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Tabela 4: Rendimento Médio (1) dos Ocupados, por sexo, segundo
Nível de Instrução (2)
Brasil 1995-1999 (em reais)
Setor de
1995 1999
Atividade
Total Mulheres Homens Total Mulheres Homens
Menos de 1 ano de estudo (4)
164,46 104,26 194,19 158,26 101,80 182,47
1 a 3 anos de estudo
228,99 125,83 280,36 207,71 125,53 246,54
4 anos de estudo
352,31 187,39 445,64 313,55 178,66 389,77
5 a 7 anos de estudo
332,65 203,15 406,97 297,19 182,58 359,81
8 anos de estudo
500,37 301,15 617,02 427,45 277,26 517,04
9 a 10 anos de estudo
447,50 288,81 564,77 365,57 250,73 451,77
11 anos de estudo
740,61 491,50 972,03 619,08 427,14 798,52
12 anos ou mais de estudo
1639,89 1046,94 2227,43 1469,09 1029,47 1922,70
Sem declaração
320,03 197,05 418,65 294,75 222,63 349,53
Fonte: Fundação IBGE. Tabulações Especiais da PNAD de 1995 e 1999; Fundação Seade.
(1) Em 1995, valores inflacionados pelo INPC com base em setembro de 1999 e expressos em
salários mínimos de 1999.
(2) Anos de estudo concluídos.
Um outro aspecto a ser observado é que mesmo estando qualificada
para exercer uma atividade, a mulher obtém rendimentos inferiores além de se
deparar com barreiras como o fenômeno do teto de vidro
2
, que a impedem de
assumir posições mais elevadas, permanecendo assim em ponto de
estagnação. Na tabela 4 estas diferenças de rendimento podem ser
destacadas, observe que em 1999 a diferença percentual mais alta se
encontrava no nível de instrução “4 anos de estudo “ (118%), e o menor no
nível “Menos de 1 ano de estudo“ (54%).
No decorrer da história são encontradas muitas mulheres que sempre
trabalharam no campo. Apesar de trabalharem mais obtinham menos
privilégios e direitos legais que os cedidos aos homens, mesmo sendo
consideradas “o esteio sobre o qual repousava a sociedade inteira” (Muraro,
2
“Este conceito foi introduzido na década de 80 nos Estados Unidos, e foi utilizada esta
representação simbólica para descrever a existência de uma barreira sutil, transparente e forte,
que impossibilita a ascensão de mulheres aos níveis mais altos da hierarquia organizacional”
(Munhoz & Rodrigues, 2000: 140).