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faculdade, foram da faculdade. Então na área de literatura, lingüística mas só na parte de inglês,
professores de lingüística mesmo, aplicada, trabalhava com o português era cruel, é um dos que
eu jamais quis ser igual e depois eu terminei o curso acho que só nessa parte, nisso é que
adiantou alguma coisa aí já fui trabalhar numa franquia em que os ex-professores eram
fantásticos também, e a metodologia era muito boa, então por isso é que eu digo que foram eles
que são responsáveis por esse trabalho, e paralelo a isso aos cursos que as franquias dão, eles
têm uma preocupação enorme com o professor estar tendo, sempre reciclando, eles por isso, eles
davam muitos cursos, além do que era dado na fundação, eles faziam, a própria escola estava
sempre dando cursinhos, seminários, palestras, e isto fazia crescer muito os profissionais, (...) a
favor da imagem deles, né, mas conseqüentemente a gente está crescendo, agora uma outra
coisa que me fez crescer muito, e que não tinha nessa pergunta, e que eu acho que chegar até o
nível profissional que nós estamos, foi a exposição a níveis bastante variados, ao mesmo tempo
eu tinha que aprender 12 níveis diferentes, aprender, não, praticar, porque eu já tinha aprendido
no cursinho que eu tinha feito e na faculdade eu tinha aprofundado um pouco mais, mas eu tinha
que revisar, aperfeiçoar, prá poder transmitir para os alunos, acho que um dos maiores fatores
para esse conhecimento foi essa exposição, seguido primeiro dos professores, os cursos que as
franquias ofereciam, e essa exposição diferenciada a livros didáticos.
P – E a graduação?
P2 - Pouco, pouco porque nós temos profissionais, eu mesma, quando eu saí de uma escola onde
eu era coordenadora, eu deixei uma candidata fantástica, ela não tem curso superior, mas
fantástica a menina, ou seja, prá ela a graduação só tá fazendo falta no aspecto salarial, porque
ela mesmo, por exemplo, ela quando chegou de Curitiba ela não pode prestar concurso prá
fundação, ela não pode prestar outro concurso, mas ela tem o mesmo conhecimento que nós
temos. Então ajudou neste aspecto só, e de te amparar legalmente prum concurso. E foi o
último. Eu formei em inglês/português, numa universidade federal, e naquela ocasião o curso
era tido como muito bom, e eu ainda vou falar uma coisa, eu acho que eu aprendi mais
português do que inglês na faculdade.
P1 - Comigo acontecia também acho a mesma coisa. Assim, meus professores eram muito bons,
porém a minha turma era muito fraca, então da turma toda tinha eu e mais duas ou três pessoas
que falavam inglês, então o que que a professora ia fazer, ela ia dar um texto prá gente
interpretar, comentar alguma coisa, ou ela ia ensinar o verbo to be, que eles não sabiam nem
verbo to be. Então apesar da professora ser muito boa, dos professores serem muito
competentes, eles tinham que ficar ensinado eles, então o que que ela fazia, ela me dava a lista,
eu assinava, “Pode ir embora professora? – Pode”. Então no curso de Letras mesmo o que eu
aproveitei muito foi o português, que também era muito interessante, as aulas de psicologia, que
depois do terceiro período, aí sim que a gente começava a estudar o aluno, que não é só o que
ele chega, que tudo interfere, (...) porque eu aprendi muito também nessas aulas de psicologia ...
Por isso que eu coloquei em 5° lugar, eu não coloquei em último lugar também.
P2 - que eu esqueci e ela tem razão, inclusive foi uma das matérias que eu me encantei, cheguei
a pensar em fazer psicologia depois.
P - Vocês acham que palestras, discussões, que essas coisas são interessantes? Porque a gente se
fecha muito dentro da LE mesmo, né? A gente fica muito nessa do método, a técnica, e a gente
esquece que tá dentro da educação, que é maior, e a gente acaba que não faz essas discussões.
P1 - A gente fica muito assim, eu acho também, o método, o conteúdo, a gramática, a gente
ensina, se o aluno aprendeu, bem, se não, ah, vamos passar prá próxima, que eu tenho que
pensar no próximo conteúdo, e a gente esquece essa parte.