financeiros para que os eleitos possam gerir seus recursos com eficiência e eficácia, voltados
ao bem-comum.
Sob essa ótica e fundamentado nas discussões dos tópicos anteriores desta dissertação,
pode-se entender que os estudos atuais voltados à Administração Pública estão sendo
desenvolvidos, buscando definir o tipo de Estado que se pretende para a atualidade, em que se
deve privilegiar os aspectos gerenciais, mediante a otimização da utilização dos recursos
voltados a resultado econômico, o que representa um desafio diante das diversas vertentes
teóricas que se dispõem a discutir a forma como deve ser gerenciada a Administração Pública.
Essa forma de pensar o modelo de Administração Pública teve destaque, conforme
Spink (1998, p.148) In. Bresser-Pereira e Spink (1998), “no período que antecedeu as
primeiras conferências sob a égide das Nações Unidas, no fim dos anos 60 e princípio dos 70,
a expressão em uso era reforma administrativa”.
Os autores acrescentam que o relatório das Nações Unidas, em sua conferência
ocorrida em 1971, na cidade de Brighton (Reino Unido), fez um resumo, ao mencionar
{...} são freqüentemente essenciais programas de amplas reformas
administrativas para que se criem as capacidades administrativas
necessárias ao desenvolvimento econômico e social e para que se executem
as funções governamentais em geral (...) Definem-se tais reformas
administrativas como os esforços que têm por fito induzir mudanças
fundamentais nos sistemas de administração pública, através de reformas de
todo o sistema ou, pelo menos, de medidas que visem à melhoria de um ou
mais de seus elementos-chave, como estruturas administrativas, pessoal e
processos.
A partir desse momento, o autor entende que a expressão Administração Pública tem
sido subdividida e ampliada de modo que o espaço resultante inclua procedimentos
administrativos específicos, sistemas de pessoal e programas locais de mudança, revisão e
reforma de ajustes estruturais do serviço público, programas de capacitação mista, programas
de mudança temática na esfera pública e importantes reformas constitucionais do Estado.
Sobre esses aspectos, Jenkins (1998, p.201), in Bresser-Pereira e Spink (1998), se
manifesta, dizendo que a preocupação do governo do Reino Unido, nos últimos 100 anos,
sempre foi mais ou menos a mesma: “melhorar o funcionamento do governo, aumentar a
eficiência, reduzir custos, eliminar o empreguismo e a corrupção e aumentar a eficiência”.
Porém, de acordo com o autor, as dimensões políticas influenciavam as dimensões técnicas da
operacionalização da política governamental, criando dificuldades na aplicação nos modelos
gerenciais e isso gerava conflitos de agência, ou seja, interesses diversos.
Após 15 anos, o serviço público assumiu a “questão política”, deixando de ser apenas
parte de uma agenda política imposta a um serviço público passivo e ressentido. Ainda
citando Jenkins (p.204), vários foram os sistemas de Gestão Pública Gerencial aplicados.