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FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS,
ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS DE
BELO HORIZONTE
A Internet e o comércio eletrônico:
os desafios da tecnologia
digital
Jomar Delvedio Francisco
Março, 1997
No license: PDF produced by PStill (c) F. Siegert - http://www.this.net/~frank/pstill.html
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FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS,
ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS DE
BELO HORIZONTE
A Internet e o comércio eletrônico:
os desafios da tecnologia
digital
Jomar Delvedio Francisco
Monografia apresentada como requisito de avaliação
da disciplina Metodologia do Trabalho Científico no
Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu - Gerência da
Tecnologia da Informação
Março, 1997
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ii
Agradecimentos
Ao Prof.Theldo Cruz Franqueira, da PUC-MG
pelos conselhos, pela paciência e dedicação
na orientação do caminho percorrido
até a etapa final deste trabalho;
Ao Prof.Fernando Camilo Paes, da PUC-MG
pelas idéias brilhantes, trazidas da Itália,
para incrementar este trabalho;
Aos demais professores do Departamento de
Engenharia Mecânica da PUC-MG,
que tanto me incentivaram para
a conclusão do trabalho;
A minha família e a minha namorada
pelo apoio, compreensão e
carinho, para o término
deste trabalho.
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Resumo
A Internet é tratada como uma comunidade global, sem fronteiras e sem
nacionalidade, cuja principal característica é a livre circulação de informações. Com um
número crescente de usuários, inúmeras empresas se lançaram na rede em busca de novos
clientes e novos mercados, e todas elas, encontraram desafios em divulgar e vender seus
produtos e serviços pela Internet. Este trabalho propõe conhecer as mudanças na estrutura das
empresas, conhecer o perfil dos usuários e os principais desafios que a Internet oferece
àqueles que desejam praticar o comércio eletrônico.
Internet (comércio eletrônico, empresas, organização, perfil, dinheiro
digital, criptografia, hacker)
Abstract
Internet is treated as a global community, without frontiers and nationality, whose
main feature is free circulation of information. With a growing number of users, countless
enterprises were launched in the Net searching of new customers and new markets, and all of
them founded challenges in publishing and selling their products and services on the Internet.
This paper proposes to know the changes in the structure’s enterprises, to know the profile of
the users and the main challenges that Internet offers to those who desire to make use
electronic commerce.
Internet (electronic commerce, enterprises, organization, profile, digital
cash, encryption, hacker)
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SUMÁRIO
1. Introdução ................................................................................... 01
2. As organizações empresariais na era digital .................................... 04
2.1. mudanças estruturais ........................................................... 04
2.2. mercado local x globalização ...............................................06
2.3. o perfil do usuário na Internet ...............................................07
3. Os desafios da tecnologia digital ...............................................15
3.1. características operacionais da Internet ........................ 15
3.2. a Internet como mídia de venda e marketing ........................ 20
3.3. o uso da criptografia e a assinatura digital ......................... 25
3.3.1. assinatura digital ..................................... 27
3.4. dinheiro digital ............................................................ 27
3.4.1. As moedas virtuais ................................................. 30
3.5. a ação criminosa de hackers e crackers ......................... 31
3.6. no Brasil ........................................................................ 33
4. Conclusão ................................................................................... 35
5. Estudo de Caso ....................................................................... 37
6. Referência Bibliográfica ........................................................... 40
7. Glossário ................................................................................... 42
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Evolução da Internet no Brasil e no Mundo ........................ 08
Tabela 2: Detalhamento de uma conexão com um provedor
de acesso ................................................................................ 15
Tabela 3: Fornecedores da tecnologia do dinheiro digital ........................ 30
Tabela 4: Especialidades das empresas do dinheiro digital ........................ 31
Tabela 5: Crescimento por número de servidores .................................... 34
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Estrutura Organizacional .................................................. 04
Figura 2: Faixa etária (EUA) ............................................................. 09
Figura 3: Sexo (EUA) ............................................................. 10
Figura 4: Grau de instrução (EUA) ................................................. 10
Figura 5: Aplicativos mais usados (EUA) ...................................... 11
Figura 6: Faixa Etária (Brasil) ................................................. 12
Figura 7: Sexo (Brasil) ............................................................. 12
Figura 8: Grau de instrução (Brasil) .................................................. 13
Figura 9: Estado civil (Brasil) .................................................. 13
Figura 10: Esquema básico de acesso a Internet ........................... 16
Figura 11: Backbone da RNP - nov.1996 ....................................... 17
Figura 12: As partes de uma assinatura digital ........................... 27
Figura 13: A evolução da moeda ................................................... 28
Figura 14: O crescimento da Internet no Brasil ............................ 33
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1
1. Introdução
Desde os antigos Boletim Board System (BBS), e muito antes de surgir os
canais de TV exclusivos para a demonstração e venda de produtos, pessoas já os
compravam dentro do conforto de seus lares usando o computador.
Para HOFFMAN, NOVAK, CHATTERJEE (1996), a Internet, uma
revolução em computação distribuída e multimídia interativa, suporta:
Grupos de discussão;
Jogos para multi-jogadores e sistemas de comunicação;
Transferência de arquivos e acesso remoto;
Mensagem eletrônica; e
Acesso a informações e sistemas de recuperação.
A Internet, que abrange praticamente todo o globo terrestre sem impor
fronteiras, abre novos horizontes para o comércio e o marketing de produtos e serviços.
Ela está deixando de ser apenas um acervo de informações livres e troca de
correspondência para ser um mundo virtual com suas leis e regras próprias.
Muitas empresas, que a princípio, correram para a rede em busca de lucro
fácil, estão decepcionadas e se perguntando: “Onde estão os clientes?”. A falta de
planejamento e de conhecimento técnico sobre a Internet tem levado muitos
administradores a repensar a presença de suas empresas na rede.
Segundo WIDMEYER (1996), além de BBS, considera-se, também, a
interação eletrônica de dados (EDI), transferência de fundos eletrônicos (EFT), sistema
de reserva de viagem (TRS) como mídia eletrônica para comércio digital.
O EDI é usado, por exemplo, na troca de informações entre um Banco e a
administradora de cartão de crédito. Outro exemplo é a troca de informações entre uma
fábrica de autopeças e uma montadora.
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O EFT é usado para a transferência de fundos entre bancos de um mesmo
sistema financeiro. O TRS é comumente usado pelas agências de turismo para reserva
de passagens aéreas junto às companhias de aviação.
A presença de empresas na Internet pode ser dividida em duas fases: (1)
antes de 1994 e (2) após 1994, ano em que foi liberado o acesso comercial à Internet nos
EUA.
Antes de 1994 havia a predominância de centros de pesquisa e diversas
instituições de educação, portanto uma rede acadêmica. O mail, gopher, FTP e telnet
eram as ferramentas mais utilizadas (explicações mais adiante no item 3.1).
Após 1994, nos EUA, surgiram os provedores comerciais de acesso à
Internet. Nesta mesma época diversas empresas passaram a oferecer soluções para os
ambientes DOS/Windows e Macintosh.
O número de usuários da Internet tem dobrado a cada ano, com crescimento
de 10% ao mês, e estima-se que 30.000.000 de pessoas no mundo inteiro possuem
acesso.
Surgiu, também, a WWW (World Wide Web) trazendo para a rede imagens,
cores e sons. Usando o HTTP como protocolo, e documentos com hipertexto escritos
em HTML, foi responsável por uma verdadeira revolução na informática.
Pequenas e desconhecidas empresas de informática cujas atividades estão
direcionadas para a Internet, passaram a ser mais atrativas do que as gigantes do setor.
O número de publicações para Internet cresce rapidamente, seguindo o
ritmo da rede. As cadeias de notícias logo dão destaque em noticiários, jornais, revistas
e, até mesmo, na própria Internet.
Tamanha onda de euforia demora chegar às empresas. A Microsoft, por
exemplo, deu as costas para a Internet e teve a sua hegemonia de software ameaçada por
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diversas pequenas empresas, oferecendo soluções ao crescente número de usuários da
rede.
Mas o que motivará as organizações empresariais a se lançarem na Internet?
Será que estão preparadas para receberem críticas de clientes insatisfeitos com a sua
imagem na rede? Será que internamente as empresas estão preparadas para a era digital?
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2. As organizações empresariais na era digital
2.1. Mudanças estruturais
As empresas que pretendem lançar-se no comércio eletrônico na Internet
deverão passar por um processo de estudo e preparação das equipes de trabalho. Isto
implica na mudança das estratégias de marketing e de relacionamento com o cliente, na
evolução do Centro de Processamento de Dados (CPD) em gerência de informática e a
“expansão em novos canais de distribuição e novos segmentos de marketing”
(HOFFMAN, NOVAK, CHATTERJEE, 1996).
Diretoria
Vendas
Adm/Financeiro
Marketing
Produção
Figura 1 - Estrutura Organizacional Remodelada
Em termos organizacionais, a informática dentro da empresa estaria
subordinada ao departamento administrativo e financeiro com a incumbência de
registrar os números da empresa. Já na figura 1, temos uma tendência de evolução da
informática dentro das empresas.
A elevação do CPD a nível de gerência representa a preocupação da
diretoria em trazer mais próximos de si um setor que congrega grande parte das
informações que são utilizadas para a tomada de decisões estratégicas.
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Um outro motivo é a crescente evolução da informática, principalmente nos
últimos anos. Para a diretoria da empresa ter acesso a estas novidades, tornou-se
necessário que houvesse uma maior aproximação da sua fonte de informação interna.
Esta aproximação trará diversos benefícios, como:
melhor direcionamento dos investimentos em informática;
melhor relacionamento com os demais setores/departamentos da
empresa; e
participação nas tomadas de decisão da empresa;
Mas as mudanças não param por aqui. Mudanças em toda a estrutura
organizacional e na visão estratégica da empresa deverão ocorrer a fim de que possam
utilizar a Internet como veículo de marketing direto e vendas.
Assim sendo, estas mudanças irão alterar o direcionamento e a motivação de
departamentos, como: marketing, informática, vendas e administrativo-financeiro.
O departamento de marketing, por sua vez, deverá criar estratégias próprias
para a Internet. Isto fará com que se aproxime do departamento de informática para a
definição do tipo de presença na Internet que a empresas terão.
O departamento de vendas e marketing definirão quais o canais de
distribuição que serão praticados e quais segmentos serão atingidos. Uma atenção
especial deverá ser destinada às reclamações e pedidos de devolução, não importando as
razões.
O departamento financeiro deverá estar apto a trabalhar com diversos meios
de pagamento. Além do tradicional cartão de crédito, poderão ser aceitas as moedas
digitais e outras formas de pagamento criados exclusivamente para a Internet.
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A diretoria, por outro lado, deverá estar atenta aos concorrentes na Internet.
Deverão fazer uma vigilância constante para estabelecer uma comparação capaz de
determinar se a presença da empresa na Internet está sendo eficaz.
A Internet oferece uma mídia alternativa de comunicação de massa. O
desenvolvimento mais expressivo ocorre na WWW, mas alguns problemas têm ocorrido
e espera-se que sejam solucionados o mais rápido possível.
2.2. Mercado local x globalização
Um aspecto que irá caracterizar o comércio na Internet será o surgimento de
empresas virtuais, cuja sede será um endereço URL, e e-mail como caixa postal. Ela irá
operar com trabalhadores telecomutados, espalhados em cidades, estados ou países.
Estará aberta a negócios 24 horas, todos os 365 dias do ano, num processo global.
Também será caracterizada por inúmeras associações que darão substância às suas
práticas comerciais, tais como: fornecedores, provedores, transportadores, etc.
Para as empresas convencionais, além de passarem por transformações
estruturais, discutidas no item anterior, deverão se preparar para os desafios da
economia moderna. Atualmente o termo “globalização” é o mais discutido nos meios
acadêmicos e empresariais.
As multinacionais que outrora procuravam um mercado local que oferecesse
mão-de-obra, matéria-prima e canais de distribuição próximos às suas fábricas estão
trocando esta visão pela vantagem competitiva que a globalização oferece. Hoje,
produz-se componentes em diversos países que ofereceram o menor custo de produção e
excelente qualidade, reduzindo o custo final do produto e mantendo a mesma margem
de lucro.
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Mas os efeitos da globalização são sentidos apenas pelas empresas que tem
experiência com comércio exterior, mas o mercado local ainda é um fator estratégico
para investimentos em uma nova unidade industrial.
Na Internet, provavelmente não se venderá diretamente um bem com alto
valor agregado, mas diversos outros bens, produtos e serviços de pequeno valor são
oferecidos através da rede. Tem-se encontrado vendas anuais da ordem de US$1 bilhão.
A maioria das empresas que atuam com comércio na Internet são empresas
comuns, com ponto de venda, catálogo de produtos e vendedores atrás de um balcão, e
com experiência em vendas à distância. Utilizam os correios ou qualquer outro serviços
de entrega para despachar as mercadorias e o cartão de crédito como meio seguro de
pagamento. Como atuavam em uma mesma região ( cidade, estado ou país ) não tinham
problemas como trabalhar com moedas diferentes ou trocas de mercadorias entre países.
Na certa, àA medida em que as atividades comerciais evoluem na Internet,
surgem soluções corporativas procurando corrigir as falhas, principalmente de
segurança, na rede. Tais soluções podem fazer uma pequena e desconhecida empresa
disputar espaço na mídia ao lado de gigantes como a Microsoft, IBM, SUN, entre
outras.
2.3. O perfil do usuário na Internet
A penetração de microcomputadores do tipo PC’s nos lares é recente,
principalmente no início da década de 90. Este fato é explicado pelo aparecimento da
interface gráfica, facilidade de operação dos aplicativos, baixo custo dos equipamentos
básicos, surgimento de diversos programas para a plataforma PC (aplicativos, jogos,
utilitários, etc.).
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A queda no custo dos equipamentos, de modo geral, se deve ao fato do
próprio crescimento do mercado de informática, em média 10% ao ano, e da redução do
custo de produção do processador, ou UCP (Unidade Central de Processamento).
O aparecimento da interface gráfica, dos monitores coloridos de alta
resolução (SVGA) e do software Windows revolucionaram a informática. Comandos
foram trocados por ícones e a tecla ENTER foi substituída por um click, ou dois, no
mouse. Novos conceitos, como drag-and-drop (clique-arraste-e-solte), foram
introduzidos, facilitando a vida do usuário leigo.
Paralelamente ao crescimento da indústria de informática, a indústria de
software experimentou o mesmo sabor. A Microsoft tornou-se conhecida por
transformar seus produtos em padrões de mercado a nível mundial.
É uma prática comum em marketing determinar o público alvo, através de
uma pesquisa mercadológica capaz de traçar um perfil dos consumidores. Por esta e
outras razões é costumeiro surgir pesquisas na Web que contam com a colaboração do
visitante para responderem a um questionário com múltiplas escolhas.
Outra forma de avaliar o público é através da evolução dos domínios e hosts
na Internet. Uma breve comparação pode ser vista na tabela 1.
Brasil Global
Período Domínios Hosts Domínios Hosts
Jan. 96 1.041 17.429 240.000 12.881.000
Jul. 96 6.208 50.746 488.000 9.472.000
Crescimento 496,35% 191,16% 103,33% 35,99%
Tabela 1 - Evolução da Internet no Brasil e no Mundo
Fontes: Global - Network Wizards
Brasil - Fapesp - Comitê Gestor
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Nota-se que o crescimento da rede a nível mundial é bem menor que o
crescimento brasileiro, uma característica somente comparada com a dos Estados
Unidos. No Brasil, atravessamos uma fase de crescimento no número de domínios e
hosts e, também, expansão dos pontos de presença comerciais.
Quanto às pesquisas de opinião, serão tomada duas como base para análise,
sendo uma norte-americana e outra brasileira.
A pesquisa norte-americana foi encontrada no site da Survey.net
(http://www.survey.net). É composta por 14 (quatorze) perguntas e teve 6.986 respostas.
Algumas destas questões já definem o tipo de usuário que responderam ao questionário:
Faixa Eria
13 - 18
7,80%
19 - 21
8,60%
22 - 25
16,40%
26 - 30
24,20%
31 - 35
13,30%
36 - 40
9,20%
41 - 50
13,90%
outros
6,60%
Figura 2: Faixa etária (EUA)
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Sexo
Masculino
72,80%
Feminino
27,20%
Figura 3: Sexo (EUA)
Grau de Instrução
Em graduão
32,70%
Graduados
31,00%
Mestrado
18,40%
Outros
17,90%
Figura 4: Grau de instrução (EUA)
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Aplicativos mais utilizados
WWW
60,50%
E-mail
24,30%
Outros
15,20%
Figura 5: Aplicativos mais usados (EUA)
Através de rápida análise dos gráficos conclui-se que os norte-americanos
que usam a Internet são a maioria do sexo masculino (72,8%), possuem formação
colegial ou são graduados (32,7% e 31,0%, respectivamente), entre 26 e 30 anos
(24,2%) e usam preferencialmente a WWW (60,5%).
No Brasil, por iniciativa do Cadê/Ibope!, foi realizada a primeira pesquisa
para levantamento de dados dos usuários da Internet BR, entre os dias 1º/11/96 e
8/12/96, contando com 18.225 respostas.
Algumas características estão divulgadas abaixo:
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12
Faixa Eria
até 14
8%
15 - 19
22%
20 - 29
35%
30 - 39
20%
40+
15%
Figura 6: Faixa Etária (Brasil)
Sexo
Homem
83%
Mulher
17%
Figura 7: Sexo (Brasil)
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Instrução
grau
40%
Superior
37%
Outros
23%
Figura 8: Grau de instrução (Brasil)
Estado Civil
Solteiro
62%
Casado
34%
Outros
4%
Figura 9: Estado civil (Brasil)
O perfil do usuário brasileiro, pela análise dos gráficos, é de uma maioria do
sexo masculino (83%), de nível médio ou superior (40% e 37%, respectivamente), tem
entre 20 e 29 anos (35%) e solteiros (62%).
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Em suma, as duas pesquisas revelam características comuns entre as pessoas
que usam a Internet. Também, surgem diversas perguntas, tais como “Porque a Internet
não atrai a atenção das mulheres?”.
As empresas que estão promovendo seus produtos e serviços na Internet,
devem prestar muita atenção, pois os usuários e potenciais clientes irão reagir, bem ou
mal, conforme o modelo de divulgação que a empresa adotar. Agradar a estes usuários
constitui um dos desafios da tecnologia digital.
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3. Os desafios da tecnologia digital
3.1. Características operacionais da Internet
Para um usuário doméstico ou empresarial ter acesso à Internet, primeiro,
deverá possuir um microcomputador ( PC ou Macintosh ), um modem veloz, uma linha
telefônica para acesso discado e um provedor de acesso. Também pode-se optar por
uma linha dedicada junto a companhia telefônica de sua cidade.
A figura 10 mostra o esquema básico de como um usuário têm acesso a
Internet e, a tabela 02 mostra o detalhamento dos passos de uma conexão com um
provedor de acesso.
Passos
Descrição
1
Seu PC executa um software de comunicação que carrega uma
pilha de protocolo TPC/IP para ativar uma conexão de rede Internet;
2
O software disca o número do provedor de acesso usando o seu
modem;
3
A chamada é atendida por um modem pertencente ao provedor de
acesso;
4
O seu modem e o outro modem acertam a velocidade e estabelecem
uma conexão;
5
Seu software TCP/IP procura acertar um protocolo com o software
na outra extremidade;
6
O seu programa do pacote TCP/IP e do provedor de serviços
negociam um roteiro que estabelece uma conexão SLIP ou PPP;
7
Neste ponto, seu PC torna-se parte da Internet usando o tipo de
identificação e uma senha para provar que tem permissão para usar
os modems do provedor de serviços;
8
Agora, você precisa executar algum software cliente para um dos
serviços que a Internet oferece. Pode ser um programa de e-mail,
FTP, newsgroups, World Wide Web, ping, chat, gopher, telnet ou
qualquer outro. Nos dias de hoje, será provavelmente um browser,
que atende a maioria dos demais serviços.
9
Seu software cliente abre solicitações para o software servidor de
seu provedor de serviços, ou a um servidor diferente em uma
localização remota, e recebe algum tipo de dado. Não importa onde
esteja o servidor fisicamente, porque são todos parte da mesma
rede lógica que abrange o globo.
Tabela 02: Detalhamento de uma conexão com um provedor de serviços
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Figura 10: Esquema básico de acesso a Internet
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17
Uma vez estabelecida a conexão entre o seu computador e o do provedor de
acesso, você recebe um endereço IP, que o identifica como sendo único na Internet.
duas formas de se obter um endereço IP: por atribuição estática, o endereço IP fica
alocado permanentemente ao computador, e por atribuição dinâmica, o computador
recebe um endereço IP a cada vez que se conecta ao provedor.
Os provedores acesso que operam no varejo, por sua vez, conectam-se aos
provedores de backbone Internet, que no Brasil são a RNP e a Embratel, com links de
64Kbps a 2Mbps. Já o backbone utilizam conexões de até 2Mbps com o exterior. Na
figura 11 temos o backbone formado pela RNP.
Figura 11: Backbone da RNP - nov.1996
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Some-se a isto alguns softwares básicos citados anteriormente, como:
winsock: estabelece a conexão SLIP ou PPP entre seu computador e o
provedor;
mail: software para correio eletrônico;
browser: software para acessar a World Wide Web. Alguns browsers
permitem acesso a serviços de newsgroup, gopher, mail e FTP;
telnet: software para execução remota em outro computador;
FTP: software para transferência de arquivos.
outros softwares que são usados em menor escala, como: ping, chat e
gopher. Muitos destes softwares são encontrados na Internet de graça (freeware) ou
apenas para demonstração por tempo limitado (shareware).
Na Web diversos mecanismos de busca de informações, a nível regional
ou mundial. Os mais famosos são:
Nos Estados Unidos:
Infoseek www.infoseek.com
Lycos www.lycos.com
Yahoo www.yahoo.com
AltaVista www.altavista.com
WebCrawler www.webcraler.com
No Brasil:
Yaih? www.yaih.com.br
Cadê? www.ci.rnp.br/si/
Um fator que determina o tipo de conexão a ser exigida será quais os
serviços da Internet e o tempo em que estausando tais recursos. Para um usuário
comum, a média de utilização é de 3 a 5 horas semanais. Mas, para uma empresa que
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quer se fazer presente nesta comunidade, 24 horas por dia, uma linha dedicada deve ser
levada em consideração.
Resolvido o tipo de conexão, o provedor de acesso irá fornecer os endereços
para os serviços previamente requisitados. Por exemplo, o endereço de e-mail possui o
seguinte formato:
usuário@[nomedohost.][subdomínio.]domínio.tipo
Usuário é a identificação da pessoa a quem se destina a mensagem. O sinal
de arroba ( @ ), característico deste endereço, é simplesmente um separador. O domínio
é o nome de registro do provedor ou empresa na Internet e tipo refere-se ao status a que
pertence. Nomedohost e subdomínio que estão dentro de colchetes são opcionais.
Assim, o meu endereço de e-mail é:
onde:
jomar -> usuário
bis -> domínio
.com -> tipo ou extensão
.br -> país
Note que no final do endereço há um “.br”, que serve para identificar o
país de origem do usuário. Nos EUA não a necessidade disto, porque a Internet
nasceu lá. O endereço, geralmente, é escrito em letras minúsculas.
As extensões mais comuns para endereços na Internet atualmente são:
.com - reservada para empresas ou provedores de serviço
.gov - reservada para organizações governamentais
.mil - reservada para organizações militares
.org - reservada para organizações sem fins lucrativos
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20
.edu - reservada para instituições de ensino e pesquisa
De um modo geral a Internet pode ser caracterizada como um ambiente de
cooperação mútua e livre expressão, que teve início no meio acadêmico. Mas existem
aqueles que são contra a liberdade individual de expressão, e assim, grupos a favor
de censura contra a pornografia e os grupos de discussão correlatos aos assuntos de
temática sexual.
No entanto, a oportunidade de concretização de um ato comercial pela
Internet representa um grande desafio, bem maior que a divulgação de informações
livremente, faz-se necessário que clientes e comerciantes tenham segurança e
privacidade, embora algumas pessoas afirmem que tais princípios vão contra os
princípios da Internet.
3.2. A Internet como mídia de venda e marketing
Tem-se observado o crescimento do número de empresas, mesmo que seja
somente por e-mail, na Internet. Mas, quais são as razões que tem levado estas empresas
a criarem uma presença empresarial na Internet?
Segundo ELLSWORTH (1995), uma empresa usa a Internet para:
Comunicação
A Internet é um veículo de comunicação, e como tal, é possível manter um
canal aberto 24 horas por dia, a um custo muito baixo. O correio eletrônico é, sem
dúvidas, o método mais adequado para estabelecer comunicações interna (local,
regional e nacional) e externa (internacional).
Para as empresas, é possível manter contato direto com as filiais e equipes
de trabalho, fixas ou móveis. Permite um contato direto e rápido dos vendedores com as
filiais, e atender melhor a clientela.
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Outra forma de comunicação que pode ser adotada pela empresa é o bate-
papo ( chat-room ). Ao contrário das conferências por telefone, o “chat” é muito flexível
permitindo a realização de reuniões, com grupos locais ou não. Outra vantagem é que
pode-se eleger um secretário para copy-and-paste (copiar-e-colar) as mensagens e
produzir a ata da reunião instantaneamente.
Logísticas Corporativas
Por ser uma rede que está em qualquer lugar e a qualquer hora, a Internet,
em termos de globalização, é um fator crucial na resolução de questões logísticas da
empresa. Nem mesmo a diferença de fusos horários entre os mercados produtores e
consumidores impede que se façam alterações no planejamento da produção, por
exemplo.
Há casos em que empresas adotaram equipes de trabalhadores virtuais,
conhecidos como telecomutados. A maioria trabalha em sua própria casa, e se
encontram no servidor da empresa, formando uma equipe. Assim, pode-se ter
empregados de outros estados ou, até mesmo, de outros países.
Globalização e Nivelamento do Campo de Atuação
A Internet deve ser usada como ferramenta estratégica, cuja aplicação é
voltado para a exploração de novos mercados. Por sua vez, a Internet -nos a sensação
de não haver fronteiras geográficas ou culturais, e associada a rapidez de acesso, uma
empresa passa a atuar globalmente num piscar de olhos.
Esta abertura faz, em primeira instância, que uma empresa de pequeno porte
concorra livremente com outra de grande porte. A diferença somente será sentida no
número de visitas e negócios realizados através da Internet.
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Obtenção e Manutenção de Vantagens Competitivas
A Internet também está sendo utilizada para aprimorar os processos de
reengenharia. O uso de correio eletrônico e de bate-papo fazem com que os diversos
grupos de trabalho se engajem nos projetos, aumentando o percentual de êxito.
Como fonte infinita de pesquisa, empresas vão em busca de informações
que possam ser utilizadas para melhorar suas atividades e aumentar a competitividade
de seus produtos no mercado. Também estão de olho nas empresas concorrentes,
buscando parâmetros para as suas atividades, já que os processos são bem parecidos.
existem empresas especializadas na procura de informações através da
Internet. Este tipo de serviço pode encontrar desde literatura específica, fornecedores de
matéria-prima até mesmo mão-de-obra altamente qualificada.
Contenção de Custos
Despesas com chamadas telefônicas de longa distância e de postagem de
correspondências podem ser minimizadas através da Internet. O uso difundido do
correio eletrônico, para o envio de correspondências e documentos, a nível empresarial,
pode economizar alguns milhares de reais por ano, além da vantagem de ser mais
rápido.
Para as empresas de software, a disponibilização de seus produtos pela
Internet pode representar uma economia em embalagem e impressão de manuais, além
de oferecer o registro do software através de pagamento on-line. Novas versões de
software para teste podem ser distribuídas gratuitamente, contribuindo para melhorar a
qualidade do produto final.
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Colaboração e Desenvolvimento
Muitas empresas tem formado associações para o desenvolvimento de
projetos comuns. De um modo geral, todos os participantes do projeto utilizam-se da
Internet para contato, troca de dados, programas e até reuniões virtuais entre localidades
distantes.
Esta metodologia permite que outras áreas das empresas participantes do
projeto, façam um acompanhamento direto e ajudem com idéias e críticas.
Recuperação e Utilização de Informações
A Internet pode ser comparada a uma gigantesca biblioteca de livre acesso
bidirecional, ou seja, depósito e pesquisa de informações na forma de banco de dados,
manuais, publicações, imagens e sons.
uma enorme quantidade de dados científicos e de pesquisa nas diversas
áreas da ciência. O número de publicações eletrônicas, a maioria inspirada na mídia
convencional, cresce junto com a rede.
Para as empresas e seus funcionários a Internet é uma ferramenta útil para o
desenvolvimento profissional, para melhorar a comunicação interna e externa, para
melhorar o aprendizado de novas tarefas e processos, e todo o tipo de material
instrutivo.
Marketing e Vendas
À medida em que a Internet alcança um número cada vez maior de usuários,
as atividades de marketing desenvolvem-se para atingir clientes e possíveis clientes.
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Dentre as práticas, a pesquisa de marketing tem boa aceitação dos usuários.
Nelas, as atividades são testadas, as conversações têm papel ativo e as opiniões de
diversos grupos são solicitadas.
O suporte aos clientes pela Internet é uma das principais práticas comerciais.
Uma empresa pode ser consultada por seus clientes 24 horas por dia, ter seu banco de
dados livremente acessado e ainda disponibilizar um canal direto com um especialista.
Procura-se vender a imagem de uma organização moderna, avançada e sofisticada.
Querendo aproximar-se cada vez mais de seus clientes, algumas empresas
oferecem seus produtos pela rede, e estão se popularizando. Além dos tradicionais
canais de distribuição, algumas empresas estão organizando a entrega de produtos
(software e informação) através da Internet.
Transmissão de Dados
A Internet é também usada para o intercâmbio de informações entre
empresas. Algumas das principais instituições financeiras dos EUA estão usando a
Internet para o intercâmbio de informações e arquivos. As editoras usam-na para
receber manuscritos e transmitir arquivos para impressão ao longo da rede.
De organizações científicas e de pesquisa a usuários corporativos, é certo
que todos estão usando a Internet para a transferência de dados em grande quantidade, e
assim continuarão.
Presença Empresarial Na Internet
É possível usufruir da Internet como veículo de marketing, publicidade e
vendas através do uso de diversas ferramentas disponíveis. Também é possível criar
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shoppings eletrônicos, catálogos de produtos on-line, obter um feedback através de uma
pesquisa e até receber pedidos e ordem de compra e venda.
"Pense em diálogo, não em monólogo. Pense em informação, não em
propaganda" (ELLSWORTH, 1995). Esta frase reflete como uma empresa deve pensar
antes de criar um espaço próprio na Internet.
À medida em que a Internet passa para o cotidiano das pessoas, as
novidades tecnológicas chegam mais rápido em nossas mãos, demonstrando que ela é
uma mídia rápida, barata e de longo alcance.
A Internet está passando por diversas transformações que nos permitirão,
em um futuro próximo, ir além de nossas limitações físicas e culturais, abrindo um
espaço para empresas de diversos ramos formarem um mercado global e ao mesmo
tempo local, isto para não dizer ao alcance dos dedos.
3.3. O uso da criptografia e a assinatura digital
“A criptografia é o processo de disfarçar uma mensagem de modo a ocultar
seu conteúdo, um processo de criação de uma escrita secreta” (LYNCH, LUNDQUIST,
1996). A princípio, as primeiras pesquisas foram conduzidas a portas fechadas em
órgãos governamentais, de caráter estrategicamente militar.
Em criptografia há alguns termos muito interessantes como: chave (conjunto
de regras que governam a substituição de um caracter por outro), texto normal
(mensagem não criptografada), texto cifrado (mensagem criptografada) e decodificação
(processo de transformar o texto criptografado em texto normal).
A chave é um problema matemático gico que define a substituição dos
caracteres, desenvolvida por criptoanalistas. Também, eles se ocupam em decifrar
mensagens criptografadas.
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Os sistemas criptográficos, utilizados principalmente na transmissão de
dados através de redes públicas, podem ser classificados como fortes e fracos,
dependendo dos princípios que cobrem mais o tamanho da chave.
Princípios Básicos:
Identificação: é o processo de verificar que o remetente de uma
mensagem realmente é quem diz ser.
Autenticação: é o processo de verificar o verdadeiro remetente de um
texto criptografado, além de comprovar se o texto da mensagem em si
não foi alterado.
Verificação: é a capacidade de identificar e autenticar com segurança
uma comunicação criptografada específica.
Impedimento de rejeição: é um mecanismo que evita que qualquer
pessoa possa negar ter enviado certos arquivos ou dados, quando de fato
o fizeram.
Privacidade: é a capacidade de um criptosistema de ocultar efetivamente
as comunicações dos olhares curiosos.
Algumas empresas de softwares especialistas em transações eletrônicas
estão apostando no uso da criptografia como arma para manter a privacidade de ambas
as partes e, principalmente, a segurança contra fraudes e roubos.
uma grande motivação por parte de diversas empresas que estão
interessadas em oferecer seus produtos e serviços pela Internet. Assim, o mercado de
software corporativo, acreditando ter encontrado uma ótima oportunidade a ser
explorado, está investindo em pesquisas na área de criptografia e assinatura digital.
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3.3.1. Assinatura Digital
Em criptografia, a assinatura digital é usada em sistemas com chave pública
para autenticação da mensagem. Ela foi proposta em 1976 por Whitfield Diffie e Martin
Hellman na Universidade de Stanford e publicado na National Computer Conference.
Através dela, é possível saber se uma mensagem (ou informação) foi
enviada pelo respectivo emissor, assim como, se o conteúdo não foi alterado. A figura
12, mostra a constituição de uma assinatura digital e suas funções.
Figura 12: As partes de uma assinatura digital
As assinaturas digitais são assinaturas de verdade? Sim e não. Sim, porque
satisfazem os requisitos de valor legal das assinaturas para a maioria dos fins, incluindo-
se o uso comercial; e não, porque não há uma jurisprudência definindo em quais
situações uma assinatura digital poderá, ou não, ter valor.
3.4. Dinheiro Digital
Segundo LYNCH, LUNDQUIST (1996), o dinheiro digital é um substituto
eletrônico do dinheiro. O dinheiro digital não tem valor intrínseco e o mais leve traço de
existência física. É uma proposta avançada e segura de um moderno meio de troca.
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Ao longo do tempo a moeda tornou-se um meio de troca e armazenador de
valor. Cunhavam-se em metal nobre (ouro) e sua emissão era controlada pelos
governantes. Um caso atípico, da era romana, era o pagamento dos soldados com sal
(em latim, salarium), daí a palavra salário.
Durante a idade média, surgem homens que guardavam em cofres
particulares pequenas fortunas e emitiam recibos que, mesmo sendo repassados, eram
convertidos em moeda corrente. Assim nasceram o banqueiro e o papel-moeda. Isto fez
com que em cada feudo tivesse a sua própria moeda e respectiva taxa de câmbio. A
figura 13 representa a evolução da moeda até os tempos atuais.
Figura 13: A evolução da moeda
Com a evolução do sistema financeiro, o papel-moeda ganhou credibilidade
através do governo e das instituições financeiras por garantirem a sua total
conversibilidade em ouro e as pessoas por aceitarem-no em transações comerciais,
embora, ainda hoje, muitos prefiram guardar ouro.
Credibilidade proposta para o dinheiro digital é que uma unidade de
dinheiro digital é igual a uma unidade de moeda corrente. Ou seja, para cada unidade de
dinheiro digital (intangível) há uma unidade de moeda corrente (tangível) guardada em
uma instituição financeira, garantindo a sua total conversibilidade.
Mas, como foi dito, a Internet é uma rede sem fronteiras e o dinheiro
digital tem tudo para ser a moeda corrente numa economia digital. Contudo, surgem
duas questões importantes:
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1. O dinheiro digital da companhia A será aceito da mesma forma
que o da companhia B?
2. Qual será a relação de conversibilidade entre o papel-moeda e o
dinheiro digital e quem irá emití-lo?
Embora algumas companhias ofereçam seus serviços em shoppings
eletrônicos, a sua procura ainda é fraca diante do potencial da rede. Em sua maioria, os
internautas ainda preferem usar o cartão de crédito como forma de pagamento.
Segundo LYNCH & LUNDQUIST (1996), o dinheiro digital precisa ter
algumas qualidades para conquistar a confiança das pessoas, que foram propostas
inicialmente por Tatsuki Okamoto e Kazuo Ohta e citadas por LYNCH &
LUNDQUIST:
Independência: a sua segurança não deve depender de sua existência em
qualquer lugar físico específico;
Segurança: o dinheiro digital não deve ser reutilizado, isto é, não pode
ser possível gastar o mesmo dinheiro digital mais do que uma vez.
Privacidade: O dinheiro digital precisa proteger a privacidade de seus
usuários. Ele não deve permitir que seja identificada a relação entre uma
pessoa e uma compra.
Pagamento offline: Os negociantes que aceitam dinheiro digital não
devem depender de uma conexão a uma rede para que a transação possa
ser feita.
Possibilidade de transferência: O dinheiro digital deve ser transferível
para os outros.
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Divisibilidade: uma quantidade de dinheiro digital deve ser divisível em
quantias menores que devem ser totalizadas novamente quando
recombinadas.
3.4.1. As moedas virtuais
Na Internet surgiram variações virtuais para dinheiro, cheques e cartões de
crédito e débito. Muitas destas empresas licenciaram a tecnologia de criptografia de
chave pública para preencher seus requisitos de segurança. Mas ainda é muito cedo para
predizer o sucesso destas formas eletrônicas de transferência de valores. A tabela 3 cita
alguns fornecedores e a tabela 04 cita suas especialidades.
Nome Descrição
CyberCash
Começou com o pioneiro da Internet Dan Lynch e o fundador da
Verifone William Melton, e é resguardada por diversas instituições
financeiras. Um comprador deve ter um software especial para usar
a CyberCash, que pode invisivelmente agregar-se ao e-mail e a
aplicativos Web. Mais informações, visite http: //www.cybercash.com
.
NetBill
É uma joint-venture da Universidade Carnegie-Mellon e a Visa. Foi
desenvolvido para que informações como artigos de jornais,
capítulos de livros, softwares e videoclipes sejam comprados e
vendidos através da Internet com baixo custo por transação. Para
maiores informações, visite http: //www.ini.cmu.edu/netbill .
NetCash
Desenvolvido pela Software Agents Inc..Ele cria cupons eletrônicos,
que são designados para serem de uso fácil como dinheiro.
NetCash pode trabalhar inteiramente por email, mas é mais cil
aceitá-lo em uma página Web. Estes cupons são adquiridos na
companhia NetBank, eletronicamente ou via postal. Para maiores
informações, mande e-mail para [email protected] .
DigiCash
Oferece o meio mais seguro para comprar e vender cupons
eletrônicos. Para usar o DigiCash, um consumidor compra os
cupons eletrônicos do banco DigiCash e efetua o pagamento de
suas compras com eles. A vantagem é que os cupons são
verificados instantaneamente, contra fraudes, e todas as transações
são completamente anônimas. Para maiores informações, visite
http: //www.digicash.com .
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Netscape
A Netscape Communications formou uma aliança com a unidade de
serviços de fundos eletrônicos da First Data para criar um sistema
de pagamento online. Suas transações se baseiam em cartão de
crédito e no “browse” Navigator. Para maiores informaçòes, visite
http://www.netscape.com .
Tabela 03: Fornecedores da tecnologia do dinheiro digital
Empresa Principal Cliente Serviço Diferencial
NetCash Consumidores Transações comerciais
CyberCash Bancos Transações comerciais e bancárias
DigiCash Consumidores Anonimato
NetBill Consumidores Informações de universidades
Netscape Consumidores Transações com cartões de crédito
Tabela 04: Especialidades das empresas do dinheiro digital
Cada empresa que se propôs a trabalhar com a tecnologia do dinheiro
digital, citada ou não, formou uma identidade única para antecipar o futuro. Na verdade,
cada uma delas procura atuar num nicho exclusivo de serviços que oferecem transações
online. A adoção de qualquer uma tecnologia estará intimamente ligada às práticas
comerciais daqueles que se propõem vender produtos via Internet.
3.5. A ação criminosa dos hackers e crackers
Na informática de modo geral, um grupo que se especializou em tornar o
impossível em realidade. Este grupo quebra sistemas de segurança para acesso a redes
privadas, grampeiam linhas telefônicas, quebram proteção de software contra cópia
pirata, espalham vírus de computador por redes acadêmicas, e coletam informações
sigilosas de pessoas e empresas, causando prejuízo de milhares de dólares.
São conhecidos como “hackers”, indivíduos autodidatas com prática em
diversas linguagens de programação, sistemas operacionais e protocolos de
comunicação, e não tem o costume afirmar como tais. Eles exploram sistemas,
configurações, “bugs” e brechas em sistemas operacionais, e não necessitam ou querem
destruir dados. Eles querem explorar e aprender cada vez mais.
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Veja o que um hacker escreveu para uma revista sobre a sua atividade:
“Alguém já disse, por exemplo, que nós hackers temos que ler sempre
revistas e livros técnicos, muitas vezes em inglês, [...]? Que passamos
noites em claro lendo documentos gigantes, aprendendo várias
linguagens de programação? Gastamos dias estudando sistemas e
muitas vezes arrebentamos nossos próprios cpus para testar algum
programa? E que não lidamos com OS amigáveis tipo Win95®?...”
(Revista .NET, connect, p. 60, fev.1996.)
O outro lado da mesma moeda denomina-se “cracker”, são maliciosos e
procuram alterar ou destruir dados em um sistema. Para isto, usam diversas armas
como, bomba de mail, vírus e programas do tipo “cavalo-de-tróia” para roubar senhas.
São grupos distintos, mas muito unidos, e se conhecem através de
pseudônimos. Promovem encontros para a troca de segredos, ou melhor, para exibirem
suas façanhas e habilidades. Estão muito bem aparelhados para enfrentarem qualquer
desafio, e agora contam com a Internet como fonte de recursos, ponto de encontro e
espaço para exibirem-se à vontade.
Eles podem causar danos em servidores e derrubar redes inteiras. Podem
colecionar informações pessoais, principalmente o número do cartão de crédito. Suas
ações são divulgadas pela imprensa com grande destaque e muitas vezes de forma
errônea, o que tem causado certa irritação na comunidade hacker/cracker.
No mundo inteiro, e no Brasil também, eles agem silenciosamente. Embora
existam órgãos públicos, privados e leis destinados a repreensão de atos desagradáveis,
é necessário a uma empresa que trabalhe com a Internet criar diversas linhas de
segurança, para si própria e para seus clientes.
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3.6. No Brasil...
No Brasil, pode-se verificar um crescimento em todos os sentidos e em
todas as direções, colocando o país como um centro de referência para a América
Latina. Esta expansão chamou a atenção de inúmeras empresas que preparam-se para
atrair os usuários brasileiros para comprarem seus produtos pela Internet.
Empresas como a IBM e a Unisys, que já possuem um backbone próprio,
planejam espalhar ponto de presença em todo o país. Dentro em breve, a Internet se
firmará como o canal prioritário das comunicações.
O Comitê Gestor disponibiliza todos os meses os números atualizados de
hosts e domínios brasileiros, contabilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de São Paulo (Fapesp), responsável pelo registro de domínios no Brasil. A figura
14 representa uma idéia geral de como a Internet no Brasil está crescendo e na tabela 05
identifica o crescimento por número de hosts.
Internet Brasil - Número de hosts
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
31/01/96
31/07/96
31/12/96
31/01/97
Figura 14: O crescimento da Internet no Brasil
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Registro 31/01/96 31/07/96 31/12/96 31/01/97
.com 757 5686 9330 9829
.edu 157 211 269 278
.g12 3 27 68 70
.gov 75 121 146 148
.mil 2 3 7 7
.net 6 9 14 15
.org 41 151 315 433
.br 1041 6208 10149 10780
Tabela 05: Crescimento por número de servidores
A figura 12 e a tabela 05 mostram que a Internet no Brasil já é uma
realidade e o tráfego na rede deverá dobrar até o final de 1997. O crescimento
vertiginoso da área comercial chama a atenção de empresários para o comércio
eletrônico.
Um grande obstáculo está entre o presente e o futuro: a infraestrutura da
rede precisa evoluir para que permita um tráfego de informações acima de 2 Mbps. A
Embratel, por exemplo, está descentralizando o backbone e substituindo o protocolo
X.25 por frame relay, melhorando a performance das conexões.
A RNP (Rede Nacional de Pesquisa) deverá se concentrar em sua diretiva
básica, ou seja, a prestação de serviços à comunidade acadêmica. Aliás, foi a RNP que
assumiu a transição da Internet acadêmica para a comercial no Brasil.
Nós, brasileiros, que usamos a Internet devemos ter muito orgulho pelo livre
acesso às informações e, também, daqueles que se esforçam em promover o crescimento
da rede. Com toda a certeza pode-se afirmar que “o Brasil é o país do futuro”, hoje.
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4. Conclusão
Em 1996 pode-se afirmar que a Internet deixou de ser moda para se tornar
um serviço de comunicação mundial. Todos os países, ricos ou pobres, possuem pontos
de presença instalados em universidades ou em orgãos governamentais.
Nos países ricos, onde a Internet faz parte da vida de milhões de pessoas,
foi um período de expansão do backbone, utilização de tecnologias que possibilitem
tráfego acima de 155 Mbps, como linhas de TV à Cabo, canais de satélite de
comunicação, etc.
Nos países em desenvolvimento, procura-se consolidar os serviços de
telecomunicação para o atendimento da demanda por ramais telefônicos e a atualização
das centrais telefônicas que, em muitos casos, são obsoletas.
No Brasil, serão necessários investimentos para a atualização da malha de
telefônica quanto para o atendimento da demanda reprimida. Tais investimentos terão
como fonte o Governo Federal e a iniciativa privada, através de concessões.
Houve o surgimento de diversos software desenvolvidos exclusivamente
para a Internet, possibilitando aos usuários opções de escolha. Muitos destes software
foram disponibilizados na própria Internet para demonstração e teste, mostrando que a
Net é hoje o canal de distribuição mais rápido e eficiente do planeta.
Em toda a rede, surgiram diversas empresas oferencendo seus produtos
online. Graças à Web e a criatividade dos WebDesigners, os internautas puderam ver
fotografias dos produtos, ler trechos de livros, ouvir trechos de músicas e cenas de
filmes como incentivo para a escolha do produto certo.
Por enquanto, predominam produtos cujo valor não passem de US$100,00 e
fáceis de transportar. Para se ter uma idéia, analistas de mercado calcularam que
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somente em 1996, a venda de produtos na rede movimentou cerca de 2 bilhões de
dólares e até o ano 2000 calculam que o volume de vendas chegue a 5 bilhões de
dólares.
Para nós brasileiros, devemos esperar um crescimento ainda este ano de
empresas vendendo seus produtos pela Internet. O mercado brasileiro é excelente e as
qualidades dos usuários da rede fazem deles consumidores classe “A”.
Acredita-se que as empresas que realmente souberem respeitar as regras de
convivência da Internet, prestar atenção e apoio aos consumidores e, principalmente,
certificarem-se de toda a segurança para as transações comerciais, terá em troca a venda
de seus produtos por um canal de distribuição muito eficiente e rápido.
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5. Estudo De Caso
A Netscape e o Tempo Internet
A Netscape Communications Corporation, uma empresa situada no Vale do
Silício, California, Estados Unidos, fundada em abril de 1994 por James H.Clark e Marc
L.Andreessen, um investimento de US$12 milhões.
Em dezembro de 1994, James L.Barksdale, executivo-chefe, colocou a
Netscape em posição de ataque e iniciou contratações. Abaixo, algumas características
da Netscape:
O ritmo é incessante
Crie códigos de software dia e noite
Lançe-os na Internet no momento em que funcionarem
Tome posse de novas tecnologias e dos estudantes que brincam com
elas
Esteja pronto para alterar táticas antes do almoço
A Netscape distribuiu 50 milhões de cópias do Navigator em apenas dois
anos, tornando-o o segundo programa mais usado no mundo, logo atrás do Windows.
Também vendeu mais de 1 milhão de softwares para servidores para hospedar “sites”da
Internet e “intranets” de empresas.
Na primeira onda de vendas da Internet, as empresas compraram “browsers”
para ligar seus funcionários à Internet e instalaram servidores para operar “sites” da
empresa na Internet - para distribuir boletins ou informações de produtos. A fase
seguinte envolve o uso da tecnologia da Internet para operações básicas. Esse é o
terreno de pesos pesados como a IBM, a Oracle Corp. e a Microsoft.
a Microsoft investiu US$750 milhões em 1996 para adquirir ou investir
em vinte empresas relacionadas com a Internet. Ela lançou o seu primeiro “browser” em
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agosto de 1995, que está na terceira versão, e está preparando uma quarta. Os demais
produtos Microsoft passam por uma reformulação para que funcionem suavemente com
a Internet.
Em suma, a Microsoft continua a fazer tudo o que pode para converter seu
domínio nos computadores pessoais em uma posição de comando nos softwares da
Internet.
Para isto, a Netscape tem uma seleção de produtos, com lançamento a partir
do segundo trimestre. Primeiro será o Communicator, um programa que funde o
“browser” Navigator com e-mail, agenda, “groupware” e programas que criam
documentos para a Internet. Há também uma versão atualizada do SuitSpot®, um
pacote de servidor.
Mas, o plano mais ousado da Netscape gira em torno de um programa com o
nome provisório de Constellation, um programa de interface tipo “windows” para
concorrer com o próximo lançamento da Microsoft.
O Início
Pouco depois da criação da empresa, Clark e Andreessen viajaram ao Centro
Nacional para Aplicações de Supercomputação na Universidade de Illinois, Estados
Unidos, e em poucos dias contrataram quase toda a equipe que criou o Mosaic, o
primeiro “browser” da Internet.
Havia um motivo para tamanha pressa. Os integrantes-chave da equipe do
Mosaic estavam prestes a se graduar e estavam sendo sondados por outras empresas.
Segundo contam, foram 20 dias com a Spry and Spyglass Inc. no encalço. Mas, em
poucos meses, a primeira versão do Navigator estava pronta.
Andreessen propôs dar de graça o “browser” pela Internet, e assim, colocar
o software da Netscape em um número máximo de computadores, do modo mais rápido,
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utilizando a mesma tática do Mosaic. Ao invés de passar por lojas de varejo, a Netscape
poderia usar a Internet para atingir diretamente os consumidores.
Tempo Internet
De fato, não existe nenhum modo para a empresa ter conseguido chegar tão
longe, tão rapidamente, sem usar a Internet. A Internet não é a única gigantesca
oportunidade comercial, mas deu à Netscape os meios para desenvolver, promover e
vender seus produtos à velocidade da Internet.
Trabalhar em Tempo Internet pode parecer um exagero, mas não é. Com a
Microsoft mirando diretamente em seu campo de atuação, a Netscape teve de se
apressar para preencher suas lacunas em tecnologia, através da incorporação de outras
empresas e suas tecnologias.
A Netscape também se apressou a conquistar parceiros para ajudar a vender
seus softwares. Empresas como IBM, Sun Microsystems, Oracle, Hewlett-Packard são
alguns dos mais influentes parceiros.
Com um pé no mercado
É assim tão benéfico manter-se à frente da Microsoft e das outras
concorrentes? Já é evidente que a Netscape nunca terá outra vez a enorme vantagem que
detinha durante seus primeiros dois anos. Mas os analistas dizem que a empresa está
dando os passos corretos, e se conseguir cumprir suas promessas continuará a encabeçar
a lista “A” de empresas de software para a Internet durante o próximo ano, talvez mais.
No mínimo, a Netscape tem um pé na porta do mercado de empresas.
Extraido de:
HOF, Robert D., “Na velocidade da Netscape”. Gazeta Mercantil, Caderno Fim de
Semana, 14/02/97, p.1-2.
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EMERY, Vince. How to grow your business on the internet. Estados Unidos da
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HOFFMAN, Donna L., NOVAK, Thomas P., CHATTERJEE, Patrali. Commercial
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______________. Grandes ondas tecnológicas. Gazeta Mercantil, São Paulo, 1 out.
1996. Caderno Internacional, p. A-12.
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7. Glossário
Assinatura eletrônica : Um código ou símbolo que é o equivalente eletrônico a uma
assinatura escrita.
Backbone : O núcleo lógico de uma rede. Tipicamente refere-se a soma do meio físico
de conexão e o protocolo de endereçamento e roteamento de uma rede específica.
BBS : Boletim Board System, são redes comerciais que oferecem a seus usuários livre
acesso à informações e fácil utilização. As mais famosas são a CompuServe e a
America Online.
Browser : ou navegador, é um software que dá acesso a Web.
Comércio eletrônico : Usando tecnologia eletrônica de informação para melhorar as
relações comerciais entre os parceiros.
CPD : ou centro de processamento de dados. É uma área onde se processa as
informações por meio de computadores.
Criptografia : é o processo de disfarçar uma mensagem de modo a ocultar seu
conteúdo.
Dinheiro digital : é um substituto eletrônico do dinheiro.
Internet : é o resultado da evolução de um projeto do Departamento de Defesa norte-
americano, chamado Arpanet, em 1959, com o objetivo de fornecer um sistema de
comunicações de computador distribuído e que poderia sobreviver a um ataque nuclear.
LAN : Local Area Network, uma rede conectando computadores com um alcance
menor que 1000 metros.
Marketing : Palavra de origem inglesa cujo significado é: comprando ou vendendo no
mercado.
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Modem : Um hardware que converte dados digitais em tons de áudio para transmissão
em uma rede telefônica. Este processo é revertido quando um computador recebe os
dados.
Protocolo : Um conjunto de regras que governam o fluxo de informação em sistema
eletrônico de comunicação.
Software de comunicação : Um programa que controla o hardware do computador,
modens e arranjos para a transmissão ou recepção de dados eletrônicos.
UCP : Unidade Central de Processamento.
URL : Universal Resource Locator, que é um endereço na WWW.
WAN : Wide Area Network, uma rede conectando computadores externos a uma rede
local (LAN). Ela estende a rede a uma vasta área geográfica.
WWW : World Wide Web, a parte gráfica da Internet. Acessada por browsers, é muito
utilizada como vitrine por empresas e pessoas comuns.
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