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Máquinas e
Acidentes de Trabalho
Coleção Previdência Social
Volume 13
René Mendes
Com a colaboração técnica da professora doutora Elizabeth Costa Dias, engenheiro Paulo
Henrique Barros Silva e doutora Dalva Aparecida Lima, dentre outros.
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© 2001  Ministério da Previdência e Assistência Social
Ministério do Trabalho e Emprego
Presidente da República: Fernando Henrique Cardoso
Ministro da Previdência e Assistência Social: Roberto Lúcio Rocha Brant
Secretário de Previdência Social: Vinícius Carvalho Pinheiro
Diretor do Departamento do Regime Geral de Previdência Social: Geraldo Almir Arruda
Ministro do Trabalho e Emprego: Francisco Dornelles
Secretária de Inspeção do Trabalho: Vera Olímpia Gonçalves
Diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho: Juarez Correia B. Júnior
Tiragem: 10.000 exemplares
Edição e Distribuição:Ministério do Trabalho e Emprego  MTE
Secretaria de Inspeção do Trabalho  SIT
Esplanada dos Ministérios, Bloco F, Ed. Anexo, Ala B,
1º Andar  Brasília/DF  CEP: 70059-902
Tel.: (0xx61) 224-7312  Fax: (0xx61) 226-9353
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Impresso no Brasil/Printed in Brazil
É permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação  CIP
Biblioteca. Seção de Processos Técnicos  MTE
M297 Máquinas e acidentes de trabalho.  Brasília : MTE/SIT; MPAS, 2001.
86 p. (Coleção Previdência Social; v. 13)
Estudo desenvolvimento pelo prof. René Mendes, por solicitação da
Secretaria de Previdência Social(SPS/MPAS), com o apoio do Banco
Mundial e PNUD. Contou com parcerias do setor privado, órgãos públi-
cos, em especial, o Ministério do Trabalho e Emprego, FUNDACENTRO
e Ministério da Saúde.
Contém bibliografia.
1. Acidente de trabalho, máquina, Brasil. 2. Segurança do Trabalho,
Brasil. 3. Equipamento industrial, segurança, Brasil. I. Brasil. Ministério da
Previdência e Assistência Social (MPAS). II. Brasil. Secretaria de Previdência
Social (SPS). III. Brasil. Secretaria de Inspeção doTrabalho (SIT). IV. Série.
CDD  341.617
ISBN 85-88219-12-3
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SUMÁRIO
Apresentação ...................................................................................................................... 5
Prefácio I ............................................................................................................................ 7
Prefácio II .......................................................................................................................... 9
Introdução........................................................................................................................ 11
1. A Importância do Problema ...................................................................................... 13
2. Metodologia Utilizada ................................................................................................ 14
3. Achados e Discussão ................................................................................................... 17
3.1. Identificação do Maquinário Obsoleto ou Inseguro de mais Elevada
Importância .......................................................................................................... 17
3.2. Relatório Técnico-Documental das Máquinas e Equipamentos Inseguros
ou Obsoletos mais Importantes. Discussão sobre sua Operação Segura ...... 33
3.2.1. Prensas Mecânicas .................................................................................. 33
3.2.2. Prensas Hidráulicas ............................................................................... 37
3.2.3. Máquinas Cilindros de Massa................................................................ 41
3.2.4. Máquinas de Trabalhar Madeiras: Serras Circulares .......................... 45
3.2.5. Máquinas de Trabalhar Madeiras: Desempenadeiras ........................ 47
3.2.6. Máquinas Guilhotinas para Chapas Metálicas .................................... 52
3.2.7. Máquinas Guilhotinas para Papel......................................................... 54
3.2.8. Impressoras Off-Set a Folha .................................................................. 55
3.2.9. Injetoras de Plástico ............................................................................... 62
3.2.10. Cilindros Misturadores para Borracha................................................. 73
3.2.11. Calandras para Borracha ....................................................................... 77
4. Discussão Geral, Conclusões e Recomendações .................................................... 80
5. Referência Bibliográfica ............................................................................................ 84
APRESENTAÇÃO
Segundo a Organização Internacional do Trabalho, todos os anos morrem no
mundo mais de 1,1 milhão de pessoas, vítimas de acidentes ou de doenças relaciona-
das ao trabalho. Esse número é maior que a média anual de mortes no trânsito (999
mil), as provocadas por violência (563 mil) e por guerras (50 mil).
No Brasil, os números são alarmantes. Os 393,6 mil acidentes de trabalho verifi-
cados em 1999 tiveram como conseqüência 3,6 mil óbitos e 16,3 mil incapacidades
permanentes. De cada 10 mil acidentes de trabalho, 100,5 são fatais, enquanto em
países como México e EUA este contingente é de 36,6 e 21,6, respectivamente.
Os acidentes de trabalho têm um elevado ônus para toda a sociedade, sendo a
sua redução um anseio de todos: governo, empresários e trabalhadores. Além da ques-
tão social, com morte e mutilação de operários, a importância econômica também é
crescente. Além de causar prejuízos às forças produtivas, os acidentes geram despesas
como pagamento de benefícios previdenciários, recursos que poderiam estar sendo
canalizados para outras políticas sociais. Urge, portanto, reduzir o custo econômico
mediante medidas de prevenção.
Nesse contexto, destaca-se o problema das máquinas e equipamentos obsoletos
e inseguros, responsáveis por cerca de 25% dos acidentes do trabalho graves e
incapacitantes registrados no País, objeto de estudo realizado pelo professor doutor
René Mendes e colaboradores, publicado neste Volume 13 da Coleção Previdência Social.
Este estudo foi desenvolvido por solicitação da Secretaria de Previdência Social  SPS/
MPAS, com o apoio do Banco Mundial e do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento  PNUD. Ademais, contou com parcerias do setor privado e de ou-
tros órgãos públicos que atuam no campo da saúde e segurança dos trabalhadores, em
especial, o Ministério do Trabalho e Emprego, a Fundação Jorge Duprat Figueiredo
de Segurança e Medicina do Trabalho  FUNDACENTRO e o Ministério da Saúde,
sem os quais esta publicação não teria sido possível.
Este trabalho pode ser considerado como a primeira tentativa abrangente e
aprofundada que se faz, no Brasil, para ampliar a compreensão da complexa proble-
mática provocada pela utilização e comercialização de máquinas inseguras ou obsole-
tas. A operação dessas máquinas está associada à incidência de acidentes do trabalho
graves e incapacitantes, com óbvios impactos na saúde e no bem-estar dos trabalhado-
res e no Seguro Social.
Com esta publicação, busca-se abordar um aspecto do problema, melhorando
sua compreensão e procurando encontrar estratégias que possam ser eficazes no to-
cante à questão da utilização segura de maquinário.
ROBERTO BRANT
Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social
Brasília, novembro de 2001
PREFÁCIO I
O Ministério da Previdência e Assistência Social, com a publicação deste trabalho
do professor doutor René Mendes, dá uma grande contribuição para o estudo da
infortunística do trabalho. Além do cuidado do profissional interessado e competente,
ele introduz um novo conceito na discussão da prevenção de acidentes do trabalho: a
modernização do equipamento e do próprio ambiente do trabalho.
Quando foi lançado, em 1990, o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtivi-
dade tinha o propósito de preparar a indústria brasileira para a competição internacio-
nal que decorreria da abertura do nosso mercado para o mundo. A preocupação era,
então, com a qualidade do produto, com a engenharia da produção, com os sistemas
de produção, com a introdução dos conceitos de ISO 9000 ou de qualidade total. As
certificações passaram a ser uma preocupação a mais nas organizações industriais: os
processos de reengenharia, de identificação dos objetivos próprios das empresas, especiali-
zando funções e terceirizando os serviços não-essenciais. Para isso, foi necessária a mu-
dança de conceitos de administração: não bastava descrever como fazer, mas era preciso
ensinar como fazer; não bastava ensinar como fazer, mas era preciso a parceria do
empregado para se comprometer com o controle da qualidade. E a qualidade do pro-
duto pressupunha a qualidade de saber fazê-lo com segurança e sem acidentes. A
responsabilidade pela prevenção de acidentes saiu do âmbito restrito e impessoal dos
serviços especializados e foi para o chão da fábrica.
A modernização desses ambientes de trabalho acabou transferindo o problema
sobre quem é o responsável pela segurança do trabalho. A disponibilidade dessas
máquinas usadas, substituídas pelas mais modernas, gerou uma oferta maior daqueles
equipamentos no mercado de usados. Como o comércio não está comprometido com
processos de prevenção de acidentes na indústria, e como não há meios legais de
comprometê-lo para isso, o problema saiu do ambiente industrial, que tinha recursos
e que praticava sistemas preventivos, para um ambiente mais pobre, quando não informal,
não acostumado com práticas prevencionistas e, pior que isso, utilizando máquinas
obsoletas e perigosas.
Eis a questão. Para se induzir a modernização, existem estímulos e incentivos
para aquisição de máquinas novas e mais modernas, inclusive com juros subsidiados e
com renúncia fiscal (como a depreciação acelerada). Mas nenhuma preocupação com
a colocação no mercado de máquinas velhas e obsoletas, transferindo o problema, de
uma forma mais agravada, para o mercado, ou melhor, para a sociedade civil pagar a
conta. A operação das máquinas obsoletas, geralmente mais perigosas e menos produti-
vas, acaba ficando sob a responsabilidade do empresário, que, nesse caso, é o pequeno
ou o microempresário, que não é afeito a práticas prevencionistas, que não é obrigado a
ter serviço especializado e, quando muito, terá um empregado para fazer as vezes de
CIPA. Isto sem se considerar que se está mantendo em funcionamento um equipa-
mento sem produtividade nem competitividade, que deveria ser desativado.
Ao identificar a estreita relação entre a tecnologia obsoleta e o risco para a
segurança do trabalhador, o professor doutor René Mendes levanta uma nova abor-
dagem, muito mais complexa, para o encaminhamento das discussões quanto às for-
mas de política de financiamento industrial para o desenvolvimento econômico, vis-à-
vis os problemas e as implicações para prevenção de acidentes do trabalho.
RONALD CAPUTO
Gerente do Projeto 8 do Programa Brasileiro
de Qualidade e Produtividade  PBQP
PREFÁCIO II
O acidente de trabalho é um dos principais focos de atenção do Ministério do
Trabalho e Emprego. Preveni-lo, evitá-lo, eliminar a possibilidade de sua ocorrência
são nossas prioridades. Um acidente de trabalho causa sofrimentos à família, prejuízos
à empresa e ônus incalculáveis ao Estado. Tais eventos não devem ocorrer, essa é uma
de nossas regras fundamentais. Um acidente começa muito antes da concepção do
processo de produção e da instalação de uma empresa. O projeto escolhido, as máqui-
nas disponibilizadas e as demais escolhas prévias já influenciam a probabilidade de
acidentes de trabalho. Quando os defeitos são intrínsecos aos sistemas sociotécnicos, é
muito mais difícil e dispendioso. Dessa forma, se a prevenção se funda e se inicia ainda
na fase de concepção de máquinas, equipamentos e processos de produção, a ação de
prevenção flui com muito mais facilidade e os acidentes se tornam eventos com redu-
zida probabilidade de ocorrência.
A prevenção focada na fase de concepção de máquinas e equipamentos foi
desencadeada, pela primeira vez, no Ministério do Trabalho e Emprego no ano de
1993. Naquela ocasião, foram negociadas, de forma tripartite, mudanças no projeto e
na fabricação de motosserras, incluindo vários itens de segurança. Tal negociação refluiu
para a Norma Regulamentadora 12, que desde então proíbe a comercialização de tais
equipamentos desprovidos de seus dispositivos de segurança. Outros equipamentos
foram objeto de ações positivas do MTE, como o cilindro de massa e as prensas injetoras.
É nesse sentido, o de incentivar a concepção e a produção de máquinas seguras,
que caminha o trabalho do professor doutor René Mendes. Encomendado pelo Mi-
nistério da Previdência e Assistência Social, preocupado com o elevado custo dos aci-
dentes decorrentes de máquinas e equipamentos, posto que grande número deles
causa incapacidade total ou parcial permanente, gerando benefícios que são manti-
dos por até 60 anos, o trabalho está sendo por nós publicado dentro do Projeto 8 do
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade  PBQP Financiamento para a
Melhoria das Condições e dos Ambientes de Trabalho, gerenciado pelo doutor Ronald
Caputo, integrante da Comissão Tripartite Paritária Permanente  CTPP, a quem ou-
torgamos o Prefácio I. Este Projeto integra a meta mobilizadora, orientadora da ação
do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho  DSST  Reduzir as taxas de
acidentes de trabalho fatais em 40% até o ano de 2003.
Esperamos contribuir para que o País possa dispor de um parque indus-
trial mais moderno e seguro!
JUAREZ CORREIA BARROS JÚNIOR
Diretor do Departamento de Segurança e
Saúde no Trabalho  DSST
10
Coleção Previdência Social  Volume 13
11
Máquinas e Acidentes de Trabalho
INTRODUÇÃO
Este estudo foi desencadeado pela constatação da enorme importância social e
econômica dos acidentes do trabalho graves e mutilantes provocados por máquinas, pro-
vavelmente obsoletas e inseguras. Estudos estatísticos têm demonstrado a gravidade des-
te problema,  seja pela incidência desses acidentes, seja pela idade dos acidentados, seja
pelas suas conseqüências , medida pela incapacidade permanente produzida, geradora
dos benefícios previdenciários correspondentes. Para a Previdência Social, está implícito
o interesse por esse estudo, pelo significativo custo econômico, vis-à-vis a factibilidade
técnica da prevenção desses acidentes. Buscou-se, portanto, melhorar a compreensão a
respeito da natureza do problema, a fim de encontrar estratégias que pudessem ser efica-
zes no seu controle, sempre levando em conta a parceria com outros órgãos públicos que
atuam no campo da Saúde e Segurança dos Trabalhadores, em especial, o Ministério do
Trabalho e Emprego, a FUNDACENTRO e o Ministério da Saúde.
Portanto, o presente estudo apresenta:
uma relação de maquinário obsoleto e inseguro, gerador de acidentes graves e
incapacitantes, em pequenas e médias empresas, sua incidência e participação no par-
que industrial brasileiro;
um relatório-técnico documental sobre máquinas e equipamentos alternativos seguros,
que contém especificações técnicas, adequação tecnológica, acordos ou negociações cole-
tivas já desenvolvidas em áreas específicas, custo e condições de aquisição;
disposições legais que favoreçam a prevenção de acidentes por meio da adequação da
base tecnológica.
Para tanto, foi empregada uma metodologia que envolveu duas etapas: uma
etapa de pesquisa documental e de informações já disponíveis e a outra etapa de in-
tenso trabalho-de-campo, em lojas de máquinas novas, em lojas de máquinas usadas,
em escolas técnicas industriais e em estabelecimentos de trabalho. Essa segunda eta-
pa, mais trabalhosa e longa, foi realizada por engenheiros-mecânicos e de produção,
com especialização em Segurança do Trabalho e/ou Ergonomia. A Tabela 1 (pág. 15)
especifica a metodologia da parte principal do estudo em função de cada objetivo
específico.
Primeiramente, foram selecionados nove tipos de máquinas ou equipamentos,
a saber: prensas; máquinas de trabalhar madeiras: serras circulares, tupias e
desempenadeiras; injetoras de plástico; guilhotinas; calandras e cilindros; motosserras;
impressoras e máquinas de descorticar e desfibrar o sisal. Esse estudo preliminar está
consolidado no Quadro 1 (págs. 19 a 32), em que para cada uma das nove máquinas e
equipamentos descrevem-se a utilização setorial e/ou geográfica predominante, a
importância como causador de acidentes graves e incapacitantes e os principais pro-
blemas relacionados com a Segurança do Trabalho.
12
Coleção Previdência Social  Volume 13
Depois foram analisados 11 tipos de máquinas ou equipamentos, a saber:
prensas mecânicas
prensas hidráulicas
máquinas cilindros de massa
máquinas de trabalhar madeiras: serras circulares
máquinas de trabalhar madeiras: desempenadeiras
máquinas guilhotinas para chapas metálicas
máquinas guilhotinas para papel
impressoras off-set a folha
injetoras de plástico
cilindros misturadores para borracha
calandras para borracha
Para cada uma das máquinas ou equipamentos selecionados, tentou-se fazer
uma análise por três ângulos:
por que são consideradas obsoletas ou inseguras; quais as alternativas
tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais;
identificação das condições em que estão sendo comercializadas máquinas
novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indica-
dos, especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo;
identificação das condições em que estão sendo comercializadas máquinas
usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indica-
dos, especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Os achados dessa etapa - resultante do trabalho de campo - estão condensados
no Relatório Técnico-Documental (Item 3.2 deste Volume), em que se utilizam 13
figuras e 24 tabelas. Trata-se da parte central e principal deste estudo.
13
Máquinas e Acidentes de Trabalho
1. A IMPORTÂNCIA DO PROBLEMA
No contexto do problema dos acidentes de trabalho no Brasil, chama a atenção
o problema dos acidentes graves e incapacitantes causados por máquinas e equipa-
mentos obsoletos e inseguros. Sobre a importância do tema, alguns aspectos vêm sen-
do observados, os quais sugerem a possibilidade/necessidade de intervenção para a
redução do problema, como, por exemplo, os seguintes:
a análise dos acidentes de trabalho registrados, por motivo ou natureza da
lesão (como organiza a CID), permite identificar os 30 códigos mais freqüen-
tes, no que se refere aos acidentes registrados em 1997. Assim, chama a atenção
que, da amostra de 72.489 acidentes que foram codificados pela CID-9, 27.371
(37,8%) referiam-se a acidentes traumáticos envolvendo as mãos dos trabalha-
dores segurados;
os vários códigos da CID-9 utilizados referem-se a termos como: ferimentos
dos dedos da mão (5.754 acidentes registrados e codificados); fratura dos
dedos das mãos (5.252); feridas dos dedos das mãos e complicações (3.776);
amputação traumática da mão (3.045); fratura aberta da mão (1.905);
fratura de punho fechada (1.775); fratura do carpo (1.280); contusão da
mão e punho (1.118); feridas das mãos e tendões (1.079); contusão dos
dedos e mãos (905); amputação traumática dos dedos das mãos (794), e
assim por diante. Não foram incluídos aqui os acidentes que produziram
ferimentos e, às vezes, amputações de antebraços e braços;
das 30 lesões mais freqüentes, no mínimo 12 são lesões traumáticas agudas
de mão ou punho. Não foram incluídas as lesões inflamatórias ou crônicas, do
tipo DORT ou LER, que se destacaram em primeiro lugar nessa estatística;
na casuística do Dr. Arlindo Pardini Júnior e seus colegas cirurgiões de mão,
de Belo Horizonte, a maioria dos acidentados é do sexo masculino, entre 20 e 45
anos de idade (...). Os equipamentos mecânicos são os principais agentes causadores....
Dos 1.000 casos analisados, 55,1% das lesões evoluíram para seqüelas, sendo
a mão dominante a mais atingida. Para eles, conclui-se que as lesões traumáticas
da mão constituem problema de grande impacto social e econômico para a empresa,
instituições previdenciárias e principalmente para o paciente. (PARDINI Jr., TAVARES
& FONSECA NETO, 1990);
trabalhando em Caxias do Sul  RS, Dr. João Fernando dos Santos Mello e
colaboradores analisaram e publicaram sua extensa casuística de 11.307
traumatismos de mão causados por acidentes de trabalho. Destacaram, tam-
bém, o predomínio de trabalhadores masculinos jovens e a alta incidência de
seqüelas graves e incapacitantes. Naquele município e região, a procedência
predominante foi da indústria metalúrgica (MELLO et al., 1993);
Dr. Ubiratan de Paula Santos e seus colaboradores, responsáveis pelo desen-
volvimento e implementação do sistema de vigilância epidemiológica para
acidentes de trabalho graves, na Zona Norte do Município de São Paulo,
14
Coleção Previdência Social  Volume 13
observaram, também, que as mãos e os dedos foram a parte do corpo mais atingida
nos acidentes de trabalho, responsáveis por 31,5% de todos acidentes analisados. Cer-
ca de 16% dos acidentes registrados foram considerados graves, com alta
incidência de contusões e fraturas (SANTOS et al., 1990).
2. METODOLOGIA UTILIZADA
O presente estudo utilizou as seguintes estratégias metodológicas:
levantamento documental e bibliográfico das informações disponíveis sobre aci-
dentes de trabalho causados por máquinas;
levantamento documental das informações disponíveis sobre máquinas obsole-
tas e inseguras, geradoras de acidentes graves e incapacitantes, em pequenas
e médias empresas, sua incidência e participação no parque industrial brasi-
leiro;
estudo técnico-documental (específico) sobre máquinas e equipamentos alter-
nativos seguros, com especificações técnicas, adequação tecnológica, custo,
condições de aquisição, bem como acordos ou negociações coletivos já de-
senvolvidos em áreas específicas;
estudo analítico do conjunto de disposições legais que favoreçam ações no senti-
do de prever acidentes, por meio de adequação tecnológica, e mapeamento de
ações e acordos já em efetivação que atuem no sentido de favorecer a troca do
equipamento obsoleto pelo mais adequado.
Na primeira etapa do Estudo, foram realizados levantamentos documentais e biblio-
gráficos em bibliotecas especializadas, principalmente na FUNDACENTRO  São Pau-
lo; FUNDACENTRO  Belo Horizonte; Escola de Engenharia da UFMG  Belo Hori-
zonte; Escola Politécnica da USP  São Paulo (Departamento de Engenharia Mecâni-
ca) e SENAI, dentre outras instituições. Nessas bibliotecas especializadas, foram
pesquisadas informações sobre máquinas obsoletas e inseguras mais freqüentemente
associadas à geração de acidentes de trabalho graves e incapacitantes.
Nessa etapa, também foram estudados catálogos e especificações técnicas sobre
máquinas e equipamentos, tanto os relativos à produção e comercialização de máqui-
nas e equipamentos novos, como os relativos à comercialização de máquinas e equipa-
mentos usados. Essa tarefa foi completada pela consulta e estudo do Banco de Dados
em Máquinas e Equipamentos  DATAMAQ da Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos  ABIMAQ.
Na segunda etapa do Estudo, foram realizadas as seguintes atividades, em fun-
ção dos objetivos definidos para esta etapa (Tabela 1):
15
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 1  Matriz Metodológica para a 2ª Etapa do Estudo
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Coleção Previdência Social  Volume 13
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17
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3. ACHADOS E DISCUSSÃO
3.1. Identificação do Maquinário Obsoleto ou
Inseguro de mais Elevada Importância
Do levantamento documental e bibliográfico, ampliado e atualizado, foram,
preliminarmente, identificados os seguintes tipos de máquinas ou equipamentos cau-
sadores de acidentes graves e incapacitantes:
estudo realizado na Zona Norte do Município de São Paulo mostrou que os
acidentes graves de mão e dedos foram causados, principalmente, por máquinas e equi-
pamentos da indústria metalúrgica. A Construção Civil e a Indústria Gráfica ali-
nharam-se, juntamente com a Indústria Metalúrgica, dentre as que causaram
o maior número de acidentes do trabalho naquela região (SANTOS e et al.,
1990);
as respostas mais completas e detalhadas, oriundas daquela mesma região do
Município de São Paulo foram obtidas pelo Engenheiro Luiz Felipe Silva, e
são descritas em sua Dissertação de Mestrado em Saúde Pública, apresentada
à Universidade de São Paulo. Estudando o problema específico dos aciden-
tes de trabalho com máquinas, o autor verificou que as máquinas foram res-
ponsáveis por 25% de todos os acidentes de trabalho graves ocorridos na
região, destacando-se em primeiro lugar as prensas, seguidas em ordem de-
crescente por máquinas inespecíficas, serras, cilindros/calandras, máquinas para
madeira, máquinas de costura, impressoras, guilhotinas, tornos, máquinas para le-
vantar cargas, esmeris, politrizes, injetoras de plástico, máquinas têxteis, dentre ou-
tras de mais baixa ocorrência (SILVA, 1995);
na produção de 196 acidentes graves com máquinas, dentre os quais, 67 ca-
sos com amputação de dedos ou mão, as prensas destacaram-se, mais uma vez,
sendo responsáveis por 36% dos acidentes seguidos de amputação. As serras,
as guilhotinas e as máquinas para madeira constituíram o grupo de máquinas
responsável pela maioria dos acidentes graves (SILVA, 1995);
as prensas foram responsáveis por 42% dos casos de esmagamento de dedos ou
mão, seguidas das impressoras e guilhotinas (SILVA, 1995);
naquela região do Município de São Paulo, as atividades econômicas que
mais se destacaram em termos de incidência de acidentes de trabalho graves
com máquinas foram, em ordem decrescente: indústria mecânica e de material
elétrico e eletrônico, indústria metalúrgica, comércio varejista, construção civil, indús-
tria de artefatos plásticos, indústria gráfica e editorial, indústria de produtos alimentí-
cios, indústria têxtil, indústria de papel e papelão e indústria da madeira (SILVA,
1995).
18
Coleção Previdência Social  Volume 13
Na experiência do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, operando máquinas que
necessitam de manutenção, que não possuem dispositivos de proteção ou que, mesmo os tendo, são
adulteradas para trabalhar mais rápido, aumentando a produção, milhares de trabalhadores foram
e continuam sendo mutilados. A falta de treinamento adequado para manipular equipamentos
também é um dos fatores que implicam mutilações. (SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE
OSASCO E REGIÃO, 1999).
Para aquele Sindicato, portanto, o problema das mutilações causadas pelas
máquinas é mais complexo, e deveria ser analisado sob quatro ângulos distintos, mas
complementares, a saber:
máquinas sem manutenção;
máquinas que não possuem dispositivos de proteção;
máquinas que possuem dispositivos de proteção, e que são adulteradas, para
trabalhar mais rápido;
falta de treinamento para manipular equipamentos.
A publicação de um relato de acidente grave em ajudante de estamparia (25 anos
de idade), que produziu amputação da mão esquerda, em decorrência de esmagamento
do antebraço na prensa, serve para mostrar adequadamente tanto a metodologia de inves-
tigação das causas básicas, como as causas propriamente ditas, exemplificando claramente a
combinação perversa entre aumento de ritmos de produção; introdução de gambiarras
para burlar sistemas e dispositivos de segurança; utilização de máquinas sem os dispositi-
vos básicos de segurança e processos operatórios inadequados, refletindo também treina-
mento insuficiente (WHITAKER, SEHIMI & MARTARELLO, 1994).
O presente estudo incorpora a compreensão ampliada do problema das máqui-
nas mutiladoras e obsoletas, porém tem seu escopo principal centrado em dois ângu-
los do problema: a existência e a utilização de máquinas perigosas por não possuírem
dispositivos de proteção ou segurança e a existência e utilização de máquinas de
tecnologia obsoleta, favorecendo, agravando ou desencadeando a condição de risco.
Prensas excêntricas, acionadas por pedais, exemplificam a combinação perversa destes
dois fatores de risco.
O Quadro 1, elaborado a partir da metodologia utilizada, enriquecida pela
entrevista com profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho, relaciona o maquinário
obsoleto e inseguro mais freqüentemente incriminado na causação de acidentes do
trabalho graves e incapacitantes em pequenas e médias empresas do parque industrial
brasileiro.
Foram identificados nove tipos ou grupos prioritários de máquinas que, na se-
gunda etapa, foram objeto de estudo detalhado e aprofundado.
19
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Quadro 1  Quadro Sinótico do Maquinário Obsoleto e Inseguro
mais Freqüentemente Incriminado na Causação de Acidentes de Trabalho
Graves e Incapacitantes, em Pequenas e Médias Empresas
do Parque Industrial Brasileiro
UOANIUQÁM
OTNEMAPIUQE
OÃÇAZILITU
UO/ELAIROTES
ACIFÁRGOEG
ETNANIMODERP
AICNÂTROPMI
RODASUACOMOC
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20
Coleção Previdência Social  Volume 13
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Máquinas e Acidentes de Trabalho
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Máquinas e Acidentes de Trabalho
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)aunitnoc(
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,aniuqámadoãçarepo
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eoãlepap,lepaped
seõçautissamuglame
.socitsálpeoruoc
acisábaigrulateM
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edoãçacirbaf
latemedsotudorp
;)82opurGEANC(
edoãçacirbaf
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ropsievásnopseR
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,sevargsetnedica
ropsodasuac
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,sodededseõçatupma
setnedicasoertned
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UO/ELAIROTES
ACIFÁRGOEG
ETNANIMODERP
AICNÂTROPMI
RODASUACOMOC
SETNEDICAED
ESEVARG
SETNATICAPACNI
SIAPICNIRP
SAMELBORP
SODANOICALER
AÇNARUGESAMOC
OHLABARTOD
edoãçacirbaf
arapsaniuqám
eoirótircse
edsotnemapiuqe
EANC(acitámrofni
;)03opurG
edoãçacirbaf
esohlerapa,saniuqám
socirtélesiaretam
;)13opurGEANC(
eoãçacirbaf
solucíevedmegatnom
,serotomotua
sairecorraceseuqober
;)43opurGEANC(
sortuoedoãçacirbaf
edsotnemapiuqe
EANC(etropsnart
;)53opurG
sievómedoãçacirbaf
aicnânimoderpmoc
EANC(latemed
.)9-21.63opurG
sedadivitasassesadoT
oãçiubirtsidalpmamêt
elanoican
mees-martnecnoc
saidémesaneuqep
.saserpme
medopseõçetorpsA
oxifopitodres
oduo,)sadireferp(
odnauq,levómopit
ededadissecenáh
edsacalpedetroc
O.oãsnemidaneuqep
arirbocélaicnesse
adotmelatnorfetrap
oãigeradoãsnetxea
oãn,animâlad
aodnazerpsed
edaicnâtropmi
àoãçetorprirefnoc
adariesartoãçes
.aniuqám
ESARDNALAC.6
:SORDNILIC
sordnilicesardnalaC
saniuqámoãs
omocsadazilitu
arignitaedotisóporp
adajesedarussepse
odaicnêüqesaarap
.ossecorp
edoãçacirbaF
,airadapedsotudorp
eairatiefnoc
oãçacirbaf;airaletsap
sahcalobesotiocsibed
4-18.51sopurGEANC(
,2-28.51e
)etnemlapicnirp
;lanoicanoãçiubirtsid
saneuqepesorcim
;saserpme
ropsievásnopseR
sosodoted%4,3
mocsetnedica
,AVLIS(saniuqám
;)5991
ropsievásnopser
sosodoted%6,6
,sevargsetnedica
ropsodasuac
,AVLIS(saniuqám
;)5991
edailímafaN
,sordnilicesardnalac
anediserocsiro
edoãiger
sodaicnêgrevnoc
edopedno,sordnilic
orevah
sadotnemanoisirpa
sodsadaçnavasetrap
;seroirepussorbmem
)aunitnoc(
28
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)oãçaunitnoc(
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OHLABARTOD
oãçanimaladaferatA
sordnilic(assamed
es-autefe)assamed
sordnilicsiodertne
oditnesmeodnarig
oeuqodnes,osrevni
éroirefniordnilic
ootnauqne,ocitátse
ametroirepus
acitsíretcarac
odrocaed,leváluger
arussepseamoc
auS.adidneterp
eoãçacilpa
oãsotnemanoicnuf
amumesodartnocne
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oãveuq,sedadivita
meohlabartoedsed
,sairednaval
,sacigrúlatem
saicítnemilasairtsúdni
saéta,ahcarrobede
sordnilic(sairadap
.)assamed
esairednaval
EANC(sairarutnit
)7-10.39opurG
,lanoicanoãçiubirtsid
saneuqepesorcim
saniuqám(saserpme
,sagufírtnec,ravaled
,savitatorsarodaces
esariedassap
.)sardnalac
adairtsúdnian...
so,oãçacifinap
mocsetnedica
saniuqám
,matneserper
,etnemadamixorpa
soinútrofnisod%07
,euqodnes,siarobal
siam,lautnecropessed
merrocoedatemad
saniuqámmoc
.assamedsordnilic
.lisarB(OIRÉTSINIM
OHLABARTOD,
.)6991
ortuoáh,essedméla
meetneserpocsir
edsopitsodanimreted
,sahlevsiamsaniuqám
omocotatnocoéeuq
ajuc,rodacesordnilic
adarutarepmet
rignitaedopeicífrepus
041a08ed
o
O.C
oãçetorpedoipícnirp
ésaniuqámsassearap
odatodaoaralimis
omsemodsartuoarap
etnemadaton,opurg
arapsaniuqámsaarap
edotnemassecorp
amrofaD.ahcarrob
a,ratnemelesiam
siamoãçadnemocer
oãçalatsniaéadacidni
euq,arrabamued
adalucitraresedop
,)oludnêpmuomoc(
aomixámonadautis
adeicífrepusadmc01
reuqlauQ.asem
bosoãmadoçnava
siodanoicaarrabasse
socirtélesovitisopsid
.rotomomarapeuq
edaicnâtsidamuáH
resaaçnaruges
adecafme,adatiepser
aniuqámadaicréni
atelpmocaarap
;sordnilicsodadarap
IIoxenAoodnuges
sordnilicso,21RNad
esodacirbafassamed
arapsodatropmi
onoãçazilaicremoc
ropsidoãrevedsíaP
setniugessod
edsovitisopsid
:açnaruges
)aunitnoc(
29
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saarapoãçetorp)a
sa(sordnilicsodsaerá
sacincétseõçacificepse
oasadaxenaoãtse
;)RNadotxet
arapsovitisopsid)b
azepmilanoãçetorp
;)medi(
acirtéleoãçetorp)c
;)medi(
sailopsadoãçetorp)d
;)medi(
.lausivrodacidni)e
SARRESSOTOM.7,arutlucivliS
elatserolfoãçarolpxe
sodanoicalersoçivres
sedadivitasassemoc
)1.20opurGEANC(
,oãçiubirtsidalpma
sanoinímoderpmoc
eetroNseõiger
;etseO-ortneC
,etnemairadnuces
sotudorpedoãçacirbaf
EANC(ariedamed
)02opurG
.lanoicanoãçiubirtsid
edoãçazilitua...
opitodsaniuqám
metarressotom
setnedicaodanoisaco
mocohlabarted
.edadivargadautneca
.lisarB(OIRÉTSINIM
OHLABARTOD,
;)4991
evlovneedadivitaa
,socsirsemrone
olepodnaçemoc
edecidníodavele
mocseõçalitum
siamedesarressotom
sodasusotnemapiuqe
eoãçartxean
adotnemaicifeneb
.ariedam
(ORTNECADNUF,
;)b89/7991
sod%34me
mocsetnedica
oãs,sarressotom
esoãmsodignita
sod%83;soçarb
samegnitasetnedica
%8,sépso%6;sanrep
o%5e,ecafeaçebac
.)6991,AHSO(ocnort
ºnbTMairatroPA
,39.21.8ed,374.1
oãssimoCauiutitsni
levásnopseretitrapirT
sadidemroporprop
sadairohlemarap
ohlabartedseõçidnoc
edosuon
.sarressotom
adIoxenAoodnugeS
sarressotomsa,21RN
esadacirbaf
arap,sadatropmi
onoãçazilaicremoc
ropsidoãreved,síaP
setniugessod
edsovitisopsid
:açnaruges
edlaunamoierf)a
;etnerroc
;etnerrocageponip)b
oãmadrotetorp)c
;atierid
oãmadrotetorp)d
;adreuqse
açnarugesedavart)e
.rodarelecaod
)aunitnoc(
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sorvil,satsiver,sianroj
sotudorpsortuoede
opurGEANC(socifárg
:)1.22
soçivreseoãsserpmi
soriecretarapsoxenoc
,sianrojedoãsserpmi(
,sorvil,satsiver
eralocselairetam
sosuaraplairetam
;laicremocelairtsudni
sortuoedoãçucexe
)socifárgsoçivres
.)2.22opurGEANC(
sedadivitasassesadoT
alpmamêt
acifárgoegoãçiubirtsid
.síaPon
megiroedsocsirsO
-martnecnocacinâcem
edoãigeranes
alep,oãsserpmi
edsanozedoãçamrof
mumoc,aicnêgrevnoc
ednosomsinacemson
mesordnilicáh
,otnatroP.oãçator
eseõigersassen
meetnemlapicnirp
edsotnemom
erbosoãçnevretni
edocsiroáh,sale
eotsarra
ertneotnemagamse
;solorsoesordnilicso
eotnemahlasic
solepseuqohc
somsinacem
,setnerroc(
)sarodatropsnart
sanetnemlapicnirp
oãçatnemilaedsaferat
.sahlofedadaritere
medroedsocsirsO
esoãnacinâcem
sedadivitasàmatimil
sam,oãçarepoed
sanoduterbos
soçivressodseõçucexe
azepmil,megalugered
edohlabarte
ertneD.oãçnetunam
sadidemsa
edsiatnemadnuf
:es-meulcni,oãçneverp
odotnemidepmi)a
edseõigersàosseca
sodaicnêgrevnoc
alep,sordnilic
sarrabedoãçacilpa
;saxif
)aunitnoc(
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OHLABARTOD
saerásadarutreboc)b
,laudiserossecaed
sarierrabmoc
seratnemelpmoc
sessE.)ocilírca,salet(
ametimrepserotetorp
edaicnêtsixe
soicífirouosnegassap
edoãçudortniaarap
oãn,satnemarref
oodnatilibissop
reuqlauqedossergni
.oprocodetrap
sotnemelesosodoT
aniuqámadsievóm
,serovrá,setnerroc(
meved)sneganergne
ropsotrebocres
euqsoxifserotetorp
soaossecaomaçepmi
.somsem
EDSANIUQÁM.9
ERACITROCSED
LASISORARBIFSED
edsedadivitA
sodanoicalersoçivres
arutlucirgAamoc
;)9-16.10EANC(
edotnemaicifeneb
sietxêtsarbifsartuo
-91.71EANC(siarutan
.)1
oãtsesedadivitasassE
seõigermesetneserp
earutluced
odotnemaicifeneb
siauqsa,lasis
memanimoderp
esiarursanoz
soipícinumsoneuqep
oãigeRadsodatsesod
.etsedroN
mocsetnedicasO
sabíarapsaniuqám
sodmumeutitsnoc
siamsolpmexe
,socigártesodicehnoc
mocsodaicossa
euq,sevargseõçalitum
oãçatupmameulcni
.soçarbetnaesoãmed
edrotesoaadatlov...
ojuc,lasis
éotnemaicifeneb
muroplevásnopser
secidníseroiamsod
soãmedoãçalitumed
.sesíapsosodoted
(ORTNECADNUF,
.)a89/7991
mêv4891edseD
sodivlovnesedodnes
ORTNECADNUFalep
edsovitisopsid
edacobanoãçetorp
adoãçatnemila
edabíarapaniuqám
rarbifsederacitrocsed
satnitsidmoc,lasiso
.seõçarugifnoc
a...“ORTNECADNUF
7991meuojenalp
oãçaavonamu
edrotesoaadatlov
.)...(lasis
)aunitnoc(
32
Coleção Previdência Social  Volume 13
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a,08edadacédaN
ORTNECADNUF
muuevlovnesed
edovitisopsid
resarapoãçetorp
edacobanodacoloc
adoãçatnemila
rarbifsededaniuqám
euq,lasiso
aivloseretnemacitarp
asaM.amelborpo
ededadlucifid
aniuqámarajenam
,ovitisopsidomoc
airésimàadaicossa
sodamertxe
essenserodahlabart
aeuqmoczefrotes
essofoãçetorp
aarogA.adanodnoba
siamriéatsoporp
,amelborponodnuf
mocairecrapme
rop,sedaditnesartuo
otejorPodoiem
oarapodargetnI
adotnemivlovneseD
airtsúdniorgA
eseuq,arielasiS
radutseaeõporp
samelborpsoedsed
éta,socimônoceoicos
aarapsosusovon
.arbif
(ORTNECADNUF,
.)a89/7991
33
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2. Relatório Técnico-Documental das Máquinas e
Equipamentos Inseguros ou Obsoletos mais
Importantes. Discussão sobre sua Operação Segura
3.2.1. Prensas Mecânicas
3.2.1.a. Por que são consideradas obsoletas ou insegurase quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Prensa excêntrica com embreagem a chaveta
Uma máquina dotada desse tipo de embreagem está sujeita à ocorrência do
repique, por uma falha mecânica nesse dispositivo. Há a descida da mesa móvel
como se ela tivesse sido acionada, podendo provocar acidentes graves envolvendo as
mãos do trabalhador, por exemplo, na retirada ou colocação de material para prensar.
Esse risco é aumentado quando não há um programa de manutenção adequa-
do para o equipamento.
Por isso, a Convenção Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condições de
Trabalho em Prensas Mecânicas e Hidráulicas (SINDICATO DOS METALÚRGICOS
DE SÃO PAULO e outros, 1999) define como obrigatória, para esse tipo de máquina,
a adoção de recursos que garantam o impedimento físico ao ingresso das mãos do
operador na zona de prensagem, dentre eles:
ferramenta fechada;
enclausuramento da zona de prensagem, com fresta que permita apenas o
ingresso do material, e não da mão humana;
mão mecânica;
sistema de gaveta;
sistema de alimentação por gravidade e remoção pneumática;
sistema de bandeja rotativa (tambor de revólver);
transportador de alimentação ou robótica.
Prensa excêntrica com embreagem tipo freio/fricção
Nesse tipo de máquina, pode haver riscos relacionados ao tipo de acionamento
adotado. No acionamento por pedais, as mãos ficam livres para o acesso à zona de
prensagem, podendo haver acidente por um movimento descoordenado, ou até mes-
34
Coleção Previdência Social  Volume 13
mo por um esbarrão. No acionamento por botoeira simples (há um botão de
acionamento), uma das mãos fica livre para o acesso à zona de prensagem.
O uso de comando bimanual (o operador tem de pressionar dois botões simul-
taneamente para haver a prensagem). Esse tipo de equipamento torna o risco de
acidente substancialmente menor, desde que tal sistema de acionamento seja ade-
quadamente projetado e executado. Faz-se necessária a instalação de tantos coman-
dos bimanuais quanto o número de trabalhadores que operam simultaneamente a
prensa.
Uma cortina de luz (sistema de proteção baseado em feixes e sensores ópticos
que interrompe ou impede a prensagem quando a mão ou outra parte do corpo adentra
a zona de prensagem) eleva ainda mais o nível de segurança do equipamento, prote-
gendo, inclusive, terceiros contra acidentes. Barreiras móveis, que interrompem ou
impedem a prensagem quando abertas (interbloqueio) produzem o mesmo efeito.
Na Inglaterra, o uso de comando bimanual em prensas com qualquer tipo de
embreagem é proibido, salvo acompanhado por outros dispositivos de segurança. Na Suécia,
por outro lado, é permitido o uso de comando bimanual para prensas mecânicas com
embreagem a fricção. Mas lá também existem normas para a construção de tais em-
breagens que requisitam o uso de tecnologia confiável (SILVA, 1995, citando GARDE,
exceto por trecho em itálico).
A Convenção Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condições de Trabalho
em Prensas Mecânicas e Hidráulicas estabelece o uso de comandos bimanuais com
simultaneidade e autoteste, que garanta a vida útil do comando, como uma forma de
cumprir os requisitos básicos de segurança para prensas mecânicas com embreagem a
freio/fricção pneumáticos, exceto quando houver a necessidade de o operador in-
gressar na zona de prensagem. Estabelece também requisitos para esse sistema de
embreagem. Assim, não haveria necessidade da instalação de dispositivos como corti-
nas de luz ou barreiras móveis com interbloqueio nesse caso.
Independemente do tipo de embreagem da prensa, ela pode apresentar riscos
de acidentes em suas partes móveis de transmissão de força (polias, correias, engrena-
gens, volante, etc.), caso esses não estejam adequadamente cobertos por proteções
fixas.
3.2.1.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Foram relacionados 15 marcas de prensas em comercialização. Na Tabela 2, a
seguir, encontram-se as informações obtidas para algumas delas.
35
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 2  Condições de Comercialização de uma Amostra de
Prensas Novas, São Paulo, Dezembro de 2000
ETNACIRBAF
1
SOLEDOM
EDSOPIT
MEGAERBME
EDSOPIT
OTNEMANOICA
SORTUO
SOVITISOPSID
A
1opurG
etnatnomonoM
acrecedsoledoM
t003a03ed
2opurG
etnatnomolpuD
a04edsoledoM
t003
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
B
1opurG
a03edsoledoM
t051
2opurG
a001edsoledoM
t005
4opurG
a09edoledoM
t003
5opurG
a001edsoledoM
t003
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
launamiB
launamiB
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
C
opiT(1opurG
)C
opiT(2opurG
)C
opiT(3opurG
)C
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
oãçcirf/oierF
launamiB
launamiB
launamiB
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
zuledanitroC
lanoicpo
D
asnerP
opiTacirtnêcxe
C
oãçcirf/oierFlaunamiBedoãtoB
aicnêgreme
1
edoãçitepera,missA.aniuqámedopitortuomunsadazilitueroãssartelsaeuqmesosacáH
anelavoãnossisam,etnacirbafodoãçiteperaacidnianiuqámedopitmuedortnedartelamu
.aniuqámedopitortuomeartelamuedoãçiteper
36
Coleção Previdência Social  Volume 13
Um outro fabricante, em recente declaração oficial (confiável), informou que
não produz prensas com embreagem a chaveta e fornece os equipamentos com
acionamento por comando bimanual. Caso desejado, cortinas de luz são fornecidas
como acessórios. Seu preço para uma de luz é de R$15.000,00. A empresa também
executa serviços de reforma em prensas de qualquer marca, incluindo conversão do
sistema de embreagem a chaveta para embreagem a fricção.
Todas as máquinas apresentavam boas proteções dos elementos móveis de trans-
missão de força.
3.2.1.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em dezem-
bro de 2000 e estão resumidas na Tabela 3.
Tabela 3  Condições de Comercialização de uma Amostra
de Prensas Usadas, São Paulo, Dezembro de 2000
.EDTQ
-IRBAF
ETNAC
-ICAPAC
)t(EDAD
EDONA
OÃÇACIRBAF
MEGAERBME
-ANOICA
OTNEM
SORTUO
SOVITISOPSID
1F 08odarongIoãçcirf/oierFlaunamiB
edoãtoB
aicnêgreme
1F 052odarongIoãçcirf/oierFlaunamiB
edoãtoB
aicnêgreme
1F
1
052~odarongIoãçcirf/oierFlaunamiB
edoãtoB
aicnêgreme
1E 56177oãçcirf/oierFlaunamiB
edoãtoB
aicnêgreme
1G 00298oãçcirf/oierFlaunamiB
edoãtoB
aicnêgreme
1H 04~odarongIatevahcAladeP–
2I 51odarongIatevahcAladeP–
1odarongI08odarongIatevahcAladeP–
1odarongI031odarongIatevahcAladeP–
1J 21odarongIatevahcAladeP–
1J 04odarongIatevahcAladeP–
1K 56odarongIatevahcAladeP–
)aunitnoc(
37
Máquinas e Acidentes de Trabalho
)oãçaunitnoc(
.EDTQ
-IRBAF
ETNAC
-ICAPAC
)t(EDAD
EDONA
OÃÇACIRBAF
MEGAERBME
-ANOICA
OTNEM
SORTUO
SOVITISOPSID
1A 0877atevahcAlaunamiB–
2F 002odarongIoãçcirf-oierFodarongIodarongI
4odarongI51~odarongIatevahcAladePodarongI
1odarongI04~odarongIatevahcAladePodarongI
1
.oãçacifitnediaivahoãnsiop,otnemapiuqeodaicnêrapaalepodinifeD
Essas prensas a chavetas são vendidas sem dispositivos de alimentação que im-
peçam a introdução das mãos na região de risco.
Todas as máquinas apresentavam boa proteção dos elementos móveis de trans-
missão de força.
3.2.2. Prensas Hidráulicas
3.2.2.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Uma discussão básica sobre os riscos de acidentes em prensas hidráulicas é simi-
lar à das prensas mecânicas com embreagem tipo freio/fricção. Nas prensas hidráuli-
cas, o risco de esmagamento é, geralmente, menor, pois a velocidade de descida da
mesa móvel também é menor. Segundo Silva, citando Raafat, no Reino Unido o uso
do comando bimanual não é recomendado, salvo quando não há formas práticas e
viáveis de serem utilizadas proteções físicas. Sua utilização é criticada nos seguintes
termos:
O controle bimanual não proverá um nível adequado de proteção para uma
máquina classificada como sendo de alto risco (como a prensa hidráulica, por exem-
plo). Esses dispositivos de segurança (se trabalharem de forma apropriada) somente
fornecem proteção ao usuário da máquina e não a terceiros. Eles são geralmente fá-
ceis de apresentar defeitos e podem ser facilmente burlados.
A Convenção Coletiva de Trabalho para Melhoria das Condições de Trabalho
em Prensas Mecânicas e Hidráulicas (Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e ou-
tros, 1999) estabelece o uso de comandos bimanuais com simultaneidade e autoteste,
que garanta a vida útil do comando, como uma forma de cumprir os requisitos básicos
de segurança para prensas hidráulicas, exceto nos casos em que houver a necessidade
de o operador ingressar na zona de prensagem.
38
Coleção Previdência Social  Volume 13
Exemplos de complementos ao comando bimanual, para maior diminuição do
risco de acidente, seriam as barreiras móveis com interbloqueio ou cortinas de luz.
Um outro risco existente na operação desse tipo de equipamento é a queda da
mesa móvel por gravidade após um defeito, como, por exemplo, vazamento de óleo.
Para evitá-lo, o equipamento deve ser dotado de dispositivo de proteção específico.
39
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 1  Prensa hidráulica tipo C, de acionamento por pedal,
com proteção móvel com interbloqueio.
Fonte: Nova Zelândia  Department of Labour (1966).
40
Coleção Previdência Social  Volume 13
3.2.2.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Na Tabela 4, a seguir, encontram-se as informações obtidas de uma amostra de
prensas hidráulicas novas fabricadas no Brasil.
Tabela 4  Condições de Comercialização de uma Amostra de
Prensas Hidráulicas Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
/ACRAM
/OLEDOM
OPIT
EDADICAPAC
)t(
OTNEMANOICA
SORTUO
SOVITISOPSID
OÇERP
K Copit/1oledom/002a03launamib
ovitisopsid
adadeuqartnoc
roplevómasem
edadivarg
1
e
edoãtob
aicnêgreme
Kolpud/2oledom/
etnatnom
004a05launamib
ovitisopsid
adadeuqartnoc
roplevómasem
edadivarg
1
e
edoãtob
aicnêgreme
WCopit/06ladepropmuhnen00,000.81$R
1
.etnacirbafodoãçamrofniodnugeS
As prensas da marca K, segundo o fabricante, podem ser dotadas de outras
proteções, caso solicitado pelo comprador.
Em nenhuma das máquinas havia elementos móveis de transmissão de força
expostos.
3.2.2.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereiro
de 2001 e estão resumidas na Tabela 5.
41
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 5  Condições de Comercialização de uma Amostra de
Prensas Hidráulicas Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
/ETNACIRBAF
OPIT
-ICAPAC
EDAD
)t(
ONAOTNEMANOICA
SORTUO
SOVITISOPSID
OÇERP
etnatnomolpud/X060891~
moclevíssoP
oãmamusanepa
muhneN–
olpud/odarongI
etnatnom
0510891~
moclevíssoP
oãmamusanepa
muhneN00,000.8$R
copit/odarongI060891~
moclevíssoP
oãmamusanepa
muhneN00,000.4$R
Copit/X025791launamiBmuhneN00,005.8$R
etnatnomolpud/Y001.rongi
moclevíssoP
oãmamusanepa
muhneN–
etnatnomolpud/Y001.rongi
moclevíssoP
oãmamusanepa
muhneN00,000.52$R
Copit/Z.rongi
1
.rongi
moclevíssoP
oãmamusanepa
muhneN00,000.21$R
olpud/odarongI
etnatnom
06.rongi
moclevíssoP
oãmamusanepa
muhneN00,005.6$R
etnatnomolpud/Y030891<
moclevíssoP
oãmamusanepa
muhneN00,000.6$R
Copit/odarongI03.rongi
uoladeproP
launamacnavala
muhneN–
1
.m08,1etnemadamixorpaareaniuqámadarutlaA
Em nenhuma das máquinas havia elementos móveis de transmissão de força
expostos.
3.2.3. Máquinas Cilindros de Massa
3.2.3.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
São máquinas utilizadas para sovar e laminar a massa de pão. Na sua operação,
na maior parte do tempo, o trabalhador fica posicionado na sua região frontal, passan-
do a massa por cima dos cilindros para que ela retorne pelo vão entre eles.
Assim, sem as devidas proteções, ela oferece riscos importantes de acidentes, na
região de convergência dos cilindros e também nas partes móveis de transmissão de
força.
42
Coleção Previdência Social  Volume 13
Essas máquinas devem obedecer aos seguintes requisitos de segurança, de modo
a tornar esses riscos insignificantes
1
:
1. Possuir cilindro obstrutivo que dificulte a aproximação das mãos do trabalha-
dor da região de convergência dos cilindros.
2. Possuir chapa de fechamento do vão que tem a finalidade de impedir a intro-
dução das mãos entre o cilindro obstrutivo e o cilindro superior.
3. Possuir proteção lateral fixa com o objetivo de impedir acesso à região de
convergência dos cilindros pela lateral da máquina.
4. Respeitar as dimensões mínimas necessárias para evitar alcance das mãos à
região de convergência dos cilindros.
5. Possuir botão de parada de emergência da máquina bem posicionado na
lateral.
6. Possuir proteção fixa metálica ou similar na região de transmissão de força
da máquina.
7. Não deve haver possibilidade de inversão do sentido de rotação dos cilin-
dros. Com isso será eliminada a possibilidade de surgimento de uma nova
região de risco.
A figura 2 ilustra, de modo esquemático, uma máquina cilindro de massa,
com identificação dos componentes essenciais e sua localização correta, para fins
de segurança.
1
Adaptado do Anexo II da Norma Regulamentadora nº 12 do Ministério do Trabalho e Emprego.
43
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 2  Esquema de máquina cilindro de massa, com identificação dos componentes essenciais e sua
localização correta, para fins de segurança.
Fonte: FUNDACENTRO (1996).
44
Coleção Previdência Social  Volume 13
3.2.3.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Foram identificados, em São Paulo, sete fabricantes de cilindros de massa. Na
Tabela 6, abaixo, encontram-se as informações obtidas para algumas delas.
Tabela 6  Condições de Comercialização de uma Amostra de
Máquinas Cilindros de Massa Novas, São Paulo, Dezembro de 2000
ETNACIRBAFOLEDOM 1234567
M 1oledoM PPPPPPP
N 1oledoMPOPO*PP **P
N 2oledoMPIPI*PP **P
O 1oledoM PPPPPPP
:adnegeL
oviturtsboordnilicedaçneserP.1
oãvodotnemahcefedapahcedaçneserP.2
axiflaretaloãçetorpedaçneserP.3
saminímseõsnemidsàotiepseR.4
aicnêgremeedadarapedoãtobedaçneserP.5
açrofedoãssimsnartedseõigersanacilátemoãçetorpedaçneserP.6
sordnilicsodoãçatoredocinúoditneS.7
etnemanelpednetAP
etnemairotafsitasniednetAI
erpmucoãNCN
latnorfoãçisopan,ohlabartedasemabosaicnêgremeedadarapedarraB*
rodedneverolepadatserpoãçamrofnI**
Observação: De um outro fabricante, foi obtido catálogo, em que consta um
dos seus modelos. Nele, o fabricante assegura que esse cilindro atende às exigências
da Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego. Nesse caso, os
requisitos de 1 a 7 estariam sendo cumpridos plenamente.
45
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.3.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Componente não desenvolvido, por não terem sido encontrados locais de ven-
da de cilindros de massa usados.
3.2.4. Máquinas de Trabalhar Madeiras: Serras Circulares
3.2.4.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
O risco nesse equipamento ocorre quando não existem os dispositivos necessá-
rios para proporcionar proteção básica ao operador: o cutelo divisor e a coifa ou co-
bertura de proteção.
A função do primeiro é prevenir o rejeito ou retrocesso da madeira. Essa rejei-
ção, invariavelmente brutal, é provocada quando a peça que está sendo cortada com-
prime a parte traseira do disco. Lamoureux e Trivin (1987) apresentam um exemplo
de instalação desses dispositivos. A figura abaixo, baseada nesse exemplo, também
ilustra uma instalação possível. Esses dispositivos devem acompanhar a lâmina quando
ela for inclinável.
Figura 3  Exemplo de montagem do cutelo divisor e coifa.
46
Coleção Previdência Social  Volume 13
Já a coifa, destina-se a reduzir a possibilidade de contato de parte do corpo com
a lâmina.
Complementarmente, pode haver um dispositivo para empurrar a peça de ma-
deira, cuja finalidade é manter distante as mãos dos dentes da serra quando a opera-
ção se aproxima de seu término.
3.2.4.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em janeiro
de 2001 e estão resumidas na Tabela 7.
Tabela 7  Condições de Comercialização de uma Amostra de Serras
Circulares, São Paulo, Janeiro de 2001
EDOREMÚN
*SAJOL
ETNACIRBAF
SARTUO
SACITSÍRETCARAC
SEÕÇETORP
2A
levánilcnI
levátsujaanimâladarutlA
setnetsixenioletuceafioC
3A
liremseeariedaruf,arreS
levátsujauolevánilcni-oãn
laretalaiugmoc
setnetsixenioletuceafioC
otnujnoconatnemarrefartuO
ocsiraicerefomébmat
etnatropmietnatsab
4A
levánilcnI
levátsujaanimâladarutlA
oletuceocilírcameafioC
arahnapmocaarapsievánilcni
animâl
1A
levátsujauolevánilcni-oãN
laretalaiugmoc
setnetsixenioletuceafioC
1B
levánilcnI
levátsujaanimâladarutla
socilátemoletuceafioC
arahnapmocaarapsievánilcni
animâl
.otsiviofotnemapiuqeoednosajoledoremúN*
.oãçetorpalepotecxe,sacitnêdimareatsilassedaniuqámariecretaeariemirpA
47
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.4.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Componente não desenvolvido, por não terem sido encontrados locais de ven-
da de serras circulares usadas.
3.2.5. Máquinas para Trabalhar Madeira: Desempenadeiras
3.2.5.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
O maior risco que essas máquinas oferecem é o contato de partes do corpo
(mãos e dedos, sobretudo) com as ferramentas de corte, o que pode causar seu esma-
gamento ou amputação.
Segundo o Instituto Nacional de Seguridad e Higiene en el Trabajo do Governo
espanhol (1984), isso raramente ocorre na parte das ferramentas posterior à guia. Em
geral, ocorre na zona de operação da máquina, após um retrocesso violento da peça
trabalhada, devido à presença de nós ou outras irregularidades nela. Nesses casos, as
mãos que empurram e apóiam as peças podem entrar em contato com a ferramenta,
principalmente com a sua extremidade não coberta pela própria peça. O risco desse
tipo de acidente é aumentado se o porta-ferramentas for de seção quadrada, ao invés
de circular.
Figura 4  Desenho esquemático de uma desempenadeira.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo  SSHST (1979).
48
Coleção Previdência Social  Volume 13
A peça retrocedida pode atingir o operador, operadores de outras máquinas próxi-
mas ou algum transeunte. Esse evento tem sua ocorrência potencializada pelo mau
estado da mesa de trabalho, com a presença de dentes ou outras irregularidades em
suas arestas.
Ainda segundo o mesmo instituto, a proteção indicada para o primeiro risco
citado é uma cobertura para a parte do porta-ferramentas não-coberta pela peça,
regulável manualmente, conforme as dimensões da peça a ser trabalhada, ou auto-
retrátil. Consideramos a última mais adequada, pois não depende da ação do opera-
dor para funcionar plenamente, além de possibilitar a cobertura do porta-ferramentas
durante todo o tempo.
A seguir, encontram-se alguns exemplos de proteção de ajuste manual e auto-
retrátil.
Figura 5  Proteção de ajuste manual.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo  SSHST (1979).
49
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Figura 6  Proteção auto-retrátil.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo  SSHST (1979).
50
Coleção Previdência Social  Volume 13
Figura 7  Proteção auto-retrátil.
Fonte: Servicio Social de Higiene y Seguridad del Trabajo  SSHST (1979).
O porta-ferramentas também deve ser protegido no seu trecho posterior à guia.
A utilização de empurradores
2
também é interessante como forma de prevenção.
2
Equipamento de proteção individual com formato de cabo de serrote, por exemplo, que evita o
contato das mãos com a peça trabalhada.
51
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.5.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Na Tabela 8, a seguir, encontram-se as informações obtidas por meio da obser-
vação das máquinas em lojas do ramo.
Tabela 8  Condições de Comercialização de uma Amostra de
Desempenadeiras Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
ETNACIRBAF
OHNAMAT
ASEMAD
1
)mc(
SADOÃÇETORP
EDSATNEMARREF
ETROC
2
OÃIGERAN,MEDI
SAIUGSÀROIRETSOP
R52x021~
-otuaacilátemoãçetorP
ralugnaterlitárter
adauqedaetnemlaicrap(
)oxiabasoirátnemocediv
adigetorpsedoãigeR
S53x081~
:sadauqedaseõçetorpsauD
adàetnahlemesamu
arugifadàartuoe5arugif
soirátnemocediv(7
)oxiaba
adigetorpsedoãigeR
R23x041~
-otuaacilátemoãçetorP
ralugnaterlitárter
)adauqedaetnemlaicrap(
adigetorpsedoãigeR
R51x08~
-otuaacilátemoãçetorP
ralugnaterlitárter
)adauqedaetnemlaicrap(
adigetorpsedoãigeR
.adíasedasemeadartneedasemiulcni,éotsi,latototnemirpmoC.1
.oãçarepoedanozaN.2
Essa proteção utilizada nas máquinas do fabricante R é semelhante àquela mos-
trada na figura 6. O formato retangular e a proximidade entre o eixo em torno do
qual ela se movimenta e o porta-ferramentas fazem com que uma parte maior da
ferramenta fique exposta durante a passagem da peça, em relação ao que ocorre com
a proteção ilustrada.
52
Coleção Previdência Social  Volume 13
Já a proteção utilizada pelo fabricante S, semelhante à da figura 7, não possui o
plano inclinado da última, necessitando ser levantada manualmente para a passagem
de cada peça. Esse fato pode provocar o abandono de sua utilização pelo operador.
Todas as máquinas apresentavam boas proteções dos elementos móveis de trans-
missão de força e possuíam porta-ferramentas de seção circular, mas eram vendidas
sem empurradores.
3.2.5.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereiro
de 2001 e estão resumidas na Tabela 9.
Tabela 9  Condições de Comercialização de uma Amostra de
Desempenadeiras Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
ETNACIRBAF
OHNAMAT
ASEMAD
)mc(
SADOÃÇETORP
EDSATNEMARREF
ETROC
OÃIGERAN,MEDI
SAIUGSÀROIRETSOP
T 02x08~amuhneNadigetorpsedoãigeR
U04x002~amuhneNadigetorpsedoãigeR
A primeira máquina também apresentava polias e correias expostas. Ambas eram
vendidas sem empurradores, mas apresentavam mesas com arestas em boas condições
e eram equipadas com porta-ferramentas de seção circular.
3.2.6. Máquinas Guilhotinas para Chapas Metálicas
3.2.6.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Em sua configuração mais representativa, essas máquinas possuem capacidade
para cortar chapas de pequena espessura e acionamento por pedal. Nesses casos, sua
operação oferece risco de acidentes graves quando o equipamento permite acesso das
mãos ou dedos à linha de corte ou de esmagamento pela prensa-chapa.
A proteção segura, simples e de baixo custo, é a de tipo fixo, cobrindo a parte
frontal em toda a extensão da região de risco, dimensionada de forma a permitir apenas
o acesso do material a ela, isto é, de acordo com padrões estabelecidos para abertura e
distância dessa região. Sua presença não deve criar outras regiões de risco. Também deve
53
Máquinas e Acidentes de Trabalho
haver proteção do tipo fixo na parte traseira da máquina, para impedir o acesso à linha
de corte por essa área.
3.2.6.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Foram relacionados sete fabricantes de guilhotinas para chapas metálicas. Na Ta-
bela 10, a seguir, encontram-se as informações obtidas para algumas delas.
Tabela 10  Condições de Comercialização de uma Amostra de Guilhotinas
para Chapas Metálicas, São Paulo, Janeiro de 2001
-IRBAF
ETNAC
EDADICAPAC
apahcadarussepse(
adohnamatx
etrocedatnemarref
)mmme
OÃÇAZIROTOMSEÕÇETORP
X002.1~x2,1adazirotomoãN
adauqedalatnorfaxifoãçetorP
etnetsixeniariesartoãçetorp
Y
002.1~X2,1
000.2~X2,1
002.1~X2,1
adazirotomoãN
adazirotomoãN
adazirotoM
ossecaodnidepmilatnorfaxifoãçetorP
oãçatnemilaedatserfalep
ocsiredoãigeràetnatropmiocuoposseca
oãçetorpadamicrop
etnetsixeniariesartoãçetorp
ossecaodnidepmilatnorfaxifoãçetorP
edossecaoãçatnemilaedatserfalep
ropocsiredoãigeràaicnâtropmiamugla
etnetsixeniariesartoãçetorpadamic
àossecaodnidepmilatnorfaxifoãçetorP
ocsiredsotnop2etrocedoãiger
asnerpoeoãçetorpasseertnesodamrof
etnetsixeniariesartoãçetorpsapahc
Z
saniuqámedahniL
edsapahcarap
arussepseaneuqep
sadazirotoM
adauqedalatnorfaxifoãçetorP
etnetsixeniariesartoãçetorP
Todas as guilhotinas para chapas métalicas vistas eram acionadas por pedal.
3.2.6.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
54
Coleção Previdência Social  Volume 13
3
Vide Prensa excêntrica com embreagem tipo freio/fricção no item 3.2.1.a.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em janeiro
de 2001 e estão resumidas na Tabela 11.
Tabela 11  Condições de Comercialização de uma Amostra de Guilhotinas
para Chapas Metálicas, São Paulo, Janeiro de 2001
-IRBAF
ETNAC
EDADICAPAC
apahcadarussepse(
adohnamatx
etrocedatnemarref
)mmme-
OÃÇAZIROTOMSEÕÇETORP
Z
052.1x1,3
002.1x0,2
adazirotoM
adazirotoM
ocsiredoãigeràossecaerviL
ocsiredoãigeràossecaerviL
W
000.2x3,6
000.2x3,6
000.2x3,6
adazirotoM
adazirotoM
adazirotoM
ocsiredoãigeràossecaerviL
ocsiredoãigeràossecaerviL
ocsiredoãigeràossecaerviL
Essas cinco máquinas possuíam acionamento por pedal.
3.2.7. Máquinas Guilhotinas para Papel
3.2.7.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Nesse tipo de máquina não são utilizadas proteções fixas, pois a espessura do
maço de papel a ser cortado é elevada, tornando inviável a utilização dessas proteções,
baseadas no princípio de deixar entrar na região de risco o material, mas não alguma
parte das mãos.
Uma concepção aceitável para esse tipo de máquina, desde que bem projetada
e instalada
3
, é aquela similar às prensas mecânicas, em que se utiliza um comando
bimanual sincronizado em máquinas dotadas de embreagem de revolução parcial.
Assim, as duas mãos do operador estarão ocupadas durante os movimentos de
prensagem e corte do papel. Havendo a interrupção do apoio sobre um dos coman-
dos, deve haver a parada da lâmina e do prensador em seu movimento descendente,
antes que o operador tenha tempo de alcançar a região de risco. Uma proteção fixa
para a parte traseira da máquina é necessária. Como no caso das prensas, uma cortina
de luz elevaria ainda mais o nível de segurança do equipamento, protegendo terceiros
contra acidentes.
55
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.7.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em janeiro
de 2001 e estão resumidas na Tabela 12.
Tabela 12  Condições de Comercialização de uma Amostra de Guilhotinas
para Papel Usadas, São Paulo, Janeiro de 2001
-IRBAF
ETNAC
OLEDOM
EDONA
OÃÇACIRBAF
OHNAMAT
ANIMÂLAD
)mcme(
-ANOICA
OTNEM
SORTUO
SOVITISOPSID
A
1oledoM
2oledoM
odarongI
odarongI
08~
051~
launamiB
launamiB
zuledanitrocmeS
àlevíssoporiesartosseca
;ocsiredoãiger
zuledanitrocmoC
àlevíssoporiesartosseca
ocsiredoãiger
B
1oledoModarongI08~launamiBzuledanitrocmeS
àlevíssoporiesartosseca
ocsiredoãiger
C
1oledoM599157~launamiBzuledanitrocmoC
meoãçetorpaobmoc
ariesartetrapanocilírca
D
1oledoM799108~launamiBzuledanitrocmoC
meoãçetorpaobmoc
ariesartetrapanocilírca
E
1oledoM
2oledoM
5991
odarongI
06~
09~
launamiB
launamiB
zuledanitrocmeS
meoãçetorpaobmoC
;ariesartetrapanocilírca
ossecazuledanitrocmeS
oãigeràlevíssoporiesart
ocsired
Essas máquinas possuíam embreagem à fricção, exceto o modelo 1 do fabrican-
te E, que se tratava de uma máquina hidráulica.
3.2.8. Impressoras Off-Set a Folha
3.2.8.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras; quais as alternativas
tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
56
Coleção Previdência Social  Volume 13
De acordo com recomendação elaborada pelo Comitê Técnico Nacional das
Indústrias do Livro da França (Machines, 1993), essas máquinas podem oferecer riscos
de esmagamento de mãos e braços entre os cilindros e rolos dos grupos de impressão,
principalmente durante intervenções próximas às suas regiões de convergência. Há
também riscos de esmagamento, cisalhamento e choque (mecânico) nos dispositivos
mecânicos dos sistemas de alimentação e recepção de folhas (correntes, transportado-
res). Esses riscos existem, sobretudo, na execução de funções de regulagem, limpeza e
manutenção.
Ainda de acordo com a mesma recomendação, as regiões de convergência for-
madas pelos cilindros e rolos devem ter acesso impedido por proteções (grades metá-
licas, por exemplo) móveis e fixas. Pode-se, complementarmente, adotar a utilização
de barras fixas ou sensíveis, instaladas conforme a ilustração abaixo:
Figura 8  Requisitos para instalação de barra fixa em região de
convergência de impressora off-set.
Fonte: Machines (1993).
57
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Durante a execução de funções que necessitam a abertura das proteções:
quando as zonas de convergência descobertas são equipadas com barras fixas
ou sensíveis, o funcionamento da máquina só será permitido em marcha len-
ta contínua. Deve haver um comando de parada próximo à proteção aberta.
Essa marcha lenta só deve ser possível com as grades metálicas abertas em
apenas um grupo impressor;
quando as zonas de convergência descobertas não estiverem equipadas com
barras fixas ou sensíveis, o funcionamento da máquina deve se dar à velocida-
de mais reduzida possível, associada à manutenção da pressão de um dedo
sobre um botão.
Também de acordo com a recomendação francesa, devem-se instalar proteções
fixas e móveis, impedindo fisicamente o acesso a correntes e transportadores da ali-
mentação e recepção das folhas, cuja abertura implique a parada da máquina.
3.2.8.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Foram relacionadas seis marcas de impressoras. Na Tabela 13, a seguir,
encontram-se as informações obtidas para algumas delas.
58
Coleção Previdência Social  Volume 13
/ETNACIRBAF
OLEDOM
EDºN
SEROC
.MAT
AD
AHLOF
MCME
)cxl(
OÃÇATNEMILA
ED)S(OPURG
OÃSSERPMI
EDOÃÇPECER
SAHLOF
OÇERP
1oledom/M
153x04~sam,oãçetorpmeS
sodatonmarofoãn
.setnatropmisocsir
adlanifoN
aivahoãçatnemila
axifoãçetorpamu
aaitimrepóseuq
,ahlofadmegassap
.sodedsodoãn
sacilátemseõçetorP
mepmorretnieuqsetnalucsab
aniuqámadotnemanoicnufo
oãn,satrebaodnauq
menodnitimrep
artuomeotnemanoicnuf
.ahcram
sacilátemseõçetorP
euqsetnalucsab
omepmorretni
adotnemanoicnuf
odnauqaniuqám
odnitimrepoãn,satreba
meotnemanoicnufmen
.ahcramartuo
00,000.021$R
1oledom/Nzinrev+455x07~sam,oãçetorpmeS
sodatonmarofoãn
.setnatropmisocsir
adlanifoN
aivahoãçatnemila
axifoãçetorpamu
avaxiedeuq
,atserfaneuqep
mesetnemetnerapa
.socsir
sarrabesievómseõçetorP
ajuc,setnetsixesievísnes
adarapaacovorparutreba
odnitimrep,aniuqámad
.atneloãçatnemivomsanepa
sarrabsadotnemacolsedoáJ
etnemadauqeda,sievísnes
siapicnirpsanansadalatsni
edaicnêgrevnocedsanoz
,oãsserpmiedopurgadac
ataidemiadarapaavacovorp
.adanoicaodnauqaniuqámad
etnemetnerapaadíaS
seõçetorp:arugesotium
mocsievómesaxif
ocuopsatserf
aivaH.setnatropmi
aicnêgremeedseõtob
me:aniuqámaadotrop
edopurgadac
adacedmu,oãsserpmi
.cte,odal
odarongI
Tabela 13 - Condições de Comercialização de uma Amostra
de Impressoras Off-Set Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
59
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Todas as máquinas apresentavam boas proteções dos elementos móveis de trans-
missão de força.
Segundo declaração do engenheiro Luiz Felipe Silva, do Centro de Referência
em Saúde do Trabalhador  CEREST/SP, da Secretaria de Saúde do Estado de São
Paulo, e segundo declaração obtida em trabalho de campo com profissional atuando
em comercialização de impressoras, as impressoras off-set a folha novas, comercializadas
independentemente da marca, são dotadas de proteções móveis que, quando abertas,
interrompem o funcionamento da máquina, ou permitem apenas a operação com
velocidade reduzida.
3.2.8.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereiro
de 2001 e estão resumidas na Tabela 14.
60
Coleção Previdência Social  Volume 13
Tabela 14 - Condições de Comercialização de uma Amostra
de Impressoras Off-Set a Folha Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
/ETNACIRBAF
OLEDOM
ONA
EDºN
SEROC
.MAT
AD
AHLOF
MCME
)cxl(
OÃÇATNEMILA
ED)S(OPURG
OÃSSERPMI
EDOÃÇPECER
SAHLOF
OÇERP
/M 1oledomodarongI153x04~O.oãçetorpmeS
siamocsir
areetnatropmi
atserfropodicerefo
aertnemc5,1ed
oeaxifetrap
.ordnilic
soloR.oãçetorpmeS
.sotsopxe
ocsiR.oãçetorpmeS
edetnatropmi
ertneotnemagamse
otnemacolsedmearrab
.alelarapaxifarrabe
00,000.52$R
/O1oledomodarongI1~arugral
mc05
.oãçetorpmeS
edoãigeR
ertneotnemagamse
eariehlamerc
meganergne
.atrebocsed
soloR.oãçetorpmeS
soloreserodatnitne
setnegrevnoc"serodahlom"
arapmedI.sotrebocsed
.sneganergneedserap
ocsiR.oãçetorpmeS
edetnatropmi
ertneotnemagamse
otnemacolsedmearrab
.alelarapaxifarrabe
00,000.62$R
/P1oledomodarongI105x07~.oãçetorpmeS
etnatropmiocsiR
otnem-agamseed
airótarigarrabertne
.axifarrabe
.adauqedanilevómoãçetorP
avaxied,adahcefomseM
serapesetnegrevnocsolor
.artsomàsneganergneed
.oãçetorpmeS00,000.54$R
)aunitnoc(
61
Máquinas e Acidentes de Trabalho
)oãçaunitnoc(
/ETNACIRBAF
OLEDOM
ONA
EDºN
SEROC
.MAT
AD
AHLOF
MCME
)cxl(
OÃÇATNEMILA
ED)S(OPURG
OÃSSERPMI
EDOÃÇPECER
SAHLOF
OÇERP
Q odarongI1~arugral
mc53
.oãçetorpmeSesoloR.oãçetorpmeS
esetnegrevnocsordnilic
sneganergneedserap
.sotsopxe
.oãçetorpmeS00,000.01$R
/P2oledom79912 83x05~sam,oãçetorpmeS
marofoãn
seõigersadavresbo
ocsired
otecxe,setnatropmi
euqarrabamurop
avazilaer
otnemivom
,euqe,ocorpícer
essecerefo,zevlat
edocsir
.otnemagamse
sarrabesievómseõçetorP
ajuc,setnetsixesievísnes
adarapaacovorparutreba
odnitimrep,aniuqámad
,atneloãçatnemivomsanepa
muedoãsserpalepaditnam
otnemacolsedoáJ.oãtob
,sievísnessarrabsad
ansadalatsnietnemadauqeda
edanozlapicnirp
opurgadacedaicnêgrevnoc
aavacovorp,oãsserpmied
aniuqámadataidemiadarap
.adanoicaodnauq
sievómseõçetorP
arutrebaajuc,setnetsixe
adadarapaacovorp
.aniuqám
00,000.541$R
62
Coleção Previdência Social  Volume 13
3.2.9. Injetoras de Plástico
3.2.9.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras e quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
O principal risco que esse equipamento pode oferecer é de esmagamento de
mãos e braços durante o fechamento do molde. Isso também pode ocorrer no meca-
nismo de fechamento, mostrado no desenho abaixo.
Destacam-se ainda outros riscos:
esmagamento de mãos ou dedos introduzidos no cilindro dotado de rosca
sem fim onde o plástico é derretido e homogeneizado. Essa introdução pode-
se dar pela abertura para entrada do plástico;
queimadura provocadas pelo contato com o cilindro citado desprovido de
isolamento térmico;
espirramento de material plástico quando esse for injetado no molde pelo
bico de injeção.
Figura 9  Exemplo de máquina injetora com discriminação de várias áreas.
Fonte: FUNDACENTRO (1998a).
63
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Para impedir o acesso aos movimentos de risco na área do molde, bem como na
área do mecanismo de fechamento, a fim de que seja eliminado o risco de esmagamento
das mãos ou membros do trabalhador, a NBR 13.536/95 (ABNT, 1995) estabelece o se-
guinte:
a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de inje-
ção pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteção mó-
vel (proteção frontal) dotada de três dispositivos de segurança, a saber:
a ) um elétrico, com dois sensores de posição, que atua no sistema de
controle da injetora;
b ) um hidráulico, com uma válvula que atua no sistema de potência
hidráulico ou pneumático da injetora, ou um elétrico com um con-
tato, que atua no sistema de potência elétrico da injetora;
c) um mecânico auto-regulável.
a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de inje-
ção não pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteção
móvel (proteção traseira) dotada de dois dispositivos de segurança  um que
atua no sistema de controle e o outro no sistema de potência da injetora;
a área do mecanismo de fechamento da prensa, que não permite o acesso ao
molde, deve ser protegida por meio de uma proteção móvel dotada de um
dispositivo de segurança elétrico  contendo dois sensores de posição  que
atua no sistema de controle (vale tanto para a proteção frontal como a traseira).
Quanto aos dois sensores de posição (ou micros) do dispositivo de segurança
elétrico, enquanto um micro deve operar no modo positivo
4
, o outro deve operar no
modo negativo
5
.
Os dispositivos de segurança de cada proteção móvel devem operar simultanea-
mente, interrompendo o funcionamento da injetora, assim que ela (a proteção) seja
aberta.
4
Se a proteção móvel estiver na posição fechada, o micro que opera no modo positivo ficará somente
sob a ação de uma mola que fechará os contatos elétricos do dispositivo de segurança, permitindo que
a injetora funcione normalmente. Nesse caso, uma ruptura da mola implicará uma abertura dos con-
tatos elétricos, paralisando imediatamente a injetora. Por outro lado, se a proteção móvel estiver na
posição aberta, o micro ficará pressionado, opondo-se à ação da mola, fazendo com que os contatos
elétricos fiquem positivamente abertos, o que impede o funcionamento da injetora.
5
Se a proteção móvel estiver na posição fechada, o micro que opera no modo negativo ficará pressio-
nado, fechando os contatos elétricos por oposição à ação da mola, permitindo o funcionamento da
injetora. Por outro lado, se a proteção móvel estiver na posição aberta, os contatos elétricos ficarão
negativamente abertos  isto porque estão exclusivamente sob a ação da mola , e haverá interrupção
do funcionamento da injetora; entretanto, uma falha na mola poderá manter os contatos fechados,
ainda que a proteção móvel esteja na posição aberta.
64
Coleção Previdência Social  Volume 13
Cada um dos dispositivos de segurança da área de acesso ao molde deve ser
monitorado pelo menos uma vez após cada fechamento de cada proteção móvel, de
forma que uma falha em um dispositivo de segurança seja automaticamente reconhe-
cida e seja impedido qualquer movimento de risco posterior.
A NBR 13.536/95 exige, também, proteções superiores às áreas de acesso ao
molde e do mecanismo de fechamento da prensa, bem como proteções fixas adicio-
nais.
Figura 10  Desenho de uma injetora com proteções.
Fonte: FUNDACENTRO (1998a).
65
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Em setembro de 1995, foi firmada a convenção coletiva sobre Segurança em
Máquinas Injetoras de Plásticos (FUNDACENTRO, 1998a) entre os representantes
dos empregados e trabalhadores do setor de transformação do estado de São Paulo.
Em relação ao risco de esmagamento das mãos ou membros do trabalhador pelo fun-
cionamento da injetora, a convenção coletiva, por meio de seu Anexo I, prevê o se-
guinte:
a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de inje-
ção pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteção móvel
dotada de dois dispositivos de segurança, a saber:
a ) um elétrico  contendo dois sensores de posição;
b ) um hidráulico ou um mecânico.
O funcionamento desse dispositivo de segurança elétrico deve ser monitorado
a cada ciclo de abertura da proteção e o movimento de risco impedido se uma falha
for detectada.
a área de acesso ao molde do lado da injetora, por onde a operação de inje-
ção não pode ser comandada, deve ser protegida por meio de uma proteção
móvel dotada de um dispositivo de segurança elétrico com dois sensores de
posição;
a área do mecanismo de fechamento da prensa, que não permite o acesso ao
molde, pode ser protegida por meio de proteções fixas ou móveis; se móveis,
devem ser dotadas, cada uma, de um dispositivo de segurança elétrico  con-
tendo um sensor de posição.
De forma semelhante aos requisitos da NBR 13.536/95, segundo a convenção
coletiva, os dispositivos de segurança de cada proteção também devem operar simulta-
neamente, interrompendo o funcionamento da máquina, assim que a proteção móvel
seja aberta. Devem existir proteções fixas complementares para a área do molde, quando
necessário, para as distâncias de segurança serem respeitadas.
3.2.9.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Estima-se que existam cerca de 14 fabricantes nacionais de injetoras. Ainda as-
sim, a importação de máquinas tem sido crescente nesse setor.
Foram obtidas informações sobre uma máquina, em fevereiro de 2001 e estão
resumidas nas Tabelas 15, 16, 17 e 18.
66
Coleção Previdência Social  Volume 13
Tabela 15 - Condições de Comercialização de uma Amostra de Injetoras de
Plástico Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
Tabela 16 - Condições de Comercialização de uma Amostra
de Injetoras de Plástico Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNIOLEDOM/ETNACIRBAF)g(EDADICAPACOÃÇACIRBAFEDONAODNAMOCEDOPIT
ª1G1oledom/004~0002ocitámotuA
AROTEJNI
OARTNOCOÃÇETORP
OTNEMARRIPSE
OÃÇETORP
ODACIMRÉT
ORDNILIC
OTNEMAROTINOM
SOVITISOPSIDSOD
AÇNARUGESED
OÃÇETORP
OARTNOC
ÀOSSECA
MESACSOR
MIF
OARTNOCOÃÇETORP
ODAERÁÀOSSECA
ALEPEDLOM
ARUTREBA
1
ODAERÁAN
EDLOM
EDOCIBON
OÃÇEJNI
ª1
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
.ges.psid/c(levóM
orcim1/cocirtéle
)ovitagen
adauqedA
odnuges,odalatsnI
etnacirbaf
odidepmiossecA
edolisolep
oãçatnemila
adauqedaaxifoãçetorP
1
.saçepsadadíasàadanitsedarutrebA
67
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 17 - Condições de Comercialização de uma Amostra
de Injetoras de Plástico Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
Tabela 18 - Condições de Comercialização de uma Amostra
de Injetoras de Plástico Novas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI
EDLOMODAERÁ
LATNORFOÃÇETORPARIESARTOÃÇETORPROIREPUSOÃÇETORP
OPIT
EDOVITISOPSID
AÇNARUGES
OPIT
EDOVITISOPSID
AÇNARUGES
OPIT
EDOVITISOPSID
AÇNARUGES
ª1levóM
orcim1/c(ocirtéleovitisopsiD
,)ovitisoporcim1eovitagen
eociluárdihovitisopsid
-otuaocinâcemovitisopsid
ropsodanoicasobma(levátsuja
)acnavalaacinúamu
levóM
orcim1/c(ocirtéleovitisopsiD
ocinâcem.pside)ovitagen
latnorfoãçetorpàodagil
1
levóM
orcim1/c(ocirtéleovitisopsiD
.)ovitagen
1
oãçisopanrevitseariesartoãçetorpaesanoicnufósarotejniaeuqamrofed,latnorfoãçetorpàodagilátseocinâcemaçnarugesedovitisopsidO
.adahcef
AROTEJNI
ASNERPADOTNEMAHCEFEDOMSINACEMODAERÁ
LATNORFOÃÇETORPARIESARTOÃÇETORPROIREPUSOÃÇETORPLARETALOÃÇETORP
OPIT
ED.PSID
AÇNARUGES
OPIT
ED.PSID
AÇNARUGES
OPIT
ED.PSID
AÇNARUGES
OPIT
ED.PSID
AÇNARUGES
ª1axiF-axiF- levíssopmiossecAaxiF-
.etnacirbafortuomuarapelavomsemO.591.635.31RBNamronadsotisiuqersoamednetasarotejnisaus,etnacirbafessedlaicremocoicnúnaodnugeS:.sbO
68
Coleção Previdência Social  Volume 13
3.2.9.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas máqui-
nas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante e modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereiro
de 2001 e estão resumidas nas Tabelas 19, 20, 21 e 22.
Tabela 19  Condições de Comercialização de uma Amostra de Injetoras de
Plástico Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNIETNACIRBAF
EDADICAPAC
)g(
EDONA
OÃÇACIRBAF
ODNAMOCEDOPIT
ª1A02~8891ocitámotuA
ª2BadarongI78/6891ocitámotuA
ª3BadarongI78/6891ocitámotuA
ª4C052~6891ocitámotuA
ª5A051~8891ocitámotuA
ª6AadarongI7891ocitámotuA
ª7D052~2991ocitámotuA
ª8D001~7891ocitámotuA
69
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 20 - Condições de Comercialização de uma Amostra
de Injetoras de Plástico Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI
OARTNOCOÃÇETORP
OTNEMARRIPSE
OÃÇETORP
ODACIMRÉT
ORDNILIC
OTNEMAROTINOM
SOVITISOPSIDSOD
AÇNARUGESED
OÃÇETORP
OARTNOC
ÀOSSECA
MESACSOR
MIF
OARTNOCOÃÇETORP
ODAERÁÀOSSECA
ALEPEDLOM
ROIREFNIARUTREBA
3
ODAERÁAN
EDLOM
EDOCIBON
OÃÇEJNI
ª1
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
etsixeoãNetsixeoãNetsixeoãN
oãçacifireV
levíssopmi
2
etsixeoãN
ª2
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
etsixeoãNadalatsnIodalatsnI
1
levíssopmiossecA
2
etsixeoãN
ª3
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
etsixeoãNadalatsnIodalatsnI
1
levíssopmiossecA
2
etsixeoãN
ª4
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
etsixeoãNadalatsnIodalatsnI
1
levíssopmiossecA
2
etsixeoãN
ª5
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
etsixeoãNadalatsnIetsixeoãNlevíssopmiossecA
2
etsixeoãN
)aunitnoc(
70
Coleção Previdência Social  Volume 13
)oãçaunitnoc(
AROTEJNI
OARTNOCOÃÇETORP
OTNEMARRIPSE
OÃÇETORP
ODACIMRÉT
ORDNILIC
OTNEMAROTINOM
SOVITISOPSIDSOD
AÇNARUGESED
OÃÇETORP
OARTNOC
ÀOSSECA
MESACSOR
MIF
OARTNOCOÃÇETORP
ODAERÁÀOSSECA
ALEPEDLOM
ROIREFNIARUTREBA
3
ODAERÁAN
EDLOM
EDOCIBON
OÃÇEJNI
ª6
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
etsixeoãNetsixeoãNodamrofnioãNlevíssopmiossecA
2
etsixeoãN
ª7
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
etsixeoãNadalatsnIodalatsnI
1
levíssopmiossecA
2
adauqedA
ª8
elatnorfoãçetorP
sacalpmocariesart
ocilírcaed
etsixeoãNadalatsnIodalatsnI
1
adauqedAetsixeoãN
1
.otnemicelebatseonaditbooãçaralcedodnugeS
2
o,)Aacram(arotejniariemirpaaraP.aniuqámadotnemanoicnufoaraplevásnepsidniéessesam,oãçatnemilaedolisomeses-mavatneserpasarotejnisA
muedoãçalatsniamocomsem,mifmesacsoradarutlaalep,sosacsortuosoN.odalatsnirofeuqolisodseõsnemidsadrednepediavmifmesacsoràosseca
.levíssopmiairesossecaolevárovafsedolis
3
.saçepsadadíasàadanitsedarutrebA
71
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Tabela 21  Condições de Comercialização de uma Amostra de Injetoras de
Plástico Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI
EDLOMODAERÁ
LATNORFOÃÇETORPARIESARTOÃÇETORPROIREPUSOÃÇETORP
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
ª1levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
1
)
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
2
)
levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
1
)
ª2levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
.psid,)sovitagen
ociluárdih
1ropodanoica(
euqsorcimsod
.tsisoanoica
.pside)ocirtéle
-otuaocinâcem
levátsuja
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
)ovitagen
oãn
etsixe
3
ª3levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
.psid,)sovitagen
ociluárdih
1ropodanoica(
euqsorcimsod
.tsisoanoica
.pside)ocirtéle
-otuaocinâcem
levátsuja
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
)ovitagen
oãn
etsixe
3
ª4levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
1eovitisop
)ovitagenorcim
.pside
oãnocinâcem
levátsuja-otua
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
1eovitisop
ovitagenorcim
oãn
etsixe
3
ª5levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
1
e)
ocinâcem.psid
-otuaoãn
levátsuja
levómetsixeoãn
oãn
etsixe
)aunitnoc(
72
Coleção Previdência Social  Volume 13
)oãçaunitnoc(
AROTEJNI
EDLOMODAERÁ
LATNORFOÃÇETORPARIESARTOÃÇETORPROIREPUSOÃÇETORP
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
ª6levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
1
e)
ociluárdih.psid
solepodanoica(
euqsorcim
.psidomanoica
.pside)ocirtéle
oãnocinâcem
levátsuja-otua
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
1
)
oãn
etsixe
3
ª7levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
e)sovitagen
ocinâcem.psid
-otuaoãn
)levátsuja
levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
)sovitagen
oãn
etsixe
3
ª8levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
e)sovitagen
ocinâcem.psid
-otuaoãne
levátsuja
levóm
ocirtéle.psid
sorcim2/c(
)sovitagen
elevóm
laicrap
3
etsixeoãn
1
.)ovitagenuoovitisop(orcimodoãçarepoedodomoracifitnedilevíssopiofoãN
2
.edlomuoossecaedroirepusaeráàednetseesmébmatlatnorflevómoãçetorpA
3
.edlomodroirepusaeráàossecaoedepmieuqetnatropmirotafocinúoéarotejniadarutlaA
Tabela 22  Condições de Comercialização de uma Amostra de Injetoras de
Plástico Usadas, São Paulo, Fevereiro de 2001
AROTEJNI
ASNERPADOTNEMAHCEFEDOMSINACEMODAERÁ
OÃÇETORP
LATNORF
OÃÇETORP
ARIESART
OÃÇETORP
ROIREPUS
OÃÇETORP
LARETAL
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
ª1axif–axif–
oãn
etsixe
–axif–
ª2levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
)ovitagen
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
)ovitagen
oãn
etsixe
2
–axif–
)aunitnoc(
73
Máquinas e Acidentes de Trabalho
)oãçaunitnoc(
AROTEJNI
ASNERPADOTNEMAHCEFEDOMSINACEMODAERÁ
OÃÇETORP
LATNORF
OÃÇETORP
ARIESART
OÃÇETORP
ROIREPUS
OÃÇETORP
LARETAL
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
OPIT
OVITISOPSID
ED
AÇNARUGES
ª3levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
)ovitagen
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
)ovitagen
oãn
etsixe
2
–axif–
ª4axif–axif–
oãn
etsixe
–axif–
ª5axif–axif–
oãn
etsixe
–axif–
ª6levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
1
)
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
1
)
oãn
etsixe
2
–axif–
ª7levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
)ovitagen
levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
)ovitagen
oãn
etsixe
2
–axif–
ª8levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
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levóm
ocirtéle.psid
orcim1/c(
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oãn
etsixe
2
–axif–
1
.)ovitagenuoovitisop(orcimodoãçarepoedodomoracifitnedilevíssopiofoãN
2
.asnerpadotnemahcefedomsinacemodroirepusaeráàossecaoedepmieuqetnatropmirotafocinúoéarotejniadarutlaA
3.2.10. Cilindros Misturadores para Borracha
3.2.10.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras; quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Esse equipamento pode oferecer risco de acidente muito grave quando existir a
possibilidade de aprisionamento das mãos na região de convergência do par de cilin-
dros metálicos. São comuns máquinas com cilindros de cerca de 30cm de diâmetro, de
grande inércia, podendo, por isso, provocar esmagamento extremamente grave em
mãos e braços.
A proteção adequada para esse tipo de equipamento é mostrada na figura abai-
xo. Ela é apresentada em fascículo do Rubber Advisory Committee, da Inglaterra (1991).
74
Coleção Previdência Social  Volume 13
Figura 11  Proteção adequada para cilindros misturadores para borracha.
Fonte: Rubber Industry Advisory Committee (1991).
É constituída por uma barra, localizada na altura do tórax do operador, que, ao
ser pressionada, interrompe o funcionamento do motor do equipamento e aciona um
freio para os cilindros. Se dimensionada corretamente, quando as mãos do operador
se aproximarem da região de risco, seu tórax irá pressionar a barra, provocando a
parada dos cilindros. Uma proteção fixa impede o acesso por baixo da barra.
Outros requisitos também são definidos nesse fascículo, como tipo e quantida-
de de chaves de fins de curso, requisitos para os freios, necessidade de também impe-
dir o acesso à região de risco pelas laterais ou parte traseira da máquina, etc.
3.2.10.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Foram relacionados cinco fabricantes de cilindros misturadores.
75
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Em janeiro último, foram obtidos catálogos de um desses fabricantes, com a
própria empresa. Nesses catálogos, são apresentados equipamentos sem proteções ou
com proteções inadequadas.
Tabela 23  Condições de Comercialização de Cilindros Misturadores para
Borracha, de Acordo com Catálogos do Fabricante,
São Paulo, Janeiro de 2001
OLEDOM
ORTEMÂID
SOD
SORDNILIC
)mc(
ADARUTLA
SIAMETRAP
SODATLA
SORDNILIC
)mc(
SEÕÇETORP
1oledoM04531~
adarapacovorpeuqarrab:adauqedanioãçetorP
arutlaanadalatsni,adanoicaodnauqaniuqámad
rodarepoodsépsod
2oledoM03511~adavresbooãçetorpamuhneN
3oledoM54531~
adarapacovorpeuqarrab:sadauqedaniseõçetorP
arutlaanadalatsni,adanoicaodnauqaniuqámad
arutlamesodalatsnisoiferodarepoodsépsod
omsemomezudorpeuqerodarepoodàroirepus
sodaxupodnauqotiefe
4oledoM55561~
adarapacovorpeuqarrab:adauqedanioãçetorP
arutlaanadalatsni,adanoicaodnauqaniuqámad
rodarepoodsépsod
As proteções utilizadas são ineficientes: não são concebidas para parar a máqui-
na quando as mãos estiverem prestes a ser esmagadas, mas para interromper ou rever-
ter o sentido de rotação dos cilindros após a sua ocorrência. Porém, podem-se verifi-
car boas proteções nas partes móveis de transmissão de força.
3.2.10.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Essas informações foram obtidas em lojas na cidade de São Paulo, em fevereiro
de 2001 e estão resumidas na Tabela 24.
76
Coleção Previdência Social  Volume 13
Tabela 24 - Condições de Comercialização de uma Amostra
de Cilindros Misturadores para Borracha Usados, São Paulo, Fevereiro de 2001
-TNACIRBAF
E
EDONA
-ÃÇACIRBAF
O
ORTEMÂID
SOD
SORDNILIC
)mc(
ADARUTLA
SIAMETRAP
SODATLA
SORDNILIC
)mc(
SEÕÇETORPOÇERP
X 53~531~
sodaicnêgrevnocedoãigeranoãçetorpamuhnenmes
sednargedsneganergneedserapmocesordnilic
satsopxeseõsnemid
odarongI53~531~
sodaicnêgrevnocedoãigeranoãçetorpamuhnenmes
ednargedsneganergneedserapmocesordnilic
satsopxeseõsnemid
00,000.51$R
odarongI53~531~
sodaicnêgrevnocedoãigeranoãçetorpamuhnenmes
ednargedsneganergneedserapmocesordnilic
satsopxeseõsnemid
00,000.61$R
Y
e0791ertne
0891
04~531~
adadarapacovorpeuqarrab:sadauqedaniseõçetorp
odsépsodarutlaan,adalatsniadanoicaodnauqaniuqám
rodarepo
Z0991~02~021~
adadarapacovorpeuqarrab:sadauqedaniseõçetorp
odsépsodarutlaanadalatsni,adanoicaodnauqaniuqám
adarutlaansadalatsni,setnalucsabsacalperodarepo
otiefeomsemomezudorpeuqerodarepoodaçebac
sadatnemivomodnauq
77
Máquinas e Acidentes de Trabalho
3.2.11. Calandras para Borracha
3.2.11.a. Por que são consideradas obsoletas ou inseguras; quais as alternati-
vas tecnológicas e/ou dispositivos de segurança indicados para reduzir os riscos
ocupacionais.
Potencialmente, esse equipamento apresenta risco bastante semelhante ao dos
cilindros para borracha, isto é, aprisionamento e esmagamento de mãos e braços na
região de convergência de cilindros metálicos de grande rigidez. Uma calandra com
três cilindros dispostos verticalmente (a mais comum) apresenta duas regiões de con-
vergência: uma do lado da alimentação, entre os cilindros superior e intermediário. A
outra na parte traseira da máquina, entre os cilindros intermediário e inferior.
Figura 12  Regiões de convergência de uma calandra com três cilindros. As setas menores
indicam a região de convergência inferior (na parte traseira da máquina).
Fonte: Rubber Industry Advisory Committee (1991).
78
Coleção Previdência Social  Volume 13
Um exemplo de proteção adequada para a região de convergência superior,
apresentada em fascículo do Rubber Industry Advisory Committee, da Inglaterra (1991),
é mostrada na figura abaixo.
A altura e dimensões da mesa de rolos impossibilitam o acesso à região de con-
vergência superior. Além disso, a barra horizontal, quando pressionada, interrompe o
funcionamento da calandra e aciona um freio para os cilindros. Deve haver uma fresta
de no máximo 6mm entre a mesa de rolos e o cilindro intermediário.
A região de convergência inferior pode ser protegida por meio de barra fixa,
como mostrado em desenho para as impressoras off-set. Nos casos em que, devido ao
tipo de trabalho a ser executado na máquina, uma barra fixa não puder ser utilizada,
outros tipos de proteção devem ser adotados.
3.2.11.b. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas novas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Foram relacionados 5 fabricantes de calandras misturadores.
Em janeiro e fevereiro deste ano, foram obtidos catálogos de dois deles, com as
próprias empresas. Nesses catálogos pode-se observar duas calandras de três rolos dis-
postos verticalmente sem proteções.
Figura 13  Calandra com mesa de alimentação formada por rolos.
Fonte: Rubber Industry Advisory Committee (1991).
79
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Uma delas possui cilindros de 50cm de diâmetro. No desenho do catálogo não
é possível observar nenhuma proteção.
A outra possui cilindros de 45cm de diâmetro. Da mesma forma, não se observa
nenhuma proteção no desenho do catálogo. Porém, em ambos os casos, pode-se verifi-
car boas proteções nas partes móveis de transmissão de força.
3.2.11.c. Identificação das condições em que estão sendo comercializadas má-
quinas usadas, no que se refere à tecnologia e aos dispositivos de segurança indicados,
especificando o tipo de máquina, fabricante, modelo.
Foram observadas duas calandras de três cilindros numa loja na cidade de São
Paulo, em fevereiro de 2001. Uma delas possuía cilindros de 40cm de diâmetro e,
segundo declaração, havia sido fabricada na década de 70. A outra, de marca diferen-
te, possuía cilindros de mesmo diâmetro.
Cada uma delas possuía uma proteção em forma de barra horizontal que, quan-
do pressionada interrompia o funcionamento da máquina ou invertia o sentido de
rotação de cada cilindro. Porém, em ambos os casos, o posicionamento dessa barra
não impedia ou diminuía as chances de um início de esmagamento. O acesso às regiões
de convergência, superior e inferior, continuava possível. A interrupção do esmaga-
mento dependia, então de uma ação voluntária do operador ou de outra pessoa, que
poderia não acontecer, ou demorar para acontecer, permitindo que o esmagamento
prosseguisse.
Verificaram-se, entretanto, boas proteções nas partes móveis de transmissão de
força.
80
Coleção Previdência Social  Volume 13
4. DISCUSSÃO GERAL, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
O presente estudo pode ser considerado como a primeira tentativa abrangente
e aprofundada que se faz no Brasil de ampliar a compreensão da complexa proble-
mática provocada pela utilização e, em muitos casos, comercialização de máquinas
inseguras e/ou obsoletas, cuja operação está associada à incidência de acidentes do
trabalho graves e incapacitantes, com óbvios impactos sobre a saúde e o bem-estar dos
trabalhadores e sobre o Seguro Social, tendo em vista a idade prematura dos segura-
dos atingidos, a gravidade das lesões e mutilações provocadas, e a magnitude e
irreversibilidade das incapacidades resultantes. É mais grave ainda o problema se se
considerar que a imensa maioria desses acidentes  todos, na verdade  podem perfei-
tamente ser prevenidos ou evitados.
Na primeira parte da pesquisa, chegou-se a um certo consenso sobre a identifi-
cação das máquinas ou tipos de máquinas considerados mais importantes em termos
de geração de acidentes graves e incapacitantes. É compreensão do autor e seus cola-
boradores que essas máquinas são as mais representativas de grandes setores ou ramos
de atividade distribuídos nacionalmente nas pequenas, médias e grandes indústrias
manufatureiras e da Construção Civil. Essa opção levou a excluir, no segundo momen-
to da pesquisa, a concentração em máquinas e equipamentos que tivessem uso locali-
zado, como é o caso da indústria calçadista e, de certa forma, as motosserras na indústria
da madeira.
Nessa fase do estudo, todas as observações já existentes e as coletadas coincidi-
ram em eleger as prensas mecânicas (item 3.2.1) como o vilão mais importante na pro-
blemática das máquinas obsoletas e perigosas, numa perspectiva geográfica nacional
e, de certa forma, setorial, já que se encontra presente em um sem-número de ativida-
des da Indústria Manufatureira, principalmente mecânica, metalúrgica, elétrica e ou-
tras assemelhadas.
Este estudo, por observações diretas e indiretas, contribuiu para melhorar a
compreensão sobre a causalidade do problema dos acidentes do trabalho com máqui-
nas obsoletas e perigosas, especialmente ao adotar o conceito de multicausalidade
ou de rede de causas  ambos vindos da Epidemiologia  ou de árvore de causas 
este vindo da Acidentologia do Trabalho  como bem discutem BINDER, ALMEIDA
& MONTEAU (1995), dentre outros.
Essa visão, reforçada no presente estudo, quer em sua investigação documental
quer em sua investigação-de-campo, avança para além da visão que situa o problema
na existência ou não de dispositivos de segurança nas máquinas. Por conseguinte, o
enfoque do controle ou prevenção do problema também não poderá estar situado
exclusivamente na questão dos dispositivos de segurança, como adiante se verá.
81
Máquinas e Acidentes de Trabalho
Com efeito, este estudo levou a entender, de modo mais claro, que o grave
problema dos acidentes do trabalho mutiladores e incapacitantes precisa ser analisa-
do em pelo menos cinco vertentes:
a atual utilização de máquinas e equipamentos obsoletos ou perigosos em um
parque industrial tecnologicamente obsoleto e economicamente limitado,
carente ou quase falimentar, em que as máquinas, no estado em que elas se
encontram, constituem indicadores da situação econômica, administrativa e
tecnológica de empreendimentos econômicos, principalmente de pequeno
e médio portes;
a atual comercialização de máquinas e equipamentos obsoletos ou perigosos,
usados ou de segunda mão que, como se viu em inúmeros casos deste minucioso
estudo, estão à disposição de quem os quer ou pode comprar, também como
uma expressão indicadora da banda pobre do parque industrial brasileiro,
tomando-se São Paulo como uma região altamente representativa do País.
Esse fenômeno está sendo, aparentemente, acelerado pela crescente
terceirização que acompanha o esvaziamento da grande indústria, transfe-
rindo às pequenas e microempresas, algumas das atividades, aliás, quase sem-
pre as mais pesadas, perigosas ou poluentes, ou de menor valor agregado;
a atual comercialização de máquinas ou equipamentos novos que, de fato,
não vêm com os dispositivos de segurança. Duas terão sido as possibilidades e
cada uma delas deverá ter tratamento distinto: a)a máquina foi vendida pelo
fabricante, sem os equipamentos ou dispositivos de segurança, o que foi visto
em vários casos, mas não pode ser generalizado para marcas ou fabricantes,
posto que se tornou praticamente uma opção negociada com o comprador
ou o revendedor; o mesmo fabricante também produz com os dispositivos de
segurança. b)Máquinas estrangeiras, importadas sem os dispositivos de segu-
rança. Para essas duas possibilidades, cabe chamar atenção para o fato de
que as dezenas ou centenas de observações feitas em campo, pela nossa equi-
pe, serviram tão-somente para retratar um flash ou instantâneo, válido ex-
clusivamente para a amostra observada, não podendo ser generalizada, com
total segurança, para outras máquinas similares da mesma marca, nem para
outros locais onde eventualmente estas máquinas se encontram à venda, nem
para outros momentos que não o presente. Essa observação tem óbvias impli-
cações na discussão das medidas de controle;
a comercialização de máquinas e equipamentos novos mas tecnologicamente
obsoletos, em que o fator de risco situa-se exatamente na tecnologia velha
e perigosa, bem exemplificado o caso pelas prensas mecânicas com embrea-
gem a chaveta (item 3.2.1.a) dentre outros exemplos. Muitas delas são adap-
táveis a tecnologias mais avançadas;
82
Coleção Previdência Social  Volume 13
a existência de importantes concausas ou causas básicas dos acidentes
com máquinas  claramente identificáveis quando se utiliza corretamente a
metodologia de árvore de causas  em que se destacam a combinação per-
versa entre o aumento de ritmos de produção; a introdução de gambiarras
para burlar sistemas e dispositivos de segurança; manutenção deficiente (muito
importante); processos operatórios inadequados e treinamento insuficiente.
A recente Tese de Doutoramento de Ildberto Muniz de Almeida confirma
eloqüentemente essa visão explicativa. (ALMEIDA, 2000).
Com essa visão das causas dos acidentes do trabalho graves e incapacitantes,
provocados por máquinas perigosas ou obsoletas, pode-se tentar sistematizar medidas
capazes de atenuar a gravidade do problema, tais como:
ampliação e reprodução da estratégia de discussões e acordos tripartites em
que participem empregadores, trabalhadores organizados e Governo. A par-
ticipação de fabricantes de máquinas é extremamente importante e amplia o
espectro e a efetividade da concertação. Essa estratégia mostra-se efetiva
em diversos estudos de casos discutidos nesse estudo. Aliás, o trabalho de
campo serviu, de certa forma, para verificar ou avaliar a efetividade dessa
estratégia. Exemplificam-na o que vem ocorrendo com as máquinas injetoras
de plástico em São Paulo (COMISSÃO PERMANENTE DE NEGOCIAÇÃO,
1997; FUNDACENTRO, 1998a; VILELA, 1998); as prensas mecânicas e as pren-
sas hidráulicas, na indústria metalúrgica de São Paulo (SINDICATO DOS
METALÚRGICOS DE SÃO PAULO e outros, 1998; 1999); as máquinas cilin-
dros de massa e seu resultado traduzido em regulamentação oficial (BRASIL.
MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1996; FUNDACENTRO, 1996), e as motosserras
na indústria da madeira (BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO, 1996),
dentre outros exemplos;
na verdade, por ampliação e reprodução entendemos a extensão desta
estratégia a regiões do País onde esta estratégia ainda não foi adotada, e/ou
setores econômicos onde isto ainda não ocorre, ou a situações especiais,
exemplificadas pela comercialização de prensas (mecânicas e hidráulicas)
usadas. Vale lembrar que no caso do acordo sobre as máquinas injetoras, sua
cláusula 2ª estabelece medidas a serem adotadas para a venda de injetoras
usadas. O parágrafo único dessa mesma cláusula estabelece que o Ministério
do Trabalho elaboraria normas e portarias para a exigibilidade do cumpri-
mento da cláusula. Contudo, nenhuma entidade que representasse os co-
merciantes de injetoras usadas participou do acordo;
necessidade de regulamentação específica para determinadas máquinas e equi-
pamentos. O presente estudo permitiu verificar, por exemplo, que dentre as
máquinas novas, os cilindros e calandras para borracha estão entre as máquinas
que apresentam as mais desfavoráveis condições de comercialização. Para
essas máquinas não existe atualmente qualquer legislação regulamentadora
ou acordos específicos;
83
Máquinas e Acidentes de Trabalho
aperfeiçoamento da fiscalização e vigilância das condições e dos ambientes
de trabalho, quer do Ministério do Trabalho (auditores-fiscais), quer do Sis-
tema Único de Saúde  SUS, por suas unidades estaduais ou municipais de
Vigilância Sanitária, como o observado em inúmeros municípios brasileiros
(SANTOS et al., 1990; SILVA, 1995). Particularmente, foi observado também,
entre muitos outros aspectos, a efetividade das ações do Ministério Público,
pelo Setor de Prevenção da Procuradoria de Acidentes do Trabalho, em ca-
sos concretos em que se realizam inquéritos civis, a partir da denúncia de
más condições de trabalho em determinados estabelecimentos. Cabe lem-
brar que na atuação do Ministério Público não há necessidade da utilização
das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, podendo ser uti-
lizadas normas ou referências técnicas estrangeiras e internacionais suficien-
temente idôneas. Outrossim, observaram-se ainda, casos em que a simples
utilização de máquinas ou equipamentos sabidamente perigosos (como os
bamburys para borracha)  ainda que sem a necessária ocorrência de aciden-
tes do trabalho graves  foi suficiente para o desencadeamento de investiga-
ção do Ministério Público;
por último, mas não menos importante, recomenda-se a adoção de mecanis-
mos para o reconhecimento ou certificação de marcas, modelos ou máquinas
consideradas seguras. Essa proposta poderia ser desenvolvida conjuntamen-
te com fabricantes e seus representantes (ABIMAQ, por exemplo), usuários
(clientes compradores e/ou atuais usuários), sindicatos de trabalhadores,
entidades certificadoras, além das instâncias governamentais que atuam na
área de controle das condições e ambientes de trabalho, incluindo com des-
taque o MPAS e o INSS. Alternativas como selo de qualidade, ou máquina
segura poderiam ser interessantes, desde que vinculadas a algum retorno
econômico para quem participa da iniciativa (por exemplo, redução na
tarifação do Seguro Contra Acidentes do Trabalho, ou estímulos a
determinadas linhas de financiamento, etc.) ou ao menos, algum reconheci-
mento público, ou divulgação de imagem. A idéia de benchmarking está implí-
cita, assim como idéias de certificação do tipo ISO.
Por conseguinte, não recomendamos a estratégia de vinculação dos achados
deste estudo, com a penalização econômica de fabricantes (suspensão da linha de
crédito do FINAME, ou outros), posto que, além de ser um estudo amostral, essas
medidas não teriam sustentação política e legal mais ampla, isto é, fora da amostra,
que, por sua vez, está perfeitamente localizada no tempo e no espaço específicos.
Além disso, como se viu no presente estudo, a comercialização de máquinas usadas e
de segunda mão e o abandono (até mesmo destruição) de dispositivos de segurança
(pelo usuário) mostram-se importantes na causa do problema. Por último, a estreita
relação entre tecnologia obsoleta e risco para a segurança do trabalhador tornam
a matéria mais complexa do que a investigação da existência ou não de dispositivos de
segurança.
84
Coleção Previdência Social  Volume 13
5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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