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Podemos identificar na nossa experiência diária várias formas de manifestações de energia. Por
exemplo, a energia radiante que é aquela que se apresenta sob a forma de ondas
eletromagnéticas. É o caso da luz e do calor, os quais, embora aparentemente diferentes aos
nossos sentidos, são na verdade a mesma forma energética, apenas com uma diferença na
freqüência de vibração.
Quando usamos um estilingue para lançar uma pedra, estamos empregando a energia
potencial armazenada em um sistema elástico.
Outra forma de energia potencial é a gravitacional que é aquela que um corpo possui devido
a sua posição em um campo gravitacional. É a energia que uma criança tem no alto de um
“escorregador”. Esta energia pode, em parte, ser transformada em energia cinética que é
verificada nos corpos em movimento. Uma criança no final da descida de um ‘escorregador’ tem
esta forma de energia.
A energia sonora, muito presente no nosso dia a dia de professores, está contida nas ondas
de som. É uma energia extremamente pequena e só a captamos porque nossos ouvidos são muito
sensíveis.
Para medir a energia usamos preferencialmente a unidade joule (símbolo J). No entanto,
podemos usar unidades “práticas” como o quilowatt-hora, empregado pelas companhias de
energia elétrica, e a caloria, usada na medição da energia armazenada nos alimentos.
A energia obedece ao principio fundamental da conservação, ou seja, não pode ser criada nem
destruída, apenas transformada. Assim, nas usinas termoelétricas temos a utilização da energia
armazenada em combustíveis fósseis a qual, através de diversas transformações, origina a energia
elétrica. Nas usinas termonucleares, como a de Angra dos Reis, são usadas as energias das
desintegrações atômicas do urânio. Do mesmo modo, nesse caso, após sofrer sucessivas
transformações, há a conversão em energia elétrica.
A energia que chega à Terra vinda do Sol também tem origem nuclear. Na figura 1 é feito um
resumo das transformações que a energia sofre desde a sua origem solar até chegar as nossas
casas sob a forma de energia elétrica.
No Sol temos a conversão de hidrogênio em hélio, em um processo conhecido como fusão
nuclear, com a liberação de energia. Esta energia viaja pelo espaço na forma de ondas
eletromagnéticas e, ao chegar à Terra, é absorvida pela água dos rios, dos lagos e dos mares e se
torna energia térmica. Aquecidas, as moléculas de água passam para o estado de vapor e sobem
para a atmosfera, ganhando, então, energia potencial gravitacional. Devido à dinâmica
característica da atmosfera, a água retorna ao estado líquido e na forma de chuva volta à
superfície da Terra, ficando represada inclusive em lugares elevados. Aí armazenada, a água
ainda possui energia potencial gravitacional e, ao descer para superfícies mais baixas, adquire
energia cinética. Se a água em movimento for canalizada através de dutos, pode fazer girar
turbinas que transmitem energia cinética de rotação aos geradores.