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MANEJO DE ADUBAÇÃO EM Phalaenopsis (ORCHIDACEAE)
CULTIVADO EM FIBRA DE COCO
TÁTILA LIMA DO AMARAL
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY
RIBEIRO - UENF
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
ABRIL – 2007
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MANEJO DE ADUBAÇÃO EM Phalaenopsis (ORCHIDACEAE)
CULTIVADO EM FIBRA DE COCO
TÁTILA LIMA DO AMARAL
Tese apresentada ao Centro de
Ciências e Tecnologias Agropecuárias
da Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro, como parte
das exigências para obtenção do título
de Mestre em Produção Vegetal
Orientadora: Profª. Janie Mendes Jasmim
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
ABRIL – 2007
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MANEJO DE ADUBAÇÃO EM Phalaenopsis (ORCHIDACEAE)
CULTIVADO EM FIBRA DE COCO
TÁTlLA LIMA DO AMARAL
Tese apresentada ao Centro de
Ciências e Tecnologias Agropecuárias
da Universidade Estadual do Norte
Fluminense Darcy Ribeiro, como parte
das exigências para obtenção do título
de Mestre em Produção Vegetal
Aprovada em 03 de abril de 2007
Comissão Examinadora:
Prof. José Tarcísio Lima Thiébaut (Doutor, Produção Animal) – UENF
Prof. João Sebastião de Paula Araújo (Doutor, Fitotecnia) - UFRRJ
Prof. Fábio Cunha Coelho (Doutor, Fitotecnia) - UFV
Profª. Janie Mendes Jasmim (Doutora, Produção Vegetal) - UENF
Orientadora
ii
“... Quando a gente acha que tem todas as respostas,
vem a vida e muda todas as perguntas ... ”
(Luis Fernando Veríssimo)
Aos meus pais, Geraldo e Eliane;
aos meus avós, Miguel e Maria Cândida;
a minha irmã, Tatiana, e ao meu amor, Eduardo.
Dedico.
iii
AGRADECIMENTO
A Deus, que me colocou onde estou e me faz vencer os obstáculos da
vida.
À Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e
ao Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias (CCTA), pela oportunidade
de realizar o curso de Pós-Graduação em Produção Vegetal e por toda a infra-
estrutura oferecida.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq), pela concessão da bolsa de estudos.
À prof
a
. Janie Jasmim, pela orientação, confiança e amizade.
Ao prof. João Araújo, pelo auxilio na realização dos experimentos,
sugestões para o trabalho e ajuda nas avaliações.
Ao orquidário Denphal Agrícola Ltda. em Maricá, RJ e, especialmente
aos Sr José Luiz Bartolo e Raul Sudré, pela confiança e disponibilização do
material e da área para instalação e realização dos experimentos.
Ao prof. José Tarcísio Lima Thiébaut, pela ajuda nas análises
estatísticas e aprendizado.
Ao prof. Fábio Cunha Coelho, pela atenção, serenidade e
disponibilidade de ajudar a qualquer hora.
iv
Ao Careta, Kiko e Graça, sempre receptivos, atenciosos e prontos a
ajudar.
Ao Claudimar e Cíntia, pela ajuda nas viagens e avaliações dos
experimentos.
Ao Laboratório de Nutrição Mineral de Plantas da Uenf, pela realização
das análises.
Aos Sr Accácio e Geisa, sempre prestativos nas análises.
Ao Detony, pela ajuda nos trabalhos de laboratório.
Aos motoristas, Sr Belido e Samuel, pela amizade, compreensão,
disposição e companhia nas viagens.
A todos os meus amigos, pela amizade e agradável convívio durante a
realização do curso.
À minha família, pelo apoio, incentivo e compreensão em todos os
momentos.
E ao Eduardo, pelo carinho, amor, compreensão, apoio e confiança
durante todos esses anos.
v
SUMÁRIO
RESUMO......................................................................................................... vii
ABSTRACT...................................................................................................... ix
1. INTRODUÇÃO............................................................................................ 01
2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................ 04
2.1. Orquídeas............................................................................................. 04
2.2. Gênero Phalaenopsis........................................................................... 06
2.3. Substrato.............................................................................................. 07
2.4. Adubação e nutrição mineral de orquídeas.......................................... 12
3. MATERIAL E MÉTODOS............................................................................. 18
3.1. Material vegetal e delineamento experimental..................................... 18
3.2. Avaliações e determinações analíticas................................................. 20
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................... 22
4.1. Primeiro experimento: Híbrido RJ 343................................................. 22
vi
4.2. Segundo experimento: Híbrido RJ 84-2............................................... 34
5. RESUMO E CONCLUSÕES........................................................................ 43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 46
APÊNDICE....................................................................................................... 52
vii
RESUMO
AMARAL, Tátila Lima do; M.Sc.; Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro; abril de 2007. Manejo de adubação em Phalaenopsis
(Orchidaceae) cultivado em fibra de coco. Orientadora: Janie Mendes Jasmim.
Conselheiros: José Tarcisio Lima Thiébaut e João Sebastião de Paula Araújo.
Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de dois substratos
e diferentes doses de adubação mineral e organo-mineral sobre o crescimento
e teores foliares de nutrientes de Phalaenopsis. A pesquisa foi desenvolvida
em casa de vegetação, na Denphal Agrícola Ltda., em Maricá, RJ, e constou
de dois experimentos com híbridos comerciais de Phalaenopsis cultivados em
dois substratos: fibra de coco industrializada (Sub 1) e não-industrializada (Sub
2), em mistura com casca de Pinus e brita zero (1:1:1 v/v/v). O primeiro
experimento avaliou o híbrido RJ 343 (Phalaenopsis Portobello x Phalaenopsis
Malibu Bistro), cultivado nos dois substratos, com quatro doses de adubo
mineral (0; 0,9; 1,2; 1,5 g L
-1
) e dois tratamentos adicionais [aplicação foliar do
fertilizante Aminon
(0,5 ml L
-1
) na dose de 1,2 g L
-1
nos dois substratos], em
esquema de parcelas subdivididas no tempo (06 e 12 meses), em
delineamento de blocos ao acaso com cinco repetições e período experimental
de 12 meses. O segundo experimento avaliou o híbrido RJ 84-2 [Phalaenopsis
viii
(Taisuco Adian x Taisuco Kochdian) x self] nos dois substratos, com as
mesmas quatro doses de adubo mineral e aplicação foliar de Aminon
(0 e 0,5
ml L
-1
), em esquema de parcelas subsubsubdivididas no tempo (06 e 12
meses), em delineamento de blocos casualizados com três repetições e
período experimental de 12 meses. Avaliaram-se número de folhas, área foliar,
área superficial de raízes, matéria seca de folhas, raízes e total, e teores
foliares de N, P e K. Plantas do Híbrido RJ 343 cultivadas no Sub 2 sem
Aminon
tiveram maior área foliar e matéria seca de folhas; o Aminon
não
teve efeito sobre o crescimento das plantas; a adubação promoveu aumento
linear de primeiro grau no número e matéria seca das folhas; não houve efeito
da época de avaliação sobre o número de folhas, área foliar, área superficial de
raízes e matéria seca total; o Sub 2 foi melhor que o Sub 1 para o crescimento
deste híbrido, com melhor crescimento das plantas na dose de 1,5 g L
-1
de
adubo mineral aos 12 meses. Para as plantas do Híbrido RJ 84-2, o Aminon
não teve efeito sobre o crescimento nem sobre os teores foliares de N e K nas
duas épocas, mas diminuiu o teor foliar de P; o Sub 1 promoveu maior área
foliar e área superficial de raízes e maior acúmulo de matéria seca de folhas,
raízes e total, aos seis e 12 meses; o aumento das doses de adubação
acarretou aumento do número de folhas, área foliar, matéria seca das folhas e
teores foliares de N, P e K, nas duas épocas de avaliação; o Sub 1 foi melhor
que o Sub 2 para este híbrido, com melhor crescimento na dose de 1,5 g L
-1
de
adubo mineral aos 12 meses. Os dois substratos podem ser utilizados no
cultivo de híbridos de Phalaenopsis, desde que consideradas as exigências
particulares de cada material vegetal.
ix
ABSTRACT
AMARAL, Tátila Lima do; M.Sc.; Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro; April 2007. Fertilization mangement in Phalaenopsis
(Orchidaceae) grown in coconut fiber. Supervisor: Janie Mendes Jasmim.
Counsellors: José Tarcisio Lima Thiébaut and João Sebastião de Paula Araújo.
This research aimed at evaluating the efficiency of two substrates and
different mineral and organic-mineral fertilizer dosages on the growth and leaf
nutrient contents of Phalaenopsis. The research was developed in a
greenhouse at Denphal Agrícola Ltda. In Maricá, RJ, and consisted of two
experiments with two commercial Phalaenopsis hybrids grown two substrates:
industrialized coconut fiber (Sub 1) and non-industrialized coconut fiber (Sub 2)
in mixture with Pinus bark and grade zero gravel (1:1:1 v/v). The first
experiment evaluated the hybrid RJ 343 (Phalaenopsis Portobello x
Phalaenopsis Malibu Bistro) grown in both substrates with four mineral fertilizer
dosages (0; 0.9; 1.2; 1.5 g L
-1
) and two additional treatments [Aminon
®
foliar
application (0,5 ml L
-1
) at 1,2 g L
-1
in both substrates] in a split-plot scheme in
time (six and 12 months), in a randomized block design with five replicates and
an experimental period of 12 months. In the second experiment the response of
the hybrid RJ 84-2 [Phalaenopsis (Taisuco Adian x Taisuco Kochdian) x self]
x
grown in both substrates with four mineral fertilizer dosages (0; 0.9; 1.2; 1.5 g L
-
1
) and foliar application of Aminon (0 e 0.5 ml L
-1
) in a split-plit-plot scheme in
time (six and 12 months) in randomized blocks with three replicates and an
experimental period of 12 months. The number of leaves, leaf area, root
superficial area, leaf, root and total dry matter weights, and leaf N, P and K
contents were evaluated. Plants of hybrid RJ 343 grown in Sub 2 without
Aminon
showed greater leaf area and leaf dry matter weight; Aminon had no
effect on plant growth; the fertilization caused a linear first degree increase on
the number of leaves and leaf dry matter weight; there was no effect of
evaluation time on the number of leaves, leaf area, root superficial area, and
total dry matter weight; Sub 2 was better than Sub 1 for the growth of this hybrid
and the best plant growth was obtained in Sub 2 with 1,5 g L
-1
of mineral
fertilizer at 12 months. For plants of the hybrid RJ 84-2, Aminon
had no effect
either on growth or on the N and K leaf contents at both evaluation times but
decreased P leaf contents; Sub 1 caused increased leaf area, root superficial
area and greater leaf, root and total dry matter weights at six and 12 months;
the increase in fertilizer dosages lead to an increase in leaf number, leaf area,
dry matter weight and N, P and K at both evaluation times; Sub 1 was better
than Sub 2 for this hybrid with the best growth at 1,5 g L
-1
of mineral fertilizer at
12 months. Both substrates can be used for growing Phalaenopsis hybrids as
long as the particular demands of each plant material are taken into account.
1
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, o cultivo de plantas ornamentais é uma atividade que tem
importância econômica e social. Nos últimos anos, a produção de flores tem
passado por importantes transformações, deixando de ser praticada em poucos
Estados e voltada apenas para mercados regionais, com mercado nacional em
expansão (representação em 12 Estados) e em busca do mercado externo
(Kyiuna, 1998). O produtor que se responsabilizava por toda a cadeia produtiva,
desde o plantio até o transporte e comercialização, está cada vez mais
especializado, preocupando-se somente com o produto final, seja ele: flor de
vaso, flor de corte ou forrações (Tempo Verde, 2002).
A participação de cada segmento no mercado de flores está estimada em
30% para a produção, 20% para a distribuição, 10% para os acessórios e 40%
para os pontos de venda. Estima-se que a produção nacional de flores movimenta
ao redor de US$ 100 milhões anuais, com o consumo interno absorvendo mais de
90% desse total (IBRAFLOR, 2001).
A floricultura movimenta altos valores em sua produção e comercialização
em muitos países. É considerada um segmento econômico bastante dinâmico na
atividade agrícola. Em 2006, o Brasil exportou US$ 29,6 milhões em flores e
plantas ornamentais, representando um crescimento de 14,8% em relação a
2
2005. A maior parte dos produtos exportados é composta por mudas de plantas
ornamentais e orquídeas representando um valor de US$ 14,3 milhões, ou seja,
48,3% do valor total exportado; seguida pelo grupo de bulbos, tubérculos e
rizomas, com US$ 10,2 milhões (34,3%); por flores cortadas para buquês, frescas
ou secas, com US$ 3,1 milhões (10,5%); e, por último, o grupo de folhas,
folhagens e musgos para floricultura, com US$ 2,0 milhões (6,9%) do valor total
exportado (Kiyuna, 2006a).
Em 2004, as exportações de mudas de orquídeas acumularam vendas de
US$ 122.919,00 com resultado superior (55,43 %) ao verificado em 2003
(IBRAFLOR, 2004). Em 2005, o grupo de mudas de plantas ornamentais e
orquídeas continuou em primeiro lugar, com US$ 12,3 milhões, representando
47,8% do valor total exportado e crescimento de 5,3% (Kiyuna et al., 2006b). As
mudas exportadas originaram-se, principalmente, do Mato Grosso do Sul
(50,23%), Santa Catarina (36,99%), Rio Grande do Sul (7,89%) e Rio de Janeiro
(4,90%) (IBRAFLOR, 2004).
Segundo Aki (2002) e Dias (2002), a produção de flores e plantas
ornamentais do Estado do Rio de Janeiro já atingiu o valor de 13,3 milhões de
reais, com a participação de 800 produtores, gerando 4.000 mil empregos diretos
e 30 mil empregos indiretos.
As orquídeas aparecem como uma das plantas ornamentais mais
apreciadas e de maior valor comercial (Demattê e Demattê, 1996). Sua presença
se faz marcante na floricultura, tanto como flor de corte, na composição de
arranjos florais, quanto como planta de vaso, com longevidade mantida por várias
semanas, assim como no cultivo industrial do gênero Vanilla para extração de
essência de baunilha (Lorenzi e Souza, 2001; Joly,1993).
Dentre as orquídeas, as do gênero Phalaenopsis tiveram sua produção
drasticamente aumentada nos últimos anos devido à evolução nas técnicas de
produção e ao interesse dos consumidores (Griesbach, 1995; Wang e Lee, 1994).
A aceitação dessas plantas é boa no mercado interno, e, no mercado externo,
estimava-se que em 1996 a comercialização de plantas Phalaenopsis de vários
tamanhos, nos E.U.A., tenha atingido mais de seis milhões, ao passo que, no
Japão e Europa, milhões de plantas são consumidas anualmente (Griesbach,
1995; Wang, 1996).
3
No censo da floricultura do Estado do Rio de Janeiro, de 2002 e 2003,
realizado pela EMATER-RJ (2004), estão descritas as espécies de plantas
ornamentais mais produzidas, o tipo de cultivo, as áreas de cultivo e o número de
produtores no Estado, em que se dá destaque às orquídeas, que representam um
total de 18,14% das plantas cultivadas em vaso do estado. As orquídeas são
produzidas por 20 produtores e ocupam cerca de 555 m
2
em campo, 38.832 m
2
em estufas e 2.538 m
2
em telado, tendo uma área total de cultivo de 4,19 ha com
produção anual de 551.055 vasos.
O aumento da floricultura brasileira apresentou uma grande demanda na
produção de mudas, conseqüentemente o mercado passou a exigir estudos e
pesquisas envolvendo os vários segmentos da produção, desde o
desenvolvimento de vasos e recipientes a substratos e técnicas de propagação
(Salvador, 1995). Nesse panorama, entre os pontos de estrangulamento da
floricultura fluminense, estão a oferta de insumos e a dificuldade de evolução das
técnicas produtivas, incluindo as limitações tecnológicas e o elevado custo
ambiental e social acarretado (Carvalho e Chianca, 2002).
Enfatizando a necessidade de pesquisas sobre o cultivo nas condições
climáticas e de insumos do Brasil, para a melhoria da tecnologia de produção e,
conseqüentemente, do produto, este trabalho teve como objetivo avaliar a
eficiência de dois substratos e diferentes doses de adubação mineral e organo-
mineral sobre o crescimento e teores de nutrientes de Phalaenopsis em área de
produção comercial no Estado do Rio de Janeiro.
4
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Orquídeas
As orquídeas são consideradas as mais antigas entre as espécies
ornamentais cultivadas. À família Orchidaceae, à qual pertencem, é a maior entre
as monocotiledôneas e também entre as plantas ornamentais, e é considerada a
mais evoluída do reino vegetal (Paula e Silva, 2001). Apresenta cerca de 600 a
800 gêneros, de 25.000 a 30.000 espécies e mais de 100.000 híbridos,
totalizando 7% das plantas ornamentais do mundo (Pridgeon, 2001).
Há séculos, as orquídeas fascinam as pessoas por serem uma das
plantas mais exóticas e misteriosas que existem, graças à grande variedade de
cores, formas, tamanhos e fragrâncias, destacando-se como importante planta
ornamental de grande interesse econômico e botânico (Pridgeon, 2001). O cultivo,
em escala comercial, como planta ornamental iniciou-se na Europa há mais ou
menos 150 anos (Paula e Silva, 2001).
As orquidáceas estão distribuídas por todo o globo terrestre, à exceção
das regiões polares, podendo ser encontradas em diferentes altitudes, em
florestas tropicais, tundras, regiões desérticas, pântanos ou pradarias (Pridgeon,
2001).
5
De acordo com o seu hábitat, são consideradas em sua maioria plantas
epífitas (que vivem sobre árvores), mas podem ser classificadas também como
rupícolas (que vivem sobre pedras), terrestres e saxícolas. Existem também
algumas espécies de orquídeas classificadas como subterrâneas, que são os
gêneros Cryptanhemis e Rhizanthella (Demattê e Demattê, 1996; Miller e Warren,
1996).
As orquídeas são monocotiledôneas, herbáceas e perenes (Paula e Silva,
2001). O crescimento delas pode ser: monopodial - ereto ou simpodial – prostado,
sendo este último determinado por rizoma geralmente paralelo ao substrato
(Pridgeon, 2001). Morfologicamente, as orquídeas são constituídas de raiz, caule,
folha, inflorescência, flor, fruto e semente (Paula e Silva, 2001).
De modo geral, as orquídeas epífitas apresentam um sistema radicular
especializado, com raízes aéreas uniformemente grossas cujas funções básicas
são a fixação da planta aos troncos e galhos das árvores e a absorção de
nutrientes oriundos da decomposição de detritos acumulados nos troncos, bem
como da umidade proveniente das precipitações pluviométricas, orvalho noturno e
umidade do ar (Demattê e Demattê, 1996; Miller e Warren, 1996).
O sistema radicular das orquídeas é dotado de um tecido denominado
velame, que reveste as raízes e aloja fungos micorrízicos, que auxiliam na
nutrição destas plantas (Pridgeon, 2001). O velame também constitui um
mecanismo de adaptação ao déficit hídrico. Este tecido permite um estoque de
água durante os períodos de maior disponibilidade e, por outro lado, atua como
uma barreira física à transpiração e à desidratação das raízes durante os
períodos de falta de água (Paula e Silva, 2001).
Atualmente o cultivo de orquídeas movimenta um mercado que apresenta
números expressivos: algumas espécies atingem alto valor comercial, como, por
exemplo, uma planta adulta de Cattleya walkeriana "Tipo Feiticeira", que pode
chegar a custar R$ 2.500,00 no Brasil (Orquidário Paulista, 2007), mas há outras
variedades de Cattleya walkeriana que podem atingir valores superiores a US$
5.000,00 no mercado internacional (Rodrigues, 2005).
Na floricultura, as orquídeas são comercializadas como plantas de vaso e
como flor de corte, apresentando grande durabilidade (Lorenzi e Souza, 2001);
caso das inflorescências de orquídeas Phalaenopsis, que podem durar mais de
três meses na planta. Com o surgimento de novas técnicas de propagação e
6
multiplicação, houve no Brasil um aumento na comercialização e produção
dessas plantas (Stancato et al., 2001).
2.2. Gênero Phalaenopsis
Todas as espécies encontradas do gênero Phalaenopsis são nativas do
Norte da Austrália e de alguns países da Ásia (Índia, Filipinas, Nova Guiné, etc) e
conhecidas popularmente como orquídea borboleta, pois a forma de sua flor
lembra uma mariposa de asas abertas (Tuskes e Tuskes, 2002; Gordon,1990).
São plantas epífitas com crescimento monopodial, sem pseudobulbos ou
órgão similar. As folhas têm textura coriácea e podem medir até 46 cm de
comprimento por sete centímetros de largura. São suculentas, o que serve de
reserva de água e alimento, e adaptadas a baixos níveis de luz na natureza. As
inflorescências surgem entre as folhas, e pode haver até mais de 100 flores
(Pridgeon, 2001).
A produção de orquídeas Phalaenopsis teve um crescimento
extraordinário nos últimos anos pela disponibilidade de técnicas de cultivo, seu
rápido crescimento e produção de hastes floridas com uma riqueza de cultivares,
de diversas cores, formas e tamanho de flores, que permanecem por vários
meses na planta. Constitui-se em um grupo favorito entre os produtores e tem-se
tornado mundialmente popular, alcançando alto valor comercial (Gordon,1990;
Wang, 2000; Pridgeon, 2001; Su et al., 2001; Wang, 2003).
Apesar de Dendrobium, Cymbidium e Oncidium serem orquídeas
populares, Phalaenopsis compõe a maior parte do mercado de orquídeas em
vasos nos Estados Unidos (75%). Em 2000, as vendas de orquídea por atacado
acumularam cerca de US$ 100 milhões (Griesbach, 2002). Só a comercialização
de Phalaenopsis e Dendrobium em vasos, em 2001, atingiu US$ 100 milhões nos
E.U.A.. Em seis anos, a produção de orquídeas envasadas cresceu 126%,
passou de US$ 47 milhões em 1996 para US$ 106 milhões em 2002 (Wang,
2003).
Da mesma forma, a produção de Phalaenopsis também tem aumentado
em outros países, como Alemanha, China, Japão, outros países da Europa,
7
Países Baixos e Tailândia que, em 2001, exportou 20 milhões de plantas (Su et
al., 2001; Griesbach, 2002).
2.3. Substrato
Para o cultivo e a propagação de plantas ornamentais, é necessário o uso
de substratos, sendo esse recurso um dos fatores que mais afetam a produção e
o desenvolvimento das plantas.
Substrato é descrito como o meio onde se desenvolvem as raízes das
plantas cultivadas fora do solo. Esse fornece sustentação para as plantas,
regulando a disponibilidade de nutrientes e água para as raízes (Kämpf, 2000).
Gonçalves (1992) menciona que se devem esperar, como características
desejáveis de um substrato, a disponibilidade e baixo custo, a boa capacidade de
retenção de água e drenagem, isenção de propágulos de plantas daninhas e
microrganismos nocivos, ausência de substâncias tóxicas, valor de pH próximo da
neutralidade, propriedades físicas e químicas estáveis quando submetido a
tratamentos que visem esterilizá-lo, ser inodoro e não alterar suas propriedades
quando submetido a armazenamento por tempo prolongado.
Entre os substratos mais utilizados na produção de mudas, estão a
vermiculita, o composto orgânico, os estercos bovinos, a moinha de carvão, a
terra de subsolo, a serragem, o bagaço de cana, as acículas de Pinus e a turfa.
(Paiva e Gomes, 1996). Podem também ser utilizadas casca de árvores, casca de
arroz carbonizada ou natural, fibra de coco, composto de lixo urbano, argila
expandida, areia, entre outros.
Por muitos anos, o principal substrato utilizado no cultivo de orquidáceas
foi o xaxim, extraído das plantas Dicksonia sellowiana. Devido ao seu uso
indiscriminado, hoje o xaxim é protegido por lei, sob a Resolução nº. 278, de 24
de maio de 2001, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Brasil, 2001), por
meio da qual sua extração e comercialização estão proibidas.
Desta forma faz-se necessário procurar substratos alternativos para
substituir o uso de fibras de xaxim a fim de tornar o cultivo de orquídeas ecológica
e mais economicamente viável e fornecer, ao mesmo tempo, condições para que
8
a planta possa se fixar e dispor de ambiente arejado e de uma boa drenagem
(Sakane et al.,1993).
No cultivo de orquídeas epífitas, procura-se um substrato de fixação para
planta que mais se assemelhe com a mistura de materiais orgânicos fibrosos do
seu hábitat natural (Demattê e Vitti, 1997).
A utilização da fibra de coco para a produção de material substitutivo do
xaxim aparece como alternativa viável para a horticultura, sobretudo para o cultivo
de plantas ornamentais, devido a sua fácil disponibilidade em várias regiões,
principalmente, próximo ao litoral. A fibra de coco é um subproduto da
industrialização da água-de-coco e constitui um material de boa qualidade na
produção de substratos por ser inerte, apresentar alta porosidade, facilidade de
produção, baixo custo e alta disponibilidade, adequando-se à produção de plantas
ornamentais (Bezerra et al., 2001; Carrijo et al., 2002; Rosa et al., 2002; Souza,
2002; Amaral et al., 2003; Jasmim et al., 2003, 2006).
Nesse intuito, estudos têm sido realizados sobre o uso de substratos e a
adubação para a produção de orquídeas. Griesbach (1985) propôs a mistura de
nove partes de casca de pinheiro grossa (2,0 – 3,0 cm), três partes de casca de
pinheiro fina (0,5 - 1,0 cm) e uma parte de perlita como substrato ideal para o
cultivo de Phalaenopsis, por ser um substrato arejado, com boa porosidade, que
evita o encharcamento do meio.
Sakane et al. (1993) testaram o uso de substratos alternativos ao xaxim
no cultivo de Laelia purpurata. Para isso, os autores utilizaram cascalho puro,
uma mistura de três partes de cascalho para uma parte de xaxim, e xaxim puro, e
concluíram que o uso da mistura cascalho/xaxim oferece resultados equivalentes
aos obtidos com xaxim, sendo o seu uso bastante viável no cultivo dessa
orquídea.
Wang e Gregg (1994), estudando o efeito de substratos compostos de
diferentes misturas de perlita, Metro Mix 250, carvão, casca de pinheiro
compostada e lã de rocha, combinados a diferentes doses de adubo, sobre o
crescimento e qualidade das flores do híbrido Phalaenopsis [P. amabilis (L.)
Blume x P. Mount Kaala ‘Elegance’], observaram que: plantas cultivadas em
mistura de perlita + Metro Mix 250 + carvão e em perlita + lã de rocha tiveram
menor crescimento do sistema radicular em relação aos outros. Por sua vez
nenhum dos substratos teve efeito sobre o comprimento da haste floral.
9
Demattê e Demattê (1996), comparando blocos de casca de coco (coxim),
xaxim desfibrado, casca de Eucalyptus grandis, 50% de coxim + casca de E.
grandis, 70% de coxim + 30% de carvão vegetal, 70% de casca de E. grandis +
30% de carvão vegetal, e 35% de coxim + 35% de E. grandis + 30% de carvão
vegetal, demonstraram que, do ponto de vista de retenção e perda de água, os
materiais mais indicados para o cultivo de orquídeas epífitas, em comparação ao
xaxim, foram o coxim puro e o coxim em mistura com carvão vegetal ou com
casca de E. grandis.
Demattê e Vitti (1997) observaram as variações das concentrações de
nutrientes em xaxim desfibrado, blocos de casca de coco, casca de Eucalyptus
grandis e misturas de coxim + casca de E. grandis + carvão vegetal, durante três
anos, no cultivo de orquídeas epífitas, e concluíram que qualquer um dos
substratos, exceto casca de eucalipto pura, pode substituir o xaxim
satisfatoriamente.
Avaliando a utilização da casca de algumas coníferas como substrato no
cultivo de Dendrobium nobile Lindl. Cv. Gilblanc, Stancato et al. (2000) utilizaram
xaxim e três tipos de coníferas (Pinus patula, Cunninghamia lanceolata e
Cryptomeria japonica), em mistura composta de sete partes de casca de conífera,
três partes de carvão vegetal e uma parte de isopor, e verificaram que: plantas
cultivadas em xaxim apresentaram maior incremento da massa seca e maior
crescimento do sistema radicular; plantas cultivadas em mistura contendo C.
japonica apresentaram o segundo maior acúmulo de massa seca; as outras
misturas, com casca de coníferas, apresentaram-se inferiores aos demais
substratos utilizados.
Demattê e Graziano (2000), observando o cultivo de Dendrobium nobile
em xaxim, blocos de fibra de coco (coxim), casca de eucalipto e misturas de
coxim com casca de eucalipto e carvão, indicam o uso de coxim bem como sua
mistura com casca de eucalipto e carvão como substratos vegetais promissores,
para o cultivo de Dendrobium nobile, por apresentarem qualidades nutricionais
adequadas.
Rego et al. (2000), avaliando o crescimento de Oncidium sarcodes e
Schomburgkia crispa, cultivadas em xaxim desfibrado, xaxim em cubos, casca de
pinus, vermiculita + casca de arroz carbonizada + carvão + isopor, casca de pinus
+ isopor + carvão, casca de pinus + carvão, observaram que todos os substratos
10
usados no cultivo de O. sarcodes promoveram número de brotos, comprimento e
largura da folha e do pseudobulbo semelhantes aos observados em plantas
cultivadas em xaxim. Logo, concluíram que todos podem substituir o xaxim. No
entanto, para o cultivo de S. crispa, somente a mistura casca de pinus + isopor +
carvão proporcionou resultados semelhantes aos obtidos em xaxim.
Faria et al. (2001), estudando Oncidium barueri e Maxillaria picta,
cultivadas em diferentes misturas de substratos compostos de xaxim desfibrado,
vermiculita, casca de arroz carbonizada, carvão, pedaços de cerâmica, isopor e
casca de pinus, concluíram que, em relação ao crescimento e enraizamento de O.
barueri, o substrato que proporcionou resultados próximos aos do xaxim foi a
vermiculita, porém, para M. picta, as misturas vermiculita + carvão e vermiculita +
casca de arroz carbonizada apresentaram resultados semelhantes aos do xaxim,
podendo estes serem usados no cultivo dessa orquídea em substituição ao xaxim.
Xun e Ichihashi (2001), avaliando o crescimento e a absorção de
nutrientes de Phalaenopsis, cultivado em esfagno e casca de árvore da Nova
Zelândia, esfagno da China, casca de coco picada e lã de rocha, observaram que
plantas cultivadas em esfagno apresentaram maior crescimento em relação aos
demais substratos usados, por possuírem características físicas que
proporcionam a rápida fixação das plantas.
Em pesquisa sobre aclimatização de Dendrobium nobile Lindl., Moraes et
al. (2002) demonstraram que a mistura de vermiculita com o substrato comercial
Plantmax e a de Plantmax com carvão vegetal e isopor moído, proporcionaram
resultados semelhantes quanto ao comprimento da parte aérea, peso da matéria
fresca e número de raízes das plantas em relação ao xaxim desfibrado, podendo
assim ser utilizados como substratos alternativos ao xaxim.
Wang e Konow (2002), estudando a interação de fertilizantes solúveis
com substratos de casca de Pseudotsuga menziesii e mistura de casca de
pinheiro com esfagno, no crescimento vegetativo e na concentração de nutrientes
no substrato e nas folhas do híbrido Phalaenopsis Atien Kaala, observaram que:
plantas cultivadas em mistura obtiveram mais folhas, maior peso de matéria
fresca e maior área foliar que em 100% de casca; em casca com fertirrigação, as
plantas apresentaram melhor qualidade. Observaram ainda que, quando
cultivadas em mistura na presença de uréia como fonte de nitrogênio, as plantas
11
tiveram peso da matéria fresca de brotos 40 a 50% maior e área foliar 40% maior
que as dos resultados obtidos com outros adubos.
Comparando o crescimento de plântulas de Cattleya forbesii Lindl
cultivadas em xaxim desfibrado, mesocarpo de coco e mesocarpo de coco lavado,
Rezende et al. (2003a) não observaram diferenças significativas no número de
folhas e de bulbos das plantas cultivadas nos três substratos.
Rezende et al. (2003b), observando o crescimento dos híbridos
Brassolaeliacattleya Oconee ‘Mendehal’ e Laeliacattleya Festival de Ouro x C.
auranthiaca, cultivados em mesocarpo de coco e xaxim desfibrado, plantados em
vasos de cerâmica e pote plástico transparente, constataram que o híbrido
Brassolaeliacattleya Oconee ‘Mendehal’ apresentou maior número de folhas
quando o mesocarpo de coco foi utilizado, e o híbrido Laeliacattleya Festival de
Ouro x C. auranthiaca quando cultivado em xaxim; mas ambos os híbridos
apresentaram maior número de bulbos quando cultivados em xaxim.
Estudando a propagação vegetativa de Epidendrum ibaguense em
substratos alternativos ao xaxim, Meneguce et al. (2004) utilizaram xaxim
desfibrado, Plantmax e areia grossa com Plantmax como substratos e concluíram
que a mistura de areia com Plantmax substituiu eficientemente o xaxim no cultivo
dessa orquídea, proporcionando semelhantes resultados na porcentagem de
sobrevivência, número de brotos e altura dos brotos.
Assis et al. (2005) avaliaram o efeito de xaxim e de substratos à base de
coco (coco desfibrado Amafibra 80, pó de coco Amafibra 11, coco em cubos e
misturas destes) sobre a altura das plantas, diâmetro dos pseudobulbos, número
de brotos, peso da matéria seca das raízes, comprimento da maior raiz e pH dos
substratos, no cultivo de Dendrobium nobile, e concluíram que o coco desfibrado
e a mistura (coco em cubos + pó de coco) podem substituir o xaxim por
apresentarem resultados semelhantes aos nele observados.
Colombo et al. (2005), observando diferentes substratos compostos de pó
de coco, fibra de coco, xaxim desfibrado e esfagno, sob irrigação manual e
intermitente com bicos nebulizadores, durante a fase de aclimatização de
Cattleya, concluíram que o pó de coco e a fibra de coco apresentaram resultados
semelhantes aos do xaxim, gerando o pó de coco maior número de plantas com
broto e maior peso fresco da planta. A irrigação intermitente proporcionou maior
número de raízes na aclimatização das plantas.
12
Yamakami et al. (2006) avaliaram a massa de matéria fresca total, altura
da parte área, comprimento do pseudobulbo, comprimento da maior raiz, número
de raízes, número de brotos e número de flores de Cattleya Lindley, cultivada em
xaxim e substratos alternativos (fibra de coco, casca de pinus, casca de arroz
carbonizada e misturas de casca de pinus + casca de arroz carbonizada), e
concluíram que, em relação à massa de matéria fresca total e comprimento do
pseudobulbo, o xaxim e a fibra de coco obtiveram os melhores resultados
comparados aos dos demais substratos; por outro lado, todos os substratos
apresentaram resultados semelhantes em relação ao comprimento da maior raiz,
número de raízes, número de brotos e número de flores, que sugere o uso de
todos eles no cultivo dessa orquídea.
2.4. Adubação e nutrição mineral de orquídeas
Na natureza, uma das principais fontes de nutrientes para plantas epífitas
é a água da chuva que escorre sobre galhos e troncos de árvores, sendo esta
responsável, principalmente, pelo fornecimento de nitrogênio amoniacal ou nítrico;
o fósforo não se encontra presente em concentrações significativas na solução de
água da chuva, o que faz acreditar que outros mecanismos de aquisição de
fósforo pelas orquídeas estejam envolvidos, como, por exemplo, a associação
com fungos micorrízicos. A decomposição do substrato orgânico, onde algumas
epífitas se desenvolvem, pode também fornecer nutrientes às plantas, através da
sua gradual decomposição (Awasthi et al., 1995).
Por outro lado, em cultivos comerciais, geralmente se tem um ambiente
controlado com alta densidade de plantas, assim, a fertilização torna-se
indispensável para o bom crescimento e desenvolvimento das orquídeas
(Pridgeon, 2001).
Alguns fertilizantes comerciais são deficientes em relação a determinados
nutrientes, como, por exemplo, cálcio e enxofre. A deficiência de cálcio em
orquídeas provoca a morte de regiões de crescimento, como ápices radiculares e
brotações, além de tornar a planta mais susceptível a pragas e doenças, havendo
a necessidade da aplicação desses nutrientes separadamente (Gordon, 1990).
13
Poole e Seeley (1978), testando doses de adubação com nitrogênio (N)
(50, 100 e 200 mg L
-1
), potássio (K) (50, 100, 200 e 300 mg L
-1
) e magnésio (Mg)
(25, 50 e 100 mg L
-1
) sobre o crescimento e composição química de Cattleya,
Cymbidium e Phalaenopsis, observaram maior concentração de nutrientes e
crescimento de Cymbidium e Phalaenopsis com 100 mg L
-1
de N, 50 e 100 mg L
-1
de K e 25 mg L
-1
de Mg; e 50 mg L
-1
de N, P e K para Cattleya.
Wang e Gregg (1994), trabalhando com um híbrido de Phalaenopsis [P.
amabilis (L.) Blume x P. Mount Kaala ‘Elegance’] cultivado em cinco substratos e
com três doses de adubação (0,25, 0,5 e 1,0 g L
-1
) da formulação 20:20:20 (ou 20
de N: 8,6 de P: 16,6 de K), aplicadas em fertirrigação, observaram que, quando se
utilizou a dosagem de 1,0 g L
-1
, houve aumento no número de flores e
inflorescências por planta, no número e tamanho das folhas e diâmetro da haste,
independentemente do substrato utilizado.
Na avaliação do crescimento vegetativo e florescimento de híbridos de
Phalaenopsis cultivados em Sphagnum e adubados com seis diferentes
fertilizantes solúveis (10:30:20; 15:10:30; 15:20:25; 20:5:19; 20:10:20; 20:20:20),
nas concentrações de 100 ou 200 mg L
-1
N, Wang (1996) observou que a
concentração de 200 mg L
-1
propiciou maiores folhas e em maior número, maior
área foliar e maior comprimento da abertura de folha, independentemente do
fertilizante usado. Entretanto, observou que as plantas adubadas com a
formulação 10:30:20 apresentaram maior número de folhas que aquelas com a
20:20:20.
Avaliando cinco doses de adubação (150, 275, 400, 525 e 650 mg de
nitrogênio/planta) da formulação NPK (16-4-18) sobre o crescimento, qualidade e
produção de Phalaenopsis, Amberger-Ochsenbauer (1997) observou a formação
de folhas mais largas, sob 150, 275 e 400 mg N; as plantas que receberam as
doses mais altas produziram mais inflorescências e flores que as que receberam
doses mais baixas.
A absorção de nutrientes pelas raízes das orquídeas pode ser facilitada
pela associação dessas plantas com fungos micorrízicos. Essa associação pode
levar a um menor requerimento de adubos e, em conseqüência, à redução nos
custos de produção. A nutrição pode ser melhorada por meio das micorrizas, uma
vez, que estas estimulam o crescimento da planta e a maior absorção de
14
nutrientes, principalmente em condições de baixa concentração do nutriente no
meio de cultivo, como no caso do fósforo (Moreno et al., 2000).
Moreno et al. (2000) estudaram o efeito da associação micorrízica e dos
adubos Peters (20:20:20; 0,4375 g L
-1
), Orchids (19:31:17; 0,4375 g L
-1
), Peters
(15:30:15; 0,4375 g L
-1
) e Osmocote (13:13:13; 1 g por planta) sobre o
desenvolvimento de um híbrido de Phalaenopsis, e observaram que o tratamento
de Orchids (19:31:17) sem micorriza apresentou o maior número de botões florais
e flores no primeiro corte, e 38 dias de pós-colheita. O tratamento Peters
(15:30:15) com micorriza apresentou maior relação entre o peso da massa seca
das folhas e raízes, número de botões e de flores com qualidade comercial, e
menor abscisão de botões, demonstrando que as plantas de Phalaenopsis
adultas adaptaram-se bem à associação com micorriza.
Wang (2000), avaliando o efeito da freqüência de adubação e de doses
de nitrogênio, fósforo e potássio em plantas de Phalaenopsis spp., verificou que a
adubação contínua com uma dose adequada de nitrogênio (100 mg L
-1
) é mais
importante para obtenção de um maior número de flores do que adubação com
menor fornecimento de N (30 mg L
-1
) e maior de P (378 mg L
-1
) e K (506 mg L
-1
),
durante o período de indução de florescimento. O mesmo autor relata que a
interrupção completa da adubação antes da emissão da haste floral provoca
redução do número de flores e de sua longevidade, e, quando realizada no
momento da emergência da haste, há redução apenas no número de flores.
Diferentes proporções de adubos também são recomendadas em função
do substrato no qual as plantas são cultivadas. Pridgeon (2001) cita que, quando
orquídeas são cultivadas em xaxim, Osmunda cinnamomea, esfagno ou em
materiais inertes, como cascalho, rocha de lava, lã de rocha e outros, recomenda-
se a formulação 20:20:20 ou 10:10:10. Formulações de adubo com altas
concentrações de nitrogênio são recomendadas quando o cultivo é realizado em
casca de pinheiro. Para um melhor florescimento, são indicadas formulações ricas
em fósforo, como a formulação 10-30-20.
Paula e Silva (2001) relatam que a aplicação de adubo em orquídeas
deve ser a mais parcelada possível, devido ao lento desenvolvimento das plantas,
e, preferencialmente, realizada nos meses mais quentes, quando as plantas estão
em pleno crescimento vegetativo. Os mesmos autores afirmam que, após a
floração, as orquídeas entram em repouso e, nesta fase, não se deve adubá-las;
15
o reinício da adubação deve ser logo que começam as brotações, utilizando-se
adubação foliar, e, com o início da abertura floral, deve-se suspender a adubação
para evitar manchas nas flores.
Araújo (2004), testando diferentes adubos foliares e substratos na
aclimatização de plântulas de orquídeas Cattleya loddgesii ‘Alba’ x Cattleya
loddgesii ‘Atibaia’, concluiu que, quando as plantas receberam o adubo mineral
foliar Biofert Plus
®
, obteve-se maior número de raízes em relação às demais
formulações utilizadas, para todos os substratos testados, em virtude deste adubo
ter uma composição mais equilibrada que as outras, possibilitando absorção
imediata pelas folhas.
Há poucas pesquisas sobre nutrição mineral em orquídeas, sendo,
portanto, escassos os trabalhos que mencionam os teores adequados de
nutrientes nessas plantas.
Malavolta et al. (1997) apresentam os seguintes teores de macro (g kg
-1
)
e micronutrientes (mg kg
-
1) considerados adequados para orquídeas: N (15-25); P
(1,3-7,5); K (20-35); Ca (5-20); Mg (3-7); S (1,5-7,5).
Ao analisar a composição química e extração de nutrientes em cinco
espécies de orquídeas, duas do gênero Cattleya e três do gênero Laelia, Carlucci
et al. (1989) observaram que todas as cinco espécies apresentaram teores de N,
P, K, Ca, Mg e S abaixo daqueles comumente encontrados em plantas cultivadas,
enquanto os teores de B, Cu, Fe, Mn e Zn eram muito superiores. Os autores
propuseram, como adequados para os dois gêneros, os teores foliares de
nutrientes expostos na Tabela 01.
Tabela 01 – Faixas de teores foliares de nutrientes para os gêneros Cattleya e
Laelia
Nutriente
(g kg
-1
)
Cattleya Laelia
N 3,5 - 7,2 4,5 - 4,6
P 0,5 0,4
K 16,3 - 22,9 4,3 - 9,1
Fonte: Carlucci et al. (1989).
16
Jones Jr. et al. (1991) mencionam que a concentração dos nutrientes
difere não somente entre as plantas, mas também entre os seus órgãos, em
função do estado fisiológico do tecido, da posição do tecido na planta e da
disponibilidade de nutrientes nos substratos, e relacionam faixas ideais de
nutrientes em folhas totalmente desenvolvidas de alguns gêneros de orquídeas
(Tabela 02).
Tabela 02 - Faixas ideais de nutrientes em folhas totalmente desenvolvidas de
alguns gêneros de orquídeas
Nutriente
(g kg
-1
)
Cattleya Cymbidium Cypripedium Phalaenopsis
N 15 – 25 15 - 25 23 - 35 20 – 35
P 1,3 -7,5 1,3 - 7,5 2,0 - 7,0 2,0 - 7,0
K 20 – 35 20 - 35 20 - 35 40 – 60
Fonte: Jones Jr. et al. (1991).
Demattê e Graziano (2000), estudando a relação entre a concentração de
nutrientes nos substratos vegetais e o crescimento de Dendrobium nobile,
observaram que: as concentrações de B em todas as partes da planta, Cu nas
folhas e raízes, Fe e Mn nas raízes estavam relativamente altas em relação às
concentrações comumente encontradas em outras plantas; a concentração de Mn
encontrada nas folhas de D. nobile estava correlacionada com a concentração
deste micronutriente no substrato; a concentração inicial de K e Mn nos
substratos influenciou a perda de folhas após o plantio. Desta forma os autores
concluíram que a composição dos substratos influenciou o crescimento de
Dendrobium nobile.
Em Phalaenopsis, Moreno et al. (2000) demonstraram que, dependendo
da parte da planta analisada, diferentes teores de nutrientes podem ser
encontrados em função da formulação de adubo utilizada. Nas raízes, eles
verificaram valores mais altos de N, P e K nas plantas micorrizadas adubadas
com Peters 15:30:15, Osmocote 13:13:13 e Peters 20:20:20; nas folhas, os teores
mais altos de P e K foram observados em plantas micorrizadas e adubadas com
17
Peters 20:20:20 ou com Orchids 19:31:17; e, nas flores, observaram-se as
maiores concentrações de N, P e K em plantas micorrizadas adubadas com
Osmocote 13:13:13 e Orchids 19:31:17 . No entanto, os autores verificaram que o
tratamento com maior número de flores foi aquele em que se aplicou a formulação
Peters 15: 30:15 associada à micorriza.
Em estudo comparando a interação da adubação e da composição do
substrato sobre o crescimento e concentração de nutrientes nas folhas de
Phalaenopsis Atien Kaala, Wang e Konow (2002) concluíram que os substratos e
as adubações com diferentes formulações não tiveram efeito sobre a
concentração de nutrientes na segunda folha madura da base para o ápice, mas o
substrato teve efeito sobre o teor de P, que quase dobrou nas folhas das plantas
cultivadas em 100% de casca de pinheiro, em relação às demais.
Apesar de se terem pesquisas com orquídeas, a maioria delas avalia
apenas o crescimento e desenvolvimento das plantas em função do substrato de
cultivo; outras visam somente à aplicação de formulações de adubos com
limitadas concentrações, e poucos são os trabalhos que observam o efeito do
substrato de cultivo juntamente com as aplicações de formulações de adubos em
diferentes concentrações, e menos ainda são aqueles que determinam os teores
de nutrientes das plantas. Além disso, a maioria dos trabalhos encontrados é
realizada em condições ambientais e de manejo diferentes dos existentes no
Brasil. Verifica-se assim a necessidade de pesquisas sobre o cultivo de orquídeas
englobando o substrato de cultivo, adubação e análise nutricional das plantas, em
condições brasileiras.
18
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Material vegetal e delineamento experimental
A pesquisa foi desenvolvida em casa de vegetação na área do orquidário
Denphal Agrícola Ltda. em Maricá, RJ (latitude sul 22º 55’ 10’’, longitude oeste 42º
49’ 07’’) e constou de dois experimentos com híbridos comerciais do gênero
Phalaenopsis.
Mudas produzidas no orquidário em etapa de pré-floração, com
aproximadamente dois anos de idade, foram cultivadas em vasos plásticos,
transparentes, com 13 cm de diâmetro superior e volume de 951 ml.
No primeiro experimento, foi estudada a resposta do híbrido RJ 343
(Phalaenopsis Portobello x Phalaenopsis Malibu Bistro), de ciclo mais curto, em
esquema de parcela subdividida no tempo, em delineamento de blocos
casualizados, com cinco repetições. Nas parcelas, foram casualizados os
tratamentos do fatorial completo, envolvendo duas classes de substrato (Sub 1 e
Sub 2) e quatro doses de adubo mineral (0; 0,9; 1,2; 1,5 g L
-1
), além de dois
tratamentos adicionais [aplicação do fertilizante foliar organo-mineral Aminon
(0,5 ml L
-1
) nas plantas que recebiam a concentração de 1,2 g L
-1
, nos substratos
Sub 1 e Sub 2], portanto foram casualizados dez tratamentos nas parcelas. As
19
duas épocas de avaliação (6 e 12 meses) compunham as subparcelas. Foi
escolhida ao acaso uma planta para cada época de avaliação. O período
experimental foi de 12 meses.
No segundo experimento, foi estudada a resposta do híbrido RJ 84-2
[Phalaenopsis (Taisuco Adian x Taisuco Kochdian) x self], em esquema de
parcela subsubsubdividida no tempo (6 e 12 meses de avaliação), em
delineamento de blocos casualizados, com três repetições. Nas parcelas, foram
casualizados dois substratos (Sub 1 e Sub 2); dentro de cada substrato, foram
casualizados o fertilizante foliar organo-mineral Aminon
(0 e 0,5 ml L
-1
); dentro
do Aminon
, foram casualizadas quatro concentrações de adubo mineral (0; 0,9;
1,2; 1,5 g L
-1
) e, dentro da adubação, foi escolhida ao acaso um planta para cada
época de avaliação. O período experimental foi de 12 meses.
Em todos os experimentos, foram utilizados os seguintes substratos:
Sub 1 – fibra de coco industrializada + casca de pinus + brita zero (1:1:1 v/v);
Sub 2 – fibra de coco não-industrializada + casca de pinus + brita zero (1:1:1, v/v).
A concentração de nitrogênio, fósforo e potássio e o comprimento e
largura da fibra de coco industrializada e não-industrializada estão descritos na
Tabela 03.
Tabela 03 - Teores de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e sódio (Na) e
comprimento e largura das fibras de coco industrializada e não-
industrializada
N P K Na Comp. Larg.
Fibra de coco
(g Kg
-1
) (cm)
Industrializada 3,22 0,23 6,00 0,50 6,00 2,00
Não-Industrializada 4,71 1,04 9,00 2,00 3,00 1,00
As plantas foram adubadas com produtos de formulações conhecidas e
que são utilizados correntemente no orquidário conforme segue:
- Formulação NPK (28-14-14) nos meses mais quentes do ano (setembro
a fevereiro), durante o período vegetativo das plantas, por três semanas seguidas,
e a formulação NPK (15-30-15) na quarta semana;
20
- Nos meses mais frios do ano (março a agosto), que antecedem o
florescimento, foram usadas a formulação NPK (15-30-15) durante três semanas
seguidas e a formulação NPK (28-14-14) na quarta semana;
- O fertilizante organo-mineral foliar Aminon
contendo nitrogênio (11%),
óxido de potássio (1%) e matéria orgânica (25%) foi aplicado semanalmente nos
tratamentos, na concentração de 0,5 ml L
-1
.
3.2. Avaliações e determinações analíticas
Os dados de crescimento foram observados aos seis e 12 meses após o
plantio. As coletas e as análises foram feitas por bloco. Plantas foram coletadas
para avaliação da área foliar, área superficial de raízes, massa seca de folhas e
raízes e determinação de nutrientes.
As amostras de plantas, coletadas em Maricá-RJ, foram levadas para o
Setor de Horticultura da UENF e separadas em raízes e folhas. As raízes foram
lavadas para posterior estimativa de sua área transversal em medidor de área
foliar de bancada (Li – 3000, Li-COR Inc.); a determinação da área superficial foi
obtida pela multiplicação deste valor por π (Rossiello et al., 1995).
As folhas foram limpas com toalha de papel umedecida em água
desionizada, para determinação da área foliar em medidor de área foliar de
bancada (Li – 3000, Li-COR Inc.).
As amostras foram acondicionadas em sacos de papel e submetidas à
secagem em estufa de circulação de ar forçada, com temperatura ajustada para
70 ºC, por 48 h. Após a secagem, as amostras foram pesadas em balança digital
para a determinação da massa seca. Em seguida, as folhas foram maceradas em
almofariz e armazenadas em frascos hermeticamente fechados para posterior
determinação de nutrientes (Malavolta et al., 1997).
Nas análises dos teores de nutrientes de cada um dos materiais
submetidos à digestão úmida, foram determinados nitrogênio (N), fósforo (P) e
potássio (K) nos extratos da digestão sulfúrica (H
2
SO
4
e H
2
O
2
) (Malavolta et al.,
1997; Jones Jr. et al., 1991).
O nitrogênio orgânico (NH
4
+
) foi determinado pelo método de Nessler
(Jackson, 1965). O fósforo (P), pela redução do complexo fosfo-molíbdico pela
21
vitamina C (Braga e Defelipo, 1974). Os teores de N orgânico e P foram
determinados por espectrofotometria. A leitura do teor de potássio (K) foi
realizada por espectrofotometria de absorção atômica.
Os dados observados de crescimento e teores de nutrientes foram
submetidos à análise de variância, utilizando-se o procedimento ANOVA (para
dados balanceados) dos recursos dos softwares estatísticos “SAEG” (Sistema
para Análises Estatísticas) (Euclides, 1983).
Foi analisado o contraste entre os substratos com fibra de coco
industrializada e não-industrializada. As comparações de médias foram efetuadas
utilizando-se o teste F, a 5% de significância. Para as doses de adubação, os
dados foram submetidos à análise de regressão com identidade modelo.
22
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Primeiro experimento: Híbrido RJ 343
A análise de variância para número de folhas, área foliar, área superficial
de raízes, matéria seca das folhas, matéria seca das raízes, matéria seca total,
teores foliares de nitrogênio, fósforo e potássio das plantas cultivadas em
substratos com fibra industrializada (Sub 1 ) e fibra não-industrializada (Sub 2 ),
sob diferentes doses de adubação mineral (0; 0,9; 1,2; 1,5 g L
-1
), em duas épocas
de avaliação (6 e 12 meses ), são indicadas na Tabela 04.
Não houve interação significativa entre adubação e substrato, mostrando
que os fatores atuam independentemente.
Comparando-se as médias do Sub 1 e Sub 2, observaram-se maior área
foliar e matéria seca das folhas nas plantas cultivadas no Sub 2, indicando que
alguma característica da fibra de coco não-industrializada promoveu maior
expansão e acúmulo de matéria seca das folhas, possivelmente sua maior
retenção de umidade em virtude do seu menor tamanho (Tabelas 04 e 05). Por
outro lado, o teor foliar de N foi maior em plantas cultivadas no Sub 1, podendo
isto estar relacionado à menor matéria seca foliar (Tabelas 04 e 05). Para as
demais variáveis analisadas, não houve diferença significativa.
23
Tabela 04 - Resumo das análises de variância para número de folhas (NF), área foliar (AF), área superficial de raízes (ASR), matéria seca das folhas (MSF),
matéria seca das raízes (MSR), matéria seca total (MST), teor foliar de N, P e K em plantas de Phalaenopsis RJ 343, cultivadas em substratos
com fibra industrial (Sub 1) e com fibra não-industrializada (Sub 2), sob as diferentes doses de adubação (g L
-1
), em duas épocas de avaliação (6
e 12 meses de cultivo)
* Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
1/
Contraste 1: Tratamento adicionais versus Fatorial.
2/
Contraste 2: Tratamento adicional 1 versus Tratamento adicional 2.
Quadrado Médio
Causa de variação GL
NF
AF
(cm
2
)
ASR
(cm
2
)
MSF
(g)
MSR
(g)
MST
(g)
N
(g kg
-1
)
P
(g kg
-1
)
K
(g kg
-1
)
Bloco 4 0,08 540,72 88,70 0,11 0,03 0,34 11,21 0,66 279,50*
Adubação 3 25,73* 21408,07* 1206,47* 1,82* 0,54* 2,09* 422,44* 12,86* 812,75*
Substrato 1 0,03 9731,42* 1242,52 0,73* 0,22 1,27 33,61* 0,40 118,04
Adubação x Substrato 3 0,94 38,75 77,45 0,02 0,12 0,22 10,92 1,71 94,31
C1: Trat. adic. vs Fatorial
1/
1 0,53 2433,04 437,98 0,22 0,20 0,85 156,19* 0,98 380,10
C2: Trat. adic.1 vs Trat. adic. 2
2/
1 0,01 141,51 78,73 0,02 0,03 0,47 4,54 3,26* 637,32*
“Erro A” 36 1,39 2333,60 349,90 0,11 0,15 0,48 4,80 0,64 100,44
Época 1 0,49 2414,19 137,36 0,64* 0,52* 0,24 110,86* 36,50* 1039,58*
Adubação x Época 3 0,96 611,41 116,32 0,04 0,13 0,09 33,80* 0,18 304,94*
Substrato x Época 1 0,53 1367,31 151,58 0,10 0,01 0,02 0,05 0,55 106,20
Adubação x Substrato x Época 3 0,40 936,76 60,76 0,06 0,01 0,17 3,93 0,63 87,86
C1: Trat. adic. vs Fatorial x Época 1 1,63 1754,58 260,18 0,12 0,06 0,13 1,97 0,00 157,41
C2: Trat. adic.1 vs Trat. adic. 2 x Época 1 0,31 467,74 94,44 0,18 0,08 0,06 45,79* 0,05 519,18*
"Erro B" 40 0,61 1184,67 184,50 0,08 0,08 0,27 5,63 0,41 70,47
24
Tabela 05 – Número de folhas (NF), área foliar (AF), área superficial de raízes
(AR), matéria seca das folhas (MSF), matéria seca das raízes
(MSR), matéria seca total (MST) e teores foliares de nitrogênio (N),
fósforo (P) e potássio (K) na matéria seca das folhas de plantas
Phalaenopsis RJ 343 cultivadas em substratos com fibra de coco
industrializada (Sub 1) e com fibra de coco não-industrializada
(Sub 2)*
Substrato NF
AF
(cm
2
)
ASR
(cm
2
)
MSF
(g)
MSR
(g)
MST
(g)
N
(g Kg
-1
)
P
(g Kg
-1
)
K
(g Kg
-1
)
Sub 1 4,41 a 106,66 b 42,48 a 0,86 b 0,96 a 1,94 a 17,43 a 3,84 a 82,08 a
Sub 2 4,38 a 128,71 a 50,36 a 1,05 a 1,07 a 2,20 a 16,73 b 3,70 a 79,65 a
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade: as letras comparam
médias de substratos
Resultados de maior crescimento de plantas de orquídeas cultivadas em
substratos à base de coco (fibra, cubos ou pó) também foram verificados por
Assis et al. (2005) no cultivo de Dendrobium nobile Lindl, que observaram que as
plantas em pó de coco ou coco desfibrado apresentaram melhores resultados de
crescimento que aquelas cultivadas em cubos de coco, em virtude da maior
retenção de umidade daqueles materiais. Os mesmos autores também
observaram que a mistura de cubos com pó de coco favorece mais às plantas por
combinar ao mesmo tempo as características de retenção de umidade e de
aeração dos materiais utilizados, melhorando as condições físicas do meio de
cultivo.
Houve efeito significativo de adubação sobre todas as variáveis
analisadas (Tabela 04).
A análise de regressão linear com identidade modelo mostrou que as
doses de adubação aplicadas promoveram aumento linear de 1º grau no número
de folhas, área foliar, matéria seca das folhas e matéria seca total (Figura 01 e
Figura 02 a, b e c) e nos teores foliares de N, P e K (Figura 03 a, b e c), com
redução linear na área superficial de raízes e matéria seca das raízes das plantas
de Phalaenopsis do híbrido RJ 343 (Figura 04 a e b).
25
O número de folhas aumentou linearmente com as doses de adubação
aplicadas, sendo o maior número de folhas observado com a maior dose de
adubação aplicada 1,5 g L
-1
(Figura 01).
y = 2,86 + 1,71 x
R
2
= 0,95
0
2
4
6
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Número de folhas
Figura 01. Número de folhas de plantas de Phalaenopsis RJ 343 cultivadas em
substrato com fibra de coco, sob diferentes doses de adubação.
Mesmo não havendo interação entre os efeitos do substrato e da
adubação sobre a área foliar e a matéria seca das folhas e nem interação entre
adubação e época sobre a matéria seca das folhas, matéria seca das raízes e
teor foliar de fósforo (Tabela 04), houve interesse de se analisar as variáveis em
conjunto. Assim, observamos que houve aumento linear da área foliar em função
da adubação, e que plantas cultivadas no Sub 2 com fibra de coco não-
industrializada apresentaram maior área foliar em todas as doses de adubação
aplicadas (Figura 02 a).
A matéria seca das folhas também aumentou linearmente com o aumento
da adubação, e as plantas cultivadas no Sub 2 apresentaram maior incremento na
matéria seca das folhas, aos 12 meses, com todas as doses de adubação (Figura
02 b).
A matéria seca total aumentou linearmente com as doses de adubação
aplicadas (Figura 02 c).
26
y = 91,98 + 41,40 x
R
2
= 0,72
y = 69,40 + 41,40 x
0
60
120
180
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Área foliar (cm
2
)
Sub 1
Sub 2
y = 0,43 + 0,41 x
y = 0,56 + 0,41 x
y = 0,62 + 0,41 x
y = 0,75 + 0,41 x
R
2
= 0,77
0,0
0,6
1,2
1,8
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Matéria seca das folhas (g)
Sub 1: 6 meses
Sub 1: 12 meses
Sub 2: 6 meses
Sub 2: 12 meses
y = 1,81 + 0,29x
R
2
= 0,33
0,0
1,0
2,0
3,0
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Matéria seca total (g)
Figura 02. Plantas de Phalaenopsis RJ 343 cultivadas em substrato com fibra de
coco, sob diferentes doses de adubação: a) área foliar, b) matéria seca
das folhas (MS) e c) matéria seca total (MST).
a)
b)
c)
27
Quando a época foi analisada, houve interação com adubação apenas
para os teores foliares de N e K. Em ambos os casos, houve efeito principal de
época e adubação. Não houve interação entre substrato e época nem interação
tripla entre adubação, substrato e época (Tabela 04).
A adubação causou aumento linear de 1º grau nos teores foliares de N
independentemente do substrato, mas houve interação adubação e época de
avaliação. Nas plantas cultivadas no Sub 1 e Sub 2, os maiores teores foliares de
N foram observados aos 12 meses nas doses de 0; 0,9 e 1,2 g L
-1
, enquanto com
a dose de 1,5 g L
-1
os teores nas distintas épocas não diferiram (Figura 03 a).
Plantas cultivadas no Sub 1 apresentaram maiores teores foliares de N, pois
expressaram menor crescimento em relação àquelas cultivadas no Sub 2 (Tabela
05, Figura 03 a).
Os teores de P tiveram um aumento linear de 1º grau com o aumento da
adubação, cujos maiores valores foram observados aos 12 meses de cultivo
(Figura 3 b).
Os maiores teores foliares de K foram observados aos seis meses de
cultivo nas plantas sem adubação, com decréscimo dos teores à medida que se
aumentou a adubação, enquanto, aos 12 meses, houve aumento linear de 1º grau
dos teores em função do aumento da adubação, embora estes tenham sido
inferiores aos observados aos seis meses (Figura 03 c).
Os valores observados para os teores foliares de N das plantas sob as
doses 0, 0,9 e 1,2 g L
-1
de adubo mineral estão abaixo da faixa adequada citada
por Jones Jr. et al. (1991)(20-35 g kg
-1
de N, 2-7 g kg
-1
de P e 40-60 g kg
-1
de K),
enquanto aqueles sob a dose 1,5 g L
-1
estão dentro da faixa considerada
adequada, bem como os teores de P de todos os tratamentos. Os teores de K das
plantas de todos os tratamentos estão acima da faixa adequada.
Entretanto, de acordo com as concentrações de nutrientes encontradas
por Moreno et al. (2000) ao avaliarem diferentes partes de plantas sadias de
Phalaenopsis sem inoculação de fungos micorrízicos, os teores foliares de N
observados foram semelhantes, os teores de P, inferiores e os de K, superiores
aos encontrados por estes autores.
Para as características cujo incremento aumentou linearmente, com efeito
de 1º grau, o valor máximo de crescimento em função da dose de adubo fornecida
foi atingido com a dose de 1,5 g L
-1
de adubo mineral. Visando estabelecer o nível
28
máximo de fertilizante, a partir do qual as plantas não mais responderiam com o
incremento daquelas características, ou seja, o crescimento seria estabilizado ou
diminuído em função da adubação, doses mais elevadas poderiam ser testadas.
29
y = 8,48 + 8,70 x
y = 14,14 + 4,90 x
y = 7,18 + 8,70 x
y = 12,85 + 4,90 x
R
2
= 0,95
0
10
20
30
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Teor foliar de nitrogênio (g Kg
-1
)
Sub 1: 6 meses
Sub 1: 12 meses
Sub 2: 6 meses
Sub 2: 12 meses
y = 3,36 + 1,13 x
R
2
= 0,82
y = 2,15 + 1,13 x
0
2
4
6
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Teor foliar de fósforo (g Kg
-1
)
6 meses
12 meses
y = 71,70 + 5,90 x
R
2
= 0,39
y = 86,90 - 2,43 x
0
40
80
120
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Teor foliar de potássio (g Kg
-1
)
6 meses
12 meses
Figura 03. Plantas de Phalaenopsis RJ 343 cultivadas em substrato com fibra de
coco, sob diferentes doses de adubação: a) teor foliar de nitrogênio, b)
teor foliar de fósforo e c) teor foliar de potássio.
a)
b)
c)
30
Houve redução linear de 1º grau na área superficial de raízes com o
aumento das doses de adubação aplicadas, com maiores valores observados
sem adubação (Figura 04 a).
A matéria seca das raízes das plantas do híbrido RJ 343 de Phalaenopsis
diminuiu linearmente com o aumento das doses de adubação, sendo os maiores
valores observados sem adubação aos 12 meses de avaliação (Figura 04 b).
y = 51,07 - 9,54 x
R
2
= 0,73
0
60
120
180
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubão (g L
-1
)
Área superficial de raízes (cm
2
)
y = 1,25 - 0,19 x
R
2
= 0,49
y =1,13 - 0,19 x
0,0
0,6
1,2
1,8
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Matéria seca de rzes (g
)
6 meses
12 meses
Figura 04. Plantas Phalaenopsis RJ 343 cultivadas em substrato com fibra de
coco, sob diferentes doses de adubação: a) área superficial de raízes
e b) matéria seca das raízes.
a)
b)
31
Somente foi observado efeito principal da época sobre a matéria seca das
folhas, matéria seca das raízes e teor foliar de fósforo (Tabela 06).
Tabela 06 – Número de folhas (NF), área foliar (AF), área superficial de raízes
(AR), matéria seca das folhas (MSF), matéria seca das raízes (MSR)
e matéria seca total (MST) e teor foliar de fósforo (P) nas folhas de
plantas Phalaenopsis RJ 343, aos 6 e 12 meses de cultivo, em
substrato com fibra de coco industrializada e não-industrializada*
Meses de
cultivo
NF
AF
(cm
2
)
AR
(cm
2
)
MSF
(g)
MSR
(g)
MST
(g)
P
(g Kg
-1
)
6 4,50 a 115,20 a 44,20 a 0,90 b 0,92 b 1,98 a 3,22 b
12 4,36 a 125,07 a 46,55 a 1,06 a 1,07 a 2,07 a 4,43 a
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de F ao nível de 5% de probabilidade: as letras
comparam médias das épocas de avaliação aos 6 e 12 meses de cultivo.
Não houve efeito da época de avaliação sobre o número de folhas, área
foliar, área superficial de raízes nem sobre a matéria seca total das plantas,
independentemente, do substrato utilizado. Contudo as plantas apresentaram
maiores valores de matéria seca das folhas e raízes e teor foliar de fósforo aos 12
meses (Tabela 06). Verifica-se que os teores de P observados estão dentro da
faixa considerada adequada citada na literatura (Jones Jr. et al., 1991).
O contraste entre a média dos tratamentos adicionais e o fatorial completo
só foi significativo para o teor foliar de nitrogênio (Tabela 04), que foi maior nas
plantas adubadas com Aminon
(Tabela 07). Isso pode ser decorrente do fato do
Aminon
ter em sua composição 11% de nitrogênio; desta forma, as plantas
adubadas com Aminon
teriam recebido um complemento de nitrogênio. Não
houve efeito sobre as demais características.
32
Tabela 07 – Teores foliares de nitrogênio (N) em plantas de Phalaenopsis RJ 343
cultivadas com aplicação foliar de Aminon
(0,5 ml L
-1
) e sem
aplicação de Aminon
, em substrato com fibra de coco*
Plantas
N
(g Kg
-1
)
Sem Aminon
16,78 b
Com Aminon
19,91 a
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de F ao nível de 5% de probabilidade:
as letras comparam médias de plantas sem e com aplicação de Aminon
.
Apesar das plantas adubadas com Aminon
terem apresentado maiores
teores de N, estes estão abaixo daqueles descritos na literatura (Jones Jr. et al.,
1991).
O contraste entre as médias dos tratamentos adicionais só foi significativo
para os teores foliares de fósforo e de potássio (Tabelas 04 e 08). As plantas
cultivadas no Sub 1 apresentaram maiores teores foliares de P e K que aquelas
cultivadas em substrato Sub 2. Os teores de P encontrados estão dentro da faixa
considerada adequada citada na literatura (Jones Jr. et al., 1991). Entretanto, os
teores de K observados encontram-se acima daqueles descritos pelo mesmo
autor.
Tabela 08 – Teores foliares de fósforo (P) e potássio (K) em plantas de
Phalaenopsis RJ 343 cultivadas com aplicação de Aminon
(0,5 ml L
-1
), em substratos com fibra de coco industrializada
(Sub 1) e com fibra de coco não-industrializada (Sub 2)*
Substrato
P
(g Kg
-1
)
K
(g Kg
-1
)
Sub 1 4,43 a 91,38 a
Sub 2 3,62 b 80,09 b
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de F ao nível de 5% de probabilidade: as
letras comparam médias de substratos com fibra de coco industrializada e com fibra de coco não-
industrializada.
33
A análise do contraste entre as médias dos tratamentos adicionais e o
fatorial completo não mostrou efeito da época de avaliação sobre as
características de crescimento nem sobre os teores foliares de nutrientes (Tabela
04).
Porém, houve efeito da época de avaliação sobre os teores foliares de N
e de K quando se analisou o contraste entre as médias dos tratamentos
adicionais (Tabelas 04 e 09). Os teores foliares de N das plantas cultivadas no
Sub 1 foram mais elevados que os observados nas plantas cultivadas no Sub 2
aos seis meses, porém, aos 12 meses, os teores de N observados nas plantas do
Sub 2 foram mais altos. Os teores foliares de N observados no Sub 2, aos seis
meses, e no Sub 1, aos 12 meses, encontram-se abaixo daqueles citados pela
literatura (Jones Jr. et al., 1991). Os demais teores de N observados encontram-
se dentro da faixa adequada. Em relação aos teores de K, plantas cultivadas no
Sub 1 apresentaram maiores teores que as plantas cultivadas no Sub 2, nas duas
épocas de avaliação. Os teores de K observados nas duas épocas de cultivo, em
ambos os substratos com fibra de coco, encontram-se acima dos relatados pela
literatura (Jones Jr. et al., 1991). Não houve efeito sobre as demais variáveis
analisadas (Tabela 04).
Tabela 09 – Teores foliares de nitrogênio (N) e potássio (K) em plantas de
Phalaenopsis RJ 343 adubadas com Aminon
e cultivadas em
substratos com fibra de coco industrializada (Sub 1) e com fibra de
coco não-industrializada (Sub 2), em duas épocas de avaliação:
aos 6 e 12 meses de cultivo*
N
(g Kg
-1
)
K
(g Kg
-1
)
6 12 6 12
Substrato
meses meses
Sub 1 21,12 a 19,64 b 87,00 a 95,76 a
Sub 2 17,15 b 21,72 a 85,90 b 74,28 b
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de F ao nível de 5% de probabilidade: as letras
comparam médias de substratos com fibra de coco industrializada (Sub 1) e com fibra de coco não-industrializada
(Sub 2).
34
4.2. Segundo experimento: Híbrido RJ 84-2
A análise de variância para número de folhas, área foliar, área superficial
de raízes, matéria seca das folhas, matéria seca das raízes, matéria seca total,
teores foliares de nitrogênio, fósforo e potássio das plantas cultivadas em
substratos com fibra industrializada (Sub 1 ) e fibra não-industrializada (Sub 2 ),
com (0,5 ml L
-1
) e sem aplicação foliar de Aminon
, sob diferentes doses de
adubação mineral (0; 0,9; 1,2; 1,5 g L
-1
), em duas épocas de avaliação (6 e 12
meses ), são indicadas na Tabela 10.
Na leitura da Tabela 10, observa-se que somente para os teores foliares
de P houve interação significativa entre adubação e substrato; para as demais
variáveis aleatórias analisadas, não houve interação, mostrando que os fatores
atuam independentemente.
As médias comparadas dos substratos, para cada variável aleatória,
mostraram que plantas cultivadas no Sub 1 apresentaram maior área foliar, área
superficial de raízes, matéria seca das folhas, matéria seca das raízes e matéria
seca total. Nas demais variáveis analisadas, não houve diferença significativa
(Tabelas 10 e 11).
Apesar dos números de folhas das plantas cultivadas no Sub 1 e Sub 2
não terem diferido, as folhas das plantas no Sub 1 apresentaram maiores área e
matéria seca, indicando que a característica número de folhas isoladamente não é
um bom indicador da resposta de crescimento de plantas Phalaenopsis RJ 84-2
(Tabela 11).
Os teores foliares N e K não diferiram nas plantas cultivadas em ambos
os substratos (Tabela 11), embora os teores de K encontrados na fibra não-
industrializada, que compõe o Sub 2, sejam mais altos (Tabela 03).
Os resultados indicam que alguma característica da fibra do Sub 2
restringiu o crescimento das folhas e raízes, com menor acúmulo de matéria seca
total nas plantas de Phalaenopsis RJ 84-2 (Tabela 11). Isto poderia indicar a
sensibilidade desse híbrido ao teor de Na da fibra do Sub 2 (Tabela 03), o que
não foi observado para o híbrido RJ 343.
35
Tabela 10 - Resumo das análises de variância para número de folhas (NF), área foliar (AF), área superficial de raízes (ASR), matéria seca das folhas (MSF),
matéria seca das raízes (MSR), matéria seca total (MST), teor foliar de N, P e K, em plantas de Phalaenopsis RJ 84-2 cultivadas em substratos com
fibra de coco industrializada (Sub 1) e com fibra de coco não-industrializada (Sub 2), com aplicação de Aminon
(0,5 ml L
-1
) e sem aplicação de
Aminon
, sob diferentes doses de adubação (g L
-1
), em duas épocas de avaliação (6 e 12 meses de cultivo)
*Significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
Quadrado Médio
Causa de variação GL
NF
AF
(cm
2
)
ASR
(cm
2
)
MSF
(g)
MSR
(g)
MST
(g)
N
(g kg
-1
)
P
(g kg
-1
)
K
(g kg
-1
)
Bloco 2 0,57 749,74 40,45 0,03 0,004 0,01 2,38 1,78 257,98
Substrato 1 0,01 21977,54* 5194,03* 1,65* 4,05* 11,82* 11,77 3,31* 155,43
Aminon
1 0,01 595,06 124,50 0,08 0,03 0,04 1,82 2,66* 57,74
Substrato x Aminon
1 1,76 9,24 1038,03 0,004 0,42 0,50 4,69 0,50 115,39
Adubação
3 4,50* 5849,08* 682,70 0,58* 0,20 0,21 388,12* 13,05* 527,74*
Adubação x Substrato
3 1,42 2072,51 39,10 0,16 0,02 0,32 25,40 2,56* 171,76
Adubação x Aminon
3 1,16 4480,07 216,61 0,23 0,16 0,83 10,53 0,29 76,22
Adubação x Substrato x Aminon
3 1,60 5108,10 363,19 0,23 0,17 0,81 5,26 0,54 89,08
“Erro A” 30 0,77 2056,46 336,67 0,12 0,20 0,62 12,51 0,39 154,94
Época 1 0,01 3104,12 466,42 0,59* 1,03* 1,46 704,04* 44,38* 1846,69*
Época x Substrato 1 0,84 5015,16 180,96 0,19 0,09 0,78 0,64 0,63 145,41
Época x Aminon
1 0,09 1559,67 351,08 0,08 0,13 0,55 9,33 0,26 72,72
Época x Adubação 3 0,92 1042,12 23,42 0,02 0,03 0,01 23,34* 0,09 104,66
Época x Substrato x Aminon
1 0,01 2110,22 214,25 0,09 0,08 0,34 11,32 0,70 15,64
Época x Substrato x Adubação 3 1,17 513,16 119,24 0,04 0,05 0,21 1,32 1,04 128,93
Época x Aminon
x Adubação
3 1,71 1101,07 67,26 0,04 0,05 0,19 13,43 0,34 14,58
Época x Substrato x Adubação x Aminon
3 0,16 448,91 131,38 0,03 0,08 0,20 3,32 0,75 115,74
"Erro B" 32 0,76 1592,35 238,43 0,10 0,13 0,42 7,47 0,70 67,57
36
Tabela 11 – Número de folhas (NF), área foliar (AF), área superficial de raízes
(AR), matéria seca das folhas (MSF), matéria seca das raízes
(MSR), matéria seca total (MST) e teores foliares de nitrogênio (N) e
potássio (K) na matéria seca das folhas de plantas Phalaenopsis
RJ 84-2, cultivadas em substratos com fibra de coco industrializada
(Sub 1) e com fibra de coco não-industrializada (Sub 2)*
Substrato NF
AF
(cm
2
)
ASR
(cm
2
)
MSF
(g)
MSR
(g)
MST
(g)
N
(g Kg
-1
)
K
(g Kg
-1
)
Sub 1 3,81 a 113,64 a 45,31 a 0,89 a 1,06 a 2,02 a 18,69 a 73,16 a
Sub 2 3,83 a 83,38 b 30,60 b 0,63 b 0,65 b 1,32 b 17,99 a 70,61 a
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade: as letras
comparam médias de substratos.
Comparando-se as médias de Aminon
para cada variável aleatória,
verifica-se que este só foi significativo para o teor foliar de fósforo (Tabelas 10 e
12), que foi maior nas plantas que não receberam este adubo.
Tabela 12 – Número de folhas (NF), área foliar (AF), área superficial de raízes
(AR), matéria seca das folhas (MSF), matéria seca das raízes (MSR),
matéria seca total (MST) e teores foliares de nitrogênio (N), fósforo
(P) e potássio (K) na matéria seca das folhas de plantas
Phalaenopsis RJ 84-2 cultivadas com aplicação de Aminon
(0,5 mL L
-1
) e sem aplicação Aminon
* em substrato com fibra de
coco.
Plantas NF
AF
(cm
2
)
ASR
(cm
2
)
MSF
(g)
MSR
(g)
MST
(g)
N
(g Kg
-1
)
P
(g Kg
-1
)
K
(g Kg
-1
)
Com Aminon
3,83 a 100,99 a 36,81 a 0,79 a 0,84 a 1,69 a 18,48 a 3,98 b 72,66 a
Sem Aminon
3,81 a 96,02 a 39,09 a 0,73 b 0,87 a 1,65 a 18,20 a 4,31 a 71,11 a
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade: as letras comparam
médias de Aminon
.
Houve efeito significativo de adubação sobre o crescimento das plantas, e
a análise de regressão linear com identidade modelo mostrou que as doses de
adubação aplicadas promoveram aumento linear de 1º grau sobre número de
folhas, área foliar, matéria seca das folhas e teores foliares de N, P e K (Tabela
10, Figuras 05 e 06).
37
O número de folhas aumentou linearmente com as doses de adubação
aplicadas, sendo o maior número de folhas observado com a maior dose de
adubação aplicada (1,5 g L
-1
) (Figura 05 a).
Mesmo não havendo interação entre os efeitos do substrato e da adubação
sobre a área foliar, a matéria seca das folhas e os teores de N e K e nem
interação entre adubação e época sobre a matéria seca das folhas, matéria seca
das raízes e teores foliares de P e K (Tabela 10), houve interesse de se
analisarem as variáveis em conjunto. Assim, observou-se que houve aumento
linear de 1º grau da área foliar em função da adubação e que plantas cultivadas
no Sub 1, com fibra de coco industrializada, apresentaram maior área foliar em
todas as doses de adubação aplicadas (Figura 05 b).
A matéria seca das folhas também aumentou linearmente com o aumento
da adubação, e as plantas cultivadas no Sub 1, com fibra de coco industrializada,
apresentaram maior incremento na matéria seca das folhas aos 12 meses, em
todas as doses de adubação (Figura 05 c).
A interação tripla de adubação, substrato e época não foi significativa
para nenhuma das variáveis aleatórias analisadas, mas pôde-se notar uma
interação do substrato e adubação nos teores foliares de P e uma interação de
adubação e época nos teores foliares de N (Tabela 10).
Para as características cujo incremento aumentou linearmente, com efeito
de 1º grau, o valor máximo de crescimento em função da dose de adubo fornecida
foi atingido com a dose de 1,5 g L
-1
. Visando estabelecer o nível máximo de
fertilizante, a partir do qual as plantas não mais responderiam com o incremento
daquelas características, ou seja, o crescimento seria estabilizado ou diminuído
em função da adubação, doses mais elevadas poderiam ser testadas.
38
y = 3,27 + 0,61 x
R
2
= 0,83
0
2
4
6
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Número de folha
s
y = 62,47 + 23,24 x
R
2
= 0,97
y = 92,73 + 23,24 x
0
50
100
150
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Área foliar (cm
2
)
Sub 1
Sub 2
y = 0,60 + 0,24x
y= 0,76 + 0,24 x
y= 0,34 + 0,24 x
y = 0,49 + 0,24 x
R
2
= 0,99
0,0
0,4
0,8
1,2
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Matéria seca das folhas (g)
Sub 1: 6 meses
Sub 1: 12 meses
Sub 2: 6 meses
Sub 2: 12 meses
Figura 05. Plantas de Phalaenopsis RJ 84-2 cultivadas em substrato com fibra de
coco, sob diferentes doses de adubação: a) número de folhas, b) área
foliar e c) matéria seca das folhas.
a)
b)
c)
39
A adubação causou aumento linear de 1º grau nos teores foliares de N
independentemente do substrato, mas houve interação adubação e época de
avaliação. Os maiores teores foliares de N foram observados aos 12 meses para
todas as doses aplicadas de fertilizante mineral (Figura 06 a).
Os maiores teores foliares de K foram observados aos seis meses de
cultivo para todas as doses aplicadas de fertilizante mineral (Figura 06 b).
Os teores de P tiveram um aumento linear de 1º grau com o aumento da
adubação, cujos maiores valores foram observados em plantas cultivadas no Sub
1 sem a aplicação de Aminon
, coletadas aos 12 meses de cultivo (Figura 07).
Os valores observados para os teores foliares de N das plantas sob as
doses 0, 0,9 e 1,2 g L
-1
de adubo mineral, aos seis meses, estão abaixo da faixa
adequada citada na literatura (20-35 g kg
-1
de N, 2-7 g kg
-1
de P e 40-60 g kg
-1
de
K) (Jones Jr. et al., 1991), enquanto aqueles sob a dose 1,5 g L
-1
aos 6 meses e
todos os valores observados aos 12 meses estão dentro da faixa considerada
adequada, bem como os teores de P de todos os tratamentos. Os teores de K das
plantas de todos os tratamentos estão acima da faixa adequada.
Resultados semelhantes aos observados, para os teores foliares de N e P
sem a aplicação de Aminon, foram também encontrados por Moreno et al. (2000)
ao avaliarem a concentração de nutrientes em diferentes partes de plantas sadias
de Phalaenopsis, sem inoculação de fungos micorrízicos, enquanto os teores
foliares de P com a aplicação de Aminon foram inferiores e os de K, superiores
aos encontrados por estes autores.
40
y = 8,89 + 7,50 x
y = 16,80 + 4,71 x
R
2
= 0,98
0
10
20
30
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Teor foliar de nitrogênio (g kg
-1
)
6 meses
12 meses
y = 61,68 + 6,46 x
R
2
= 0,91
y = 70,45 + 6,46 x
0
30
60
90
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Teor foliar de potássio (g kg
-1
)
6 meses
12 meses
Figura 06. Plantas de Phalaenopsis RJ 84-2 cultivadas em substrato com fibra de
coco, sob diferentes doses de adubação: a) teor foliar de nitrogênio e
b) teor foliar de potássio.
a)
b)
41
y = 3,41 + 1,60 x
y = 2,05 + 1,60 x
y = 2,38 + 1,60 x
y = 3,74 + 1,60 x
y = 2,87 + 0,64 x
y = 4,23 + 0,64 x
R
2
= 0,98
y = 3,90 + 0,64 x
y = 2,54 + 0,64 x
0
2
4
6
8
0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5
Doses de adubação (g L
-1
)
Teor foliar de fósforo (g kg
-1
)
com Aminon Sub1: 6 meses
com Aminon Sub 1: 12 meses
sem Aminon Sub 1: 6 meses
sem Aminon Sub 1: 12 meses
com Aminon Sub 2: 6 meses
com Aminon Sub 2: 12 meses
sem Aminon Sub 2: 6 meses
sem Aminon Sub 2: 12 meses
Figura 07. Teor foliar de fósforo em plantas de Phalaenopsis RJ 84-2 cultivadas
em substrato com fibra de coco, sob diferentes doses de adubação.
Somente foi observado efeito principal da época sobre a matéria seca das
folhas e raízes e sobre os teores foliares de P e K (Tabelas 10 e 13).
Tabela 13 – Número de folhas (NF), área foliar (AF), área superficial de raízes
(AR), matéria seca das folhas (MSF), matéria seca das raízes (MSR)
e matéria seca total (MST) e teor foliar de fósforo (P) nas folhas de
plantas Phalaenopsis RJ 84-2, aos 6 e 12 meses de cultivo, em
substrato com fibra de coco industrializada e não-industrializada*
Meses
de
cultivo
NF
AF
(cm
2
)
AR
(cm
2
)
MSF
(g)
MSR
(g)
MST
(g)
P
(g Kg
-1
)
K
(g Kg
-1
)
6 3,81 a 92,82 a 35,75 a 0,68 b 0,75 b 1,55 a 3,47 b 76,27 a
12 3,83 a 104,19 a 40,15 a 0,84 a 0,96 a 1,79 a 4,83 a 67,50 b
*Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade: as letras
comparam médias das épocas de avaliação aos 6 e 12 meses de cultivo.
42
Para os dois híbridos de Phalaenopsis estudados, RJ 343 e RJ 84-2,
houve um acréscimo no número de folhas, área foliar e matéria seca das folhas
com o aumento das doses de adubo mineral aplicadas, sendo os maiores valores
obtidos com a maior dose aplicada (1,5 g L
-1
).
Resultados semelhantes foram observados por Wang e Gregg (1994),
que verificaram o aumento no total de folhas, no comprimento e largura da
segunda folha completamente expandida e no número de flores e inflorescências,
com o incremento da adubação de 0,25 a 1,0 g L
-1
, durante o segundo ano de
cultivo.
Da mesma forma, Amberger-Ochsenbauer (1997), usando de 0,5 a 1,5 g
L
-1
da formulação NPK (16-4-18) em três híbridos de Phalaenopsis, cultivados em
vaso 13 com volume de 800 ml, verificou um incremento no diâmetro das plantas
e no número de flores e botões por planta com o aumento da adubação.
Também em plantas de Phalaenopsis, Wang (1996) observou que, ao
utilizar seis diferentes formulações de fertilizantes, nas concentrações de 100 a
200 mg L
-1
de N, houve aumento no crescimento das plantas, com maior número
de folhas e mais largas e com maior área foliar total, nas maiores concentrações
aplicadas independentemente da formulação usada.
43
5. RESUMO E CONCLUSÕES
O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência de dois substratos e
diferentes doses de adubação mineral e organo-mineral sobre o crescimento de
dois híbridos de Phalaenopsis, e seus teores de nutrientes.
A pesquisa foi desenvolvida em casa de vegetação na área do orquidário
Denphal Agrícola Ltda., em Maricá, RJ, e constou de dois experimentos com
híbridos comerciais do gênero Phalaenopsis, cultivados em dois substratos
compostos de fibra de coco industrializada (Sub 1) e não-industrializada (Sub 2)
em mistura com casca de Pinus e brita zero (1:1:1 v/v/v).
No primeiro experimento, foi estudada a resposta do híbrido RJ 343
(Phalaenopsis Portobello x Phalaenopsis Malibu Bistro), em esquema de parcela
subdividida no tempo, em delineamento de blocos casualizados, com cinco
repetições. Nas parcelas, foram casualizados os tratamentos com os dois
substratos (Sub 1 e Sub 2), com quatro doses de adubo mineral (0; 0,9; 1,2; 1,5 g
L
-1
) e dois tratamentos adicionais [aplicão do fertilizante foliar organo-mineral
Aminon
(0,5 ml L
-1
) nas plantas que recebiam a dose de 1,2 g L
-1
, nos substratos
Sub 1 e Sub 2]. As duas épocas de avaliação (6 e 12 meses) compunham as
subparcelas, com período experimental de 12 meses.
44
No segundo experimento, foi estudada a resposta do híbrido RJ 84-2
[Phalaenopsis (Taisuco Adian x Taisuco Kochdian) x self] cultivado em dois
substratos (Sub 1 e Sub 2), com quatro doses de adubo mineral (0; 0,9; 1,2; 1,5 g
L
-1
) e aplicação de Aminon
(0 e 0,5 ml L
-1
), em esquema de parcela
subsubsubdividida, em delineamento de blocos casualizados, com três
repetições. O período experimental foi de 12 meses.
Foram avaliados número de folhas, área foliar, área superficial de raízes,
massa seca de folhas, raízes e total e determinados os de nutrientes N, P e K nas
folhas.
Os resultados permitiram as seguintes conclusões:
Híbrido RJ 343:
- Plantas cultivadas no Sub 2 com fibra de coco não-industrializada, sem
Aminon
, apresentaram maior área foliar e matéria seca de folhas;
- O Aminon
não teve efeito sobre o crescimento das plantas do híbrido,
mas aumentou o teor foliar de nitrogênio;
- O Sub 2 contendo a fibra de coco não-industrializada foi melhor que o
Sub 1 com fibra de coco industrializada, promovendo melhor crescimento das
plantas;
- As doses de adubação aumentaram o número de folhas, área foliar,
matéria seca das folhas e os teores foliares de N e P;
- O maior crescimento de área foliar, matéria seca das folhas e total foi em
plantas cultivadas no Sub 2 com fibra não-industrializada na dose de 1,5 g L
-1
,
sem a aplicação de Aminon
, aos 12 meses de avaliação;
- Plantas cultivadas no Sub 1 apresentaram maiores teores foliares de N,
P e K;
- Maiores teores foliares de N foram verificados aos seis e 12 meses de
avaliação na dose de 1,5 g L
-1
com a aplicação de Aminon
0,5 ml L
-1
;
- Os teores foliares de P foram maiores na dose de 1,5 g L
-1
aos 12
meses de avaliação;
- Os maiores teores foliares de K foram observados aos seis meses de
cultivo nas plantas sem adubação;
- As faixas de teores foliares de N, P e K em g Kg
-1
para esse híbrido
foram, respectivamente: (16,15 - 22,23), (3,06 - 5,21) e (71,88 - 95,10).
45
Híbrido RJ 84-2:
- O Aminon
não teve efeito sobre o crescimento nem sobre os teores
foliares de N e K aos seis e 12 meses, mas plantas adubadas com Aminon
apresentaram menor teor foliar de P nas duas épocas.
- O Sub 1 com fibra de coco industrializada foi melhor que o Sub 2 com
fibra não-industrializada, promovendo melhor crescimento das plantas, com maior
área foliar, área superficial de raízes, matéria seca das folhas, matéria seca das
raízes e matéria seca total;
- As doses de adubação aumentaram o número de folhas, área foliar,
matéria seca das folhas e os teores foliares de N, P e K, nas duas épocas;
- O maior crescimento de área foliar e matéria seca das folhas foi em
plantas cultivadas no Sub 1 com fibra industrializada, na dose de 1,5 g L
-1
, sem a
aplicação de Aminon
, aos 12 meses de avaliação;
- Plantas cultivadas no Sub 1 apresentaram maiores teores foliares de N,
P e K;
- Maiores teores foliares de N foram verificados aos 12 meses de
avaliação na dose de 1,5 g L
-1
;
- Os teores foliares de P foram maiores na dose de 1,5 g L
-1
, sem a
aplicação de Aminon
, aos 12 meses de avaliação;
- Os maiores teores foliares de K foram observados aos seis meses de
cultivo nas plantas sob a dose de 1,5 g L
-1
;
- As faixas de teores foliares de N, P e K em g Kg
-1
para esse híbrido
foram, respectivamente: (16,32 – 25,56), (3,49 – 5,74) e (67,18 – 86,33).
Conclusões Gerais:
- Ambos os substratos podem ser utilizados no cultivo de híbridos de
Phalaenopsis desde que seja feito o ajuste entre a dose de adubação e
substratos, de acordo com as exigências particulares de cada material vegetal;
- Doses de adubo mineral superiores a 1,5 g L
-1
podem ser testadas
visando determinar a dose máxima de fertilizante, a partir da qual as plantas não
mais responderiam com o incremento daquelas características, ou seja, o
crescimento seria estabilizado ou diminuído em função da adubação.
46
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52
APÊNDICE
53
Quadro 1A – Médias mensais de temperaturas mínima e máxima e umidade
relativa registradas na casa de vegetação do orquidário Denphal
Agrícola Ltda. em Maricá, RJ, durante o período experimental
Temperaturas
Mês
Mínima
(ºC)
Máxima
(ºC)
Umidade
relativa
(%)
Jun/05 21 27 91
Jul/05 19 25 91
Ago/05 21 27 91
Set/05 21 25 91
Out/05 22 27 83
Nov/05 22 27 91
Dez/05 21 27 91
Jan/06 21 29 91
Fev/06 24 29 91
Mar/06 23 29 91
Abr/06 22 28 84
Média 21 27 91
54
Quadro 2A – Médias mensais de luminosidade externa e interna da casa de
vegetação do orquidário Denphal Agrícola Ltda. em Maricá, RJ,
durante o período experimental
Luminosidade
(µmoles fótons m
-2
s
-1
)
Mês
Externa Interna
Jun/05 2.230 211
Jul/05 7.227 310
Ago/05 3.391 319
Set/05 3.427 193
Out/05 5.442 546
Nov/05 5.088 545
Dez/05 5.643 508
Jan/06 7.717 702
Fev/06 7.012 547
Mar/06 6.328 466
Abr/06 6.467 564
Mai/06 5.789 510
Jun/06 6.227 710
Jul/06 7.621 845
Ago/06 6.633 615
Média 5.749 506
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