Da resolutio e compositio em Tomás de Aquino 40
Afora o sentido metafórico de dissolução
55
, o sentido aristotélico e
calcidiano
56
de “resolução holológica”
57
como dissolução (dissolutio) e divisão
(divisio) aparece tanto no Scriptum super libros Sententiarum (1252-1256)
58
quanto no Compendium Theologiae (1265-1267)
59
, na Sententia libri De sensu et
sensato (1268-1269)
60
, na Sententia super Metaphysicam (1270-1273)
61
, na
Sententia super Physicam (1268-1269)
62
, na Sententia libri Ethicorum (1271-
1272)
63
, na Sententia super librum De caelo et mundo (1272-1273)
64
, na Expositio
libri Peryermenias (1270-1271)
65
, na Sententia libri Politicorum (1269-1272)
66
,
nas Quaestiones disputatae De Veritate (1256-1259)
67
, nas Quaestiones
disputatae De Malo (1269-1271)
68
, nas Quaestiones disputatae De Potentia
(1265-1266)
69
, na Summa Theologiae (1268-1272)
70
, na Summa Contra Gentiles
(1259-1265)
71
e, enfim, no De substantiis separatis (1272)
72
.
54
Cf. In De Trin., q. 6, a. 2, co.
55
Em geral, este sentido está presente nos comentários bíblicos, tais como: In Isaiam, cap.
3, lc. 1; cap. 8, lc. 4; In Job, cap. 9. Ainda nos comentários bíblicos, encontram-se passagens nas
quais a resolutio possui o sentido literal de divisão, dissolução ou separação, a saber: In Job, cap.
10; In Psalmos, 15, n. 7; Super Johannis, c. 6, lc. 1; Super I ad Cor., c. 15, lc. 5 et 6; Super ad Phil.,
c. 1, lc. 3; Super ad Thim., II, c. 4, lc. 2 et 3.
56
Sobre o sentido aristotélico de resolução holológica, confira o primeiro apêndice deste
trabalho.
57
As expressões “resolução holológica”, “resolução etiológica”, “resolução teleológica” e
“resolução lógica” nos são sugeridas por Leopoldo Palacios (1962, p. 118-120). As três primeiras
são definidas como: 1) ascensão do todo às partes; 2) ascensão do efeito às causas; 3) ascensão dos
fins aos meios. A resolução lógica ou análise dos conceitos reveste-se de um aspecto único,
segundo o autor, pois é a ascensão do particular ao universal, em sentido oposto à resolução
holológica.
58
In Sent., II, d. 12, q. 1, a. 1 et a. 4; d. 14, q. 1, a. 5, ad 1; d. 18, q. 2, a. 3, co.; d. 19, q. 1, a.
2, ad 2; d. 20, q. 1, a. 2, ad 4; d. 30, q. 2, a. 2, sc 1; III, d. 16, q. 1, a. 1, co.; d. 21, q. 1, a. 2, ad 5; d.
21, q. 2, a. 1, ad 1; IV, d. 11, q. 1, a. 2, co.; d. 43, q. 1, a. 4, co. e ad 2; d. 44, q. 2, a. 1, co.; d. 44, q.
3, a. 3, co.; d. 47, q. 2, a. 3, co.; d. 48, q. 1, a. 4, co.; d. 50, q. 2, a. 3, sc 1.
59
Comp. Theol., I, c. 186; c. 234.
60
In De Sensu et Sens., lc. 9, n. 7 ; lc. 10, n. 8 ; lc. 12, n. 9 ; lc. 13, n. 9.
61
In Met., I, lc. 12, n. 8; II, lc. 1, n. 6; III, lc. 3, n. 1; V, lc. 4, n. 5-6; V, lc. 8, n. 17; V, lc.
21, n. 3; VII, lc. 6, n. 31; VII, lc. 9, n. 20; VIII, lc. 4, n. 4 et n. 25; X, lc. 2, n. 6; XI, lc. 1, n. 27;
XII, lc. 2, n. 15.
62
In Phys. III, lc. 1, n. 3; III, lc. 8, n. 8 ;
63
In Ethic., VIII, lc. 13, n. 9; IX, lc. 1, n. 5; IX, lc. 3, n. 12.
64
In De Caelo et Mundo, III, lc. 8, n. 7.
65
In Pery., I, lc. 3, n. 4.
66
In Pol., I, lc. 1, n. 8; II, lc. 3, n. 1.
67
QDV q. 5, a. 2, co.; q. 25, a. 6, co.
68
QDM q. 4, a. 8, ad 17; q. 4, a. 9, ad 6.
69
QDP q. 3, a. 9, ad 9; q. 5, a. 10, ad 7.
70
STh I, q. 76, a. 8, co.; q. 103, a. 3, co.; q. 68, a. 2, co.; q. 119, a. 2, co.; I-II, q. 28, a. 5,
co.; II-II, q. 152, a. 1, co.; q. 154, a. 5, co.; III, q. 3, a. 3, ad 3; q. 32, a. 4, co.; q. 35, a. 3, ad 3; q.
51, a. 3, sc; q. 66, a. 4, ad 2; q. 75, a. 3, co.
71
SCG I, c. 26, n. 12; III, c. 147; IV, c. 61; IV, c. 83; IV, c. 90.
72
De sub. sep., c. 6.
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