
O Estado do Piauí
Situado entre 2º 44' 49" e 10º 55' 05" de latitude sul e entre 40º 22' 12" e 45º 59' 42"
de longitude oeste, o Estado do Piauí limita-se com os Estados do Ceará e
Pernambuco a leste, com o Estado da Bahia ao sul e sudeste, com o Estado de
Tocantins a sudoeste, com o curso do rio Parnaíba demarcando a fronteira com o
Estado do Maranhão a oeste, e no seu reduzido litoral (60 km de extensão) ao
norte, com o oceano Atlântico. Ocupando 252.378 km
2
(16,2 %) dos 1.548.672 km
2
que constituem a região Nordeste do Brasil, é o terceiro maior Estado nordestino,
inferior apenas à Bahia e ao Maranhão, e o décimo Estado brasileiro, respondendo
por 2,9 % do território nacional.
O relevo piauiense abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas às
margens do rio Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a parte central e norte
do Estado. Ao longo das fronteiras com o Ceará, Pernambuco e Bahia, nas
chapadas de Ibiapaba e do Araripe, a leste, e da Tabatinga e Mangabeira, ao sul,
encontram-se as maiores altitudes da região, situadas em torno de 900 metros de
altitude. Entre essas zonas elevadas e o curso dos rios que permeiam o Estado,
como, por exemplo, o Gurguéia, Fidalgo, Uruçuí Preto e o Parnaíba, encontram-se
formações tabulares, contornadas por escarpas íngremes, resultantes da ação
erosiva das águas.
Em decorrência de sua posição, o Estado do Piauí caracteriza-se, em termos
fisiográficos, como uma típica zona de transição, apresentando, conjuntamente,
aspectos do semi-árido nordestino, da pré-Amazônia e do Planalto central do Brasil.
Refletindo as condições de umidade das diversas zonas, as regiões ecológicas
distribuem-se em faixas paralelas, com a caatinga arbórea e arbustiva
predominando no sudeste, a floresta decidual no Baixo e Médio Parnaíba, cerrado e
cerradão, no centro-leste e sudoeste e as formações pioneiras de restinga, mangue
e aluvial campestre, na zona litorânea. Dentre as paisagens vegetais, destacam-se
os cocais, com seus exemplares de babaçu, carnaúba, buriti, e tucum, encontrados
na região da floresta decidual, nos vales úmidos e nas áreas alagadiças,
sustentando a atividade extrativa de significativa importância para o Estado.
Enquanto os Estados do Nordeste oriental contam com apenas um rio perene, o
São Francisco, com aproximadamente 1.800 km dentro de seus territórios, o Piauí
conta com o rio Parnaíba e alguns de seus afluentes, entre eles o Uruçuí Preto e o
Gurguéia que, somando-se seus cursos permanentes, ultrapassam 2.600 km de
extensão. O Estado conta ainda com lagoas de notável expressão, tais como a de
Parnaguá, Buriti e Cajueiro, que vêm sendo aproveitadas em projetos de irrigação e
abastecimento de água na região.
A perenecidade dos rios piauienses, entretanto, encontra-se ameaçada. Os rios
sofrem intenso processo de assoreamento, sempre crescente, em decorrência do