29
nascidas em um Hospital Amigo da Criança (HAC), comparando-as com outras que nasceram em
um hospital tradicional, em Santiago. A prevalência do aleitamento materno exclusivo (AME)
nos primeiros seis meses de vida foi de 66,8% naquelas que nasceram no HAC, contra 23,3% nas
que nasceram no hospital tradicional. No Brasil, estudo semelhante foi realizado por Fiedler, em
1995 , comparando um HAC em Santos, SP, com outro hospital tradicional (controle), porém que
atuava de maneira tradicional, ou seja, sem incentivo ao aleitamento materno. Constatou-se que a
mediana de amamentação com leite materno exclusivo foi de 75 dias, contra 22 dias. Isso
representa um benefício de 53 dias em amamentação se o programa fosse instituído no hospital-
controle. A probabilidade de aleitamento materno exclusivo para um mês foi de 0,64 no hospital
com o programa e de 0,39 no hospital - controle. Aos três meses, a probabilidade foi de 0,46
contra 0,20, respectivamente. Fazendo-se a diferença (0,64 - 0,39) e dividindo-se por 1.000,
encontra-se que 250 mulheres teriam aleitamento materno exclusivo no primeiro mês,
comprovando-se, assim, a eficiência do programa desenvolvido no Hospital Amigo da Criança.
Informações divulgadas pelo (PNIAM/UNICEF) (1995), destacam que a adoção dos "Dez
Passos" e o trabalho de incentivo ao aleitamento materno resultaram em significativo aumento
dos índices de amamentação em várias localidades no Brasil. Em Fortaleza, Ceará, na
Maternidade Escola Assis Chateaubriand, em pesquisa realizada no período de junho de 1993 a
junho de 1994, apurou-se uma prevalência de aleitamento materno exclusivo de 73% no primeiro
mês, 62% aos dois meses, 51% aos três meses, 44% aos quatro meses e de 38% entre cinco e seis
meses. Dados de pesquisas realizadas no estado do Ceará mostram taxas de 33% de aleitamento
materno exclusivo aos 30 dias e de 21% aos 60 dias. No Distrito Federal, os níveis de aleitamento
materno exclusivo foram de 58 dias; aleitamento materno predominante, em 92 dias; e
amamentação mista, em 101 dias. O programa de incentivo ao aleitamento materno desenvolvido
na maternidade tem contribuído para reduzir as taxas de morbi-mortalidade infantil. Em Joinville,
Santa Catarina, na Maternidade Darcy Vargas, conforme mostrado na pesquisa PNIAM/UNICEF,
(1995), os índices de aleitamento materno exclusivo no período de quatro a seis meses foi de
22%, superior ao da média nacional. Em Feira de Santana, Bahia, estudo realizado em junho de
1996 envolvendo 3.898 crianças com idade inferior a dois anos revelou taxas de 45% de
aleitamento materno exclusivo na faixa etária de 0 - 3 meses e 45,4% na faixa etária de 12 - 15
meses. A mediana de duração do aleitamento materno foi de nove meses. A experiência e os