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Tabela 15. Calda de fumo no controle de pupas de moscas sinantrópicas, sob condições de
laboratório
% (p/v) L. cuprina C. megacephala C. hominivorax M. domestica
CV
0,0 4,6 AB 3,7 A 5,8 A 3,3 A 15,49
2,5 13,1 gAB 16,9 fA 12,4 fB 10,8 fB 15,17
5,0 22,3 fA 16,9 fBC 12,9 fC 20,7 eAB 15,35
7,5 34,5 eB 42,5 eA 30,1 eB 32,0 dB 10,97
10,0 48,9 dA 51,5 dA 48,3 dA 51,7 cA 2,32
12,5 77,3 cA 75,3 cA 75,2 cA 76,7 bA 2,07
15,0 91,7 bB 87,5 bB 91,6 bB 96,5 aA 4,20
TCF
1
100,0 aA 100,0 aA 100,0 aA 100,0 aA 0,00
R²
0,97 0,98 0,95 0,97
Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey a 5%;
1
Triclorfom = Neguvon® a 4,0%.
Extrato de folhas de fumo a 2,0 e 3,0% causaram, respectivamente, 45,4 e 45,8% de
mortalidade em ninfas de B. tabaci biótipo B em feijoeiro, sob condições controladas de
temperatura e umidade, de acordo com Pinheiro e Quintela (2004). Esses resultados não estão
de acordo com os obtidos no presente ensaio, onde a aplicação de extrato de fumo a 2,5%
provocou apenas de 10,0 a quase 17,0% de mortalidade para as quatro espécies de moscas.
Esse fato se deve, provavelmente, ao estádio de ninfa de B. tabaci testado pelos
pesquisadores, o qual não encontra-se envolvido pelo pupário rígido que dificulta o contato
das pupas das moscas com a solução aplicada, além das mesmas também estarem enterradas
no substrato.
Nos experimentos realizados no solo, as pupas de L. cuprina e M. domestica foram
controladas em mais de 90,0% com a aplicação solução de fumo-de-rolo a 15,0% (Tabela 16).
Tabela 16. Calda de fumo no controle de pupas de moscas siantrópicas, no solo
% (p/v) L. cuprina C. megacephala C. hominivorax M. domestica
CV
0,0 14,2 A 7,5 B 10,4 AB 7,5 B 22,08
2,5 6,0 fA 8,5 fA 9,3fA 9,0 fA 12,02
5,0 17,9 eA 21,1 eA 20,0 eA 21,6 eA 3,92
7,5 33,5 dC 42,7 dAB 40,0 dB 46,8 dA 6,95
10,0 51,9 cB 65,0 cA 60,4 cA 60,4 cA 5,77
12,5 74,8 bA 74,3 bA 74,0 bA 77,5 bA 1,79
15,0 94,2 aA 88,3aB 84,6 aB 94,6 aA 4,80
Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na linha e minúscula na coluna não diferem estatisticamente pelo
teste de Tukey a 5%.
Não foram encontradas na literatura consultada informações sobre o controle de
dípteros com a utilização de extratos de fumo, porém Medeiros et al. (2005) relatam que a
aplicação do extrato aquoso a 10% de N. tabacum exerceu 99,5% de controle sobre a
população de P. xylostella, a traça das crucíferas.
Os aleloquímicos presentes nas folhas de tabaco atuam contra diversos artrópodes,
podendo afetar estruturas citológicas e ultra-estruturais, alterando hormônios, tanto
modificando suas concentrações quanto o balanço hormonal total. Afeta também as
membranas, sua permeabilidade e a síntese de proteínas e atividades enzimáticas, sendo capaz
de inviabilizar o material genético, induzindo alterações do DNA (GLIESSMAN, 2000).