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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
José Valentino Volpato
GERADOR AUTOMÁTICO DE DIAGRAMA DE
IRRADIAÇÃO PARA ANTENAS NA FAIXA VHF
Taubaté - SP
2006
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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
José Valentino Volpato
GERADOR AUTOMÁTICO DE DIAGRAMA DE
IRRADIAÇÃO PARA ANTENAS NA FAIXA VHF
Dissertação apresentada para obtenção do
Título de Mestre em Engenharia Mecânica do
Departamento de Engenharia Mecânica da
Universidade de Taubaté.
Área de concentração: Automação Industrial e
Robótica.
Orientador: Prof. Dr. Álvaro Manoel de Souza
Soares
Taubaté - SP
2006
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JOSÉ VALENTINO VOLPATO
GERADOR AUTOMÁTICO DE DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO PARA ANTENAS
NA FAIXA VHF
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP
Data: 17/12/2005
Resultado: APROVADO
COMISSÃO JULGADORA
Prof. Dr. Álvaro Manoel de Souza Soares
Universidade de Taubaté
Assinatura ___________________________________
Prof. Dr. Francisco José Grandinetti
Universidade de Taubaté
Assinatura ___________________________________
Prof. Dr. Mauro Hugo Mathias
Membro externo
Assinatura ___________________________________
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. Álvaro Manoel de Souza Soares pela orientação segura, competente e
amiga e pela paciência ao longo da dissertação.
Ao Prof. Dr. Pedro Paulo Leite do Prado pelo incentivo e apoio na realização do
mestrado.
Ao Chefe de Departamento Prof. MC Armando Antonio Monteiro de Castro pelo
pedido de bolsa de estudo.
Ao Prof. MC. Adilson Peloggia, por ter dado grande apoio na construção da estrutura
metálica do sistema.
Aos amigos Prof. Dr. João Bosco Gonçalves, Marco Richetto, Clayton Koba e
Ulysses pelo apoio na parte de programação.
À minha colega Marcela pela formatação da dissertação.
A todos, que me ajudaram durante o projeto.
À minha esposa Nilza e à minha filha Isabella pelo apoio e compreensão da
necessidade de utilizar as horas da família no desenvolvimento da dissertação.
À Deus, por ter me dado nos momentos de dificuldade, persistência e inteligência na
realização desse projeto.
VOLPATO, José Valentino. Gerador Automático de Diagrama de Irradiação de
para Antenas na Faixa VHF. 2005. 39 f. Dissertação (Mestrado, Engenharia
Mecânica) Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade de Taubaté,
Taubaté.
Resumo
Este trabalho descreve o desenvolvimento e a implementação de um gerador
automático de diagrama de irradiação para antenas na faixa de VHF. Foi
desenvolvido um sistema para a detecção precisa da posição e do nível de sinal
recebido, de acordo com a posição da antena transmissora (fonte de sinal), cujas
etapas são: ajuste da freqüência de operação da antena transmissora,
movimentação da antena em teste e a medição do sinal de chegada. Estas etapas
concomitantes, deslocamento e medição, são realizadas acompletar uma volta.
Os ajustes das freqüências de operação e o controle do deslocamento são
realizados através de um microcontrolador (PIC16F877), conectado a um PC através
da porta serial. Uma interface gráfica foi desenvolvida em Visual Basic, que permite
determinar as seguintes condições de operação: freqüência de operação, ponto de
referência, nível de sinal recebido, controle de rotação manual, tempo de processo.
A interface gráfica fornece a tabela de medidas dos sinais e a construção do
diagrama de Irradiação, além de possibilitar a visualização da tabela e do gráfico.
Pode-se também salvar os dados em forma de arquivo. Com as mesmas condições
utilizadas no levantamento manual do diagrama de Irradiação pode-se observar que
o processo automático produz um maior número de pontos, é mais preciso e permite
um maior detalhamento do diagrama, além de automatizar todo o processo de
rotação e de medição.
Palavras-Chave: Levantamento, antenas, diagrama e irradiação
Abstract
This work describes the development and implementation of an automatic generator
irradiation pattern. Of irradiation pattern for antennas to signal in VHF range . It was
developed a system to exact detection of position and level of received signal,
according with position of signal source, which steps are: fits of operation frequency
of transmitter antenna shifting of antenna in test and measurement of incoming
signal. These steps concomitant, shifting and measuring, are done until complete all
spin. The fits of operation frequency and shifting control are done by microcontroller
(PIC16F877), connected to a PC through serial port . A graphic interface was
developed in Visual Basic, which allows to determine follows conditions of operation:
operation frequency , reference point , received signal level , manual rotation control
and process time. The graphic interface still supply signal measure table and building
the irradiation pattern , beyond needs to visualize table and graphic. It can either
save data in file form. With same conditions used in raisely manual of irradiation ,it
can be observed that automatic process produces a bigger number of points , its
more exact and allows a detailed pattern, beyond of automating all process of
rotation and measure.
Key Words: Antennas, irradiation pattern
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01 – INTRODUÇÃO 13
1.2. CONCEITOS BÁSICOS 14
1.3. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 15
1.4. FLUXOGRAMA 16
CAPÍTULO 02 – LEVANTAMENTO DO DIAGRAMA 18
2.1. DEFINIÇÃO 18
2.2. SISTEMA AUTOMÁTICO 23
2.3. EVOLUÇÃO 25
CAPÍTULO 03 – ANTENA E SINTONIZADOR 27
3.1. CARACTERIZAÇÃO 27
3.2. ANTENA 27
3.3. DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO 29
3.4. DIPOLO DE MEIA ONDA 30
3.5. SINTONIZADOR 31
CAPÍTULO 04 – MEDIÇÃO E POSICIONAMENTO 36
4.1. MEDIÇÃO 36
4.2. RETIFICADOR 37
4.3. POSICIONADOR 37
4.4.TRANSMISSÃO POR ENGRENAGEM 38
4.5. SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE POSIÇÃO 38
4.6. DISCO PERFURADO 38
4.7. LEITURA DO PONTO DE REFERÊNCIA 39
CAPÍTULO 05 – MÓDULO DE CONTROLE 41
5.1. CONTROLE 41
5.2. ACIONADOR 41
5.2.1. MOTOR DE PASSO 41
5.2.2. FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE PASSO 42
5.3. INTERFACE 47
5.3.1 MALHA ABERTA 47
5.3.2 COMANDO 47
5.3.3 INTERFACE DE POTÊNCIA 48
5.4. INTERFACE DE COMANDO
49
5.5. MICROCONTROLADOR – 16F877 49
5.5.1. CONTROLE DO SINTONIZADOR 50
5.5.2. CONVERSOR ANALÓGICO/DIGITAL 50
5.5.3. CONTROLE DO MOTOR 50
5.5.4. COMUNICAÇÃO SERIAL 51
CAPÍTULO 06 – PROBLEMAS E SOLUÇÕES 52
6.1. SENSOR DE POSIÇÃO 52
6.1.1. DRIVER DE POTÊNCIA 53
6.1.2. TRACIONADOR 54
CAPÍTULO 07 – RESULTADOS E CONCLUSÕES 56
7.1. CONSIDERAÇÕES FINAIS 56
CAPÍTULO 08 – TRABALHOS FUTUROS 60
8.1. EQUIPAMENTOS 60
8.2. MEDIDOR DE INTENSIDADE DE CAMPO 60
8.3. DEMODULADOR 61
REFERÊNCIAS 62
ÍNDICE DE FIGURAS E TABELAS
Figuras
Fig. 1.1 - Fluxograma do trabalho 16
Fig. 1.2 - Fluxograma do microcontrolador 17
Fig. 2.1 - Dispositivos utilizados na obtenção manual do diagrama de irradiação 18
Fig. 2.2 - Diagrama do processo manual 19
Fig. 2.3 - Posicionador Manual 19
Fig. 2.4 - Diagrama de irradiação manual 20
Fig. 2.5 - Gerador de RF 21
Fig. 2.6 - Montagem do Sintonizador com Microcontrolador 21
Fig. 2.7 - Posicionador 22
Fig. 2.8 - Amplificadores de RF 22
Fig. 2.9 - Tela de Comando 23
Fig. 2.10 - Sistema para obtenção automática do diagrama de irradiação 24
Fig. 2.11 - Diagrama em blocos do gerador automático 24
Fig. 2.12 - Diagrama de irradiação obtido pelo método manual 26
Fig. 2.13 - Diagrama de irradiação obtido pelo processo automático 26
Fig. 3.1 - Antena dipolo de meia onda 27
Fig. 3.2 - Diagrama de transmissão/recepção 28
Fig. 3.3 - Levantamento do diagrama de irradiação 29
Fig. 3.4 - Diagrama de irradiação 29
Fig. 3.5 - Dipolo de meia onda não dividido 30
Fig. 3.6 - Dipolo de meia onda dividido 30
Fig. 3.7 - Dipolo de meia onda para 500 MHz 31
Fig. 3.8 - Sintonizador básico 31
Fig. 3.9 - Controle da sintonia 34
Fig. 3.10 - Alimentação do sintonizador 34
Fig. 3.11 - Sintonizador 35
Fig. 4.1 - Diagrama em bloco 36
Fig. 4.11 - Amplificador esquema elétrico 36
Fig. 4.12 - Retificador de meia onda 37
Fig. 4.13 - Sistema de posicionamento 38
Fig. 4.14 - Disco perfurado 39
Fig. 4.15 - Sensor óptico 39
Fig. 4.16 - Sensor de posição 40
Fig. 5.1 - Rotor do motor de passo 41
Fig. 5.2 - Estator do motor de passo 42
Fig. 5.3 - Motor com 2 bobinas e 4 fases 43
Fig. 5.4 - Motor bipolar 43
Fig. 5.5 - Enrolamento dos motores 44
Fig. 5.6 - Motor bipolar com passo inteiro 45
Fig. 5.7 - Motor bipolar com meio passo 45
Fig. 5.8 - Controle de malha aberta 47
Fig. 5.9 - Interface de comando 48
Fig. 5.10 - Circuito elétrico da interface de potência 49
Fig. 5.11 - Controle de sintonia 50
Fig. 5.12 - Conversor A/D 50
Fig. 5.13 - Controle do motor de passo 51
Fig. 5.14 - Comunicação serial assíncrona 51
Fig. 6.1 - Disco perfurado 52
Fig. 6.2 - Disco com somente um furo 53
Fig. 6.3 - Driver de potência 53
Fig. 6.4 - Tracionador de antena 54
Fig. 6.5 - Tracionador de antena atual 55
Fig. 7.1 - Diagrama de irradiação com o nível de +3dBm 56
Fig. 7.2 - Diagrama de irradiação com o nível de 0dBm 57
Fig. 7.3 - Diagrama de irradiação com o nível de -9dBm 57
Fig. 7.4 - Diagrama de irradiação com o nível de -6dBm 58
Fig. 7.5 - Diagrama de irradiação com o nível de -3dBm 58
Fig. 7.6 - Diagrama de irradiação com o nível de -2dBm 59
Fig. 8.1 - Medidor de intensidade de campo 60
Fig. 8.2 - Medidor de intensidade de campo comercial 60
Fig. 8.3 - Demodulador 61
Tabelas
Tabela 5.1 - Rotação no sentido horário 45
Tabela 5.2 - Rotação no sentido anti-horário 46
Tabela 5.3 - Rotação no sentido horário 48
Tabela 5.4 - Rotação no sentido anti-horário 48
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E TERMOS
CAG: Controle automático de ganho.
DC: Corrente Continua
FI: Freqüência Intermediaria
MASTER: Em um circuito eletrônico, o Dispositivo MASTER (mestre) é o dispositivo
que comanda a comunicação, fornece o sinal de clock etc. Ver também SLAVE.
NTC: Termistor com coeficiente de temperatura negativa
PTC: Termistor com coeficiente de temperatura positiva
SDA: Serial Data Adress. É o barramento de dados e endereços do procotolo I
2
C. Ver
Capítulo 5 para maiores detalhes.
SLAVE: Em um circuito eletrônico, o Dispositivo SLAVE (escravo) é o dispositivo que
recebe a informação de um Dispositivo MASTER (mestre). Eventualmente este
dispositivo pode enviar dados, mas isso não o torna um MASTER. Ver também
MASTER.
SHF: (Super High Frequency), Freqüência super alta.
UHF: (Ultra High Frequency), Freqüência ultra alta.
VHF: (Very High Frequency), Freqüência muito alta.
VHL: ( Very Low Frequency),Freqüência muito baixa.
13
INTRODUÇÃO
Capítulo 01
1.1. INTRODUÇÃO
Com a implantação da telefonia móvel e da Internet via radio (wireless), teste
de antenas receptoras e transmissoras têm sido objeto de estudo de vários centros
de desenvolvimentos que buscam um maior alcance do sistema irradiante. Para
verificar a performance de uma antena, levanta-se o diagrama de irradiação da
mesma. Isto é conseguido utilizando um gerador de sinal, um analisador de espectro
ou medidor de intensidade de campo, uma antena transmissora e a antena em teste.
O uso de instrumentos para este levantamento (analisador de espectro/medidor de
intensidade de campo) são de alto custo, inviabilizando muitas vezes o
levantamento de diagrama de irradiação. O objetivo desse trabalho é o
desenvolvimento e a implementação de um sistema automático para o levantamento
do diagrama de Irradiação sem a utilização do analisador de espectro ou do medidor
de campo. Para isto desenvolveu-se um sistema de rotação e medição automáticos,
onde o deslocamento, a faixa de operação e a quantidade de medidas são
ajustados de acordo com a necessidade do teste. Outro propósito do projeto surgiu
da dificuldade de disponibilidade dos equipamentos necessários para o
levantamento, pelos erros causados na medição do sinal recebido e pela medição
imprecisa da posição da antena em teste. Do estudo do sistema surgiu a idéia de se
fazer um instrumento de baixo custo como complemento do projeto. O diagrama de
irradiação tem como objetivo analisar as principais características das antenas tais
como: largura de feixe, relação frente e costa, e diretividade. Para realizar o
levantamento do diagrama de Irradiação, é necessário que a antena em teste seja
deslocada de um determinado ângulo e que seja medido o sinal recebido em relação
a uma antena transmissora. Este processo é repetido até a antena completar uma
volta. Unindo os pontos de medida em relação ao deslocamento feito, tem-se o
diagrama de irradiação. Além do custo do equipamento empregado, outra
dificuldade deste processo é que o deslocamento é feito em passos determinados
pela habilidade manual do operador, limitando a precisão do diagrama de irradiação.
Este trabalho tem como objetivo automatizar o deslocamento da antena em teste
bem como a medição do sinal recebido em cada passo de deslocamento, de modo a
14
gerar uma tabela indicando a medida e o ângulo associado a medida e traçar
automaticamente o diagrama de irradiação.
1.2.CONCEITOS BÁSICOS
Dos conceitos empregados nestes projetos, baseou-se no padrão IEEE-Std
149-1979 Test Procedures for Antennas, que define os fundamentos para a
confecção de diagrama de irradiação. Uma propriedade fundamental de qualquer
antena é seu padrão de irradiação. Esta propriedade pode ser medida estando a
antena em teste operando no modo transmissor ou no modo receptor. No processo
descrito para o levantamento do diagrama de irradiação o sinal transmissor é
modulado e transmitido pela antena transmissora. Na antena receptora este sinal é
recebido, demodulado e medido. Para cada passo é medido e armazenado o sinal
demodulado. Ao completar uma volta tem-se todas as medidas para traçar o
diagrama de irradiação. Este processo normaliza os seguintes parâmetros:
linearidade, posicionamento, deslocamento e medidas. Cada característica citada
será discutida nos tópicos correspondentes. Em relação à automatização do
deslocamento, [Mazo,1998] aborda o controle de motores feitos com
microcomputadores. Neste artigo o autor descreve o equipamento de ensino para
instrução no controle de vários tipos de motores, tais como: motor dc, motor de
passo, servomotor e motor sem escovas (brushless). O objetivo do projeto é o de
possibilitar o teste de funcionamento de diferentes tipos de motores e de realizar
diferentes comandos de operação de cada um. O equipamento é composto de cinco
módulos, um para cada tipo de motor e um outro para controlar a operação,
aquisição de dados e fazer a interface com o PC. O uso do computador pessoal
com a interface de usuário (para configurar diferentes tipos de motores,
controladores, display e geração de comandos) fez do equipamento uma ferramenta
de fácil manuseio e altamente versátil. A base de operação do projeto esta no elo de
comando do PC para o motor em teste, através de um interface de potência, e uma
realimentação feita pela placa de controle, instalada no motor. Este sistema foi
alterado e adaptado para compor a parte de comando do gerador automático de
diagrama de irradiação. As alterações e adaptações serão discutidas nos capítulos
pertinentes.
15
1.3. Organização do trabalho
Para atender à proposta deste trabalho, o texto está estruturado em oito
capítulos, incluindo esta introdução.
O segundo capítulo caracteriza o diagrama de irradiação, demonstrando a
sua aplicação em testes de antena e como pode ser levantado.
O terceiro capítulo apresenta as características de antena dipolo de meia-
onda e do sintonizador (tuner). A antena dipolo de meia-onda é antena em teste,
onde as principais características irão ser discutidas e levantadas através do
diagrama de irradiação traçado pelo gerador automático de diagrama. Em relação ao
sintonizador será enfatizado o modo de sintonia feito através do protocolo I2C e o
modo da medição do sinal recebido feito na saída do sintonizador.
O quarto capítulo apresenta os métodos de medição e de posicionamento
manual e como é levantado o diagrama de irradiação, abordando a dificuldade da
realização deste processo. A preocupação deste capítulo é de fornecer ao leitor os
conceitos básicos de como são feitas as medições e como é levantado o diagrama
de irradiação e da aplicação do diagrama de irradiação em relação a antena em
teste.
O quinto capítulo apresenta o módulo de controle, posicionador e a interface
de comando. No módulo de controle é caracterizado o microcontrolador, responsável
pela sintonia do sintonizador, pelo controle do motor de passo, pelo conversor de
sinais (analógico/digital) e pela comunicação serial com o microcomputador. No
posicionador é enfatizado a instalação da antena em teste, bem como a instalação
do motor de passo e de um sensor de posição. A interface do microcontrolador com
o microcomputador é feita de modo serial com o circuito intregrado MAX-232 (Texas
Instruments).
O sexto capítulo apresenta as dificuldades encontradas no desenvolvimento
do projeto, e expõe as soluções dadas.
O sétimo capítulo sugere a continuação do trabalho através do
desenvolvimento de instrumentos de baixo custo, derivados do projeto inicial.
O oitavo capítulo comenta os resultados em relação ao diagrama de
irradiação feitos no modo manual e no modo automático.
16
1.4. Fluxograma do trabalho
1.4.1. A figura 1.1 ilustra o fluxograma do microcomputador, com o seguinte
desenvolvimento;
Inicia o programa do projeto;
Através da interface RS232 verifica se o microcontrolador está respondendo. Se
afirmativo a tela de comando é exposta. Pela tela de comando ajusta-se e verifica o
canal desejado, o ponto de referência e o nível de recepção. O comando
selecionado, é enviado para o microcontrolador através da interface RS232 e retorna
em caso afirmativo. Se não retornar o sistema entra em loop.
Fig. 1.1 - Fluxograma do trabalho
Início
Verifica se
microcontrolador
está ligado.
µ
µµ
µC
ligado?
Lê botão na
interface visual
Seleci
ona
e executa
comando
Fim
Envia comando
ao µ
µµ
µC pela RS232
µ
µµ
µC
respondeu?
Rotina de comunicação
com o µ
µµ
µC
não
não
Sistema de controle em execução no PC
17
1.4.2. Fluxograma do microcontrolador
A figura 1.2 representa o fluxograma do microcontrolador, com as seguintes
etapas;
O microcontrolador verifica as condições programadas;
A EEPROM é inicializada, carrega parâmetros e emite sinal através da RS232
informando estar pronta. O Visual Basic interpreta as informações recebidas pelo
computador e executa o comando selecionado pelo usuário. Após a execução, o
sistema aguarda um novo comando ou finaliza o programa.
.
Fig. 1.2 - Fluxograma do microcontrolador
Início
EEPROM
inicializada?
Inicializa o hardware, seta
baud rate 9600,8,n,1
RA, RB, RC, RD
Conversor analógico
digital
Seleciona
e executa
comando
Lê EEPROM e seta
parâmetros, avisa estar
pronto pela RS232
Lê comando pela RS232
enviado pelo sistema em
Visual Basic
Fim
Grava delay no motor de
passo;
grava delay mudança de
canal;
seta Eeprom como já
inicializada
Sistema de Controle em execução no Microprocessador
18
LEVANTAMENTO DO DIAGRAMA
Capítulo 02
2.1. DEFINIÇÃO
Neste trabalho foi desenvolvido e implementado um sistema automático
para o traçado do diagrama de irradiação de uma antena receptora em relação à
antena transmissora, através do deslocamento angular da antena em teste e da
medida da intensidade do sinal recebido. O diagrama de irradiação tem o objetivo de
analisar as principais características das antenas tais como: largura de feixe, relação
frente e costa e diretividade. Para realizar o levantamento do diagrama de
Irradiação, é necessário que a antena em teste seja deslocada horizontalmente. Faz-
se a medição do sinal recebido em relação a uma antena transmissora. Este
processo e repetido até completar uma volta. A dificuldade deste processo é que o
deslocamento é feito em passos limitados pela habilidade do operador,
determinando numa pequena quantidade de medidas, comprometendo a precisão
do diagrama de irradiação, além de utilizar equipamentos de alto custo para executar
a medição do sinal recebido. As figuras 2.1 e 2.2 ilustram o processo de
levantamento do diagrama de irradiação obtido manualmente.
Fig. 2.1. Dispositivos utilizados na obtenção manual do diagrama de
irradiação
19
Fig. 2.2 – Diagrama do Processo Manual
No processo ilustrado na figura 2.1 possui os seguintes passos:
A freqüência de transmissão é ajustada na freqüência de operação da antena
(a figura 2.5 ilustra o equipamento utilizado nesta operação). Através de um
transferidor, o ponto de referência do posicionador é ajustado para o ponto de
máxima intensidade do sinal de recepção (a figura 2.3 ilustra o equipamento
utilizado nesta operação).a antena em teste é deslocada e, em seguida, é
feita a medição do sinal nesta posição. Ao final de uma volta tem-se os níveis
medidos do sinal em cada posição. Com estes dados traça-se o diagrama de
irradiação da antena em teste. O diagrama da figura 2.4 ilustra o diagrama de
Irradiação traçado manualmente de uma antena tipo Dipolo de meia-onda.
Fig. 2.3 Posicionador Manual
Transmissor Medidor
Fig. 2.4 - Diagrama de Irradiação Manual
20
Fig. 2.4 – Diagrama de Irradiação obtido Manualmente
O sistema automático tem como referência o padrão IEEE Std149-1979, e
está dividido em cinco sub-sistemas. O sub-sistema de transmissão, o sub-sistema
de recepção, o sub-sistema de posicionamento, o sub-sistema de medição, a sub-
sistema de processamento de dados.
Com base nesta divisão de processo foi implementado um Gerador
Automático de Diagrama de Irradiação para Antenas na Faixa VHF.
O sub-sistema de transmissão consiste de um gerador de RF acoplado a uma
antena transmissora. A freqüência de operação é determinada pela antena em teste
e o nível de transmissão pela distância entre as antenas. A figura 2.5 ilustra um
gerador de RF utilizado como transmissor.
10
0
14
20
30
40
50
60
70
13
12
11
10
90
80
29
30
31
32
33
34
35
22
23
24
25
26
27
28
17
16
15
18
19
20
21
21
Fig. 2.5 Gerador de RF
O sub-sistema de recepção é composto pela antena receptora e um
sintonizador controlado pelo protocolo I2C através de um microcontrolador. A figura
2.6 ilustra o circuito que contém o sintonizador e o microcontrolador.
Fig. 2.6 Montagem do Sintonizador com o Microcontrolador
22
O sub-sistema de posicionamento é constituído por um redutor de velocidade,
sensor de posição, um motor de passo, uma interface de potência e um
microcontrolador. A figura 2.7 ilustra este sub-sistema.
Fig. 2.7 Posicionador
O sub-sistema de Medição é constituído de três amplificadores ligados em
cascata, determinando um ganho de 36dB. Além do amplificadores tem-se um
retificador de meia onda, fornecendo uma tensão contínua, proporcional ao nível de
entrada do primeiro amplificador. A figura 2.8 ilustra o estágio de amplificação.
Fig. 2.8 Amplificadores de RF
1
2
3
V
cc
Gnd
Out
In
120
120
120
23
O sub-sistema de processamento de dados possui uma interface gráfica que
foi desenvolvida em Visual Basic, e permite determinar as seguintes condições de
operação: freqüência de operação, ponto de referência, nível de sinal recebido,
controle de rotação manual, tempo de processo, tabela de medidas dos sinais e a
construção do diagrama de Irradiação. Além de possibilitar a visualização da tabela
e do gráfico, pode-se também salvar os dados em forma de arquivo. A figura 2.9
ilustra a tela principal da interface desenvolvida.
Fig. 2.9 Tela de comando
2.2. SISTEMA AUTOMÁTICO
As figuras 2.10 e 2.11 ilustram o sistema automático para o levantamento
automático do diagrama de irradiação. O sistema de transmissão é o mesmo em
relação ao modo manual, isto é, o transmissor (gerador de RF) como a antena
transmissora são mantidas no processo manual e automático. Na recepção a antena
também é mantida para se obter uma comparação entre o modo automático e o
modo manual.
24
Fig. 2.10 Sistema para obtenção automática do diagrama de irradiação
Fig. 2.11 – Diagrama em bloco do gerador automático
O Diagrama em bloco da figura 2.11 pode ser dividido em quatro módulos, o módulo
posicionador, o módulo de sintonia, o módulo de medição e o módulo de controle.
A descrição de funcionamento do módulo automático pode ser descrita da
seguinte forma: o microcontrolador manda uma seqüência de pulsos para o
motor através da interface de potência.Com isto, tem-se a rotação do
posicionador, o qual irá se movimentar até encontrar o ponto de referência,
localizado no disco de posicionamento instalado no posicionador.
Tuner Amplificador Detetor
Microcontrolador Posicionador Interface Computador
Motor Interface de Potência
Antena
25
Detectado o ponto de referência, é feito o ajuste de sintonia no tuner através do
microcontrolador, isto é , é ajustada a freqüência de operação do sistema. Na saída
do sintonizador tem-se o sinal na faixa de FI(Freqüência Intermediária),
independente do sinal de entrada. O sinal de FI é amplificado de 40 dB, elevando o
nível do sinal de microvolt para volts. O detetor irá retificar o sinal amplificado,
gerando um nível DC (corrente contínua) referente ao nível de recepção. O sinal
retificado é então convertido para digital através do conversor analógico digital do
microcontrolador. Através da interface RS232 é enviada a informação do nível de
recepção no ponto de referencia para o microcomputador. O microcontrolador
manda uma nova seqüência de pulsos, rotacionando a antena, e uma nova leitura
do sinal retificado é realizada. O nível do sinal retificado e a posição desse nível é
enviada para o microcomputador. A seqüência retorna ao item nove, até concluir a
volta completa da antena em teste.
2.3. EVOLUÇÃO
O sistema desenvolvido apresentou uma ótima performance na construção do
diagrama de irradiação. Com as mesmas condições utilizadas no levantamento
manual do diagrama de Irradiação pode-se observar nas figuras 2.12 e 2.13 que o
processo automático produziu um maior número de pontos, foi mais preciso e
permitiu um maior detalhamento do diagrama, além de automatizar todo o processo
de rotação e de medição. A figura 2.13 ilustra um diagrama de irradiação de um
dipolo de meia onda levantado pelo Gerador Automático de Diagrama de Irradiação
para Antenas na Faixa VHF, e a figura 2.12 mostra o diagrama levantado
manualmente.
26
Fig. 2.12 - Diagrama de irradiação obtido pelo método manual
Fig. 2.13 - Diagrama de Irradiação obtido pelo processo automático
1
0
14
20
30
40
50
60
70
13
12
11
10
90
80
29
30
31
32
33
34
35
22
23
24
25
26
27
28
17
16
15
18
19
20
21
27
ANTENA E SINTONIZADOR
Capítulo 03
3.1. CARACTERIZAÇÃO
Para plotar o diagrama de irradiação é necessário realizar a medida da
intensidade do sinal de rádio freqüência em relação a uma certa fonte. Para isto,
utiliza-se uma Antena, um Sintonizador, um Medidor e um Posicionador. As
próximas seções explicam com detalhes.
3.2. ANTENA
É um dispositivo capaz de irradiar ou interceptar ondas eletromagnéticas [8].
As antenas podem, receber ou transmitir sinais de rádio, pois a sua dimensão é
determinada pela freqüência de operação. A diferença está no nível de sinal
aplicado, a antena transmissora trabalha com níveis de sinais da ordem de watts até
kilowatts, enquanto que as antenas receptoras operam na faixa de miliwatts ou
microwatts. Uma antena denominada dipolo de meia onda é ilustrada na figura 3.1.
Fig. 3.1 – Antena Dipolo de Meia Onda
Em relação a figura 3.1 tem-se dois condutores de comprimento igual a um
quarto do comprimento de onda (λ) dado pela freqüência de operação. Um condutor
é ligado ao centro do cabo coaxial e o outro na malha de terra do mesmo cabo. Na
outra extremidade do cabo é conectado o transmissor ou o receptor, ligando a
antena ao sistema.
Transmissor/Receptor
Linha de Transmissão
Condutores
28
O comprimento de onda é calculado através da equação:
λ=
F
V
(3.1)
Onde: λ é o comprimento de onda
V é a velocidade da luz
F é a freqüência de trabalho
Determinando o comprimento de onda pode-se determinar o comprimento dos
condutores do dipolo de meia onda, isto é, cada condutor terá o comprimento de
onda dividido por quatro.
As principais características das antenas estão relacionadas com a sua
impedância de entrada, com a eficiência de irradiação e com a maior ou menor
capacidade de concentrar energia em uma certa direção. Estas características serão
detalhadas nos próximos tópicos.
3.2.1. Impedância de Entrada
É definida como sendo a impedância que a antena apresenta em seus
terminais. Esta impedância deve coincidir com o valor da impedância de saída do
transmissor, obtendo-se a máxima transferência de potência do transmissor para a
carga (antena).
Fig. 3.2 – Diagrama de transmissão/recepção
Transmissor/
Receptor
Linha de Transmissão
Antena
Impedância de
Entrada
29
3.3. DIAGRAMA DE IRRADIAÇÃO
Representa o modo com que uma antena irradia em um meio físico, portanto,
é a representação gráfica da forma de distribuição de energia em torno da antena
em teste, quer atuando como antena transmissora ou como receptora. Os diagramas
obtidos na maioria dos casos práticos recebem os nomes Diagramas no Plano E
(plano que contém o vetor campo elétrico) e Diagrama no Plano H (plano que
contém o vetor campo magnético). O diagrama em bloco da figura 3.3 ilustra de
como é feito o levantamento do diagrama de irradiação.
Fig. 3.3 – Levantamento do diagrama de radiação.
A freqüência e a potência do transmissor são ajustadas de acordo com a
distancia e a freqüência de operação da antena em teste. O processo de
levantamento do diagrama de irradiação é descrito no item 2.1
Enquanto antena transmissora irradia com um nível de potência fixo, na
antena receptora o sinal vai sendo medido a cada passo pré-determinado. Assim
após uma volta teremos todos os passos com os níveis correspondentes. Plotando
os valores medidos temos o diagrama de irradiação. A figura 3.4 ilustra o diagrama
de irradiação característico de uma antena dipolo de meia onda [8].
Fig. 3.4 – Diagrama de Irradiação
Transmissor
Medidor
30
Em relação ao diagrama de irradiação da figura 3.4 pode-se observar que a
leitura dos dados foram adquiridos de dez em dez graus e os níveis protados foram
referenciados ao maior nível e que a área de cobertura situa-se dentro do círculos
esboçados.
Com este diagrama, pode-se determinar a largura de feixe, a relação frente
costa e até o ganho em relação a uma antena padrão.
3.4. DIPOLO DE MEIA ONDA
O tipo de antena mais simples é o dipolo de meia onda, constituindo-se na
antena padrão para as medidas em outras antenas mais complexas. O dipolo de
meio comprimento de onda ou, simplesmente, dipolo de meia onda pode ser dividido
ou não. Basicamente, o seu comprimento físico é a metade do comprimento de onda
do sinal. A figura 3.5 ilustra um dipolo de meia onda não dividido e a figura 3.6 ilustra
um dipolo de meia onda dividido.
Fig. 3.5 – Dipolo de meia onda não dividido
Fig. 3.6 – Dipolo de meia onda dividido
O dipolo de meia onda é o mais curto condutor que pode ser usado para se
demonstrar todas as características de um circuito ressonante sintonizado. O ponto
de alimentação do dipolo é no ponto médio, que representa uma impedância
característica de 73 + j 42,5 [8]. Na prática, o diâmetro dos condutores desses
dipolos varia, fazendo com que a antena perca suas características ressonantes a
um comprimento de meia onda. A solução consiste em encurtá-lo, usando-se para
isto tabelas específicas. Com este processo podemos ajustar a impedância de
entrada do dipolo para 50 [8], a qual é a impedância normalizada para a
λ
/2
λ
/2
31
transmissão de sinais. A figura 3.7 ilustra um dipolo de meia onda, projetado para a
freqüência de 500MHz.
Fig. 3.7 – Dipolo de meia onda para 500MHz
O dipolo com estas dimensões terá a sua melhor performance em 500MHz
com uma impedância de característica de 50, a qual é a impedância normalizada
para transmissão de sinais.
3.4. SINTONIZADOR
A função do sintonizador é de selecionar, entre os vários sinais presentes,
aquele de interesse do usuário [3]. O sinal sintonizado é filtrado, amplificado e
convertido para uma faixa de freqüência denominada de Freqüência Intermediária
(FI).O diagrama em bloco da figura 3.8 ilustra um sintonizador básico.
Fig. 3.8 – Sintonizador básico
O diagrama acima representa a sintonia das faixas de VHF e UHF. Os
próximos itens detalham cada parte do sintonizador.
Filtro A
Filtro B
Amplificador A
Amplificador B
Filtro C
Filtro D
Mixer A
Oscilador A
Mixer B
Oscilador B
Amplificador
(50+j0)
()
25mm
λ
/4 = 127,5mm
λ
/4 = 127,5mm
d
(
) A separação de 25mm
é fruto de observações
experimentais.
32
Filtro A é composto basicamente por um circuito LC, onde C é um capacitor
variável, com isto a freqüência de ressonância se altera. A variação de capacitância
é conseguida através de diodo denominado de Varactor. A sua principal
característica é a variação da capacitância com a tensão de polarização. Como a
sua polarização é reversa, quanto maior a tensão aplicada menor será a
capacitância de junção. Assim a freqüência de ressonância de um circuito LC
paralelo pode ser alterada pela tensão aplicada.
A equação (3.1) define como a variação da capacitância altera a freqüência
de ressonância [3].
( )
LC
F
π
2
1
0
= (3.2)
Onde:
F
0
Freqüência de Operação
L Indutor do Circuito Tanque
C Capacitor do Circuito Tanque
Em relação a equação dada pode-se concluir que, variando o capacitor (C) ou
o indutor (L), a freqüência Fo altera. Se a emissora que está transmitindo tiver a
mesma freqüência de Fo a emissora estará sintonizada ( freqüência da emissora
igual a freqüência de ressonância (Fo)), então o sinal da emissora passa pelo filtro,
enquanto as demais emissoras são rejeitadas.
Amplificador é um amplificador de banda larga, isto é, amplifica os sinais nas
faixas de VHF ou de UHF (internamente dois amplificadores sendo que cada um
amplifica uma faixa especifica). O ganho desses amplificadores é da ordem de 20
dB, com uma impedância de entrada e saída de 75.
Filtro B tem as mesmas características do Filtro A, tendo como principal
função a eliminação dos produtos de intermodulação, produzidos pelo amplificador.
Oscilador Local é um circuito que a partir de uma alimentação de corrente
contínua, fornece um sinal variável no tempo. O oscilador do sintonizador é
composto por um amplificador com realimentação positiva, isto é, uma parte do sinal
de saída é aplicada à entrada provocando a oscilação, gerando um sinal senoidal.
33
O oscilador local utiliza as características do oscilador de radiofreqüência, os quais
geram sinais na faixa de VHL (Freqüência Muito Baixa) até a faixa de SHF
(Freqüência Super Alta). Os osciladores realimentados utilizam circuitos LC para
realizar a realimentação e para controlar a freqüência de oscilação. Como nos filtros
(A e B), o circuito LC utiliza o diodo Varactor para controle da freqüência de
oscilação. Assim a freqüência de oscilação pode ser controlada por uma fonte de
alimentação de corrente continua.
O Misturador (Mixer) recebe o sinal sintonizado pelo filtro e o sinal gerado
pelo oscilador local. A freqüência do oscilador é ajustada em 45,75 MHz acima da
freqüência de sintonia, isto é, se a freqüência de sintonia for 55,25 MHz a freqüência
do oscilador será de 101 MHz (Freqüência do oscilador local do canal 02).
O resultado na saída do misturador e a soma e a diferença entre os dois
sinais, assim um sinal da faixa de transmissão é convertido para a faixa de FI. O
sinal desejado é dado pela diferença, portanto, necessitamos de um filtro ou de
amplificador de FI para eliminar o sinal resultante da soma.
O misturador e o oscilador local formam um conversor, onde os sinais transmitidos
são convertidos para a faixa de freqüência intermediária. A sintonia do sintonizador é
feita através de um protocolo de comunicação denominado I2C. O protocolo I2C foi
concebido pela Philips Semiconductos na década de 80 e simboliza a abreviação de
i Inter Integrated Circuis (Entre Circuitos Integrados) e seu propósito inicial era poder
conectar um pequeno número de dispositivos em uma única placa [4]. Os primeiros
dispositivos a utilizar este padrão foram os destinados a controlar digitalmente a
sintonia, volume e outras funções de controle de rádios, TVs, e videocassetes. O
protocolo I2C tornou-se popular por requerer somente duas linhas em seu
barramento e ser de fácil implementação. Estas duas linhas estão divididas em SDA
Serial Data Line (Linha Serial de Dados) e SCL – Serial Clock Line (Linha Serial de
Clock). Cada dispositivo é conectado paralelamente ao barramento sem a
necessidade de qualquer trilha adicional de Slave Select. A localização de cada
dispositivo é endereçada via software e somente uma comunicação
MASTER/SLAVE pode existir a cada vez. O protocolo I2C utiliza a comunicação
half-duplex, o que torna a comunicação I2C lenta. Desta forma, o barramento I2C é
mais recomendado onde a velocidade é menos crítica que a flexibilidade de
34
implementação. O diagrama da figura 3.9 ilustra uma aplicação do protocolo I2C,
onde a sintonia do sintonizador (slave) é controlada pelo microcontrolador (Master).
Fig. 3.9 Controle de sintonia
O circuito do sintonizador é ilustrado na figura 3.10 com as devidas alimentações,
ajustes do nível de CAG através do potenciômetro, as linhas de comando (AS, CLK,
SDA), entrada de sinal e saída de FI (Freqüência Intermediária) . O ajuste do nível
do CAG é feito com um nível fixo dentro da faixa de operação do sintonizador ( -
10dBmV à 30dBmV).
Fig. 3.10 Alimentação do Sintonizador
A figura 3.11 ilustra o sintonizador (TCDH9-215
). As principais características deste
modelo são, o ganho de potência ( 40 dB), a faixa de trabalho (VHF, UHF e CATV) e
o controle de sintonia (PLL)
Microcontrolador
( Master )
Sintonizador
( Slave )
FI
15 Vdc
5 Vdc
TCDH9 - 215A
AS CLK SDA
5K
35
Fig. 3.11 Sintonizador
36
MEDIÇÃO E POSICIONAMENTO
Capítulo 04
4.1 MEDIÇÃO
A medida do nível de sinal de chegada é feita no modo de levantamento manual
através de um analisador de espectro ou de um medidor de intensidade de campo.
No modo automático esta medição é feita da através do sinal fornecido pelo
sintonizador, o qual é amplificado e retificado. Este sinal retificado representa um
nível DC correspondente a medição feita no modo manual. A figura 4.1 ilustra o
diagrama em bloco do processo de automático
Fig. 4.1 Diagrama em bloco
O nível aplicado em sua entrada é então elevado da ordem de milivolt para
volts, tendo um ganho da ordem de 40dB. O componente utilizado no amplificador é
um Monolithic ( Microwave Integrated Circuit) MAS-0385, com as seguintes
características:
Faixa de operação DC a 2.5GHz
Ganho típico 13dB
Nível de saída 10dBm
Incondicionalmente estável
O esquema elétrico do amplificador é ilustrado na figura 4.11
Fig. 4.11 Amplificador esquema elétrico.
Sintonizador
Amplificador
Retificador
37
4.2. RETIFICADOR
Na saída do terceiro amplificador tem-se um sinal na freqüência de
45,75MHz, este sinal é então aplicado ao retificador, entregando em sua saída um
nível Dc correspondente ao sinal de entrada [2]. O esquema elétrico do retificador é
ilustrado na figura 4.12. A função do potenciômetro é ajustar a região linear de
operação do diodo, com isto, a variação da entrada é mantida na saída. Esta faixa
de linearidade do diodo é de 10 dB. Para melhorar esta faixa pode-se trocar o diodo
1N60 por um diodo de melhor performance, por exemplo o diodo 1N28 ou mudar o
sistema para usar um resistor dependente da temperatura (termistor) . No projeto
esta variação foi suficiente para o levantamento do diagrama de irradiação.
Fig. 4.12 Retificador de meia-onda
4.3 POSICIONADOR
O Posicionador é dividido em duas partes, sendo uma constituído por um
sistema de transmissão e a outra por um sistema de identificação de posição.
4.2.1. Sistema de Transmissão
Nem sempre encontramos as características exatas de velocidade ou de
torque para realizar as tarefas necessárias. Neste caso, o mesmo necessita ficar
afastado do dispositivo a ser manipulado, assim tornou-se necessário a utilização de
transmissores mecânicos na execução da atividade. Existem vários modos de
realizar a transmissão mecânica de potência: correntes, engrenagem, eixo de
transmissão, polias, entre outros. No sistema de posicionamento foi utilizado a
transmissão por engrenagem e por eixo de transmissão.
38
4.4 Transmissão por Engrenagem
Este tipo de transmissão é feita por duas ou mais engrenagem, sendo uma
fixa no sistema. Quando ocorre o movimento giratório de uma das engrenagens do
sistema, ocorre o deslocamento de todo o conjunto de engrenagens. Para melhorar
a precisão do conjunto foi colocado um motor de passo acoplado ao sistema de
engrenagem através de um eixo de transmissão. O sistema de posicionamento é
ilustrado na figura 4.13.
Fig. 4.13 – Sistema de Posicionamento
4.5 Sistema de Identificação de Posição
O sistema de identificação de posição é dividido nas seguintes partes: disco
perfurado e foto sensor.
4.6 Disco Perfurado
É feito por um disco de plástico perfurado, com um conjunto de foto emissor
acoplado para a detecção do ponto de referência. Assim, o primeiro passo para
inicialização do processo é a identificação do ponto de referência. Através do
microcontrolador, o posicionador irá se deslocar 18 no sentido horário, se não
encontrar o ponto de referência, o posicionador retorna na posição de partida e
39
desloca 180º no sentido anti-horário. Quando a fonte de luz incide no foto-sensor,
este reconhece o ponto de referência e manda um sinal de informação para o
microcontrolador para referenciar o ponto de partida. O disco perfurado é ilustrado
na figura 4.14.
Fig. 4.14 - Disco perfurado
4.7 Leitura do Ponto de Referência
Para o reconhecimento do ponto de referência tem-se uma fonte de luz (foto-
diodo) e um foto-sensor (foto-transistor), formando um acoplador óptico [6]. O
esquema elétrico do acoplador óptico é ilustrado na figura 4.15.
Fig. 4.15 – Sensor Óptico
40
O funcionamento do acoplador acontece da seguinte forma. O foto-diodo
emite constantemente uma luz quando devidamente polarizado. Com o motor de
passo em movimento, o dispositivo de fixação da antena também se move.
Quando o furo do disco coincide com o foto-diodo, a luz deste incide no foto-
transistor, levando o transistor do estado de corte para o estado de condução. Como
mostra o diagrama da figura 4.16.
Fig. 4.16 - Sensor de Posição
A chave S5 sinaliza que a luz não está incidindo no foto-transistor, com isto,
temos um circuito comparado como uma chave aberta e o ponto de teste se
encontra com um nível alto (5 volts). A chave S4 sinaliza que a luz está incidindo no
foto-transistor, estando o mesmo saturado (chave fechada) e o ponto de teste se
encontra com nível baixo (0 volt)
41
MÓDULO DE CONTROLE
Capítulo 05
5.1. CONTROLE
Este capítulo descreve a parte dos atuadores e do controle eletrônico feito
através do microcontrolador. Para isto, será utilizado um motor de passo, uma
interface de potência e um microcontrolador (Pic-16F877)[12].
5.2. ACIONADOR
Neste estágio é utilizado como acionador o motor de passo, uma vez que
existe a necessidade de um dispositivo preciso e que possa ser controlado por
sinais digitais.
5.2.1. Motor de Passo
O motor de passo é um transdutor que converte energia elétrica em
movimento mecânico e é controlado por uma seqüência de pulsos que excitam ou
não os pólos de seu enrolamento, girando o eixo de acordo com uma seqüência
pré-determinada, e é composto por duas partes, o rotor e o estator. O rotor é
mostrado na figura 5.1[11].
Fig. 5.1- Rotor do motor de passo
É denominado rotor o conjunto eixo-imã que rodam solidariamente na parte
móvel do motor. No rotor tem-se o eixo central, onde é utilizado como fixador dos
imãs permanentes e para acionar dispositivos externos.
42
A figura 5.2 ilustra o estator do motor de passo[11]. Define-se como estator a
trave fixa onde as bobinas são enroladas.
Fig.5.2 - Estator do motor de passo
5.2.2. Funcionamento do Motor de Passo.
Normalmente os motores de passo são projetados com enrolamento de
estator polifásico o que não foge muito dos demais motores. O número de pólos é
determinado pelo passo angular desejado por pulsos de entrada. Os motores de
passo têm alimentação externa. Conforme os pulsos na entrada do circuito de
alimentação, este oferece correntes aos enrolamentos certos para fornecer o
deslocamento desejado, como veremos em breve. Será analisado agora, os motores
de passo com imã permanente, que além do número de fases do motor, apresenta
outra subdivisão entre estes componentes, que é sua polaridade. Motores de passo
unipolares são caracterizados por possuírem um center-tape entre o enrolamento de
suas bobinas. Normalmente utiliza-se este center-tape para alimentar o motor, que é
controlado aterrando-se as extremidades dos enrolamentos.
Abaixo segue a figura 5.3 onde pode-se notar que tal motor possui duas
bobinas e quatro fases[11]. A alimentação do motor é feita pelas derivações centrais
( BLK e WHT) e a seqüência de pulsos pelas derivações laterais (RED, WHT/RED,
GRN e WHT/BLK).
43
Fig. 5.3 – Motor com 2 bobinas e 4 fases
Diferentes dos unipolares, os motores bipolares exigem circuitos mais
complexos.
A grande vantagem em se usar os bipolares é prover maior torque, além de
ter uma maior proporção entre tamanho e torque. Fisicamente os motores têm
enrolamentos separados, sendo necessário uma polarização reversa durante a
operação para o passo acontecer. Em seguida vemos a figura 5.4 ilustrando o motor
bipolar[11].
Fig. 5.4 – Motor bipolar
44
Um motor de corrente contínua, quando alimentado, gira no mesmo sentido e
com rotação constante, ou seja, para que estes motores funcionem, é necessário
apenas estabelecer sua alimentação.
Com o auxilio de circuitos externos de controle, estes motores de corrente
contínua poderão inverter o sentido de rotação ou variar sua velocidade.
Para que um motor de passo funcione, é necessário que sua alimentação seja
feita de forma seqüencial e repetida. Não basta apenas ligar os fios do motor de
passo a uma fonte de energia e sim ligá-los a um circuito que execute a seqüência
requerida pelo motor.
Internamente, os motores têm seus enrolamentos similares a Figura 5.5[11].
Fig. 5.5 – Enrolamentos dos motores
A energização de uma, e somente uma bobina de cada vez produz um
pequeno deslocamento no rotor. Este deslocamento ocorre simplesmente pelo fato
de o rotor ser magneticamente ativo e a energização das bobinas criar um campo
magnético intenso que atua no sentido de se alinhar com as pás do rotor. Assim, ao
polarizar de forma adequada às bobinas, movimenta-se o rotor somente entre as
bobinas (passo inteiro). As figuras 5.5 e 5.6 ilustram os movimentos executados[11].
45
Fig. 5.6 – Motor bipolar com passo inteiro
Fig. 5.7 – Motor bipolar com meio passo
As Tabelas abaixo ilustram a seqüência em que devem ser alimentadas as
bobinas do motor. Para rotação no sentido horário, a Tabela 5.1 deve ser
selecionada, para a rotação anti-horária a Tabela 5.2 deve ser seguida.
Tabela 5.1 – Rotação no sentido horário
1 0001
2 0010
3 0100
4 1000
46
Tabela 5.2 – Rotação no sentido anti-horário
1 1000
2 0100
3 0010
4 0001
Para obter uma rotação constante é necessário que a energização das
bobinas seja periódica. Esta periodicidade é proporcionada por circuitos eletrônicos
que controlam a velocidade e o sentido de rotação do motor.
O pequeno ângulo deslocado pelo rotor depende do número de dentes do mesmo
assim como o número de fases do motor. Em geral, o número de dentes do rotor
multiplicado pelo número de fases revela o número de passos por revolução.
Por se tratar de sinais digitais, fica claro a versatilidade dos motores de
passo. São motores que apresentam uma gama de rotação muito ampla;
apresentam boa relação peso/potência; permitem a inversão de rotação em pleno
funcionamento; alguns motores possuem elevada precisão; possuem ótima
frenagem do rotor e podem mover-se passo-a-passo. Mover o motor de passo
resume-se ao seguinte: se um determinado motor de passo possuir um passo de
15º, isto significa que cada volta do eixo do motor é dividida 24 passos.
O sistema de controle baseia-se em um circuito oscilador onde é gerado um
sinal cuja freqüência é diretamente relacionado com a velocidade de rotação do
motor de passo. Esta freqüência é facilmente alterada (seja por atuação em
componentes passivos ou por meio eletrônico) dentro de um determinado valor
assim, o motor apresenta uma rotação mínima e uma máxima.
O próximo passo é providenciar um circuito amplificador de saída, pois
algumas aplicações exigem uma demanda de corrente relativamente elevada.
Cabe ao circuito amplificador de saída fornecer estas correntes de forma
segura, econômica e rápida. O circuito amplificador de saída é constituído de
transistores e/ou dispositivos de potência que drenam corrente em torno de 500 mA
ou mais. Motores de passo geralmente suportam correntes acima de 1,5 Ampères. O
amplificador de saída é o dispositivo mais solicitado em um projeto de controle de
motor de passo. Devido às variações de trabalho a que pode ser submetido o motor
de passo, um amplificador mal projetado pode limitar muito o conjunto como um
todo. Um exemplo destas limitações pode ser facilmente entendido. Um motor de
47
passo girando a altas rotações, e que repentinamente, é solicitado a inverter sua
rotação, no momento da inversão, apresenta correntes muito altas e que devem ser
drenadas por um circuito amplificador que as suporte.
O torque do motor de passo depende da freqüência aplicada à alimentação.
Quanto maior a freqüência, menor o torque, porque o tempo de alimentação das
bobinas é inversamente proporcional a freqüência com isto, rotor tem que ter uma
resposta rápida para mover-se de um ângulo para outro.
A faixa de partida deste motor é aquela na qual a posição da carga segue os
pulsos sem perder passos. A faixa de giro é aquela na qual a velocidade da carga
também segue a freqüência dos pulsos, mas com uma diferença: não pode partir,
parar ou inverter, independente do comando.
5.3. INTERFACE
Para fazer o isolamento com o microcontrolador e alimentar o motor de passo
é usado um circuito integrado (ULN-2803)[12]. Os dispositivos de controle utilizado
foi de malha aberta, uma vez que o motor utilizado foi o motor de passo, onde
apresenta um bom desempenho no controle de movimentação e frenagem.
5.3.1. Malha Aberta
É um controle onde não realimentação sensorial, portanto, não há a
orientação de onde se encontra o eixo do motor. Se houver um erro, o controle não
tem a capacidade de corrigi-lo e as informações continuam a ser executadas com
erro. A Figura 5.8 ilustra o controle em malha aberta.
Fig. 5.8 – Controle de malha aberta
5.3.2. Comando
O controle do sistema é feito através do Microcontrolador 16F877 do
fabricante Microchip. Para o controle do motor são necessárias quatro saídas, que
enviam uma seqüência de bits de forma repetitiva e fazem o motor rotacionar de
forma contínua. A seqüência de pulsos é ilustrada na Tabela 5.3.
Interface Comando Motor
48
Tabela 5.3 – Rotação no sentido horário
1 0001
2 0010
3 0100
4 1000
Relacionando a figura 5.3 com a tabela 5.3, tem-se seis fios, o fio branco e o
fio preto são ligados na fonte de alimentação, e o fio vermelho, vermelho/preto,
verde, branco/preto recebe a seqüência de pulsos, isto é, enquanto o fio vermelho
recebe o pulso (nível alto) os demais não recebem (nível baixo). Ao término de cada
seqüência, quatro pulsos, tem-se uma rotação de 30º, para cada pulso temos um
deslocamento de 7,5º. Esta seqüência não pode ser alterada, isto é, o fio vermelho é
excitado, depois vermelho/ branco, verde e por último branco/verde.
Esta seqüência movimenta o motor no sentido horário. No caso de mudança
de sentido, a seqüência de pulsos é alterada. Esta seqüência para o sentido anti-
horário é ilustrada na Tabela 5.4.
Tabela 5.4 – Rotação no sentido anti-horário.
1 1000
2 0100
3 0010
4 0001
5.3.3. Interface de Potência
O módulo de interface é dividida em duas partes, sendo uma de isolação
(Buffer) e a outra de potência (Driver). A isolação e a etapa de potência é feita pelo
CI-ULN2803. O diagrama elétrico é ilustrado na figura 5.9:
Fig. 5.9 – Driver de potência
ULN
2803
M
49
5.4. INTERFACE DE COMANDO
Este módulo é constituído de dois circuitos independentes, isto é, um circuito
de excitação, um amplificador de corrente. O circuito elétrico da interface de potência
é ilustrado na figura 5.10. Neste circuito duas entradas são controladas por um único
comando, com isto, as saídas correspondente podem alimentar o mesmo
enrolamento, aumentando a capacidade de corrente para o motor.
Fig. 5.10 Circuito elétrico da interface de potência
5.5. MICROCONTROLADOR ( PIC 16F877 )
O microcontrolador é definido como sendo um sistema integrado, pois ele é
constituído por uma unidade de processamento, memórias e dispositivos de
entradas e de saídas em um único chip[7]. Neste projeto é utilizado um
microcontrolador da família PIC.
Um dos aspectos principais do PIC é que tem-se uma ampla gama de
variedades de modelos desenvolvidos a partir de uma mesma filosofia de produto.
Esta característica, permite a compatibilidade de códigos (linguagem) e de estruturas
de programação, pois um código escrito para um modelo de PIC pode-se ser
aplicado para um outro modelo sem grandes mudanças. O microcontrolador age no
sintonizador, no atuador, e faz a comunicação com várias partes do projeto, para
isto, são empregadas dez portas de saída, três de entradas. Além do número de
M
ULN
2804
PIC 36
PIC 35
PIC 34
PIC 33
50
entradas e de saídas, o microcontrolador deve ter a possibilidade de realizar a
conversão de sinais analógico para digital e de fazer a comunicação serial com
tuner(I2C) e como microcomputador. Estas etapas serão detalhadas nos próximos
itens.
5.5.1. Controle do sintonizador
Este controle é feito através de uma comunicação serial, o qual utiliza duas
linhas de comunicação, denominadas de serial data (SDA) e serial clock (SDL), por
ter somente duas ligações é denominado de comunicação I2C [4]. O protocolo de
comunicação I2C tem bem definidos o início da transmissão (Start) e o final (Stop).
A Figura 5.11 ilustra o controle de sintonia.
Fig. 5.11 – Controle de sintonia
5.5.2. Conversor Analógico/Digital
Como o sinal na saída do retificador é analógico, o mesmo tem de ser
convertido para a forma digital para ser enviado para a entrada serial do
microcomputador. Para isto usaremos o conversor interno do microcontrolador. O
diagrama da figura 5.12 ilustra o processo de conversão.
Fig. 5.12 – Conversor A/D
5.5.3. Controle do Motor
Para controlar o motor usa-se quatro portas do microcontralador. Estas portas
são configuradas para fornecer a seqüência de rotação do motor. A interface será
feita através de um estágio de potência. A figura 5.13 ilustra o processo.
Conversor
Sintonizador
Microcontrolador
51
Fig. 5.13 – Controle do motor de passo
5.5.4. Comunicação Serial
É um tipo de comunicação onde é exigido uma via de sincronismo entre o
receptor e o transmissor, para que haja a marcação do momento exato da
transmissão/recepção de cada bit. Isto é conseguido através do clock, que nada
mais é que uma onda quadrada que sincroniza o sistema. A figura 5.14 ilustra uma
comunicação serial assíncrona.
Fig. 5.14 – Comunicação serial assíncrona.
As principais características da comunicação serial são:
Precisa de um elemento de partida e de parada para cada caractere, não consegue
alta velocidade devido a possíveis erros de sincronismo, simples de gerar e detectar,
permite a construção de equipamentos de baixo custo.
Por estas características apresentadas mais a condição de se usar somente dois
fios a comunicação serial foi adotada no desenvolvimento do sistema.
Microcontrolador
Driver de Potência
Motor
Transmissor
Master
Receptor
Slave
Dados/sincr
Referência
52
PROBLEMAS E SOLUÇÕES
Capítulo 06
6.1. SENSOR DE POSIÇÃO
Para controlar a posição da leitura da medida do sinal de RF foi construído
um disco perfurado. Esta perfuração segue a codificação denominada GRAY
conforme ilustra a figura 6.1
Fig. 6.1 – Disco Perfurado
Como pode-se verificar, a construção é crítica. Uma pequena diferença
causa a detecção errada da posição. Além da perfuração, também que ter uma
detecção de cada trilha por um único sensor, pois um foto emissor pode afetar um
outro foto sensor de outra trilha. A solução encontrada é à implementação do
programa de controle do motor de passo, isto é, para cada seqüência de pulsos é
feita uma pausa e nesta pausa, é realizada a medição do sinal de RF. E para iniciar
o processo é colocado um disco com somente um furo de referência. O novo disco é
ilustrado na figura 6.2.
53
Fig. 6.2 – Disco com somente um furo.
6.1.1. Driver de Potência
O módulo de potência utilizado não estava suportando o consumo do motor
de passo, e com isso super aquecia. Para resolver este problema substituiu-se CI-
ULM-2003 pelo CI ULN-2803 o qual possui oito drivers. Para utilizar-se somente
quatro drivers, montou-se um conjunto duplo, composto de dois drivers ligados em
paralelo. Com isto dobra-se a capacidade de corrente do driver. Contudo, o driver de
potência ainda aquecia, então foi colocado um dissipador de potência e diminuído o
tempo de duração dos pulsos de comando (diminuindo o tempo de alimentação do
motor). O esquema elétrico atualizado é mostrado na figura 6.3.
Fig. 6.3 – Driver de potência
54
6.1.2. Tracionador
Como as antenas receptoras trabalham com níveis baixos de potência, o
suporte e tracionador não precisam ser robustos. Para tanto é utilizado um motor de
passo e um fixador como mostra a figura 6.4.
Fig. 6.4 – Tracionador de antena
Com este sistema, é observado que o consumo de corrente é elevado e o
sistema de fixação da antena forçava a tração do motor. Por isto, mudou-se o
projeto , além do motor de passo é utilizado um redutor mecânico com ilustra a figura
6.5.O redutor utilizado faz uma redução de vinte e sete vezes, como o motor de
passo desloca 30º para cada seqüência de pulsos, tem-se este deslocamento
dividido por vinte e sete. Assim no posicionador tem-se um deslocamento de 1,11º
para cada deslocamento de 30º no motor de passo. Com esta redução, consegue-
se ampliar a gama de antenas que pode-se ser avaliadas. Uma outra característica
verificada foi a diminuição do consumo do motor de passo, que ficou abaixo de 600
mA, dentro das suas características
55
Fig. 6.5 – Tracionador de antena atual
56
RESULTADOS E CONCLUSÕES
Capítulo 07
7.1.CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema construído atendeu em parte as especificações do projeto. A faixa de
trabalho do sistema é de 18dB, e o padrão IEEE-Test Procedures for Antennas
especifica 60dB. Esta diferença será objeto de estudo, melhorando o amplificador de
freqüência intermediária(FI) e o retificador de FI. Em relação ao campo de prova, o
padrão IEEE recomenda uma avaliação precisa para evitar reflexões de sinais,
afetando o resultado do teste. A faixa de trabalho (18db) irá afetar antenas cuja a
relação frente e costa for superior a 18dB. Outros fatores que influenciaram o
levantamento dos diagramas foram,
1- Torção do cabo da antena em teste;
2- Variação da freqüência do transmissor;
3- Falta de linearidade do sintonizador;
4- Faixa linear estreita do retificador de FI.
As figuras 7.1, 7.2, 7.3, 7.4, 7.5 e 7.6 mostram os diagramas de irradiação para
vários níveis de sinais. Cada diagrama exposto será analisado de acordo com o seu
levantamento.
Fig. 7.1 - Diagrama de irradiação com nível de +3dBm
57
Em relação a figura 7.1 o nível de +3dBm saturou o retificador de FI, isto é
saiu da faixa linear do conversor.
Fig. 7.2 - Diagrama de irradiação com nível de 0dBm.
A figura 7.2 mostra que o nível de transmissão é alto, saturando também o
retificador.
Fig. 7.3 - Diagrama de irradiação com o nível de -9dBm.
Na figura 7.3 tem-se o diagrama esperado, contudo uma descontinuidade
dos pontos de medidas ao longo do processo de levantamento.
58
Fig. 7.4 - Diagrama de irradiação com o nível de -6dBm.
Com o nível de -6dBm, os pontos estão mais próximos resultando num diagrama
mais uniforme.
Fig. 7.5 - Diagrama de irradiação com o nível de -3dBm.
O diagrama da figura 7.5 já esta bem próximo do ponto ideal, mas ainda há falhas
na construção.
59
Fig. 7.6 - Diagrama de irradiação com o nível de -2dBm.
Em -2dBm tem-se o diagrama de irradiação bem próximo do ideal, demonstrando
que está operando no melhor ponto de quiescente do dispositivo. Este ponto de
operação pode ser ajustado no retificador, contudo a faixa linear é de 18dB,
diminuindo a sua gama de medidas.
60
TRABALHOS FUTUROS
Capítulo 08
8.1. EQUIPAMENTOS
Além do traçador de diagrama de radiação pode-se desenvolver vários
equipamentos e instrumentos derivados do projeto inicial. Tais projetos serão
enumerados nos próximos itens.
8.2. MEDIDOR DE INTENSIDADE DE CAMPO
Como há o controle de sintonia dos canais de TV pode-se realizar as medidas
das portadoras de áudio e vídeo na faixa de FI. Para que o nível de FI corresponda
ao nível de entrada e ajustar o valor do ganho do módulo através do controle
automático de ganho (CAG). Neste processo usaremos o protocolo I2C para realizar
a sintonia, como para alterar as escalas de níveis e de frequencia. O diagrama em
bloco do projeto é ilustrado na figura 8.1.
Fig. 8.1 – Medidor de intensidade de campo
A figura 8.2 ilustra um medidor de campo comercial.
Fig. 8.2 Medidor de intensidade de campo comercial
Microcontrolador
Sintonizador Medidor Display
61
8.3. DEMODULADOR DE ÁUDIO E VÍDEO
Para verificar a compressão do pulso de sincronismo, pode-se usar um
demodulador como ilustrado na figura 8.3. Além da compressão do pulso de
sincronismo, pode-se verificar a performa do sinal de vídeo e áudio.
Fig. 8.3 – Demodulador
Microcontrolador
Sintonizador Demodulador Atenuador
Vídeo
Áudio
62
REFERÊNCIAS
1. http://www..cs.indiana.edu/Facilities/hardware/B442_inv_pend/b442_pend_index
_html. Visitado em 7-abril-2005.
2. Gomes, A. T.; Telecomunicações: Transmissão e Recepção AM-FM: sistemas
pulsados. 14. ed. São Paulo: Érica, 1998.
3. Nascimento, J. do; Telecomunicações, 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2000.
4. Souza Jr, José Carlos de; Conectando o PIC 16F877 - Recursos Avançados. 1
ed. São Paulo: Érica, 1998.
5. IEEE Standard; Test Procedures for Antenas: Copyright by the Institute of
Electrical & Electronics Engineers Inc - Fri Nov 19, 10:58:18 1999.
6. Malvino, Albert, PhD - Eletrônica - Ed Makron Books - 4 edição
7. De Souza, David José e Lavinia, Nicolas Cesár - Conectando o Pic
8. Ribeiro, Aurélio Garcia; Curso de Antenas e Linhas De Energia de
Radiofrequência - Ed Spiral Comunicação - 1999
9. Tanembaum, Andrews, PhD - Redes de Computadores - Ed. Campus - 3 edição
10. Idoeta, Ivan Valeije E Capuano, Francisco Gabriel - Elementos De eletrônica
Digital. Érica 30 edição.
11. http://recreio.gta.ufrj.br/grad/01_1/motor/ Visitado em 21-02-2005.
12. http://www.alldatasheet.com - Visitado em 19-01-2005
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