de 1998-2010, mostraram claramente o papel importante da reserva de gás natural como uma
resposta alternativa rápida ao aumento da demanda para a energia que será necessária para a
viabilidade do desenvolvimento sustentado do país.
Segundo Szklo (2004) a estruturação do setor de energia no Brasil, aliado a parte de
previsão do aumento de consumo, com viabilidade de custos nas áreas de tecnologias do gás
natural para a geração de energia, fez com que fosse introduzida um modelo, aparentemente
favorável à expansão dele, uma solução energética, por exemplo, na co-geração utilizando-o
como combustível principal.
2.1.1 Segmentação do mercado do gás natural na matriz energética
A solução para a questão do gás industrial seria conquistar a confiança do
empresariado, desenvolvendo base de bens e serviços no país porque existe a previsão de um
crescimento para 31,24 milhões de Nm³/dia em 2005, esse crescimento poderia ser maior se
não fossem as dificuldades de falta de informações de que o combustível é inseguro, difícil de
ser controlada, ineficiência de infra-estrutura dos setores e por fim uma articulação entre as
distribuidoras e os clientes porque se perdem inúmeras oportunidades no segmento comercial.
Os fatores de restrição ao crescimento da indústria do gás natural são: ampliação da infra-
estrutura de distribuição (gasodutos), definições de um marco regulatório (livre acesso, cessão
de capacidade, critérios tarifários), revisão do preço do gás natural importado, penetração do
gás no novo modelo elétrico e o mais importante que é o desenvolvimento da indústria
nacional de bens e serviços para suportar essa inserção do gás natural (Alonso, 2004).
O Brasil presenciou uma crise no abastecimento de energia elétrica, em 2001, devido a
escassez de investimentos nesse setor e o crescente nível de consumo, que assumiu
proporções assustadoras. Com o fim do monopólio estatal na geração de energia abriu
oportunidades nesta área, permitindo a implantação de sistemas alternativos, por exemplo, a
co-geração (Ferrão, 2001).
Das possibilidades apresentadas, a conservação de energia pode representar 10% das
necessidades dos próximos dez anos, e alguns sistemas alternativos, por exemplos, gás
natural, geração eólica, solar e biomassa podem significar outros 10%. As bases continuam
sendo as hidrelétricas, num programa de médio e longo prazo, sem grandes áreas inundadas, e
reduzindo o atendimento das novas necessidades dos atuais 95% para no máximo 40%. Os
40% que faltam deverão ser produzidos por centrais térmicas autônomas, sobretudo a ciclo
combinado, e pelas centrais térmicas de co-geração, sendo o espaço de cada uma delas uma
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