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ser escolhida para o uso da calculadora, mas os entrevistados deixam claro que
com as classes com menos alunos o trabalho é melhor e rende mais.
Já Eduarda não se importa com o número de alunos: “Não tenho critério
algum, não olho comportamento, número de alunos, etc. Serve qualquer uma”.
Joana prefere número menor de alunos para um rendimento melhor:
“Normalmente o critério que utilizo, dependendo da sala, é em quantos alunos
agrupar; dependendo da sala, muitos alunos no mesmo grupo, o trabalho não
rende; quanto ao número de alunos por calculadora, o ideal seria, se possível, o
máximo dois”.
Marcela revela que não se preocupa com critérios na seleção:
[...] utilizo para todas as salas de aula, não importa o
comportamento ou o número de alunos na sala, pois, quando
temos uma aula diversificada, a participação e o
comprometimento é maior; com relação ao número de alunos por
calculadora, acredito que o ideal seria uma por aluno, se não for
possível pode ser em dupla, equipe, tudo bem.
Esta visão dos depoentes professores quanto aos critérios de seleção, em
relação ao número de alunos por sala e calculadora, comportamento, etc. é
compartilhada pelos sujeitos pesquisadores, conforme seus relatos.
Patrícia comenta:
Eu acho que no caso da calculadora é melhor individual, mas se
não der, daí o professor tem que organizar a atividade com o que
tiver, os alunos podem passar um para o outro, porque a atividade
não é só com a calculadora, a calculadora é usada para investigar
e explorar uma determinada atividade, independente de conteúdo,
é a abordagem que tem que ser cuidada e para mim a melhor
abordagem é a investigativa: situações que convidem o aluno a
explorar, levantar conjecturas, testá-las, etc. O número de alunos
por máquina depende da forma como o professor organiza a sala
de aula, se tem uma máquina para 10 estudantes, tem que pensar
numa atividade em que isso seja possível, se cada aluno tiver
uma, daí ele vai ter mais chances de testar mais coisas, mas se
não tiver o professor tem que ser criativo, o professor é
fundamental, se não souber conduzir a aula, não vai acontecer
nada.
Para Patrícia, quando o professor não atinge as condições necessárias
para uma atividade de investigação com a calculadora, cabe a ele administrar da