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detectado durante as observações, este tem sido, sem dúvida, um dos maiores
entraves no processo avaliativo e, se assim posso dizer, tem sido considerado pela
maioria dos avaliadores e avaliados o nó górdio, por apresentar sérios problemas de
validade e fidedignidade, conforme esclarecem os depoimentos, a seguir.
"A prova, às vezes, ela se torna confusa para a gente, não entendemos o que
quer dizer aquela avaliação. Já aconteceu, inclusive com uma de ciências, não
se sabia o que estava querendo dizer. A orientadora lia para a gente mas não
conseguia explicar, ela saía, procurava outro orientador e este também não
entendia, daí começou a dá um estado de nervo e já estava todo mundo
agitado. Até que descobriram que o problema era em uma questão que tinha
sido dividida em duas. Quando elaboraram a pergunta era uma só, mas o
professor que reelaborou, dividiu em duas. Nunca a gente ia entender. Depois
passaram a pergunta no quadro de novo, mas a gente já não tinha mais aquela
vontade, acabou o sentido da avaliação. Então, eu acho que essa avaliação,
antes de vir tem que ser revista para ver como é que está ..." (A4).
"Eu vejo um ponto negativo no meio 2 que a gente tem tentado superar, mas
ainda não conseguiu. Às vezes a gente elabora uma avaliação com duas ou
três questões abrangentes, a gente discute em grupo e acha que está clara,
mas quando o acadêmico pega, às vezes, ele não consegue entender, não
está bem clara. Pode estar clara para nós, mas para o acadêmico não está. Aí
vai depender muito do orientador ficar na sala para tentar discutir com os
alunos a questão, para eles entenderem o que a questão está pedindo, para
dar essa clareza e nem sempre o orientador que está ali consegue dar essa
clareza à questão, por mais que ele tente, às vezes, confunde até mais o
acadêmico que fica sem saber o que escrever ali." (OA4).
"Do ponto de vista pedagógico esse sistema de avaliação é melhor, mas
mesmo sendo melhor, tem problema também, e um dos problemas é na
elaboração da questão que, às vezes, ocorre de não ficar clara para o
acadêmico. Às vezes, a questão fica mal elaborada, dá dupla interpretação. É
muito raro ocorrer uma avaliação que não dê um problema numa questão, essa
última, por exemplo, deu problema numa questão de linguagem. Eu acho que
tudo isso influencia no momento da avaliação do aluno, quer dizer, isso vai
carregando tensão, ele fica chateado e isso eu sei que atrapalha ..." (C2).
Um fator louvável é que a maioria dos avaliadores (no caso, os
orientadores acadêmicos) assume que elabora maus instrumentos de avaliação, e,
quando eles são questionados pelos alunos sobre a falta de clareza da prova,
demonstram humildade ao reconhecer suas falhas, conforme observei em alguns
momentos de realização da prova. Contudo, ainda há avaliadores, embora seja uma
minoria, que não têm a virtude de assumir suas limitações e transferem para outrem,