, M.C.C.G. L.E.R.- Diagnóstico,
Tratamento e Prevenção. Petrópolis, RJ. Vozes, 1995. 355p.
CODO, Wanderley; Maria C. De Almeida (orgs). L.E.R. Lesões por esforço Repetitivo. Rio
de Janeiro: Vozes, 1998.
DORT/LER Lesões por Esforço Repetitivo. Disponível em :
< http://www.ergonomia.com.br > Acesso em 14 de dezembro de 2005.
DEJOURS, Christophe. Introdução à Psicopatologia do Trabalho. Tradução Helena Hirata.
São Paulo: mimeo, 1986.
FREUD, Sigmund. Totem e Tabu (1913). In: Obras Psicológicas Completas. v.XIII. Edição
Standard Brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1980.
_________. Psicologia das massas e análise do eu (1921). In: Obras Psicológicas
Completas. v.XVIII, Edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1980.
GONÇALVES, Ernesto Lima. A empresa e a saúde do trabalhador. São Paulo-SP: Editora
da Universidade de São Paulo, 1988.
LER Lesões por Esforço Repetitivo e DORT Distúrbio Osteomusculares Relacionados
ao Trabalho. Disponível em : < http://www.sinttel.com.br > Acesso em 14 de dezembro de
2005.
MARTINS, João Vianey Nogueira. O Dano Moral e as Lesões por Esforços Repetitivos.
São Paulo: LTr, 2003.
MORETTO, C. F. As múltiplas faces da informalidade. In: TEDESCO, João Carlos;
CAMPOS, Ginez L. R. (Org.) Economia solidária e Reestruturação Produtiva:
(sobre)vivências no mundo do trabalho atual. Passo Fundo: Editora UPF, 2001, p. 99-124.
RODRIGUES, A. L. Estresse e trabalho. Revista Proteção, nº 17 (4): 1992
SEMPRA-SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO. Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional. Frederico Westphalen, maio de 2004.
SEMPRA-SEGURANÇA E MEDICINA NO TRABALHO. Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais. Frederico Westphalen, maio de 2004.
ANEXO A
GESTORES: coleta de dados feita pelo pesquisador com o seguinte roteiro:
1. Conhece a política de segurança do hospital?
2. Quais as contribuições da política de segurança para o hospital e em seu
setor de trabalho?
3. Quais os principais problemas enfrentados no hospital relacionado à área de
segurança?
4. Verificar se o profissional tem alguma participação nesta política de
segurança: como gestor, qual seria a sua participação no que se refere às
políticas de saúde do hospital?
5. Sobre a equipe técnica que desenvolve seu trabalho voltado à saúde das
pessoas, como você percebe o trabalho da mesma?
ANEXO B
QUESTIONÁRIO
O presente trabalho refere-se a um estudo de caso da Instituição Hospitalar São Jo
de Rodeio Bonito-RS. Tem como tema a saúde do trabalhador neste ambiente de trabalho,
enfatizando a LER, Lesão por Esforços Repetitivos como objetivo de pesquisa, juntamente
com a política enfatizada pela instituição relacionada ao tema. Esta pesquisa tem por objetivo
além de identificar processos que obtiveram êxito e os que obtiveram falhas nos programas
relacionados à saúde do trabalhador, para assim poder reorganizá-los como oportunizar todos
os funcionários desta empresa o conhecimento e uma possível discussão atual sobre algo que
a própria instituição visa: a saúde e o bem-estar do sujeito. Por questões éticas, este processo
não constará com a identificação do funcionário, o qual terá oportunidade de expor sua fala,
sugerir ou criticar algo, colaborando desse modo, com o seu próprio bem-estar. Instruções de
preenchimento: as questões de 1 a 7 são objetivas, devendo assinalar uma opção. Nas
questões 4 e 5 deve-se especificar a resposta quando for assinalado sim. A seguir as questões
de 8 a 14 são pessoais, sinta-se livre para colocar o que julgar necessário. Solicito a
colaboração de todos, para que assim possamos construir juntos a melhor qualidade de vida
no trabalho que todos merecem. Obrigada.
FUNCIONÁRIOS:
Em que setor trabalha:
Cargo:
Há quanto tempo está na empresa:
Descrição sumária de suas atividades:
1. Sinto dores no corpo em conseqüência do trabalho que executo.
a-Nunca ( ) b-Raramente ( ) c-Frequentemente ( ) d-Sempre ( )
2. Ouço colegas reclamando de dores no corpo em conseqüência do trabalho que
realizam.
a-Nunca ( ) b-Raramente ( ) c-Frequentemente ( ) d-Sempre ( )
3. Já ouviu falar do termo Lesões por Esforço Repetitivo (LER)?
a-Sim ( ) b-Não ( )
4. Conhece os sintomas da LER?
a-Sim ( ) b-Não ( ) c-Mais ou menos ( )
Quais:
5. Tem conhecimento de algum programa de prevenção de acidentes de trabalho da
empresa
a-Sim ( ) b-Não ( ) c-Mais ou menos ( )
Quais:
6. Tem conhecimento de acidente de trabalho na instituição?
a-Nunca ( ) b-Raramente ( ) c-Frequentemente ( ) d-Sempre ( )
7. Você sabe de algum caso de LER, lesões por esforço repetitivo na empresa?
a-Sim ( ) b-Não ( )
8. Se você sente algum sintoma, poderia descrevê-lo?
(como começou, sua evolução, o que fazes pra aliviar a dor, a freqüência destes
sintomas, etc).
9. Caso conhecer o que é a LER, quais seriam as causas destas lesões?
10. Conhece algum meio eficaz de prevenir a LER?
11. Especifique que tipo de programa conheces e sua opinião sobre os mesmos?
12. Na ocorrência de acidentes no trabalho, qual foi o procedimento executado pela
empresa?
13. Quais suas sugestões, críticas e apontamentos sobre esta área de segurança no
trabalho?
14. Se souber de algum acidente de trabalho, poderia comentar algo a respeito?
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