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Agradecimentos
Ao Mackpesquisa e à Capes, sem cujo apoio este trabalho não seria possível.
O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquente e esfria, aperta e daí
afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. O que Deus
quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre a mais, no meio da alegria, e
inda mais alegre no meio da tristeza! Só assim, de repente, na horinha em que se quer, de
propósito – por coragem. Será? Era o que eu às vezes achava. Ao clarear do dia.
Aí o senhor via os companheiros, um por um, prazidos, em beira do café. Assim,
também, por que se agüentava aquilo, era por causa da boa camaradagem, e dessa
movimentação sempre. Com todos, quase todos, eu bem combinava, não tive questões.
Gente certa. E no entre esses, que eram, o senhor me ouça bem: a professora Gisela, que
me apresentou Pablo Neruda, na quarta série; o Luiz Cláudio Bido, espécie de ex-professor-
irmão-amigo-parceiro-afilhado, o primeiro professor do Brasil a tocar rock nacional em sala
de aula; o Martinho Marcos de Freitas, que tem toda a revolução em sua cabeça, mas não
contou para ninguém, só agiu; o José Antônio Pasta Júnior, que fez a síntese de tudo que
eu queria – e precisava – saber; o Júlio Groppa Aquino, o melhor professor de todos,
porque rompe com tudo, em nome de uma vida menos ordinária; a Kelma Assunção Souza,
professora de felicidade; o Renato Guimarães Ferreira, que sonhou – e sonha – a literatura
e a canção num meio em que as artes são só sonho; o Durval Antunes Filho, mestre de tudo,
carisma só, sempre ensinamento; o Boaventura Barreiros, avôhai; o Wanderley Scatolin,
quase pai que foi e é; o Alfredo e a Eliana Chumer, que me ensinaram a ter autonomia; a
Lílian Jacoto, pelas sugestões, professora de canção; o José João Cury, pelas preciosas
observações; a Marlise Vaz Bridi, porque acreditou em mim e porque me disse, sempre, só
a verdade; o Newton Duarte Molon, o Ivan Akio Itocazo, a Ívian Lara Destro, a Daniela
Aizenstein e o Renato Aizenstein, os melhores professores de São Paulo; a Samia Sulaiman,
Rogério (Rogerinho), Marcello Bolzan e Eric (Eriquinho), meus melhores alunos, que se
tornaram grandes professores; todos os amigos da FGV, onde me esqueci
providencialmente deste trabalho, especialmente Maíra Tardelli, Luiz Montoya, Cíntia
Veríssimo e Priscila Moli; as minhas “colegas de trabalho” do Mackenzie, Katya e
Verônica, sem as quais eu jamais teria levado adiante muitos devaneios registrados neste
trabalho; o José da Conceição Gaspar, porque nunca tive a coragem de desbravar o mar, ao
contrário dele; a Taysa Duarte, só coragem, que foi, ganhou dinheiro e voltou; o César
Talarico Barreiros, professor de iniciação ao rock and roll; o Marcelo Nova, o Clemente
Nascimento e o Rodrigo Carneiro, professores de rock and roll avançado; o mestre Márcio
Guedes, pelas sugestões preciosas e pela paciência: a canção fala à alma; o Mário Henrique
Stefanoni Bernardes, professor de amizade, meu primeiro parceiro; o Michel Friedhofer,
cosmopolita que me fez – ainda bem! – levar o Brasil menos a sério; a Ana Rodrigues,
boêmia amiga das antigas, daqueles tempos em que “queríamos mudar o mundo”, ouvindo
Beatles e Eagles; o Fernando Barranha, o José Humberto Costa Vecchio, o Édson Japonês
Fujimori, pois as melhores lembranças que tenho estão carregadas deles. Amostro, para o
senhor ver que eu me alembro. Afora algum de que eu me esqueci – isto é: mais muitos...
Todos juntos, aquilo tranqüilizava os ares. A liberdade é assim, movimentação. E bastantes
morreram, no final. Esse sertão, esta terra.
Os fragmentos em itálico, salvo os nomes próprios, foram descobertos em Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa