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soletrar palavras, construir frases, descrever contextos, etc. O nível afetivo, no qual o aluno
pode elaborar perguntas sobre ilustrações, apresentar materiais extra para a sala, ler revistas
especializadas, justificar a importância da língua no exercício da profissão, etc. e o nível
psicomotor, que relaciona-se com a pronúncia correta de fonemas, repetição correta de
sentenças sem hesitação, articulação correta de palavras, etc.
A terceira etapa é chamada de implementação e deve-se levar em conta três
diferentes situações: a) Se o material for usado pelo próprio professor: a implementação se dá
de modo intuitivo com a explicação oral das atividades. Os erros podem ser anotados e depois
corrigidos para uma futura apresentação; b) Se o material for usado por outro professor: há
necessidade de instruções de como o material deve ser apresentado e trabalhado pelos alunos.
O autor deve explicar o objetivo da atividade, o tipo de conhecimento que está sendo
construído, como a atividade deve ser conduzida, etc. c) Se o material será usado sem a
presença de um professor. Neste caso, deve-se estabelecer contato com os aluno, trabalhar
dentro de pressupostos, prever dificuldades, fornecer respostas. Neste último caso, não há
espaço para a criatividade e o inesperado, ou seja, o que o aluno desenvolver além do previsto
no material ficará sem retorno. Alguns exemplos destes materiais são: livros com chaves de
respostas e cursos de línguas com fita de áudio. O problema nestes casos é que não existe a
presença do professor que é considerado importante no aprendizado do aluno.
A última etapa para a produção de material didático é a avaliação, que pode ser
feita informalmente ou formalmente. A primeira se dá por meio da observação do professor,
de como funcionam as tarefas, a interação e a resposta dos alunos. A avaliação se dá em
escala maior, na avaliação do método pelas editoras baseada em questionários envolvendo
alunos e professores ou a observação direta do trabalho do aluno com o material.
Quanto à classificação, os materiais, segundo Richards (2001), são classificados
em autênticos e criados. Para o autor, os materiais autênticos dispõem de linguagem autêntica,
situações reais de uso da língua, causam motivação nos alunos por serem atuais, podem ser
adaptados pelos professores para se ajustar aos objetivos, possuem propostas de ensino
abertas e criativas. Entretanto, os materiais autênticos também dispõem de linguagem difícil e
podem ser inadequados dependendo do nível de conhecimento dos alunos, pois a preocupação
com o vocabulário torna a atividade cansativa e as estruturas gramaticais complexas