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A conclusão portanto é, para a cadeia, de que não há caminho possível
fora do enfoque estratégico voltado para o lucro, agregado a estratégias
mercadológicas baseadas em valor, num processo sistêmico de gerenciamento
proativo nas decisões. Decisões “do que” e “em qual quantidade” produzir;
“para quem” vender e “a que nível” de preços e custos incorridos fazê-lo.
Corrobora com esta conclusão a Tabela 7 que, juntamente com a Figura
4 demonstram o forte crescimento da cana de açúcar, no Brasil, da área
plantada, da produção e da produtividade, desde a safra 1990/91 até a
2004/05, com os respectivos índices, tendo como base 100 a safra 1990/91.
Tabela 7 - Área colhida, produção e produtividade por hectare da cana de açúcar no
Brasil, da safra 1990/91 até a 2004/05.
Área Produção Produtividade
Safra
Mil ha Índice Milhões t Índice t/ha Índice
1990/91 4.270,9 100,0 262,6 100,0 61,4 100,0
1991/92 4.210,9 98,6 260,8 99,3 61,9 100,8
1992/93 4.201,3 98,4 271,4 103,3 64,6 105,2
1993/94 3.863,3 92,0 244,3 93,0 63,2 102,9
1994/95 4.344,5 101,7 292,1 111,2 67,2 109,5
1995/96 4.565,5 106,9 303,6 115,6 66,5 108,3
1996/97 4.827,3 113,0 325,9 124,1 67,5 109,9
1997/98 4.878,4 114,2 329,0 125,3 67,4 109,8
1998/99 4.756,9 111,4 337,4 128,5 70,9 115,5
1999/00 4.451,1 104,2 316,9 120,7 71,2 116,0
2000/01 4.351,3 101,9 309,8 118,0 71,2 116,0
2001/02 4.973,3 116,5 345,9 131,7 69,6 113,4
2002/03 5.054,9 118,4 360,7 137,4 71,4 116,3
2003/04 5.334,0 124,9 389,9 148,5 73,1 119,1
2004/05 5.459,8 127,8 398,3 151,7 73,0 119,0
Fonte: IBGE, Orplana, Única, Baccarin, 2005
Os crescimentos dos respectivos índices, em base geométrica, no
período colocado, são os seguintes: 1,65% para a área cultivada (em
hectares), 2,82% para a produção (em toneladas) e 1,17% para a produtividade
(em t/ha).
Já no período do presente estudo, da safra 2000/01 à 2004/05, os
índices têm as seguintes evoluções: 4,64% para a área cultivada, 5,15% para a
produção e 0,50% para a produtividade. Esta evolução mostra como
efetivamente o setor produtivo respondeu fortemente à demanda pela matéria-
prima cana de açúcar, sem, entretanto, ter a correspondente possibilidade de
se apropriar da rentabilidade que deveria, afinal, ser o objetivo principal.