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2.3.2 Importância do setor
A característica estrutural básica da indústria do vestuário, no âmbito mundial,
consoante à Associação Brasileira de Vestuário - ABRAVEST, é a grande
heterogeneidade das unidades produtivas em termos de tamanho, escala de
produção e padrão tecnológico, fatores estes que influenciam, decisivamente, os
níveis de preços, dualidade, produtividade e a inserção competitiva das empresas
nos diversos mercados consumidores (ABRAVEST, 2006).
A indústria têxtil-vestuário é uma das indústrias mais disseminadas
espacialmente no mundo e constitui uma importante fonte de geração de renda e
emprego para muitos países, especialmente nos países em desenvolvimento. É
comum que os primórdios da industrialização de um país se confundam com a
instalação e desenvolvimento da indústria têxtil-vestuário (LUPATINI, 2004).
A indústria concentra: 5,7% da produção manufatureira mundial (em dólares);
8,3% do valor dos produtos manufaturados comercializados no mundo; e mais de
14% do emprego mundial.
Na União Européia, as quase 120 mil empresas da indústria têxtil-vestuário
empregaram mais de 2,2 milhões de pessoas, em 1999, com redução para 2,1
milhões nos anos de 2000 e 2001, ou seja, 7,6% do total de emprego da indústria
manufatureira da União Européia (LUPATINI, 2004).
No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de
Confecções – ABIT, as exportações cresceram 3,98% alcançando US$ 986,1
milhões no 1º semestre de 2006, contra US$ 948,4 milhões, nos primeiros seis
meses de 2005. Em volume, a alta foi de 16,5%, passando de 284,1 mil toneladas
para 331,2 mil toneladas (ABIT, 2006).
Dentro da cadeia têxtil-vestuário, observa-se que, apesar da retração no
volume de trabalhadores em conseqüência de fenômenos como forte desvalorização
cambial, abertura comercial ao mercado externo, o setor vestuário ainda pode ser
considerado com um potencial na geração de empregos, conforme se verifica a
evolução, de empregados no segmento têxtil em comparação ao de confecção, no
período de 1990 à 2001 (ver tabela 1), de acordo com o Instituto de Estudos e
Marketing Industrial – IEMI , que apresenta uma ampla análise do setor têxtil e
confeccionista brasileiro, com detalhes sobre as unidades fabris instaladas, evolução
da produção, consumo, distribuição, emprego, parque de máquinas, investimentos,