Dessa maneira, inviabilizava-se a autonomia, criatividade e a democracia
dos processos educativos. Isso ocorria porque a tendência tecnicista
fundamentava-se no positivismo, na racionalidade, eficiência e eficácia e
produtividade. Foi construída sobre os alicerces do pensamento newtoniano-
cartesiano, e, era, também, fragmentada e mecanicista (Behrens, 2000, p. 51).
Nessa abordagem de ensino não havia o direito da dúvida, pois os conhecimentos
estavam acabados, determinados. Não havia a possibilidade de erro, o que para
Morin (2003, p. 23) é uma concepção errônea, pois toda forma de conhecimento
está sujeita ao risco de erro, porque o conhecimento não é um espelho do mundo
externo, e pode estar sujeito a inúmeros erros de percepção.
O professor da escola tecnicista tinha, conforme Behrens (2000, p. 52) tinha
sua prática pedagógica fundamentada na transmissão e reprodução do
conhecimento. O mesmo tornou-se um modelador de alunos, exigindo
comportamento impecável, que primava pela ordem. Era, também, um técnico de
sistemas instrucionais, selecionando, organizando e transmitindo meios eficientes
para assimilação dos conteúdos. Dessa forma, o aluno da escola tecnicista nada
mais era que um mero executor de tarefas ordenadas. Para Mizukami (1986, p.
31) aos alunos caberia o controle do processo de aprendizagem, um controle
científico da educação, e o seu desempenho deveria ser maximizado. Dentro
dessa perspectiva, a relação entre professor aluno ficava extremamente limitada,
pois nenhum dos agentes do processo educacional tinha liberdade. As relações
eram estruturadas e objetivas, o professor deveria transmitir os conteúdo de forma
eficiente e os alunos deveriam aprendê-lo, fixando e repetindo as informações
Libâneo (1986, p. 30). A escola tecnicista tinha se transformado em uma mera
máquina de transmitir conhecimentos, e o aluno sem nenhuma possibilidade ação
autônoma e consciente se tornara acrítico, passivo, receptivo e ingênuo.
A metodologia de acordo com Croce (sem data, p. ) enfatizava o produto
final que era formar um aluno competente e útil para o sistema. O ensino era
rígido, mecânico e repetitivo, sempre buscando formar indivíduos modelos.
Miranda (Qual a data???, p. 22) comenta pertinentemente a metodologia da
educação tecnicista afirmando que: