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(CFSPC) e pelo Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). Segundo o
ofício:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
a fase de intensa reorganização do trabalho processada do país no ultimo
decênio veio salientar, de uma parte, as grandes e reais possibilidades da
gente brasileira na conquista de novos objetivos, de novas forma e de
novos métodos de produção; de outra parte, veio evidenciar, no entanto,
que essa reorganização, para completo desenvolvimento, como o sentido
de coordenação que lhe é indispensável, esta a carecer do estudo, da
divulgação e do ensino sistemático dos problemas de administração, nos
mais variados níveis e setores de aplicação.
É fato incontestável, colido da experiência dos tempos modernos, que
a disciplina do trabalho produtivo esta sujeita a princípios racionais, que o
homem pode conhecer e aplicar para mais seguras realizações de
eficiência e harmonia social: mais é fato, também inegável, que tais
princípios, alem de complexos, não admitem formas universais, exigindo,
para perfeita aplicação em cada caso, o exame acurado de determinadas
condições do meio social (...)
Seria injusto desconhecer que já se tem realizado em nosso país com
esses altos propósitos e esse sentido, graças a situação direta do Estado, a
colaboração, nunca recusada, das grandes empresas de produção e apoio
geral do grande público. Os esforços pela racionalização dos serviços
públicos; a introdução dos processos de organização menos empíricos, no
trabalho em geral; a compreensão dos benefícios da produção organizada,
com a conseqüente elevação do padrão de vida do trabalhador, o qual se
poderá esperar, por isso mesmo, mais perfeita produção e maior
capacidade de consumo; a revisão, enfim, dos objetivos e dos meios de
trabalho tanto nos seus aspectos propriamente técnicos quanto nos de
sentido social – tudo veio mudar, em poucos anos, a situação da vida
brasileira. (...)
È notório o esforço de órgãos do estado, e de empreendimentos
particulares, no sentido da procura das melhores e mais eficientes
soluções para algumas dessas importantes questões; a revisão dos moldes
administrativos, a formação e aperfeiçoamento de pessoal, a padronização
de material, a orientação e a seleção profissional. Todo esse já notável e
patriótico esforço vem sendo empregado, no entanto, em tentativas
dispersas que, pela natureza mesma das circunstancias em que se
processam, hão de produzir, nalguns pontos, evidente conflito. Mas, ainda
que isso não ocorresse, são elas de modo geral, pouco econômicas, quer
pela repetição de experiência, nem sempre frutuosas, quer pela
manutenção de custosos serviços de estudo, de caráter permanente; quer
ainda pela ausência de maiores e naturais entendimentos entre os órgãos a
administração publica e de empresa privadas, dos quais a experiência
comum, se devidamente documentada e elaborada, poderia fornecer bases
para realizações de grande eficiência e de maior segurança nos
resultados(...). O mais simples exame da questão leva a concluir pela
necessidade de uma organização em que colaborem os órgãos da
administração publica, os de caráter autárquico e paraestatal, os governos
estaduais e municipais, os estabelecimentos de economia mista e, ainda,
as grandes empresas particulares, todos neste momento interessados na